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Ettal

Disciplina:

ANATOMIA HUMANA

Prof,Mest: Gilberto Barra


Conceito:
Anatomia - palavra grega que significa cortar em partes, cortar separado sem destruir os
elementos componentes. O equivalente em português é dissecação. Anatomia é a parte da
biologia que estuda a morfologia ou estrutura dos seres vivos.

Nomenclatura:
Pode ser tradicional ou clássica, a qual diverge em cada país, e internacional onde o significado
dos termos anatômicos são os mesmos, mas sua escrita e leitura são traduzidos para cada
nação conforme a sua língua de origem. No final do último século, foi criado uma comissão de
eminentes autoridades de vários países da Europa e Estados Unidos denominada BNA (Basle
Nomina Anatomica) que foi substituída pela PNA (Paris Nomina Anatomica). Esta
comissão é responsável pela nomenclatura anatômica que será utilizada em todo o mundo.

Posição Anatômica:

Deve-se considerar a posição de sentido de


um atleta (posição ereta), isto é, de pé, com
as mãos espalmadas, dedos unidos, palmas
voltadas para frente. Dedos dos pés para
diante e pés unidos.

Planos seccionais:
É como se uma serra cortasse o corpo em determinadas direções.
Plano sagital

Corta o corpo no sentido antero-posterior;


quando passa bem no meio do corpo, sobre
a linha sagital mediana, é chamado de
sagital mediano e quando o corte é feito
lateralmente a essa linha, chamamos
paramediano. Determina uma porção direita
e outra esquerda.

Plano frontal ou coronal

Corta o corpo lateralmente, de orelha a


orelha, determinando uma porção anterior e
outra posterior.

Plano transversal ou horizontal

Corta o corpo transversalmente,


determinado uma porção superior (cranial) e
outra inferior(caudal).

Planos tangenciais:

* Plano Cranial (Superior): Se dividirmos o corpo


ao meio no plano transversal, a parte cranial ou
superior estaria acima do corte.

* Plano Caudal (Inferior): Se dividirmos o corpo


ao meio no plano transversal, a parte caudal ou
inferior estaria abaixo do corte.
* Plano Ventral (Anterior): Se dividirmos o corpo
em duas partes pelo plano coronal, a parte da
"frente" do corpo seria a ventral ou anterior.

* Plano Dorsal (Posterior): Se dividirmos o corpo


em duas partes pelo plano coronal, a parte de
"trás" do corpo seria a dorsal ou posterior.

* Plano lateral direito e esquerdo: É quando o


corpo é dividido, através de um corte sagital, em
duas partes: uma direita e uma esquerda.

Em relação às mãos, a região anterior é denominada palmar e a posterior dorsal. Quanto aos
pés, a região inferior é chamada de plantar e a superior dorsal.

Termos de comparação:

* Proximal :próximo a raiz de implantação do


membro.

distal: mais afastado da raiz de implantação do


membro.
* Superficial:m

e Profundo: mais próximo ou afastando da


superfície.

* Homolateral : do mesmo lado

e Contralateral: do lado oposto.

* Medial e lateral: mais próximo ou mais


afastado da linha sagital mediana (plano
mediano).

Termos de movimento:

* Flexão: diminuição do ângulo de uma articulação ou aproximação de duas


estrutura ósseas.
* Extensão: aumento do ângulo de uma articulação ou afastar duas estruturas
ósseas.
* Adução: aproximar o membro do eixo sagital mediano.
* Abdução: afastar o membro do eixo sagital mediano.
* Rotação medial / Interna: gira a face anterior do membro para dentro.
* Rotação lateral / Externa: gira a face anterior do membro para fora.

Pé:

Adução + Supinação (rotação medial) = inversão.


Abdução + Pronação (rotação lateral) = eversão.

Antebraço:

Rotação medial = supinação.

Rotação lateral = pronação.

Divisão do corpo humano:

Classicamente o corpo humano é dividido em cabeça, tronco e membros.

* A cabeça se divide em face e crânio.


* O tronco em pescoço, tórax e abdome.
* Os membros em superiores e inferiores.
* Os membros superiores são divididos em ombro, braço, antebraço e mão.
* Os membros inferiores são divididos em quadril, coxa, perna e pé.

Divisão da anatomia humana:

* Osteologia: parte da anatomia que estuda os ossos.

* Miologia: parte da anatomia que estuda os músculos.

* Sindesmologia/Artrologia: parte da antomia que estuda as articulações.

* Angiologia: parte da anatomia que estuda o coração e os grande vasos.


* Neuroanatomia: parte da anatomia que estuda o sistema nervoso central e o periférico.

* Estesiologia: parte da anatomia que estuda os órgãos que se destinam à captação das
sensões.

* Esplancnologia: parte da antomia que estuda as vísceras que se agrupam para o


desempenho de uma determinada função como: fonação, digestão, respiração, reprodução e
urinária.

* Endocrinologia: parte da anatomia que estuda as glândulas sem ducto, que segregam
hormônios, os quais são drenados diretamante na corrente sanguínea.

* Tegumento comum: parte da anatomia que estuda a pele e os seus anexos.

Articulação é a junção de dois ossos. Podem ser classificadas em:

As articulações fibrosas incluem todas as articulações nas quais os ossos são mantidos por
tecido conjuntivo fibroso também conhecido como ligamento sutural. Há dois tipos principais de
articulações fibrosas:

Suturas e Sindesmoses.
Dependendo em parte do comprimento das fibras de tecido conjuntivo que mantém os ossos
unidos.

Suturas
Nas suturas as extremidades dos ossos têm interdigitações ou sulcos, que os mantêm íntima e
firmemente unidos. Conseqüentemente, as fibras de conexão são muito curtas preenchendo
uma pequena fenda entre os ossos. Este tipo de articulação é encontrado somente entre os
ossos planos do crânio. Na maturidade, as fibras da sutura começam a ser substituídas
completamente, os de ambos os lados da sutura tornam-se firmemente unidos, fundidos. Esta
condição é chamada de sinostose.

Termos morfológicos:
- Serrátil;
- Denticulada;
- Escamosa;
- Limbosa;
- Plana;
- Esquindilese.

Sindesmoses
Nestas suturas o tecido interposto é também o conjuntivo fibroso, mas não ocorre nos ossos do
crânio. Na verdade, a Nomenclatura Anatômica só registra dois exemplos: sindesmose tíbio-
fibular e sindesmose radio-ulnar.

Gonfoses
Também chamada de articulação em cavilha, é uma articulação fibrosa especializada restrita à
fixação dos dentes nas cavidades alveolares na mandíbula e maxilas. O colágeno do periodonto
une o cemento dentário com o osso alveolar.

Nas articulações cartilaginosas os ossos são unidos por cartilagem pelo fato de pequenos
movimentos serem possíveis nestas articulações, elas também são camadas anfiartroses.

Sincondroses
Os ossos de uma articulação do tipo sincondrose estão unidos por uma cartilagem hialina.
Muitas sincondroses são articulações temporárias, com a cartilagem sendo substituída por osso
com o passar do tempo ( isso ocorre em ossos longos e entre alguns ossos do crânio). As
articulações entre as dez primeiras costelas e as cartilagens costais são sincondroses
permanentes.
- Sincondroses cranianas:
- Esfeno-etmoidal;
- Esfeno-petrosa;
- Intra-occipital anterior;
- Intra-occipital posterior;
- Sincondroses pós-cranianas:
- Epifisiodiafisárias;
- Epifisiocorporal;
- Intra-epifisária;
- Múltipla;
- Esternais;
- Manúbrio-esternal;
- Xifoesternal;v
- Sacrais.

Sínfises
As superfícies articulares dos ossos unidos por sínfises estão cobertos por uma camada de
cartilagem hialina. Entre os ossos da articulação há um disco fibrocartilaginoso é característica
distintiva da sínfise. Esses discos por serem compressíveis permitem que a sínfise absorva
impactos. A articulação entre os ossos púbicos e a articulação entre os corpos vertebrais são
exemplos de sínfises. Durante o desenvolvimento as duas metades da mandíbula estão unidas
por uma sínfise mediana, mas essa articulação torna-se completamente ossificada na idade
adulta.

As sínfises:
- manúbrio-esternal;
- intervertebrais;
- sacrais;
- púbica;
- do mento

Neste tipo de articulação, as faces articulares do ossos não estão em continuidade. Elas estão
cobertas por uma cartilagem hialina especializada e o contato está restrito a esta cartilagem. O
contato é facilitado por um líquido viscoso, o líquido sinovial. Essas articulações são revestidas
por uma cápsula fibrosa.

Cápsula Articular
É uma membrana conjuntiva que envolve a juntura sinovial como um manguito. apresenta-se
com duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna). A primeira
é mais resistente e pode estar reforçada, em alguns pontos por feixes também fibrosos, que
constituem os ligamentos capsulares, destinados a aumentar sua resistência. Em muitas
junturas sinoviais, todavia, existem ligamentos independentes da cápsula articular
denominados extra-capsulares ou acessórios e em algumas, como na do joelho, aparecem
também ligamentos intra-articulares. Ligamentos e cápsula articular tem por finalidade manter
a união entre os ossos, mas além disso, impedem o movimento em planos indesejáveis e
limitam a amplitude dos movimentos considerados normais. A membrana sinovial é a mais
interna das camadas da cápsula articular. É abundantemente vascularizada e inervada sendo
encarregada da produção da sinóvia. Discute-se se a sinóvia é uma verdadeira secreção ou um
ultra-filtrado do sangue, mas é certo que contem ácido hialuronico que lhe confere a
viscosidade necessária a sua função lubrificadora.

Discos e meniscos
Em várias junturas sinoviais, interpostas as superfícies articulares, encontram-se formações
fibrocartilagíneas, os discos e meniscos intra-articulares, de função discutida: serviriam a
melhor adaptação das superfícies que se articulam( tornando-as congruentes ) ou seriam
estruturas destinados a receber violentas pressões, agindo como amortecedores. Meniscos,
com sua característica forma de meia lua, são encontrados na art. do joelho. Exemplo de disco
intra-articular encontramos nas arts. esternoclavicular e ATM.

O movimento das articulações depende, essencialmente da forma das superfícies que entram
em contato e dos meios de união que podem limita-lo. Na dependência destes fatores as
articulações podem realizar movimentos de um, dois ou três eixos. Este é o critério adotado
para classifica-las funcionalmente. Quando uma articulação realiza movimentos apenas em
torno de um eixo, diz-se que é monoaxial ou que possui um só grau de liberdade; será biaxial a
que os realiza em torno de dois eixos ( 2 graus de liberdade); e triaxial se eles forem realizados
em torno de três eixos (3 graus de liberdade). Assim as articulações que só permitem a flexão
e extensão, como a do cotovelo, são monoaxiais; aquelas que realizam extensão, flexão,
adução e abdução, como a rádio-cárpica ( art. do punho), são biaxiais; finalmente as que além
de flexão, extensão, abdução e adução, permitem também a rotação, são ditas triaxiais, cujos
exemplos típicos são as articulações do ombro e do quadril.

Os discos intervertebrais
Localizam-se entre as faces adjacentes do áxis até o osso sacro. Ficam entre as cartilagens
hialinas dos corpos das vértebras. Possuem um núcleo pulposo e um anel fibroso.
Articulações dos arcos vertebrais as articulações entre os processos articulares vertebrais,
zigapófises, como são chamadas, são sinoviais e variam com a vértebra.

Articulações zigoapofisárias
Cápsulas Articulares - são finas e frouxas e inseridas nas facetas articulares das zigoapófises
adjacentes.
Ligamentos amarelos - são ligamentos que unem as lâminas das vértebras adjacentes no canal
vertebral.
Ligamento supraespinhal - Corda fibrosa resistente que une os ápices dos processos espinhosos
a partir da 7ª vértebra cervical até o sacro.
Ligamento da nuca - septo intermuscular fibroelástico bilaminado, é homólogo ao ligamento
supraespinhal.
Ligamentos interespinhais - finos e quase membranáceos, unem os processos espinhosos
adjacentes.
Ligamentos intertransversários - entre os processos transversos, consistem, nos níveis
cervicais, em poucas fibras irregulares, grandemente substituídos pelos músculos
intertransversários. Na região torácica, eles são cordas intimamente misturadas com os
músculos adjacentes, na região lombar, são finos e membranáceos.

Articulações lombossacrais
São as articulações entre a 5ª vértebra lombar e o osso sacro. Seus corpos são unidos por uma
sínfise, incluindo um disco intervertebral.
Ligamento ileolombar – inserido na face ântero-inferior da Quinta vértebra lombar e irradia na
pelve por meio de dois feixes: um inferior, o ligamento lombossacral que insere-se na face
ântero-superior do sacro e um feixe superior, a inserção parcial do músculo quadrado do
lombo, passando para a crista ilíaca anterior à articulação sacroilíaca, continua acima com a
fáscia toracolombar.

Articulação sacrococcígea
Esta é uma sínfise entre o ápice do sacro e a base do cóccix, unidos por um disco
fibrocartilagíneo.
Ligamento sacrococcígeo anterior - fibras irregulares que descem sobre as faces pélvicas tanto
do sacro como do cóccix.
Ligamento sacrococcígeo posterior - superficial passa da parte posterior da Quinta vértebra
sacral par o dorso do cóccix.
Ligamento sacrococcígeo lateral – liga um processo transverso do cóccix ao ângulo ínfero-
lateral do osso sacro.
Ligamentos intercornais – unem os cornos do sacro e do cóccix.

Articulações atlanto-axiais
Compreende três articulações sinoviais. Duas dessas articulações compreende um par entre as faces
articulares inferiores das massas laterais do atlas e as faces articulares superiores do áxis. A outra
articulação é a atlanto-axial mediana que compreende a face articular do dente do áxis, a face
articular do arco anterior do atlas e o ligamento transverso.

Articulações atlanto-occipitais
Articulações elipsóides correspondente as faces articulares das massas laterais do atlas e os
côndilos do occipital.
As cápsulas fibrosas circundam os côndilos do occipital e as facetas articulares das massas
laterais do atlas.
A membrana atlanto-occipital anterior larga e de fibras densamente entrelaçadas une a
margem anterior do forame magno com a borda superior do arco anterior do atlas.
Ligamentos que unem o áxis ao occipital
A membrana tectórica é uma extensão do ligamento longitudinal posterior.
Ligamentos alares - Começam de cada lado do ápice do dente do áxis e inserem-se na parte
medial rugosa dos côndilos do occipital.
Ligamento apical do dente - estende-se do ápice do dente do áxis até a margem posterior do
forame magno, entre os ligamentos alares.
Ligamento apical do dente - estende-se do ápice do dente do áxis até a margem posterior do
forame magno, entre os ligamentos alares.

Articulações costovertebrais
Articulações das cabeças das costelas – As costelas típicas articulam-se com as hemifacetas das
vértebras numa articulação sinovial dupla do tipo plana. A 1ª a 10ª até 12ª articulam-se com
uma faceta completa numa articulação sinovial simples.
Cápsulas fibrosas - unem as cabeças das costelas às faces articulares das vértebras.
Ligamentos radiados das cabeças das costelas - une as partes anteriores das cabeças das
costelas aos corpos de duas vértebras e seus discos.
Ligamento intra-articular da cabeça da costela - é um feixe curto, achatado, inserido
lateralmente na crista entre as facetas articulares e, medialmente no disco intervertebral,
dividindo a articulação.

Articulações costotransversárias
Articulação entre a faceta articular do tubérculo da costela e o processo transverso da vértebra
correspondente.
Cápsula fibrosa é fina e inserida nos perímetros articulares com um revestimento sinovial.
Ligamentos esternocostais radiados - feixes finos e radiados que se irradiam a partir da frente e
atrás das extremidades esternais.
Ligamentos esternocostais intra-articulares - constante apenas na Segunda costela. Estende-se
a partir da cartilagem da costela até a fibro cartilagem que une o manúbrio ao corpo do
esterno.
Ligamentos costoxifóides - ligam as faces anterior e posterior da sétima costela às mesmas no
processo xifóide.
Articulações intercondrais - articulações entre as cartilagens costais.
Articulações costocondrais - entre as costelas e as cartilagens costais.
Articulações esternais:
* Manúbrio-esternal - entre o manúbrio e o corpo do esterno, é geralmente uma sínfise.
* Xifoesternal - entre o processo xifóide e o corpo do esterno, é geralmente uma sínfise.

Articulação Temporo Mandibular


Essa articulação envolve o tubérculo articular do osso temporal, a fossa mandibular e o côndilo
da mandíbula. A articulação individual é elipsóide e o par é considerado é bicondilar.
Cápsula Articular - está inserida anteriormente no tubérculo articular, posteriormente na fissura
escamotimpânica, acima na fossa mandibular e abaixo no colo da mandíbula.
Disco articular - formado de material fibroso oval, divide a articulação em parte superior e
inferior. Sua face superior é côncavo-convexa para se ajustar ao tubérculo e a fossa da
mandíbula e sua face inferior é côncava para se ajustar ao côndilo da mandíbula.
Ligamento temporomandibular lateral - está inserido acima no tubérculo da raiz do zigoma e
abaixo na face lateral e margem posterior da mandíbula.
Ligamento esfenomandibular - localiza-se medial à cápsula, está inserido acima na espinha do
esfenóide e abaixo na lígula da mandíbula.
Ligamento estilomandibular - posterior à cápsula, insere-se acima no processo estilóide e
abaixo na margem posterior do ângulo da mandíbula.

Esta é uma articulação esferóide multiaxial com três graus de liberdade. As faces articulares
são a cabeça hemisférica do úmero (convexa) e a cavidade glenóide da escápula (côncava).
Você pode localizar as seguintes estruturas pertencentes à articulação do ombro na figura
abaixo:
- A cápsula fibrosa
- Ligamento córaco-umeral
- Ligamento transverso do úmero
- Lábio glenoidal
- Ligamentos glenoumerais superior, médio, inferior
- Membrana sinovial
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Possui duas articulações: úmero-ulnar, entre a tróclea do úmero e a incisura troclear da ulna,
úmero radial, entre o capítulo do úmero e a cabeça do rádio e rádio-ulnar proximal, entre a
cabeça do rádio e a incisura radial da ulna.
Você pode localizar as seguintes estruturas pertencentes à articulação do ombro na figura
abaixo:
- Cápsula articular
- Membrana sinovial
- Ligamento colateral da ulna
- Ligamento colateral do rádio
O rádio e a ulna são ligados por articulacões proximal, média, e distal, onde somente a média
não é uma articulação sinovial.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A articulação radiocárpica é biaxial do tipo elipsóide, é formada pela articulação da extremidade


distal do rádio e disco articular triangular com os ossos escafóide, semilunar e piramidal.
- A cápsula articular
- Ligamento radiocárpico palmar
- Ligamento ulnocárpico palmar
- Ligamento radiocárpico dorsal
- Ligamento colateral ulnar do carpo
- Ligamento colateral radial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Esta articulação é multiaxial e do tipo esferóide. A cabeça do fêmur articula-se com o


acetábulo.
- Cápsula fibrosa
- Membrana sinovial
- Ligamento ileofemoral
- Ligamento pubofemoral
- Ligamento isquiofemoral
- Ligamento da cabeça do fêmur
- Ligamento transverso do acetábulo
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A maior das articulações humanas. É uma articulação sinovial composta, condilar dupla com a
existência de meniscos articulares. Possui uma parte selar, referente a articulação com a
patela.
- Cápsula fibrosa
- Membrana sinovial
- Ligamento da patela
- Ligamento poplíteo oblíquo
- Ligamento poplíteo arqueado
- Ligamento colateral fibular
- Ligamentos transverso anterior
- Ligamentos transverso posterior
- Ligamento menisco femoral
- Ligamento transverso do joelho
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Definição:
É parte da anatomia que estuda os músculos e seus anexos.
O que são músculos?
São estruturas anatômicas que apresentam a capacidade de se contrair, sob estímulos.
VENTRE é a parte carnosa, constituída por fibras musculares que se contraem.
TENDÃO é a parte não contrátil e esta localizado nas extremidades dos músculos. É composto
de tecido conjuntivo resistente e esbranquiçado.

Tipos de músculos:

a) Músculos da vida de relação(músculos voluntários ou estriados): Contraem-se por


influência da vontade.
b) Músculos da vida vegetativa (músculos involuntários ou lisos): Não depende da nossa
vontade para contrair-se, estão localizados nos aparelhos digestivo, respiratórios e genito-
urinário.

Músculos Estriados:
Quanto a situação:
a) Superficiais ou Cutâneos: estão logo abaixo do tegumento, e apresentam no mínimo
uma de suas inserções na camada profunda da derme, estão localizados na cabeça (crânio e
face), no pescoço e na mão (região hipotenar).
b) Profundos ou Subaponeuróticos: são músculos que não apresentam inserções na camada
profunda da derme e na maioria das vezes se insere em ossos.

Quanto à Forma:
a) Longos: quando o comprimento prodomina sobre a largura e espessura. Ex: Bíceps.
b) Largos: quando duas medidas se eqüivalem (comprimento e largura predominam sobre a
espessura). Ex: Rombóide.
c) Curtos: as três medidas se eqüivalem . Ex: Quadrado Femural.
c) Leque: fibras em forma de um leque. Ex: Peitoral Maior.
d) Mistos: quando não entram na classificação de longos, largos e curtos.
Os músculos ainda podem ser unipenados (Extensor Longo dos Dedos do Pé)
e bipenados (Reto Femural).
Quanto à Direção:
a) Retilíneos: músculo que não muda sua direção, converge somente numa direção. Pode
ser paralelo, oblíquo ou transverso. Ex: Reto Femural e sartório.
b) Reflexo: músculo que muda sua direção durante seu trajeto. Ex: digástrico e omoióideo.

Quanto à Origem e à Inserção:


a) Origem: quando se originam de mais de um tendão. Ex: Bíceps, Tríceps e Quadríceps.
b) Inserção: quando se inserem em mais de um tendão. Ex: Bicaudados - dois tendões
(Fibular Anterior) e Policaudados - três ou mais tendões (Flexor Longo dos Dedos do Pé)

Número de Músculos:
De acordo com Sappey, são 501 músculos:
* Tronco: 190
* Cabeça: 63
* Membro Superior: 98
* Membro Inferior: 104
* Aparelho da vida Nutritiva: 46

Peso dos Músculos:


Em média 3/7 do peso (sexo masculino), mas pode se tornar até 50% do peso em
fisioculturistas ou ainda, segundo os avaliadores, para atletas de elite que façam algum tipo de
treinamento intenso por mais de 4 horas diárias. Está porcentagem diminui com a idade.

Nomenclatura:
Há dois métodos de estudo dos músculos:
a) Fisiológico: corresponde a ação do músculo: elevador da mandíbula e extensor dos
dedos.
b) Topográfico: corresponde a região onde estão localizados: músculos da cabeça e do
braço.

Grupos Musculares:
São em número de nove:
* Cabeça
* Pescoço
* Membros Superiores
* Tórax
* Abdômen
* Região Posterior do Tronco
* Membros Inferiores
* Órgãos dos Sentidos
* Períneo

Anexos dos Músculos:


a) Aponeurose: é uma membrana que envolve grupos musculares.
b) Fáscia: envolve o músculo.
c) Bainha Fibrosa: são arcos fibrosos que formam canais osteo-fibrosos.
d) Bainhas Sinoviais: são membranas delgadas que lubrificam o deslizamento da tendão.
e) Bolsas Serosas: bolsas que separam os músculos.

Local de Inserção dos Músculos:


a) Ossos
b) Cútis
c) Órgãos
d) Mucosa
e) Cartilagem
f) Fáscia
g) Articulações
Tipos de Movimentos:
a) Flexão: diminuição do grau de uma articulação.
b) Extensão: aumento do grau de uma articulação.
c) Adução: aproxima do eixo sagital mediano.
d) Abdução: afasta do eixo sagital mediano.
Movimento de rotação em relação a um determinado eixo:
e) Rotação Medial: face anterior gira para dentro.
f) Rotação Lateral: face anterior gira para fora.
Membros Superiores (antebraço):
Supinação = Rotação lateral do antebraço.
Pronação = Rotação medial do antebraço.
Membros Inferiores (pé):
Eversão = Abdução (ponta do pé para fora) + Pronação (planta do pé faz rotação
lateral) .
Inversão = Adução (ponta do pé para dentro) + Supinação (planta do pé faz
rotação medial).

Classificação Funcional dos Músculos:


a) Agonista: quando um músculo é o agente principal na execução de um movimento.
b) Antagonista: quando um músculo se opõe ao trabalho de um agonista, seja para regular
a rapidez ou potência da ação deste.

Couro Cabeludo

O Epicrânio é uma vasta lâmina musculotendinosa que reveste o vértice e as faces laterais do
crânio, desde o osso occipital até a sobrancelha. É formado pelo ventre occipital e pelo ventre
frontal e estes são reunidos por uma extensa aponeurose intermediária: a gálea aponeurótica.
* Ventre Occipital
Origem: 2/3 laterais da linha nucal superior do osso occipital e processo mastóide
Inserção: Gálea aponeurótica
Inervação: Ramo auricular posterior do nervo facial
Ação: Trabalhando com o ventre frontal traciona para trás o couro cabeludo, elevando as
sobrancelhas e enrugando a fronte

* Ventre Frontal
Origem: Não possui inserções ósseas. Suas fibras são contínuas com as do prócero, corrugador
e orbicular do olho
Inserção: Gálea aponeurótica
Inervação: Ramos temporais
Ação: Trabalhando com o ventre occipital traciona para trás o couro cabeludo, elevando as
sobrancelhas e enrugando a fronte. Agindo isoladamente, eleva as sobrancelhas de um ou de
ambos os lados
O Temporoparietal é uma vasta lâmina muito delgada.
Origem: Fáscia temporal
Inserção: Borda lateral da gálea aponeurótica
Inervação: Ramos temporais
Ação: Estica o couro cabeludo e traciona para trás a pele das têmporas. Combina-se com o
occipitofrontal para enrugar a fronte e ampliar os olhos (expressão de medo e horror)
A Gálea Aponeurótica reveste a parte superior do crânio entre os ventres frontal e occipital
do occipitofrontal.
Boca

1 - Levantador do Lábio Superior:


Origem: Margem inferior da órbita acima do forame infra-orbital, maxila e zigomático

Inserção: Substância muscular do lábio superior e asa do nariz


Inervação: Ramos bucais do nervo facial
Ação: Levanta o lábio superior e leva-o um pouco para frente
2 - Levantador do Lábio Superior e da Asa do Nariz:
Origem: Processo frontal da maxila
Inserção: Se divide em dois fascículos. Um se insere na cartilagem alar maior e na pele do nariz
e o outro se prolonga no lábio superior
Inervação: Ramos bucais do nervo facial
Ação: Dilata a narina e levanta o lábio superior
3 - Levantador do Ângulo da Boca:
Origem: Fossa canina (maxila)
Inserção: Ângulo da boca
Inervação: Ramos bucais do nervo facial
Ação: Eleva o ângulo da boca e acentua o sulco nasolabial
4 - Zigomático Menor:
Origem: Superfície malar do osso zigomático
Inserção: Lábio superior (entre o levantador do lábio superior e o zigomático maior
Inervação: Ramos bucais do nervo facial
Ação: Auxilia na elevação do lábio superior e acentua o sulco nasolabial
5 - Zigomático Maior:
Origem: Superfície malar do osso zigomático
Inserção: Ângulo da boca
Inervação: Ramos bucais do nervo facial
Ação: Traciona o ângulo da boca para trás e para cima (risada)
6 - Risório:
Origem: Fáscia do masseter
Inserção: Pele no ângulo da boca
Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial
Ação: Retrai o ângulo da boca lateralmente (riso forçado)
7 - Depressor do Lábio Inferior:
Origem: Linha oblíqua da mandíbula
Inserção: Tegumento do lábio inferior
Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial
Ação: Repuxa o lábio inferior diretamente para baixo e lateralmente (expressão de ironia)
8 - Depressor do Ângulo da Boca:
Origem: Linha oblíqua da mandíbula
Inserção: Ângulo da boca
Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial
Ação: Deprime o ângulo da boca (expressão de tristeza)
9 - Mentoniano:
Origem: Fossa incisiva da mandíbula
Inserção: Tegumento do queixo
Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial
Ação: Eleva e projeta para fora o lábio superior e enruga a pele do queixo
10 - Transverso do Mento:
Não é encontrado em todos os corpos.
Origem: Linha mediana logo abaixo do queixo
Inserção: Fibras do depressor do ângulo da boca
Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial
Ação: Auxilia na depressão o ângulo da boca
11 - Orbicular da Boca:
Origem: Parte marginal e parte labial
Inserção: Rima da boca
Inervação: Ramos bucais do nervo facial
Ação: Fechamento direto dos lábios
12 - Bucinador:
Importante músculo acessório na mastigação, mantendo o alimento sob a pressão direta dos
dentes.
Origem: Superfície externa dos processos alveolares da maxila, acima da mandíbula
Inserção: Ângulo da boca
Inervação: Ramos bucais do nervo facial
Ação: Deprime e comprime as bochechas contra a mandíbula e maxila. Importante para
assobiar e soprar

Nariz

1 - Prócero:

Origem: Fáscia que reveste a parte mais inferior do osso nasal e a parte superior da cartilagem
nasal lateral
Inserção: Pele da parte mais inferior da fronte entre as duas sobrancelhas
Inervação: Ramos bucais do nervo facial
Ação: Traciona para baixo o ângulo medial da sobrancelha e origina as rugas transversais sobre
a raiz do nariz
2 - Nasal (Transverso do Nariz):
Origem:
Porção Transversal - Fosseta mirtiforme e eminência canina da maxila
Porção Alar - Asa do nariz
Inserção:
Porção Transversal - Dorso do nariz
Porção Alar - Imediações do ápice do nariz
Inervação: Ramos bucais do nervo facial
Ação: Dilatação do nariz
3 - Depressor de Septo:
Origem: Fossa incisiva da maxila
Inserção: Septo e na parte dorsal da asa do nariz
Inervação: Ramos bucais do nervo facial
Ação: Traciona para baixo as asas do nariz, estreitando as narinas

Pálpebras

1 - Orbicular do Olho:
Este músculo contorna toda a circunferência da órbita. Divide-se em três porções: palpebral,
orbital e lacrimal.
Origem: Parte nasal do osso frontal (porção orbital), processo frontal da maxila, crista lacrimal
posterior (porção lacrimal) e da superfície anterior e bordas do ligamento palpebral medial
(porção palpebral)
Inserção: Circunda a órbita, como um esfíncter
Inervação: Ramos temporal e zigomáticas do nervo facial
Ação: Fechamento ativo das pálpebras
2 - Corrugador do Supercílio:
Origem: Extremidade medial do arco superciliar
Inserção: Superfície profunda da pele
Inervação: Ramos temporal e zigomáticas do nervo facial
Ação: Traciona a sobrancelha para baixo e medialmente, produzindo rugas verticais na fronte.
Músculos da expressão de sofrimento.

Orelha

1 - Auricular Anterior:
Origem: Porção anterior da fáscia na zona temporal
Inserção: Saliência na frente da hélix
Inervação: Ramos temporais
Ação: Traciona o pavilhão da orelha para frente e para cima
2 - Auricular Superior:
Origem: Fáscia da zona temporal
Inserção: Tendão plano na parte superior da superfície craniana do pavilhão da orelha
Inervação: Ramos temporais
Ação: Traciona o pavilhão da orelha para cima
3 - Auricular Posterior:
Origem: Processo mastóide
Inserção: Parte mais inferior da superfície craniana da concha
Inervação: Ramo auricular posterior do nervo facial
Ação: Traciona o pavilhão da orelha para trás

Articulação Têmporo Mandibular


responsável pelos movimentos da mandíbula (fonação, mastigação).
Articulação: Fossa mandibular do osso temporal e cabeça do côndilo da mandíbula.
Principais Movimentos:
Oclusão - Contato dos dentes da arcada superior com a arcada inferior.

Protrusão - Deslocamento anterior da mandíbula.


Retrusão - Deslocamento posterior da mandíbula em direção ao osso temporal.

Músculos da ATM

1- Temporal:
Passa medialmente ao arco zigomático.
Origem: Face externa do temporal (escama), face interna do arco zigomático
Inserção: Processo coronoide e face anterior do ramo da mandíbula
Inervação: Nervo temporal (ramo mandibular do nervo trigêmio - 5º par craniano)
Ação:
Contração Unilateral - Lateralização contralateral
Contração Bilateral - Oclusão e retrusão

2- Masseter:
É o músculo mais potente da mastigação.
Origem: Borda externa do arco do zigomático
Inserção: Face externa do ângulo da mandíbula
Inervação: Nervo masseteriano (ramo do mandibular do nervo trigêmio - 5º par craniano)
Ação: Oclusão e protrusão
3- Pterigóideo Medial (Interno):
Origem: Face medial da lâmina lateral do processo pterigóide do osso esfenóide
Inserção: Face interna do ângulo da mandíbula
Inervação: Nervo do pterigoideo interno (ramo do nervo facial - 7º par craniano)
Ação: Oclusão e protrusão
4- Pterigóideo Lateral (Externo):
Origem:
Cabeça Inferior - Face lateral da lâmina lateral do processo pterigóide do osso esfenóide
Cabeça Superior - Asa maior do esfenóide
Inserção: Cabeça do côndilo da mandíbula e face anterior do disco articular
Inervação: Nervo do pterigoideo externo (ramo do mandibular do nervo trigêmio - 5º par
craniano)
Ação:
Contração Unilateral - Lateralização da mandíbula contralateral
Contração Bilateral - Abertura e protrusão da mandíbula

FIGURAS
Músculos da ATM - Masseter e Temporal

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Músculos da ATM - Pterigóideos Lateral e Medial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Os músculos do pescoço tem como função principal mover a cabeça e o osso hióide. Os que se
encontram por detrás da coluna vertebral são chamados músculos da nuca e os demais são
ditos músculos do pescoço propriamente dito e dividem-se em quatro regiões:

Região Anterior do Pescoço

1 - Platisma ou Cutâneo do Pescoço:

Inserção Superior: Camada profunda da derme da região mentoniana, borda inferior do corpo
da mandíbula, comissura labial e linha oblíqua externa da mandíbula
Inserção Inferior: Camada profunda da derme da região subclavicular e acromial
Inervação: Nervo Facial (7º par craniano)
Ação:
Fixo Superior - Eleva a pele do tronco superior e forma rugas transversais do pescoço
Fixo Inferior - Baixa a pele da região mandibular

Região do Osso Hióide

Músculos Supra-Hióideos

2- Digástrico:

Esse músculo possui dois ventres que estão ligados por um tendão intermediário que é preso ao
osso hióide.

Inserção Superior do Ventre Anterior: Fossa digástrica da mandíbula


Inserção Inferior do Ventre Anterior: Tendão intermediário

Inserção Superior do Ventre Posterior: Processo mastóide do osso temporal


Inserção Inferior do Ventre Posterior: Tendão Intermediário

Inervação:
Nervo Facial (7º par craniano) - Ventre Posterior
Nervo Mandibular (Ramo do nervo trigêmeo - 5 par craniano) - Ventre Anterior
Ação: Eleva o osso hióide puxando-o para trás e baixa a mandíbula

3 - Estiloióideo:

Paralelo ao ventre posterior do músculo digástrico

Inserção Superior: Processo estilóide (temporal)


Inserção Inferior: Osso hióide
Inervação: Nervo Facial (7º par craniano)
Ação: Eleva o osso hióide puxando-o para trás

4 - Miloióideo:
Forma o assoalho da boca.

Inserção Superior: Linha miloióidea (mandíbula) e rafe tendinosa


Inserção Inferior: Osso hióide
Inervação: Nervo Mandibular (5º par craniano - Ramo do nervo trigêmeo)
Ação: Eleva o osso hióide, eleva a língua forçando-a para trás

5 - Genioióideo:

Inserção Superior: Espinha mentoniana (mandíbula)


Inserção Inferior: Osso hióide
Inervação: Nervo do Hipoglosso (12º par craniano)
Ação: Traciona o osso hióide para frente e para cima

Músculos Infra-Hióideos

6 - Esternocleidoióideo (Esternohióideo):

Inserção Superior: Borda inferior do corpo do osso hióide


Inserção Inferior: Face posterior do manúbrio do esterno e 1/4 medial da clavícula
Inervação: Alça Cervical (C1, C2 e C3)
Ação: Baixa o osso hióide

7 - Esternotireóideo:

Inserção Superior: Lamina da cartilagem tireóide da laringe


Inserção Inferior: Face posterior do manúbrio do esterno e 1ª cartilagem costal
Inervação: Alça Cervical (C1, C2 e C3)
Ação: Baixa o osso hióide e a cartilagem tireóide

8 - Tireoióideo:

Inserção Superior: Osso hióide


Inserção Inferior: Lâmina da cartilagem tireóide
Inervação: Alça Cervical (C1, C2 e C3)
Ação: Baixa o osso hióide

9 - Omoióideo:

Possui dois ventres e um tendão intermediário:

Inserção Superior do Ventre Superior: Borda inferior do corpo do osso hióide


Inserção Inferior do Ventre Superior: Tendão intermediário

Inserção Medial do Ventre Inferior: Tendão intermediário


Inserção Lateral do Ventre Inferior: Borda superior da escápula

Os músculos supra e infra-hióideos juntos mantém o osso hióide, propiciando base firme para
os movimentos da língua

Inervação: Alça Cervical (C1, C2 e C3)


Ação: Baixa o osso hióide e puxa-o levemente para trás
Região Lateral do Pescoço

1 - Esternocleidomastóideo:

Inserção Superior: Processo mastóide e linha nucal superior


Inserção Inferior: Face anterior do manúbrio do esterno, junto a borda superior e anterior do
1/3 medial da clavícula
Inervação: Nervo Acessório (11º par craniano) e 2º e 3º nervos cervicais (plexo cervical)
Ação:
Fixo Superior - Ação inspiratória
Fixo Inferior
Contração Unilateral: Inclinação lateral e rotação com a face virada para o lado oposto
Contração Bilateral: Flexão da cabeça

2 - Escaleno Anterior:

Inserção Superior: Tubérculos anteriores dos processos transversos da C3 a C6


Inserção Inferior: Face superior da 1ª costela (tubérculo escaleno anterior)
Inervação: Ramos anteriores de 3º a 6º nervos cervicais

3 - Escaleno Médio:

Inserção Superior: Tubérculos anteriores dos processos transversos da C1 a C7


Inserção Inferior: Face superior da 1ª costela (podendo ser na 2ª costela)
Inervação: Ramos anteriores de 3º a 4º nervos cervicais e o nervo do rombóide

4 - Escaleno Posterior:

Inserção Superior: Tubérculos posteriores dos processos transversos da C4 a C6


Inserção Inferior: Borda superior da 2ª costela
Inervação: Ramos anteriores de 3º a 4º nervos cervicais e o nervo do rombóide

Ação dos Escalenos:


Fixo no Tórax
Contração Unilateral: Inclinação lateral da coluna
Contração Bilateral: Rigidez no pescoço
Fixo na Coluna - Eleva as costelas (ação inspiratória)

Região Pré-Vertebral do Pescoço

1 - Reto Anterior Maior da Cabeça (Longo da Cabeça):

Inserção Superior: Processo basilar (occipital)

Inserção Inferior: Tubérculos anteriores dos processos transversos da C3 a C6


Inervação: Plexo Cervical
Ação:
Contração Unilateral: Rotação da cabeça com a face virada para o lado oposto
Contração Bilateral: Flexão da cabeça e da coluna cervical

2 - Reto Anterior Menor da Cabeça (Reto Anterior da Cabeça):

Inserção Superior: Processo basilar (occipital)


Inserção Inferior: Massas laterais e processo transverso de atlas
Inervação: 1º nervo cervical
Ação: Aproxima a cabeça do atlas

3 - Longo do Pescoço:

* Porção Oblíquo Superior (Descendente)


Inserção Superior: Tubérculo anterior do atlas
Inserção Inferior: Tubérculo anterior dos processos transversos da C3 e C5
* Porção Oblíquo Inferior (Ascendente)
Inserção Superior: Tubérculo anterior dos processos transversos da C5 e C6
Inserção Inferior: Corpos vertebrais da T1 e T3
* Porção Vertical (Longitudinal)
Inserção Superior: Corpos vertebrais de C2 a C4
Inserção Inferior: Corpos vertebrais de C5 até T3

Inervação: Ramos anteriores dos 4 primeiros nervos cervicais


Ação:
Contração Unilateral: Flexiona a coluna cervical
Contração Bilateral: Inclinação lateral

4 - Reto Lateral da Cabeça:

Inserção Superior: Processo jugular (occipital)


Inserção Inferior: Processo transverso do atlas
Inervação: 1º ramo cervical
Ação:
Contração Unilateral: Inclinação Lateral
Contração Bilateral: Rigidez da Coluna

Região Posterior do Pescoço

1 - Esplênio da Cabeça:

Origem: Ligamento nucal (ligamento cervical) e processos espinhosos da 7ª vértebra cervical e


das três primeiras torácicas
Inserção: Linha nucal superior e processo mastóide do osso temporal
Inervação: Ramos cervicais posteriores dos nervos espinhais (nervos raquídios cervicais)
Ação: Extensão, inclinação lateral e rotação da cabeça para o lado oposto

2 - Esplênio do Pescoço:

Origem: Processos espinhosos da 3ª a 5ª vértebras toracicas


Inserção: Processos transversos das 3 primeiras vértebras cervicais
Inervação: Ramos cervicais posteriores dos nervos espinhais (nervos raquídios cervicais)
Ação: Extensão, inclinação lateral e rotação da cabeça para o lado oposto

3 - Semi-Espinhal da Cabeça (Extensor da Cabeça):

Origem: Processos transversos da 1ª vértebra cervical até a 7ª torácica


Inserção: Superfície óssea entre as linhas nucais superior e inferior
Inervação: Ramos dos nervos espinhais cervicais
Ação: Extensão da Cabeça e rotação para o lado oposto (contração unilateral)
4 - Semi-Espinhal do Pescoço (Extensor do Pescoço):

Origem: Processos transversos da 2ª a 7ª vértebras torácicas


Inserção: Processos espinhosos da 2ª a 5ª vértebras cervicais
Inervação: Ramos dos nervos espinhais cervicais
Ação: Extensão do pescoço

Suboccipitais - Formam o trígono suboccipital.

5 - Reto Posterior Maior da Cabeça:

Origem: Processo espinhoso do áxis


Inserção: Linha nucal inferior
Inervação: Ramos posteriores dos nervos espinhais (raquídios) cervicais
Ação: Extensão da cabeça

6 - Reto Posterior Menor da Cabeça:

Origem: Tuberosidade posterior do atlas


Inserção: Linha nucal inferior
Inervação: Ramos posteriores dos nervos espinhais (raquídios) cervicais
Ação: Extensão da cabeça

7 - Oblíquo Superior da Cabeça:

Origem: Massa lateral e processo transverso do atlas


Inserção: Linha nucal inferior
Inervação: Ramos posteriores dos nervos espinhais (raquídios) cervicais
Ação:
Contração Unilateral - Rotação da cabeça
Contração Bilateral - Extensão da cabeça

8 - Oblíquo Inferior da Cabeça:

Origem: Processo espinhoso do áxis


Inserção: Massa lateral e processo transverso do atlas
Inervação: Ramos posteriores dos nervos espinhais (raquídios) cervicais
Ação:
Contração Unilateral - Rotação da cabeça
Contração Bilateral - Extensão da cabeça

FIGURAS
Músculos do Pescoço - Vista Anterior
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Músculos do Pescoço - Vista Lateral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Músculos do Pescoço - Supra e Infra-Hióideos


Músculos do Pescoço - Escalenos e Pré-Vertebrais

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
O tórax se localiza na região superior do tronco, é definido anteriormente pelo osso esterno,
lateralmente pelas costelas e posteriormente pela coluna vertebral.

Região Ântero-Lateral
1 - Peitoral Maior:

Inserção Medial: 2/3 mediais da borda anterior da clavícula, face anterior do esterno, face
externa da 1ª a 6ª cartilagens costais, 6ª a 7ª costelas e aponeurose abdominal
Inserção Lateral: Tubérculo maior do úmero (porção superior do lábio anterior do sulco
intertubercular)
Inervação: Nervo peitoral lateral e medial (C5, C6, C7, C8 e T1)
Ação:
Fixo no Tórax: Adução, rotação medial do braço, auxilia na abdução e flexão do braço até
90°. A porção esternal faz extensão e a porção clavicular faz flexão horizontal
Fixo no Braço: Eleva tronco

2 - Peitoral Menor:

Inserção Medial: Face externa da 2ª a 5ª costelas


Inserção Lateral: Processo coracóide
Inervação: Nervo do peitoral medial (C8 e T1)
Ação:
Fixo no Tórax: Deprime o ombro. Na escápula realiza rotação inferior, abdução e depressão
Fixo na Escápula: Eleva costelas (ação inspiratória)

3 - Subclávio:

Inserção Superior: Face inferior da clavícula


Inserção Inferior: Face superior da 1ª cartilagem costal
Inervação: Nervo do subclávio
Ação: Deprime e fixa a clavícula na articulação esternoclavicular, auxilia na depressão do
ombro e eleva a 1ª costela

4 - Serrátil Anterior (Maior):

Passa por baixo da escápula


* Porção Superior
Inserção Posterior: Ângulo superior da escápula
Inserção Anterior: Face externa da 1ª e 2ª costelas
* Porção Média
Inserção Posterior: Borda medial da escápula
Inserção Anterior: Face externa da 2ª a 4ª costelas
* Porção Inferior
Inserção Posterior: Ângulo inferior da escápula
Inserção Anterior: Face externa da 5ª a 8ª costelas

Inervação: 5º e 6º nervos cervicais e 8º e 9º intercostais


Ação:
Fixo na escápula: Ação inspiratória
Fixo nas costelas: Abdução e rotação superior da escápula
Região Costal

Estes músculos estão localizados nos espaços intercostais (entre as costelas).

1 - Intercostais Externos (11 Pares):

Inserção Superior: Borda inferior da costela suprajacente (superior)


Inserção Inferior: Borda superior da costela infrajacente (inferior)
Inervação: Nervos intercostais
Ação: Eleva as costelas (Ação inspiratória)

2 - Intercostais Internos (11 Pares):

Inserção Superior: Borda inferior da costela suprajacente (superior)


Inserção Inferior: Borda superior da costela infrajacente (inferior)
Inervação: Nervos intercostais
Ação: Deprime as costelas (Ação expiratória)

Os músculos intercostais internos e externos se cruzam em "X". As fibras dos intercostais


externos se dirigem de superior para inferior e de posterior para anterior. Já as fibras dos
intercostais internos se dirigem desuperior para inferior e de anterior para posterior.

3 - Supracostais (Levantadores das Costelas):

Inserção Superior: Processo transverso da C7 a T11


Inserção Inferior: Face externa da 1ª a 12ª costela
Inervação: Nervos intercostais
Ação: Eleva as costelas (inspiratório)

4 - Infracostais (Subcostais):

Inserção Superior: Face interna da costela suprajacente


Inserção Inferior: Face interna da costela infrajacente
Inervação: Nervos intercostais
Ação: Abaixa as costelas, contribuindo para a expiração

5 - Transverso do Tórax:

Inserção Medial: Face interna do esterno e processo xifóide


Inserção Lateral: Face interna da 2ª à 6ª costela
Inervação: Nervos intercostais
Ação: Reforço da parede torácica e auxiliar da expiração

FIGURAS
Músculos do Tórax - Vista Anterior (Dissecação Superficial)
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Músculos do Tórax - Vista Anterior (Dissecação Profunda)

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Músculos do Tórax - Vista Interna


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Músculos Posteriores do Tórax (Dorso)
1 - Trapézio:

Inserção Medial: Linha nucal superior, ligamento nucal, protuberância occipital externa até os
processos espinhosos da C6 e processos espinhosos da C7 a T12
Inserção Lateral: 1/3 lateral da borda posterior da clavícula, acrômio e espinha da escápula
Inervação: Nervo acessório (11º par craniano) e Plexo Cervical (C3 e C4)
Ação:
Fixo na Coluna: Eleva o ombro e aduz as escápulas
Fixo na Escápula:
* Contração Unilateral: Inclina a cabeça para o mesmo lado, rodando o campo de visão
para o lado oposto. Na escápula faz rotação superior, adução, elevação e depressão
* Contração Bilateral: Extenção da cabeça

2 - Grande Dorsal:

Inserção Medial: Processos espinhosos das 7 últimas vértebras dorsais e todas as lombares,
crista do sacro, crista ilíaca e face externa das 4 últimas costelas
Inserção Lateral: Sulco intertubercular do úmero
Inervação: Nervo Toracodorsal (C6, C7 e C8)
Ação: Adução, extenção e rotação medial do braço, baixa o ombro e auxilia na inspiração
forçada

3 - Rombóide:

Inserção Medial: Processos espinhosos da C7 à T5


Inserção Lateral: Borda medial e ângulo inferior da escápula
Inervação: Nervo escapular dorsal (C4 e C5)
Ação: Adução e rotação inferior da escápula e deprime o ombro

O músculo rombóide pode ser subdividido em rombóide maior (processos espinhosos de T1 à


T4 até a 2/3 inferiores da borda medial da escápula e ângulo inferior da escápula) e rombóide
menor (processos espinhosos de C7 e T1 à 1/3 superior da borda medial da escápula)

4 - Levantador da Escápula (Angular da Escápula):

Inserção Superior: Processo transverso do atlas até C4


Inserção Inferior: Ângulo superior da escápula
Inervação: Nervo do elevador
Ação: Eleva a escápula e inclina a coluna para o mesmo lado da contração

5 - Serrátil Postero-Superior:

Inserção Medial: Processos espinhosos de C7 à T3 e ligamento nucal


Inserção Lateral: Borda superior e face externa da 2ª à 5ª costelas
Inervação: Ramos dos 4 primeiros nervos costais
Ação: Eleva as costelas (atua na inspiração forçada)

6 - Serrátil Postero-Inferior:

Inserção Medial: Processos espinhosos da T11 à L3


Inserção Lateral: Borda inferior e face externa das 4 últimas costelas
Inervação: 9º ao 11º nervos intercostais
Ação: Atrai para baixo e para trás as últimas costelas (ação expiratória)
Músculos da Goteira Vertebral
Paravertebrais

1 - Eretores da Espinha:

* Espinhal (+ Medial):
Origem: Processos Espinhosos de T10 a L2

Inserção: Processos Espinhosos de T1 a T8


Inervação: Nervos espinhais
Ação: Extensão do tronco e rotação para o lado oposto

* Dorsal Longo (Longuíssemos):

Cabeça:
Origem: Processos transversos de C4 a T4
Inserção: Face posterior do processo mastóide
Pescoço:
Origem: Processos transversos de T1 a T4
Inserção: Processos transversos de C2 a C6
Tórax:
Origem: Face dorsal do sacro
Inserção: Processos transversos das vértebras lombares, torácicas e todas as costelas

Inervação: Nervos espinhais


Ação:
Contração Unilateral - Lateralização do tronco
Contração Bilateral - Extensão de tronco e traciona as costelas caudalmente

* Ileocostal (+ Lateral):

Cervical:
Origem: Ângulo da 3ª à 6ª costelas
Inserção: Processos transversos de C4 a C6
Torácico:
Origem: Ângulo das 6 últimas costelas
Inserção: Ângulo das 6 primeiras costelas
Lombar:
Origem: Face dorsal do sacro
Inserção: Próximo ângulo das 6 últimas costelas

Inervação: Ramos das divisões primárias dorsais dos nervos espinhais


Ação:
Contração Unilateral - Inclinação lateral do tronco
Contração Bilateral - Extensão de tronco e traciona as costelas caudalmente

2 - Transverso-Espinhal (Multífido):

Se estende do sacro até a 2ª vértebra cervical. Ligam o processo transverso de uma vértebra
com o processo espinhoso da vértebra suprajacente.

Origem: Processos transversos de todas as vértebras


Inserção: Processo espinhoso de 1 ou 2 vértebras acima
Inervação: Ramos das divisões primárias dorsais dos nervos espinhais
Ação:
Contração Unilateral - Rotação do tronco para o lado oposto
Contração Bilateral - Extensão do tronco

3 - Intertransversais:

Origem: Borda inferior do processo transverso da vértebra superior


Inserção: Borda superior do processo transverso da vértebra inferior
Inervação: Os anteriores, os posteriores e os laterais, pelos ramos das divisões primárias
ventrais dos nervos espinhais; os mediais, pelos ramos das divisões primárias dorsais
Ação: Inclina o tronco para o mesmo lado

4 - Interespinhais:

Origem: Processos espinhosos da vértebra superior


Inserção: Processos espinhosos da vértebra inferior
Inervação: Ramos das divisões primárias dorsais dos nervos espinhais
Ação: Extensão de tronco

FIGURAS
Músculos do Dorso - Vista Posterior (Camada Superficial)

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Músculos do Dorso - Vista Posterior (Camada Intermédia)

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Músculos do Dorso - Vista Posterior (Camada Profunda)


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Os músculos dessa região têm por função a proteção visceral, expiração, além de colaborar
com os músculos do dorso nos movimentos do tronco e na manutenção da postura ereta.

Região Ântero-Lateral do Abdômen

1 - Reto Anterior do Abdômen:

O Reto Anterior do Abdômen é um músculo poligástrico, ou seja, possui vários ventres, pois em
seu trajeto apresenta três ou mais intersecções tendíneas. O músculo Reto Anterior do
Abdômen está alojado num estojo aponeurótico formado pelos músculos Oblíquo Externo,
Interno e Transverso do Abdômen. A aponeurose dirige-se até a região média.
Inserção Superior: Face externa e borda inferior da 5ª à 7ª cartilagem costais e processo
xifóide
Inserção Inferior: Corpo do púbis e sínfise púbica
Inervação: Ramos vantrais dos 6 últimos espinhais torácicos
Ação:

Fixo no tórax: Realiza retroversão (extensão) da pelve

Fixo na pelve: Flete o tronco

Aumento da pressão intra-abdominal (Expiração, Vômito, Defecação, Micção e no Parto).

2 - Piramidal do Abdômen:

Inserção Superior: Linha alba


Inserção Inferior: Corpo do púbis
Inervação: 12º intercostal e nervo ilioipogástrico (L1)
Ação: Mantém a linha alba tensionada (melhor perceptível em gestantes)

3 - Oblíquo Externo do Abdômen:

Suas fibras se dirigem obliquamente para baixo e para frente.

Inserção Superior: Face externa das 8 últimas costelas e interdigita-se com os músculos
Serrátil Anterior e Grande Dorsal
Inserção Inferior: Crista íliaca, Espinha Ilíaca Ântero-Superior, púbis e linha alba
Inervação: Ramos anteriores dos 4 últimos nervos espinhais torácicos e nervo ilioipogástrico
(L1)
Ação:

Contração Unilateral: Rotação com tórax girando para o lado oposto

Contração Bilateral: Flete o tronco e aumenta a pressão intra-abdominal

4 - Oblíquo Interno do Abdômen:

Suas fibras se dirigem de baixo para cima e trás para frente.

Inserção Medial: 3 últimas cartilagens costais, linha alba, púbis e eminência íleo-púbica
Inserção Lateral: Espinha Ilíaca Ântero-Superior, 1/4 lateral do ligamento inguinal (arco crural)
e crista ilíaca. Posteriormente, ele se insere nos processos espinhosos e transversos das últimas
vértebras lombares
Inervação: Ramos anteriores dos 6 últimos nervos espinhais torácicos e nervo ilioipogástrico
(L1)
Ação: Idem ao Oblíquo Externo, porém rota o tórax para o mesmo lado

Os músculos Oblíquo Externo e Oblíquo Interno do abdômen trabalham conjuntamente em


alguns movimentos. Exemplo: quando realizamos flexão e rotação do tronco para o lado direito,
o Oblíquo Externo do lado esquerdo e o Oblíquo Interno do lado direito trabalham em conjunto.

5 - Transverso do Abdômen:

É o músculo mais profundo da região ântero-lateral do abdômen. Suas fibras se dirigem


horizontalmente no sentido posterior para anterior.
Inserção Posterior: Face interna e borda inferior das 6 últimas cartilagens costais, processo
transverso das vértebras lombares, crista ilíaca e 1/4 lateral do ligamento inguinal
Inserção Anterior: Linha alba e púbis
Inervação: Ramos anteriores dos 6 últimos nervos espinhais torácicos e nervo ilioipogástrico
(L1)
Ação: Aumento da pressão intra-abdominal

Região Posterior do Abdômen

1 - Quadrado Lombar:

Inserção Superior: 12ª costela e processo transverso da 1ª a 4ª vértebras lombares


Inserção Inferior: Crista Ilíaca e ligamento íliolombar
Inervação: 12º nervo intercostal
Ação: Inclinação lateral do tronco e baixa a 12ª costela

2 - Iliopsoas:

É um músculo que apresenta duas origens, ou seja, é um bíceps

Inserção Superior:
Psoas Maior: Corpos vertebrais de T12 à L4, discos intervertebrais, processos transversos
de L1 à L4
Ilíaco: Fossa ilíaca, crista ilíaca, linha arqueada e sacro.
Inserção Inferior: Os dois ventres se unem formando um único tendão que se insere no
trocânter Menor do fêmur
Inervação: Nervo Femural (L1, L2 e L3)
Ação:
Fixo no Tronco: Flexão da coxa, rotação lateral da coxa
Fixo no Fêmur : Flexão de tronco

3 - Psoas Menor:

Inserção Superior: Corpo vertebral de T12 e L1


Inserção Inferior: Eminência iliopúbica
Inervação: Plexo lombar (L2, L3 e L4)
Ação: Auxilia o músculo psoas maior

Região Superior do Abdômen

1 - Diafragma:

O Diafragma separa a cavidade torácica da cavidade abdominal.

No Diafragma encontramos três orifícios: Hiato Aórtico (para a artéria aorta), Hiato
Esofágico (para o esôfago) e Forame da veia cava (para a veia cava inferior)

Inserção: Face interna das seis últimas costelas, face interna do processo xifóide e corpos
vertebrais da 2ª e 3ª vértebra lombar
Inervação: Nervo Frênico (C3, C4 e C5)
Ação: É o músculo mais importante da respiração (inspiração), pois diminui a pressão interna
da caixa torácica permitindo a entrada do ar nos pulmões
FIGURAS
Músculos do Abdômen - Vista Anterior (Dissecação Superficial)

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Músculos do Abdômen - Vista Anterior (Dissecação


Intermédia)

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Músculos do Abdômen - Vista Anterior (Dissecação Profunda)

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Músculos do Abdômen - Iliopsoas

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Músculos do Abdômen - Vista Interna da Parede Posterior

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
1 - Deltóide:

Inserção Superior: 2/3 laterais da borda anterior da clavícula, acrômio e espinha da escápula
Inserção Inferior: Tuberosidade deltoidea (1/2 da diáfise do úmero)
Inervação: Nervo axilar (C5 e C6)
Ação: Abdução do braço, auxilia nos movimentos de flexão, extensão, rotação lateral e medial e
flexão e extensão horizontal do braço e fixa a articulação do ombro

2 - Redondo Maior (Passa internamente - entre costelas e úmero):

Inserção Medial: Metade inferior da borda lateral da escápula e ângulo inferior da escápula
Inserção Lateral: Sulco intertubercular
Inervação: Nervo subescapular (C5 e C6)
Ação: Rotação medial, adução e extensão do braço e fixação da articulação do ombro

3 - Redondo Menor:

Inserção Medial: Metade superior da borda lateral da escápula


Inserção Lateral: Face inferior do tubérculo maior do úmero
Inervação: Nervo axilar (C5 e C6)
Ação: Rotação lateral do braço e fixação da articulação do ombro

4 - Infra-Espinhoso :

Inserção Medial: Fossa infra-espinhosa


Inserção Lateral: Faceta média do tubérculo maior do úmero
Inervação: Nervo supraescapular (C5 e C6)
Ação: Rotação lateral do braço, fixação da articulação do ombro e auxilia na extensão
horizontal do braço

5 - Supra-Espinhoso:

Inserção Medial: Fossa supra-espinhosa


Inserção Lateral: Faceta superior do tubérculo maior do úmero
Inervação: Nervo supraescapular (C5 e C6)
Ação: Auxilia o deltóide na abdução do braço (até aproximadamente 30°), auxilia na rotação
lateral e fixa a articulação do ombro

6 - Subescapular:
Inserção Medial: Borda medial e lateral da escápula e fossa subescapular (face anterior da
escápula)
Inserção Lateral: Tubérculo menor do úmero
Inervação: Nervo subescapular (C5 e C6)
Ação: Rotação medial e fixação da articulação do ombro e auxilia na extensão e abdução do
braço

MANGUITO ROTADOR: A função principal deste grupo é manter a cabeça do úmero contra a
cavidade glenóide, reforçar a cápsula articular e resistir ativamente e deslocamentos
indesejáveis da cabeça do úmero em direção anterior, posterior e superior

* SUPRA-ESPINHOSO
* INFRA-ESPINHOSO
* REDONDO MENOR
* SUBESCAPULAR

FIGURAS
Músculos do Ombro - Vista Anterior

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Músculos do Ombro - Vista Posterior


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Músculos do Ombro - Manguito Rotador

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Região Anterior

1 - Bíceps Braquial:

Inserção Superior:
Porção Longa (Lateral): Tubérculo supra-glenoidal
Porção Curta (Medial): Processo coracóide (escápula)
Inserção Inferior: Tuberosidade radial
Inervação: Nervo musculocutâneo (C5 e C6)
Ação: Flexão do cotovelo, supinação do antebraço, depressão do ombro e um pequeno
movimento de abdução realizada pela porção longa

2 - Coracobraquial:

Inserção Superior: Processo coracóide (escápula)


Inserção Inferior: Face medial de 1/3 médio do úmero
Inervação: Nervo musculocutâneo (C6 e C7)
Ação: Flexão e adução do braço e deprime o ombro

3 - Braquial Anterior:

Inserção Superior: Tuberosidade deltóidea e face anterior da metade inferior do úmero


Inserção Inferior: Processo coronóide da ulna
Inervação: Nervo musculocutâneo (C5 e C6)
Ação: Flexão do cotovelo

Região Posterior

1 - Tríceps Braquial:

Inserção Superior:
Porção Longa: Tubérculo infra-glenoidal (único que fica na escápula)
Porção Lateral: Face posterior do úmero (acima do sulco radial)
Porção Medial: Face posterior do úmero (abaixo do sulco radial)
Inserção Inferior: Olécrano (ulna)
Inervação: Nervo radial (C7 e C8)
Ação: Extensão do cotovelo e a porção longa faz adução do braço

FIGURAS

Músculos do Braço - Vista Anterior


Dissecação Superficial
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Dissecação Profunda

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Músculos do Braço - Vista Posterior
Dissecação Superficial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Região Anterior

1ª Camada
Pronador Redondo
Flexor Radial do Carpo
Palmar Longo
Flexor Ulnar do Carpo

2ª Camada
Flexor Comum Superficial dos Dedos

3ª Camada
Flexor Comum Profundo dos Dedos
Flexor Longo do Polegar

4ª Camada
Pronador Quadrado

Região Lateral
Braquiorradial
Extensor Radial Longo do Carpo
Extensor Radial Curto do Carpo
Supinador

Região Posterior

Extensor Comum dos Dedos


Extensor Próprio do 5º Dedo
Extensor Ulnar do Carpo
Ancôneo
Abdutor Longo do Polegar
Extensor Curto do Polegar
Extensor Longo do Polegar
Extensor Próprio do 2º Dedo (Index)

Região Anterior

1 - Pronador Redondo:

Inserção Superior: Epicôndilo medial do úmero e processo coronóide da ulna


Inserção Inferior: Face lateral do 1/3 médio do rádio
Inervação: Nervo Mediano (C6 e C7)
Ação: Pronação do antebraço

2 - Flexor Radial do Carpo:

Inserção Superior: Epicôndilo medial do úmero (epitroclea)


Inserção Inferior: Face anterior do 2º metacarpiano
Inervação: Nervo Mediano (C6 e C7)
Ação: Flexão do punho, rotação medial da mão e auxilia na flexão do cotovelo e
pronação

3 - Palmar Longo:

Inserção Superior: Epicôndilo medial


Inserção Inferior: Aponeurose palmar
Inervação: Nervo Mediano (C6 e C7)
Ação: Flexão do punho e tenciona a aponeurose palmar

4 - Flexor Ulnar do Carpo:

Inserção Superior: Epicôndilo medial do úmero, 2/3 proximais da borda


posterior da ulna e olécrano
Inserção Inferior: Osso pisiforme, hamato e base do 5º metacarpiano
Inervação: Nervo Ulnar (C8 e T1)
Ação: Flexão do punho, adução da mão (desvio ulnar) e auxilia na flexão do
cotovelo

5 - Flexor Comum Superficial dos Dedos:

Inserção Superior: Epicôndilo medial do úmero, processo coronóide da ulna e


face anterior do 1/3 médio do rádio
Inserção Inferior: Face anterior da 2ª falange do 2º ao 5º dedos
Inervação: Nervo Mediano (C7, C8 e T1)
Ação: Flexão de punho, flexão da 2ª falange sobre a 1ª, da 1ª sobre os
metacarpos e auxilia na flexão do cotovelo

6 - Flexor Comum Profundo dos Dedos:

Inserção Superior: Face anterior da ulna e membrana interóssea


Inserção Inferior: Face anterior da 3ª falange do 2º ao 5º dedo
Inervação: Nervo Mediano e ulnar (C8 e T1)
Ação: Flexão de punho, flexão da 3ª falange sobre a 2ª e da 2ª sobre a 1ª e da
1ª sobre os metacarpos

7 - Flexor Longo do Polegar:

Inserção Superior: Face anterior do rádio e membrana interóssea


Inserção Inferior: Base da 2ª falange do polegar
Inervação: Nervo Mediano (C8 e T1)
Ação: Flexão de punho, flexão da 2ª falange sobre a 1ª e faz inclinação radial

8 - Pronador Quadrado :

Inserção Superior: 1/4 distal da face medial da ulna


Inserção Inferior: 1/4 distal da face lateral do rádio
Inervação: Nervo Mediano (C8 e T1)
Ação: Pronação do antebraço

Região Lateral

9 - Braquiorradial:
Inserção Superior: Face lateral do 1/3 médio do úmero e epicôndilo lateral
Inserção Inferior: Processo estilóide do rádio
Inervação: Nervo Radial (C5 e C6)
Ação: Flexão de cotovelo, pronação e supinação se o braço estiver em pronação
prévia

10 - Extensor Radial Longo do Carpo:

Inserção Superior: 1/3 inferior da face lateral do úmero e epicôndilo lateral


Inserção Inferior: Face posterior da base do 2º metacarpiano
Inervação: Nervo Radial (C6 e C7)
Ação: Extensão de punho e abdução da mão

11 - Extensor Radial Curto do Carpo:

Inserção Superior: Epicôndilo lateral do úmero


Inserção Inferior: Face posterior do 3º metacarpiano
Inervação: Nervo Radial (C6 e C7)
Ação: Extensão do punho e abdução da mão

12 - Supinador:

Inserção Superior: Epicôndilo lateral do úmero e 1/4 proximal da ulna


Inserção Inferior: Face lateral e 1/2 superior do rádio
Inervação: Nervo Radial (C6 e C7)
Ação: Supinação do antebraço

Região Posterior

13 - Extensor Comum dos Dedos:

Inserção Superior: Epicôndilo lateral do úmero


Inserção Inferior: 2ª e 3ª falanges do 2º ao 5º dedos e tendão extensor para
cada dedo
Inervação: Nervo Radial (C6, C7 e C8)
Ação: Extensão da 3ª falange sobre a 2ª, da 2ª sobre a 1ª e da 1ª sobre os
metacarpianos e acessoriamente faz extensão de punho e cotovelo

14 - Extensor Próprio do 5º Dedo:

Inserção Superior: Epicôndilo lateral do úmero


Inserção Inferior: Tendão do extensor comum para o 5º dedo
Inervação: Nervo Radial (C6, C7 e C8)
Ação: Extensão do 5º dedo

15 - Extensor Ulnar do Carpo:

Inserção Superior: Epicôndilo lateral do úmero


Inserção Inferior: Face dorsal na base do 5º metacarpiano
Inervação: Nervo Radial (C6, C7 e C8)
Ação: Extensão e adução da mão

16 - Ancôneo:

Inserção Superior: Epicôndilo lateral do úmero


Inserção Inferior: Borda lateral do olécrano
Inervação: Nervo Radial (C7 e C8)
Ação: Extensão do cotovelo

17 - Abdutor Longo do Polegar:

Inserção Superior: 1/3 médio da face posterior do rádio, face lateral da ulna e
membrana interóssea
Inserção Inferior: Base do primeiro metacarpiano
Inervação: Nervo Radial (C6 e C7)
Ação: Abdução da mão e polegar e rotação lateral da mão e polegar

18 - Extensor Curto do Polegar:

Inserção Superior: Face posterior do rádio e membrana interóssea


Inserção Inferior: Face dorsal da base da 1ª falange do polegar
Inervação: Nervo Radial (C6 e C7)
Ação: Extensão da 1ª falange sobre o 1º metacarpiano e abdução do polegar

19 - Extensor Longo do Polegar:

Inserção Superior: Face lateral do 1/3 médio da ulna e membrana interóssea


Inserção Inferior: Face dorsal da base da 2ª falange do polegar
Inervação: Nervo Radial (C6 e C7)
Ação: Abdução do polegar, extensão do punho e extensão da 2ª falange sobre
a 1ª e da 1ª sobre o metacarpiano
20 - Extensor Próprio do 2º Dedo (Index):

Inserção Superior: Face posterior da ulna e membrana interóssea


Inserção Inferior: Tendão do extensor comum do 2º dedo
Inervação: Nervo Radial (C6 e C7)
Ação: Extensão do 2º dedo

Músculos do Antebraço

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Músculos do Antebraço - Rotadores

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Músculos do Antebraço - Flexores

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Músculos do Antebraço - Extensores

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Região Palmar Lateral (Tenar)

Abdutor Curto do Polegar


Flexor Curto do Polegar
Oponente do Polegar
Adutor do Polegar

Região Palmar Medial (Hipotenar)

Palmar Cutâneo
Abdutor do Mínimo
Flexor Curto do Mínimo
Oponente do Mínimo

Região Palmar Média (11 Músculos)

Lumbricais
Interósseos Palmares
Interósseos Dorsais

Região Palmar Lateral (Tenar)


1 - Abdutor Curto do Polegar:

Inserção Superior: Tuberosidade do osso escafóide, crista do trapézio e retináculo dos flexores
Inserção Inferior: 1ª falange do polegar
Inervação: Nervo mediano (C6 e C7)
Ação: Abdução do polegar

2 - Flexor Curto do Polegar:

Inserção Superior:
Porção Superficial: Trapézio e retináculo dos flexores
Porção Profunda: Trapezóide e capitato
Inserção Inferior: Tuberculo lateral da base da 1ª falange do polegar e sesamóide lateral
Inervação: Nervo mediano e radial (C8 e T1)
Ação: Flete a 1ª falange do polegar sobre o 1º metacarpiano e adução do polegar

3 - Oponente do Polegar:

Inserção Superior: Trapézio e retináculo dos flexores


Inserção Inferior: 1º metacarpiano
Inervação: Nervo mediano (C6 e C7)
Ação: Abduz, flete e gira o osso metacárpico do polegar levando o mesmo em oposição a palma
da mão

4 - Adutor do Polegar:

Inserção Medial:
Porção Oblíqua: Trapezóide e capitato
Porção Transversa: 2º e 3º metacarpos e articulações metacarpofalangeanas
correspondentes
Inserção Lateral: Tubérculo lateral na base da 1ª falange e sesamóide lateral
Inervação: Nervo ulnar (C8 e T1)
Ação: Adução do polegar

Região palmar Medial (Hipotenar)

1 - Palmar Cutâneo:

1ª Inserção: Aponeurose palmar


2ª Inserção: Camada profunda da derme da eminência hipotenar
Inervação: Nervo ulnar (C8 e T1)
Ação: Pregas transversais na região hipotenar

2 - Abdutor do Mínimo:

Inserção Superior: Pisiforme, tendão do músculo flexor ulnar do carpo e retináculo dos flexores
Inserção Inferior: Base da 1ª falange do dedo mínimo
Inervação: Nervo ulnar (C8 e T1)
Ação: Abdução do dedo mínimo e flexão da falange proximal do mesmo

3 - Flexor Curto do Mínimo:

Inserção Superior: Hâmulo do hamato e retináculo dos flexores


Inserção Inferior: Base da 1ª falange do dedo mínimo
Inervação: Nervo ulnar (C8 e T1)
Ação: Flete a 1ª falange do dedo mínimo sobre o 5º metacarpiano

4 - Oponente do Mínimo:

Inserção Superior: Hâmulo do hamato e retináculo dos flexores


Inserção Inferior: Face medial do 5º metacarpiano
Inervação: Nervo ulnar (C8 e T1)
Ação: Abduz, flete e faz rotação do 5º metacarpo deslocando o dedo mínimo em oposição ao
polegar

Região Palmar Média (11 Músculos)


1 - Lumbricais - 4 Músculos:

Inserção Superior: Tendão do flexor comum profundo dos dedos


Inserção Inferior: Tendão do extensor comum dos dedos
Inervação: Nervo mediano (C6 e C7) - 1º e 2º lumbricais e nervo ulnar (C8) - 3º e 4º
lumbricais
Ação: Flete a 1ª falange e estende a 2ª e 3ª falanges

2 - Interósseos Palmares (1º ao 3º Dedo) - 3 Músculos:

Origem: Toda a extensão dos 2º, 4º e 5º metacarpos na superfície palmar


Inserção: Base da falange proximal do dedo correspondente: 1º na face ulnar do 2º dedo; 2º e
3º na face radial dos4º e 5º dedos. Em uma expansão aponeurótica do tendão do extensor dos
mesmos dedos
Inervação: Nervo ulnar (C8 e T1)
Ação: Adução (aproximação) dos dedos

3 - Interósseos Dorsais (1º ao 4º Dedo) - 4 Músculos:

Origem: Cada um por duas porções originadas dos lados adjacentes dos metacarpos entre os
quais reside
Inserção: Base das falanges proximais dos três dedos: 1º e 2º interósseo na face radial do 2º e
3º dedos, 3º e 4º interósseos na face ulnar do 3º e 4º dedos. Em expansões aponeuróticas dos
tendões do extensor dos dedos correspondentes
Inervação: Nervo ulnar (C8 e T1)
Ação: Abdução (afastamento) dos dedos

Músculos da Mão
Dissecação Superficial
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Músculos da Mão - Interósseos Dorsais

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Músculos da Mão - Lumbricais

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Glúteo Máximo (Maior)


Glúteo Médio (Mediano)
Glúteo Mínimo (Menor)
Piramidal (Piriforme)
Gêmeo Superior
Obturatório Interno
Gêmeo Inferior
Obturatório Externo
Quadrado Femural

1 - Glúteo Máximo (Maior):

Inserção Medial: 1/5 posterior da crista ilíaca, asa ilíaca (atrás da linha glútea posterior), crista
sacral mediana, cóccix e tubérculos sacrais posteriores
Inserção Lateral: Tuberosidade glútea e trato iliotibial
Inervação: Nervo Glúteo Inferior (L5, S1 e S2)
Ação: Extensão do quadril, rotação lateral da coxa e auxilia na adução da coxa. Pode realizar
retroversão da pelve (contração bilateral)

2 - Glúteo Médio (Mediano):

Inserção Superior: 4/5 anterior da crista ilíaca, asa ilíaca entre a linhas glúteas anterior e
posterior e espinha ilíaca anterô-superior
Inserção Inferior: Superfície lateral do trocânter maior
Inervação: Nervo Glúteo Superior (L4, L5 e S1)
Ação: Abdução. As fibras anteriores realizam rotação medial e flexão da coxa. A fibras
posteriores realizam rotação lateral e extensão da coxa. O Glúteo médio é o principal
estabilizador do quadril.

3 - Glúteo Mínimo (Menor):

Inserção Superior: Crista ilíaca, asa ilíaca (entre as linhas glúteas anterior e inferior) e espinha
iliaca ântero-superior
Inserção Inferior: Superfície anterior do trocânter maior
Inervação: Nervo Glúteo Superior (L4, L5 e S1)
Ação: Abdução, rotação medial e flexão da coxa

4 - Piramidal (Piriforme):

Inserção Superior (Medial): Face anterior do sacro


Inserção Inferior (Lateral): Bordo superior do trocânter maior
Inervação: Nervo do Piramidal (S1 e S2)
Ação: Abdução e rotação lateral da coxa

5 - Gêmeo Superior:

Inserção Medial: Superfície externa da espinha isquiática


Inserção Lateral: Trocânter maior
Inervação: Nervo Obturatório Interno (L5, S1 e S2)
Ação: Abdução e rotação lateral da coxa

6 - Obturatório Interno:

Inserção Medial: Face interna da membrana obturatória (forame obturatório)


Inserção Lateral: Trocânter maior
Inervação: Nervo Obturatório Interno (L5, S1 e S2)
Ação: Abdução e rotação lateral da coxa

7 - Gêmeo Inferior:

Inserção Medial: Parte superior da tuberosidade isquiática


Inserção Lateral: Trocânter maior
Inervação: Nervo Quadrado Femoral (L4, L5 e S1)
Ação: Abdução e rotação lateral da coxa
8 - Obturatório Externo:

Inserção Medial: Face posterior do púbis e ísquio e superfície externa da mambrana obturatória
Inserção Lateral: Trocânter maior (posteriormente)
Inervação: Nervo Obturatório (L3 e L4)
Ação: Rotação lateral da coxa

9 - Quadrado Femural:

Inserção Medial: Porção proximal do bordo externo da tuberosidade isquiática


Inserção Lateral: Trocânter maior e crista intertrocantérica
Inervação: Nervo Quadrado Femoral (L4, L5 e S1)
Ação: Rotação lateral da coxa

FIGURAS
Músculos da Pelve - Dissecação Superficial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Músculos da Pelve - Dissecação Profunda
Região Ântero-Lateral

Tensor da Fáscia Lata


Sartório
Quadríceps Femural
Articulador do Joelho

Região Póstero-Medial

Grácil
Pectíneo
Adutor Longo
Adutor Curto
Adutor Magno

Região Posterior

Bíceps Femural
Semitendinoso
Semimembranoso

Região Ântero-Lateral

1 - Tensor da Fáscia Lata:

Inserção Superior: Região anterior da crista ilíaca e superfície lateral da espinha ilíaca ântero-
superior
Inserção Inferior: Trato iliotibial
Inervação: Nervo do Glúteo Superior (L4, L5 e S1)
Ação: Tenciona a fáscia lata, rotação medial da coxa, inclinação da pelve, estabiliza a pelve
sobre o fêmur e o fêmur sobre a tíbia

2 - Sartório:

Inserção Superior: Espinha ilíaca ântero-superior


Inserção Inferior: Pata de ganso (borda medial da tuberosidade da tíbia)
Inervação: Nervo Femoral (L2 e L3)
Ação: Flexão do quadril, flexão do joelho, abdução da coxa e rotação lateral da coxa

3 - Quadríceps Femural:

Inserção Superior:
Porção Reto Anterior: Espinha ilíaca ântero-inferior
Poção Lateral: Trocânter maior, linha áspera e linha glútea do fêmur
Porção Medial: Linha áspera e linha intertrocantérica
Porção Intermédia: Face anterior e lateral da diáfise do fêmur
Inserção Inferior: Patela, tendão do quadríceps e tuberosidade anterior da tíbia
Inervação: Nervo Femoral (L2, L3 e L4)
Ação: Extensão do joelho e flete o quadril

4 - Articulador do Joelho:

Inserção Superior: Face anterior distal do corpo do fêmur


Inserção Inferior: Numa reflexão proximal da membrana sinovial da articulação do joelho
Inervação: Nervo Femoral (L2, L3 e L4)
Ação: Fixa articulação do joelho

Região Póstero-Medial

1 - Grácil:

Inserção Superior: Metade inferior da sínfise púbica e borda interna do arco púbico
Inserção Inferior: Pata de ganso (borda medial da tuberosidade da tíbia)
Inervação: Nervo Obturatório (L3 e L4)
Ação: Flexão do joelho, rotação medial e adução da coxa

2 - Pectíneo:

Inserção Superior: Eminência íleo pectínea e linha pectínea do púbis


Inserção Inferior: Linha pectínea do fêmur
Inervação: Nervo Femoral (L2, L3 e L4)
Ação: Flexão do quadril e adução e rotação externa da coxa

3 - Adutor Longo:

Inserção Superior: Face anterior do púbis na união da crista com a sínfise púbica
Inserção Inferior: Porção média do lábio medial da linha áspera
Inervação: Nervo Obturatório (L3 e L4)
Ação: Adução da coxa e rotação lateral

4 - Adutor Curto:

Inserção Superior: Corpo e superfície externa do ramo inferior do púbis


Inserção Inferior: Linha áspera e pectínea
Inervação: Nervo Obturatório (L3 e L4)
Ação: Adução e rotação lateral da coxa

5 - Adutor Magno:

Inserção Superior: Ramo pubiano inferior e ramo do ísquio (fibras anteriores) e tuberosidade
isquiática (fibras posteriores)
Inserção Inferior: Linha áspera (fibras anteriores) e tubérculo adutório (fibras posteriores)
Inervação: Nervo Obturatório e Nervo Ciático (L2, L3, L4, L5, S1, S2 e S3)
Ação: Adução, rotação lateral da coxa e auxilia na extensão (fibras posteriores)
Região Posterior

1 - Bíceps Femural:

Inserção Superior:
Porção Longa: Tuberosidade isquiática
Poção Curta: Região lateral da linha áspera do fêmur
Inserção Inferior: Cabeça da fíbula (região lateral) e côndilo lateral da tíbia
Inervação: Nervo Ciático (Tibial e Fibular)
Porção Longa: Nervo Tibial (L4, L5, S1, S2 e S3)
Poção Curta: Nervo Fibular (L5, S1 e S2)
Ação: Extensão do quadril, flexão do joelho e rotação lateral da coxa

2 - Semitendinoso:

Inserção Superior: Tuberosidade isquiática


Inserção Inferior: Pata de ganso (borda medial da tuberosidade da tíbia)
Inervação: Nervo Ciático - Tibial (L5, S1 e S2)
Ação: Extensão do quadril, flexão do joelho e rotação medial da coxa

3 - Semimembranoso:

Inserção Superior: Tuberosidade isquiática


Inserção Inferior: Côndilo medial da tíbia
Inervação: Nervo Ciático - Tibial (L5, S1 e S2)
Ação: Extensão do quadril, flexão do joelho e rotação medial da coxa

Músculos da Coxa - Vista Anterior


Dissecação Superficial
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Dissecação Profunda
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Músculos da Coxa - Vista Lateral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Músculos da Coxa - Vista Posterior


Dissecação Superficial
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Região Anterior

Tibial Anterior
Extensor Comum (Longo) dos Dedos
Extensor Próprio do Hálux (Longo)
Fibular Anterior (Terceiro)

Região Lateral

Fibular Longo
Fibular Curto

Região Posterior

Camada Superficial
Gastrocnêmio Medial
Gastrocnêmio Lateral
Solear (Sóleo)
Plantar Delgado

Camada Profunda
Poplíteo
Flexor Comum (Longo) dos Dedos
Flexor Longo do Hálux
Tibial Posterior
Região Anterior

1 - Tibial Anterior:

Inserção Superior: Tuberosidade anterior e lateral da tíbia e face lateral da tíbia


Inserção Inferior: Superfície plantar do cuneiforme medial e base do 1º metatarsiano
Inervação: Nervo Fibular Profundo (L4, L5 e S1)
Ação: Flexão dorsal do pé, adução e rotação medial do pé (inversão)

2 - Extensor Comum (Longo) dos Dedos:

Inserção Superior: Tuberosidade lateral da tíbia, 2/3 superiores da fíbula, superfície anterior da
tibia e fíbula e membrana interóssea
Inserção Inferior: Base da falange media e distal da superfície dorsal do 2º ao 5º dedos
Inervação: Nervo Fibular Profundo (L4, L5 e S1)
Ação: Extensão da 3ª falange sobre a 2ª, da 2ª sobre a 1ª, flexão dorsal do pé e
acessoriamente faz abdução e rotação lateral do pé (eversão)

3 - Extensor Próprio do Hálux (Longo):

Inserção Superior: 1/3 médio da fíbula e membrana interóssea


Inserção Inferior: Base da falange distal do hálux
Inervação: Nervo Fibular Profundo (L4, L5 e S1)
Ação: Extensão do hálux, fletão dorsal do pé, adução e rotação medial do pé (inversão)

4 - Fibular Anterior (Terceiro):

Inserção Superior: 1/3 inferior da superfície medial da fíbula


Inserção Inferior: Superfície dorsal da base do 5º metatarsiano
Inervação: Nervo Fibular Profundo (L4, L5 e S1)
Ação: Flexão dorsal do pé, abdução do pé e rotação lateral do pé (eversão)

RETINÁCULO DOS EXTENSORES: Os tendões dos quatro músculos acima atravessam


anetriormente a região do tornozelo e necessitam ser contidos para não se deslocarem para
frente, por ocasião da contração das fibras musculares. São dois os retináculos ou ligamentos,
um superior e outro inferior, dispondo-se o inferior na altura dos maléolos e o superior alguns
centrímetros acima, exercendo função de retenção.

Região Lateral
1 - Fibular Longo:

Inserção Superior: Cabeça e superfície lateral da fíbula


Inserção Inferior: Face lateral da base do 1º metatarsiano e cuneiforme medial
Inervação: Nervo Fibular Superficial (L4, L5 e S1)
Ação: Flexão plantar do pé, abdução do pé e rotação lateral do pé (eversão)

2 - Fibular Curto:

Inserção Superior: 2/3 distais da superfície lateral da fíbula


Inserção Inferior: Base dorsal do 5º metatarsiano
Inervação: Nervo Fibular Superficial (L4, L5 e S1)
Ação: Eversão do pé e flexão plantar do pé

Região Posterior

Camada Superficial

1 - Gastrocnêmio Medial:

Inserção Superior: Côndilo medial do fêmur


Inserção Inferior: Túber do calcâneo, unindo-se com o gastrocnêmio lateral e o solear para
formar o tendão calcâneo
Inervação: Nervo Ciático - Tibial (S1 e S2)
Ação: Flexão do joelho e flexão plantar do pé

2 - Gastrocnêmio Lateral:

Inserção Superior: Côndilo lateral do fêmur


Inserção Inferior: Túber do calcâneo, unindo-se com o gastrocnêmio medial e o solear para
formar o tendão calcâneo
Inervação: Nervo Ciático - Tibial (S1 e S2)
Ação: Flexão do joelho e flexão plantar do pé

3 - Solear (Sóleo):

Inserção Superior: Linha oblíqua da tíbia, face medial da tíbia, superfície posterior da cabeça da
fíbula
Inserção Inferior: Túber do calcâneo, unindo-se com o gastrocnêmio medial e o gastrocnêmio
lateral para formar o tendão calcâneo
Inervação: Nervo Tibial (S1 e S2)
Ação: Flexão plantar do pé
OBSERVAÇÃO: O solear e os gastrocnêmios formam o Tríceps Sural

4 - Plantar Delgado:

Inserção Superior: Côndilo lateral do fêmur


Inserção Inferior: Túber do calcâneo (medialmente)
Inervação: Nervo Tibial (L4, L5 e S1)
Ação: Auxilia na flexão plantar do pé e flexão de joelho

Camada Profunda

5 - Poplíteo:

Inserção Superior: Superfície lateral do côndilo lateral do fêmur e do menisco medial e dentro
da cápsula fibrosa da articulação do joelho
Inserção Inferior: Linha oblíqua da tíbia e face posterior proximal da tíbia
Inervação: Nervo Tibial (L4, L5 e S1)
Ação: Flexão do joelho e rotação medial da perna

6 - Flexor Comum (Longo) dos Dedos:

Inserção Superior: Linha oblíqua da tíbia e 1/3 médio da face posterior da tíbia
Inserção Inferior: Base da 3ª falange (distal) do 2º ao 5º dedos
Inervação: Nervo Tibial (L5 e S1)
Ação: Flexão da 3ª, 2ª e 1ª falanges, flexão plantar e rotação medial do pé

7 - Flexor Longo do Hálux:

Inserção Superior: 2/3 distais da face posterior da fíbula e membrana interóssea


Inserção Inferior: Base da falange distal do hálux
Inervação: Nervo Tibial (L5, S1 e S2)
Ação: Flexão do hálux, flexão plantar e supinação (rotação medial) do pé

8 - Tibial Posterior:

Inserção Superior: 2/3 proximais da face posterior da tíbia e fíbula, membrana interóssea
Inserção Inferior: Superfície plantar do osso navicular, base do 2º, 3º e 4º metatarsiano e os 3
cuneiformes (medial , médio e lateral)
Inervação: Nervo Tibial (L5 e S1)
Ação: Adução e rotação medial do pé (inversão) e acessoriamente faz flexão plantar do pé

RETINÁCULO DOS FLEXORES: Está situado entre o maléolo medial e o calcâneo, onde
encontram-se as fibras de reforço da fáscia, que mantém em posição os tendões dos três
últimos músculos
Músculos da Perna - Vista Anterior
Dissecação Superficial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Músculos da Perna - Vista Lateral


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Músculos da Perna - Vista Posterior


Dissecação Superficial

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Durante a evolução do ser vivo vimos que os primeiros neurônios surgiram na superfície externa do
organismo, tendo em vista que a função primordial do sistema nervoso é de relacionar o animal com o
ambiente. Dos três folhetos embrionários o ectoderma é aquele que esta em contato com o meio externo do
organismo e é deste folheto que se origina o sistema nervoso. O primeiro indicio de formação do sistema
nervoso consiste em um espessamento do ectoderma, situado acima do notocorda, formando a chamada
placa neural. Sabe-se que a formação da desta placa e a subseqüente formação do tubo neural, tem
importante papel à ação indutora da notocorda e do mesoderma. Notocordas implantadas na parede
abdominal de embriões de anfíbios induzem aí a formação de tubo neural. Extirpações da notocorda ou
mesoderma em embriões jovens resultaram em grandes anomalias da medula.

A placa neural cresce progressivamente, torna-se mais espessa a adquire um sulco longitudinal denominado
sulco neural que se aprofunda para formar a goteira neural. Os lábios da goteira neural se fundem para
formar o tubo neural. O ectoderma não diferenciado, então, se fecha sobre o tubo neural, isolando-o assim
do meio externo. No ponto em que este ectoderma encontra os lábios da goteira neural, desenvolvem-se
células que formam de cada lado uma lamina longitudinal denominada crista neural. O tubo neural dá origem
a elementos do sistema nervoso central, enquanto a crista dá origem a elementos do sistema nervoso
periférico, além de elementos não pertencentes ao sistema nervoso.

Desde o inicio de sua formação, o calibre do tubo neural não é uniforme. A parte cranial, que dá origem ao
encéfalo do adulto, torna-se dilatada e constitui o encéfalo primitivo, ou arquencéfalo; a parte caudal, que dá
origem á medula do adulto, permanece com calibre uniforme e constitui a medula primitiva do embrião.

No arquencéfalo distinguem-se inicialmente três dilatações, que são as vesículas encefálicas primordiais
denominadas: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Com o subseqüente desenvolvimento do embrião,
o prosencéfalo dá origem a duas vesículas, telencéfalo e diencéfalo. O mesencéfalo não se modifica, e o
romboencéfalo origina o metencéfalo e o mieloncéfalo.
O telencéfalo compreende uma parte mediana, da qual se envagina duas porções laterais, as vesículas
telencefálicas laterais. A parte mediana é fechada anteriormente por uma lamina que constitui a porção mais
cranial do sistema nervoso e se denomina lamina terminal. As vesículas telencéfalicas laterais crescem muito
para formar os hemisférios cerebrais e escondem quase completamente a parte mediana e o diencéfalo.

O diencéfalo apresenta quatro pequenos divertículos: dois laterais, as vesículas ópticas, que formam a
retina; um dorsal, que forma a glândula pineal; e um ventral, o infundíbulo, que forma a neuro-hipófise.

Cavidade do tubo neural: a luz do tubo neural permanece no sistema nervoso do adulto, sofrendo, em
algumas partes varias modificações. A luz da medula primitiva forma, no adulto, o canal central da medula. A
cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV ventrículo. A cavidade do diencéfalo e a da parte mediana do
telencéfalo forma o III ventrículo.

A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o aqueduto cerebral que une o III ao IV ventrículo. A luz
das vesículas telencéfalicas laterais forma, de cada lado, os ventrículos laterais, unidos ao III ventrículo pelos
dois forames interventriculares. Todas as cavidades são revestidas por um epitélio cuboidal denominado
epêndima e, com exceção do canal central da medula, contêm um liquido cérebro-espinhal, ou líquor.

Flexuras: durante o desenvolvimento das diversas partes do arquencéfalo aparecem flexuras ou curvaturas
no seu teto ou assoalho, devidas principalmente a ritmos de crescimento diferentes. A primeira flexura a
aparecer é a flexura cefálica, que surge na região entre o mesencéfalo e o prosencéfalo. Logo surge, entre a
medula primitiva e o arquencéfalo, uma segunda flexura, denomina flexura cervical. Ela é determinada por
uma flexão ventral de toda a cabeça do embrião na região do futuro pescoço. Finalmente aparece uma
terceira flexura, de direção contraria as duas primeiras, no ponto de união entre o meta e o mielencéfalo: a
flexura pontina. Com o desenvolvimento, as duas flexuras caudais se desfazem e praticamente
desaparecem. Entretanto, a flexura cefálica permanece, determinado, no encéfalo do homem adulto, um
ângulo entre o cérebro, derivando do prosencéfalo, e o resto do neuro-eixo.

Divisão do sistema nervoso com base em critérios anatômicos e funcionais

O sistema nervoso central é aquele localizado dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e
canal vertebral); o sistema nervoso periférico é aquele que se localiza fora deste esqueleto.O
encéfalo é à parte do sistema nervoso central situado dentro do crânio neural; e a medula é
localizada dentro do canal vertebral. O encéfalo e a medula constituem o neuro-eixo. No
encéfalo temos cérebro, cerebelo e tronco encefálico. Pode-se dividir o sistema nervoso em
sistema nervoso da vida de relação, ou somático e sistema nervoso da vida de relação, ou
visceral. O sistema nervoso da vida de relação é aquele que se relaciona com organismo com o
meio ambiente. Apresenta um componente aferente e outro eferente. O componente aferente
conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos, informando-os
sobre o que passa no meio ambiente. O componente eferente leva aos músculos estriados
esqueléticos o comando dos centros nervosos resultando em movimentos voluntários.
O sistema nervoso visceral é aquele que se relaciona com a inervação e com o controle
das vísceras. O componente aferente conduz os impulsos nervosos originados em
receptores das vísceras a áreas especificas do sistema nervoso. O componente eferente leva os
impulsos originados em centros nervosos ate as vísceras. Este componente eferente é também
denominada de sistema nervoso autônomo e pode ser dividido em sistema nervoso simpático
e parassimpático.

O tecido nervoso compreende basicamente dois tipos de celulares: os neurônios e as células glias. Neurônio:
é a unidade fundamental do tecido nervoso sua função e receber, processar e enviar informações. Células
Glias: compreende as células que ocupam os espaços entre os neurônios e tem como função sustentação,
revestimento ou isolamento, modulação da atividade neural.

Os neurônios: são células altamente excitáveis que se comunicam entre si ou com outras células
efetuadoras, usando basicamente uma linguagem elétrica.

A maioria dos neurônios possui três regiões responsáveis por funções especializadas: corpo celular,
dentritos, e axônios.

O corpo celular: contem núcleo e citoplasma com organela citoplasmáticas usualmente encontradas em
outras células. O corpo celular é, como os dendritos, local de recepção de estímulos, através de contatos
sinápticos.

Dendritos: geralmente são curtos e ramificam-se profusamente, á maneira de galhos de árvore, em ângulos
agudos, originando dendritos de menor diâmetro. Os dendritos são especializados em receber estímulos.

Axônios: a grande maioria dos neurônios possui um axônio, prolongamento longo e fino que se origina do
corpo celular ou de um dendrito principal. O axônio apresenta comprimento muito variável, dependendo do
tipo de neurônio, podendo ser de alguns milímetros como mais de um metro. O axônio e especializado em
gerar e conduzir o potencial de ação.

Classificação do neurônio quanto aos seus prolongamentos: a maioria dos neurônios possuem vários
dendritos e um axônio, por isso são chamados de multipolares. Mas também existem os neurônios bipolares
e pseudo-unipolares.

Nos neurônios bipolares, dois prolongamentos deixam o corpo celular, um dendrito e um axônio.

Nos neurônios pseudo-unipolares, apenas um prolongamento deixa o corpo celular.

Sinapses: os neurônios, principalmente através de suas terminações axônicas, entram em contato com
outros neurônios, passando-lhes informações. Os locais de contatos são denominados de sinapse. Quanto
às sinapses podem ser de dois tipos: sinapse elétrica e sinapse química. As sinapses elétricas são raras em
vertebrados. Nessas sinapses as membranas plasmáticas dos neurônios envolvidos entram em contato,
conservando um espaço entre elas de apenas 2-3nm. Já na sinapse química a comunicação depende da
liberação de substâncias químicas denominadas neurotransmissores.

Fibras nervosas: uma fibra nervosa compreende um axônio e quando presente seu envoltório de origem
glia. O principal envoltório das fibras nervosas é a bainha de mielina, que funciona como isolamento elétrico.
Quando envolvidos por bainha de mielina, os axônios são denominados fibras nervosas mielínicas. Na
ausência de mielina as fibras são denominadas de amielínicas. Ambos os tipos ocorrem no sistema nervoso
central e no sistema nervoso periférico, sendo a bainha de mielina formada por células de Schwann, no
periférico e no central por oligodendrócitos. A bainha de mielina permite uma condução mais rápida do
impulso nervoso e ao longo dos axônios a condução e do tipo saltatória, ou seja, o potencial de ação só
ocorre em estruturas chamadas de nódulos de Ranvier.

No sistema nervoso central podemos encontrar a bainha de mielina na substancia branca e na substancia
cinzenta e no sistema nervos periférico nos nervos.
Nervos: após sair do tronco encefálico, da medula espinhal ou dos gânglios sensitivos, as fibras nervosas
motoras e sensitivas reúnem-se em feixes que se associam a estruturas conjuntivas, constituindo nervos
espinhais e cranianos.

O SISTEMA NERVOSO

1- O sistema nervoso trabalha juntamente com o sistema endócrino, procurando fazer uma verdadeira integração
entre as partes mais distantes do organismo.

As células típicas deste sistema são os neurônios que conduzem o impulso nervoso. O neurônio é
composto por dendritos, corpo celular e axônio. Os dendritos sempre trazem o impulso nervoso
para o corpo celular, enquanto o axônio leva o impulso para fora do corpo celular

As setas indicam o sentido da propagação do impulso nervoso

2- Nos vertebrados, surge o sistema nervoso cérebro-espinhal, cuja a sede, representada pelo encéfalo e pela
medula raquidiana, e se localiza dorsalmente no animal sendo divido em SNC (sistema nervoso central) e SNP
(sistema nervoso periférico).
3- O SNC compreende o encéfalo (cérebro, cerebelo, ponte e bulbo) e a medula raquidiana. Nos mamíferos, o
cérebro é dotado de sulcos e circunvoluções que oferecem ao cérebro uma superfície muito maior, permitindo o
aparecimento de um córtex mais desenvolvido.
4- O córtex cerebral é dividido em zonas específicas de sensibilidade e controle motor. Há zonas também de atuação
intelectual. O bulbo controla o automatismo da respiração, identificando mudanças na concentração de gás
carbônico no sangue, também regulando a frequência dos batimentos cardíacos, secreção de saliva, e reflexos da
tosse e do espirro. O cerebelo está relacionado ao equilíbrio e à precisão dos movimentos, e junto com
a ponte, controla músculos relacionados à postura do corpo.

Alguns centros nervosos do córtex cerebral

5- A medula faz a transição entre o encéfalo e as diversas partes do corpo. Os estímulos nervosos vêm da pele e
dos orgãos até a medula e, desta, vão ao cérebro. Também as ordens motoras vêm do cérebro até a medula e dai
são distribuídas para pontos específicos do corpo.

6- Todo o SNC fica protegido por uma caixa óssea (crânio e coluna vertebral) e por meninges: dura-
mater, aracnóide e pia-máter.
7- O SNP compõem-se de nervos cranianos e nervos raquidianos, com suas ramificações. Os nervos cranianos
são em número de 12 pares. Alguns saem do cérebro, outros da ponte e do bulbo. Podem ser sensitivos, mortores
ou mistos e inervam a cabeça pescoço e ombros e víceras (no caso do nervo vago apenas). Os nervos raquidianos
são em número de 31 pares e são todos mistos.

8- Chama-se arco-reflexo simples a uma resposta imediata à excitação de um nervo sem a intervenção da vontade
do indivíduo, ou seja, sem a intervenção do cérebro e notando-se apenas a atuação da medula raquidiana. Um
exemplo disto é quando retiramos rapidamente a mão ao tocarmos em uma panela quente.

Arco reflexo simples

9- O hemisfério cerebral direito comanda todas as atividades do lado esquerdo do corpo, e vice-versa.

10- O sistema nervoso autônomo é formado por nervos que trabalham sem a participação da conciência do
indivíduo e se dividem em sistema simpático e sistema parassimpático que funcionam sempre em antagonismo,
do que resulta a atividade equilibrada dos orgãos

Gânglios
Conjunto de corpos neuronais que se encontram no curso dos nervos.
Em alguma parte de sua trajetória as fibras pré-ganglionares chegam a um gânglio e fazem sinapses com suas
células.

Sinapses
O impulso chega a seu destino final depois de passar por uma série de neurônios. O potencial de ação tem que se
transmitir de um neurônio a outro por um lugar de contato com características especiais. Estes pontos de contato
ocorrem onde o ramo terminal de um cilindro eixo se põe em contato com os dendritos ou com o corpo do segundo
neurônio. Este ponto de contato constitui a sinapse.
Nas sinapses não há continuidade de estrutura, e permitem que os impulsos cruzem em uma só direção. Em
conseqüência diz-se que têm polaridade. Numa sinapse distinguem-se partes funcionais morfologicamente distintas:
Porção pré-sináptica do neurônio transmissor do impulso, na forma de botão terminal que contém numerosas
vesículas com substâncias neurotransmissoras (acetilcolina, noradrenalina etc.). Porção pós-sináptica do neurônio
receptor. Tende a estar rebaixada na forma negativa ao botão. Fenda sináptica situada entre as 2 porções.
Sinapse

Observe, na ilustração abaixo, o esquema de um neurônio. Acompanhe como circulam as mensagens, os impulsos,
pelo sistema nervoso.

As células nervosas são diferentes das demais, sob vários aspectos. Uma diferença significativa é o fato de o
sistema nervoso formar-se durante a fase embrionária. Mais tarde, o sistema - células, tecidos, órgãos - apenas se
desenvolve. Por isso é que um neurônio, diferentemente do que ocorre com os outros tipos de tecidos do nosso
corpo, não é substituído quando morre.
As lesões neurológicas são irreversíveis, o que pode acontecer é o organismo utilizar-se de neurônios que antes não
eram utilizados integralmente.
Podemos classificar os neurônios em três tipos básicos: sensoriais, de associação e motores.
Como são muitos os neurônios que participam desse sistema de circulação de impulsos, formam-se "feixes" de
axônios, que constituem o que denominamos nervo.

Medula significa miolo e indica o que está dentro. Assim temos a medula espinhal dentro dos
ossos, mais precisamente dentro do canal vertebral. A medula espinhal é uma massa cilindróide
de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral sem, entretanto ocupa-lo completamente.
No homem adulto ela mede aproximadamente 45 cm sendo um pouco menor na mulher.
Cranialmente a medula limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível do forame magno do
osso occipital. O limite caudal da medula tem importância clinica e no adulto situa-se
geralmente em L2. A medula termina afinando-se para formar um cone, o cone medular, que
continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal.
Forma e estrutura geral da medula: a medula apresenta a forma aproximadamente
cilíndrica, achatada no sentido antero-posterior. Se calibre não é uniforme, pois ela apresenta
duas dilatações denominadas de intumescência cervical e intumescência lombar. Estas
intumescências correspondem às áreas em que fazem conexão com a medula as grossas raízes
nervosas que formam o plexo braquial e lombossacral, destinados à inervação dos membros
superiores e inferiores respectivamente. A formação destas intumescências se deve pela maior
quantidade de neurônios e, portanto, de fibras nervosas que entram ou saem destas áreas.
A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos longitudinais, que percorrem em toda a
sua extensão: o sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral anterior e o
sulco lateral posterior. Na medula cervical existe ainda o sulco intermédio posterior que se situa
entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior e que se continua em um septo
intermédio posterior no interior do funículo posterior. Nos sulcos lateral anterior e lateral
posterior fazem conexão, respectivamente as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais.
Na medula, a substancia cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de uma
borboleta, ou de um H. Nela distinguimos de cada lado três colunas que aparecem nos cortes
como cornos e que são as colunas anterior, posterior e lateral. A coluna lateral só aparece na
medula torácica e parte da medula lombar. No centro da substancia cinzenta localiza-se o canal
central da medula.
A substancia branca é formada por fibras, a maioria delas mielínicas, que sobem e descem na
medula e que podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou cordões:
Funículo anterior: situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior.
Funículo lateral: situado entre os sulcos lateral anterior e o lateral posterior.
Funículo posterior: situado entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior, este
ultimo ligado a substancia cinzenta pelo septo mediano posterior. Na parte cervical da medula o
funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior em fascículo grácil e fascículo
cuneiforme.
Conexões com os nervos espinhais:
Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão com pequenos filamentos nervosos
denominados de filamentos radiculares, que se unem para formar, respectivamente, as raízes
ventrais e dorsais dos nervos espinhais. As duas raízes se unem para formação dos nervos
espinhais, ocorrendo à união em um ponto situado distalmente ao gânglio espinhal que existe
na raiz dorsal.Existe 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos
medulares assim distribuídos: oito cervicais, 12 torácicos, cinco lombares e 1 coccígeo. Nos
temos 8 pares de nervos cervicais e apenas 7 vértebras cervicais porque o primeiro par de
nervos espinhais sai entre o occipital e C1.
Topografia da medula:
A um nível abaixo da segunda vértebra lombar encontramos apenas as meninges e as raízes
nervosas dos últimos nervos espinhais, que dispostas em torno do cone medular e filamento
terminal, constituem, em conjunto, a chamada cauda eqüina. Como as raízes nervosas matem
suas relações com os respectivos forames intervertebrais, há um alongamento das raízes e uma
diminuição do ângulo que elas fazem com a medula. Estes fenômenos são mais pronunciados
na parte caudal da medula, levando a formação da cauda eqüina.
Ainda como conseqüência da diferença de ritmos de crescimento entre a coluna e a medula,
temos o afastamento dos segmentos medulares das vértebras correspondentes. Assim no
adulto as vértebras T11 e T12 correspondem aos segmentos lombares. Para sabermos qual o
nível da medula tal vértebra corresponde temos a seguinte regra: entre os níveis C2 e T10,
adicionamos ao numero dois ao processo espinhoso da vértebra e se tem o segmento medular
subjacente. Aos processos espinhosos de T11 e T12 correspondem os cinco segmentos
lombares, enquanto ao processo espinhoso de L1 corresponde aos cinco segmentos sacrais.
Envoluntório da medula:
A medula é envolvida por membranas fibrosas denominadas meninges, que são: dura-máter,
pia-máter e aracnóide. A dura-máter e a mais expeça e envolve toda a medula, como se fosse
uma luva, o saco dural. Cranialmente ela se continua na dura-máter craniana, caudalmente ela
se termina em um fundo-de-saco ao nível da vértebra S2. Prolongamentos laterais da dura-
máter embainham as raízes dos nervos espinhais, constituído um tecido conjuntivo (epineuro),
que envolve os nervos.
A aracnóide espinhal se dispõem entre a dura-máter e a pia-máter. Compreende um folheto
justaposto á dura-máter e um emaranhado de trabéculas aracnóideas, que unem este folheto à
pia-máter. A pia-máter é a membrana mais delicada e mais interna. Ela adere intimamente o
tecido superficial da medula e penetra na fissura mediana anterior. Quando a medula termina
no cone medular, a pia-máter continua caudalmente, formando um filamento esbranquiçado
denominado filamento terminal. Este filamento perfura o fundo-do-saco dural e continua até o
hiato sacral. Ao atravessar o saco dural, o filamento terminal recebe vários prolongamentos da
dura-máter e o conjunto passa a ser chamado de filamento da dura-máter. Este, ao se se
inserir no periósteo da superfície dorsal do cóccix constitui i ligamento coccigeo. A pia-máter
forma de cada lado da medula uma prega longitudinal denominada ligamento denticulado, que
se dispõem em um plano frontal ao longo de toda a extensão da medula. A margem medial de
cada ligamento continua com a pia-máter da face lateral da medula ao longo de uma linha
continua que se dispõe entre as raízes dorsais e ventrais. A margem lateral apresenta cerca de
21 processos triangulares que se inserem firmemente na aracnóide e na dura-máter em um
ponto que se alteram com a emergência dos nervos espinhais. Os dois ligamentos denticulados
são elementos de fixação da medula e importantes pontos de referencia em cirurgias deste
órgão. Em relação com as meninges que envolvem a medula a, epidural, subdural e
subaracnoide. O espaço epidural, ou extradural situa-se entre a dura-máter e o periósteo do
canal vertebral. Contem tecido adiposo e um grande numero de veias que se que constituem o
plexo venoso vertebral interno. O espaço subdural, situado entre a dura-máter e a aracnóide, é
uma fenda estreita contendo uma pequena quantidade de líquido. O espaço subaracnóideo
contem uma quantidade razoavelmente grande de líquido cérebro-espinhal ou líquor.

O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao


cerebelo. Na sua constituição entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras
nervosas, que por sua vez, se agrupam em feixes denominados tratos, fascículos ou lemniscos.
Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou imitem fibras nervosas que entram na
constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão com o
tronco encefálico. O tronco encefálico se divide em: bulbo, situado caudalmente, mesencéfalo,
e a ponte situada entre ambos.
Bulbo:
O bulbo ou medula oblonga tem forma de um tronco de cone, cuja extremidade menor continua
caudalmente com a medula espinhal. Como não se tem uma linha demarcando a separação
entre medula e bulbo, considera-seque o limite esta em um plano horizontal que passa
imediatamente acima do filamento radicular mais cranial do primeiro nervo cervical, o que
corresponde ao nível do forame magno. O limite superior do bulbo se faz em um sulco
horizontal visível no contorno deste órgão, sulco bulbo-pontino, que corresponde à margem
inferior da ponte. A superfície do bulbo é percorrida por dois sulcos paralelos que se continuam
na medula estes sulcos delimitam o que é anterior e posterior no bulbo, vista pela superfície
aparecem como uma continuação dos funículos da medula. A fissura mediana anterior termina
cranialmente em uma depressão denominada forme cego. De cada lado da fissura mediana
anterior existem uma eminência denomina da pirâmide, formada por um feixe compacto de
fibras nervosas descendentes que liga as áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da
medula isto é trato piramidal ou o trato cótico-espinhal. Na parte caudal do bulbo, fibras deste
trato se cruzam obliquamente o plano mediano de feixes interdigitados que se obliteram a
fissura mediana anterior e constituem a decussação das pirâmides.
Entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior temos a área lateral do bulbo, onde se
observa uma eminência oval, a oliva formada por uma grande quantidade de substancia
cinzenta, o núcleo olivar inferior, situado logo abaixo da superfície. Ventralmente à oliva
emerge do sulco lateral anterior os filamentos reticulares do nervo hipoglosso. Do sulco lateral
posterior emergem os filamentos radiculares. Que se unem para formar os nervos
glossofaríngeo e o vago alem dos filamentos que constituem a raiz craniana ou bulbar do nervo
acessório que une se com a raiz espinhal, proveniente da medula.
A metade caudal do bulbo ou porção fechada do bulbo ou porção fechada do bulbo é percorrida
por um estreito canal, continuação direta do canal central da medula. Este canal se abre para
formar o IV ventrículo, cujo assoalho é constituído pela metade rostral, ou porção aberta do
bulbo. O sulco mediano posterior termina a meia altura do bulbo, em virtude do afastamento
dos seus lábios, que contribuem pra a formação dos limites laterais do IV ventrículo. Entre este
sulco e o sulco lateral posterior esta situada à área posterior do bulbo, continuação do funículo
posterior da medula, como este, dividida em fascículo grácil e fascículo cuneiforme pelo sulco
intermédio posterior. Estes fascículos ao constituídos por fibras nervosas ascendentes,
proveniente da medula, que terminam em duas massas de substancia cinzenta, os núcleos
grácil e cuneiforme, situado na parte mais cranial dos fascículos correspondentes, onde
determina o aparecimento de eminências o tubérculo grácil, ais medialmente, e o tubérculo
cuneiforme mais lateralmente. Em virtude do aparecimento do IV ventrículo, os tubérculos
grácil e cuneiforme se afastam lateralmente como dois ramos de um V e gradualmente
continuando para cima com o pedúnculo cerebelar inferior. Este é formado por um grosso feixe
de fibras que forma as bordas laterais da metade caudal do IV ventrículo, fletindo-se
dorsalmente para penetrar no cerebelo.
Ponte:
Ponte é à parte do tronco encefálico interposto entre o bulbo e o mesencéfalo. Esta situada
ventralmente ao cerebelo e repousa sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da cela
túrcica do esfenóide. Sua base situada ventralmente apresenta estriação transversal em virtude
da presença de numerosos fixes de fibras transversais que a percorrem. Estas fibras convergem
de cada lado para formar um volumoso feixe, o pedúnculo cerebelar médio, que se penetra no
hemisfério cerebelar correspondente. Considera-se como limite entre a ponte e o braço da
ponte (pedúnculo cerebelar médio) o ponto de emergência do trigêmeo, V par craniano. Esta
emergência se faz por duas raízes , uma maior, ou raiz sensitiva do nervo trigêmeo, e outra
menor , ou raiz motora do nervo trigêmeo.
Percorrendo longitudinalmente a superfície ventral da ponte existe um sulco, o sulco basilar,
que geralmente aloja a artéria basilar.
A parte ventral da ponte é separada do bulbo pelo sulco bulbo- pontino de onde emerge de
cada lado a partir da linha mediana o VI, o VII, e o VIII par craniano. O VI par abducente,
emerge entre a ponte e a pirâmide do bulbo. O VIII par craniano, nervo vestíbulo-coclear,
emerge lateralmente próximo a um pequeno lobo denominado flóculo. O VII par craniano,
nervo facial, emerge lateralmente ou VIII par, com o qual mantém relações intimas. Entre os
dois emerge o nervo intermédio, que é a raiz sensitiva do VII par craniano.
A parte dorsal da ponte não apresenta linha de demarcação com a parte dorsal da porção
aberta do bulbo, constituindo ambas o assoalho do IV ventrículo.
Quarto ventrículo: esta situado entre o bulbo e a ponte ventralmente, e cerebelo dorsalmente.
Continua caudalmente com o canal central do bulbo e cranialmente com o aqueduto cerebral,
cavidade do mesencéfalo que comunica o III e o IV ventrículo. A cavidade do IV ventrículo se
prolonga de cada lado para formar os recessos laterais, situados na superfície dorsal do
pedúnculo cerebelar inferior. Este recesso se comunica de cada lado com o espaço
subaracnóideo por meio das aberturas laterais do IV ventrículo. Há também uma abertura
mediana do IV ventrículo denominada de forme de Magendie, situado no meio da metade
caudal do tecto do ventridulo. Por meio desta cavidade o liquido cérebro-espinhal, que enche a
cavidade ventricular, passa para o espaço subaracnóideo.
O assoalho de IV ventrículo: ou fossa rombóide, e é formado pela parte dorsal da ponte e da
porção aberta do bulbo.
Tecto do IV ventrículo: a metade cranial do tecto do IV ventrículo é constituída por uma fina
lamina de substancia branca, o véu medular superior que se estende entre os dois pedúnculos
cerebelares superiores. Na constituição da metade caudal temos as seguintes formações:
a- Uma pequena parte da substância branca do nódulo do cerebelo.
b- O véu medular inferior, formação bilateral constituída de uma fina lamina branca presa
medialmente às bordas laterais do nódulo do cerebelo.
c- Tela corióide do IV ventrículo, que se une as duas formações anteriores às bordas da metade
caudal do assoalho do IV ventrículo.
A tela corióide é formada pela união do epitélio ependimário, que reveste internamente o
ventrículo com pia-máter, que reforça externamente este epitélio. Esta tela emite projeções
irregulares, e muito vascularizadas para a formação do plexo corióide do IV ventrículo. Este
plexo corióide tem a forma de T e produz liquido cérebro-espinhal, que se acumula na cavidade
ventricular passando ao espaço subaracnóideo através da aberturas laterais e da abertura
mediana do IV ventrículo.
Mesencéfalo:
Interpões-se entre a ponte e o cerebelo, do qual é representado por um plano que se liga os
dois corpos mamilares, pertencentes ao diencéfalo, à comissura posterior. É atravessado por
um estreito canal, o aqueduto cerebral. A parte do mesencéfalo situada dorsalmente ao
aqueduto é o tecto do mesencéfalo, ventralmente temos os dois pedúnculos cerebrais, que, por
sua vez se dividem em uma parte dorsal, predominantemente celular, tegmento e outra
ventral, formada por fibras longitudinais, a base do pedúnculo. Em uma secção transversal do
mesencéfalo vê-se que tegmento é separado da base por uma área escura, a substancia negra,
formada por neurônios que contem melanina. Corresponde a sustância negra na superfície do
mesencéfalo existem dois sulcos longitudinais: um lateral, sulco lateral do mesencéfalo, e outro
medial, sulco medial do pedúnculo cerebral. Estes sulcos marcam na superfície o limite entre a
base e tegmento do pedúnculo cerebral. Do sulco medial emerge o nervo óculomotor, III par
craniano.
Tecto do mesencéfalo: em vista dorsal o tecto mesencefalico apresenta quatro eminências
arredondadas denominadas colículos superiores e inferiores, separados por dois sulcos
perpendiculares em forma de cruz. Na parte anterior do ramo longitudinal da cruz aloja-se o
corpo pineal, que pertence ao diencéfalo. Caudalmente a cada colículo inferior emerge o IV par
craniano, nervo troclear. Cada colículo se liga a uma pequena eminência oval do diencéfalo, o
corpo geniculado, através de um feixe superficial de fibras nervosas que constitui o seu braço.
Assim o colículo inferior se liga ao corpo geniculado medial pelo braço do colículo inferior, e o
colículo superior, ao mesmo aparentemente se liga ao corpo geniculado lateral pelo braço do
colículo superior, o qual tem o seu trajeto escondido entre o pulvinar do tálamo e o corpo
geniculado medial. O corpo geniculado lateral encontra-se na extremidade do trato óptico.
Pedúnculos cerebrais: vistos ventralmente os pedúnculos cerebrais aparecem com dois grandes
feixes de fibras que surgem na borda superior da ponte e divergem cranialmente para penetrar
profundamente no cérebro. Delimitam assim uma profunda depressão triangular, a fossa
interpeduncular, limitada anteriormente por duas eminências pertencentes ao diencéfalo, os
corpos mamilares. O fundo da fossa interpeduncular apresenta pequenos orifícios para a
passagem de vasos e denomina-se substancia perfurada posterior.

O cerebelo, órgão do sistema nervoso supra-segmentar, deriva da parte dorsal do metencéfalo


e fica situado dorsalmente ao bulbo e á ponte, contribuindo para a formação do tecto do IV
ventrículo. Repousa sobre a fossa cerebelar do osso occipital e está separado do lobo occipital
por uma prega da dura-máter denominada tenda do cerebelo. Liga-se à medula e ao bulbo pelo
pedúnculo cerebelar inferior as ponte e mesencéfalo pelos pedúnculos cerebelares médio e
superior, respectivamente. As funções do cerebelo, relacionadas, com o equilíbrio e a
coordenação dos movimentos.
Anatomicamente, distingue-se no cerebelo uma porção ímpar e mediana, o vérmix, ligado a
duas grandes massas laterais, os hemisférios cerebelares. O vérmix é pouco separado dos
hemisférios na face superior do cerebelo, o que não ocorre na face inferior, onde dois sulcos
são bem evidentes o separam das partes laterais.
A superfície apresenta sulcos de direção predominantemente transversal, que delimitam
laminas finas denominadas folhas do cerebelo. Existem também sulcos mais pronunciados, as
fissuras do cerebelo, que delimitam lóbulos, cada um deles podendo conter várias folhas. Esta
disposição, visível na superfície do cerebelo é especialmente evidente em secções deste órgão,
que dão também uma idéia de sua organização interna. Vê-se assim que o cerebelo é
constituído de um centro de substancia branca, o corpo medular do cerebelo, de onde irradia a
lamina branca do cerebelo, revestida extremamente por uma fina camada de substancia
cinzenta, o córtex cerebelar. O corpo medular do cerebelo com as laminas brancas que ele
irradia, quando vista em cortes sagitais, receberam o nome de arvore da vida. No interior do
campo medular existem quatro pares de núcleos de substancia cinzenta, que são os núcleos
centrais do cerebelo: denteado, emboliforme, globoso e fastigial.
Lóbulos e fissuras: a divisão do cerebelo em lóbulos não tem nenhum significado funcional e
sua importância é apenas topográfica. Os lóbulos recebem denominações diferentes no vérmis
e nos hemisférios. A cada lóbulo do vérmix correspondem a dois hemisférios.
A língula esta quase sempre aderida ao véu medular superior. O folium consiste em apenas uma
folha do vérmix. Um lóbulo importante é o flóculo, situado logo abaixo do ponto em que o
pedúnculo cerebelar médio penetra no cerebelo, próximo ao nervo vestíbulo-coclear. Liga-se ao
nódulo, lóbulo do vérmix, pelo pedúnculo do flóculo. As tonsilas são bem evidentes na parte inferior
do cerebelo, projetando-se medialmente sobre a face dorsal do bulbo.
Vérmix Hemisférios

Língula

Lóbulo Central Asa do lóbulo central


Cúlmen Parte anterior do lóbulo quadrangular
Declive Parte posterior do lóbulo quadrangular
Folium Lóbulo semilunar superior
Túber Lóbulo semilunar inferior
Pirâmide Lóbulo bivalente
Úvula Tonsila
Nódulo Flóculo

Fissuras:
- Depois da língula temos a fissura pré-central.
- Depois do lóbulo central temos a fissura pré-culminar.
- Depois do cúlmen temos a fissura prima.
- Depois do declive temos a fissura pós-clival.
- Depois do folium temos a fissura horizontal.
- Depois do túber temos a fissura pré-piramidal.
- Depois da pirâmide temos a fissura pós-piramidal.
- Depois da úvula temos a fissura póstero-lateral.
Divisão ontogenética e filogenética do cerebelo: a divisão proposta por Larsell baseia-se
principalmente na ontogênese do cerebelo e leva em conta o fato da primeira fissura que
aparece durante o desenvolvimento do órgão é a postero-lateral. Assim, ela divide o cerebelo
em duas partes muito desiguais: o lóbulo flóculo-nodular, formado pelo flóculo e pelo nódulo, e
o corpo do cerebelo, formado pelo resto do órgão. A seguir aparece à fissura prima, que divide
o corpo do cerebelo em um lóbulo anterior e lóbulo posterior.
O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde ao prosencéfalo. O cérebro é a
parte mais desenvolvida do encéfalo e ocupa cerca de 80 % da cavidade craniana. O diencéfalo
é uma estrutura impar que só é vista na porção mais inferior de cérebro. Ao diencéfalo
compreendem as seguintes partes: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, todas em
relação com o III ventrículo.
III ventrículo:
É uma cavidade no diencéfalo, impar, que se comunica com o IV ventrículo pelo aqueduto
cerebral e com os ventrículos laterais pelos respectivos forames interventriculares.
Quando o cérebro é seccionado no plano sagital mediano, as paredes laterais do III ventrículo
são expostas amplamente; verifica-se então a existência de uma depressão, o sulco
hipotalâmico, que se estende do aqueduto cerebral ate o forame interventricular. As porções da
parede situadas acima deste sulco pertencem ao tálamo e as situadas abaixo, pertencem os
hipotálamo. Unindo-se os dois tálamos e, por conseguinte, atravessando em ponte a cavidade
ventricular, observa-se freqüentemente uma substancia cinzenta, a aderência intetalâmica, que
aparece apenas seccionada.
No assoalho do III ventrículo dispõem-se de diante para trás as seguintes formações: quiasma
óptico, infundíbulo, túber cinéreo e corpos mamilares, pertencentes ao hipotálamo.
A parede posterior do ventrículo, muito pequena, é formada pelo epitálamo, que se localiza
acima do sulco hipotalâmico. Saindo de cada lado do epitálamo e percorrendo a parte mais alta
das paredes laterais, a um feixe de fibras nervosas, as estrias medulares do tálamo, onde se
insere a tela corióide, que forma o tecto do III ventrículo. A partir da tela corióide invaginam-se
na luz ventricular os plexos corióides do III ventrículo, que se dispõem em duas linhas paralelas
e são contínuos através dos respectivos forames interventriculares com os plexos corióides dos
ventrículos laterais.
A parede anterior do III ventrículo é formada pela lamina terminal, fina lamina de tecido
nervoso que une os dois hemisférios e dispõem entre o quiasma óptico e a comissura anterior.
A comissura anterior, a lamina terminal e as partes adjacentes das paredes laterais do III
ventrículo pertencem ao telencéfalo. A luz do III ventrículo se evagina para formar quatro
recessos na região do infundíbulo, recesso do infundíbulo, acima do quiasma óptico, recesso
óptico, e um terceiro na haste da glândula pineal, e finalmente o recesso suprapineal que se
localiza acima do corpo pineal.
Tálamo: Os talamos são duas massas volumosas de substancia cinzenta, de forma ovóide,
dispostas uma de cada lado, na porção látero-dorsal do diencéfalo. A extremidade anterior de
cada tálamo apresenta uma eminência, o tubérculo anterior do tálamo, que participa da
delimitação do forame interventricular. A extremidade posterior, consideravelmente maior que
a anterior, apresenta uma grande eminência, o pulvinar, que se projeta sobre os corpos
geniculados lateral e medial. O corpo geniculado medial faz parte da via auditiva, e o lateral da
via óptica, e ambos são considerados por alguns autores como uma divisão do diencéfalo
denominada de metatálamo. A porção lateral d face superior do tálamo faz parte do assoalho
do ventrículo lateral, sendo por seguinte revestido por epitélio ependinário (é o epitélio que
reveste esta parte do tálamo e é denominado lamina fixa), a porção medial constitui o tecto do
III ventrículo, o assoalho da fissura transversa do cérebro, cujo tecto é constituído pelo fórnix e
pelo corpo caloso, formações telencefálicas. A fissura transversa é ocupada por um fundo-de-
saco da pia-máter, cujo folheto inferior recobre a parte medial desta face superior do tálamo e,
a seguir, entra na constituição da tela corióide, que forma o tecto do III ventrículo.
A face lateral do tálamo é separada do telencéfalo pela cápsula interna, compacto feixe de
fibras que se liga o córtex cerebral a centros nervosos subcorticais. A face inferior do tálamo
continua com o hipotálamo e o subtalamo.
Hipotálamo:
É uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo, com funções
importantes principalmente relacionadas à atividade visceral.
O hipotálamo compreende estruturas situadas nas paredes laterais do III ventrículo, abaixo do
sulco hipotalâmico, além das seguintes formações do assoalho do III ventrículo visíveis na base
do cérebro.
Corpos mamilares: são duas eminências arredondadas de substancia cinzenta evidentes na
parte anterior da fossa interpeduncular.
Quiasma óptico: localiza-se na parte anterior do assoalho ventricular. Recebe fibras mielínicas
do nervo óptico, que ai cruzam em parte e continuam nos tractos óptico que se dirigem aos
corpos geniculados laterais, depois de contornar os pedúnculos cerebrais.
Túber cinéreo: é uma área ligeiramente cinzenta, mediana, situada atrás do quiasma e do
tracto óptico, entre os corpos mamilares. No túber cinéreo prende-se a hipófise por meio do
infundíbulo.
Infundíbulo: é uma formação nervosa em forma de um funil que se prende ao túber cinéreo,
contendo pequenos prolongamentos da cavidade ventricular, o recesso do infundíbulo. A
extremidade superior do infundíbulo dilata-se para constituir a eminência mediana do túber
cinéreo, enquanto a extremidade inferior continua com um processo infundibular, ou lobo
nervoso da hipófise. A hipófise esta contida na sela túrcica do osso occipital.
Epitálamo:
Limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, já na transição com o
mesencéfalo. Se elemento mais evidente é a glândula pineal, glândula endócrina de forma
piriforme, impar e mediana, que repousa sobre o tecto mesencefálico. A base do corpo pineal
se prende anteriormente a dois feixes transversais de fibras que cruzam um plano mediano, a
comissura posterior e a comissura das habênulas, entre as quais penetra na glândula pineal um
pequeno prolongamento da cavidade ventricular, o recesso pineal. A comissura posterior situa-
se no prolongamento em que o aqueduto cerebral se liga ao III ventrículo e é considerada
como limite entre o mesencéfalo e o diencéfalo. A comissura das habénulas interpõe-se entre
duas pequenas eminências triangulares, os trígonos da habénula, situados entre a glândula
pineal e o tálamo, continua anteriormente, de cada lado, com estrias medulares do tálamo. A
tela corióide do III ventrículo insere-se, lateralmente, nas estrias medulares do tálamo e,
posteriormente, na comissura das habénulas, fechando assim o III ventrículo.
Subtálamo:
Compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o tegumento do mesencéfalo. E´ mais
fácil a sua visualização em cortes frontais do cérebro. Verifica-se que ele se localiza abaixo do
tálamo, sendo limitado lateralmente pala cápsula interna e medialmente pelo hipotálamo. O
elemento mais evidente do subtálamo é o núcleo subtalâmico.

O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena


linha mediana situada na porção anterior do III ventrículo.
Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela fissura longitudinal do
cérebro, cujo o assoalho é formado por uma larga faixa de fibras comissurais, denominada
corpo caloso, principal meio de união entre os dois hemisférios. Os hemisférios possuem
cavidades, os ventrículos laterais direito e esquerdo, que se comunicam com o III ventrículo
pelos forames interventriculares.
Cada hemisfério possui três pólos: frontal, occipital e temporal; e três faces: súpero-lateral,
convexa; face medial, plana; e face inferior, ou base do cérebro, é muito irregular, repousando
anteriormente nos andares anterior e médio da base do crânio e posteriormente na tenda do
cerebelo.
Sulco e giros e a divisão em lobos: em qualquer hemisfério, os dois sulcos mais importantes
são o sulco lateral e o sulco central.
Sulco lateral: é o sulco que separa o lobo frontal do lobo temporal. Ele é subdividido em
ascendente, anterior e posterior.
Sulco temporal: é o sulco que separa o lobo frontal do lobo parietal ele é ladeado por dois
sulcos e giros importantes: o giro pré-central que fica antes do sulco central e o giro pós-
central que fica após o sulco central. O sulco pré-central se localiza antes do giro pré-central e
o sulco pós-central se localiza após o giro pós-central.
De modo geral o lobo frontal se relaciona com a motricidade e o parietal com a sensibilidade.
Os lobos cerebrais recebem o nome de acordo com a sua localização em relação os ossos do
crânio por isso temos cinco lobos que são: frontal, temporal, parietal e occipital, e o lobo da
ínsula que é o único que não se relaciona com nenhum osso do crânio, pois esta situado
profundamente no sulco lateral.
A divisão dos lobos não corresponde muito a uma divisão funcional, exceto pelo lobo occipital
que parece estar relacionado somente com a visão. O lobo frontal esta localizado acima do
sulco lateral e adiante do sulco central. Na face medial do cérebro, o limite anterior do lobo
occipital é o sulco parieto-occipital. Na sua face súpero-lateral este limite é arbitrariamente
situado em uma linha imaginaria que se une a terminação do sulco parieto-occipital, na borda
superior do hemisfério, à incisura pré-occipital, situada na borda ínfero-lateral, cerca de 4 cm
do pólo occipital. Do meio desta linha imaginaria parte uma segunda linha imaginaria em
direção no ramo posterior do sulco lateral e que, juntamente com este ramo, limita o lobo
temporal do lobo parietal.
Face súpero-lateral:
Lobo frontal: identificamos em sua superfície três sulcos principais:
Sulco pré-central: mais ou menos paralelo ao sulco central.
Sulco frontal superior: inicia-se na porção superior do sulco central e é perpendicular a ele.
Sulco frontal inferior: partindo da porção inferior do sulco pré-central, dirige-se para frente e
para baixo.
Entre o sulco central e o sulco pré-central esta o giro pré-central onde se localiza a área motora
principal do cérebro. Acima do sulco frontal superior na face medial do cérebro se localiza o giro
frontal superior. Entre os sulcos frontal superior e o frontal inferior esta o giro frontal médio,
abaixo do sulco frontal inferior temos o sulco frontal inferior. Este ultimo é subdividido pelos
ramos anteriores e acedentes do sulco lateral em três partes: orbital, triangular e opercular. O
giro temporal inferior do hemisfério esquerdo é o centro cortical da palavra falada.
Lobo temporal: apresenta dois sulcos principais: o sulco temporal superior que inicia-se
próximo ao pólo temporal e dirige-se para trás paralelamente ao ramo posterior do sulco
lateral, terminando no lobo parietal.
Sulco temporal inferior: paralelo ao sulco temporal superior é geralmente formado por duas ou
mais partes descontinuas.
Entre o sulco lateral e o sulco temporal superior está o giro temporal superior, e entre os sulcos
temporal superior e o temporal inferior esta o giro temporal médio, abaixo do sulco temporal
inferior temos o giro temporal inferior que se limita com o sulco occípito-temporal. Afastando-
se os lábios do sulco lateral, aparece o seu assoalho, que é parte do giro temporal superior. A
porção superior deste assoalho é atravessada por pequenos giros transversais, os giros
temporais transversos, dos quais o mais evidente é o giro temporal transverso anterior, é
importante pois nele se localiza o centro cortical da audição.
Lobo parietal e lobo occipital:
O lobo parietal apresenta dois sulcos principais: o sulco pós-central e o sulco intraparietal. O
sulco intraparietal geralmente se localiza perpendicular ao pós-central, com o qual pode estar
unido, estende-se para trás para terminar no lobo occipital.
Entre os sulcos central e pós-central fica o giro pós-centra, onde se localiza uma das mais
importantes áreas sensitivas do córtex, a área somestésica. O sulco intraparietal separa o
lóbulo parietal superior do lóbulo parietal inferior. Neste ultimo descrevem-se dois giros: o giro
supramarginal, curvando em torno da extremidade do ramo posterior do sulco lateral, e o giro
angular, curvando em torno da porção terminal e ascendente do sulco temporal superior.
O lobo occipital: ocupa uma porção relativamente pequena da face súpero-lateral do cérebro,
onde apresenta pequenos sulcos e giros irregulares e inconstantes.
Lobo da insula: afastando-se os lábios do sulco temporal, evidencia-se uma ampla fossa no
fundo da qual esta situada a ínsula.
A insula tem forma cônica e seu ápice, voltado para baixo e para frente, é denominado de límen
da ínsula.
Face medial:
Corpo caloso, fórnix, septo pelúcido:
O corpo caloso é a maior das comissuras inter-hemisféricas, é formado por um grande número
de fibras mielínicas que cruzam o plano sagital mediano e penetram de cada lado no centro
branco medular do cérebro, unindo áreas simétricas do córtex de cada hemisfério. Em corte
sagital do cérebro aparece como um lamina branca arqueada dorsalmente o tronco do corpo
caloso, que se dilata posteriormente no esplênio do corpo caloso e se flete anteriormente em
direção da base do cérebro para constituir o joelho do corpo caloso. Este se afila para formar o
rostro do corpo caloso, que se continua em uma fina lamina, a lâmina rostral, até a comissura
anterior, um a das comissuras inter-hemisféricas. Entre a comissura anterior e o quiasma
óptico tem a lamina terminal, delgada lamina de substancia branca que também une os
hemisférios e constitui o limite anterior do III ventrículo.
Emergindo abaixo do esplênio do corpo caloso e arqueando-se em direção á comissura anterior,
está o fórnix, feixe complexo de fibras que, entretanto, não pode ser visto em toda a sua
extensão em um corte sagital do cérebro. É constituído por duas metades laterais e simétricas
afastadas nas extremidades e unidas entre si no trajeto do corpo caloso. A porção intermédia
em que as duas metades se unem constitui o corpo do fórnix, as extremidades que se afastam
são, respectivamente, as colunas do fórnix, anteriores e as pernas do fórnix, posteriores. As
colunas do fórnix terminam no corpo mamilar correspondente cruzando a parede lateral do III
ventrículo. As pernas do fórnix divergem e penetram de cada lado no corno inferior do
ventrículo lateral, onde se ligam ao hipocampo. No ponto em que as pernas do fórnix se
separam, algumas fibras passam de um lado para o outro, formando a comissura do fórnix.
Entre o corpo caloso e o fórnix estende-se o septo pelúcido, constituído por duas delgadas
laminas de tecido nervoso que delimitam uma cavidade muito estreita, a cavidade do septo
pelúcido. O septo pelúcido separa os dois ventrículos laterais.
Lobo occipital: apresenta dois sulcos importantes.
Sulco calcarino: inicia-se abaixo do esplênio do corpo caloso e tem um trajeto arqueado em
direção ao pólo occipital. Nos lábios do sulco calcarino localiza-se o centro cortical da visão.
Sulco parieto-occipital: é o sulco que separa o lobo occipital do lobo parietal.
Entre o sulco parieto-occipital e o sulco calcarino situa-se o cúneus, giro complexo de forma
triangular. Adiante do cúneus, já no lobo parietal temos o pré-cúneus. Abaixo do sulco
carcarino, situa-se o giro occípito-temporal medial, que continua anteriormente com o giro para
hipocampal, já no lobo temporal.
Lobo parietal e lobo frontal
Na parte medial do cérebro existem dois sulcos que passam do lobo frontal para o lobo parietal.
Sulco do corpo caloso: começa abaixo do rostro do corpo caloso, contorna o tronco e o esplênio
do corpo caloso, onde se continua já no lobo temporal, com o sulco do hipocampo.
Sulco do cíngulo: tem seu curso paralelo ao sulco do corpo caloso,do qual é separado pelo giro
do cíngulo. Termina posteriormente em dois ramos: ramo marginal, que cruza a margem
superior do hemisfério, e o subparietal, que continua posteriormente a direção do sulco do
cíngulo.
Destacando-se do sulco do cíngulo em direção á margem superior do hemisfério, existe quase
sempre o sulco paacentral, que delimita com o sulco do cíngulo e seu ramo marginal, o lóbulo
paracentral, cuja extremidade superior termina aproximadamente no seu meio. Na parte
anterior e posterior deste lobo localizam-se respectivamente as áreas motoras e sensitivas
relacionadas com a perna e o pé.
A região situada abaixo do corpo caloso e adiante da comissura anterior à lamina terminal á
chamada área septal, é um dos centro do prazer do cérebro.
Face inferior:
Lobo temporal: a face inferior do lobo temporal apresenta três sulco:
O sulco occípito-temporal limita com os giro temporal inferior, que quase sempre forma borda
lateral do hemisfério, medialmente, este sulco limita com o sulco colateral o giro occípito-
temporal lateral.
O sulco colateral inicia-se próximo ao pólo occipital e se dirige para frente, delimitando com o
sulco calcarino e o sulco do hipocampo, respectivamente, o giro occípito-temporal medial e o
giro para-hipocampal, cuja porção anterior se curva em torno do sulco do hipocampo para
formar o úncus. O sulco colateral pode ser contínuo com o sulco rinal,que separa a parte mais
anterior do giro para-hipocampal do resto do lobo temporal. O sulco hipocampal origina-se na
região do esplênio do corpo caloso, onde continua com o sulco do corpo caloso e se dirige para
o pólo temporal, onde termina separando o giro parahipocampal do úncus.
O giro parahipocampal se liga posteriormente ao giro do cíngulo através do de um giro estreito,
o istmo do giro do cíngulo. Assim o úncus, o giro parahipocampal, o istmo do giro do cíngulo e
o giro do cíngulo constituem o lobo límbico, parte importante do sistema límbico, relacionado
com o comportamento emocional e o controle do sistema nervoso autônomo.
Lobo frontal: a face inferior do lobo frontal apresenta dois sulcos importantes: o sulco
olfatório , profundo e de direção antero-posterior. Medialmente ao sulco olfatório, continuando
dorsalmente como giro frontal superior, situa-se o giro reto. O resto desta face inferior do lobo
frontal é ocupada por sulcos e giros muito irregulares, os sulcos e giros orbitários.
Rinencéfalo:
O bulbo olfatório é uma dilatação ovóide e achatada de substancia cinzenta que continua
posteriormente com o tracto olfatório, ambos alojados no sulco olfatório. O bulbo olfatório
recebe filamentos que constituem o nervo olfatório. Posteriormente, o tracto olfatório se bifurca
formando as estrias olfatória lateral e medial, que delimitam uma área triangular, o trígono
olfatório. Através do trígono olfatório e adiante do tracto óptico localiza-se uma área contendo
uma serie de pequenos orifícios para passagem de vasos, a substancia perfurada do anterior.
Morfologia dos ventrículos laterais:
Os hemisférios cerebrais possuem cavidades revestidas de epêndima e contendo líquido
cérebro-espinhal, os ventrículos laterais esquerdo e direito, que se comunicam com o III
ventrículo pelo forame interventricular. Exceto pelo forame, cada ventrículo é uma cavidade
fechada que apresenta uma parte central e três cornos que correspondem aos três pólos do
hemisfério cerebral. As partes que se projetam para o lobo frontal, occipital e temporal
respectivamente, são o corno anterior, posterior e inferior. Com exceção do corno inferior,
todas as partes do ventrículo laterais têm o teto formado pelo corpo caloso.
Plexos corióides dos ventrículos laterais: a pia-máter, que ocupa a fissura transversa do
cérebro, penetra entre o fórnix e o tálamo, empurra de cada lado o epêndima que reveste a
cavidade ventricular, para constituir com ele o plexo corióide da parte central dos ventrículos.
Este plexo continua com o do III ventrículo através do forame interventricular e,
acompanhando o trajeto curvo do fórnix e da fímbria, atinge o corno inferior do ventrículo
lateral. Os cornos anteriores e posteriores não possuem plexos corióides.
Organização interna dos hemisférios cerebrais: cada hemisfério possui uma camada superficial
de substancia cinzenta, o córtex cerebral, que reveste um centro de substancia branca, o
centro medular do cérebro, ou centro semioval, no interior do qual existem massas de
substancias cinzenta os núcleos da base do cérebro.
Núcleos da base:
Núcleo caudado: é uma massa alongada e bastante volumosa de substancia cinzenta,
relacionada em toda a sua extensão com os ventrículos laterais. Sua extremidade anterior e´
muito dilatada, constitui a cabeça do núcleo caudado, que proemina do assoalho do corno
anterior do ventrículo. Ela continua gradualmente com o corpo do núcleo caudado, situado no
assoalho da parte central do ventrículo lateral. Este se afina pouco a pouco para formar a cauda
do núcleo caudado, que é longa e fortemente arqueada, estendendo-se até a extremidade
anterior do corno inferior do ventrículo lateral. Em razão de sua forma fortemente arqueada, o
núcleo caudado aparece seccionado duas vezes em determinados cortes horizontais e frontais
do cérebro. A cabeça do núcleo caudado funde-se com a parte anterior do núcleo lentiforme.
Núcleo lentiforme: tem a forma e o tamanho aproximado de uma castanha-do-pará. Não
aparece na superfície ventricular, situando-se profundamente no interior do hemisfério.
Medialmente relaciona-se com a cápsula interna que se separa do núcleo caudado e do tálamo;
lateralmente relaciona-se com o córtex da insula, do qual é separado por substancia branca e
pelo claustrum.
O núcleo lentiforme é divido em putâmen e globo pálido por uma fina lamina de substancia
branca, a lamina medular lateral. O putâmen situa-se lateralmente e é maior que o globo
pálido, que se dispõem medialmente. Nas secções do secções não cortadas de cérebro, o globo
pálido tem uma coloração mais clara que o putâmen em virtude da presença de fibras de
mielínicas que o atravessam. O globo pálido é subdividido por uma lamina de substancia
branca, a lamina medular medial, em partes externa e interna.
Claustrum: é uma delgada calota de substancia cinzenta situada entre o córtex da insula e o
núcleo lentiforme. Separa-se daquele por uma fina lamina branca, a cápsula externa. Entre o
claustrum e o núcleo lentiforme existe uma outra lamina branca, a cápsula externa.
Corpo amigdalóide: é uma massa esferóide de substancia cinzenta de cerca de 2 cm de
diâmetro situada no pólo temporal do hemisfério cerebral, em relação com a cauda do núcleo
caudado. Faz um discreta saliência no tecto da parte terminal do corno inferior do ventrículo
lateral. O corpo amidalóide faz parte do sistema límbico e é um importante regulador do
comportamento sexual e da agressividade.
Núcleo Accumbens: massa de substancia cinzenta situada na zona de união entre o putâmen e
a cabeça do núcleo caudado.
Núcleo Basal de Meynert: de difícil visualização macroscópica. Situa-se na base do cérebro,
entre a substancia perfurada anterior e o globo pálido, região conhecida como substancia
inominata. Contem neurônios grandes ricos em acetilcolina.
Centro branco medular do cérebro: é formado por fibras mielínicas. Distinguem-se dois grupos
de fibras: de projeção e de associação. As primeiras ligam o córtex cerebral a centros
subcorticais; as segundas unem áreas corticais situadas em pontos diferentes do cérebro. Entre
as fibras de associação, temos aquelas que atravessam o plano mediano para unir áreas
simétricas dos dois hemisférios. Constituem três comissuras telencefálicas: corpo caloso,
comissura do fórnix e comissura anterior.
As fibras de projeção se dispõem em dois feixes: o fórnix e a cápsula interna. O fórnix une o
córtex do hipocampo ao copo mamilar e contribui pouco para a formação do centro branco
medular.
A cápsula interna contém a grande maioria das fibras que saem ou entram no córtex cerebral.
Estas fibras formam um feixe compacto que se separa o núcleo lentiforme, situado
lateralmente, do núcleo caudado e tálamo, situados medialmente. Acima do nível destes
núcleos as fibras da cápsula interna passam a constituir a coroa radiada. Distingue-se na
cápsula interna uma perna anterior, situada entre a cabeça do núcleo caudado e o núcleo
lentiforme, e uma perna posterior, bem maior, situada entre o núcleo lentiforme e o tálamo.
Estas duas porções da cápsula interna encontram-se formando um ângulo que constitui o joelho
da cápsula interna.

Meninges: o sistema nervoso é envolto por membranas conjuntivas denominadas meninges


que são classificadas como três: dura-máter, aracnóide e pia-máter. A aracnóide e a pia-máter
que no embrião constituem um só folheto são às vezes, consideradas como uma só formação
conhecida como a leptomeninge; e a dura-máter que é mais espessa é conhecida como
paquimeninge.
Dura-máter: é a meninge mais superficial, espessa e resistente, formada por tecido conjuntivo
muito rico em fibras colágenas, contendo nervos e vasos. É formada por dois folhetos um
externo e um interno. O folheto externo adere intimamente os ossos do crânio e se comporta
como um periósteo destes ossos, mas se capacidade osteogênica (ou seja, que nas fraturas
cranianas dificulta a formação de um calo ósseo). Em virtude da aderência da dura-máter aos
ossos do crânio, não existe no crânio um espaço epidural como na medula. A dura-máter, em
particular seu folheto externo, é mais vascularizada. No encéfalo a principal artéria que irriga a
dura-máter é a artéria meníngea média, ramo da artéria maxilar.
A dura-máter, ao contrario das outras meninges é ricamente inervada. Como o encéfalo não
possui terminações nervosos sensitivas, toda ou qualquer sensibilidade intracraniana se localiza
na dura-máter, que é responsável pela maioria das dores de cabeça.
Pregas da dura-máter: em algumas áreas o folheto interno da dura-máter destaca-se do
externo para formar pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se
comunicam amplamente. As principais pregas são:
Foice do cérebro: é um septo vertical mediano em forma de foice que ocupa a fissura
longitudinal do cérebro separando os dois hemisférios.
Tenda do cerebelo: projeta-se para diante como um septo transversal entre os lobos occipitais
e o cerebelo. A tenda do cerebelo separa a fossa posterior da fossa média do crânio, dividindo a
cavidade craniana em um compartimento superior, ou supratentorial, e outro infratentorial ou
inferior. A borda anterior livre da tenda do cerebelo, denominada incisura da tenda, ajusta-se
ao mesencéfalo.
Foice do cerebelo: pequeno septo vertical mediano, situado abaixo da tenda do cerebelo entre
os dois hemisférios cerebelares.
Diafragma da sela: pequena lamina horizontal que fecha superiormente a sela túrcica deixando
apenas um orifício de passagem da haste hipofisiára.
Cavidades da dura-máter: em determinada área os dois folhetos da dura-máter do encéfalo
separam-se delimitando cavidades. Uma delas é o cavo trigeminal, que contém o gânglio
trigeminal. Outras cavidades são revestidas de endotélio e contém sangue, constituído os seios
da dura-máter, que se dispõem principalmente ao longo da inserção das pregas da dura-máter.
Os seios da dura-máter foram estudados no sistema cardiovascular junto com o sistema
venoso.
Aracnóide: é uma membrana muito delgada, justaposta à dura-máter, da qual se separa por
um espaço virtual, o espaço sudural, contendo uma pequena quantidade de liquido necessário á
lubrificação das superfícies de contato das membranas. A aracnóide separa-se da pia-máter
pelo espaço subaracnóideo que contem líquor, havendo grande comunicação entre os espaços
subaracnóideo do encéfalo e da medula. Considera-se também como pertencendo à aracnóide
as delicadas trabéculas que atravessam o espaço para ligar à pia-máter, e que são
denominados de trabéculas aracnóides. Estas trabéculas lembram, um aspecto de teias de
aranha donde vem o nome aracnóide.
Cisternas subaracnóideas: a aracnóide justapõe-se à dura-máter e ambas acompanham apenas
grosseiramente o encéfalo e a sua superfície. A pia-máter adere intimamente a esta superfície
que acompanha os giros, os sulcos e depressões. Deste modo, a distancia entre as duas
membranas, ou seja, a profundidade do espaço subaracnóideo é muito variável, sendo muito
pequena no cume dos giros e grande nas áreas onde parte do encéfalo se afasta da parede
craniana. Forma-se assim nestas áreas dilatações do espaço subaracnóideo, as cisternas
subaracnóideas, que contem uma grande quantidade de líquor. As cisternas mais importantes
são as seguintes:
Cisterna magna: ocupa o espaço entre a face inferior do cerebelo e a face dorsal do bulbo e do
tecto do III ventrículo. Continua caudalmente com o espaço subaracnóideo da medula e liga-se
ao IV ventrículo através da abertura mediana. A cisterna magna é a maior e mais importante,
sendo às vezes utilizada para obtenção de líquor através de punções.
Cisterna pontina: situada ventralmente a ponte.
Cisterna interpeduncular: localizada na fossa interpeduncular.
Cisterna quiasmática: situada diante o quiasma óptico.
Cisterna superior: situada dorsalmente ao tecto mesencefálico, entre o cerebelo e o esplênio do
corpo caloso a cisterna superior corresponde pelo menos em parte á cisterna ambiens, termo
usado pelos clínicos.
Cisterna da fossa lateral do cérebro: corresponde á depressão formada pelo sulco lateral de
cada hemisfério.
Granulações aracnóides: em alguns pontos da aracnóide formam pequenos tufos que penetram
no interior dos seios da dura-máter, constituindo as granulações aracnóideas, mais abundantes
no seio sagital superior. As granulações aracnóideas levam pequenos prolongamentos do
espaço subaracnóideo, verdadeiros divertículos deste espaço, nos quais o líquor está separado
do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma delgada camada de aracnóide. São pois
estruturas admiravelmente adaptadas á absorção do líquor que neste ponto cai no sangue.
Pia-máter: é a mais interna das meninges, aderindo intimamente à superfície do encéfalo e da
medula, cujos relevos e depressões acompanha, descendo até o fundo dos sulcos cerebrais.
Sua porção mais profunda recebe numerosos prolongamentos dos astrócitos do tecido nervoso,
constituindo a assim a membrana pio-glial. A pia-máter dá resistência aos órgãos nervosos,
pois o tecido nervoso é de consistência muito mole. A pia-máter acompanha os vasos que
penetram no tecido nervosos a partir do espoco subaracnóideo, formando a parede externa dos
espaços perivasculares. Neste espaço existem prolongamentos do espaço subaracnóideo,
contendo líquor, que forma um manguito protetor em torno dos vasos, muito importante para
amortecer o efeito da pulsação das artérias sobre o tecido circunvizinho. Verificou-se que os
espaços perivasculares acompanham os vasos mais calibrosos até uma pequena distancia e
terminam por fusão da pia com a adventícia do vaso. As pequenas arteríolas são envolvidas até
o nível capilar por pré-vasculares dos astrócitos do tecido nervoso.
Líquor: é um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades
ventriculares. A são função primordial e´ proteção mecânica do sistema nervoso central.
Formação, absorção e circulação do líquor: sabe-se hoje em dia que o líquor é produzido nos
plexos corióides dos ventrículos e também que uma pequena porção é produzida a partir do
epêndima das paredes ventriculares e dos vasos leptomeninge. Existem plexos corióides nos
ventrículos, como já estudamos anteriormente, e os ventrículos laterais contribuem com maior
contingente líquorico, que passa ao III ventrículo através dos forames interventriculares e daí
para o IV ventrículo através do aqueduto cerebral. Através das aberturas medianas e laterais
do IV ventrículo o líquor passa para o espaço subaracnóideo, sendo reabsorvido principalmente
palas granulações aracnóideas que se projetam para o interior da dura-máter. Com o essas
granulações predominam no eixo sagital superior, a circulação do líquor se faz de baixo para
cima, devendo, pois atravessar o espaço entre a incisura da tenda e o mesencéfalo. No espaço
subaracnóideo da medula, o líquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois
reabsorção liquórica nas pequenas granulações aracnóideas existentes nos prolongamentos da
dura-máter que acompanha as raízes dos nervos espinhais.

A circulação do líquor é extremamente lenta e são ainda discutidos os fatores que a


determinam. Sem duvida, a produção do líquor em uma extremidade e a sua absorção em
outra já são o suficiente para causar sua movimentação. Um outro fator é a pulsação das
artérias intracranianas, que, cada sístole, aumenta a pressão líquorica, possivelmente
contribuindo para empurrar o líquor através das granulações aracnóideas.

Polígono de willis:
A vascularização cerebral é formada pelas artéria vertebrais direita e esquerda e pelas artérias
carótidas internas direita e esquerda.
As vertebrais se anastomosam originado a artéria basilar, alojada na goteira basilar, ela se
divide em duas artérias cerebrais posteriores que irrigam a parte posterior da face inferior de
cada um dos hemisférios cerebrais. As artérias carótidas internas em cada lado originam uma
artéria cerebral média e uma artéria cerebral anterior. As artérias cerebrais anteriores se
comunicam através de um ramo entre elas que é a artéria comunicante anterior. As artérias
cerebrais posteriores se comunicam com as arteriais carótidas internas através das artérias
comunicantes posteriores.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Barreira encefálica:
As barreiras encefálicas podem ser conceituadas como dispositivos que impendem ou dificultam
a passagem de substancias do sangue para o tecido nervoso, do sangue para o líquor, ou do
líquor para o sangue.
Algumas considerações:
O peso do encéfalo de um homem adulto é de 1.300 gamas e na mulher é de 1.200 gramas.
Admite-se que no homem adulto de estatura mediana o menor encéfalo compatível com a
inteligência normal seria de 900 gramas. Acima deste limite as tentativas de se correlacionar o
peso do encéfalo com o grau de inteligência esbarram em numerosas exceções (este se refere
ao peso corporal e não ao grau de inteligência, pois ainda não se consegui provar de forma
alguma qual dos dois sexos é mais inteligente). A inteligência não se refere somente a
quantidade de massa cinzenta, mas sim a capacidade que os seres humanos tem de entender,
raciocinar e interpretar e relacionar o conhecimento sobre experiências vividas e não vividas, e
a capacidade adaptativa do ser humano a novas situações.

O sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos, que são representantes dos axônios
(fibras motoras) ou dos dendritos (fibras sensitivas). São as fibras nervosas dos nervos que
fazem a ligação dos diversos tecidos do organismo com o sistema nervoso central.É composto
pelos nervos espinhais e cranianos.
Para a percepção da sensibilidade, na extremidade de cada fibra sensitiva há um dispositivo
captador que é denominado receptor e uma expansão que a coloca em relação com o elemento
que reage ao impulso motor,este elemento na grande maioria dos casos é uma fibra muscular
podendo ser também uma célula glandular.A estes elementos dá-se o nome de efetor.
Portanto ,o sistema nervoso periférico é constituído por fibras que ligam o sistema nervoso
central ao receptor, no caso da transmissão de impulsos sensitivos; ou ao efetor, quando o
impulso é motor.
Os nervos desse sistema se dividem em dois grandes grupos: os nervos espinhais e cranianos.
As fibras que constituem os nervos são em geral mielínicas com neurilema.São três as bainhas
conjuntivas que entram na constituição de um nervo: epineuro (envolve todo o nervo e emite
septos para seu interior), perineuro (envolve os feixes de fibras nervosas) , endoneuro (trama
delicada de tecido conjuntivo frouxo que envolve cada fibra nervosa).As bainhas conjuntivas
conferem grande resistência aos nervos sendo mais espessas nos nervos superficiais,pois estes
são mais expostos aos traumatismos.
Durante o seu trajeto os nervos podem se bifurcar ou se anastomosar.Nestes caso não há
bifurcação ou anastomose de fibras nervosas, mas apenas um reagrupamento de fibras que
passam a constituir dois nervos ou que se destacam de um nervo para seguir outro.
Os nervos espinhais se originam na medula e os cranianos no encéfalo.
Nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo. Os 12 pares de nervos cranianos
recebem uma nomenclatura específica, sendo numerados em algarismos romanos, de acordo
com a sua origem aparente, no sentido rostrocaudal.

As fibras motoras ou aferentes dos nervos cranianos originam-se de grupos de neurônios no


encéfalo, que são seus núcleos de origem.

Eles estão ligados com o córtex do cérebro pelas fibras corticonucleares que se originam dos
neurônios das áreas motoras do córtex, descendo principalmente na parte genicular da cápsula
interna até o tronco do encéfalo.

Os nervos cranianos sensitivos ou aferentes originam-se dos neurônios situados fora do


encéfalo, agrupados para formar gânglios ou situados em periféricos órgãos dos sentidos.

Os núcleos que dão origem a dez dos doze pares de nervos cranianos situam-se em colunas
verticais no tronco do encéfalo e correspondem à substância cinzenta da medula espinhal.

No tronco encefálico encontram-se, de cada lado, três colunas motoras e três colunas
sensitivas.

Colunas motoras: somítica, branquial e visceral.

Colunas sensitivas: visceral, somática geral e somática especial.

A seqüência craniocaudal dos nervos cranianos é como se segue:

I. Olfatório VII. Facial


II. Óptico VIII. Vestíbulococlear
III. Oculomotor IX. Glossofaríngeo
IV. Troclear X. Vago
V. Trigêmeo XI. Acessório
VI. Abducente XII. Hipoglosso
De acordo com o componente funcional, os nervos cranianos podem ser classificados em
motores, sensitivos e mistos.

Os motores ( puros) são os que movimentam o olho, a língua e acessoriamente os músculos


látero-posteriores do pescoço.

São eles o 3 (oculomotor), o 4 (troclear), o 6 (abducente), o 11 (acessório) e o 12


(hipoglosso).

Os sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos dos sentidos e por isso são chamados sensoriais
e não apenas sensitivos, que não se referem à sensibilidade geral (dor, temperatura e tato). Os
sensoriais são o 1 (olfatório), o 2 (óptico) e 8 (vestibulococlear).

Os mistos (motores e sensitivos) são em número de quatro : 5 (trigêmeo), 7 (facial), 9


(glossofaríngeo) e o 10 (vago).

Cinco deles ainda possuem fibras vegetativas, constituindo a parte crânica periférica do sistema
autônomo. São o 3,7,9,10,11.

I. Nervo olfatório:

As fibras do nervo olfatório distribuem-se por uma área especial da mucosa nasal que recebe o
nome de mucosa olfatória. Em virtude da existência de grande quantidae de fascículos
individualizados, que atravessam separadamente o crivo etmoidal, é que se costuma chamar de
nervos olfatórios e não simplesmente nervo olfatório (direito e esquerdo).

É um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos olfatórios, sendo pois,
classificados como aferentes viscerais especiais.

II. Nervo óptico:

É constituído por um grosso feixe de fibras nervosas que se origina na retina,emergem próximo
ao pólo posterior de cada bulbo ocular, penetrando no crânio pelo canal óptico. Cada nervo
óptico une-se com o do lado oposto, formando o quiasma óptico, onde há cruzamento parcial
de suas fibras, as quais continuam no trato óptico até o corpo geniculado lateral. O nervo óptico
é um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos visuais, classificando-se,
pois, como aferentes somáticas especiais.
III. Nervo oculomotor:

IV. Nervo troclear:

VI. Nervo abducente:

São nervos motores que penetram na órbita pela fissura orbital superior, distribuindo-se aos
músculos extrínsecos do bulbo ocular, que são os seguintes: elevador da pálpebra superior,
reto superior, reto inferior, reto medial, reto lateral, oblíquo superior, oblíquo inferior. Todos
estes músculos são inervados pelo oculomotor, com exceção do reto lateral e do oblíquo
superior, inervados respectivamente, pelos nervos abducente e troclear. As fibras que inervam
os músculos extrínsecos do olho são classificadas como eferentes somáticas.

O nervo oculomotor nasce no sulco medial da perna do cérebro; o nervo troclear logo abaixo do
colículo inferior e o nervo abducente no sulco pontino inferior, próximo à linha mediana.

Os três nervos em apreço se aproximam, ainda no interior do crânio, para atravessar a fissura
orbital superior e atingir a cavidade orbital, indo se distribuir aos músculos extrínsecos do olho.

O nervo oculomotor conduz ainda fibras vegetativas, que vão à musculatura intrínseca do olho,
a qual movimenta a íris e a lente.

V. Nervo trigêmeo:

O nervo trigêmeo é um nervo misto, sendo o componente sensitivo consideravelmente maior.


Possui uma raiz sensitiva e uma motora.A raiz sensitiva é formada pelos prolongamentos
centrais dos neurônios sensitivos, situados no gânglio trigemial, que se localiza no cavo
trigeminal, sobre a parte petrosa do osso temporal. Os prolongamentos periféricos dos
neurônios sensitivos do gânglio trigeminal formam distalmente ao gânglio os três ramos do
trigêmeo: nervo oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular, responsáveis pela sensibilidade
somática geral de grande parte da cabeça, através de fibras que se classificam como aferentes
somáticas gerais. A raiz motora do trigêmeo é constituída de fibras que acompanham o nervo
mandibular, distribuindo-se aos músculos mastigatórios.O problema médico mais
freqüentemente observado em relação ao trigêmeo é a nevralgia, que se manifesta por crises
dolorosas muito intensas no território de um dos ramos do nervo.
1. Nervo oftálmico: atravessa a fissura orbital superior (juntamente com o III,IV,VI e veia
oftálmica) e ao chegar à órbita fornece três ramos terminais, que são os nervos nasociliar,
frontal e lacrimal.

O nervo oftálmico é responsável pela sensibilidade da cavidade orbital e deu conteúdo,enquanto


nervo o nervo óptico é sensorial (visão).

2. Nervo maxilar: é o segundo ramo do nervo trigêmeo, e cruza a fossa pterigopalatina como
se fosse um cabo aéreo para introduzir-se na fissura orbital inferior e penetrar na cavidade
orbital, momento em que passa a se chamar nervo infra-orbital.

O nervo infra-orbital continua a mesma direção para frente transitando pelo soalho da órbita,
passando sucessivamente pelo sulco, canal e forame infra-orbital e através desse último se
exterioriza para inervar as partes moles situadas entre a pálpebra inferior (n. palpebral
inferior), nariz (n.nasal) e lábio superior (n. labial superior).

O nervo infra-orbital (ramo terminal do nervo maxilar) fornece como ramos colaterais o nervo
alveolar superior médio e o nervo alveolar superior anterior, que se dirigem para baixo.

Nas proximidades dos ápices das raízes dos dentes superiores os três nervos alveolares
superiores emitem ramos que se anastomosam abundantemente, para constituírem o plexo
dental superior.

3. Nervo mandibular: é o terceiro ramo do nervo trigêmeo, atravessa o crânio pelo forame oval
e logo abaixo deste se ramifica num verdadeiro ramalhete, sendo que os dois ramos principais,
são o nervo lingual e alveolar inferior.

O nervo lingual dirige-se para o língua, concedendo sensibilidade geral aos seus dois terços
anteriores.

O nervo alveolar inferior penetra no forame da mandíbula e percorre o interior do osso pelo
canal da mandíbula até o dente incisivo central.

Aproximadamente na altura do segundo pré-molar, o nervo alveolar inferior emite um ramo


colateral que é o nervo mental (nervo mentoniano), o qual emerge pelo forame de mesmo
nome,para fornecer sensibilidade geral às partes moles do mento.
Dentro do canal da mandíbula, o nervo alveolar inferior se ramifica, porém seus ramos se
anastomosam desordenadamente para constituir o plexo dental inferior,do qual partem os
ramos dentais inferiores que vão aos dentes inferiores.

A parte motora do nervo mandibular inerva os músculos mastigatórios (temporal, masseter e


pterigóideo medial e lateral), com nervos que tem o mesmo nome dos músculos.

VII. Nervo facial:

É também um nervo misto, apresentando uma raiz motora e outra sensorial gustatória. Ele
emerge do sulco bulbo-pontino através de uma raiz motora, o nervo facial propriamente dito, e
uma raiz sensitiva e visceral, o nervo intermédio. Juntamente com o nervo vestíbulo-coclear, os
dois componentes do nervo facial penetram no meato acústico interno, no interior do qual o
nervo intermédio perde a sua individualidade, formando-se assim, um tronco nervoso único que
penetra no canal facial.

A raiz motora é representada pelo nervo facial propriamente dito, enquanto a sensorial recebe
o nome de nervo intermédio.

Ambos têm origem aparente no sulco pontino inferior (s. bulboprotuberancial) e se dirige
paralelamente ao meato acústico interno onde penetram juntamente com o nervo
vestibulococlear.

No interior do meato acústico interno os dois nervos (facial e intermédio) penetram num canal
próprio escavado na parte petrosa do osso temporal que é o canal facial.

As fibras motoras atravessam a glândula parótida atingindo a face, onde dão dois ramos iniciais
que são o temporo facial e cérvico facial, os quais se ramificam em leque para inervar todos os
músculos cutâneos da cabeça e do pescoço.

Algumas fibras motoras vão ao músculo estilo-hióideo e ao ventre posterior do digástrico.

As fibras sensoriais (gustatórias) seguem um ramo do nervo facial que é a corda do tímpano,
que vai se juntar ao nervo lingual (ramo mandibular, terceiro ramo do trigêmeo), tomando-se
como vetor para distribuir-se nos dois terços anteriores da língua.

O nervo facial apresenta ainda fibras vegetativas (parassimpáticas) que se utilizam do nervo
intermédio e depois seguem pelo nervo petroso maior ou pela corda do tímpano (ambos ramos
do nervo facial) para inervar as glândulas lacrimais, nasais e salivares (glândula sublingual e
submandibular).

Em síntese o nervo facial dá inervação motora para todos os músculos cutâneos da cabeça e
pescoço (músculo estilo-hióideo e ventre posterior do digástrico).

VIII. Nervo vestibulococlear:

Costituído por dois grupos de fibras perfeitamente individualizadas que formam


respectivamente, os nervos vestibular e coclear. É um nervo exclusivamente sensitivo, que
penetra na ponte na porção lateral do sulco bulbo-pontino, entre a emergência do VII par e o
flóculo do cerebelo. Ocupa juntamente com os nervos facial e intermédio, o meato acústico
interno, na porção petrosa do osso temporal. A parte vestibular é formada por fibras que se
originam dos neurônios sensitivos do gânglio vestibular, que conduzem impulsos nervosos
relacionados ao equilíbrio. A parte coclear é constituída de fibras que se originam dos neurônios
sensitivos do gânglio espiral e que conduzem impulsos nervosos relacionados com a audição.As
fibras do nervo vestíbulo-coclear classificam-se como aferentes somáticas especiais.

IX. Nervo glossofaríngico:

É um nervo misto que emerge do sulco lateral posterior do bulbo, sob a forma de filamentos
radiculares, que se dispõem em linha vertical . Estes filamentos reúnem-se para formar o
tronco do nervo glossofaríngeo, que sai do crânio pelo forame jugular. No seu trajeto, através
do forame jugular, o nervo apresenta dois gânglios, superior e inferior, formados por neurônios
sensitivos. Ao sair do crânio, o nervo glossofaríngeo tem trajeto descendente, ramificando-se
na raiz da língua e na faringe. Desses o mais importante é o representado pelas fibras
aferentes viscerais gerais, responsáveis pela sensibilidade geral do terço posterior da língua,
faringe, úvula, tonsila, tuba auditiva, além do seio e corpo carotídeos. Merecem destaque
também as fibras eferentes viscerais gerais pertencentes à divisão parassimpática do sistema
nervoso autônomo e que terminam no gânglio ótico. Desse gânglio saem fibras nervosas do
nervo aurículo-temporal que vão inervar a glândula parótida.

X. Nervo vago:

O nervo vago é misto e essencialmente visceral. Emerge do sulco lateral posterior do bulbo sob
a forma de filamentos radiculares que se reúnem para formar o nervo vago. Este emerge do
crânio pelo forame jugular, percorre o pescoço e o tórax, terminando no abdome. Neste trajeto
o nervo vago dá origem à vários ramos que inervam a faringe e a laringe, entrando na
formação dos plexos viscerais que promovem a inervação autônoma das vísceras torácicas e
abdominais. O vago possui dois gânglios sensitivos, o gânglio superior situado ao nível do
forame jugular e o gânglio inferior, situado logo abaixo desse forame. Entre os dois gânglios
reúne-se ao vago o ramo interno do nervo acessório.

Fibras aferentes viscerais gerais: conduzem impulsos aferentes originados na faringe, laringe,
traquéia, esôfago, vísceras do tórax e abdome.

Fibras eferentes viscerais gerais: são responsáveis pela inervação parassimpática das vísceras
torácicas e abdominais.
Fibras eferentes viscerais especiais: inervam os músculos da faringe e da laringe.
As fibras eferentes do vago se originam em núcleos situados no bulbo, e as fibras sensitivas
nos gânglios superior e inferior.

XI. Nervo acessório:

Formado por uma raiz craniana e uma espinhal. A raiz espinhal é formada por filamentos que
emergem da face lateral dos cinco ou seis primeiros segmentos cervicais da medula,
constituindo um tronco que penetra no crânio pelo forame magno. A este tronco unem-se
filamentos da raiz craniana que emergem do sulco lateral posterior do bulbo.

O tronco divide-se em um ramo interno e um externo. O interno une-se ao vago e distribui-se


com ele, e o externo inerva os músculos trapézio e esternocleidomastóideo.

As fibras oriundas da raiz craniana que se unem ao vago são:

Fibras eferentes viscerais especiais, que inervam os músculos da laringe;

Fibras eferentes viscerais gerais, que inervam vísceras torácicas;

XII. Nervo hipoglosso:

Nervo essencialmente motor e emerge do sulco lateral anterior do bulbo sob a forma de
filamentos radiculares que se unem para formar o tronco do nervo. Este emerge do crânio pelo
canal do hipoglosso, e dirige-se aos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua estando
relacionado com a motricidade da mesma.Suas fibras são consideradas eferentes somáticas.

São aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do
tronco, dos membros superiores e partes da cabeça. São ao todo 31 pares,33 se contados os
dois pares de nervos coccígeos vestigiais,que correspondem aos 31 segmentos medulares
existentes. São pois, 8 pares de nervos cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais,1
coccígeo. Cada nervo espinhal é formado pela união das raízes dorsal e ventral, as quais se
ligam, respectivamente, aos sulcos lateral posterior e lateral anterior da medula através de
filamentos radiculares.

Ramos dorsais dos nervos espinhais


Os ramos dorsais dos nervos espinhais ,geralmente menores do que os ventrais e direcionados
posteriormente, se dividem (exceto para o primeiro cervical, quarto e quinto sacrais e o
coccígeo) em ramos medial e lateral para inervarem os músculos e a pele das regiões
posteriores do pescoço e do tronco.

Ramos dorsais cervicais

O primeiro ramo dorsal cervical chamado nervo suboccipital emerge superior ao arco posterior
do atlas e inferior à artéria vertebral. Ele penetra no trígono suboccipital inervando os músculos
retos posteriores maior e menor da cabeça, oblíquos superior e inferior e o semi-espinhal da
cabeça.

O segundo ramo dorsal cervical e todos os outros ramos dorsais cervicais emergem entre o
arco posterior do atlas e a lâmina do axis,abaixo do músculo oblíquo inferior por ele
inervado,recebendo uma conexão proveniente do ramo dorsal do primeiro cervical,e se divide
em um grande ramo medial e um pequeno ramo lateral.O ramo medial é denominado nervo
occipital maior junto com o nervo occipital menor inervam a pele do couro cabeludo até o
vértice do crânio.Ele inerva o músculo semi-espinhal da cabeça. O ramo lateral inerva os
músculos esplênio,longuíssimo da cabeça e semi-espinhal da cabeça.

O terceiro ramo dorsal cervical divide-se em ramos medial e lateral.Seu ramo medial corre
entre os músculos espinhal da cabeça e semi –espinhal do pescoço, perfurando o músculo
esplênio e o músculo trapézio para terminar na pele.profundamente ao músculo trapézio ele dá
origem a um ramo, o terceiro nervo occipital,que perfura o músculo trapézio para terminar na
pele da parte inferior da região occipital, medial ao nervo occipital maior e unido a ele.O ramo
lateral freqüentemente se une àquele do segundo ramo dorsal cervical.

Os ramos dorsais dos cinco nervos cervicais inferiores dividem-se em ramos medial e lateral.Os
ramos mediais do quarto e do quinto corrrem entre os músculos semi-espinhal do pescoço e
semi-espinhal da cabeça, alcançam processos espinhosos das vértebras e perfuram o músculo
esplênio e o músculo trapézio para terminarem na pele. O ramo medial do quinto pode não
alcançar a pele. Os ramos mediais dos três nervos cervicais inferiores são pequenos e terminam
nos músculos semi-espinhal do pescoço, semi-espinhal da cabeça, multífido e interespinhais. Os
ramos laterais inervam os músculos iliocostal, do pescoço, longuíssimo do pescoço e
longuíssimo da cabeça.

Ramos dorsais dos nervos espinhais torácicos

Dividem-se em ramos medial e lateral.Cada ramo medial entre uma articulação e as margens
mediais do ligamento costotransversário superior e músculo intertransversário, mas cada ramo
lateral corre no intervalo entre o ligamento e o músculo antes de se inclinar posteriormente
sobre o lado medial do músculo levantador da costela.

Ramos dorsais dos nervos espinhais lombares


Os ramos dorsais dos nervos lombares passam para trás mediais aos músculos
intertransversários, dividindo-se em ramos medial e lateral.Os ramos mediais correm próximo
dos processos articulares das vértebras para terminarem no músculo multífido; eles estão
relacionados com o osso entre os processos acessórios e mamilares e podem sulcá-lo. Além
disto os três superiores dão origem aos nervos cutâneos que perfuram a aponeurose do
músculo latíssimo do dorso na margem lateral do músculo eretor da espinha e cruzam o
músculo ilíaco,posteriormente, para alcançarem a pele da região glútea.

Ramos dorsais dos nervos espinhais sacrais

Os três superiores são cobertos na saída pelo músculo multífido, dividindo-se em ramos medial
e lateral.Os ramos mediais são pequenos e terminam no músculo multífido. Os ramos laterais
se unem e com os ramos laterais do último lombar e ramos dorsais do quarto nervo sacral,
formam alças dorsais ao sacro; destas alças ramos correm dorsalmente para o ligamento
sacrotuberal para formarem uma segunda série de alças sob o músculo glúteo máximo;
destes,dois ou três ramos glúteos perfuram o músculo glúteo máximo para inervar a pele da
região glútea.

Ramos ventrais dos nervos espinhais

Os ramos ventrais dos nervos espinhais inervam os membros e as faces ântero-laterais do


tronco.O cervical, lombar e sacral unem-se perto de suas origens para formar plexos.

Formado pelos ramos ventrais dos quatro nervos cervicais superiores, inerva alguns músculos
do pescoço, o diafragma e áreas da pele na cabeça, pescoço e tórax.
Cada ramo ventral anastomosa-se com o subsequente formando três alças de convexidade
lateral ( C1 com C2,C2 com C3, e C3 com C4 ).Dessas três alças derivam ramos que
constituem as duas partes do plexo cervical (superficial e profunda).
A parte superficial é constituída por fibras essencialmente sensitivas, que formam um feixe que
aparece ao nível do meio da borda posterior do músculo esternocleidomastóideo, ponto em que
os filetes se espalham em leque para a pele na região circunvizinha ao pavilhão da orelha,à
pele do pescoço e à região próxima à clavícula.
A parte profunda do plexo é constituída por fibras motoras, destinando-se à musculatura
ântero-lateral do pescoço e ao diafragma. Para isso, além de ramos que saem isoladamente das
três alças, encontramos duas formações importantes que são a alça cervical e o nervo frênico.

A alça cervical é formada por duas raízes, uma superior e outra inferior. A raiz superior da alça
cervical atinge o nervo hipoglosso quando este desce no pescoço.A raiz inferior desce alguns
centímetros lateralmente à veia jugular interna, fazendo depois uma curva para frente
anastomosando-se com a raiz superior.
A alça cervical emite ramos que inervam todos os músculos infra-hióideos.

O nervo frênico, formado por fibras motoras que derivam de C3, C4, C5, desce por diante do
músculo escaleno anterior, passa junto ao pericárdio, para se distribuir no diafragma.

Cada ramo, exceto o primeiro, divide-se em partes ascendente e descendente que se unem em
alças comunicantes. Da primeira alça (C2 e C3), ramos superficiais inervam a cabeça e o
pescoço; da segunda alça (C3 e C4) originam-se os nervos cutâneos do ombro e do tórax. Os
ramos são superficiais ou profundos; os superficiais perfuram a fáscia cervical para inervar a
pele, enquanto os ramos profundos inervam os músculos.

Os ramos superficiais formam grupos ascendentes e descendentes e as séries profundas


mediais e laterais.

Superficiais ascendentes: nervo occipital menor C2 (inerva a pele da região posterior ao


pavilhão da orelha), nervo auricular magno C2 e C3 (seu ramo anterior inerva a pele da face
sobre glândula parótida comunicando-se com o nervo facial e o ramo posterior inerva a pele
sobre sobre o processo mastóideo e sobre o dorso do pavilhão da orelha), nervo transverso do
pescoço C2 e C3 ( seus ramos ascendentes sobem para a região submandibular formando um
plexo com o ramo cervical do nervo facial abaixo do platisma; os ramos descendentes perfuram
o platisma e são distribuídos ântero-lateralmente para a pele do pescoço,até a parte inferior do
esterno).

Superficiais descendentes: supraclaviculares mediais, C3 e C4 inervam a pele até a linha


mediana e até a parte inferior da segunda costela, eles inervam a articulação esternoclavicular;
os nervos supraclaviculares intermédios inervam a pele sobre os músculos peitoral maior e
deltóide ao longo do nível da segunda costela; os nervos supraclaviculares laterais inervam a
pele das partes superiores e posteriores do ombro.

Ramos profundos - Séries mediais: ramos comunicantes com o hipoglosso, vago e simpático;
os ramos musculares inervam os músculos reto lateral da cabeça (C1), reto anterior da
cabeça(C1 e C2), longo da cabeça (C1,C2eC3)e longo do pescoço (C2-C4),raiz inferior da alça
cervical(C2-C3)inervando todos os músculos infra-hióideos,com exceção do tíreo-hióideo; nervo
frênico (C3-C5) que inerva o diafragma.
Ramos profundos - Séries laterais: os ramos profundos laterais do plexo cervical comunicam-se
com as raízes espinhais do nervo acessório( C2,C3,C4) no músculo esternocleidomastóideo,
trígono posterior do pescoço e parte posterior do trapézio; os ramos musculares são
distribuídos para o músculo esternocleidomastóideo( C2,C3,C4) e para os músculos
trapézio(C2,C3), levantador da escápula(C3,C4) e escaleno médio(C3,C4).

O membro superior é inervado pelo plexo braquial situado no pescoço e na axila, formado por
ramos anteriores dos quatro nervos espinhais cervicais inferiores ( C5,C6,C7,C8) e do primeiro
torácico (T1). O plexo braquial tem localização lateral à coluna vertebral cervical e situa-se
entre os músculos escalenos anterior e médio, posterior e lateralmente ao músculo
esternocleidomastóideo.

O plexo passa posteriormente à clavícula e acompanha a artéria axilar sob o músculo peitoral
maior.

Os ramos ventrais do quinto e do sexto nervos cervicais formam o tronco superior; o ramo
anterior do sétimo nervo cervical forma o tronco médio; e os ramos anteriores do oitavo nervo
cervical e do primeiro nervo torácico formam o tronco inferior.

Os três troncos, localizados na fossa supraclavicular, dividem-se em dois ramos, um anterior e


um posterior, que formam os fascículos, situados em torno da artéria axilar. As divisões
anteriores dos troncos superior e médio formam o fascículo lateral; a divisão anterior do tronco
inferior forma o fascículo medial; e as divisões posteriores dos três troncos formam o fascículo
posterior. Na borda inferior e lateral do músculo peitoral menor, os fascículos se subdividem
nos ramos terminais do plexo braquial.

Os ramos do plexo braquial podem ser descritos como supraclaviculares e infraclaviculares.

Ramos da parte supraclavicular: Nervos para os músculos escalenos e longo do pescoço


originam-se dos ramos ventrais dos nervos inferiores, próximo de sua saída dos forames
intervertebrais, (C5,6,7,8).Anteriormente ao músculo escaleno anterior, o nervo frênico
associa-se com um ramo proveniente do ramo do quinto nervo cervical (C5). O nervo dorsal da
escápula proveniente do ramo ventral de C5,inerva o levantador da escápula e o músculo
rombóide.
O nervo torácico longo é formado pelos ramos de C5,6,7 e inerva o músculo serrátil anterior. O
nervo do músculo subclávio origina-se próximo da junção dos ramos ventrais do quinto e sexto
nervos cervicais (C5,6) e geralmente comunica-se com o nervo frênico e inerva o músculo
subclávio. O nervo supra-escapular originado do tronco superior (C5,6) inerva os músculos
supra-espinhoso e infra-espinhoso.

Ramos da parte infraclavicular: Estes se ramificam a partir dos fascículos, mas suas fibras
podem ser seguidas para trás até os nervos espinhais. Do fascículo lateral saem os nervos
peitoral lateral,proveniente dos ramos do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5,6,7) inervando
a face profunda do músculo peitoral maior; o nervo musculocutâneo derivado dos ramos
ventrais do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5,6,7) inerva os músculos anteriores e flexores
do braço; a raiz lateral do mediano (C5,6,7) inerva os músculos da região anterior do antebraço
e curtos do polegar, assim como a pele do lado lateral da mão.

Do fascículo medial saem os nervos peitoral medial (C8,T1) que inerva os músculos peitorais
maior e menor; o nervo cutâneo medial do antebraço (C8,T1) inervando a pele do pulso; o
nervo cutâneo medial do braço que se origina dos ramos ventrais de (C8,T1); o nervo ulnar
originado de (C8,T1); e a raiz medial do mediano originada dos ramos (C8,T1).

Do fascículo posterior saem os nervos subescapular superior, originado de (C5,6); o nervo


toracodorsal, originado de (C6,7,8); o nervo subescapular inferior,originado de (C5,6); o nervo
axilar, originado de (C5,6); e o nervo radial originado de (C5,6,7,8,T1).

Ramos ventrais dos nervos torácicos

Existem 12 pares de ramos ventrais dos nervos torácicos, os quais não constituem plexos,
quase todos os 12 estão situados entre as costelas (nervos intercostais), com o décimo
segundo situando-se abaixo da última costela (nervo subcostal). Os nervos intercostais são
distribuídos para as paredes do tórax e do abdome. Os ramos comunicantes unem os nervos
intercostais posteriormente, nos espaços intercostais.

A maioria das fibras do ramo ventral de T1 entra na constituição do plexo braquial, mas as
restantes formam o primeiro nervo intercostal. O ramo ventral de T2 envia um ramo
anastomótico ao plexo braquial, entretanto, a maior parte de suas fibras constitui o segundo
nervo intercostal.

O último ramo ventral dos nervos torácicos T12 recebe o nome de nervo subcostal porquanto
corre abaixo da 12ª costela.

Os nervos intercostais correm pela face interna, junto a borda inferior da costela
correspondente, ocupando o sulco costal, paralelamente e abaixo da veia e artéria intercostais.
As fibras sensitivas dispersam-se pela região lateral e anterior do tórax, denominando-se
respectivamente ramo cutâneo lateral e ramo cutâneo anterior.

Do 7º ao 12º, anteriormente abandonam as costelas, para invadir o abdome, inervando


músculos e a cútis até um plano que medeie o umbigo e sínfise púbica.

O nervo subcostal (T12) dá um ramo anastomótico para o plexo lombar, e por outro lado,
algumas de suas fibras sensitivas vão até a região glútea e face lateral da coxa.

Ramos ventrais dos nervos lombares

Os ramos ventrais dos nervos lombares descem lateralmente no músculo psoas maior. Os
primeiros três e a maior parte do quarto formam o plexo lombar, a metade menor do quarto
une-se ao quinto como um tronco lombossacral, que se une ao plexo sacral.

Este plexo está situado na parte posterior do músculo psoas maior, anteriormente aos
processos transversos das vértebras lombares e formados pelos ramos ventrais dos três
primeiros nervos lombares e pela maior parte do quarto nervo lombar (L1,2,3,4) e um ramo
anastomótico de T12 ,dando um ramo ao plexo sacral.

L1 recebe o ramo anastomótico de T12 e depois fornece três ramos que são o nervo ìlio-
hipogástrico, o nervo ílio-inguinal e a raiz superior do nervo genitofemoral.

L2 se trifurca dando a raiz inferior do nervo genitofemoral, a raiz superior do nervo cutâneo
lateral da coxa e a raiz superior do nervo femoral.

L3 concede a raiz inferior do nervo cutâneo lateral da coxa, a raiz média do nervo femoral e a
raiz superior do nervo obturatório.

L4 fornece o ramo anastomótico a L5 e em seguida se bifurca dando a raiz inferior do nervo


femoral e a raiz inferior do nervo obturatório.

Ramos ventrais dos nervos sacrais e coccígeos


Os ramos ventrais dos nervos espinhais sacrais e coccígeo formam os plexos sacral e
coccígeo.Os ramos ventrais dos quatro nervos sacrais superiores penetram na pele através do
forames sacrais anteriores, o quinto entre o osso sacro e o cóccix, enquanto aquele do nervo
coccígeo curva-se para frente abaixo do processo transverso rudimentar do primeiro segmento
coccígeo.

Cada ramo ventral dos nervos sacrais recebe um ramo comunicante cinzento proveniente de
um gânglio simpático correspondente. Os ramos viscerais eferentes deixam os ramos do
segundo ao quarto nervos sacrais como nervos esplâncnicos pélvicos que contêm as fibras
parassimpáticas, as quais alcançam diminutos gânglios nas paredes das vísceras pélvicas.

O plexo sacral é formado pelo tronco lombossacral, ramos ventrais do primeiro ao terceiro
nervos sacrais e parte do quarto, com o restante do último unindo-se ao plexo coccígeo.
A organização do plexo sacral é bastante elementar e simples.

O ramo anastomótico de L4 se une ao L5 constituíndo o tronco lombossacral. Em seguida o


tronco lombossacral se une com S1 e depois sucessivamente ao S2,3,4.

Esse compacto nervoso sai da pelve atravessando o forame isquiático maior. Logo após
atravessar esse forame, o plexo sacral emite seus ramos colaterais e se resolve no ramo
terminal , que é o nervo isquiático. Para os músculos da região glútea vão os nervos glúteos
superior(L4,5,S1) e inferior (L5,S1,2).Um ramo sensitivo importante é o nervo cutâneo
posterior da coxa, formado por (S1,2,3)

Para o períneo temos o nervo pudendo formado á partir de (S2,3,4).

O nervo isquiático é o mais calibroso e mais extenso nervo do corpo humano, pois suas fibras
podem descer até os dedos dos pés. Esse nervo é constituído por duas porções, que são os
nervos fibular comum (L4,5,S1,2) e tibial, formado por (L4,5,S1,2,3).O nervo fibular comum já
na fossa poplítea dirige-se obliquamente para baixo e lateralmente se bifurcando em nervos
fibulares superficial e profundo.
Do plexo sacral saem também os nervos para o músculo obturatório interno e músculo gêmeo
superior (L5,S1,2); para o músculo piriforme (S1,2); para o músculo quadríceps da coxa e
músculo gêmeo inferior (L4,5,S1); para os músculos levantador do ânus, coccígeo e esfíncter
externo do ânus (S4); e o nervo esplâncnico pélvico (S2,3,4).
O plexo coccígeo é formado por um pequeno ramo descendente do ramo ventral do quarto
nervo sacral e pelos ramos ventrais do quinto nervo sacral e do nervo coccígeo. O plexo
coccígeo inerva a pele da região do cóccix.

A angiologia é a parte da anatomia humana que estuda o coração e seus vasos sangüíneos.
Pode ser chamado de sistema cardiovascular.

O sistema cardiovascular é constituído por um sistema de tubos e por uma bomba percussora
que tem como função impulsionar um líquido circulante de cor vermelha por toda a rede
vascular.
Estes tubos são artérias e veias que servem de passagem ao sangue que é o líquido circulante
responsável pela oxigenação e nutrição das células e essa bomba percussora é o coração,
músculo responsável pelo bombeamento de sangue.

Conjunto de vasos que saem do coração e se ramificam sucessivamente distribuindo-se para


todo o organismo. Do coração saem o tronco pulmonar (relaciona-se com a pequena circulação,
ou seja leva sangue venoso para os pulmões através de sua ramificação, duas artérias
pulmonares uma direita e outra esquerda) e a artéria aorta (carrega sangue arterial para todo o
organismo através de suas ramificações).

Estrutura:
1- Túnica externa: é composta basicamente por tecido conjuntivo. Nesta túnica encontramos
pequenos filetes nervosos e vasculares que são destinados à inervação e a irrigação das
artérias. Encontrada nas grandes artérias somente.
2- Túnica média: é a camada intermediária composta por fibras musculares lisas e pequena
quantidade de tecido conjuntivo elástico. Encontrada na maioria das artérias do organismo.
3- Túnica íntima: forra internamente e sem interrupções as artérias, inclusive capilares. São
constituídas por células endoteliais.

Ramificações:
1- Ramos colaterais: surgem dos troncos principais em ângulo agudo, em ângulo reto ou em
ângulo obtuso.
2- Ramos terminais: são os que irrigam com certa exclusividade um determinado território. São
os ramos mais ditais.

Relação volumétrica: a soma da área dos lumes dos ramos distais é sempre maior que a
área do vaso que lhe deu origem.

Anastomose: significa ligação entre artérias, veias e nervos os quais estabelecem uma
comunicação entre si. A ligação entre duas artérias ocorre em ramos arteriais, nunca em
troncos principais. Às vezes duas artérias de pequeno calibre se anastomosam para formar um
vaso mais calibrosos. Freqüentemente a ligação se faz por longo percurso, por vasos finos,
assegurando uma circulação colateral.

Relações:
1- Com as veias: a norma geral é que um artéria seja acompanhada por pelo menos uma veia,
sendo chamadas veias satélites. Artérias de grosso calibre geralmente são acompanhadas por
uma veia e artérias de média e pequeno calibre são seguidas em seu trajeto por duas veias.
2- Com os músculos: certos músculos servem como ponto de reparo às artérias que os
acompanham, sendo chamados de músculos satélites, como por exemplo o músculo
esternocleidomastóideo que acompanha a artéria carótida comum.
3- Com as articulações: as artérias sempre passam pela superfície flexora da articulação.

Algumas artérias importantes do corpo humano


Sistema do tronco pulmonar: o tronco pulmonar sai do coração pelo ventrículo direito e se
bifurca em duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifica
a partir do hilo pulmonar em artérias segmentares pulmonares.
Este sistema leva sangue venoso para os pulmões para que ocorra a troca de gás carbônico por
oxigênio.
Sistema da aorta (sangue oxigenado): a artéria aorta sai do ventrículo esquerdo e se ramifica
na porção ascendente em duas artérias coronárias, uma direita e outra esquerda que vão irrigar
o coração. Logo em seguida a artéria aorta se encurva formando um arco para a esquerda
dando origem a três artérias (artérias da curva da aorta) sendo elas:
1- Tronco braquiocefálico arterial
2- Artéria carótida comum esquerda
3- Artéria subclávia esquerda

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

O tronco braquiocefálico arterial origina duas artérias:


1- Artéria carótida comum direita
2- Artéria subclávia direita
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A artéria subclávia (direita ou esquerda), logo após o se início, origina a artéria vertebral que
vai auxiliar na vascularização cerebral, descendo em direção a axila ela, a subclávia, recebe o
nome de artéria axilar, e quando finalmente atinge o braço seu nome muda de novo mas agora
para artéria braquial (umeral). Na região do cotovelo ela emite dois remos terminais que são as
artérias radial e ulnar que vão percorrer o antebraço. Na mão essas duas artérias se
anastomosam formando um arco palmar profundo que origina as artérias digitais palmares
comuns e as artérias metacarpianas palmares que vão se anastomosar.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

As artérias digitais palmares originam as artérias digitais palmares próprias para cada dedo.
Artéria carótida comum (esquerda ou direita): esta artéria se ramifica em:
1- Artéria carótida interna (direita ou esquerda)
2- Artéria carótida externa (direita ou esquerda)
Artéria carótida interna: penetra no crânio através do canal carotídeo dando origem a três
ramos colaterais: artéria oftálmica, artéria comunicante posterior e artéria coriódea posterior. E
mais dois ramos terminais: artéria cerebral anterior e artéria cerebral média.

Polígono de willis:
A vascularização cerebral é formada pelas artéria vertebrais direita e esquerda e pelas artérias
carótidas internas direita e esquerda.
As vertebrais se anastomosam originado a artéria basilar, alojada na goteira basilar, ela se
divide em duas artérias cerebrais posteriores que irrigam a parte posterior da face inferior de
cada um dos hemisférios cerebrais.
As artérias carótidas internas em cada lado originam uma artéria cerebral média e uma artéria
cerebral anterior.
As artérias cerebrais anteriores se comunicam através de um ramo entre elas que é a artéria
comunicante anterior.
As artérias cerebrais posteriores se comunicam com as arteriais carótidas internas através das
artérias comunicantes posteriores.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Artéria carótida externa: irriga pescoço e face. Seus ramos colaterais são: artéria tireoíde
superior, a. lingual, a. facial, a. occipital, a. auricular posterior e a. faríngea ascendente. Seu
ramos terminais são: artéria temporal e artéria maxilar.
Artéria aorta porção torácica:
Após a curva ou arco aótico, a artéria começa a descer do lado esquerdo da coluna vertebral
dado origem aos ramos:

Viscerais (nutrem os órgãos):


1- Pericárdicos
2- Bronquiais
3- Esofágicos
4- Mediastinais
Parietais (irrigam a parede dos órgãos):
5- Intercostais posteriores
6- Subcostais
7- Frênicas superiores

Artéria aorta parte abdominal:


Ao atravessar o hiato aórtico do diafragma até a altura da quarta vértebra lombar, onde
termina, a aorta é representada pela porção abdominal.
Nesta porção a aorta fornece vários ramos colaterais e dois terminais.

Ramos colaterais:
Ramos parietais:
1- Artéria frênica inferior
2- Artérias lombares
Ramos viscerais:
1- Tronco celíaco que origina:
Artéria gástrica esquerda
Artéria esplênica que da origem a artéria gastro-epiplóica esquerda.
Artéria hepática comum fornece vários ramos colaterais: artéria gástrica
direita, artéria gastro duodenal e artéria gastro-epiplóica direita; e apenas um ramo terminal:
Artéria hepática própria.

2- Artéria mesentérica superior


3- Artéria mesentérica inferior
4- Artéria supra-renal média (par)
5- Artéria renal (par)
6- Artéria gonadal (par)
7- Artéria sacral mediana

Os ramos terminas da artéria aorta são artéria ilíaca comum direita e artéria ilíaca comum
esquerda.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Artéria ilíaca comum (direita e esquerda): dão origem às artérias ilíaca interna e externa
direita e esquerda.

Artéria ilíaca interna (direita e esquerda): vascularização dos órgão genitais.

Artéria ilíaca externa (direita e esquerda):

Ramos colaterais:
1- Artéria epigástrica inferior
2- Artéria circunflexa profunda do ílio
Seu ramo terminal é a artéria femoral.

Artéria femoral: desce a coxa e na altura do joelho na parte flexora está artéria recebe o
nome de artéria poplítea.

Artéria poplítea: origina a artéria tibial anterior e a artéria tibial posterior que vão irrigar a
perna.

Artéria tibial anterior: Na parte flexora do tornozelo ela muda de nome para dorsal do pé.

Artéria dorsal do pé:

Ramos:
1- Artéria társica lateral
2- Artéria társica medial
3- Artéria primeira metatársica dorsal
4- Artéria plantar profunda

Artéria tibial posterior:

Ramos:
1- Fibular
2- Nutrícia
3- Musculares
4- Maleolar medial posterior
5- Comunicante
6- Calcanear medial
7- Plantar medial
8- Plantar lateral

É um sistema auxiliar de drenagem formado por vasos e órgãos linfóides que tem como
objetivo a circulação de linfa (um líquido aquoso, claro que está contido dentro deste sistema).
Este sistema auxilia o sistema venoso pois nem todos as moléculas que estão contidas nas
células conseguem passar diretamente para os capilares sangüíneos, elas precisam ser
recolhidas por capilares especiais, capilares linfáticos, de onde a linfa segue para os vasos
linfáticos e destes para os troncos linfáticos que lançam a linfa em veias de médio e grande
calibre. Estes vasos linfáticos são muito encontrados na pele e nas mucosas e estes e
apresentam válvulas como as veias que asseguram que o fluxo corra em uma só direção, ou
seja para o coração. No sistema linfático encontramos estruturas denominadas linfonodos que
tem como objetivo servir de barreira ou filtro contra a penetração de toxinas na corrente
sangüínea, estes linfonodos encontram-se no trajeto dos vasos linfáticos, e são estrutura de
defesa do organismo, e para isso produzem glóbulos brancos principalmente os linfócitos.
Muitas vezes os linfonodos estão localizados ao longo de um vaso sangüíneo no pescoço, no
tórax, no abdômen e na pelve e em um processo inflamatório estes se tornam doloridos e são
chamados de íngua.

Baço:
O baço é um órgão linfóide apesar de não filtrar linfa. Suas principais funções são as de reserva
de sangue, para o caso de uma hemorragia intensa, e de destruição dos glóbulos vermelhos do
sangue e preparação de uma nova hemoglobina a partir do ferro liberado da destruição dos
glóbulos vermelhos .

Timo:
Considerado um órgão linfático por ser composto por um grande número de linfócitos e por sua
única função conhecida que é de produzir linfócitos. O timo após a puberdade sofre um
processo de involução.

O coração é um órgão oco que se contrai ritmicamente, impulsionando sangue para todo o
corpo.

Situação: situado dentro do tórax, num espaço chamado de mediastino que fica entre os dois
pulmões (limites laterais), por cima do diafragma (limite inferior), na frente da coluna
vertebral, em sua porção torácica, e por trás do osso esterno.

Constituição: o coração é formado por três túnicas que são de fora para dentro, pericárdio ,
miocárdio e endocárdio.

O músculo cardíaco é composto pelo miocárdio, que é a túnica mais espessa, o endocárdio é
uma fina membrana que a forra intimamente a parte interna do coração e o epicárdio (folheto
visceral do pericárdio) adere a parte externa do coração. O pericárdio fibroso ou saco pericárdio
(parte parietal do pericárdio) é onde o coração está alojado dentro.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Forma: de um cone achatado no sentido antero-posterior.

Posição: colocado no mediastino, o coração ocupa uma posição oblíqua estando com o ápice
voltado para baixo, para a esquerda e para frente e a base para cima, para trás e para direita.

O coração está por trás do esterno ficando 1/3 à direita da linha mediana e 2/3 à esquerda
dessa linha.

A área cardíaca está situada entre o segundo espaço intercostal e o quinto espaço intercostal.

No segundo espaço intercostal há 2 cm da borda do esterno para a esquerda podemos


estabelecer o ponto A, o ponto B fica na mesma altura só que para á direita cerca de 1 cm da
borda do esterno.

Ao nível do quinto espaço intercostal justamente na borda direita do osso esterno podemos
estabelecer o ponto C, e finalmente o ponto D pode ser estabelecido a 6 cm da borda esquerda
do osso esterno. Ligando os quatros pontos teremos a área cardíaca.

O ponto D corresponde à ponta do coração, local onde se pode observar as batidas do coração,
batimento conhecido por Ictus Cordis.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Volume: é comparado ao punho, deve-se fletir sem muita força os dedos da mão esquerda,
colocando a ponta do polegar na curva do índex. A visão dorsal da mão da uma idéia do seu
volume.

Configuração Exterior: o coração tem a forma de uma pirâmide triangular. Apresentando


uma base, um ápice e três faces.
As faces são esternocostal (anterior), diafragmática (inferior) e pulmonar (esquerda).
Interiormente o coração é subdividido em quatro cavidades, duas superiores (átrios direito e
esquerdo) e duas inferiores (ventrículos direito e esquerdo). Internamente entre os átrios e os
ventrículos temos óstios atrioventriculares que servem de passagem de sangue de uma câmara
a outra. No sentido longitudinal temos entre os dois átrios o septo interatrial e entre os dois
ventrículos o septo interventricular. Externamente os óstios atrioventriculares correspondem ao
sulco coronário, que é ocupado por artérias e veias coronárias, este sulco circunda o coração e
é interrompido anteriormente pelas artérias aorta e pelo tronco pulmonar.
Na face esternocostal dificilmente pode-se separar os átrios, mas já na face diafragmática eles
podem ser separados pelo sulco interatrial. O septo interventricular na face anterior
corresponde ao sulco interventricular anterior e na face diafragmática ao sulco interventricular
posterior. O sulco interventricular termina inferiormente a alguns centímetros do à direita do
ápice do coração, em correspondência a incisura do ápice do coração. O sulco interventricular
anterior é ocupado pelos vasos interventriculares anteriores.
O sulco interventricular posterior parte do sulco coronário e desce em direção à incisura do
ápice do coração. Este sulco é ocupado pelos vasos interventriculares posteriores.
Configuração Interior: o átrio direito comunica-se com o ventrículo direito e o esquerdo com
o ventrículo esquerdo através do óstio atrioventricular, assim podemos dividir o coração em
duas partes distintas: a esquerda onde circula só sangue arterial (oxigenado) e a direita onde
transita sangue venoso (rico em gás carbônico).

Os átrios têm a forma cubóide.

Átrio Direito: é mais alongado verticalmente e pode ser subdividido em duas câmaras: uma
que corresponde à direção das duas veias cavas, que é o seio das veias cavas, e outra de
relevo muito acidentado.
Essas duas câmaras por dentro são delimitadas por uma saliência que é a crista terminal, a
qual corresponde externamente a uma depressão denominada sulco terminal. Na parede medial
do átrio direito, que é constituída pelo septo interatrial, encontramos uma depressão que é
a fossa oval. Entre as veias cavas e mais próximo da veia cava inferior, encontramos uma
saliência chamada tubérculo intervenoso. Anteriormente, o átrio direito apresenta uma
expansão piramidal denominada aurícula direita, que serve para amortecer o impulso do
sangue ao penetrar no átrio. O átrio direito recebe três veias: a veia cava superior de onde
desemboca sangue da cabeça e dos membros superiores, a veia cava inferior que recebe
sangue proveniente do abdômen e dos membros inferiores, e o seio coronário que recebe
sangue do próprio coração. Os orifícios onde as veias cavas desembocam têm os nomes de
óstios das veias cavas. No óstio da veia cava inferior há uma fina lâmina que impede que o
sangue reflua para baixo denominado válvula da veia cava inferior, e no óstio da veia cava
superior há apenas uma válvula parcial. O orifício de desembocadura do seio coronário é
chamado de óstio do seio coronário e encontramos também uma lâmina que impede que o
sangue retorne do átrio para o seio coronário que é denominada de válvula do seio coronário.
Átrio Esquerdo: é também irregularmente cubóide, porém de maior eixo disposto
transversalmente no sentido da desembocadura das veias pulmonares que são em número de
quatro, duas de cada lado, uma superior direita e outra inferior direita, uma superior esquerda
e outra inferior esquerda. Os orifícios dessas veias são denominados de óstios das veias
pulmonares. O átrio esquerdo também apresenta uma expansão piramidal chamada aurícula
esquerda.
Os Ventrículos: têm uma forma que poderia ser comparada a um cone. O ventrículo esquerdo
é sensivelmente mais cônico, enquanto o direito é representado por um cone achatado
transversalmente ajustando-se ao ventrículo esquerdo. Na face anterior do coração teremos
oportunidade de observar que o ventrículo direito ocupa ¾ dessa face.
O ventrículo direito é subdividido em duas câmaras uma que se relaciona com o óstio
atrioventricular direito que é a câmara venosa, e outra que se relaciona com o óstio de tronco
pulmonar chamada câmara arterial. O orifício de entrada é o óstio atrioventricular direito e o de
saída o óstio do tronco pulmonar.
No óstio atrioventricular direito existe um aparelho denominado valva tricúspide que serve para
impedir que o sangue retorne do ventrículo para o átrio direito. Essa valva é constituída por
três lâminas membranáceas, esbranquiçadas e irregularmente triangulares, de base implantada
no rebodo do óstio e o ápice dirigido para baixo e preso ás paredes do ventrículo por intermédio
de filamentos.
Cada lâmina é denominada cúspide. Temos uma cúspide anterior, outra posterior e outra
septal. O ápice das cúspides é preso por filamentos denominados cordas tendíneas, as quais se
inserem em pequenas colunas cárneas chamadas de músculos papilares.
A valva do tronco pulmonar também é constituída por pequenas lâminas, porém estas estão
dispostas em concha, denominadas válvulas semilunares (anterior, esquerda e direita). No
centro da borda livre de cada uma das válvulas encontramos pequenos nódulos denominados
nódulos das válvulas semilunares (pulmonares).
Ventrículo Esquerdo: é subdividido em duas câmaras, uma em relação ao óstio
atrioventicular esquerdo que é a câmara venosa, e outra câmara arterial que constitui o
vestíbulo aótico.
No óstio atrioventricular esquerdo encontramos a valva atrioventricular esquerda, constituída
apenas por duas laminas denominadas cúspides dá-se o nome a essa valva de bicúspide.
As cúspide são anterior e posterior.
A valva aórtica é constituída por três válvulas semilunares (direita, esquerda e posterior).

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Nesta valva existem nódulos no centro da margem livre de cada válvula denominados nódulos
das válvulas aórticas.

Complemento:
Valva é o aparelho completo e válvula são as suas partes.
Fluxo é quando o sangue segue o seu caminho normal.
Refluxo é quando o sangue retorna a um compartimento contrario ao fluxo.
As valvas e válvulas são para impedir este comportamento anormal do sangue, para impedir
que ocorra o refluxo elas fecham após a passagem do sangue.
Sístole é a contração do músculo cardíaco, temos a sístole atrial que impulsiona sangue para
os ventrículos. Assim as valvas atrioventriculares estão abertas à passagem de sangue e a
pulmonar e a aórtica estão fechadas. Na sístole ventricular as valvas atrioventriculares estão
fechadas e as semilunares abertas a passagem de sangue.
Diástole é o relaxamento do músculo cardíaco, é quando os ventrículos se enchem de sangue,
neste momento as valvas atrioventriculares estão abertas e as semilunares estão fechadas.
Em conclusão disso podemos disser que o ciclo cardíaco compreende:
1- Sístole atrial
2- Sístole ventricular
3- Diástole ventricular

Estrutura: as paredes dos átrios são mais membranáceas e muito delgadas, enquanto que as
dos ventrículos são evidentemente constituídas por fibras musculares e bastante espessa.
As fibras musculares do coração são estriadas, porém são inervadas pelo sistema nervoso
autônomo e por isso funcionam independentes da vontade.
Interiormente, nas paredes dos átrios e dos ventrículos, encontramos trabéculas cárneas
(feixes de fibras musculares), que fazem saliência na superfície interna das cavidades.
Essas trabéculas cárneas podem ser de três tipos:
1- Trabéculas cárneas de primeira ordem: são os músculos papilares.
2- Trabéculas cárneas de segunda ordem: são os músculos pectíneos, que são
encontrados nos átrios, principalmente nas aurículas.
3- Trabéculas cárneas de terceira ordem: são as colunas colocadas
paralelamente à superfície interna das cavidades e apenas fazem saliência nessas paredes.
Deve-se recordar que todos esses acidentes são recobertos por uma fina membrana,
praticamente transparente, que é o endocárdio.
Por outro lado, deve-se ter presente que a parede do ventrículo esquerdo é sempre mais
espessa que a do direito.
Vascularização: a irrigação do coração é assegurada pelas artérias coronárias e pelo seio
coronário.
As artérias coronárias são duas, uma direita e outra esquerda. Elas têm este nome porque
ambas percorrem o sulco coronário e são as duas originadas da artéria aortas.
Está artéria, logo depois da sua origem, dirige-se para o sulco coronário percorrendo-o da
direita para a esquerda, até ir se anastomosar com o ramo circunflexo, que é o ramo terminal
da artéria coronária esquerda que faz continuação desta circundado o sulco coronário.
A artéria coronária direita: da origem a duas artérias que vão irrigar a margem direita e a parte
posterior do coração, são ela artéria marginal direita e artéria interventricular posterior.
A artéria coronária esquerda, de início, passa por um ramo por trás do tronco pulmonar para
atingir o sulco coronário, evidenciando-se nas proximidades do ápice da aurícula esquerda.
Logo em seguida, emite um ramo interventricular anterior e um ramo circunflexo que da
origem a artéria marginal esquerda.
Na face diafragmática as duas artéria se anastomosam formando um ramo circunflexo.
O sangue venoso é coletado por diversas veias que desembocam na veia magna do coração,
que inicia ao nível do ápice do coração, sobe o sulco interventricular anterior e segue o sulco
coronário da esquerda para a direita passando pela face diafragmática, para ir desembocar no
átrio direito.
A porção terminal deste vaso, representada por seus últimos 3 cm forma uma dilatação que
recebe o nome de seio coronário.
O seio coronário recebe ainda a veia média do coração, que percorre de baixo para cima o sulco
interventricular posterior e a veia pequena do coração que margeia a borda direita do coração.
Há ainda veias mínimas, muito pequenas, as quais desembocam diretamente nas cavidades
cardíacas.

Inervação:
A inervação do músculo cardíaco é de duas formas: extrínseca que provém de nervos situados
fora do coração e outra intrínseca que constitui um sistema só encontrado no coração e que se
localiza no seu interior.
A inervação extrínseca deriva do sistema nervoso autônomo, isto é, simpático e parassimpático.
Do simpático o coração recebe os nervos cardíacos simpáticos, sendo três cervicais e quatro ou
cinco torácicos.
As fibras parassimpáticas que vão ter ao coração seguem pelo nervo vago, do qual derivam
nervos cardíacos parassimpáticos, sendo dois cervicais e um torácico. Fisiologicamente o
simpático acelera e o parassimpático retarda os batimentos cardíacos.
A inervação intrínseca ou sistema de condução do coração, não é constituída só por fibras
nervosas, mas sim por um tecido diferenciado conhecido por tecido nodal.
Esse tecido nodal está distribuído por quatro formações:
1- Nó sinu-atrial: situa-se nas proximidades do óstio da veia cava superior.
2- Nó atrioventricular: situa-se abaixo do óstio da veia cava inferior.
3- Fascículo atrioventricular: origina-se do nó atrioventricular e se dirige para o
septo interventricular, ao nível do qual se bifurca em dois ramos, um direito que desce pelo
lado direito do septo interventricular, e outro esquerdo que perfura o septo, para descer pala
sua face esquerda.
4- Plexo subendocárdio: os ramos direito e esquerdo do fascículo
atrioventricular, fornecem inúmeros ramos colaterais e terminais, que constituem uma
verdadeira rede situada logo abaixo do endocárdio, que é o plexo subendocárdio.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

É constituído por tubos chamados de veias que tem como função conduzir o sangue dos
capilares para o coração. As veias, também como as artérias, pertencem a grande e a pequena
circulação. O circuito que termina no átrio esquerdo através das quatro veias pulmonares
trazendo sangue arterial dos pulmões chama-se de pequena circulação ou circulação pulmonar.
E o circuito que termina no átrio direito através das veias cavas e do seio coronário retornando
com sangue venoso chama-se de grande circulação ou circulação sistêmica. Em relação à
forma: é variável quanto mais cheia mais cilíndrica e quanto mais vazia mais achatada.
Fortemente distendidas apresentam a forma nodosa devido à presença de válvulas. Quanto ao
calibre pode ser grande, médio ou pequeno calibre. Tributárias ou afluentes: sua formação
aumenta conforme está chegando mais perto do coração pela confluência das tributárias. O
leito venoso é praticamente o dobro do leito arterial. Situação: São classificadas em superficiais
e profundas e também podem receber a denominação de viscerais e parietais dependendo de
onde estão drenando se é na víscera ou em suas paredes. Válvulas: são pregas membranosas
da camada interna da veia que tem forma de bolso.

Algumas veias importantes do corpo humano: Veias da circulação pulmonar (ou pequena
circulação): As veias que conduzem o sangue que retorna dos pulmões para o coração após
sofrer a hematose (oxigenação), recebem o nome de veias pulmonares. São quatro veias
pulmonares, duas para cada pulmão, uma direita superior e uma direita inferior, uma esquerda
superior e uma esquerda inferior. As quatro veias pulmonares vão desembocar no átrio
esquerdo. Estas veias são formadas pelos veias segmentares que recolhem sangue venosos dos
segmentos pulmonares.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Veias da circulação sistêmica (ou da grande circulação): duas grandes veias desembocam no
átrio direito trazendo sangue venoso para o coração são elas veia cava superior e veia cava
inferior. Temos também o seio coronário que é um amplo conduto venoso formado pelas veias
que estão trazendo sangue venoso que circulou no próprio coração.
Veia cava superior: origina-se dos dois troncos braquiocefálicos (ou veia braquiocefálica
direita e esquerda).
Cada veia braquiocefálica é constituída pela junção da veia subclávia (que recebe sangue do
membro superior) com a veia jugular interna (que recebe sangue da cabeça e pescoço).
A veia cava inferior é formada pelas duas veias ilíacas comuns que recolhem sangue da região
pélvica e dos membros inferiores.
O seio coronário recebe sangue de três principais veias do coração: veia cardíaca magna, veia
cardíaca média e veia cardíaca parva ou menor ou pequena.
Crânio: a rede venosa do interior do crânio é representada por um sistema de canais
intercomunicantes denominados seios da dura-máter.
Seios da dura-máter:
São verdadeiros túneis escavados na membrana dura-máter, está é a membrana mais externa
das meninges.
Estes canais são forrados por endotélio.
Os seios da dura-máter podem ser divididos em seis ímpares e sete pares.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Seios ímpares: são três relacionados com a calvária craniana e três com a base do crânio.
Seios da calvária craniana:
1- seio sagital superior: situa-se na borda superior, e acompanha a foice do cérebro em toda
sua extensão.
2- seio sagital inferior: ocupa dois terços posteriores da borda inferior da parte livre da foice do
cérebro.
3- seio reto: situado na junção da foice do cérebro com a tenda do cerebelo.
Anteriormente recebe o seio sagital inferior e a veia magna do cérebro (que é formada pelas
veias internas do cérebro) e posteriormente desemboca na confluência dos seios.

Seios da base do crânio:


1- seio intercavenoso anterior: liga transversalmente os dois seios cavernosos, situado na parte
superior da sela túrsica, passando diante e por cima da hipófise.
2- seio intercavernoso posterior: paralelo ao anterior, este liga os dois seios cavernosos,
passando por trás e acima da hipófise.
3- plexo basilar: é um plexo de canais venosos que se situa no clivo do occipital.
Este plexo desemboca nos seios, intercavernoso posterior e petrosos inferiores (direito e
esquerdo).
Seios pares: são situados na base do crânio.
1- seio esfenoparietal: ocupa a borda posterior da asa menor do osso esfenóide.
2- seio cavernoso: disposto no sentido antero-posterior, ocupa cada lado da sela túrsica.
Recebe anteriormente a veia oftálmica, a veia média profunda do cérebro e o seio
esfenoparietal, e posteriormente se continua com o seios petrosos superior e inferior.
3- seio petroso superior: estende-se do seio cavernoso até o seio transverso, situa-se na borda
superior da parte petrosa do temporal.
4- seio petroso inferior: origina-se na extremidade posterior do seio cavernoso, recebe parte do
plexo basilar, indo terminar no bulbo superior da veia jugular interna.
5- seio transverso: origina-se na confluência dos seios e percorre o sulco transverso do osso
occipital, até a base petrosa do temporal, onde recebe o seio petroso superior e se continua
com o seio sigmóide.
6- seio sigmóide: ocupa o sulco de mesmo nome, o qual faz um verdadeiro S na borda
posterior da parte petrosa do temporal, indo terminar no bulbo superior da veia jugular interna,
após atravessar o forame jugular.
A veia jugular interna faz continuação ao seio sigmóide, sendo que o seio petroso inferior
atravessa o forame jugular para ir desembocar naquela veia.
7- seio occipital: origina-se perto do forame magno e localiza-se de cada lado do borda
posterior da foice do cerebelo.
Posteriormente termina na confluência dos seios ao nível da protuberância occipital interna.

Face: Normalmente as veias tireóidea superior, lingual, facial e faríngica se anastomosam


formando um tronco comum que vai desembocar na veia jugular interna. O plexo pterigoídeo
recolhe o sangue do território vascularizado pela artéria maxilar, inclusive de todos os dente,
mantendo anastomose com a veia facial e com o seio cavernoso. Os diversos ramos do plexo
pteridoídeo se anastomosam com a veia temporal superficial, para constituir a veia
retromandibular. Essa veia retromandibular que vai se unir com a veia auricular posterior para
dar origem à veia jugular externa . A cavidade orbital é drenada pelas veias oftálmicas superior
e inferior que vão desembocar no seio cavernoso.
A veia oftálmica superior mantém anastomose com o início da veia facial.

Pescoço: descendo pelo pescoço encontramos quatro pares de veias jugulares. Essas veias
jugulares têm o nome de interna, externa, anterior e posterior. Veia jugular interna: vai se
anastomosar com a veia subclávia para formar o tronco braquiocefálico venoso. Veia jugular
externa: desemboca na veia subclávia. Veia jugular anterior: origina-se superficialmente ao
nível da região supra-hioídea e desemboca na terminação da veia jugular externa. Veia jugular
posterior: origina-se nas proximidades do occipital e desce posteriormente ao pescoço para ir
desembocar no tronco braquiocefálico venoso. Está situada profundamente.

Tórax: encontramos duas exceções principais: A primeira se refere ao seio coronário que se
abri diretamente no átrio direito.
A segunda disposição venosa diferente é o sistema de ázigos. As veias do sistema de ázigo
recolhem a maior parte do sangue venoso das paredes do tórax e abdome. Do abdome o
sangue venoso sobe pelas veias lombares ascendentes, e do tórax é recolhido principalmente
por todas as veias intercostais posteriores. O sistema de ázigo forma um verdadeiro H por
diante dos corpos vertebrais da porção torácica da coluna vertebral. O ramo vertical direito do
H é chamado veia ázigos. O ramo vertical esquerdo é subdividido pelo ramo horizontal em dois
segmentos, um superior e outro inferior. O segmento inferior do ramo vertical esquerdo é
constituído pela veia hemiázigos, enquanto o segmento superior desse ramo recebe o nome de
hemiázigo acessória. O ramo horizontal é anastomótico, ligando os dois segmentos do ramo
esquerdo com o ramo vertical direito. Finalmente a veia ázigo vai desembocar na veia cava
inferior.

Abdome: no abdome a um sistema venoso muito importante que recolhe sangue das vísceras
abdominais para transportá-lo ao fígado. É o sistema da veia porta. A veia porta é formada pela
anastomose da veia esplênica (recolhe sangue do baço) com a veia mesentérica superior.
A veia esplênica, antes de se anastomosar com a veia mesentérica superior, recebe a veia
mesentérica inferior. Depois de constituída, a veia porta recebe ainda as veias gástrica
esquerda e prepilórica. Ao chegar nas proximidades do hilo hepático, a veia portas se bifurca
em dois ramos (direito e esquerdo), penetrando nessa víscera. No interior do fígado, os ramos
da veia porta realizam uma verdadeira rede admirável.
Vão se ramificar em vênulas de calibre cada vez menor, até a capilarização. Em seguida os
capilares vão constituindo novamente vênulas que se reúnem sucessivamente para formar as
veias hepáticas as quais vão desembocar na veia cava inferior. A veia gonodal do lado direito
vai desembocar em um ângulo agudo na veia cava inferior, enquanto a do lado esquerdo
desemboca perpendicularmente na veia renal.

Membros: As veias que não acompanham as artérias nos membros são as que se situam na
tela subcutânea, sendo então chamadas veias superficiais. As veias superficiais dos membros
superiores: A veia cefálica tem origem na rede de vênulas existente na metade lateral da região
da mão. Em seu percurso ascendente ela passa para a face anterior do antebraço, a qual
percorre do lado radial, sobe pelo braço onde ocupa o sulco bicipital lateral e depois o sulco
deltopeitoral e em seguida se aprofunda, perfurando a fáscia, para desembocar na veia axilar.
A veia basílica origina-se da rede de vênulas existente na metade medial da região dorsal da
mão. Ao atingir o antebraço passa para a face anterior, a qual sobe do lado ulnar. No braço
percorre o sulco bicipital medial até o meio do segmento superior, quando se aprofunda e
perfura a fáscia, para desembocar na veia braquial medial. A veia mediana do antebraço inicia-
se com as vênulas da região palmar e sobe pela face anterior do antebraço, paralelamente e
entre as veias cefálica e basílica. Nas proximidades da área flexora do antebraço, a veia
mediana do antebraço se bifurca, dando a veia mediana cefálica que se dirige obliquamente
para cima e lateralmente para se anastomosar com a veia cefálica, e a veia mediana basílica
que dirige obliquamente para cima e medialmente para se anastomosar com a veia basílica.
As veias superficiais dos membros inferiores:
Veia safena magna: origina-se na rede de vênulas da região dorsal do pé, margeando a borda
medial desta região, passa entre o maléolo medial e o tendão do músculo tibial anterior e sobe
pela face medial da perna e da coxa.
Nas proximidades da raiz da coxa ela executa uma curva para se aprofundar e atravessa um
orifício da fáscia lata chamado de hiato safeno.
A veia safena parva: origina-se na região de vênulas na margem lateral da região dorsal do pé,
passa por trás do maléolo lateral e sobe pela linha mediana da face posterior da perna até as
proximidades da prega de flexão do joelho, onde se aprofunda para ir desembocar em uma das
veias poplíteas. A veia safena parva comunica-se com a veia safena magna por intermédio de
vários ramos anastomósticos.

A função do sistema respiratório é facultar ao organismo uma troca de gases com o ar


atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, necessária para as
reações metabólicas, e em contrapartida servindo como via de eliminação de gases residuais,
que resultam dessas reações e que são representadas pelo gás carbônico.

O intercâmbio dos gases faz-se ao nível dos pulmões, mas para atingi-los o ar deve percorrer
diversas porções de um tubo irregular, que recebe o nome conjunto de vias aeríferas.

As vias aeríferas podem ser divididas em:

NARIZ - FARINGE - LARINGE - TRAQUÉIA - BRÔNQUIOS

NARIZ

O nariz é uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte exterior denominada
nariz externo e a escavação que apresenta interiormente conhecida por cavidade nasal.

O nariz externo tem a forma de uma pirâmide triangular de base inferior e cuja a face posterior
se ajusta verticalmente no 1/3 médio da face.

As faces laterais do nariz apresentam uma saliência semilunar que recebe o nome de asa do
nariz.
A cavidade nasal é a escavação que encontramos no interior do nariz, ela é subdividida em dois
compartimentos um direito e outro esquerdo. Cada compartimento dispõe de um orifício
anterior que é a narina e um posterior denominado coana. As coanas fazem a comunicação da
cavidade nasal com a faringe. É na cavidade nasal que o ar torna-se condicionado, ou seja, é
filtrado, umidecido e aquecido.

Na parede lateral da cavidade nasal encontramos as conchas nasais (cornetos) que são
divididas em superior, média e inferior.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

FARINGE

A faringe é um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no pescoço. Ela se situa
logo atrás das cavidades nasais e logo a frente às vértebras cervicais. Sua parede é composta
de músculos esqueléticos e revestida de túnica mucosa

A faringe funciona como uma passagem de ar e alimento.

A porção superior da faringe, denominada parte nasal ou nasofaringe, tem as seguintes


comunicações: duas com as coanas, dois óstios faringeos das tubas auditivas e com a
orofaringe.

A parte da orofaringe tem comunicação com a boca e serve de passagem tanto para o ar como
para o alimento.
A laringofaringe estende-se para baixo a partir do osso hióide, e conecta-se com o esôfago
(canal do alimento) e posteriormente com a laringe (passagem de ar). Como a parte oral da
faringe, a laringofaringe é uma via respiratória e também uma via digestória.

A tuba auditiva também se comunica com a faringe através do ósteo faríngico da tuba auditiva,
que por sua vez conecta a parte nasal da farínge com a cavidade média timpânica do ouvido.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

LARINGE

A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traquéia. Ela se situa na linha mediana
do pescoço, diante da quarta, quinta e sexta vértebra cervicais.

A parede da laringe é composta de nove peças de cartilagens. Três são ímpares e três são
pares. As três peças ímpares são a cartilagem tireóide, a epiglote e a cartilagem cricóide.

A cartilagem tireóide consiste de cartilagem hialina e forma a parede anterior e lateral da


laringe, é maior nos homens devido à influência dos hormônios durante a fase da puberdade.
As margens posteriores das lâminas apresentam prolongamentos em formas de estiletes
grossos e curtos, denominados cornos superiores e inferiores.

A cartilagem cricóide localiza-se logo abaixo da cartilagem tireóide e antecede a traquéia.

A epiglote se fixa no osso hióide e na cartilagem tireóide. A epiglote é uma espécie de "porta"
para o pulmão, onde apenas o ar ou substâncias gasosas entram e saem dele. Já substâncias
líquidas e sólidas não entram no pulmão, pois a epiglote fecha-se e este dirige-se ao esôfago.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

As cartilagens pares são a aritenóide, corniculada e cuneiforme.

A cartilagem aritenóide articula-se com a cartilagem cricóide, estabelecendo uma articulação do


tipo diartrose.

A cartilagem corniculada situa-se acima da cartilagem aritenóide.

A cartilagem cuneiforme é muito pequena e localiza-se anteriormente à cartilagem corniculada


correspondente, ligando cada aritenóide à epiglote.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
A laringe também desempenha função na produção de som, que resulta na fonação. Na sua
superfície interna, encontramos uma fenda ântero-posterior denominada vestíbulo da laringe,
que possui duas pregas: prega vestibular (cordas vocais falsas) e prega vocal (cordas vocais
verdadeiras).

TRAQUÉIA

A traquéia constitui um tubo que faz continuação à laringe, penetra no tórax e termina se
bifurcando nos 2 brônquios principais. Ela se situa medianamente e anterior ao esôfago, e
apenas na sua terminação, desvia-se ligeiramente para a direita.

O arcabouço da traquéia é constituído aproximadamente por 20 anéis cartilagíneos incompletos


para trás, que são denominados cartilagens traqueais.

Internamente a traquéia é forrada por mucosa, onde abundam glândulas, e o epitélio é ciliado,
facilitando a expulsão de mucosidades e corpos estranhos.

Inferiormente a traquéia se bifurca, dando origem aos 2 brônquios principais: direito e


esquerdo.

A parte inferior da junção dos brônquios principais é ocupada por uma saliência ântero-
posterior que recebe o nome de carina da traquéia, e serve para acentuar a separação dos 2
brônquios.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
BRÔNQUIOS

Os brônquios principais fazem a ligação da traquéia com os pulmões, são considerados um


direito e outro esquerdo.

O brônquio principal direito aproxima-se da direção da traquéia, isto é, é menos oblíquo, mais
curto e mais grosso.

Ao atingirem os pulmões correspondentes, os brônquios principais subdividem-se nos brônquios


lobares.

Os brônquios lobares subdividem-se em brônquios segmentares, cada um destes distribuindo-


se a um segmento pulmonar.

Os brônquios segmentares ramificam-se abundantemente em brônquiolos e estes em alvéolos


(local que ocorre a trocas de gases - Hematose).

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
PULMÕES

Os pulmões são duas vísceras situadas uma de cada lado, no interior do tórax e onde se dá o
encontro do ar atmosférico com o sangue circulante, ocorrendo então, as trocas gasosas
(HEMATOSE). Eles estendem-se do diafragma até um pouco acima das clavículas e estão
justapostos às costelas.

O pulmão direito é o mais espesso e mais largo que o esquerdo. Ele tembém é um pouco mais
curto pois o diafragma é mais alto no lado direito para acomodar o fígado. O pulmão esquerdo
tem uma concavidade que é a incisura cardíaca.

Cada pulmão têm uma forma que lembra uma pirâmide com um ápice, uma base, três bordas e
três faces.

Ápice do Pulmão: Está voltado cranialmente e tem forma levemente arredondada. Apresenta
um sulco percorrido pela artéria subclávia, denominado sulco da artéria subclávia. No corpo, o
ápice do pulmão atinge o nível da articulação esterno-clavicular

Base do Pulmão : A base do pulmão apresenta uma forma côncava, apoiando-se sobre a face
superior do diafragma. A concavidade da base do pulmão direito é mais profunda que a do
esquerdo (devido à presença do fígado).

Bordas do Pulmão : Os pulmões apresentam três bordas: uma anterior, uma posterior e uma
inferior. Aborda anterior é delgada e estende-se à face ventral do coração. A borda anterior do
pulmão esquerdo apresenta uma incisura produzida pelo coração, a incisura cardíaca. A borda
posterior é romba e projeta-se na superfície posterior da cavidade torácica. A borda inferior
apresenta duas porções: (1) uma que é delgada e projeta-se no recesso costofrênico e (2)
outra que é mais arredondada e projeta-se no mediastino

Peso: Os pulmões tem em média o peso de 700 gramas.

Altura: Os pulmões tem em média a altura de 25 centímetros.

Faces: O pulmão apresenta três faces:

a) Face Costal (face lateral): é a face relativamente lisa e convexa, voltada para a superfície
interna da cavidade torácica.

b) Face Diafragmática (face inferior): é a face côncava que assenta sobre a cúpula
diafragmática.

c) Face Mediastínica (face medial): é a face que possui uma região côncava onde se acomoda o
coração. Dorsalmente encontra-se a região denominada hilo ou raiz do pulmão. pulmonar.

Divisão: Os pulmões apresentam características morfológicas diferentes. O pulmão direito


apresenta-se constituído por três lobos divididos por duas fissuras. Uma fissura obliqua que
separa lobo inferior dos lobos médio e superior e uma fissura horizontal, que separa o lobo
superior do lobo médio. O pulmão esquerdo é dividido em um lobo superior e um lobo inferior
por uma fissura oblíqua. Anteriormente e inferiormente o lobo superior do pulmão esquerdo
apresenta uma estrutura que representa resquícios do desenvolvimento embrionário do lobo
médio, a língula do pulmão.

Cada lobo pulmonar é subdividido em segmentos pulmonares, que constituem unidades


pulmonares completas, consideradas autônomas sob o ponto de vista anatômico.

Pulmão Direito

* Lobo Superior: apical, anterior e posterior

* Lobo Médio: medial e lateral

* Lobo Inferior: apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e basal lateral

Pulmão Esquerdo

* Lobo Superior: Apicoposterior, anterior, lingular Superior e lingular Inferior

* Lobo Inferior: apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e basal lateral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Pleuras:

É uma membrana serosa de dupla camada que envolve e protege cada pulmão. Pleuras Visceral
e Parietal.

A camada externa é aderida à parede da cavidade torácica e ao diafragma, e é denominada


Pleura Parietal (reflete-se na região do hilo pulmonar para formar a pleura visceral). A camada
interna, a Pleura Visceral reveste os próprios pulmões (adere-se intimamente à superfície do
pulmão e penetra nas fissuras entre os lobos).

Entre as pleuras há um pequeno espaço, a cavidade ou espaço pleural, que contém líquido
lubrificante secretado pela pleura. Este líquido reduz o atrito entre as camadas durante a
respiração.

Hilo do Pulmão

A região do hilo localiza-se na face mediastinal de cada pulmão sendo formado pelas estruturas
que chegam e saem dele, onde temos: os brônquios principais, artérias pulmonares, veias
pulmonares, artérias e veias bronquiais e vasos linfáticos.

Os brônquios ocupam posição caudal e posterior, enquanto que as veias pulmonares são inferiores e
anteriores. A artéria pulmonar ocupa uma posição superior e mediana em relação a essas duas
estruturas. A raiz do pulmão direito encontra-se dorsalmente disposta à veia cava superior. A raiz do
pulmão esquerdo relaciona-se anteriormente com o nervo frênico. Posteriormente relaciona-se com o
nervo vago.

Introdução Funções Boca

Faringe Esôfago Estômago

Intestino Delgado Intestino Grosso Órgãos Anexos

Peritônio Fígado Pâncreas

INTRODUÇÃO:
O Sistema Digestório é constituído pelo trato gastro intestinal e órgão anexos.
O trato gastro intestinal é um tubo longo e sinuoso de 10 a 12 metros de comprimento desde a
extremidade cefálica (cavidade oral) até a caudal (ânus).
FUNÇÕES:
1- Destina-se ao aproveitamento pelo organismo, de substâncias estranhas ditas alimentares,
que asseguram a manutenção de seus processos vitais.
2- Transformação mecânica e química das macromóléculas alimentares ingeridas (proteínas,
carbohidratos, etc.) em moléculas de tamanhos e formas adequadas para serem absorvidas
pelo intestino.
3- Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais da luz intestinal para os capilares
sangüíneos da mucosa do intestino.
4- Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos juntamente com restos
de células descamadas da parte do trato gastro intestinal e substâncias secretadas na luz do
intestino.
Mastigação: Desintegração parcial dos alimentos, processo mecânico e químico.
Deglutição: Condução dos alimentos através da faringe para o esôfago.
Ingestão: Introdução do alimento no estômago.
Digestão: Desdobramento do alimento em moléculas mais simples.
Absorção: Processo realizado pelos intestinos.
Defecação: Eliminação de substâncias não digeridas do trato gastro intestinal.
O trato gastro intestinal apresenta diversos segmentos que sucessivamente são:

BOCA - FARINGE - ESÔFAGO - ESTÔMAGO - INTESTINO DELGADO - INTESTINO GROSSO

Órgãos Anexos:
* GLÂNDULAS PARÓTIDAS
* GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES
* GLÂNDULAS SUBLINGUAIS
* FÍGADO
* PÂNCREAS

BOCA
A boca também referida como cavidade oral ou bucal é formada pelas bochechas (formam as
paredes laterais da face e são constituídas externamente por pele e internamente por mucosa), pelos
palatos duro (parede superior) e mole (parede posterior) e pela língua (importante para o transporte
de alimentos, sentido do gosto e fala).

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Palato Duro e Palato Mole

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Palato Mole

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
No interior da cavidade bucal encontramos os dentes, que são pequenos cones de base
ampliada, constituído por tecido muito resistente.
Os dentes tem como função a desintegração mecânica dos alimentos e desempenham também
papel relevante na dicção das palavras e na estética da face.
Os seres humanos possuem 2 conjuntos de dentes:

* Dentes Decíduos ou Dentes de Leite: surgem dos 6 meses aos 2 anos. São 20 dentes:
quatro incisivos, dois caninos e quatro molares em cada maxilar.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

* Dentes Permanentes: surgem dos 6 anos aos 18 anos. São 32 dentes: quatro
incisivos, dois caninos, quatro pré-molares e seis molares em cada maxilar.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Divisão da cavidade bucal:

* Vestíbulo da Boca - espaço em forma de fenda limitado externamente pelos lábios e as


bochechas e internamente pelas gengivas e dentes
* Cavidade bucal propriamente dita - é limitada lateral e ventralmente pelos processos
alveolares com respectivos dentes e dorsalmente comunica-se com a faringe por uma abertura
estreitada denominadaistmo da fauce

FARINGE

A faringe é um tubo que se estende da boca até o esôfago.

A faringe apresenta suas paredes muito espessas devido ao volume dos músculos que a
revestem externamente, por dentro, o órgão é forrado pela mucosa faríngea, um epitélio liso,
que facilita a rapida passagem do alimento.

Limites:

* Superior - corpo do esfenóide e proção basilar do osso occipital


* Inferior - esôfago
* Posterior - coluna vertebral e fáscia dos músculos longo do pescoço e longo da cabeça
* Anterior - processo pterigóideo, mandíbula, língua, osso hióide e cartilagens tireóide e
cricóide
* Lateral - processo estilóide e seus músculos

A faringe pode ainda ser dividida em três partes: nasal (nasofaringe), oral (orofaringe) e
laringea (laringofaringe).

Parte Nasal - situa-se posteriormente ao nariz e acima do palato mole e se diferencia da


outras duas partes por sua cavidade permanecer sempre aberta. Comunica-se anteriormente
com as cavidades nasais através das coanas. Na parede posterior encontra-se a tonsila faríngea
(adenóide em crianças).
Parte Oral - estende-se do palato mole até o osso hióide. Em sua parede lateral encontra-se
a tonsila palatina.

Parte Laringea - estende-se do osso hióide à cartilagem cricóide. De cada lado do orifício
laríngeo encontra-se um recesso denominado seio piriforme.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

ESÔFAGO

O esôfago é um tubo fibro-músculo-mucoso que se estende entre a faringe e o estômago. Se


localiza posteriomente à traquéia começando na altura da 7 vértebra cervical, e apresenta um
tamanho de 25 centímetros.

O esôfago transporta o alimento ao estômago e secreta muco, que auxilia no transporte.


O esôfago é formado por três porções:

* Porção Cervical: porção que está em contato íntimo com a traquéia.


* Porção Torácica: é a porção mais importante, passa por trás do brônquio esquerdo
(mediastino superior, entre a traquéia e a coluna vertebral).
* Porção Abdominal: repousa sobre o diafragma e pressiona o fígado, formando nele a
impressão esofâgica.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

ESTÔMAGO

O estômago está situado no abdome, logo abaixo do diafragma, anteriomente ao pâncreas,


superiormente ao duodeno e a esquerda do fígado. É parcialmente coberto pelas costelas.

O estômago é o segmento mais dilatado do tubo digestório, em virtude dos alimentos


permanecerem nele por algum tempo, necessita ser um reservatório entre o esôfago e o
intestino delgado.
A forma e posição do estômago são muito variadas de pessoa para pessoa e por isso não pode
ser descrita como típica.

O estômago é divido em 4 áreas (regiões) principais: cárdia, fundo, corpo e piloro.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

O fundo, que apesar do nome, situa-se no alto, acima do ponto onde se faz a junção do
esôfago com o estômago.

O corpo representa cerca de 2/3 do volume total.

Para impedir o refluxo do alimento para o esôfago, existe uma válvula (orifício de entrada do
estômago - óstio cárdico), a cárdia, situada logo acima da curvatura menor do estômago. É
assim denominada por estar próximo ao coração.

Para impedir que o bolo alimentar passe ao intestino delgado prematuramente, o estômago é
dotado de uma poderosa válvula muscular, um esfíncter chamado piloro (orifício de saída do
estômago - óstio pilórico).

Pouco antes da válvula pilórica encontramos uma porção denominada antro-pilórica.


O estômago apresenta ainda duas partes: a curvatura maior (margem esquerda do estômago)
e a curvatura menor (margem direita do estômago).

INTESTINO DELGADO

O intestino delgado é provavelmente o órgão mais importante da digestão, é nesse tubo de


aproximadamente 7 metros que se processam as mais relevantes fases da decomposição dos
alimentos e da absorção de substâncias úteis.

Para acomodar tantos metros, o intestino delgado se dobra muitas vezes em alças (alças
intestinais). A alça duodenal é fixa, as demais são móveis de modo a poderem alterar a forma
de acordo com a conveniência do processo digestivo.

Na parte anterior do abdomen, o intestino delgado é recoberto por uma membrana gordurosa,
o grande omento. Por trás, as alças intestinais estão frouxamente fixadas numa larga prega
peritoneal em forma de leque chamada mesentério.

O intestino delgado pode ser dividido em 3 partes: duodeno, jejuno e íleo.

Duodeno: é a primeira porção do intestino delgado. Recebe este nome por ter seu comprimento
aproximedamente igual à largura de doze dedos (25 centímetros). É a única porção do intestino
delgado que é fixa. Não possui mesentério. Apresenta 4 partes:

a) Parte Superior ou 1ª porção - origina-se no piloro e estende-se até o colo da vesícula biliar.

b) Parte Descendente ou 2ª porção - é desperitonizada.

* Ducto colédoco - provêm do fígado (tráz a bile)


* Ducto pancreático - provêm do pâncreas (tráz o suco ou secreção pancreática)

c) Parte Horizontal ou 3ª porção

d) Parte Ascendente ou 4ª porção

Jejuno: é a parte do intestino delgado que faz continuação ao duodeno, recebe este nome
porque sempre que é aberto se apresenta vazio. É mais largo (aproximadamente 4
centímetros), sua parede é mais espessa, mais vascular e de cor mais forte que o íleo.

Íleo: é o último segmento do intestino delgado que faz continuação ao jejuno. Recebe este
nome por relação com osso ilíaco. É mais estreito e suas túnicas são mais finas e menos
vascularizadas que o jejuno.
Distalmente, o íleo desemboca no intestino grosso num orifício que recebe o nome de óstio
ileocecal.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
INTESTINO GROSSO

O intestino grosso pode ser comparado com uma ferradura, aberta para baixo, mede cerca de
6,5 centímetros de diâmetro e 1,5 metros de comprimento. Ele se estende do íleo até o ânus e
está fixo à parede posterior do abdômen pelo mesecolo.

O intestino grosso absorve a água com tanta rapidez que, em cerca de 14 horas, o material
alimentar toma a consistência típica do bolo fecal.

O intestino grosso apresenta algumas diferenças em relação ao intestino delgado: o calíbre, as


tênias, os haustros e os apêndices epiplóicos.

O intestino grosso é mais calibroso que o intestino delgado, por isso recebe o nome de intestino
grosso. A calibre vai gradativamente afinando conforme vai chegando no canal anal.

As tênias do cólon (fitas longitudinais) são três faixas de aproxmadamente 1 centímetro de


largura e que percorrem o intestino grosso em toda sua extensão. São mais evidentes no ceco
e no cólon ascendente.

Os haustros do cólon são abaulamentos ampulares separados por sulcos transversais.

Os apêndices epiplóicos são pequenos pingentes amarelados constituídos por tecido conjuntivo
rico em gordura. Aparecem principalmente no cólon sigmóide.

O intestino grosso é dividido em 4 partes principais: ceco (cecum), cólon, reto e ânus.

* A primeira é o ceco, segmento de maior calibre, que se comunica com o íleo. Para impedir o
refluxo do material proveniente do intestino delgado, existe uma válvula localizada na junção
do íleo com o ceco - válvula ileocecal. No fundo do ceco, encontramos o apêndice vermiforme.

* A porção seguinte do intestino grosso é o cólon, segmento que se prolonga do ceco até o ânus.

Cólon Ascendente - Cólon Transverso - Cólon Descendente - Cólon Sigmóide - Reto - Ânus
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

* Flexura Hepática - entre o cólon ascendente e o cólon transverso.

* Flexura Esplênica - entre o cólon transverso e o cólon descendente.

O reto recebe este nome por ser quase retilíneo, este segmento do intestino grosso termina ao
perfurar o diafragma da pelve (músculos levantadores do ânus) passando a se chamar de canal
anal.

O canal anal apesar de bastante curto (3 centímetros de comprimento) é importante por


apresentar algumas formações essenciais para o funcionamento intestinal, das quais citamos os
esfincteres anais.

O esfíncter anal interno é o mais profundo, e resulta de um espessamento de fibras musculares


lisas circulares, sendo conseqüentemente involuntário.

O esfíncter anal externo é constituído por fibras musculares estriadas que se dispõem
circularmente em torno do esfíncter anal interno, sendo este voluntário.

PERITÔNIO

O peritônio é uma extensa membrana serosa que envolve os órgãos abdominais. Possui duas
lâminas: operitônio parietal, que reveste a parede abdominal e o peritônio visceral, que se
reflete sobre as vísceras.

O peritônio ainda possui três partes importantes:


* MESENTÉRIO - parte do peritônio responsável pela fixação do intestino delgado na
parede posterior do abdômen.

* OMENTO MAIOR - parte do peritônio que fixa-se no cólon transverso do intestino


grosso e projeta-se para baixo formando uma proteção e fixando órgãos abdominais. Contém
grande quantidade de tecido adiposo.

* OMENTO MENOR - apresenta-se como projeções do peritônio e estende-se entre os


órgãos abdominais.

ÓRGÃOS ANEXOS

O aparelho digestório considerado como um tubo, recebe o líquido secretado por diversas
glândulas, a maioria situadas em suas paredes como as da boca, esôfago, estômago e
intestinos.

Algumas glândulas constituem formações bem individualizadas, localizando nas proximidades


do tubo, como qual se comunicam através de ductos, que servem para o escoamento de seus
produtos de elaboração.

As glândulas salivares são divididas em 2 grandes grupos: glândulas salivares menores e


glândulas salivares maiores.

Glândulas salivares menores: constituem pequenos corpúsculos ou nódulos disseminados nas


paredes da boca, como as glândulas labiais, palatinas linguais e molares.

Glândulas salivares maiores: são representadas por 3 pares que são as parótidas,
submandibulares e sublinguais.

Glândula Parótida - a maior das três e situa-se na parte lateral da face, abaixo e adiante do
pavilhão da orelha. Irrigada por ramos da artéria carótida externa. Inervada pelo nervo
auriculotemporal, glossofaríngeo e facial.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Glândula Submandibular - é arredondada e situa-se no triângulo submandibular. É irrigada


por ramos da artéria facial e lingual. Os nervos secretomotores derivam de fibras
parassimpáticas craniais do facial; as fibras simpáticas provêm do gânglio cervical superior.

Glândula Sublingual - é a menor das três e localiza-se abaixo da mucosa do assoalho da


boca. É irrigada pelas artérias sublinguais e submentonianas. Os nervos derivam de maneira
idêntica aos da glândula submandibular.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

O líquido secretado pelas glândulas salivares recebe a denominação genérica de saliva.

FÍGADO

O fígado é a maior glândula do organismo, e é também a mais volumosa víscera abdominal.

Sua localização é na região superior do abdômen, logo abaixo do diafragma, ficando mais a
direita, isto é, normalmente 2/3 de seu volume estão a direita da linha mediana e 1/3 à
esquerda.

O fígado apresenta duas faces: diafragmática e visceral.

A face diafragmática (ântero superior) é convexa e lisa relacionando-se com a cúpula


diafragmática.

A face visceral (postero inferior) é irregularmente côncava pela presença de impressões


viscerais.

O fígado é dividido em lobos. A face diaframática apresenta um lobo direito e um lobo


esquerdo, sendo o direito pelo menos duas vezes maior que o esquedo. A divisão dos lobos é
estabelecida pelo ligamento falciforme. Na extremidade desse ligamento encontramos um
cordão fibroso resultante da obliteração da veia umbilical, conhecido como ligamento redondo
do fígado.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A face visceral é subdividida em 4 lobos (direito, esquerdo, quadrado e caudado) pela presença
de depressões em sua área central, que no conjunto se compõem formando um "H", com 2
ramos antero-posteriores e um tranversal que os une.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Entre o lobo direito e o quadrado encontramos a vesícula biliar e entre o lobo direito e o
caudado, há um sulco que aloja a veia cava inferior. Entre os lobos caudado e quadrado, há
uma fenda transversal: a porta do fígado (pedículo hepático), por onde passam a artéria
hepática, a veia porta, o ducto hepático comum, os nervos e os vasos linfáticos.

A Vesícula Biliar é um músculo membranoso cônico em formato de pêra que se aloja na fossa
da vesícula biliar. É dividido em três partes: fundo, corpo e colo. O fundo é a extremidade distal
da vesícula biliar. Ocorpo é a maior extensão do volume da vesícula biliar e o colo é
representado por um infundibulo e está localizado em sua extremidade proximal.

Aparelho Excretor do Fígado - é formado pelo ducto hepático, vesícula biliar, ducto cístico e
ducto colédoco.

O fígado é um órgão vital, sendo essencial o funcionamento de pelo menos 1/3 dele, além da
bile que é indispensával na digestão das gorduras, ele desempenha o importante papel de
armazenador de glicose e, em menor escala, de ferro, cobre e vitaminas.

PÂNCREAS

O pâncreas é uma glândula de secreção mista, além da produção do suco pancreático, secreta
um produto hormonal que é a insulina, a qual é encaminhada para a corrente sangüínea.

O pâncreas é achatado no sentido ântero-posterior, ele apresenta uma face anterior e outra
posterior, com uma borda superior e inferior e sua localização é posterior ao estômago.

Suas dimensões giram em torno de 20 centímetros de comprimento e 5 centímetros de altura.


O pâncreas divide-se em cabeça (aloja-se na curva do duodeno), corpo (dividido em três
partes: anterior, posterior e inferior), colo e cauda.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Ducto Pancreático - estende-se transversalmente da esquerda para a direita através do
pâncreas.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Rim Ureter

Bexiga Uretra

O sistema urinário é constituído pelos órgãos uropoéticos, isto é, incumbidos de elaborar a


urina e armazená-la temporariamente até a oportunidade de ser eliminada para o exterior. Na
urina encontramos ácido úrico, ureia, sódio, potássio, bicarbonato, etc. O excesso de ureiaácido
úrico causa Encefalopatia.
Este aparelho pode ser dividido em órgãos secretores, que produzem a urina, e órgãos
excretores que são encarregados de processar a drenagem da urina para fora do corpo.

Os órgãos secretores são os rins, enquanto os excretores formam um conjunto de tubos entre
os quais se intercala um reservatório, que é a bexiga urinária.

RIM

Os rins são em número de dois, direito e esquerdo, com a forma comparável a de um grão de
feijão e tamanho aproximadamente de 12 centímetros de altura e 6 centímetros de largura.
Sua coloração é vermelho-parda.

Os rins estão situados de cada lado da coluna vertebral, por diante da região superior da
parede posterior do abdome, estendendo-se entre a 11ª costela e o processo transverso da 3ª
vértebra lombar.

O rim direito geralmente é um pouco mais baixo que o esquedo.

Cada rim apresenta duas faces, duas bordas e duas extremidades.

Das duas faces, uma é anterior e a outra é posterior, as duas são lisas, porém a anterior é mais
abaulada e a posterior mais plana.

As bordas, uma é medial com característica côncava, e a outra é lateral e convexa.

Superiormente ao rim encontra-se duas glândulas que fazem parte do sistema endócrino: as
glândulas supra-renais.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana.


2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Interiormente o rim apresenta um tecido homogêneo que se distribui perifericamente


denominado córtex do rim (córtex renal).
Na região mais central apresenta prolongamento do córtex formando colunas radiadas que são
as colunas renais, entre as quais se intercalam pirâmides mais escuras - pirâmides renais - de
base dirigida para a periferia do rim. Na região mais central do rim, após as pirâmides renais
encontramos os cálices renais menores e os cálices renais maiores. Os cálices renais maiores
juntam-se formando a pelve renal que dá origem ao ureter.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana.


2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A borda medial do rim apresenta uma fissura vertical, o hilo, por onde passam o ureter, artérias
e veias renais, vasos linfáticos e nervos formando em conjunto o Pedículo Renal.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana.


2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

O néfrom é a unidade anátomo-fisiológica do rim, é nele que a urina é elaborada.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana.


2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

URETER

É um tubo mais ou menos uniforme de 25 centímetros de comprimento que vai terminar


inferiormente na bexiga urinária.

Descendo obliquamente para baixo e medialmente, o ureter percorre por diante da parede
posterior do abdome, penetrando em seguida na cavidade pélvina, abrindo-se no óstio do
ureter situado no assoalho da bexiga urinária.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana.


2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

BEXIGA

A bexiga urinária é um reservatório incumbido de armazenar temporariamente a urina.

A bexiga urinária é um órgão muscular oco situado na cavidade pélvica, posteriormente à


sinfise púbica. No homem, ela está diretamente na frente do reto, na mulher, ela está na frente
da vagina e abaixo do útero.

A forma da bexiga depende de quanta urina ela contém. Quando vazia, ela parece um balão
vazio, tornando-se esférica quando levemente distendida à medida que o volume urinário
aumenta.

A capacidade média de armazenamento da bexiga urinária é de 700 a 800 ml de urina.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana.


2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana.


2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
URETRA

A uretra é um tubo que vai do assoalho da bexiga urinária com o meio exterior.

A uretra é diferente entre os dois sexos.

A uretra masculina apresenta o comprimento de 20 centímetros, ela se estende do óstio interno


da uretra, situado na bexiga, até o óstio externo da uretra que está localizado na extremidade
distal do pênis.

A uretra feminina apresenta em média 4 centímetros de comprimento, a uretra na mulher


estende-se do óstio interno ao óstio externo, que se situa entre os lábios menores da vagina,
logo abaixo do clitóris.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana.


2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana.
2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Encontramos na espécie humana diferenças anatômicas sexuais entre homem e mulher que são
muito relevantes para a procriação da espécie. A célula reprodutora masculina recebe o nome
de espermatozóide e a célula feminina é conhecida como óvulo.
Tanto o espermatozóide como o óvulo caracterizam-se por apresentar somente a metade do
número de cromossomos encontrados normalmente nas células que constituem o corpo
humano. Os cromossomos são partículas incumbidas da transmissão dos caracteres
hereditários e que entram na constituição dos núcleos celulares. Admitindo-se que as células
humanas apresentam 46 cromossomos, tanto os espermatozóide como os óvulos apresentam
somente 23 cromossomos cada um deles, o que nos leva a deduzir que as células reprodutoras
são na realidade hemi-células, sendo necessário à conjugação de duas delas para que se
constitua uma célula básica, denominada ovo. O ovo resulta da fusão do espermatozóide com o
óvulo.
Os órgãos genitais femininos são
incumbidos da produção dos
óvulos, e depois da fecundação
destes pelos espermatozóides,
oferecem condições para o
desenvolvimento até o nasciment
do novo ser.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

O ovário é um órgão par comparável a uma amêndoa com aproximadamente três cm de


comprimento, dois centímetros de largura e 1,5 cm de espessura. Ele está situado por trás do
ligamento largo do útero e logo abaixo da tuba uterina, sendo que seu grande eixo se coloca
paralelamente a esta. Em virtude do 1/3 distal da tuba uterina normalmente estar voltada para
baixo, o ovário toma uma posição vertical, com uma extremidade dirigida para cima e outra
para baixo. Comparada a amêdoa uma borda seria anterior e outra posterior, o condiciona para
que uma face seja lateral e outra medial. A borda medial prende-se a uma expansão do
ligamento largo do útero que recebe o nome de mesovário, e por isso é denominada de borda
mesovárica, enquanto a borda posterior é conhecida por borda livre. A borda mesóvarica
representa o hilo do ovário porquanto é por ele que entram e saem os vasos ováricos. A
extremidade inferior é chamada extremidade tubal e a superior extremidade uterina. O ovário
está preso ao útero e à cavidade pelvina por meio de ligamentos, cujo conjunto pode ser
grosseiramente comparado aos cabos dos bondes aéreos, sendo o bonde, o ovário; o segmento
do cabo que liga à parede pelvina é denominado ligamento suspensor do ovário e a porção do
cabo que vai ter ao útero é o ligamento do ovário. O ligamento suspensor do ovário estende-se
da fáscia do músculo psoas maior à extremidade tubal do ovário, enquanto o ligamento próprio
do ovário vai de sua extremidade uterina à borda lateral do útero, logo abaixo da implantação
da base da tuba uterina. E percorrendo o ligamento suspensor do ovário que a artéria e a veia
ovárica irrigam esse órgão.

Tuba uterina é um tubo par que se implanta de cada lado no respectivo ângulo latero-superior
do útero, e se projeta lateralmente, representando os ramos horizontais do tubo. Esse tubo é
irregular quanto ao calibre, apresentando aproximadamente dês centímetros de comprimento.
Ele vai se dilatando á medida que se afasta do útero, abrindo-se distalmente por um verdadeiro
funil de borda franjada.
A tuba uterina divide-se em 4 regiões, que no sentido médio-lateral são: parte uterina, istmo,
ampola e infundíbulo.
A parte uterina é a porção intramural, isto é, constitui o segmento do tubo que se situa na
parede do útero.
No inicio desta porção da tuba, encontramos um orifício denominado óstio uterino da tuba, que
estabelece sua comunicação com a cavidade uterina. A istmo é a porção menos calibrosa,
situada junto ao útero, enquanto a ampola é a dilatação que se segue ao istmo.
A ampola é considerada o local onde normalmente se processa a fecundação do óvulo pelo
espermatozóide. A porção mais distal da tuba é o infundíbulo, que pode ser comparado a um
funil cuja boca apresenta um rebordo muito irregular, tomando o aspecto de franjas.
Essas franjas têm o nome de fímbrias da tuba e das quais uma se destaca por ser mais longa,
denominada fimbria ovárica.
O infundíbulo abre-se livremente na cavidade do peritoneu por intermédio de um forame
conhecido por óstio abdominal da tuba uterina.
A parte horizontal seria representada pelo istmo e a vertical pela ampola e infundíbulo.
Comumente o infundíbulo se ajusta sobre o ovário, e as fimbrias poderiam ser comparadas
grosseiramente aos dedos de uma mão que segurasse por cima, uma laranja. Estruturalmente
a tuba uterina é constituída por quatro camadas concêntricas de tecidos que são, da periferia
para a profundidade, a túnica serosa, tela subserosa, túnica muscular e túnica mucosa.
A túnica muscular, representada por fibras musculares lisas, permite movimentos peristálticos à
tuba, auxiliando a migração do óvulo em direção ao útero. A túnica mucosa é formada por
células ciliadas e apresenta numerosas pregas paralelas longitudinais, denominadas pregas
tubais.

O útero é um órgão oco, impar e mediano, em forma de uma pêra invertida, achatada na
sentido antero-posterior, que emerge do centro do períneo, para o interior da cavidade pelvina.
O útero está situado entre a bexiga urinaria, que esta para frente, e o reto, que esta para trás.
Na parte media, o útero apresenta um estrangulamento denominado istmo do útero. A parte
superior ao istmo recebe o nome de corpo do útero e a inferior constitui a cérvix (colo). A
extremidade superior do corpo do útero, ou seja, a parte que se situa acima da implantação
das tubas uterinas, tem o nome de fundo do útero. A cérvix do útero, é subdividida em duas
porções por um plano transversal que passa pela sua parte media, que são as porções
supravaginal e vaginal. Esse plano transversal é representado pela inserção do fórnix da
vagina, em torno da parte media da cérvix. Com isso, a porção supravaginal da cérvix está
dentro da cavidade peritoneal e é envolta pelo peritoneu, formando um bloco comum, para
cima, com o istmo, corpo e fundo do útero, enquanto a porção vaginal da cérvix representando
um segmento cilíndrico arredondado para baixo, que faz saliência no interior da vagina,
ocupando o centro do seu fórnix.
No centro da extremidade inferior da porção vaginal da cérvix do útero, há um orifício
denominado óstio do útero. Sendo achatado no sentido antero-posterior, o útero apresenta
uma face anterior que é denominada face vesical e outra posterior que é a face intestinal.
A face vesical é mais plana e a face intestinal e mais convexa. As uniões laterais das duas
faces, constituem as bordas do útero. Na extremidade superior de cada borda implanta-se uma
tuba uterina correspondente. Entre uma tuba e a outra se situa o fundo do útero, cuja margem
superior denomina-se borda superior. O útero sendo um órgão oco, apresenta uma cavidade
que é triangular de base superior, ao nível do corpo, e fusiforme no interior da cérvix,
recebendo esta ultima parte de canal da cérvix. Nos ângulos superiores da cavidade do útero,
situam-se os óstios uterinos das tubas uterina correspondentes. O óstio do útero, situa-se na
porção vaginal da cérvix, estabelece a comunicação entre o interior do útero e o interior da
vagina. As paredes do útero são constituídas por camadas concêntricas, que da periferia para a
profundidade, são as túnicas serosas ou perimétrio, tela subserosa, túnica muscular ou
miométrio e túnica mucosa ou endométrio. O perimétrio é representado pelo peritoneu visceral
que recobre tanto a parte visceral como a intestinal do órgão ao nível das bordas laterais do
mesmo, os dois folhetos expandem-se lateralmente para constituir os ligamentos largos do
útero.
A tela subserosa é representada por uma fina camada de tecido conjuntivo quer se interpõem
entre a túnica serosa e a túnica muscular.
O miométrio é formado por uma espessa camada de fibras musculares lisas que se distribuem,
da periferia para a profundidade, em 3 planos: longitudinal, plexiforme e circular. O endométrio
forra toda a cavidade uterina. Ao nível do corpo do útero, a mucosa se apresenta lisa, ao passo
que na cérvix é muito pregueada, cujas pregas lembram as folhas de palma e por isso são
chamadas de pregas espalmadas.
O endométrio tem papel muito importante por ocasião da gravidez. O útero é mantido em sua
posição por três ligamentos: ligamento largo do útero, ligamento redondo do útero e ligamento
útero-sacral.

Posições do útero;
* Normalmente ele esta em anteversão.
* Normalmente o útero se apresenta em anteversoflexão; portanto, em anteversão e
anteflexão.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A vagina é um tubo músculo-membranáceo mediano, que superiormente insere-se no contorno


da parte média da cérvix do útero e para baixo atravessa o diafragma urogenital para se abrir
no pudendo feminino, cujo orifício chama-se óstio da vagina.
É o órgão copulador da mulher. A vagina apresenta duas paredes, uma anterior e outra
posterior, as quais permanecem acoladas na maior parte de sua extensão, representando uma
cavidade virtual. Superiormente a vagina se comporta como um tubo cilíndrico para envolver a
porção vaginal da cérvix uterina, e inferiormente ela se achata transversalmente para coincidir
com o pudendo feminino.
A cúpula da vagina é representada por um recesso que circunda a parte mais alta da porção
vaginal da cérvix, recebendo a denominação de fórnix da vagina. Em virtude de o útero estar
normalmente em anteroversão, a parte anterior da vagina é curta e a posterior mais longa, do
que resulta que a região posterior do fórnix vai mais alto ou mais profunda.
Na mulher virgem, o óstio da vagina é obturado parcialmente por um diafragma mucoso,
denominado hímen.
Estruturalmente a vagina é constituída por uma túnica fibrosa, que envolve uma túnica
muscular (fibras musculares lisas) e interiormente é revestida por uma túnica mucosa. Toda
superfície mucosa é pregueada transversalmente, pregas essas conhecidas por rugas vaginais.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
O pudendo feminino (vulva) constitui a parte externa dos órgãos genitais femininos.
Fundamentalmente ele é representado por uma abertura fusiforme de grande eixo antero-
posterior, de bordas muito acidentadas, e situada no períneo, imediatamente por trás da sínfise
da pube. Constituindo como que uma moldura para essa abertura fusiforme, encontramos duas
bordas salientes e roliças que descrevem um semi-arco de cada lado, de convexidade lateral,
de convexidade lateral e que recebem o nome lábios maiores do pudendo.
Os lábios maiores unem-se anteriormente, nas proximidades da sínfise da pube, formando um
ângulo agudo que se denomina comissura anterior. O mesmo acontece posteriormente, no
centro do períneo, constituindo a comissura posterior. Por diante da comissura anterior dos
lábios maiores do pudendo feminino e em relação com a sínfise da pube, há um acúmulo de
tecido adiposo na tela subcutânea, determinando uma saliência a esse nível, elevação essa
denominada monte da pube. A cútis do monte da pube apresenta grande quantidade de pelos,
os quais tornam-se mais escassos na região dos lábios maiores do pudendo. A fenda antero-
posterior que é determinada pelos dois lábios maiores recebe o nome de rima do pudendo. O
1/3 anterior apresenta uma saliência triangular mediana de base posterior, chama-se glande do
clitóris e o telhado cutâneo que recobre seria o prepúcio do clitóris.
O clitóris é uma miniatura do pênis masculino. Como este, é um órgão erétil. O clitóris é
formado por um tecido esponjoso denominado corpo cavernoso, passível de se encher de
sangue. O corpo cavernoso do clitóris origina-se por dois ramos (direito e esquerdo) bastante
longos, que se acolam medial e depois inferiormente aos ramos (direito e esquerdo) inferiores
da pube, indo se unir ao nível do centro da sínfise da pube, constituindo o corpo do clitóris, o
qual se dirige obliquamente para frente e para baixo, terminando numa dilatação que é a
glande do clitóris. Cada ramo do corpo cavernoso é envolto por um músculo isquiocavernoso.
Como dissemos, a prega cutânea que envolve o corpo do clitóris denomina-se prepúcio do
clitóris. Os 2/3 posteriores da área limitada pelos maiores são ocupados por uma outra
formação fusiforme, porém menor. Limitando esta área fusiforme menor encontramos de cada
lado, uma prega laminar, que em conjunto constituem os lábios menores do pudendo feminino.
Os lábios menores são paralelos aos maiores, coincidindo na comissura posterior, mas unindo-
se anteriormente, ao nível da glande do clitóris. Cada lábio menor é semilunar, afilando-se nas
extremidades. O espaço (fusiforme) compreendendo entre os lábios menores, recebe o nome
de vestíbulo da vagina. Na profundidade da base de implantação dos lábios menores e
portanto, de cada lado da parte mais alta do vestíbulo da vagina, encontramos uma outra
formação esponjosa, denominada bulbo do vestíbulo. Cada bulbo do vestíbulo (bulbo da vagina)
é envolto pelo respectivo músculo bulbocacernoso. Imediatamente por trás da extremidade
posterior de cada bulbo do vestíbulo encontramos uma glândula esférica de tamanho
aproximado ao de um grão de ervilha, denominada glândula vestibular maior. Os ductos dessas
glândulas (direita e esquerda), vão se abrir na base do lábio menor correspondente.
Medianamente no vestíbulo da vagina, situam-se duas aberturas. Uma anterior, pequena, é
óstio externo da uretra.
A abertura mediana que se situa posteriormente, no vestíbulo da vagina, é o óstio da vagina.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

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