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6 – INTEGRAL

6.1 – UMA IDÉIA DE INTEGRAL


Nós falamos anteriormente (em especial na seção 5) sobre cálculo diferencial, que
é uma das duas partes estreitamente relacionadas do cálculo.
Vamos agora falar do cálculo integral.
O cálculo integral baseia-se no conceito de integral. A definição de integral é
motivada pelo problema da definição e cálculo da área de uma região compreendida entre
o gráfico de uma função f com valores positivos e o eixo x em um intervalo fechado [a,b].
Mas a integral, assim como a derivada, é importante em razão de suas aplicações
a muitos problemas que parecem não ter relação com sua motivação original – problemas
que envolvem movimento e velocidade, crescimento de população, volume, comprimento
de arco, área de superfície e centro de gravidade, entre outros.
A integral é o processo de “diferenciar às avessas” sendo também chamada de
antiderivada e o processo para se obter uma antiderivada, chama-se antidiferenciação.

6.1.1 – Definição de Antiderivada


Uma antiderivada da função f é uma função F tal que
F ' ( x)  f ( x)

em todo ponto onde f(x) é definida

F(x)

Antidiferenciação Diferenciação

f(x)
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6.2 – INTEGRANDO COM A HP48


A Hp48 pode calcular um grande número de integrais numéricas com grande
facilidade (para não dizer todas as integrais numéricas que forem solicitadas); já as
integrais simbólicas criam alguns problemas para a calculadora, sendo que ela não
consegue resolver todas as integrais simbólicas que possam ser necessárias.
Como resolver esse problema? Bom, você pode resolver a integral, através de
processos de integração e determinar a integral simbólica da função que você tem em
mãos e depois determinar um intervalo de integração, calcular o valor da integral para
este intervalo (para a SUA integral) e comparar com o valor dado pela calculadora.

6.2.1 – Como calcular a integral


Vamos utilizar o menu “Symbolic”.
Repare que estamos utilizando o mesmo menu que utilizamos para
diferenciar uma equação. Só que desta vez, ao invés de utilizarmos a opção
“Differentiate”, iremos utilizar a opção “Integrate”.

Tela onde mostra a caixa na qual selecionaremos a opção “Integrate”

Dentro da opção “Integrate”, teremos um


outro leque de opções (como na seção 5). Teremos dois tipos de integração: uma
simbólica e uma numérica.
Tela da opção Symbolic e os vários campos para se preencher os

dados, tanto na simbólica (esquerda) como da numérica

(direita).

Expr: Campo onde será escrita a função que deverá ser integrada.
Var: Como nos outros menus (“plot” por exemplo) o campo “var” será onde
entraremos com a variável na qual a função será integrada.
Lo e Hi: Campos onde entrarão os limites de integração.
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Result: Campo onde iremos determinar o tipo de integração: se simbólica


(Symbolic) ou se numérica (Numeric). Para escolher qual tipo de integração basta
selecionarmos a opção [CHOOS] e escolher na caixa que irá aparecer na tela o tipo de
integração.
Number Format: somente aparece quando selecionamos a opção “numeric” em
result. Nele determinaremos o quão precisa será nossa integração. Trabalharemos mais
freqüentemente com a opção “STD” (standard – padrão) pois é a que dará o melhor
resultado com a precisão da calculadora. As outras opções apresentam uma precisão
variável (de acordo com o grau de precisão determinado) e é desnecessário falarmos dela.
Se houver um maior interesse nestas outras opções aconselhamos você a consultar o
manual.
Ao entrarmos com todos os dados necessários para a integração, basta apertar
[OK] para que a calculadora realize os processos de integração.

6.2.2 – Utilizando a integração simbólica


Não são todas as funções que podem ser integradas de forma simbólica pela
calculadora.
Primeiramente devemos entrar com a função na linha “Expr:”. Devemos
também entrar com a variável, na qual a função será integrada, no campo “var”.
Os limites inferior e superior de integração devem ser entrados nos campos “Lo”
e “Hi”, respectivamente. Você poderá utilizar letras como os limites de integração, mas
estas letras não podem representar células salvas no espaço [HOME] ou em algum
subdiretório.
Ao pressionar [OK] a calculadora irá computar a integração. Se não aparecer o

sinal  no resultado, a integração foi realizada com sucesso. Caso apareça o símbolo,
você pode tentar um novo arranjo para a fórmula e uma nova tentativa de integração.
Caso as novas tentativas continuem falhando, você pode tentar uma aproximação por
integração numérica.
Para determinarmos a integral indefinida de uma função basta colocarmos como
limite inferior de integração (campo “Lo”) o valor zero e no limite superior (campo
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“Hi”) um extremo simbólico (Ex: T). Depois de realizado o processo de integração, basta
apertarmos a tecla [EVAL] para obtermos o valor da integral indefinida.
Vamos a alguns exemplos de integração simbólica:
Exemplo 1: Ache a integral indefinida da função f(x) sendo:
f ( x)  x 2  x

Primeiramente entremos com os dados nos respectivos campos:


Expr: X^2 + X
Var: X
Lo: 0
Hi: T (é muito importante que não se
tenha nenhuma célula com o nome de T no
diretório de trabalho).
Result: Symbolic.
Ao selecionarmos [OK] a calculadora
computara a integral e nos dará uma resposta no
nível 1.

Agora, se pressionarmos a tecla [EVAL] a calculadora rearranjará os termos e nos


dará o valor da integral. Como utilizamos 0 (zero) como limite inferior de integração e x
como limite superior de integração, a
calculadora nos dará a integral indefinida da
função.
Pressionemos, então, [EVAL].

Repare que o expressão que obtemos, como na figura acima, é:


t3 t2
 , que é a integral indefinida de x2 + x com a constante C igual a zero (na
3 2
integral), limite superior de integração igual a t e limite inferior igual a 0 (zero).

Exemplo 2: Calcule a integral indefinida da função:


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1
f ( x) 
x  sen( x)
2

Os dados são:
Expr: INV(X^2*SIN(S))
Var: X
Lo: 0
Hi: T
Result: Symbolic

Ao selecionarmos [OK] obteremos a integral no nível 1.

Repare que apareceu o símbolo 


no resultado exibido no nível 1 da
calculadora. Isso significa que a
calculadora não tem capacidade de realizar
a integração simbólica de tal função, mas
não significa que ela não seja capaz de realizar uma aproximação numérica para esta tal
função. Você pode obter a integral simbólica desta função através de processos de
integração e depois comparar o resultado obtido manualmente com o resultado oferecido
por uma pesquisa numérica, pois, ao integrar a função que você obteve “na mão” entre
dois extremos, você conseguirá um valor numérico.

6.2.3 – Utilizando a integração numérica


A integração numérica nos dará, como o próprio nome diz, o valor numérico da
integral de uma função. Este valor corresponderá ao valor da área entre a curva da função
e o eixo x.
Assim como a integral simbólica, precisaremos preencher os campos de dados
para que a calculadora compute a integral.
Nos campos “Expr:” e “var” iremos entrar com a função a ser integrada e a
variável na qual a função será integrada, respectivamente.
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O limite inferior de integração será colocado no campo “Lo” e o superior no


campo “Hi”. Para a integração numérica, os limites devem ser números ou expressões
algébricas que tenham valor numérico.
No campo “Result” selecionemos a opção “Numeric”. Repare que agora
apareceu um novo campo: “Number Format”. Neste campo iremos selecionar a
precisão de nossa integração. Como já foi dito, iremos trabalhar com a opção “Std”
(Standard) pois é a que apresenta a melhor precisão.

Vamos a um exemplo de integração numérica:


Exemplo 3: De o valor da integral abaixo:
3
 0
x 2 dx

Expr: X^2
Var: X
Lo: 0 (zero)
Hi: 3
Result: Numeric
Number Format: Std

Ao selecionarmos [OK] a calculadora


computará a integral e nos dará a resposta no nível 1
da pilha.
Obtemos o valor 9. Analisemos:
A integral de x2 é:
b b
x3
a   C , onde C é uma constante.
2
x dx
3 a

A calculadora considera a constante C igual a zero. Se por algum motivo (algum


problema de valor inicial) a constante C for diferente de zero, esta deverá ser determinada
através da expressão obtida pela integração simbólica, com os dados do PVI.
Voltemos ao exemplo.
No nosso caso, consideramos a = 0 e b = 3. Significa dizer que:
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x3 3 33 0 3 27
0
   9,
3 3 3 3
que foi o valor que obtemos na integração numérica da calculadora.

Exemplo 4 – Determine a integral indefinida abaixo:

 2x  x 3  1  dx .
2

Vamos tentar fazer a integral indefinida da função:


Expr: 2*X^2* (X^3+1)
Var: X
Lo: 0 (zero)
Hi: T
Result: Symbolic

Ao selecionarmos [OK], obteremos a resposta no nível 1.

Repare que a calculadora não


conseguiu encontrar a integral simbólica da
função 2 x 2  x 3  1 , embora ela exista.
Então, como proceder?
Bem, agora sua calculadora funcionará apenas como uma verificação do resultado
da integral que iremos obter.
Sabemos que a integral simbólica da função anterior é:
3
2 2 ( x 3  1) 2
 2 x  x  1  dx  3  x  1  (3x  dx)  3  3  C , considerando C igual
2 3 3 2

2
a zero.
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Mas como conferir que a integral anterior está certa? É neste caso que
utilizaremos a calculadora. Ela nos dará uma aproximação numérica para um dado
intervalo de integração na integral anterior.
Vamos, para conferir, calcular a integral no intervalo fechado [0,2]:
2
2 3
2 ( x  1)
3 2
104
 2x x 3  1  dx  
2
.
3 3 9
0
2 0

Com este valor, podemos calcular a integral numérica na calculadora e


compararmos o valor que obtemos com o calculado pela calculadora.
Expr: 2*X^2* (X^3+1)
Var: X
Lo: 0 (zero)
Hi: 2
Result: Numeric
Number Format: Std
Obtemos um valor que é um valor bem
próximo de 104/9 (esquerda superior). Se
realizarmos a operação 104/9 na calculadora e
compararmos os dois casos (esquerda inferior),
veremos que ocorre uma peque diferença na
última casa de precisão da calculadora.
Veja que com este resultado temos a
confirmação de que a integral estava certa.

Exemplo 5: Uma função muito utilizada em várias áreas da engenharia é a função


(erf), que é dada pela integral:

e
 x2
dx ,

que, apesar de existir uma função que seja a integral anterior, ela não pode ser expressa
analiticamente, e somente pode ser aproximada numericamente.
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Calculemos então:
1

e
 x2
dx
0

Expr: EXP(-X^2)
Var: X
Lo: 0 (zero)
Hi: 1
Result: Numeric
Number Format: Std

Ao selecionarmos [OK], obteremos o valor numérico da integral daquela função.

Obtemos o valor de
0.746824132812, valor este, com
todas as casas de precisão que a
calculadora pode fornecer.

6.3 – INTEGRAIS IMPRÓPRIAS


E quando um dos extremos da integral for infinito? Ou os dois? Como fazemos?
Como a calculadora trabalha com limites computacionais finitos, devemos sempre
utilizar elementos finitos para computar integrais. Entretanto, utilizando algumas
mudanças de variáveis, podemos transformar o que seria um intervalo inseguro em um
intervalo seguro.
Uma transformação usual, y = arctan(x), transforma o eixo dos reais em um

 
intervalo determinado   y  . A transformação está ilustrada abaixo:
2 2
 arctan 

 f ( x) dx   f (tan y )  (1  tan
2
y )dy
 arctan  
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6.3.1 – Como calcular a integral imprópria


Antes de mais nada, temos que apagar duas células que possivelmente estejam
gravadas na área de memória que estamos trabalhando; as células [X] e [Y]. Para apagá-
las basta colocarmos o nome da célula entre os apóstrofes e selecionar a opção [ ]
[purge]. Devemos apagá-las pois iremos criá-las e utilizá-las de forma especial neste
exemplo.
‘X’ [enter] [  ] [purge]
‘Y’ [enter] [  ] [purge]
Com as duas células apagadas daremos inicio ao processo de cálculo da integral
imprópria.
Antes de iniciarmos devemos deixar a calculadora em radianos: [ ] [rad]. Veja se
o símbolo “rad” aparece no canto superior esquerdo da tela.
Vamos calcular a integral imprópria:

1
 x( x  1) dx
1

No menu “Symbolic” escolhemos a opção “Integrate”.


Dentro da opção “Integrate”, vamos entrar com a função na linha “Expr:”.
Expr: 1/(x*(x+1))
Depois que entrarmos com a função na linha “Expr:”, ainda com a barra negra
nesta linha, iremos selecionar a opção [CALC] para realizarmos as operações necessárias
para a mudança de variáveis.

Temos agora que salvar em uma célula [X] a expressão que irá substituir a
variável x, que no nosso caso, é tan(y). realizemos:
[ ` ] [tan] [] [Y] [enter] [ ` ] [] [X] [enter] [sto]
Precisamos agora determinar o valor de dy.
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Ao pressionarmos [sto] a função tan(y) é salva na célula [X], no espaço de memória em que estamos trabalhando

Ao entramos com a função que representa x e derivarmos esta função em relação


a sua variável, estaremos determinando o valor de dx, ou, em outras palavras, d(f(y)).
Para realizarmos esta diferenciação,
mostraremos agora um passo simplificado para
diferenciar. Primeiramente, entraremos com a função a
ser diferenciada (no nosso caso, tan(y)). Depois,
entraremos com a variável na qual diferenciaremos a
função (y para este exemplo). Ao pressionarmos a
tecla [  ] [  ] a calculadora diferenciará a expressão
que está no nível 2 em relação a variável que estiver
no nível 1.
Vamos, agora, determinar d(f(y)):
[ ` ] [tan] [] [Y] [enter]
[ ` ] [] [Y] [enter]
Ao multiplicarmos os dois valores obteremos
o valor da função que queremos integrar [f(y)×dy].
Realizemos a multiplicação destes dois níveis.
[×]
Ao realizarmos a multiplicação obtemos esta
resposta no nível 1. Ao pressionarmos [EVAL], a calculadora pegará o valor da célula [X]
(que no nosso caso é tan(y)) e substituirá na função.
[EVAL]
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Esta é a função f(y)dy que iremos


integrar. Selecionamos [OK] para
continuarmos o processo de integração.
No campo “var” devemos, como já é
sabido, entrar com a variável na qual estamos integrando a função; no nosso caso, Y.
Var: Y
Agora devemos determinar os limites de integração.
Para o limite inferior, devemos determinar o arctan(1). Para tanto, com a barra
negra no campo “Lo” selecionemos a opção [CALC]:

Ao pedirmos o valor de arctan(1) obtemos como resposta o valor .


785398163397. Selecionemos [OK] e vamos agora determinar o valor do extremo
superior de integração.
Analogamente ao extremo inferior, vamos posicionar a barra no campo “Hi” e
selecionar a opção [CALC].
O problema agora é que nós necessitamos do valor de arctan(  ). Como faremos
isso?
Lembre-se de que estamos realizando uma mudança de variáveis e que, o arctan(
 ) é o valor de /2.
[] [enter] 2 [÷]
Obtemos o valor do arco de 1.57079632679 rd. Para voltarmos a tela onde
determinaremos a integral, basta selecionarmos [ ] [cont] (função roxa da tecla [on]) e
selecionarmos a opção [OK].
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No campo “Result” selecionaremos a opção “numeric” e no campo


“Number Format” deixaremos a opção “Std”.
Result: Numeric
Number Format: Std

Ao selecionarmos [OK]
realizaremos a integral imprópria:
Obtemos o valor mostrado na figura
ao lado.
Podemos realizar este mesmo
processo para todos os tipos de substituição
de variáveis que quisermos.

6.4 – APLICAÇÕES DAS INTEGRAIS


Várias são as aplicações da integrais. Podemos utilizar as integrais, conforme
Edwards & Penney, em:
- Determinação da área entre uma função qualquer e o eixo x;
- A massa de uma haste delgada situada ao longo de um intervalo a  x  b ;
- O lucro auferido por uma empresa no intervalo de tempo t = a a t = b;
- O número de habitantes de uma cidade que contraem determinada doença entre
o tempo t = a e o tempo t = b;
- A distância percorrida por uma partícula móvel durante o intervalo de tempo
a t b;
- O volume de água que corre para um tanque durante o intervalo de tempo
a t b;
- O trabalho realizado por uma força ao mover uma partícula do ponto x = a ao
ponto x = b;
Vários são os exemplos que podem ser citados para a utilização das integrais.
Vamos a alguns:
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Exemplo 1 – (Edwards & Penney pg.331) Suponha-se que a velocidade de uma


partícula móvel seja v=30 – 2t m/s. Ache a posição do ponto material e a distância total
que ele percorre entre os instantes t = 0 e t = 20s.
Resolução – Sabemos que a integral da velocidade no tempo, é a posição que o
ponto material ocupa, em relação a origem. Ora, se integrarmos a função velocidade que
temos no intervalo de tempo 0s  t  20s iremos obter a posição em que o corpo está.
20
S= 0
(30  2t )dt

Realizemos esta integração com a calculadora:


Expr: 30-2*T
Var: T
Lo: 0
Hi: 20
Result: Numeric
Number Format: Std
A figura superior mostra o esquema da tela para o cálculo

da integral; a inferior mostra o resultado da integral.

Ao realizarmos a integração, obtemos o valor de 200m.


Vejamos:
A integral –

 0
20
(30  2t )dt  30t  t 2
20

0
 
  30(20)  (20) 2    30(0)  (0) 2  = 200m

Entenda que a área sob a curva da função v


(como no primeiro exemplo) é numericamente igual a
posição (em relação a origem) ocupada pelo ponto
material no intervalo de tempo.

Neste caso, a posição do ponto material é igual a A1 –


A2, que é igual a 200m. Isto significa dizer que o ponto
material estudado está a 200m positivos da origem do nosso
sistema.
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Mas o que significa: “a posição do ponto material é 200m”? Significa dizer que o
objeto percorreu a distância de 200m?
NÃO! Não significa isto!!! Significa dizer que ele está a uma distância de 200m
no sentido positivo do adotado para o espaço.
Se analisarmos o gráfico da velocidade pelo tempo veremos que em um instante
(15s) a velocidade é igual a zero. Neste instante, o ponto material pára e, em um intervalo
de tempo infinitesimal depois do de parada, o ponto material começa a se mover em
sentido negativo da origem.
Então, a distância percorrida é igual a soma das duas áreas, a área que está do lado
positivo do eixo y e a área que está do lado negativo do eixo y.
Concluímos então que:
15 20
D= 
0
(30  2t )dt - 
15
(30  2t )dt = 225 – (-25) = 250m.

15
A integral 
0
(30  2t )dt representa a

distância d1 percorrida até o instante 15s, que é quando


o ponto material para. Até este instante, o objeto se
movimentou no sentido positivo do espaço. Já a
20
integral 
15
(30  2t )dt representa a distância d2

percorrida em sentido negativo do espaço. A distância total D é dada pela soma das duas
distâncias d1 e d2.

Exemplo 2: Conforme o volume de água de uma


piscina são necessários diferentes motores para que se
filtre a água desta piscina. Suponhamos que nossa piscina
tenha umas das bordas definidas pela função
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x 
f ( x)  4  sen( ) (m) e que a profundidade da piscina seja constante de
10
1,20m. As dimensões da piscina estão especificadas na figura abaixo. Qual motor
compraremos para podermos filtrar a água da piscina?
MOTOR 1 – até 50 m3
MOTOR 2 – de 50 a 120 m3
MOTOR 3 – mais de 120 m3

Solução: Devemos primeiramente determinar a área sob a curva que determina


uma das bordas da piscina, tomando como eixo x a outra borda.
Lembre-se que a calculadora deve estar em radianos para realizarmos esta
integração!
Expr: 4+SIN(X*/10)
Var: X
Lo: 0
Hi: 10
Result: Numeric
Number Format: Std
Ao realizarmos a integração,
obteremos o valor da área do fundo da
piscina, que é
A= 46.3661977237 m2.

Ao multiplicarmos a área A do fundo da piscina pela profundidade da mesma,


obtemos o volume de água:
V = 1,2 × A => V  55.64 m3
Utilizaremos, portanto, o motor tipo 2.
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Exemplo 3 – Cálculo do
comprimento de arco (Edwards &
Penney; Vol. 1 – modificado – pg. 355) –
Um fabricante deseja fazer chapas de
metal corrugadas de 92cm de largura, com seção transversa na forma da curva:
1
y sen( x ) , 0  x  92
2

Resolução: Sabemos que para um intervalo fechado [a,b] temos o comprimento


da curva dado por:
b
s 
a
1  [ f ' ( x)]2 dx , onde f ‘(x) é a derivada da função que queremos

determinar o comprimento.
Vamos então determinar a derivada da função f(x).
Lembre-se de que a calculadora deve estar trabalhando em radianos.
No menu “Differentiate” entramos com os dados:
Expr: 1/2*SIN(*X)
Var: X
Result: Symbolic

Obteremos o resultado de:


1
f ' ( x)   (cos( x ))
2
Resposta da calculadora

Vamos primeiramente elevar esta função que está no nível 1 ao quadrado, depois
somar 1 e finalmente extrair a raiz quadrada desta função e salvá-la salvar em uma célula
[F], para depois usarmos esta célula no menu de integração, pois é esta função que é
integrada para obtermos o valor do comprimento de arco da função.
[ ] [x2]
1 [+]
[x y ]
[ ` ] [] [F] [sto]
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Vamos agora determinar o comprimento do arco esta função no intervalo [0 , 92],


para assim determinar a largura da chapa a ser utilizada.
Dentro do menu “Integrate” e com a faixa selecionando a
opção “Expr:” iremos selecionar a opção [CHOOS] e escolher a
célula [F], onde está salva a função que devemos
integrar.

Ao selecionarmos a célula [F] basta agora


configurar as outras opções para que tenhamos o
comprimento do arco desejado:
Var: X
Lo: 0
Hi: 1
Result: Numeric
Number Format: Std
Repare que não existe uma função analítica que seja capaz de representar a
integral que desejamos. Por este motivo, realizamos somente a integral numérica. Veja
também que o intervalo foi tomado de 0 a 1; fizemos isto porque o comprimento do arco
de [0 , 1] é periódico e, portanto, para encontrar o comprimento do arco compreendido
em [0 , 92] basta multiplicarmos o valor do comprimento de [0 , 1] por 92.
Obteremos o valor de 1.46369547241.

Agora, ao multiplicarmos este valor por 92, obtemos o valor em centímetros do


comprimento do arco da função f(x), que é a largura da chapa metálica.
1.46369547241 × 92 = 134.659983462

6.5 – ATIVIDADES
1)Sabendo que o volume de uma função em torno do eixo
x pode ser expresso pela função:
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b
V    [ f ( x )] 2 dx
a

determine o valor numérico do volume compreendido entre as


funções f(x) abaixo e o eixo x, compreendido no intervalo
[1,5];
a) f ( x)  x 2
b) f ( x)  x 3
c) f ( x)  x 2  x 3
2)(Leithold - Adaptado) Suponha que o perfil de uma
estrada pode ser aproximado pela função y  x 2 / 3 . Determine o
comprimento da estrada (do arco da curva, no caso) entre os
quilômetros 1 e 8 (intervalo [1,8]).
3)Uma mola de uma certa máquina industrial,
inicialmente com 14cm necessita de uma força de 500N para
mantê-la esticada 2cm além do seu tamanho natural. Qual o
trabalho W realizado para esticá-la do seu comprimento
natural até 18cm?
b
(W  a
f ( x )dx onde f(x) é a força que atua em cada

ponto)

6.6 – RESPOSTAS DAS ATIVIDADES


1) a)V = 624.8 uv
b)V  11160.57uv
c)V  16993.37uv
2)Comprimento da estrada  7.63km
3) f(x) = 250x
W = 2000J

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