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MORTE

NA
CRUZ
V. M. LAKHSMI

Instituto Gnosis Brasil


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Este livro foi traduzido e revisado do original em espanhol.
Título original: Muerte en la Cruz
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Capa Recriada do original em espanhol:

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PREFÁCIO

O V. M. LAKHSMI, amplamente conhecido no contexto gnóstico latino-


americano, dirige esta nova obra a um público seleto do qual você toma parte,
amigo leitor. Dizemos que esta obra está dirigida a um público seleto porque a
grande parte da humanidade está incapacitada para poder compreendê-la devido
ao caos e marasmo de interesses egóicos nos quais se encontra imersa.
Isto a impossibilita de aprender e compreender uma obra cujos ensinamentos
se encontram em oitavas superiores, os quais não pode alcançar a mente humana
em seu estado de degradação atual; portanto, se esta obra fosse exibida nas vitrines
das mais luxuosas livrarias do mundo passaria totalmente desapercebida para o
homem comum e corrente “cujos interesses intelectuais” não estão neste plano.
O V. M. LAKHSMI é um homem que, através de constantes super-esforços
e padecimentos voluntários, alcança um estado de consciência superior que lhe
permite desvelar, nesta obra, grandes mistérios e segredos que estiveram ocultos
através dos séculos para a grande maioria da humanidade e os quais, hoje, nos
oferece de uma forma desinteressada, com o único propósito de ajudar-nos a
compreender o único sendeiro da vida que pode nos conduzir ao “Religare” com
nossa Seidade Interior: o Sendeiro da Auto-realização.
Com um estilo simples e descomplicado (atributos da verdadeira sabedoria
do Ser) e com uma técnica didáctica estritamente socrática, o V. M. LAKHSMI,
nesta obra, vai guiando o leitor através de perguntas e respostas de uma lógica
Transcendental incrível que motivam o leitor a dinamizar-se internamente
mediante a reflexão profunda.
O V. M. LAKHSMI aborda nesta obra temas que ninguém antes havia se
atrevido a abordar por temor, talvez, de enfrentar os grandes poderes dos regentes
da religião e da filosofia que através do tempo, nas diferentes épocas, cobriram de
lousas sepulcrais esses fatos maravilhosos concernentes ao Cristo, à Virgem Maria,
à Cruz da Redenção e ao próprio homem, devido a interesses obscuros e
inconfessáveis.

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Esse Homem ousa, valentemente, descobri-los e apresentar publicamente
este livro, desvelando o oculto em aras do progresso e desenvolvimento interior
profundo do estudante esotérico que transita neste Sendeiro.

Alexis Mejías

INTRODUÇÃO

Você é um amante da leitura?


Gosta de ler por inspiração, para aprender ou para contradizer?
Lhe convidamos para que estude esta obra que tem em sua mão.
Não nos dê razão, nem nos tire por uma simples reação intelectual ou
emocional; deixe que sua consciência, liberada dos ideais, parentescos ou
simpatias voe pelas esferas mais elevadas do saber como a águia que maneja o ar;
ele a sustenta e ela não o sente.
Como o imenso peixe que desliza com uma audaz destreza pelas
profundidades do oceano, talvez ignorando que, na superfície, há imensas ondas;
com uma decisão firme e segura como a terra, como a rocha, como a fonte
cristalina que desliza entre as montanhas, como o ar que viaja aos quatro pontos
cardeais simbolizando a liberdade; como o fogo abrasador que reduz a cinzas todos
os elementos que lhe servem de combustão.
Se como estes elementos, atua sua vontade e sua consciência ao estudar esta
obra, poderá interpretar seu conteúdo.

O Autor.

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CAPÍTULO I - O MUNDO E SEUS SISTEMAS

Nesta obra que entregamos à humanidade, daremos a conhecer alguns dos


aspectos que têm relação com os diferentes processos da vida, que se desenvolvem
em todos os organismos e que tiveram origem na criação, que através de
muitíssimos processos vieram cobrindo todos os espaços.
Por isso se diz, em termos esotéricos, que nada no infinito está vazio, ainda
que nossa mente e nossa lógica racional assim nos indique.
É de suma transcendência para todo inquieto investigador, compreender que
por Leis Divinas, estamos intimamente relacionados com os Reinos Mineral,
Vegetal, Animal e Humano.
Com razão um Sábio diz:
“O HOMEM ESTÁ FEITO A IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS,
PORÉM SUA MENTE E SUA PSIQUE POSSUEM MUITO DE ANIMAL”.
E a lógica assim nos diz, porque não seria concebível que uma criatura que
está feita a imagem e semelhança de Deus tenha instintos criminais, tenha instintos
passionais...
Também há um grande humanista que diz:
“AS TRADIÇÕES HUMANAS REFEREM-SE À ALMA DOS
DESENCARNADOS COMO ANIMA“.
E este grande escritor complementa dizendo:
“SE NO FINAL DESSA PALAVRA COLOCÁSSEMOS “L” FICARIA
ANIMAL”.
Estranho e difícil é encontrar nessa época uma pessoa que aceite estas
verdades e isto tem uma razão que podemos definir da seguinte forma:
PRIMEIRO: O ser humano se deu à tarefa de desenvolver o intelecto até o
ponto de estar plenamente convencido de que com isso encontra a Verdade, se faz
consciente e por consequência conhece a si mesmo.

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SEGUNDO: Porque todos nós pertencemos a tal ou qual seita religiosa e ali
nos dizem que, fazendo o que nos ensinam e nos ordenam, já estamos salvos.
TERCEIRO: Porque nós, os humanos, com seu perdão, querido leitor,
estamos cheios de orgulho e de amor próprio e por este motivo nos falta valor e
coragem para aceitar o que somos; e para o cúmulo de tudo isto, não queremos
cumprir a Lei nem a Vontade do Pai, e queremos violar a Lei e que o Pai faça nossa
vontade.
Este planeta Terra em que vivemos, verdadeiramente é admirável e
maravilhoso, porém o mundo, que são os sistemas que o habitam, é o mais
degenerado e corrupto que se conhece em todas as Raças que existiram.
Os sistemas que nascem não são maus, porém o homem os danifica e estes
degeneram e morrem.
Já dizíamos que o homem quando foi criado vinha com a Perfeição do Pai,
porém com o passar dos séculos, este foi invadido por forças negativas e
degenerou.
Porém, como já dizíamos, é tanto o orgulho, o amor próprio e a soberba que
nos invadiram, que não é difícil ver e ouvir, por lá ou acolá, alguém falando: “já
recebi o Cristo”, “já recebi o Espírito Santo”, e fazendo as pobres almas que
aspiram à Luz acreditarem que aquele que faz essas prédicas já está sentado no
Trono de Deus.
Pobres pessoas! Não sabem, nem querem saber o que significa a Cruz, nem
muito menos o que é MORRER NA CRUZ.
Dizemos que os sistemas, como tudo, nascem, crescem, involucionam e
morrem. O triste de tudo isso é que estes sistemas, antes de morrerem, acabam com
a fé do povo, acabam com a moral, acabam com a fragrância da sinceridade.
Resultado de tudo isto: uma terrível confusão, ninguém acredita em ninguém e
com justa razão, como queira que todos falam em nome do Criador, pois as pobres
pessoas decepcionadas de toda farsa e mentira que lhes ensinam e lhes infundem,
deixam também de acreditar no Criador (Deus).
A redenção deste mundo já é impossível, é demasiadamente tarde. Os
religiosos discutem com o homem querendo impor-lhe suas verdades, que não são
verdades senão dogmas e fanatismos extraídos de uma mente reaccionária e

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soberba; lamentavelmente valendo-se das Sagradas Escrituras para impor seu
próprio critério, ou seja, utilizando a Palavra de Deus para destruir a Obra de Deus.
Isto você poderá comparar, querido leitor, quando se detiver para analisar as
terríveis contradições que aparecem por essas erradas interpretações.
Igualmente ocorre na política, o que um afirma o outro nega; igualmente
ocorre com a justiça, se é justa e aplicada com mesma retitude, por que duas
pessoas, uma que acusa e outra que se defende, discutem uma mesma verdade? A
inocência e a culpabilidade.
Na medicina ocorre o mesmo, ou seja, o mundo não mudará porque está feito
de sistemas caducos e degenerados e, por conseguinte, com o apoio ou o
consentimento das massas humanas.
É o momento, talvez mais oportuno, para que nos detenhamos a refletir em
todas essas coisas e, depois, se dissermos um não ao mundo aparecerão multidões
de religiosos, de políticos, de intelectuais, em síntese, de ignorantes que se lançarão
impiedosamente contra você, querido leitor, gritando com outros termos, porém
com o mesmo sentido: Crucifica! Crucifica! Crucifica! Ou seja: MORRA NA
CRUZ!
E justamente isso é o que temos que fazer. Necessitamos que nos façam essa
sentença para que possamos compreender que o mundo e seus sistemas não
suportam nem querem ver um homem ou uma mulher que querem ser livres, que
não se deixam levar pela opinião que eles têm para os ignorantes e adormecidos.

CAPÍTULO II - VIAGEM DA VIDA

Querido leitor, você se deteve a refletir onde, em que lugar e quando se


originou sua vida?
Talvez você acredite que foi quando nasceu esta existência, e isso é uma
verdade; porém, onde estava antes de tomar este corpo físico? Como se chamava?
Quem era seu pai, quem era sua mãe e quem eram seus irmãos? Você sabia que
existia? E, como já dissemos: Em que lugar se encontravam?

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Você acredita que os únicos que tiveram participação para sua vinda foi seu
pai e sua mãe?
Tudo isso tem sua razão. Essa união de seu papai e de sua mamãe se fez
cumprindo um dos Mandatos mais elementais de Deus, que é que se amassem.
Esse homem e essa mulher se uniram para contribuir com um óvulo e com
um espermatozóide (que foram os elementos que a natureza utilizou para sua
criação), que saíram de seus organismos, realizando uma viagem até a vida em
uma perfeita harmonia, com duas finalidades definidas: a primeira, INSTINTO DE
VIVER e a segunda ATRAÇÃO AMOROSA.
Suponhamos que essas regras se cumpriram, porém, você sabe o que é o
pecado original de que tanto os predicadores religiosos nos falam?
Crêem estas pessoas que este foi um pecado cometido por Adão e Eva, lá no
Éden, e nós não negamos que foi assim. Porém, em que consistiu essa falta?
Por acaso não foi... porque Adão e Eva, em um momento, foram
terrivelmente atacados pela paixão carnal e fornicaram, ou seja, derramaram o
sêmen?
Isso originou que essa geração ADÃO-EVA fosse atirada do Paraíso e a
sentença de Deus não se fez esperar.
Para Eva, disse Deus:
“VIVERÁS SUJEITA A TEU MARIDO E PARIRÁS TEUS FILHOS COM
DOR”.
E para Adão:
“POR NÃO HAVERES PERMANECIDO FIEL A MEU MANDATO,
COM O SUOR DE TUA FRONTE GANHARÁS O PÃO”.
Porém, vale a pena analisarmos, você e eu, o que fez esse Adão e o que fez
essa Eva depois que Deus os expulsou do Paraíso? Eles se arrependeram do que
haviam feito? Eva deixou de tentar Adão? Adão deixou de ser débil frente a Eva?
A serpente deixou de tentá-los?

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Querido leitor, nada disso aconteceu. Eva segue sendo Eva, a Mulher! Adão
segue sendo Adão, o Homem! A serpente segue cumprindo sua mesma missão, a
Paixão! E os três seguem cumprindo o mesmo papel.
A mulher, como elemento feminino, tentando esse elemento masculino por
uma atração muito humana e, logicamente, por uma emanação divina: Amor.
Porém, segue minha interrogação: Essa serpente tentadora, ou essa paixão, que
papel cumpre nesse homem e nessa mulher atual? Levá-los ao leito de prazer para
que forniquem, para que derramem a energia sexual, para que dêem espaço livre a
sua luxúria, porém... o que vai sair depois que esse casal, em seu leito, fornique?
Pois, querido leitor, o mais seguro é que dali, dessa união, vá aparecer uma
vida empreendendo sua viagem.
Um desses espermatozóides, que se derrama nesse ato, se une com o óvulo
que havia amadurecido na mulher, trazendo como resultado um formoso menino
ou uma formosa menina para a alegria de seus pais, amigos e familiares, porém...
que dor! Que sofrimento para nós e para essa criatura, pois vem com a marca
indelével do pecado original.
Não me refiro ao pecado que se originou quando a geração Adão-Eva
fornicou, me refiro a união desse homem e dessa mulher que o fizeram fornicando
igualmente; resultando que essa criatura que vai nascer ou que já nasceu, traga a
marca de nossos antepassados pais e a contramarca de nossos pais atuais. Todos
somos fornicários!
Em nossa atual existência, todos nós fomos feitos pela fornicação. Isto é
censurado por Deus desde a criação, porém continuamos sendo os mesmos.
Pouquíssimos homens na história resolveram sair da multidão cumprindo com
esses Sagrados Mandatos: NÃO MATAR E NÃO FORNICAR.
Pode ser que você se pergunte nesse momento, que relação tem o NÃO
MATAR com o NÃO FORNICAR, e vale a pena remitir-nos essa terrível sentença
de Deus que fez a Adão quando lhe disse:
“DE TODOS OS FRUTOS DO HORTO PODERÁS COMER, MENOS DO
FRUTO DO BEM E DO MAL, PORQUE O DIA EM QUE DELE COMERES,
MORRERÁS”.

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A vida para nós empreende sua viagem, como já dissemos, quando um óvulo
e um espermatozóide se unem e vem a gestação, o nascimento , a infância, a
adolescência, a maturidade, a velhice e, logicamente, a morte.
Como em tantas partes falamos, dor ao nascer, dor ao crescer, dor na velhice
e dor na morte; e qualquer pessoa apenas razoável, dirá: Mas isso é apenas normal!
Porém eu pergunto: Por que é normal? É lógico porque assim vemos viver a
humanidade, dia após dia, com dor, com sofrimento.
Ninguém sabe o porquê desse sofrimento, o porquê dessa dor; e lógico que,
se nos dói a cabeça, dizemos que é pela dor de cabeça; se não toleramos alguém
ou lhe temos ódio, má vontade, não sabemos, simplesmente, não nos querem e não
os queremos mais.
Se é rico, simplesmente, diz que foi bem nos negócios ou que foi inteligente;
se economicamente não tem recursos, diz que foi mal ou simplesmente, culpa a
Deus, e com isso se conforma o ser humano de todos os níveis sociais.
Isto é uma luta sem fim na Terra. Todo mundo quer deixar de sofrer, porém,
se não deixamos de violar a Lei como vamos nos estabelecer em outro nível? Ou
como vamos salvar-nos do rigor da Lei?
Impossível querido leitor. Alguns se conformam dizendo: “Ao morrer tudo
se acaba”. Porém isso não é assim; depois da morte continua a vida em outro nível,
com outra característica, porém continua, não podemos evitar isto até que
regressemos a uma nova matriz. Desgraçadamente com a mesma marca: O
PECADO ORIGINAL, FILHOS DA FORNICAÇÃO.
Em resumidas palavras, outra viagem que realiza a vida conosco, rumo ao
fracasso, à MORTE!
Isto nos faz ver e entender que agora ninguém pode fazer nada por nós. Cada
pessoa é que deve tratar de fazer algo por si mesma.
Se fomos feitos pelo pecado da fornicação, deixemos de ser fornicários,
sejamos castos em pensamentos, palavras e em obras como nos ensinam as
Sagradas Escrituras e assim romperemos com esse Karma que vimos arrastando,
vida após vida, pela fornicação; e assim a vida e a morte, frente a frente diante de
nós, cada uma dará seu veredicto.

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A Vida, como nós não a matamos, vencerá a morte, e a morte, respeitando a
Lei, se retirará reconhecendo que sim, houve um homem ou uma mulher que, por
Vontade, por Obediência e por Disciplina cumpriu o Mandato de Deus, sobre essa
pessoa não cairá a Espada da Justiça porque da vida fez o refúgio para nunca mais
morrer (A SALVAÇÃO).

CAPÍTULO III - A VIDA E OS REINOS

Continuando com esta reflexão sobre a vida, podemos dizer que as grandes
verdades que conheceram, viveram e compreenderam as culturas antepassadas,
devido à decadência e a perda dos sentidos extrasensoriais do ser humano, tudo
isso, para nós hoje em dia, é mitologia, porque não existe ninguém, ou talvez, com
pouquíssimas exceções, existam pessoas que possam conhecer e investigar a vida
que existe nos minerais e na terra.
Logicamente não estamos nos referindo à vegetação, queremos nos referir
aos elementais da terra que se conhecem como os Gnomos e Pigmeus. Essas
criaturas são chispas divinais que também, como nós, obedecem às correntes da
vida dirigidas por Leis diferentes das nossas, porém que obedecem à escala musical
do Universo: O REINO VEGETAL. Neste Reino encontramos bilhões de espécies,
ocupando diferentes escalas na evolução, porém são criaturas em que, dentro de
cada uma delas, vibra e palpita uma vida que, como nós, também aspira sua
liberação algum dia.
Estas vidas estão dirigidas por sábios Devas da Natureza que as instruem para
que conheçam a ciência que as rege e para continuarem nas diferentes escalas da
evolução; porém é a mesma vida, só se diferencia pelo organismo em que está
estabelecida.
No Reino Animal, como no anterior, também existem bilhões de
manifestações de vida, do menor inseto até o maior mamífero, obedecendo a essa
grande Lei que, através de seus sábios Devas ou Instrutores, lhes instrui para que
conheçam também a ciência que os rege. Neste reinos já conhecemos a
manifestação sábia dos três princípios que originam a criação.

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Nos insetos e em alguns outros animais de tamanho pequeno já vemos a
manifestação do primeiro Cérebro.
Quero me referir ao Cérebro Motor ou movimento que permite que esse
animal se mova em todas as direções. Em si, porém, não conhece senão uma
dimensão, ou seja, a linha reta.
Posteriormente vem o resto dos animais, os quais já expressam a existência
de dois cérebros ou seja: Cérebro Motor e Cérebro Emocional; estes animais
somente percebem duas dimensões: a profundidade e a largura.
Isto nos faz ver como a natureza vai levando a vida dentro de uma ordem
perfeita até levá-la a sua máxima expressão de perfeição, e até onde ela pode,
mediante suas leis mecânicas, conduzir a evolução.
Posteriormente, vem o Reino Humano, este dotado de três cérebros e pela
lógica da razão. Aqui vemos a perfeita integração que tem nossos organismos
humanos com os reinos anteriormente descritos.
O reino mineral tem relação em nós com os ossos e a musculatura; o reino
vegetal tem relação em nós com o metabolismo, circulação, oxigenação, etc.; o
reino animal tem relação em nós com os processos mecânicos que a Natureza
exerce em nós e instintos, entre outros: conservação, reprodução e sobrevivência.
O reino humano vai exercendo o conhecimento dos demais reinos e fazendo
uso de uma porcentagem de consciência, pode produzir nele, à vontade, mudanças;
modificando desta forma o destino e as leis mecânicas que o regem nos demais
reinos.
A este organismo humano já lhe é permitido conhecer as três dimensões
mediante a inteligência, a razão e a capacidade que lhe confere seus três cérebros.
Como já dissemos, Cérebro Motor ou movimento permite deslocar-nos em
qualquer direção; Cérebro Emocional nos permite conhecer a largura das coisas e
o Cérebro Pensante nos permite conhecer o espaço infinito.
Como você vê, querido leitor, até aqui a Natureza nos traz, ensinando-nos a
ciência que nos rege em todos os reinos. Estas são leis mecânicas porque rege toda
essência que passa por estes reinos; porém, daqui para cima, as leis deixam de
exercer sua ação e o ser humano, mediante uma compreensão, vontade e disciplina,

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deve produzir a revolução da consciência para deixar de ser regido por leis
mecânicas e passar a ser dirigido por sábias leis que o levarão a sua perfeição.
Podemos dizer com isto que o ser humano até aqui está feito, porém não
aperfeiçoado.
Lembrando-nos os textos bíblicos, podemos dizer, com justa razão, que o
homem é chamado: “ARQUITETO DE SEU PRÓPRIO UNIVERSO
INTERIOR”.
Como nós sabemos, existem muitos livros sagrados que nos confirmam isto.
Existem os Evangelhos Apócrifos, os Evangelhos Essênios, o Bhagavad-Gita e a
Bíblia Cristã.
Nenhum desses livros sagrados desmentem o fato de que o ser humano, para
que se una com Deus, tem que buscar sua própria perfeição, do contrário não o
consegue.
Não entendemos a razão pela qual, hoje em dia, aos procuradores da verdade
lhes dizem que esta se encontra em tal ou qual religião ou seita. Dá medo dizer às
pessoas a verdade, porque é claro que se acabaria o comércio de almas; se acabaria
o negócio com a religião; já nenhuma pessoa seria capaz de adorar pessoas ou
ídolos, somente teria tempo para adorar seu Íntimo, seu Deus Interno, sua
expressão da Verdade; somente bastaria um nobre recinto para colocar seu altar e
render culto à divindade.
Dizem as lendas que, em uma ocasião, os deuses se reuniram e, vendo que o
homem havia caído em degeneração, quiseram esconder o segredo da redenção
onde o homem não o encontrasse.
Uns disseram que fizessem um buraco bem fundo e o enterrassem; outros
disseram, não, porque o homem pode escavar e encontrar o segredo.
Outro disse: “Enterremo-lo no fundo dos mares”. Porém disseram: “O
homem vai fazer submarinos e chegará até o segredo”.
Outro disse: “Coloquemo-lo no espaço”; porém perceberam que o homem
construiria naves e também o encontraria.

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Por último disseram: “Vamos escondê-lo no homem, ali sim não poderá
encontrá-lo”. O esconderam no coração do próprio homem e os fatos o
demonstram.
O homem busca por todos os meios fazer-se sábio; percorre todo o mundo
em que anda e se interessa muito pouco em conhecer o mundo em que vive.
Desenvolve todas as capacidades do Saber, se interessa muito pouco em
desenvolver o Ser: ou seja, quer fazer-se sábio sem contar com Deus, seu Criador.

CAPÍTULO IV - A VIDA NO HUNANÓIDE

Estudando as Sagradas Escrituras sabemos que, no começo, a Terra era


uniforme, coberta de águas e trevas; você dirá, querido leitor, que estamos nos
referindo ao planeta Terra, pois diríamos que é a relação que existe entre o ser
humano e o planeta.
Se a Terra, em seu começo, estava coberta de águas e trevas, o mesmo
fenômeno acontece com o homem. No começo, aparece no ventre de sua mãe
coberto de águas e trevas; transcorrem nove meses e essa criança nasce.
No momento de nascer, essa criança começa a receber programas, ou seja, a
desadaptá-lo do que para ele deveria ser natural.
Umas pessoas acham que ele deve ser amamentado, outras acham que não,
que lhe devem dar o alimento tal que é completo; outras acham que a criança deve
dormir com sua mãe, outras acham que não deve dormir com sua mãe. O que você
opina, querido leitor, de tudo isso?
A lógica nos está ensinando que a criança deve receber o alimento que sua
mãe produz. Deve estar aos pés de sua mãe para que ela, com sua aura, a proteja.
Não estamos contra os médicos, porém, nascendo a criança, começam a
aplicar-lhe uma série de vacinas, ou seja, bactérias, para preveni-lo de algumas
doenças.

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Aí sim, como disse um grande escritor: “Estamos disparando contra um
inimigo que ainda não existe”, e, o pior de tudo, acostumando essa criatura a
depender diretamente dos remédios sintéticos, alopáticos e químicos.
Se alguém tenta fazer-lhe um remédio natural, algumas pessoas riem porque
deixamos de crer na Mãe Natureza e já caímos, cem por cento, nas mãos de uma
ciência que substitui o natural.
Essa criança segue crescendo, como já dissemos, submetida a todo um
programa. O programa da sua mãe de acordo com sua forma de pensar; o programa
do seu pai de acordo com seu ponto de vista; o programa de seus irmãos, o
programa da sociedade e, para cúmulo dos males, chega ao colégio e à
Universidade para receber somente programas que vão ficando gravados na
memória e na mente. E quanto ao coração?
Como se não importasse, não é verdade? Este passa a ocupar um segundo,
terceiro ou quarto lugar; todo mundo lhe ensina para que grave em seu computador:
a Mente.
Como essa criança já está programada, não pode eleger nem pensar
livremente; então, por uma conveniência ou imposição, tem que aceitar a religião
do seu pai, da sua mãe ou do avô e, inclusive em muitos casos, vimos que se não
pertence a determinada religião tampouco lhe permitem estudar em um conjunto
educativo; ou seja, essa pobre criança é uma marionete manejada por programas;
chega o momento de eleger uma carreira ou uma profissão e tem, por imposição,
que aceitar o que o seu pai quer que seja, a sua mãe ou o avô; não o que ele quer
ser; ali vai se formando um verdadeiro títere das circunstâncias da vida.
Querido leitor, o que seria de um toureiro que não tivesse esta vocação? Na
primeira corrida se deixaria matar, não é verdade?
Isso acontece em todos os ramos do saber. Quando uma pessoa exerce uma
profissão que não é a que corresponde a sua vocação, é um verdadeiro fracassado.
Como dizíamos no começo do presente capítulo, esse mundo no começo
estava envolvido por águas e trevas. Nós, os esoteristas, sabemos que, de acordo
com a ordem dos pontos cardeais, o elemento água está no ocidente. Quando essa
criança emerge das águas que são o ventre de sua mãe, começa uma viagem pela

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horizontal da vida e, logicamente, sua meta é chegar ao oriente; porém,
desgraçadamente, não consegue.
Essa criatura, cujos primeiros anos correspondem à infância, sua segunda
fase corresponde à adolescência, até chegar ao estado de adulto ou maioridade.
Ao chegar a esse ponto, encontra-se com algo inesperado, imprevisto e,
sobretudo, com uma terrível imaturidade.
Quero referir-me a atividade sexual. Eu pergunto a você, querido leitor, qual
você acha que foi a preparação que essa criança recebeu de seus pais, irmãos e
parentes, de uma religião, para que uma pessoa enfrente com retidão e vontade esta
situação? Pois acredito, pelo visto, que por milhares de anos, isto não existiu.
Este homem ou esta mulher chega a esta etapa de sua vida acreditando e até
convencido de que sua meta é conseguir uma mulher para satisfazer seus prazeres,
reproduzir-se e entrar em uma descendente onde somente vai deixar como
recordação uns quantos filhos, um diploma pendurado na parede e uma alma
perdida.
Você dirá que não é assim, porém a vida de todos nós é determinada por dois
caminhos: UM QUE VIAJA PARA A MORTE E OUTRO QUE VIAJA PARA O
CÉU.
Como é apenas natural, todos acreditamos que vamos para o céu porque Deus
não nos mostra coros de Anjos levando-nos ao inferno; em troca, sim, vemos aos
homens modificando as Leis de Deus, escrevendo muitos códigos de ética moral
e, o pior de tudo, milhares de predicadores religiosos vendendo salvações e o
pobrezinho que viaja neste caminho convencido de toda essa farsa e mentira.
Quando o homem chega à máxima expressão de sua atividade sexual,
qualquer um entende que essa semente é sua semente e que possui duas funções
definidas em nós: UMA DELAS RELACIONA-SE COM O MUNDO EM QUE
VIVEMOS E A OUTRA FUNÇÃO RELACIONA-SE COM DEUS.
Com a primeira função de sua semente reproduz a espécie, com a segunda
função de sua semente regenera-se e se eleva a estados superiores de consciência.
A viajem do Ocidente para o Oriente, como já dissemos, o faz pela
horizontal.

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Ao chegar ao cruzamento da Cruz, onde está o cravo de ferro que une os dois
madeiros, esse cravo não é outra coisa que a Alma do Esperma Sagrado.
O ferro, simbolizando a Frágua Acesa de Vulcano, simbolizando a Eros,
simbolizando as forças que unem através desses dois madeiros, esse nascimento
interno que se vai fazendo com essa semente que regenera.
Quando o homem, neste processo do trabalho na cruz, derrama o sêmen, lhe
acontece o mesmo que à fruta que amadurece bichada na árvore, apodrece e cai no
chão.
Que lástima que os religiosos não compreendam os grandes significados da
Cruz e que, ao invés de mandar os casais fazerem filhos para o céu, melhor que os
ensinassem o que o Catecismo Católico Apostólico e Romano ensina SER
CASTOS EM PENSAMENTOS, PALAVRAS E OBRA; e desta forma estes
casais, em vez de acreditar que estão fazendo filhos para Deus, se fariam filhos de
Deus.
Querido leitor, os mistérios Crísticos foram entregues à Humanidade pelo
maior Homem que existe, JESUS e ELE não os escreveu em nenhum pergaminho,
nem em nenhum livro: os escreveu em uma Cruz.
Ainda que lhe pareça incrível, essa fruta que amadureceu e caiu podre no
chão pode ser você, pode ser eu, somos todos os seres humanos que fornicamos,
que gastamos nossa semente e, está claro, alguns dirão: “Eu não fiz isto!”. Pois, se
não o fez nesta vida, em outras vidas passadas sim!
E esse pecado original, esse Karma, aí segue com você, e não pode elevar-se
se não se regenera e a regeneração, como o seu nome diz, vem dessa energia
genética sabiamente processada através da alquimia.
Se esta fruta amadureceu bichada e caiu no chão porque não logrou sua meta
espiritual ou porque não lhe interessou, isto é o que determina que nós sejamos uns
pobres humanóides dominados pela matéria e dirigidos por uma mente mecânica
e diabólica.

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CAPÍTULO V - O HOMEM E SUA VIDA

Se analisamos este drama o qual cada pessoa vive, não encontramos duas
pessoas no mundo que vivam o mesmo drama no mental, no psicológico e no
físico.
Em pouco ou muito se diferencia a vida de cada pessoa. Isto nos indica que
cada um de nós deve levar muito a sério o drama de sua vida.
Por que o vive assim? Por que esses eventos? Qual participação têm outras
pessoas em nosso drama? Ou, qual a nossa participação no drama do outros?
Se cada evento que faz sua aparição em nossa vida tem uma causa, por
conseguinte produz em nós um efeito. Onde está a causa? Como e quando se
originou?
Podemos encontrar o caso de uma pessoa que é traída pelo ser querido. Essa
pessoa se pergunta porque lhe acontece isso e, logicamente, descarrega todas as
sua pressões sobre a pessoa que o traiu. Porém, isto lhe acontece por simples
coincidência ou casualidade?
A lógica nos diz que não, que isso tem uma causa e o que estamos sofrendo
não é mais que o efeito dessa causa e poderia ser que essa pessoa ofendida, para
terminar com este problema, matasse a pessoa que o ofendeu acreditando que com
isto o problema se solucionaria.
O que fez foi agravar-se, porque a Lei dos homens e a Lei de Deus começa a
atuar por outra causa, produzindo maior efeito.
A Lei dos homens castiga o assassinato e a Lei de Deus cobra a violação do
Quinto Mandamento e o problema continua igual; na próxima vida se encontram
essas duas pessoas e, na mesma idade, por Lei de Recorrência, aparece o drama.
Com justa razão, o Avatara de Aquário, SAMAEL AUN WEOR, diz:
“NÃO BASTA RESOLVER PROBLEMAS MAS SIM ELIMINAR
PROBLEMAS”.

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Se esta pessoa, desprezada, sacrifica essa dor para liberar a consciência que
está presa pelo carinho à outra pessoa, então esse Eu que tinha esse compromisso
com essa pessoa morre e não se repete o mesmo drama.
Queremos dizer que tudo isto se chama em esoterismo: ELIMINAR
PROBLEMAS.
Inicialmente é necessário e conveniente que a pessoa que vai fazer este
trabalho esteja disposta a se descomplicar, esteja disposta a eliminar todos esses
programas que traz em sua mente e em sua psique.
Todo programa que nós temos na mente, tem seus próprios Eus que o
alimentam e que estão dispostos a agir com violência no dia ou momento em que
a esses programas não lhes é dado um fiel cumprimento.
Uma pessoa programada por uma religião, por um partido político, pela
crença na pátria, pela crença de que é bonito, de que é feio, branco ou negro, pela
crença de que todo mundo o quer; pela crença de que é muito rico; se não
desintegra esses programas psicológicos, não pode produzir uma mudança em sua
vida.
Quando cada um de nós compreende tudo isto, se dá conta de que necessita
receber conselhos, que necessita aprender de todo mundo; porém, ninguém deve
programar-nos, e isto tem duas razões muito definidas:
PRIMEIRA: O programa que nos colocam não concorda com nossa
particularidade ou individualidade e;
SEGUNDA: Como é um programa feito por pessoas que têm outro ponto de
vista ao nosso, nunca vamos adaptar-nos perfeitamente a esse programa, nem
muito menos compreendê-lo a fundo.
Querido leitor, você se deteve alguma vez a analisar, a indagar, a
compreender o que é a liberdade? Tudo o que conhecemos como tal tem parte da
liberdade, porém não é a liberdade.
Se um país está sendo invadido por outro pede ajuda aos seus aliados e estes
a dão; porém, de imediato, lhe colocam os programas que eles levam e as pessoas
se dão ao luxo de dizer: “Fomos libertados por fulano!”. Porém, esse fulano faz
com que se cumpra o que ele impõe.

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Não podemos ser livres se não aprendemos ver a vida com a realidade que
tem.
É necessário que aprendamos a ser espectadores de nossa vida e não atores
de nossos dramas.
Um ator de um drama tem que haver estudado o roteiro com antecedência
para fazer esse papel bem feito.
Se nós analisamos isto, o ator que estuda o roteiro de nossa vida com muita
antecedência é o Ego, porque ele é memória e é recorrência. Portanto, nós não
temos porque ter uma vida programada.
Devemos aprender a viver de momento em momento e também devemos ter
a vontade e a disciplina para quando tais atores ou Eus queiram apresentar o seu
drama, podermos conhecer quem são e não entrar para ser participantes de um
evento ou drama que só tem a ver com uns quantos Eus nossos que, a sua hora e a
seu momento, se encontram com os Eus de outras pessoas e formam uma
verdadeira hecatombe, fazendo-nos perder o controle e a consciência que temos;
ou seja, nossa vida se converte em uma verdadeira fatalidade.
Quando nós nos propomos a desintegrar os programas que temos gravados
na mente e na psique, todos esses Eus gritões e brigões que sustentam e apoiam
esses programas ficam sem emprego; ou seja, é como uma empresa que quando se
acaba, todos esses operários, o pessoal técnico, é jogado à rua, ficam sem seus
empregos; ou seja, ficam com uns quantos reais para sustentar-se por uns dias; se
não conseguem um novo emprego para se sustentarem, não têm o que comer.
Assim são essas Legiões de Eus quando vamos eliminando esses programas;
ou seja, vamos nos descomplicando. Todos esses Eus ficam sem ter o que fazer,
simplesmente lhes resta um pouco de energia, que já haviam adquirido de nós e,
se permanecemos alertas e vigilantes, não deixamos que nasçam em nós certas
complicações que lhes vão dar moradia ou emprego a todos esses desordenados
operários ou Eus que temos submetidos à auto-observação e à morte por inanição.
Não esqueça, querido leitor, que estas linhas são ensinamentos para os
inquietos e buscadores da Luz; não são para aquelas pessoas que se conformam em
nomear o bem e o mal, o céu e o inferno e que, como foi sua vida e segue sendo,
crêem que vão muito bem.

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Nessas condições não somos mais que simples sombras dando refúgio,
comida e abrigo a uma legião de demônios que levamos em nosso interior.
Como já dissemos, cada um destes elementos cumprindo talvez na totalidade,
com seu triste e terrível papel de converter-nos e manejar-nos como marionetes e,
o pior de tudo isso, as pessoas que nós consideramos que podem nos orientar e
guiar neste processo espiritual, que nesse caso deveriam ser os guias religiosos,
também são máquinas programadas, pobres adormecidos, cheios de amor próprio,
orgulho e fanatismo; predicando de formas belas o que os grandes homens da
história fizeram, porém sem compreender que isso é para que cada pessoa viva, e,
através desses ensinamentos, percebermos que estamos dormidos.
O que estamos ensinando aqui não é para teorizarmos mais, senão para
despertarmos, e percebermos plenamente o papel que estamos fazendo e o lugar
que ocupamos em relação a vida.
Todo este processo e aspectos da vida que até aqui analisamos, corresponde
nitidamente à vida mecânica do humanóide, como diz o V. M. Samael:
“EQUIVOCADAMENTE CHAMADO HOMEM”.

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CAPÍTULO VI - NASCIMENTO DO HOMEM

Como dissemos em capítulos anteriores, a viagem que o homem começa no


ocidente pela horizontal da vida, tem íntima relação com a Cruz.
Ao chegar ao centro onde está o cruzamento do pau horizontal e do pau
vertical da Cruz, se este homem não tem uma formação que lhe permita conhecer
e compreender que a semente humana é o ouro puro que nos permite fabricar a
Alma e encarnar o Ser, e neste processo essa pessoa derrama sua energia, isto traz
como consequência que caia como a fruta que apodreceu na árvore e caiu na terra.
É lógico que esta pessoa segue vivendo, reproduzindo-se e arrastando-se no
lodo da terra, porém, por seu progresso espiritual nada está fazendo.
Ele possui em suas glândulas endócrinas seminais o cimento unitivo ou
material que lhe vai servir para sua regeneração, se esta pessoa toma esta decisão.
Querido leitor, peço que analise o que aqui estamos dizendo. Esta pessoa,
como símbolo da semente caída da árvore, cai sobre a terra, não é verdade?
Para que esta semente que leva dentro nasça, deve enterrar-se na terra, no pé
dessa árvore de onde caiu.
Essa árvore é a Cruz e essa baixada ao interior da terra é o descenso à Nona
Esfera.
Essa Nona Esfera não é nada menos que o lugar onde essa pessoa vai plantar
sua semente, a qual germinará e dará origem ao nascimento espiritual.
Tenha-se em conta que aquele nascimento que se fez no Ocidente,
correspondeu ao nascimento da matéria da pessoa.
A caída da Cruz, o levou a cair sobre a terra.
O ingresso ao interior da terra, ou seja, à Nona Esfera e a germinação de sua
própria semente, corresponde ao Norte e a um Nascimento Espiritual.
Essa semente nasce e começa seu ascenso através do pau vertical da Cruz.

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Por isso a Cruz, nos grandes Templos de Mistérios, está cravada na terra,
símbolo do elemento que está resgatando as Almas que estão caídas e que, como
todo nascimento, começa de baixo para cima.
Esta pessoa que está fazendo este trabalho com sua própria semente, vai
ascendendo por essa Cruz, ou seja, já não tem a Cruz por cima como carregam os
mortos, senão que se está subindo na Cruz.
Quando este homem chega ao cruzamento da Cruz, encontra o mesmo
fenômeno que encontrou quando caiu: UM CRAVO QUE UNE OS DOIS PAUS,
O VERTICAL E O HORIZONTAL.
Porém, como este homem chega a este ponto com consciência e
conhecimento sobre os mistérios do sexo, já não volta a cair; olha aos quatro pontos
cardeais.
No Ocidente vê as águas onde nasceu como pessoa.
No Norte vê a terra que um dia o tragou (porém que dela ressuscitou, porque
baixou à Nona Esfera, plantou sua semente e dela hoje é nascido).
Olha ao Oriente e vê a estrela que viram os Magos que anunciavam o
Nascimento do Cristo.
Essa estrela para nós, os esoteristas, simboliza a Luz, o Despertar da
Consciência.
Este caminhante do sendeiro viaja ao Oriente guiado por essa Luz, logo, em
sua constituição interna, levará três presentes, sem os quais não poderá ser guiado
até o Presépio onde nasceu o Cristo.
Quero referir-me a Melchior, Gaspar e Baltasar, os três Reis Magos que
levavam ouro, incenso e mirra.
O ouro que representava a castidade, o incenso que representava a mente
pura, a mirra que representava o homem justo.
Esse Melchior, Gaspar e Baltasar são os Mercúrios da Grande Obra.
O primeiro é Negro, o segundo é Branco, e o terceiro é Amarelo.

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Quando esse homem no Oriente se une com a Luz da Estrela que o guia,
empreende sua viagem até o lugar onde está esse Cristo Íntimo, que vitorioso se
esculpe nessa Cruz.
Ali, no Sul encontrará essas letras que dizem: INRI (Ignis Natura Renovatur
Integram), ou seja, que o Fogo Renova Incessantemente a Natureza.
Porém, a que fogo estamos nos referindo? Ao fogo ígneo ou fohático de nossa
própria semente que, viajando através dos quatro pontos cardeais, conquistou cada
um dos elementos da natureza; os quais fazem parte de nossa constituição física e
interna.
No Ocidente conquistou a Água onde nasceu fisicamente; no Norte
conquistou a Terra onde plantou sua semente para seu nascimento espiritual; no
Oriente conquistou a Luz que o seguirá guiando em seu caminho; no Sul
conquistou o Fogo com o qual seguirá se purificando.
Este viajante só e enigmático, através destes percursos vai se fazendo real.
Tem um conhecimento puro, ou seja, é um homem no sentido mais completo da
palavra.
Para você, querido leitor, será um pouco estranho que uma pessoa, para
chegar a ser um Homem, tenha que utilizar essa semente e fazer estas simbólicas
viagens; porém, você tem ouvido dizer que o homem é o Rei da Criação?
Se esse homem não conquista estes elementos, que classe de Rei é?
Poderíamos dizer que, em nenhum momento, os profetas e as Sagradas
Escrituras se equivocaram nesta classe de definições; o que não existe é quem as
interprete à Luz da consciência: O HOMEM.

CAPÍTULO VII - A PERFEIÇÃO DO HOMEM

Como vimos até aqui, o ser humano foi criado por Deus como perfeito.
Com o passar das raças, veio a queda e se fez necessário que Deus o atirasse
do Paraíso para que tivesse consciência do que havia perdido; e com o passar dos

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séculos, alguns pequenos grupos de pessoas buscaram novamente elevar-se a essa
perfeição perdida, porém, está claro, cada pessoa por seus próprios meios e por sua
própria decisão.
Quando o homem, como dizíamos no capítulo anterior, empreende o ascenso
pela vertical da Cruz, se faz necessário que, com a sábia utilização de sua energia
sexual, comece a fazer sua regeneração e logo, fazer uma estrutura solar em sua
correspondente ordem: CORPO FÍSICO, CORPO VITAL, CORPO ASTRAL,
CORPO MENTAL, CORPO CAUSAL; e por sua vez, ir desintegrando toda
aquela gama de elementos infra-humanos, Eus, aos quais se não se elimina o
ascenso por este caminho se faria impossível.
Cada um destes elementos, ou Eus, exerce três formas de obstáculos no
caminho:
PRIMEIRO: Buscam seguir satisfazendo suas paixões e cometendo
múltiplos erros.
SEGUNDO: Não permitem que a pessoa possa ter domínio sobre sua mente,
emoções e instintos.
TERCEIRO: Não permitem que a consciência e a vontade vão se
desenvolvendo para poder sustentar-se firme na decisão e no caminho.
Ou seja, isto é como se um caminhante levasse uma carga muito pesada e
pouco a pouco vai deixando parte dela; é lógico que, quanto mais leve, mais rende
o caminho.
Este caminhante do sendeiro da Cruz, em proporção ao trabalho que vai
realizando, vai tendo mais claridade, mais consciência e, por conseguinte, isto lhe
permite ter mais que suficiente razão para a eliminação de Eus, agregados
psicológicos que interferem em seu caminho.
Esta é a razão pela qual todos sabemos que Deus fez o homem perfeito.
Depois da queda, o homem foi invadido por defeitos; estes defeitos são a
manifestação de Eus que levamos dentro, mercadores que compram e vendem em
nosso Templo Interior.
Demostrou-nos o Cristo, quando tirou os mercadores do Templo.

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Claro que nós, mortais, não podemos dar-nos ao luxo de tirá-los, porque
dentro de cada um destes elementos existe nossa consciência presa por eles, a qual
temos que tirar do interior de cada Eu, através de rigorosas disciplinas e trabalhos
conscientes.
Quando o homem, neste trabalho da Cruz, vai ascendendo, tem que cumprir
com aqueles preceitos Sagrados que deu o Cristo quando disse:
“QUEM QUIZER VIR APÓS MIM, NEGUE-SE A SI MESMO, TOME
SUA CRUZ E SIGA-ME”.
Como você vê, querido leitor, é conhecido por nós nesta época, o Quinto
Evangelho entregue para a humanidade pelo Avatara de Aquário, V.M. Samael
Aun Weor, onde nos ensina que existem TRÊS FATORES DA REVOLUÇÃO
DA CONSCIÊNCIA para que, com a prática dos mesmos, possamos ascender por
essa vertical da Cruz (com a Morte, já dissemos, se faz mais leve a carga que
levamos).
Com a Castidade ou Nascimento adquirimos força em nosso caminho; com
o Sacrifício pela Humanidade nos iluminamos para ver melhor o caminho a
percorrer.
Este trabalho da MORTE NA CRUZ, representa para uma pessoa seguir o
exemplo, a Doutrina que o Redentor do Mundo entregou e, como dissemos em
capítulos anteriores, isto ELE não escreveu em nenhum livro, nem em nenhum
pergaminho; o deu em um drama vivido na Cruz.
Isto não são teorias, isto é prática e nada mais que prática.
Nesta viagem aparecem ao Iniciado multidões que o criticam, multidões que
o chamam de louco, porque as pessoas não podem entender estes mistérios até que
não os estejam vivendo na própria carne.
Todo este drama cósmico se repete através dos séculos e seguirá repetindo-
se em toda pessoa que seja capaz de negar-se a si mesmo, ou seja, deixar, permitir
que seja seu Cristo Íntimo o que leve esta Cruz até a redenção e não a pessoa que
carregue uma Cruz, a do sofrimento, a da dor.

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Uma Cruz que todos levamos, porém, desgraçadamente, arrastando-a porque
somos fornicários, porque somos adúlteros, porque temos ira, orgulho, preguiça,
ódio, amor próprio, gula.
Todas estas marcas de porcarias e degenerações nós, os humanóides, temos,
e em ocasiões nos presumimos santos, sábios, que não queremos aceitar a Doutrina
do Redentor do Mundo porque acreditamos que a Obra que ELE fez na Cruz foi
para que nós continuássemos sendo uns degenerados, pecadores, violadores da Lei,
amparados em seu nome para comercializar sua Doutrina.
Querido leitor, a Cruz é um símbolo de redenção.
Na Cruz se morre e na Cruz se ressuscita.
As pessoas acreditam que o Divino Mestre JESUS foi crucificado em uma
Cruz por uma simples coincidência, porém não foi assim.
Essa foi a vontade de Deus, que nós, os que aspiramos nossa Redenção,
elejamos a Cruz para fazer nosso drama, para morrer nela.
O Cristo não disse para que nós carregássemos em nossos ombros um
madeiro qualquer, uma casa, um título; para seguí-lo ordenou tomar NOSSA
PRÓPRIA CRUZ.
Essa Cruz não é outra coisa que um homem e uma mulher transmutando suas
próprias águas, eliminando seus próprios defeitos e sacrificando-se pela
Humanidade.
Isto chamará a atenção de muitas pessoas e até dirão que estão dispostos a se
sacrificar pela Humanidade, que estão dispostos a eliminar seus defeitos; porém,
quão difícil é encontrar uma pessoa que quer deixar de ser fornicário, que está
disposto a plantar essa semente na base dessa Cruz para começar esse percurso até:
A MORTE NA CRUZ.
Os religiosos de nossa época conhecem e sabem que o sexo é a base, o
fundamento de toda a regeneração; porém não o querem revelar, talvez tenham
razão porque se o fazem, suas Igrejas ficam com muito pouca gente, muito pouca
entrada de dinheiro e também, porque o sexo é a Pedra de Tropeço e eles tampouco
querem deixar de ser fornicários; deixar de derramar o sêmen, porque dizem que
isso é necessário e saudável.

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Não querem reconhecer que o sêmen é Espírito e que é a Semente que o ser
humano tem e que não dispõem de outro material para sua regeneração, para sua
procriação e sobretudo para ENCARNAR ALMA.

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CAPÍTULO VIII - O HOMEM SOLAR

Como é sabido, há duas forças na Natureza que determinam o positivo e o


negativo; o quente e o frio; essas forças são: O SOL E A LUA.
O Sol representa o Santo Afirmar, o calor, o fogo; a Lua representa o Santo
Negar, o frio, a água.
O ser humano, como vimos dizendo nos capítulos anteriores, possui uma
energia que se utiliza para a reprodução da espécie.
Quando não se dá outra utilização para esta energia senão a de satisfazer
prazeres e criar filhos (pois o ser humano não sai daí), simplesmente é um ser que
nasce, cresce, se reproduz e morre mecanicamente, inconsciente e não pode
produzir dentro de sua psique, nem dentro de sua mente nenhuma mudança radical,
porque não tem dentro de sua constituição interna esse elemento fogo que lhe
permite fazer uma estruturação física, vital, astral, mental e causal.
Pode ser que uma pessoa tente realizar mudanças, porém as fará físicas, e não
internas.
O sêmen transmutado se converte em uma energia de altíssima voltagem que
produz mudanças definitivas nos corpos que já citamos.
Diz o V. M. Samael Aun Weor:
“QUANDO UMA PESSOA DERRAMA O SÊMEN, INGRESSAM AO
SEU ORGANISMO MILHÕES DE ÁTOMOS LUNARES, FRIOS,
NEGATIVOS EM SUBSTITUIÇÃO AOS MILHARES DE ÁTOMOS
SOLARES QUE SÃO GASTOS NA FORNICAÇÃO”.
Aqui pode-se tirar conclusões, querido leitor, porque a Gnosis afirma que
esta humanidade é lunar.
Se nos propomos transmutar toda nossa energia sexual através das técnicas
científicas da alquimia, indiscutivelmente, nossos corpos físicos e internos serão
revestidos de uma envoltura solar e, consequentemente, podem se realizar
mudanças radicais em nossa vida.

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Quando o homem faz seu percurso pela vertical da Cruz, está solarizando
seus corpos e, como dizíamos, queimando parte dessa pluralidade psicológica que
leva dentro, ou seja, vai encontrando dentro de si a autêntica individualidade e,
então, vai se integrando com as diferentes partes autônomas de seu Ser Interno.
Cada um de nós, os Iniciados, que resolvemos percorrer este caminho,
indiscutivelmente vamos encontrar muitíssimas pessoas dizendo-nos que a
transmutação é má; que a ira, preguiça, orgulho, luxuria, etc., são coisas normais e
que para chegar a Deus só necessitamos pertencer a tal ou qual religião e que, como
não somos assassinos, ladrões, pois praticamente não temos nenhum defeito para
que nos condenem, uns religiosos nos dizem que confessando uma vez por ano, ir
a missa aos domingos, o problema está resolvido.
Outros dizem que aprendendo a Bíblia, do Gênesis ao Apocalipse, já se está
salvo, etc., etc.
Verdadeiramente, querido leitor, dá dor ver como se adora o Cristo da boca
para fora, porém sua mensagem, seu ensinamento foi terrivelmente profanado,
tergiversado.
Aquele que mude a originalidade do ensinamento do Divino Mestre ou do
Cristo, o está negando, ou seja, é um Judas que por trinta moedas, o vende para
que cada qual faça com ele o que queira; porque é necessário saber que o Cristo
não é uma pessoa, mas sim uma força que se expressa através de tudo que tem
vida.
Todo homem que entra por este caminho aprende a conhecer em essência o
que é o Cristo e o que representa esse simbólico drama que se apresentou na Cruz.
Você estaria disposto a tomar parte direta nesse extraordinário drama para
que com sua vida também escreva e ensine à humanidade os Mistérios da Cruz?
Um Homem quando solarizou seus corpos físico e internos, é uma pessoa
que fisicamente se parece com os demais; porém psicologicamente, quão diferente
é! É dono de si mesmo, é um autêntico homem que pode produzir dentro de si
estados à vontade, os quais lhe permitem conhecer-se mais e conhecer a vida em
sua expressão: UM HOMEM SOLAR!

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CAPÍTULO IX - CAMINHO AO SUPER-HOMEM

Quando este homem fez todo percurso pelo sendeiro probatório e o sendeiro
iniciático, está apto para empreender sua viagem à conquista do Super Homem.
Porém... eu pergunto a você, querido leitor, o que você opina sobre a vida e o
drama de Jesus?
É verdade que são aspectos enigmáticos que, como já falamos, correspondem
ao drama do Cristo Cósmico que estão escritos (seus primeiros passos) nas
Sagradas Escrituras e o drama em si Ele escreveu com sua vida, PRIMEIRO:
Debaixo da Cruz, ou seja, Ele a levava; SEGUNDO: Em cima da Cruz.
Que classe de homem era este para que, sendo Deus e sendo homem, pudesse
manejar com essa destreza todos os aspectos de sua vida e todas as multidões que
o ultrajavam e o maltratavam, acreditando que o faziam por sua vontade?
E o estavam fazendo por vontade do próprio Deus, para nos mostrar a todos
o drama que o Cristo Íntimo vive em cada um de nós.
Contam as Sagradas Escrituras que, quando este drama cósmico ia se
apresentar, havendo uma mulher pura, casta e santa que se chamava Maria, o Anjo
Gabriel se apresentou a ela e lhe disse:
“BEM-AVENTURADA POR QUE CONCEBERÁS UM FILHO QUE SE
CHAMARÁ EMMANUEL” (que quer dizer: Deus entre os Homens).
Como vemos essa mulher ia ser a mãe do Filho do Homem, ou seja, do Cristo.
Nós, os esoteristas, sabemos que a Mãe tem cinco aspectos e, por
conseguinte, cinco simbólicos nomes.
PRIMEIRO ASPECTO: Mãe Espaço, se chama LÚCIA.
SEGUNDO ASPECTO: Natureza, se chama SOPHIA, que também quer
dizer terror de amor e lei.
TERCEIRO ASPECTO: MARIA, ou seja, a Divina Mãe Kundalini, RAM-
IO.
QUARTO ASPECTO: Natureza Inferior.

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QUINTO ASPECTO: PROSERPINA, Mãe Morte.
Querido leitor, você dirá que é uma grande coincidência que esse aspecto
feminino que foi escolhido pelo Anjo da Anunciação, para que fosse a Mãe do
Cristo, se chamasse Maria; se, como já dissemos, Maria é a Divina Mãe Kundalini,
para você essa mulher como humana, se chamou Maria?
Que papel cumpriu essa mulher nesse drama cósmico? Foi a Mãe do Cristo?
Se o Anjo disse à Maria que esse filho se chamaria Emmanuel, por que ao
nascer lhe chamaram Jesus?
Seria Maria tão desobediente para não cumprir com essa ordem do Anjo?
O corpo físico, a matéria humana que cumpriu com esse drama na Cruz,
como disse, essa parte humana, física, desse homem, se chamou Jesus?
Nós, os esoteristas, sabemos que uma coisa é a parte física tridimensional de
uma pessoa, e muito outra sua parte interna, espiritual.
O Mestre Interno de Jesus se chama JESUA BEN PANDIRA. Não parecerá
a você que seria muita coincidência que o nome interno de Jesus também se
chamasse Jesua (Jesus)?
Para você, querido leitor, que espero tenha lido as Sagradas Escrituras e as
tenha tratado de interpretar, isto é assim como lhe chamam literalmente ou contém
um mistério?
Maria, ou seja, a Santíssima Virgem, foi a Mãe desse homem ou foi a Mãe
do Cristo que Ele encarnou?
Dizem que o Cristo foi filho da Imaculada Concepção.
Imaculada: Virgem, pura.
Concepção: Sem pecado, ou seja, por obra e graça do Espírito Santo.
Virgem antes do parto, no parto e depois do parto.
Volto e pergunto: Essa mulher que simbolicamente se chamou Maria, foi a
Mãe de Jesus ou a Mãe do Cristo?
Se Jesus quer dizer: “O SALVADOR DO HOMEM, MESTRE DE
MESTRES”, fisicamente se chamou Jesus?

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As Sagradas Escrituras assim o afirmam, porém se as mesmas estão escritas
em parábolas e simbolismos, as estamos interpretando à Luz do que elas querem
ensinar?
Dizem que o Cristo nasceu em um Presépio. Presépio quer dizer:
PESÉBRERE, ou seja, onde se dá alimentos a muitos animais.
Estamos em pleno século XX e não é justo, nem aceitável, que nós
continuemos acreditando que foi uma criança de carne e osso que nasceu neste
Presépio no meio de mulas, vacas e carneiros; que a mula comeu a palha onde
dormia a criança.
Que inocentes! Que ignorantes! Não considerar que se essa criança estava
com seu pai e com sua mãe, iriam permitir que a mula fizesse isso?
O Presépio é o coração do ser humano e nesse Presépio há muitos animais,
nossas paixões, desejos, nossos instintos animais.
A mula representa a mente, ou seja, que esse drama correspondeu ao
nascimento do Cristo no Coração de Jesus.
Segundo as Sagradas Escrituras, o que deixam transparecer, é que houve um
fato do qual se discutia: Quem seria o pai dessa criança?
Dizem que puseram os bastões dos anciões no Altar e aquele bastão que
florescesse, esse seria.
Dizem também, as Escrituras, que José era muito ancião, porém a ele
floresceu a vara; ou seja, como se estivessem jogando a sorte para eleger aquele
que seria o pai de Jesus. Será que é assim?
Maria era uma mulher que havia feito o voto de castidade.
Foi ela a Mãe de Jesus ou a Mãe do Cristo?
Continua minha interrogação. Acredito que você, querido leitor, como eu,
andamos em busca da Verdade, a nossa Verdade e não a Verdade que nos contam.
Que papel fez Maria nesse drama?
Pois bem, sigamos adiante.
Este homem que começou um dia seu percurso pela vertical da Cruz e que
venceu, através de seus heróicos trabalhos, todos os obstáculos que encontrou em

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seu caminho até fazer-se um autêntico Homem, Rei da Criação, e que,
posteriormente, se lançou à vida pública; nessa vida pública se encontrou com
milhares e milhares de pessoas, porém, como era um Homem, Mestre já
qualificado, tinha que integrar dentro de si esses Doze Apóstolos que representam
o Cinturão Zodiacal, as Doze Constelações.
Já estamos nos referindo ao Cristo Cósmico e não a Jesua Ben Pandirá (ou
seja a Jesus).
Esse Cristo Cósmico neste trabalho da Cruz integra:
Sete Logos Cosmocratores que representam a Lei do Eterno Heptaparaparshinock,
que representam as Sete Notas Musicais: DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI,
As Doze Constelações do Zodíaco Interior e por último, integra,
As Três Forças Primárias: PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO.
Se somamos Kabalisticamente nos dá o número 22, que representam os 22
Arcanos Maiores do Taro, indicando-nos assim que é o Ser que se integra com
todas as suas partes autônomas para começar seu regresso de onde emanou: O
ABSOLUTO.

CAPÍTULO X - O SUPER-HOMEM

Nos referimos na presente obra a esse Ser que, através da história, se


encarnou em muitos homens para entregar sua mensagem, para dar sua sabedoria
e, sobretudo, para unir todo ser humano ao redor da Doutrina: O AMOR.
O Super-Homem não é uma pessoa.
O Super-Homem é o Cristo encarnado.
O Reino do Super-Homem não está neste mundo.
O Reino do Super-Homem está no Céu. Este Super-Homem necessita na
Terra de um veículo que já esteja preparado para o poder encarnar.

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Como vimos em capítulos anteriores, necessita-se de uma estrutura física e
interna capaz de suportar a voltagem energética que tem o Super-Homem, ou seja,
O CRISTO.
Querido leitor, se neste capítulo analisamos a magnitude e a grandeza do
Super-Homem (o Cristo), o poderíamos comparar, em primeira ordem, com o
Sistema Solar.
Se nosso Sol de ORS não distribuísse sua força em todos os planetas de nosso
sistema solar e canalizasse toda sua energia em um só planeta, o desintegraria.
Se o Sol SÍRIO, ao redor do qual giram dezoito milhões de sóis com seus
sistemas, canalizasse toda sua luz e sua força a um só sistema solar, lógico está,
também o desintegraria.
Se o AIN ou Absoluto, enviasse toda sua luz e sua força a uma só galáxia,
esta também desapareceria.
A grosso modo podemos dizer que se este homem que existiu na Terra, que
se chamou Jesua, encarnou o Cristo e o Cristo é Luz e a Força que estabiliza os
homens, os sistemas e as galáxias, haverão imaginado os seres humanos, e
sobretudo, os predicadores religiosos, a magnitude e a grandeza do Cristo?
O Cristo para poder habitar aqui na Terra teve que graduar sua Luz e sua
Força para que nós, os humanóides, a resistíssemos e pudéssemos conviver com
ela.
O Super-Homem aparece dentro das multidões expressando-se em uma
pessoa daqui, da Terra.
Com justa razão, o Mestre Samael diz:
“ATÉ DEUS NECESSITA DA MATÉRIA PARA MANIFESTAR-SE”.
O Super-Homem vem e faz um gigantesco labor e, logicamente, encontra três
grupos de pessoas que o rechaçam, que o caluniam, que o perseguem porque não
encaixa dentro de suas teorias e tradições; porque sua Doutrina pertence ao
Coração, porque seu Templo é o coração do ser humano; porque não vem
comercializar com as almas mas sim resgatá-las; porque não tem filhos preferidos,
todos são iguais.
Estes três grupos de pessoas são:
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Os Sacerdotes do Templo, porque não seguem suas tradições dogmáticas e
fanatismos;
Os Anciões, ortodoxos e tradicionalistas e;
Os Escribas, os intelectuais sem espiritualidade que acreditam que com suas teorias
estão mais além do Super-Homem.
Querido leitor, isto acontece em todas as épocas da história e seguirá
acontecendo porque os ignorantes humanos pensam que o Cristo ou o Super-
Homem virá pelos ares, tocando trombeta e soltando trovões e raios.
Não queremos entender que o Super-Homem ou o Cristo venha expressar-se
em uma pessoa que surgiu do lodo da terra, e que, através de grandes super-
esforços e rigorosas purificações, se faz homem para, posteriormente, elevar-se a
Super-Homem: O CRISTO.

CAPÍTULO XI - O CRISTO E SUA DOUTRINA

É muito o que se tem falado sobre os ensinamentos do Cristo. Porém, o Cristo


como Doutrina, o que é? A quem pertence e quem o encarnou?
Pois isto é muito simples, o encarnaram em diferentes épocas aqueles
valorosos caminhantes do sendeiro que foram capazes de fazer o que Ele disse:
Negar-se a si mesmo, tomar sua Cruz e seguir por aquele escabroso caminho que
muito poucas pessoas percorreram.
Sua Doutrina sempre foi, é e será a mesma: O AMOR.
Quando este Super-Homem se lançou à vida pública, tinha três finalidades:
PRIMEIRO: Dar a conhecer sua Doutrina.
SEGUNDO: Demonstrar ao mundo que Deus, para expressar-se no povo,
também utiliza um corpo de carne e osso.
TERCEIRO: Ter esse maravilhoso encontro com estes doze princípios
anímicos conhecidos como os DOZE APÓSTOLOS.

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Estes doze Apóstolos são a representação de um Zodíaco que existe em nós.
Estes doze Apóstolos representam os doze trabalhos de Hércules; justamente
estes doze trabalhos que o Super-Homem tem que realizar para integrar-se com o
Zodíaco Cósmico e, por sua vez, para desintegrar essa parte negativa que todo
signo Zodiacal, em seu aspecto inferior, exerce sobre toda pessoa.
As Sagradas Escrituras dizem que esses Apóstolos eram pescadores, porém
nós sabemos que não eram pescadores de peixes senão que eram alquimistas.
Eles pescavam em suas próprias águas genésicas para extrair delas os
espermatozóides para sua própria regeneração e sua própria Obra.
Indiscutivelmente, mais além aparece PEDRO, homem intrépido e
revolucionário que, como dissera o Cristo:
“ÉS PEDRO E SOBRE ESTA PEDRA EDIFICAREI MINHA IGREJA E
AS PORTAS DO INFERNO NÃO PREVALECERÃO SOBRE ELA”
Este Pedro representa a Constelação de Áries e nos ensina os Mistérios do
Sexo; isto também nos indica que a Igreja do Cristo se fundamenta na Pedra, o
Sexo; porém, estes intérpretes que temos das Sagradas Escrituras, se crêem
superiores ao Cristo, querem edificar Igrejas baseados em dogmatismos, não
querem reconhecer que o Sexo é a porta, é a porta por onde saímos e que,
indiscutivelmente, por essa mesma porta teremos que voltar se é que, em realidade,
aspiramos uma autêntica realização.
Não podia faltar nesse drama JOÃO, representação da Constelação de Touro.
JOÃO nos ensina o poder do verbo, essa palavra que deve ir carregada de
energia e que, saindo do coração, expressa e ensina a Doutrina do Redentor.
Nesse mesmo drama não podia faltar o personagem central, JUDAS,
Venerável Mestre, primeiro desdobramento do Cristo que, por ordem de sua
primeira emanação, teve que cumprir esse terrível papel de entregar Jesus, o Cristo.
As pessoas que crêem que este entregou o Cristo porque era o discípulo
traidor não querem entender que este foi um drama cósmico devidamente
planejado.
JUDAS era o Apóstolo mais exaltado e, como já dissemos, o Cristo tem três
expressões ou desdobramentos.
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PRIMEIRO: O CRISTO CÓSMICO
SEGUNDO: JUDAS
TERCEIRO: LÚCIFER
Com isto queremos dizer que não entregaram o Cristo, Ele se entregou e o
fez valendo-se de seu segundo desdobramento.
Dizem as Escrituras que na Última Ceia, Jesus disse:
“CHEGOU MINHA HORA E UM DOS QUE ESTÃO COMIGO ME
ENTREGARÁ”.
Dizem que os Apóstolos se perguntaram uns aos outros: Quem será? E o
Cristo disse:
“AO QUE MOLHANDO PÃO NO VINHO LHE DÊ, ESSE É”.
Tomou o pão, o molhou no vinho e o deu a Judas Iscariotes.
As Sagradas Escrituras dizem que nesse momento entrou em Judas o
demônio e Jesus lhe disse:
“O QUE VAIS FAZER, FAZEI-O LOGO”.
Nesse momento se integraram nesse drama os três aspectos do Cristo: O
Cristo Cósmico que ia apresentar o drama; Judas, que era seu imediato
desdobramento, teve que encarnar, nesse instante, a Lúcifer; e este homem,
impelido por essa força de Lúcifer, saiu apressadamente do recinto e foi onde
estavam as multidões que, posteriormente, prenderiam ao Cristo.
JUDAS viajou, se encontrou com o povo e, para que se cumprisse a palavra
e as profecias, viajou à cabeça desta multidão e lhes disse:
“AO QUE EU LHE DÊ UM BEIJO NA FACE, ESSE É”.
Chegando aonde estava o Mestre, nesse instante, se manifestaram em Judas
as duas características: Judas Divino e Judas Satã.
O Judas Divino lhe disse:
“MESTRE, ESTES TE BUSCAM”,
e o beijou.

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E o Cristo disse:
“COM UM BEIJO ENTREGAS AO FILHO DO HOMEM”.
Querido leitor, creio que você tem suficiente capacidade e razão para que
entenda isto. JUDAS pertence à Constelação de Gêmeos e esse Judas Divino
Interno de cada um de nós é o que instrui nossa consciência para que conheça o
Ego, a legião, os inimigos secretos de nosso Cristo Íntimo e o Judas Satã, ou seja,
o Lúcifer é que põe um homem e uma mulher a prometerem-se amor, a
acariciarem-se, a beijarem-se para terminar fornicando, derramando o sêmen para
entregar o Filho do Homem.
Como vê, querido leitor, este Judas sábio, divino é um desdobramento do
Cristo Cósmico.
Este Mestre de Mestres, desde então, está neste mundo, neste abismo, dando-
se à tarefa de resgatar almas e tem a sapiência para ensinar-nos a conhecer o Ego
tal como é.
O que aqui estamos dizendo não é o que nos contaram, simplesmente fomos
testemunhas presenciais e isso é tudo.
No mesmo drama apareceu FELIPE, representando a Constelação de Câncer,
ensinando aos homens e mulheres despertos o autêntico ocultismo do sendeiro
crístico.
Também apareceu MATEUS, representando a Constelação de Leão, que
ensina à humanidade a ciência pura.
Aparece TIMÓTEO em representação à Constelação de Virgem, que ensina
no caminho Alquímico a melhorar a produção hormonal para nossa regeneração.
Surge SANTIAGO em representação à Constelação de Libra e nos ensina a
conhecermos e a vivermos os mistérios crísticos.
Posteriormente aparece MARCOS em representação à Constelação de
Escorpião a ensinar-nos as chaves precisas para o despertar do Kundalini.
Logo aparece LUCAS em representação à Constelação de Sagitário e nos
ensina o manejo e a interpretação dos valores numéricos: a Kabala.

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Posteriormente aparece ANDRÉ em representação à Constelação de
Capricórnio e com os mistérios de sua Cruz nos ensina a ciência da mistura dos
mercúrios.
Logo se encontra com THOMAS em representação à Constelação de Aquário
e nos ensina a unir-nos e a manejar a mente superior.
E, por último, aparece BARTOLOMEU ensinando-nos as chaves místicas
para entrar nos planos Nirvânicos e Paranirvânicos.
Como você vê, querido leitor, este drama foi muito completo para que toda a
humanidade compreendesse que dentro de cada um de nós estão latentes todos
estes personagens que fizeram parte deste drama Cósmico para apresentar, ao vivo,
este magistral homem: JESUS.
Já na viagem ao Calvário, apareceram as pessoas anônimas que tomaram
parte direta neste drama. Onde estaria Maria em tudo isto? Ou seja, a Alma Gêmea
deste Grande Mestre?
Que nome real teria Verônica que, no caminho, apareceu ao Mestre, lhe
enxugou o rosto com um pano branco e o rosto do Mestre ficou estampado ali.
Este drama continua, e ao pé da Cruz aparece um grupo de mulheres que
choram, dois ladrões que o acompanham e, de todos os seus discípulos, só um,
JOÃO. Que enigmático tudo isto, não é verdade?

CAPÍTULO XII - AS SETE PALAVRAS COMO


CÁTEDRA PARA A CONSCIÊNCIA

Quando o Mestre fez todo o percurso com sua Cruz nas costas, recebeu todos
os atropelos contra sua dignidade humana e contra sua mensagem.
As multidões o fizeram por ordem de Caifás.

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Caifás era Sumo Sacerdote, símbolo da má vontade que Pilatos não quis
conter e este, para justificar a morte do Mestre, perguntou às multidões o que
preferiam, se a crucificação e morte de Jesus ou a crucificação e morte de Barrabás.
E as multidões gritavam referindo-se a Jesus: Crucifica! Crucifica!
Barrabás neste drama representa o Ego. Claramente as multidões sempre
apoiam a existência do Ego e a morte do Cristo.
Como já dissemos, terminada esta viagem do Mestre com a Cruz e havendo
recebido toda classe de vitupérios e maus tratos sem haver pronunciado uma
palavra de protesto, este Homem ganhou o direito de morrer na Cruz.
A baixou de seus ombros e nela foi cravado com três cravos de ferro, símbolo
da Alma do Esperma Sagrado.
Foi levantada a Cruz com este sagrado corpo, ao lado direito pendurado um
homem que se chamou o Bom Ladrão; porém, que explicação nos deram desse
enigmático personagem?
Quero referir-me a Dimas. Por que lhe chamaram de Bom Ladrão? Pois esse
homem não é nada menos que um discípulo do Mestre. É o Bom Ladrão porque
foi capaz, com o ensinamento e a doutrina que o Mestre lhe ensinou, de roubar o
fogo do Diabo, arrancar da Natureza os mistérios ocultos que ela possui e que não
é entregue aos fornicários.
Esse homem, Dimas, também para que se cumprisse a palavra, deu
testemunho público de que aquele era o Cristo, porque havia praticado sua doutrina
e havia logrado também sua regeneração e, por este fato, foi condenado a morrer
na Cruz com seu Mestre.
Gestas, o Mal Ladrão, este homem já era um condenado quando Jesus lhe
sentenciou e, também para que se cumprisse o que estava escrito, o crucificaram à
esquerda do Mestre. Este homem, Gestas, é o fornicário, o ladrão; poderíamos
dizer, em termos gerais, o homem pecador.
Já dizíamos que o Bom Ladrão roubou o fogo do Diabo e o Mal Ladrão tirou
de seu Deus Interno, do Cristo Íntimo todos os direitos que sobre sua humana
pessoa tinha.

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Estando todos erguidos na Cruz, apareceram as Santas Mulheres que haviam
assistido a todo o drama da Paixão e Morte do Mestre; conheciam o poder que ele
exercia e, portanto, testemunhavam que: Esse era o Super-Homem!!!
Tinham que ser mulheres as que faziam isto.
Entre essas mulheres estava Maria, me refiro à Santíssima Virgem, Mãe do
Cristo (nos referimos também à diferença que há entre o Cristo e Jesus); essa
mulher que, em seu ventre, gestou o Cristo Cósmico, essa Alma Gêmea que, como
dissera um versículo de um livro sagrado: “ONDE ISIS CHORA E VELA SEU
IRMÃO BEM-AMADO”; essa mulher que foi capaz de esculpir o Cristo nesse
homem Jesua; essa Virgem casta e pura que soube cumprir na totalidade com esses
três papéis que cumpre uma mulher santa:
Foi a Filha obediente a Deus,
Foi a Esposa de um autêntico Homem e,
Foi a Mãe de Cristo.
Essa mulher que nós, cristãos, adoramos. Porém, por que a adoramos? Por
que gestou em seu ventre um menino de carne e osso? Não..., querido leitor, porque
em seu ventre se gestou o Cristo e se ela foi a Mãe do Cristo, logicamente, para
nós os cristãos, representa nossa Mãe; porém não esqueça, querido leitor, que todo
autêntico homem que trabalhe com essa Ísis, cedo ou tarde, ela se converterá em
uma Mãe do Cristo.
Este drama que para a maior parte da humanidade se apresentou faz dois mil
anos, como se só tivesse ficado como uma história, para nós, no entanto, os
conhecedores do Sendeiro Iniciático, sabemos que este acontecimento vibra e
palpita dia e noite no coração e na vida da pessoa que toma a decisão de seguir
pelo caminho que este sábio Mestre nos ensinou.
Como já dissemos, Ele foi crucificado entre duas pessoas, as quais
determinam as condições em que se desenvolve a humanidade: uns bons e outros
maus; porém Ele não quis estar nem com os bons nem com os maus.
O Cristo sempre está no centro.
Gestas lhe dizia:

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“SE EM VERDADE ÉS O FILHO DO HOMEM, SE ÉS DEUS, SE ÉS REI,
POR QUE NÃO TE LIBERTAS E LIBERTAS A NÓS?”
O Cristo guardava silêncio porque ele não estava ali para demonstrar poderes
nem violar a Lei; estava escrevendo um drama com sua vida.
Dimas, o Bom Ladrão, lhe disse:
“MESTRE, QUANDO ESTIVERES EM TEU REINO, LEMBRA-TE DE
MIM”.
E Cristo lhe disse:
“HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO”.
Querido leitor, esteja você plenamente seguro que se Gestas, nesse momento
crucial, no lugar de intimar o Cristo e vituperá-lo lhe houvesse pedido perdão e
ajuda, ele a haveria dado igualmente como a Dimas, porque o Cristo é Amor.
Vendo-se já no drama em meio dos que lhe ultrajavam e lhe maltratavam e
fazendo um grande super-esforço, disse:
“MEU PAI PERDOA-OS PORQUE NÃO SABEM O QUE FAZEM”.
Esta sentença cobre a todos nós porque, como já dissemos, a ignorância é
atrevida.
PARA O PECADOR TODAS AS PORTAS ESTÃO FECHADAS MENOS
UMA, A DO ARREPENDIMENTO.
Aquele que se arrependa do mal que foi nesta vida e em vidas passadas e
busque sua própria regeneração, indiscutivelmente, o Pai lhe perdoa.
Dando resposta a Dimas lhe disse: “HOJE ESTARÁS COMIGO NO
PARAÍSO”, já que para Cristo não há um ontem nem um amanhã, só existe um
eterno agora.
Em meio a essa tortura e dor ele disse ao que lhe pediu ajuda: “HOJE
ESTARÁS COMIGO”. Aquele que só sabe sentir Deus quando tem dinheiro,
quando tem saúde, quando todo mundo lhe aplaude, não aprendeu a refugiar-se
nos maus momentos em seu Deus Interno.

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Jesus estava com seu Pai e daquilo que seu Pai lhe dava, ele oferecia a seu
discípulo: o Paraíso.
Vendo que ao pé da Cruz se encontrava Maria (Alma Gêmea de Jesus e Mãe
do Cristo), e ao lado dela estava João, o discípulo amado, o Evangelista, Ele disse
a Maria:
“MÃE, EIS AQUI TEU FILHO; FILHO, EIS AQUI TUA MÃE”.
Que frase tão alentadora para esta humanidade, quando o Cristo, dirigindo-
se a João, disse-lhe: “EIS AQUI TUA MÃE!”.
O que seria de nós se não tivéssemos uma Mãe individual, própria, que
cuidasse desse João, o Verbo, e o que seria de um cristão que se esquecesse de sua
Mãe e quisesse buscar ajuda, apoio, orientação em outra pessoa?
Essa Mãe do Cristo, Maria, Ísis, Rea, Isoberta, Laxmi; essa deidade em cujo
ventre se gestou e se gestará o Cristo cada vez que um homem se levante do lodo
da terra.
Refletindo, Cristo, sobre esta humanidade e sabendo que no coração de cada
um de nós vibra e palpita uma chispa, uma partícula dele presa pelo Eu, pelo Ego
e, como já dissemos, essa partícula que existe em nós é uma chispa emanada do
Cristo, vendo ele essa miséria humana, essa pobreza espiritual de nós, os humanos,
exclamou:
“PAI, POR QUE ME ABANDONASTE?”.
Porém entenda, querido leitor, ele era o Super-Homem, o Cristo, ele não
estava se queixando de sua dor, pedia piedade ao Pai Cósmico por esse Cristo
Íntimo de nós, os mortais, que lá no fundo somos um com Ele.
Ele, na Cruz, estava cheio de glória porque era um vitorioso, um triunfante,
porém via que a humanidade estava perdida e vendo essa situação em nós, criaturas
mortais, exclamou:
“TENHO SEDE”.
E ali se manifestaram as duas características da humanidade, talvez os
amigos dele quisessem dar-lhe água, porém os inimigos foram mais rápidos e lhe
deram fel.

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Porém, a lógica nos ensina que ele não pedia água para acalmar a sede desse
corpo, o fazia em nome do Cristo Íntimo da humanidade e disse: “TENHO SEDE”.
Esse nosso Cristo Íntimo, dos humanos, atado a essa Cruz da matéria está
morrendo de sede, porém, com que líquido vamos matar a sede?
Querido leitor: com a castidade, com nossas próprias águas genésicas, essa
fonte inesgotável na qual Ele, na vida pública, convidou a mulher samaritana para
que, com seu esposo, bebessem dessa fonte e nunca mais voltassem a ter sede.
Daquele maravilhoso simbolismo das Bodas de Canaan, depois de esgotado
o vinho, mandou que enchessem as jarras de água e as converteu em vinho. Por
que tinha que ser em uma bodas? Por que não em outro acontecimento?
Essas águas genésicas, transmutadas mediante a ciência da alquimia, se
convertem em sangue do Cordeiro que lava os pecados...
Estas cátedras que o Cristo ia deixando nestas simbólicas palavras, têm
íntima relação com sua Doutrina, com sua mensagem e com a humanidade.
Vendo que sua hora já havia chegado, exclamou, com grande voz:
“TUDO ESTÁ CONSUMADO”.
Ou seja, sua Obra estava feita, sua mensagem entregue à humanidade, sua
doutrina escrita na Cruz, porém, claro está, com o coração comovido por ter vindo
ao mundo e o mundo não o aceitou.
Querido leitor, assim foi, é e seguirá sendo a humanidade. Nunca estivemos
preparados para compreender os ensinamentos dos grandes Mestres, dos grandes
Mensageiros enviados do céu.
Quando o Cristo esteve na Terra, um dos que levantaram o povo contra Ele
foi Caifás (Sumo Sacerdote), e asseguraram que Cristo estava levantando o povo
contra César, contra a religião do povo, ou seja, os religiosos dessa época o
mataram.
Samael Aun Weor, Kalki Avatara, Buddha Maitreya da Nova Era de
Aquário, quando escreveu “O MATRIMÔNIO PERFEITO”, se horrorizaram
todos esses caudilhos religiosos que querem nos manter nas trevas, que só querem
o sexo para serem fornicários, para degenerar-se, para serem adúlteros, para

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cometerem aberrações; não vêem o sexo como sagrado, como elemento que cria e
torna a criar, como a parte que regenera ou degenera.
A nós, cristãos que resolvemos cumprir os mandamentos da Lei de Deus, nos
regenera; aos fornicários, homossexuais, lesbianas, masturbadores, os degenera.
A Doutrina do Cristo é cem por cento fálica, mesmo que os fanáticos
predicadores religiosos desta época o queiram negar; mesmo que esta humanidade
perversa e degenerada não o queira aceitar. Enfim, o Cristo é para todos, porém
nem todos para o Cristo, como ele nos afirmou.
Por último exclamou:
“PAI, EM TUAS MÃOS ENCOMENDO MEU ESPÍRITO”.
Se uniu com seu Pai e simbolicamente morreu.
Porém, não podia faltar neste drama aquele simbólico personagem que, para
testemunhar que em realidade estava morto, se aproximou com a lança ferindo-lhe
em seu flanco.
Quero referir-me a Longibus. Os Livros Sagrados dizem que dessa mortal
ferida emanou água e sangue.
Por que tinha que emanar água? Simplesmente se refere às Águas de Vida
que em nossas gônadas levamos. E por que emanou sangue? Porque era um corpo
de carne e osso e porque o sangue é espírito.
Dizem as Sagradas Escrituras que, depois de ter morrido, uma comissão,
encabeçada por Simão de Arimatéia, foi a Pilatos pedir que se concedesse baixar
o corpo do Mestre e colocá-lo no sepulcro.
É muito fácil que qualquer pessoa ache que isto é o normal e nós não o
negamos, porém, que processo se realizava em tudo isto?
Há coisas que queremos dizer: Por que se lhe feriu no flanco e não no coração
para saber se estava morto?
Ouviu você, querido leitor, dizer que Deus fez Adão à sua imagem e
semelhança e que, posteriormente, vendo que esse homem andava só o mergulhou
em profundo sonho e lhe extraiu uma costela com a qual fez sua companheira,

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Eva? Pois assim dizem os Livros Sagrados; nós não o estamos negando, porém
sim, é necessário interpretar isto à luz da verdade.
Em capítulos anteriores citávamos o Cinturão Zodiacal com seus respectivos
Apóstolos.
O homem é um Zodíaco, o ser humano tem doze costelas que no esoterismo
quer dizer Doze Constelações e, através da Constelação de Virgem foi com que os
Deuses fizeram com que esse homem (que se produzia por gemação), fecundasse
dentro de sua constituição física, criaturas com sexo feminino.
Por certo, em grande quantidade aconteceram estas criações para que, dali
em diante, já a procriação se fizesse através de um óvulo e de um espermatozóide.
Você entende, querido leitor, porque nós, os homens, chamamos nossa
esposa “Minha Costela”? E desde já estou respondendo aos sabichões predicadores
religiosos que vão trovejar e relampejar pelo que aqui estamos dizendo, que se
Adão não era senão um homem e Eva uma mulher quando fornicaram no Paraíso
(e por esta terrível falta foram lançados do Paraíso), tiveram dois filhos homens:
Abel e Cain e quando Cain matou Abel, Deus amaldiçoou Cain.
Dizem as Sagradas Escrituras que ele se foi, tomou uma mulher com a qual
teve muitos filhos. Onde estava essa mulher? Quem havia lhe dado à luz?

CAPÍTULO XIII - A RESSURREIÇÃO

Este corpo do Mestre tinha que descender ao interior da Terra e, para que se
cumprisse a Lei, permanecer três dias e meio no sepulcro.
Entenda que a liberação não há que buscá-la no céu, há que buscá-la no
inferno, no interior da Terra.
Durante esses três dias e meio, o Cristo se integrou com sua parte que tinha
no abismo e que, através de sua obra magistral e perfeita, logrou liberar-se; quero
referir-me ao Cristus-Lucifer.

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Quando Ele realizou este titânico trabalho, a terra o vomitou e Ele
ressuscitou, ou seja, venceu A MORTE COM A MORTE.
Como você vê, querido leitor, este drama foi acontecendo de uma forma
gradual e o Cristo, em cada um destes passos, deixava sua mensagem à
humanidade.
A Ressurreição foi, é e será um dos acontecimentos de maior transcendência
para toda pessoa que decida seguir pelo sendeiro da liberação final.
Dizem as Sagradas Escrituras que Pilatos ordenou que fossem colocados
soldados ao redor do Santo Sepulcro para que os Discípulos do Senhor não viessem
roubar seu corpo, porém quando aconteceu a Ressurreição, estes soldados
correram aterrorizados.
Como dissemos em capítulos anteriores, Pilatos representa a Mente e esses
soldados representam as legiões de Seth vigiando o Santo Sepulcro para que o
Cristo não ressuscite.
Este fato deixa claro que, quando o Cristo vence a Morte na Cruz, nada nem
ninguém poderá impedir que saia desse sepulcro (em cuja parte superior se
encontrava uma enorme pedra simbolizando o sexo); esse sepulcro de onde
ressuscita vitorioso o Cristo, não é outra coisa que o próprio sexo.
Ele se retirou para terminar sua Obra e, posteriormente, apareceu à
Magdalena; essa mulher, que simbolizando a Grande Rameira (a humanidade), foi
justamente a primeira pessoa que, depois da Ressurreição, o viu e quis tocá-lo,
porém Ele não permitiu porque justamente no processo de um Iniciado deste nível,
este tem que percorrer três etapas as quais, em termos esotéricos, se chamam TRÊS
MONTANHAS.
PRIMEIRA MONTANHA: DA INICIAÇÃO.
SEGUNDA MONTANHA: DA LIBERAÇÃO.
TERCEIRA MONTANHA: DA ASCENSÃO.
E a Ele, nesse momento, faltava a Ascensão, por isso disse:
“NÃO ME TOQUES PORQUE AINDA NÃO FUI AO MEU PAI”.

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Posteriormente, apareceu a seus Discípulos e lhes encomendou a todos a
difusão de sua mensagem, e assim foi como Quatro deles escreveram os
Evangelhos.
Estes Evangelhos levam a síntese da Doutrina do Cristo, que, por sua vez,
representam os Quatro Elementos da Natureza: Terra, Água, Ar e Fogo, pelos quais
deve-se começar o trabalho de cada um de nós como autênticos discípulos do
Cristo.
PRIMEIRO: Dominar o elemento Terra (Má vontade, Caifás).
SEGUNDO: Dominar as Águas embravecidas (Baixas paixões, Lúcifer).
TERCEIRO: Dominar os Ares (Nossas desordenadas emoções, símbolo das
multidões que açoitaram o Cristo).
QUARTO: Dominar o elemento Fogo (A Mente, símbolo de Pilatos que,
cheio de soberba, de orgulho e de amor próprio, entrega o Cristo, como já
dissemos, às desordenadas e embravecidas multidões; às emoções, para que estas
o aprisionem, o torturem e o matem).
Este drama cósmico continua porque o Cristo nunca descansa, tratando de
liberar a consciência que cada um de nós temos presa pelo Ego.
Posteriormente, os Discípulos seguiram recebendo ensinamentos secretos do
Mestre, porque depois de sua Ressurreição, permaneceu muitos anos com seus
Discípulos, dando-lhes, cada dia, cátedras para a consciência para que, desta
forma, estivessem muito bem preparados para que seguissem entregando a
Doutrina pura.
Desgraçadamente, os religiosos dessa época desataram terríveis perseguições
contra eles, fazendo com que tivessem que se ocultar aqueles que não foram mortos
ou eliminados.
Não foi suficiente para esses fanáticos e dogmáticos o ensinamento que este
Mestre e seus Discípulos deram; as amostras de Amor e de Sabedoria para que
desistissem de seu propósito de persegui-los e eliminá-los.
Esse drama continua e continuará porque, enquanto uma pessoa não desperte
consciência, sempre aparecerá perseguindo ao Cristo, ou seja, ao Rei dos Céus, por
defender os reinados dos homens na Terra.

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A Morte na Cruz é um direito que o Cristo nos legou através desse
maravilhoso drama, a todos os homens e mulheres que sejamos capazes de decidir-
nos pela castidade científica.
Em esoterismo, chamamos a luxúria de paixão, e todos os cristãos sabemos
que o drama que viveu Jesus foi o da Paixão e Morte.
Quem é capaz de eliminar suas baixas paixões, elimina também sua mente
sensual, diabólica; quem é capaz de eliminar de sua natureza interior toda
programação que possua (que eu sou branco, sou rico, sou intelectual, que meu
país é o melhor, que minha religião é a melhor, que sou nobre, inteligente, etc.,
etc., etc., ou seja, crer-se o melhor de todos), se não desintegra seus programas,
terá uma mente sempre localizada e manejada pela Lei dos Opostos, ou seja, uma
mente intermediária.
Se desintegra toda programação que possua, logrará conhecer-se tal como é,
desenvolverá a humildade e portanto verá e aprenderá a vida tal como é.

CAPÍTULO XIV - BUSCA EM SILÊNCIO

Entrando nesta etapa de nossa presente obra, faremos uma análise à luz da
lógica e do entendimento superior, para que vejamos a realidade que vivem os
autênticos iniciados através da história da humanidade.
Observando as culturas serpentinas que existiram, podemos constatar que a
busca do homem a Deus se conjuga com a busca de Deus ao homem.
O homem, talvez desesperado, busca a Deus, o busca dentro das multidões,
grita aos quatro ventos; como se Deus andasse na Terra confundido com as
multidões, porém isso não é assim.
Deus está no próprio homem.
Há que tirar as multidões que estão dentro do homem (quero referir-me ao
Eu psicológico), para que esse Deus tenha o encontro com o homem.

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Querido leitor, creio que isto é compreensível: para buscar teu Deus Interno,
teu Cristo Íntimo, busca-o com a meditação profunda; quando sentes que vem,
afunda-te na contemplação e adoração e quando, através de teus sentimentos, te
encontres com Ele, fala-lhe, converse com Ele, Ele é teu amigo, Ele é teu PAI.
A oração na meditação nos aproxima d’Ele; não esqueças que Deus é
simples, sensível e humilde; não te desesperes para encontrá-lo.
Se o queres ver com os olhos físicos, o encontrarás em teus irmãos, nos
humanos, em tudo o que tem vida.
Se o queres ver com a imaginação, tratas de internar-te dentro do espaço
infinito.
Se o queres ver com teu coração, una-te aos sentimentos nobres, ao altruísmo,
ao dinamismo, à alegria e como já dissemos, fala a Ele em teu coração.
Não comentes com ninguém o que tu fazes, simplesmente faça-o, dá a teus
irmãos o que há em abundância em teu coração, para que eles, em seus corações,
o recebam.
Não dês do que tens em tua mente, porque sempre encontrarás alguém que
quer saber mais que tu; que te refutará, que te convidará para que leias mais, para
que te prepares mais e tu já estás preparado, já estás maduro.
Deixa que teu Deus te guie, deixa que teu Deus te ensine, faz não mais que
sua Santa Vontade e, como já dissemos em capítulos anteriores, desintegre da
mente esses programas e complexos que possuis de que “eu tenho inimigos, eu
tenho amigos”.
O único que temos ao nosso redor são os Mestres que nos ensinam o que
devemos fazer.
Se tu vês um assassino, um homossexual, um bêbado, não o critiques,
observa-o, aprende dele, porém tu me dirás: “O que vou aprender de um
degenerado?”. E eu te digo: “Esse homem ou essa pessoa degenerada te está
ensinando nada menos que as coisas que tu não deves fazer, para que não te
coloques no mesmo lugar que essa pessoa”.

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Se vês um Sábio ou um Santo que ensina com sua palavra e com seu exemplo,
recebe o ensinamento e pratica-o, porém não siga essa pessoa porque estás
cometendo dois erros que ante Deus são imperdoáveis:
PRIMEIRO: Estás colocando homens no lugar de teu Pai Interno e,
SEGUNDO: Já entras em um novo programa: “Que fulano é mais sábio que
sicrano, que ensina melhor, que eu vibro melhor com ele, etc.”. Ou seja, não queres
fazer teu Reino no céu, segues dependendo dos reinados da Terra.
Sê silencioso na busca, constante em teu propósito e sábio em tua apreciação.
As Sagradas Escrituras nos dizem:
“QUANDO TU ORAS, ENTRA EM TUA CÂMARA E, FECHADA A
PORTA, ORA A TEU PAI QUE ESTÁ EM SEGREDO E AQUELE QUE TE
OUVE EM SEGREDO, TE RECOMPENSARÁ EM PÚBLICO”.
O problema da salvação humana é algo que temos que ver de três formas:
PRIMEIRO: O que é a salvação?
SEGUNDO: O que é a Auto-realização?
TERCEIRO: O que é a liberação?
Nesta ordem é como devemos realizar nossa Obra.
Primeiro, temos que salvar-nos. As religiões nos dizem que temos que salvar-
nos do inferno e nós sabemos que temos que salvar-nos é de nós mesmos, ou seja,
de nossos próprios Eus, de nossa própria legião de Eus-diabos que em nosso
interior levamos, que simbolizam as multidões que açoitaram o Cristo em sua Via-
crúcis e que Ele, para vencer esses inimigos, o fez com a Morte.
Não há conjuros, nem orações, nem nenhum poder que nos salve de nossos
próprios inimigos; só existe a morte; porém, a morte de quem? Pois a morte do Eu
de cada um desses personagens.
Se desintegramos o orgulho, quem em nós segue fazendo-o? Se
desintegramos a luxúria, quem nos segue incitando à fornicação?

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Este trabalho é realizado por três forças: A VONTADE em nós, a DIVINA
MÃE KUNDALINI individual com a lança da força fohática e o CRISTO
ÍNTIMO como nosso Salvador.
Por isso, quando Ele morria na Cruz disse:
“MÃE, EIS AÍ TEU FILHO; FILHO, EIS AÍ TUA MÃE”.
Como vê, querido leitor, o trabalho da salvação tem que ser feito pela pessoa
por sua própria decisão, por sua própria vontade.
Não pense que todas essas salvações que os predicadores estão vendendo por
aí vão resolver seu problema. Você pode pertencer à seita que for ou à religião que
for, porém, se não resolve morrer em si mesmo, seguirá sendo o mesmo morto
vivente.
Não compre salvações de ninguém, cumpra a Deus, suas Leis; faça a vontade
de seu Pai, trace o caminho de ser um homem ou uma mulher corretos em seus
pensamentos, em suas palavras e em suas obras, ou seja, busque a perfeição de seu
Deus Interno e não siga a imperfeição dos humanos.
Meu amigo, no mais profundo de teu coração tens o céu, a paz que Deus te
dá, extasia-te nela, viva nela, viva para ela, porque em teus instintos, emoções e
pensamentos tens um verdadeiro inferno, do qual só te livrarás sendo casto em
pensamentos, palavras e em obras, desintegrando teus defeitos e servindo
desinteressadamente à humanidade.
É o conselho do Mestre que escreve a presente obra.

CAPÍTULO XV - A BUSCA DO HOMEM

Neste capítulo trataremos de deixar claro o que é o homem, a busca e o


encontro do mesmo.
Contam as lendas que em uma cidade havia um rei e ele fez uma publicação
a qual dizia mais ou menos assim:

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“No deserto há um tesouro que contém três diamantes, sete esmeraldas, doze
rubis e está coberto por valiosas pérolas extraídas do oceano.
Saíram da cidade três mil pessoas para o deserto. Mil saíram pela direita, mil
saíram pela esquerda e mil saíram em linha reta.
Os da direita se dispersaram, os da esquerda se dispersaram sem encontrar
nada, os que seguiram pelo centro, vendo que não encontravam rapidamente o
tesouro, foram desistindo do caminho e foram ficando.
Os mais fortes continuavam, porém, apesar disto, estes homens fortes, pela
impaciência e pelo cansaço ficavam, desistiam da busca.
Entre os buscadores havia um que não opinava nada, só caminhava pelo
deserto até o momento em que ficou só; sem dúvida, este caminhante seguia em
seu propósito; sua meta era encontrar esse valioso tesouro.
Depois de muitos dias e noites de caminho, viu que se aproximava uma anciã
e ele se perguntou: “De onde vem essa mulher?”.
Quando se encontraram ela lhe perguntou: “De onde vens e o que buscas?”.
Ele respondeu: “Venho da cidade em busca do tesouro que há aqui no
deserto”, e o homem perguntou: “E tu onde vives e para onde vais?”, ao que ela
respondeu: “Vivo aqui no deserto e vou à cidade em busca desse tesouro”, e ele
voltou e disse: “Mulher, segue teu caminho”, porém ela respondeu: “Não sigo para
a cidade porque já encontrei o tesouro; esse tesouro és tu””.
Como vê, querido leitor, os deuses entregaram o ensinamento e a sabedoria
através de muitos sistemas tratando de que o ser humano os compreenda e os viva.
Esse tesouro tão valioso, de incalculáveis proporções, é o ser humano.
Esses três diamantes: PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO; essas sete
esmeraldas: os Sete Logos que organizam a criação; esses doze rubis são as
Constelações do Zodíaco; essa envoltura de pérolas, a parte atômica de nossa
estrutura física, todo este conjunto de valores constituem o ouro do espírito, porém,
querido leitor, é necessário que o homem comece por se auto-conhecer e respeitar-
se a si mesmo para que todos estes valores fundam-se com a consciência e para
poder ir desintegrando todas as interferências que impedem que o espírito tome
posse e controle dos diferentes funcionalismos físicos e internos.

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Como podemos ver através da passagem anterior, ao homem autêntico há que
se buscar dentro de nosso próprio deserto interno, em nosso silêncio, ali onde
muitos querem entrar, porém que se enchem de desordem e preferem regressar à
cidade, ou seja, ao mundo da mente para seguir buscando, de escola em escola, de
teoria em teoria, lamentavelmente para perder o tempo.
Outros seguem o caminho real porém, por falta de vontade e de constância,
vão ficando.
Porém, nesta multidão não há de faltar homens e mulheres valentes e tenazes
que sigam adiante até encontrarem-se com essa anciã venerável, que vive nesse
deserto e que se dirige à cidade tratando de resgatar esse homem interior (a Alma)
dessa convulsionada cidade: a Mente.
Afortunadamente nesse caminho se encontra com esse filho que renuncia a
si mesmo e se interna em seu mundo em profunda meditação, adoração e
contemplação sem importar-lhe as chamadas lástimas que faz sua mente e o mundo
exterior.
Esse encontro deste caminhante com essa mulher, sua Divina Mãe particular,
é o encontro do homem consigo mesmo porque quando ele a encontra a conhece,
e então ela dirá: “TU ÉS FULANO”, ou seja, seu nome real.

CAPÍTULO XVI - AS ÁGUIAS REBELDES

Estas águias são todos aqueles homens e mulheres que buscam elevar-se
dentro de seus próprios espaços infinitos tratando de buscar a liberdade.
Não há que confundir às Águias Rebeldes com a rebeldia das águias.
Como já dissemos, as Águias Rebeldes são espíritos que não se encaixam
dentro dos moldes que a sociedade lhes impõem para que todos marchem dentro
dos mesmos padrões dogmáticos, psicológicos e, por conseguinte, dentro de tantos
códigos de ética moral que nos impõem.

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Uma pessoa que queira produzir uma mudança em si mesma, o primeiro que
encontra são os conselhos e os pontos de vista das pessoas que seguem a trajetória
de uma tradição que, de modo algum, podem encontrar os sistemas precisos para
a liberação do homem.
Sempre se busca imitar o que, durante tantos anos, demonstra ser autênticos
fracassos na condução do homem.
Este exemplo o encontramos na política mundial, o encontramos nas
ideologias e o encontramos no religioso; devido a que o ser humano não quer
submeter-se às exigências da Lei de Deus, mas sim quer submeter a Lei de Deus
às condições humanas, desconhecendo que as Leis que originaram a criação, em
nenhum momento, derrogam sua vigência, senão que, pelo contrário, cada dia se
faz mais necessário o seu cumprimento para que, através delas, o ser humano possa
ser resgatado das garras deste convulsionado mundo onde impera a crueldade, o
desequilíbrio mental, emocional e psicológico e onde reina a crença do mais
poderoso.
Quando o homem é capaz de enfrentar-se, na parte externa, com todo esse
tumulto de crenças e sistemas, com tantos pareceres das pessoas, sendo indiferente
ante aquilo e, na parte interna se enfrente consigo mesmo, com sua própria
pluralidade, com a firme resolução de liberar-se de toda esta mecânica, não lhe
resta senão um caminho, o de voar buscando sua própria liberdade; porque, como
já dissemos, é uma Águia Rebelde que não aceita nem admite sentenças para a
consciência, nem tampouco admite entrar na rebeldia das águias que seria a parte
oposta de sua própria liberdade.
A rebeldia das águias é a que guia aos homens que querem ter liberdade,
porém tirando de seu redor tudo o que, ao seu juízo, consideram que é mal.
Por isso é que vemos os rebeldes sem causa crentes e talvez convencidos de
que, eliminando seus inimigos, seu problema se resolve e acreditam que com isso
vão ter paz, que com isso vão ter um mundo melhor.
Pobres pessoas! Não querem entender que ninguém é culpado de nossa
própria miséria, o único culpado disto é nosso próprio Eu, nossos agregados
psicológicos.

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Quem não sabe se situar e adaptar em meio às coisas que não gosta, das coisas
que lhe desagrada, nunca poderá aprender da vida, por conseguinte, nunca poderá
ser livre.
Se nós impomos nosso critério sobre os demais, estamos caindo em uma
mecânica que no esoterismo se chama tese e antítese.
A rebeldia das águias leva o mundo a banhar-se de sangue de criaturas
inocentes porque não se soube canalizar a busca da liberdade.
Temos que ser livres, porém aprendamos a compreender aquela parábola de
“Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Deixemos ao mundo o
que ele nos deu, como são seus costumes, seus vícios e demos a Deus o que ele
nos legou: A CONSCIÊNCIA, O AMOR, AS VIRTUDES, porém localizando-nos
no meio dos dois podemos ver como são diametralmente opostos um do outro.
Não podemos sair do mundo porque nele vivemos, porém o que podemos
fazer é não deixar-nos arrastar mais por seus costumes, por seus desequilíbrios,
pelo incentivo às paixões e, em geral, por toda essa mecânica que possui a
humanidade em um profundo sonho e fascinação.
Necessita-se viver o momento em alerta percepção para compreender em que
momento estamos frente a Deus e em que momento o mundo nos coloca frente a
ele.
Frente ao mundo, devemos estar com a espada da vontade na mão para atuar
dignamente, e não deixar-nos arrastar nem pelas pessoas nem pelos nossos
instintos.
Frente a Deus, estar dispostos a fazer sua vontade e cumprir suas Leis.
Com isto queremos dizer, querido leitor, que o homem não é outra coisa que
suas próprias obras.
Se suas obras não se ajustam à Lei de Deus, não é mais que um humanóide
racional movido por suas próprias paixões, instintos e desequilíbrios; porém, se
suas obras se ajustam às exigências da Lei de Deus, de seu Criador, sendo um
cidadão autêntico, digno e correto, dono de si mesmo; ou seja, que não seja vítima
de suas próprias paixões e instintos, que tenha reto pensar, reto atuar e uma reta
maneira de viver em meio das circunstâncias que sejam; podemos dizer que é um

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homem ou uma mulher que podem sustentar dignamente o nome de FILHOS DE
DEUS.

CAPÍTULO XVII - A CIÊNCIA DE VIVER

Amigo leitor, no presente capítulo falaremos da vida.


A vida não é o que se vê, talvez seja parte dela.
A vida tem três aspectos aos quais é necessário que analisemos
separadamente.
Primeiro: Ela como essência é uma emanação divina que vem ao mundo a
sacrificar-se conosco e por nós; ela não conhece o bem nem o mal porque sua
missão é dar vida; em um assassino ou em um santo ela se desenvolve igualmente.
A vida ativada pela Lei de Deus, atua nos diferentes organismos em que se
estabelece, e olha com indiferença ao que lhe dá cuidados, ao que a maltrata. Ela
é uma força universal que se alimenta do AKASHA, dos Tattwas e dos Éteres para
equilibrar estas vibrações no organismo que lhe correspondeu ter.
Em seu Segundo aspecto, esta mesma vida pertence à Natureza porque, ao
emanar do mundo causal e chegar ao mundo tridimensional, ela fica sujeita às Leis
da Natureza; por isso se diz que a Natureza é a dona da vida.
A Natureza sim, define já a diferença e a indiferença naquele que cuida a vida
ou naquele que a maltrata; dando prêmio ao que a cuida, como o de deixá-lo
penetrar em seus sagrados mistérios, dotando-o de saúde, prolongando-lhe a vida
e fazendo-o rei para que a governe; e ao que a maltrata, fazendo recair sobre ele a
impiedade da justiça, fazendo este descrente ser vítima das enfermidades, dos
acidentes e a estar submetido a sacrificar-se até a saciedade para ganhar o sustento
que lhe permita sobreviver.
Poderíamos dizer que, com justa razão, o Avatara de Aquário, Samael Aun
Weor, diz: “A NATUREZA É TERROR DE AMOR E LEI”, suprema piedade e
suprema impiedade; ao que a cuida e a ama o cobre com seu manto, o dota de

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saúde, de amor, lhe dá de comer, lhe dá de beber e, em geral, cuida dele porque lhe
faz seu filho.
Ao que a maltrata, faz recair nele toda classe de dor, trazendo como
consequência que seja um filho excluído de alcançar a graça e, por conseguinte,
tampouco ela permite que a dirija em nenhuma de suas expressões.
Por isso se diz que:
“PARA O FILHO INGRATO O CARINHO DE SUA MÃE ESTÁ
AUSENTE”.
A Natureza para aceitar uma criatura no caminho da regeneração tem que ser
vencida em duríssimos combates, porque ela, devido aos maltratos que recebe de
nós, já pediu nosso castigo e nos excluiu de pertencer aos seus filhos escolhidos.
Por isso é necessário que o caminhante do sendeiro comece por regenerar-se,
comece por dominar-se a si mesmo, comece a ser dono de si mesmo.
Posteriormente, através da castidade científica e da criação dos corpos
existenciais do Ser, fazer vontade para enfrentar aos duríssimos combates que deve
sustentar contra seus próprios inimigos secretos, viva representação das forças
lunares negativas que em nosso interior carregamos e que se apoderaram de nossa
psique, de nossa mente e de nossos sentimentos convertendo-nos em desalmados.
Em seu Terceiro aspecto, a vida é utilizada pela Lei e pela Natureza para que
governe em nós o que se conhece como a Lei do Destino e, ao termos traçado uma
série de fatos e acontecimentos relacionados com o Karma que trazemos, se não
modificamos nossa conduta e comportamento, este destino se cumprirá com a
exatidão que a Lei da Causa e Efeito nos traça.
Com justa razão, a carta onze do Taro se chama o Leão Domado e aparece
ali uma mulher dando ao Leão a oferenda, para que o prato da balança cósmica se
incline a nosso favor.
Querido leitor, é necessário que compreendamos que Deus tem diferentes
formas e manifestações e que antes de sermos dignos de ser perdoados por Deus
Pai, é necessário haver sido perdoados e qualificados como filhos pela Mãe
Natureza, para que ela, por sua vez, advogue por nós ante a Lei Cósmica, regente

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de nosso destino, para que nos conceda a graça de adquirir o perdão e transcender
esse destino.
No destino de cada um de nós estão condensadas as diferentes assinaturas
astrais que, em sua ordem, vão fazendo aparecer em nossa vida os fatos que têm
relação com o Karma que devemos pagar.
Diz uma máxima gnóstica:
“IRMÃO, FAZ BOAS OBRAS PARA QUE PAGUES TUAS DÍVIDAS”, e
nós dizemos:
“RESPEITEMOS A MÃE NATUREZA PARA QUE A MÃE DIVINA NOS
SALVE E NOSSO DEUS PAI NOS CONFIRA O PERDÃO”.

CAPÍTULO XVIII - A ARTE DE APRENDER

Chegando a este ponto da presente obra, nos aprofundamos no estudo e


aprendizagem dos mistérios crísticos.
No interior de cada um de nós, levamos um Ser que nos instrui, que no ensina,
porém se nós não estamos dispostos a aprender dele, passa a vida e só levamos um
punhado de experiências adquiridas na Terra.
O Ser Interno de cada pessoa dispõe de muitos sistemas para ensinar-nos.
O Primeiro é pelas mensagens que os grandes sábios legaram a nós os cristãos
através da história; como são as Sagradas Escrituras com seus Evangelhos, a
Doutrina que pratica todas as culturas serpentinas, etc.
Em Segunda ordem, nosso Ser dispõe de uma inteligência e uma intuição
para que, através dela, interpretemos os ensinamentos e os sentimentos do coração
que vem de dentro.
A Terceira forma de ensinar-nos é aplicando-nos o rigor da Lei do Karma. Se
nós somos obedientes e precisos nas apreciações e interpretações dos Textos ou
Livros Sagrados, estes nos serviriam de base ou instrução para que, com base neles,
pudéssemos entrar aos estudos crísticos.

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Se o ser humano tivesse mais entendimento e observação nos ditados do
coração, encontraria a luz que lhe iluminaria o caminho e lhe ajudaria a conhecer
a forma de ir contra seu destino através da vertical.
Toda pessoa que desconhece que o castigo se faz para ensinar, protesta, não
compreende que é necessário sacrificar a dor para que, através desta, possamos
revestir-nos de vontade e compreensão para, em uma posteridade, poder trabalhar
decididamente na desintegração de nossos agregados e no despertar de nossa
consciência.
A arte de aprender é um dom de Deus que se confere a uma pessoa que tenha
a vontade e a disciplina para realizar uma mudança em sua vida.
Para aprender é necessário compreender que a sabedoria é infinita, que toda
pessoa está limitada, e que só com a ajuda superior pode interpretar à luz da
consciência, os Mistérios que se escondem mais além do mundo das formas.
Aquele que quer aprender, sabe escutar, sabe obedecer, sabe mandar, não se
limita em pensar que o que já sabe é suficiente.
É de fazer notar que uma coisa é aprender dos homens, com sua linguagem
produto de costumes, e outra coisa é aprender do Ser.
O Ser ensina com mensagens simples e sensíveis, com sentimentos do
coração; os homens ensinam com o que se vê, com o que se ouve.
Lembre que:
“QUEM QUER APRENDER NÃO CONDENA O QUE ESCUTA, NEM O
ACEITA SEM RAZÃO, O SUBMETE AO DISCERNIMENTO E ASSIM A
CONSCIÊNCIA DARÁ SEU VEREDITO”.
A arte de aprender nos leva todos a ler os pensamentos da Natureza, a
conhecer a vida em sua real existência, nos diferentes reinos e se desliza como o
arroio cantante por entre as rochas, aprendendo da Natureza, aprendendo dos
homens e interpretando o que Deus lhe ensina.

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SUMÁRIO
PREFÁCIO ................................................................................................................ 2
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3
CAPÍTULO I - O MUNDO E SEUS SISTEMAS .................................................. 4
CAPÍTULO II - VIAGEM DA VIDA ..................................................................... 6
CAPÍTULO III - A VIDA E OS REINOS ............................................................ 10
CAPÍTULO IV - A VIDA NO HUNANÓIDE ...................................................... 13
CAPÍTULO V - O HOMEM E SUA VIDA .......................................................... 17
CAPÍTULO VI - NASCIMENTO DO HOMEM ................................................. 21
CAPÍTULO VII - A PERFEIÇÃO DO HOMEM ............................................... 23
CAPÍTULO VIII - O HOMEM SOLAR .............................................................. 28
CAPÍTULO IX - CAMINHO AO SUPER-HOMEM ......................................... 30
CAPÍTULO X - O SUPER-HOMEM ................................................................... 33
CAPÍTULO XI - O CRISTO E SUA DOUTRINA .............................................. 35
CAPÍTULO XII - AS SETE PALAVRAS COMO CÁTEDRA PARA A
CONSCIÊNCIA ...................................................................................................... 39
CAPÍTULO XIII - A RESSURREIÇÃO .............................................................. 46
CAPÍTULO XIV - BUSCA EM SILÊNCIO ........................................................ 49
CAPÍTULO XV - A BUSCA DO HOMEM ......................................................... 52
CAPÍTULO XVI - AS ÁGUIAS REBELDES ...................................................... 54
CAPÍTULO XVII - A CIÊNCIA DE VIVER....................................................... 57
CAPÍTULO XVIII - A ARTE DE APRENDER .................................................. 59

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