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Resumo: Com o aumento do número de volume de dados nos sistemas computacionais, é cada vez mais
importante garantir a integridade dos dados, fazendo com que o seja garantida a persistência dos dados. O
processo de normalização em um banco de dados visa reduzir o número de anomalias que a exclusão,
inserção e ou atualização dos dados possam acarretar no sistema. Neste trabalho serão enfatizados 3
métodos de normalização, Boyce-Codd, quarta e quinta forma normal, sendo estes focados em melhorias
e otimizações no banco de dados.
Palavras-chave: Banco de dados, Normalização.
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
Segundo Machado (2018), a normalização tem como objetivo reduzir o número de falhas
no projeto de banco de dados, eliminando domínios redundantes e assuntos misturados em um
atributo. No processo de normalização são aplicadas regras afim de verificar se as tabelas estão
projetadas corretamente. Após a utilização das formas normais, geralmente as relações acabam
se subdividindo em duas ou mais relações, gerando um maior número de tabelas do que antes da
aplicação do processo.
"Podemos definir que normalização consiste em definir o formato lógico adequado para as
estruturas de dados das tabelas de um banco de dados relacional, identificadas no projeto lógico
do sistema, com objetivo de minimizar o espaço utilizado pelos dados e garantir a integridade e
confiabilidade das informações"(MACHADO, 2018, p. 178).
De acordo com SILVA (2016) e Machado (2018), as regras de normalização são definidas
seguindo uma ordem de restrições, nas quais as etapas anteriores devem ter sido aplicadas para
que seja feita a análise subsequente. Num processo completo de normalização são aplicadas seis
passos, estes são:
2. Segunda forma normal (2FN): Deve existir uma dependência funcional entre as colunas
e a chave primária.
3. Terceira forma normal (3FN): Garantir uma dependência funcional entre as colunas e a
chave primária e nada mais além.
4. Forma normal Boyce-Codd (FNBC): Não permitir que uma chave candidata seja aces-
sada por meio de outra chave candidata utilizando uma dependência funcional.
5. Quarta forma normal (4FN): Não devem existir atributos não chaves quem recebam
valores diferentes para uma mesma chave primária.
6. Quinta forma normal (5FN): Garante que os dados podem ser reconstruidos a partir de
outras relações menores que não tiverem a mesma chave primária.
2.1 MÉTODOS
Segundo Machado (2018), a FNBC é uma versão otimizada da 3FN, resolvendo algumas
anomalias sobre os dados em uma entidade, que não eram resolvidos na 3FN.
"A definição da FNBC é a seguinte: uma entidade está na FNBC se e somente se todos
os determinantes forem chaves candidatas. Note que esta definição é em termos de chaves
candidatas e não sobre chaves primárias"(MACHADO, 2018, p. 190).
Machado (2018) define os seguintes critérios e passos para que uma entidade na 3FN
seja normalizada à FNBC:
• A restrição só poderá ser aplicada à entidades com chaves candidatas e chaves primárias
concatenadas;
• Verificar se existe alguma chave candidata que seja um determinante, caso exista, será
criada uma nova entidade com as demais que tenham uma dependência funcional com este
determinante e que tenha como chave primária o próprio determinante.
"É raro encontrar-se casos de tabelas que estejam na terceira forma normal, mas não na
quarta. A quarta forma concerne em anomalias existentes na relação entre diferentes colunas da
chave primária, e só se aplica em tabelas com chaves primárias compostas por três colunas ou
mais"(SILVA, 2016).
De acordo com Machado (2018), para que uma entidade esteja normalizada na 4FN,
é preciso que ela não contenha mais do que um item multivalorado na entidade descrita. Tal
dependência não se comporta da mesma maneira que uma associação M:N dentre os atributos, e
sim ocorre quando existe um relacionamento, por exemplo, ternários.
Machado (2018) define os seguintes critérios e passos para que uma entidade na 3FN
seja normalizada à 4 FN:
• Verificar existem atributos que não façam parte da chave primária, e sejam independentes
e multivalorados em relação a um mesmo atributo da chave primária;
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• Remover atributos não chave que sejam multivalorados, criando novas tabelas para cada, e
herdando a chave primária da tabela anterior.
"A quinta forma normal é mais restrita que a quarta, e se aplica à tabelas com 3 ou mais
colunas na chave primária. Para que a quinta forma normal seja atingida, é necessário atingir-se
a quarta forma normal primeiramente"(SILVA, 2016).
Como dito por Machado (2018), uma tabela estará em 5FN quando seus dados puderem
ser reconstruidos a partir das novas relações criadas que não possuem a mesma chave primária.
Este procedimento tem o principal objetivo de tratar casos de perda de dados, quando uma tabela
é fracionada em outros relacionamentos menores.
Machado (2018) define os seguintes critérios e passos para que uma entidade na 4FN
seja normalizada à 5 FN:
• Caso seja possível, o elemento estará em 5FN; caso contrário, os elementos decompostos
não estarão em 5FN.
2.2 EXEMPLOS
Esta seção tem como objetivo trazer alguns exemplos de normalização propostos por
(SILVA, 2016), afim de fixar o conteúdo e mostrar na prática como se dão as aplicações dos
métodos descritos, bem como os resultados destes sobre as relações.
Vamos dizer que cada pizza pode ter várias coberturas diferentes, cada uma de um tipo
diferente e que você tem dois tipos de pizzas com essas coberturas:
Há duas chaves candidatas aí: Pizza e tipo de cobertura definem a cobertura usada. Uma
outra chave candidata é que a partir da pizza e da cobertura utilizada, nós podemos definir o tipo
da cobertura utilizada.
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Tabela 2 – Primeira
relação
na
FNBC
Pizza Cobertura
1 muzzarela
1 pepperoni
1 azeitonas
2 muzzarela
2 linguiça
2 pimenta
Observe que na tabela original nós temos informações redundantes. Por exemplo, a
informação que Marta está no contrato 1 aparece duas vezes. Se deletássemos a tupla Marta-
1-hospital, teríamos uma anomalia de exclusão, vez que Marta atua no hospital (contrato 3) e
Marta está no contrato 1 (na loja de brinquedos).
Vamos imaginar um caso semelhante ao que usei na quarta forma normal, mas que dessa
vez além de existir a relação entre representantes e clientes e entre representantes e contratos,
também temos a relação entre clientes e contratos. Dessa forma, temos essa tabela:
Observe que essa tabela é diferente daquela que usamos na quarta forma normal. Há
algumas redundâncias, como por exemplo ela diz duas vezes que Geraldo está na loja de roupas
e que o contrato 1 é aplicado ao hospital. A técnica usada para colocarmos na quarta forma
normal não se aplica, pois para quaisquer duas colunas obtidas da chave, existe uma relação
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(ou seja, temos a relação contrato-cliente também). Assim, essa relação já está na quarta forma
normal, mas ainda há espaço para normalização. Ao decompormos ela em três relações diferentes,
chegamos a quinta forma normal:
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ELMASRI, R.; NAVATHE, S. Sistemas de banco de dados. PEARSON BRASIL, 2011. ISBN
9788579360855. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?id=FSvIYgEACAAJ>.