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Modelagem De Dados mesmo exemplo, a entidade venda depende da

entidade produto, pois uma venda sem itens não


A modelagem de dados é uma técnica usada tem sentido.
para a especificação das regras de negócios e as
estruturas de dados de um banco de dados. Ela  Entidades associativas: esse tipo de enti-
faz parte do ciclo de desenvolvimento de um sis- dade surge quando há um relacionamento do tipo
tema de informação e é de vital importância para muitos para muitos (explicado a seguir). Nestes
o bom resultado do projeto. Modelar dados con- casos, é necessária a criação de uma entidade
siste em desenhar o sistema de informações, intermediária cuja identificação é formada pelas
concentrando-se nas entidades lógicas e nas chaves primárias (explicado mais adiante) das
dependências lógicas entre essas entidades. outras duas entidades. No contexto de uma apli-
cação de vendas, como precisamos relacionar
Modelagem de dados ou modelagem de banco de vendas e produtos numa relação muitos para
dados envolve uma série de aplicações teóricas e muitos, a entidade produto não pode referenciar
práticas, visando construir um modelo de dados diretamente a venda, nem o inverso, pois isso
consistente, não redundante e perfeitamente apli- caracterizaria um relacionamento um para um, ou
cável em qualquer SGBD moderno. um para muitos. Sendo assim, criamos uma enti-
dade intermediária para representar os itens da
A modelagem de dados está dividida em: Modelo venda, que tanto possuem a identificação do pro-
conceitual, Modelo lógico, Modelo físico duto, quando da venda em que estão contidos.
Neste caso específico, também caberiam a esta
Entidades
entidade informações como quantidade de itens e
Os objetos ou partes envolvidas um domínio, desconto unitário, por exemplo.
também chamados de entidades, podem ser
Mais adiante veremos um exemplo prático onde
classificados como físicos ou lógicos, de acordo
poderemos observar a existência dessas entida-
sua existência no mundo real. Entidades físicas:
des de forma mais clara.
são aquelas realmente tangíveis, existentes e
visíveis no mundo real, como um cliente (uma Relacionamentos
pessoa, uma empresa) ou um produto (um carro,
um computador, uma roupa). Já as entidades Uma vez que as entidades são identificadas, de-
lógicas são aquelas que existem geralmente em ve-se então definir como se dá o relacionamento
decorrência da interação entre ou com entidades entre elas. De acordo com a quantidade de obje-
físicas, que fazem sentido dentro de um certo tos envolvidos em cada lado do relacionamento,
domínio de negócios, mas que no mundo exter- podemos classifica-los de três formas:
no/real não são objetos físicos (que ocupam lugar
no espaço). São exemplos disso uma venda ou  Relacionamento 1..1 (um para um): cada
uma classificação de um objeto (modelo, espécie, uma das duas entidades envolvidas referenciam
função de um usuário do sistema). obrigatoriamente apenas uma unidade da outra.
Por exemplo, em um banco de dados de currícu-
As entidades são nomeadas com substantivos los, cada usuário cadastrado pode possuir ape-
concretos ou abstratos que representem de forma nas um currículo na base, ao mesmo tempo em
clara sua função dentro do domínio. Exemplos que cada currículo só pertence a um único usuá-
práticos de entidades comuns em vários sistemas rio cadastrado.
são Cliente, Produto, Venda, Turma, Função,
entre outros.  Relacionamento 1..n ou 1..* (um para
muitos): uma das entidades envolvidas pode
Podemos classificar as entidades segundo o mo- referenciar várias unidades da outra, porém, do
tivo de sua existência: outro lado cada uma das várias unidades referen-
ciadas só pode estar ligada uma unidade da outra
 Entidades fortes: são aquelas cuja existên- entidade. Por exemplo, em um sistema de plano
cia independe de outras entidades, ou seja, por si de saúde, um usuário pode ter vários dependen-
só elas já possuem total sentido de existir. Em um tes, mas cada dependente só pode estar ligado a
sistema de vendas, a entidade produto, por um usuário principal. Note que temos apenas
exemplo, independe de quaisquer outras para duas entidades envolvidas: usuário e dependente.
existir. O que muda é a quantidade de unida-
des/exemplares envolvidas de cada lado.
 Entidades fracas: ao contrário das entida-
des fortes, as fracas são aquelas que dependem  Relacionamento n..n ou *..* (muitos para
de outras entidades para existirem, pois individu- muitos): neste tipo de relacionamento cada enti-
almente elas não fazem sentido. Mantendo o dade, de ambos os lados, podem referenciar múl-

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tiplas unidades da outra. Por exemplo, em um podem se repetir. Em um cadastro de clientes,
sistema de biblioteca, um título pode ser escrito por exemplo, esse atributo poderia ser o CPF. A
por vários autores, ao mesmo tempo em que um estes chamamos de Chave Primária.
autor pode escrever vários títulos. Assim, um
objeto do tipo autor pode referenciar múltiplos Já os atributos referenciais são chamados de
objetos do tipo título, e vice versa. Chave Estrangeira e geralmente estão ligados à
chave primária da outra entidade. Estes termos
Os relacionamentos em geral são nomeados com são bastante comuns no contexto de bancos de
verbos ou expressões que representam a forma dados. Mantendo o exemplo anterior, a entidade
como as entidades interagem, ou a ação que uma cliente tem como chave primária seu CPF, assim,
exerce sobre a outra. Essa nomenclatura pode a venda possui também um campo “CPF do clien-
variar de acordo com a direção em que se lê o te” que se relaciona com o campo CPF da entida-
relacionamento. Por exemplo: um autor escreve de cliente.
vários livros, enquanto um livro é escrito por vá-
rios autores. Normalização de Dados

Atributos Normalização de dados é o processo formal e


passo a passo que examina os atributos de uma
Atributos são as características que descrevem entidade, com o objetivo de evitar anomalias ob-
cada entidade dentro do domínio. Por exemplo, servadas na inclusão, exclusão e alteração de
um cliente possui nome, endereço e telefone. registros.
Durante a análise de requisitos, são identificados
os atributos relevantes de cada entidade naquele O conceito de entidade é muito importante neste
contexto, de forma a manter o modelo o mais processo, ou seja, devemos identificar quais são
simples possível e consequentemente armazenar as entidades que farão parte do projeto de banco
apenas as informações que serão úteis futura- de dados. Entidade é qualquer coisa, pessoa ou
mente. Uma pessoa possui atributos pessoais objeto que abstraído do mundo real torna-se uma
como cor dos olhos, altura e peso, mas para um tabela para armazenamento de dados. Normal-
sistema que funcionará em um supermercado, mente usa-se o Modelo de Entidade e Relacio-
por exemplo, estas informações dificilmente serão namento para criar o modelo do banco.
relevantes.
Veja um exemplo de várias entidades já normali-
Os atributos podem ser classificados quanto à zadas:
sua função da seguinte forma:

 Descritivos: representam característica


intrínsecas de uma entidade, tais como nome ou
cor.

 Nominativos: além de serem também des-


critivos, estes têm a função de definir e identificar
um objeto. Nome, código, número são exemplos
de atributos nominativos.

 Referenciais: representam a ligação de


uma entidade com outra em um relacionamento.
Por exemplo, uma venda possui o CPF do cliente,
que a relaciona com a entidade cliente.

Quanto à sua estrutura, podemos ainda classificá-


los como:

 Simples: um único atributo define uma ca-


racterística da entidade. Exemplos: nome, peso.

 Compostos: para definir uma informação da


entidade, são usados vários atributos. Por exem- A regra de ouro que devemos observar no projeto
plo, o endereço pode ser composto por rua, nú- de um banco de dados baseado no Modelo Rela-
mero, bairro, etc. cional de Dados é a de "não misturar assuntos
em uma mesma Tabela". Por exemplo: na Tabela
Alguns atributos representam valores únicos que Clientes devemos colocar somente campos rela-
identificam a entidade dentro do domínio e não cionados com o assunto Clientes. Não devemos

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misturar campos relacionados com outros assun-  Facilidade de manutenção do sistema de
tos, tais como Pedidos, Produtos, etc. Essa "Mis- Informação;
tura de Assuntos" em uma mesma tabela acaba
por gerar repetição desnecessária dos dados bem  Entre outros.
como inconsistência dos dados.
As formas normais
Veja Outro Exemplo Com Uma Tabela Não
Normalizada O Processo de normalização aplica uma série de
regras sobre as tabelas de um banco de dados,
para verificar se estas estão corretamente proje-
tadas. Embora existam cinco formas normais (ou
regras de normalização), na prática usamos um
conjunto de três Formas Normais.

Vejamos as três primeiras formas normais do


processo de normalização de dados.

 Primeira Forma Normal (1FN)


Normalmente após a aplicação das regras de
normalização de dados, algumas tabelas acabam  Segunda Forma Normal (2FN)
sendo divididas em duas ou mais tabelas, o que
no final gera um número maior de tabelas do que  Terceira Forma Normal (3FN)
o originalmente previsto. Este processo causa a
simplificação dos atributos de uma tabela, colabo- Apesar de existir outras formas normais como a
rando significativamente para a estabilidade do quarta forma normal e quinta forma normal, ape-
modelo de dados, reduzindo-se consideravelmen- nas as três primeiras têm sido consideradas atu-
te as necessidades de manutenção. almente. As formas normais são importantes ins-
trumentos para resolver antecipadamente pro-
Veja a tabela acima após a aplicação da normali- blemas na estrutura do banco de dados.
zação.
Para aplicar a normalização de dados é necessá-
Tabela normalizada rio considerar a sequência das formas normais,
isto é, para aplicar a segunda forma normal por
exemplo, é necessário que seja aplicado a primei-
ra forma normal. Da mesma forma, para aplicar a
terceira forma normal é necessário que já tenha
sido feita a normalização na segunda forma nor-
mal.

Primeira Forma Normal (1FN)

A normalização de dados é um processo impor-


tante no processo de modelagem de dados. A
primeira parte da normalização é chamada de
1FN ou primeira forma normal, em uma escala
que vai até cinco. Uma relação estará na primeira
forma normal 1FN, se não houver grupo de dados
repetidos, isto é, se todos os valores forem úni-
cos. Em outras palavras podemos definir que a
primeira forma normal não admite repetições ou
Os objetivos da normalização são muitos, entre campos que tenha mais que um valor.
eles destaco:
Os procedimentos mais recomendados para apli-
 Minimização de redundâncias e inconsis- car a 1FN são os seguintes:
tências;
 Identificar a chave primária da entidade;
 Facilidade de manipulações do banco de
dados;  Identificar o grupo repetitivo e removê-lo da
entidade;
 Ganho de performance no SGBD;
 Criar uma nova entidade com a chave pri-
mária da entidade anterior e o grupo repetitivo.

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A chave primária da nova entidade será obtida
pela concatenação da chave primária da entidade
inicial e a do grupo repetitivo.

Exemplo de normalização de dados. Primeira


forma normal

Considere a tabela cliente abaixo:


Tabela na 1ª forma normal
Cliente
Na segunda tabela a chave primária está implíci-
Código_cliente ta, isto voe poderá encontrar algumas literaturas
especializadas, onde nem sempre ela é especifi-
Nome
cada, mas ela deverá existir.
* Telefone
No exemplo acima foi gerado uma segunda enti-
Endereço dade para que a primeira forma normal fosse
satisfeita, contudo é importante ressaltar que nem
Agora a tabela com os dados: sempre encontramos banco de dados com tabe-
las normalizadas. Existem casos onde as repeti-
ções são poucas ou o cenário permite administrar
as repetições sem trazer grandes consequências.

Segunda Forma Normal (2FN)

Uma tabela está na Segunda Forma Normal 2FN


se ela estiver na 1FN e todos os atributos não
chave forem totalmente dependentes da chave
Tabela desnormalizada, ou seja, não está na 1ª primária (dependente de toda a chave e não ape-
forma normal nas de parte dela).

Analisando teremos: Se o nome do produto já existe na tabela produ-


tos, então não é necessário que ele exista na
Todos os clientes possuem Rua, CEP e Bairro, e tabela de produtos. A segunda forma normal trata
essas informações estão na mesma célula da destas anomalias e evita que valores fiquem em
tabela, logo ela não está na primeira forma nor- redundância no banco de dados.
mal. Para normalizar, deveremos colocar cada
informação em uma coluna diferente, como no Procedimentos:
exemplo a seguir:
 Identificar os atributos que não são funcio-
nalmente dependentes de toda a chave primária;

 Remover da entidade todos esses atributos


identificados e criar uma nova entidade com eles.
Tabela ainda não está na primeira forma normal A chave primária da nova entidade será o atributo
do qual os atributos do qual os atributos removi-
Mesmo com o ajuste acima, a tabela ainda não dos são funcionalmente dependentes.
está na primeira forma normal, pois há clientes
com mais de um telefone e os valores estão em Exemplo de segunda forma normal
uma mesma célula. Para normalizar será neces-
sário criar uma nova tabela para armazenar os Considere a tabela vendas abaixo:
números dos telefones e o campo-chave da tabe-
la cliente. Veja o resultado a seguir: Vendas

N_pedido

Código_produto

Tabela na primeira forma normal Produto

Quant

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Valor_unit  Identificar todos os atributos que são funci-
onalmente dependentes de outros atributos não
Subtotal chave;
Agora a tabela com os dados:  Removê-los.

A chave primária da nova entidade será o atributo


do qual os atributos removidos são funcionalmen-
te dependentes.

Tabela não está na segunda forma normal Exemplo de normalização na terceira forma nor-
mal
Analisando teremos:
Considere a tabela abaixo:
O nome do produto depende do código do produ-
to, porém não depende de N_pedido que é a cha-
ve primária da tabela, portanto não está
na segunda forma normal. Isto gera problemas
com a manutenção dos dados, pois se houver
alteração no nome do produto teremos que alterar Tabela não está na terceira forma normal
em todos os registros da tabela venda.
Considerando ainda a nossa tabela Venda, vere-
Para normalizar esta tabela teremos de criar a mos que a mesma não está na terceira forma
tabela Produto que ficará com os atributos Códi- normal, pois o subtotal é o resultado da multipli-
go_produto e produto e na tabela Venda mante- cação Quant X Valor_unit, desta forma a coluna
remos somente os atributos N_pedido, códi- subtotal depende de outras colunas não-chave.
go_produto, quant, valor_unit e subtotal. Veja o
resultado abaixo: Para normalizar esta tabela na terceira forma
normal teremos de eliminar a coluna subtotal,
como no exemplo a seguir:

Tabela na segunda forma normal


Tabela na terceira forma normal

Conforme visto na primeira forma normal e se-


gunda forma normal, a normalização torna a tabe-
la mais otimizada e sem anomalias.

Tabela na 2ª forma normal Modelo Entidade Relacionamento

Conforme visto na Primeira forma normal, quando O Modelo Entidade Relacionamento (também
aplicamos normalização é comum gerar novas chamado Modelo ER, ou simplesmente MER),
tabelas a fim de satisfazer as formas normais que como o nome sugere, é um modelo conceitual
estão sendo aplicadas. utilizado na Engenharia de Software para descre-
ver os objetos (entidades) envolvidos em um do-
Terceira Forma Normal (3FN) mínio de negócios, com suas características (atri-
butos) e como elas se relacionam entre si (relaci-
Uma tabela está na Terceira Forma Normal 3FN onamentos).
se ela estiver na 2FN e se nenhuma coluna não-
chave depender de outra coluna não-chave. Em geral, este modelo representa de forma abs-
trata a estrutura que possuirá o banco de dados
Na terceira forma normal temos de eliminar aque- da aplicação. Obviamente, o banco de dados
les campos que podem ser obtidos pela equação poderá conter várias outras entidades, tais como
de outros campos da mesma tabela. chaves e tabelas intermediárias, que podem só
fazer sentido no contexto de bases de dados re-
Procedimentos: lacionais.

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Diagrama Entidade Relacionamento  Corretor atende Inquilino (um corretor pode
atender vários inquilinos e um inquilino pode ser
Enquanto o MER é um modelo conceitual, atendido por vários corretores).
o Diagrama Entidade Relacionamento (Diagrama
ER ou ainda DER) é a sua representação gráfica  Inquilino aluga Imóvel (um inquilino aluga
e principal ferramenta. Em situações práticas, o um imóvel e um imóvel pode ser alugado por
diagrama é tido muitas vezes como sinônimo de vários inquilinos).
modelo, uma vez que sem uma forma de visuali-
zar as informações, o modelo pode ficar abstrato  Proprietário possui Imóvel (um proprietário
demais para auxiliar no desenvolvimento do sis- possui vários imóveis e um imóvel pertence a
tema. Dessa forma, quando se está modelando apenas um proprietário).
um domínio, o mais comum é já criar sua repre-
sentação gráfica, seguindo algumas regras. Uma variante da 1 Figura pode ser vista na 2
Figura, onde a cardinalidade do relacionamento é
O diagrama facilita ainda a comunicação entre os exibida junto do losango.
integrantes da equipe, pois oferece uma lingua-
gem comum utilizada tanto pelo analista, respon-
sável por levantar os requisitos, e os desenvolve-
dores, responsáveis por implementar aquilo que
foi modelado.

Em sua notação original, proposta por Peter Chen


(idealizador do modelo e do diagrama), as entida-
des deveriam ser representadas por retângulos,
seus atributos por elipses e os relacionamentos
por losangos, ligados às entidades por linhas,
contendo também sua cardinalidade (1..1, 1..n ou
n..n). Porém, notações mais modernas abandona-
ram o uso de elipses para atributos e passaram a
utilizar o formato mais utilizado na UML, em que
os atributos já aparecem listados na própria enti- Figura 2. Diagrama de Entidade Relacionamento
dade. Essa forma torna o diagrama mais limpo e (variação)
fácil de ser lido.
Uma outra variação já mostra a cardinalidade de
Observe na figura um exemplo simples de um uma forma mais completa, deixando claro as pos-
diagrama para um sistema de imobiliárias. sibilidades de números de objetos envolvidos em
cada relacionamento. Nesse modelo, em cada
lado do relacionamento os números aparecem no
formato (X,Y) ao invés de um único número como
vemos nas figuras anteriores. A Figura ilustra um
exemplo desse tipo.

Diagrama Entidade Relacionamento (variação 2)

Neste diagrama, lemos os relacionamentos da


seguinte forma:

 1 ou 1 grupo possui 0 ou muitos produtos.


Diagrama Entidade Relacionamento de sistema Como de um lado temos “1 ou 1”, isso equivale a
de imobiliária apenas “1”, pois não temos várias possibilidades.
Já do lado do produto, indicamos que um grupo
No domínio representado pelo diagrama acima pode possuir nenhum produto, mas também pode
temos as seguintes entidades e relacionamentos: possuir vários.

 Proprietário contata Corretor (um proprietá-  0 ou várias vendas contém 1 ou muitos


rio pode contatar vários corretores e um corretor produtos. Ou seja, um produto pode nunca ser
pode ser contatado por vários proprietários). vendido (0 vendas) como também pode ser ven-
dido várias vezes (n vendas). Já uma venda deve

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conter 1 ou vários produtos, pois uma venda não Neste modelo, já é possível definir os atributos
pode estar vazia (0 produtos). que serão chaves primárias e chaves estrangei-
ras, tomando como base a estrutura que foi defi-
Os atributos, como já foi dito, podem aparecer no nida anteriormente no modelo conceitual.
diagrama na forma de elipses ligadas às entida-
des. Essa foi a notação original proposta, mas Ainda referente ao modelo lógico, é opcional utili-
como podemos ver na Figura, ela deixa o dia- zar nomenclaturas “amigáveis” para os atributos
grama com muitos itens e pode atrapalhar um (há controvérsias), mas desde que seja obedeci-
pouco a organização destes. do um padrão.

Mas ainda neste momento, não se está sendo


levado em conta limitações impostas por um ban-
co de dados específico, ou seja, atende a um
banco de dados supostamente “genérico”.

Na Modelagem Física, deve-se levar em conta


todas as regras e todas as limitações impostas
pelo banco de dados escolhido.

Deve ser levado como base o modelo criado an-


teriormente, o modelo lógico, obedecendo pa-
drões, regras e todas as validações possíveis.

É a partir deste modelo que fisicamente deve


Atributos apresentados como elipses estar espelhado o seu banco de dados final.

Em uma notação mais atual, comumente utilizada Pode-se dizer que é uma documentação mais
na UML, os atributos aparecem listados dentro do técnica e é específica para um determinado ban-
próprio retângulo da entidade, enquanto o nome co de dados.
da entidade aparece no topo na forma de título.
Na Figura 5 temos um exemplo. Bancos de Dados

Bancos de dados é um conjunto de arquivos rela-


cionados entre si com registros sobre pessoas,
lugares ou coisas. São coleções organizadas de
dados que se relacionam de forma a criar algum
sentido (Informação) e dar mais eficiência durante
uma pesquisa ou estudo, São de vital importância
para empresas e há duas décadas se tornaram a
Diagrama com atributos nas entidades principal peça dos sistemas de informação.

O Modelagem Conceitual é o primeiro modelo a Normalmente existem por vários anos sem altera-
ser desenvolvido e é ele que deve ser usado para ções em sua estrutura. São operados pelos Sis-
envolver o cliente. temas Gerenciadores de Bancos de Dados
(SGBD), que surgiram na década de 70.
Este modelo é muito fácil de compreender, não
há limitações ou uma aplicação de tecnologia Antes destes, as aplicações usavam sistemas de
específica. arquivos do sistema operacional para armazenar
suas informações. Na década de 80, a tecnologia
Neste modelo já pode ser utilizado o diagrama de de SGBD relacional passou a dominar o mercado,
Entidade e Relacionamento (DER), onde é identi- e atualmente utiliza-se praticamente apenas ela.
ficado todas as entidades (tabelas) e os relacio- Outro tipo notável é o SGBD Orientado a Objetos,
namentos entre elas. para quando sua estrutura ou as aplicações que o
utilizam mudam constantemente.
Com o diagrama fica compreendido o modelo
conceitual de dados. A principal aplicação de Banco de Dados é con-
trole de operações empresariais. Outra aplicação
Diferentemente do modelo conceitual. também importante é gerenciamento de informa-
ções de estudos, como fazem os Bancos de Da-
Modelo Lógico leva em conta regras e algumas dos Geográficos, que unem informações conven-
limitações, implementando recursos padroniza- cionais com espaciais.
dos.

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Os bancos de dados são utilizados para armaze-  Cada transação funciona completamente à
nar diversos tipos de informações, des- parte de outras estações. Todas as operações
de dados sobre uma conta de e-mail até dados são parte de uma transação única. O principio é
importantes da Receita Federal. A segurança do que nenhuma outra transação, operando no
banco de dados herda as mesmas dificuldades mesmo sistema, possa interferir no funcionamen-
que a segurança da informação enfrenta, que é to da transação corrente (é um mecanismo de
garantir a integridade, a disponibilidade e a confi- controle). Outras transações não podem visuali-
dencialidade. Um Sistema gerenciador de banco zar os resultados parciais das operações de uma
de dados deve fornecer mecanismos que auxiliem transação em andamento (ainda em respeito à
nesta tarefa. propriedade da atomicidade).

Uma forma comum de ataque à segurança do  Durabilidade


banco de dados, é a injeção de SQL, em bancos
de dados que façam uso desta linguagem, mas  Significa que os resultados de uma transa-
bancos de dados NoSQLtambém podem ser víti- ção são permanentes e podem ser desfeitos so-
mas. Para evitar estes ataques, o desenvolvedor mente por uma transação subseqüente. Por
de aplicações deve garantir que nenhuma entrada exemplo: todos os dados e status relativos a uma
possa alterar a estrutura da consulta enviada ao transação devem ser armazenados num repositó-
sistema. rio permanente, não sendo passíveis de falha por
uma falha de hardware.
Os bancos de dados SQL implementam meca-
nismos que restringem ou permitem acessos aos ANOTAÇÕES
dados de acordo com papeis ou roles fornecidos ________________________________________
pelo administrador. O comando GRANT concede ________________________________________
privilégios específicos para um objeto (tabela, ________________________________________
visão, banco de dados, função, linguagem proce- ________________________________________
dural, esquema ou espaço de tabelas) para um
________________________________________
ou mais usuários ou grupos de usuários.
________________________________________
Transação ________________________________________
________________________________________
É um conjunto de procedimentos que é executado ________________________________________
num banco de dados, que para o usuário é visto ________________________________________
como uma única ação. ________________________________________
________________________________________
A integridade de uma transação depende de 4
propriedades, conhecidas como ACID. ________________________________________
________________________________________
 Atomicidade ________________________________________
________________________________________
 Todas as ações que compõem a unidade ________________________________________
de trabalho da transação devem ser concluídas ________________________________________
com sucesso, para que seja efetivada. Se durante ________________________________________
a transação qualquer ação que constitui unidade ________________________________________
de trabalho falhar, a transação inteira deve ser ________________________________________
desfeita (rollback). Quando todas as ações são
________________________________________
efetuadas com sucesso, a transação pode ser
efetivada e persistida em banco (commit). ________________________________________
________________________________________
 Consistência ________________________________________
________________________________________
 Todas as regras e restrições definidas no ________________________________________
banco de dados devem ser obedecidas. Relacio- ________________________________________
namentos por chaves estrangeiras, checagem de ________________________________________
valores para campos restritos ou únicos devem ________________________________________
ser obedecidos para que uma transação possa ________________________________________
ser completada com sucesso.
________________________________________
 Isolamento ________________________________________
________________________________________
________________________________________

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