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tiplas unidades da outra. Por exemplo, em um podem se repetir. Em um cadastro de clientes,
sistema de biblioteca, um título pode ser escrito por exemplo, esse atributo poderia ser o CPF. A
por vários autores, ao mesmo tempo em que um estes chamamos de Chave Primária.
autor pode escrever vários títulos. Assim, um
objeto do tipo autor pode referenciar múltiplos Já os atributos referenciais são chamados de
objetos do tipo título, e vice versa. Chave Estrangeira e geralmente estão ligados à
chave primária da outra entidade. Estes termos
Os relacionamentos em geral são nomeados com são bastante comuns no contexto de bancos de
verbos ou expressões que representam a forma dados. Mantendo o exemplo anterior, a entidade
como as entidades interagem, ou a ação que uma cliente tem como chave primária seu CPF, assim,
exerce sobre a outra. Essa nomenclatura pode a venda possui também um campo “CPF do clien-
variar de acordo com a direção em que se lê o te” que se relaciona com o campo CPF da entida-
relacionamento. Por exemplo: um autor escreve de cliente.
vários livros, enquanto um livro é escrito por vá-
rios autores. Normalização de Dados
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misturar campos relacionados com outros assun- Facilidade de manutenção do sistema de
tos, tais como Pedidos, Produtos, etc. Essa "Mis- Informação;
tura de Assuntos" em uma mesma tabela acaba
por gerar repetição desnecessária dos dados bem Entre outros.
como inconsistência dos dados.
As formas normais
Veja Outro Exemplo Com Uma Tabela Não
Normalizada O Processo de normalização aplica uma série de
regras sobre as tabelas de um banco de dados,
para verificar se estas estão corretamente proje-
tadas. Embora existam cinco formas normais (ou
regras de normalização), na prática usamos um
conjunto de três Formas Normais.
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A chave primária da nova entidade será obtida
pela concatenação da chave primária da entidade
inicial e a do grupo repetitivo.
N_pedido
Código_produto
Quant
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Valor_unit Identificar todos os atributos que são funci-
onalmente dependentes de outros atributos não
Subtotal chave;
Agora a tabela com os dados: Removê-los.
Tabela não está na segunda forma normal Exemplo de normalização na terceira forma nor-
mal
Analisando teremos:
Considere a tabela abaixo:
O nome do produto depende do código do produ-
to, porém não depende de N_pedido que é a cha-
ve primária da tabela, portanto não está
na segunda forma normal. Isto gera problemas
com a manutenção dos dados, pois se houver
alteração no nome do produto teremos que alterar Tabela não está na terceira forma normal
em todos os registros da tabela venda.
Considerando ainda a nossa tabela Venda, vere-
Para normalizar esta tabela teremos de criar a mos que a mesma não está na terceira forma
tabela Produto que ficará com os atributos Códi- normal, pois o subtotal é o resultado da multipli-
go_produto e produto e na tabela Venda mante- cação Quant X Valor_unit, desta forma a coluna
remos somente os atributos N_pedido, códi- subtotal depende de outras colunas não-chave.
go_produto, quant, valor_unit e subtotal. Veja o
resultado abaixo: Para normalizar esta tabela na terceira forma
normal teremos de eliminar a coluna subtotal,
como no exemplo a seguir:
Conforme visto na Primeira forma normal, quando O Modelo Entidade Relacionamento (também
aplicamos normalização é comum gerar novas chamado Modelo ER, ou simplesmente MER),
tabelas a fim de satisfazer as formas normais que como o nome sugere, é um modelo conceitual
estão sendo aplicadas. utilizado na Engenharia de Software para descre-
ver os objetos (entidades) envolvidos em um do-
Terceira Forma Normal (3FN) mínio de negócios, com suas características (atri-
butos) e como elas se relacionam entre si (relaci-
Uma tabela está na Terceira Forma Normal 3FN onamentos).
se ela estiver na 2FN e se nenhuma coluna não-
chave depender de outra coluna não-chave. Em geral, este modelo representa de forma abs-
trata a estrutura que possuirá o banco de dados
Na terceira forma normal temos de eliminar aque- da aplicação. Obviamente, o banco de dados
les campos que podem ser obtidos pela equação poderá conter várias outras entidades, tais como
de outros campos da mesma tabela. chaves e tabelas intermediárias, que podem só
fazer sentido no contexto de bases de dados re-
Procedimentos: lacionais.
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Diagrama Entidade Relacionamento Corretor atende Inquilino (um corretor pode
atender vários inquilinos e um inquilino pode ser
Enquanto o MER é um modelo conceitual, atendido por vários corretores).
o Diagrama Entidade Relacionamento (Diagrama
ER ou ainda DER) é a sua representação gráfica Inquilino aluga Imóvel (um inquilino aluga
e principal ferramenta. Em situações práticas, o um imóvel e um imóvel pode ser alugado por
diagrama é tido muitas vezes como sinônimo de vários inquilinos).
modelo, uma vez que sem uma forma de visuali-
zar as informações, o modelo pode ficar abstrato Proprietário possui Imóvel (um proprietário
demais para auxiliar no desenvolvimento do sis- possui vários imóveis e um imóvel pertence a
tema. Dessa forma, quando se está modelando apenas um proprietário).
um domínio, o mais comum é já criar sua repre-
sentação gráfica, seguindo algumas regras. Uma variante da 1 Figura pode ser vista na 2
Figura, onde a cardinalidade do relacionamento é
O diagrama facilita ainda a comunicação entre os exibida junto do losango.
integrantes da equipe, pois oferece uma lingua-
gem comum utilizada tanto pelo analista, respon-
sável por levantar os requisitos, e os desenvolve-
dores, responsáveis por implementar aquilo que
foi modelado.
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conter 1 ou vários produtos, pois uma venda não Neste modelo, já é possível definir os atributos
pode estar vazia (0 produtos). que serão chaves primárias e chaves estrangei-
ras, tomando como base a estrutura que foi defi-
Os atributos, como já foi dito, podem aparecer no nida anteriormente no modelo conceitual.
diagrama na forma de elipses ligadas às entida-
des. Essa foi a notação original proposta, mas Ainda referente ao modelo lógico, é opcional utili-
como podemos ver na Figura, ela deixa o dia- zar nomenclaturas “amigáveis” para os atributos
grama com muitos itens e pode atrapalhar um (há controvérsias), mas desde que seja obedeci-
pouco a organização destes. do um padrão.
Em uma notação mais atual, comumente utilizada Pode-se dizer que é uma documentação mais
na UML, os atributos aparecem listados dentro do técnica e é específica para um determinado ban-
próprio retângulo da entidade, enquanto o nome co de dados.
da entidade aparece no topo na forma de título.
Na Figura 5 temos um exemplo. Bancos de Dados
O Modelagem Conceitual é o primeiro modelo a Normalmente existem por vários anos sem altera-
ser desenvolvido e é ele que deve ser usado para ções em sua estrutura. São operados pelos Sis-
envolver o cliente. temas Gerenciadores de Bancos de Dados
(SGBD), que surgiram na década de 70.
Este modelo é muito fácil de compreender, não
há limitações ou uma aplicação de tecnologia Antes destes, as aplicações usavam sistemas de
específica. arquivos do sistema operacional para armazenar
suas informações. Na década de 80, a tecnologia
Neste modelo já pode ser utilizado o diagrama de de SGBD relacional passou a dominar o mercado,
Entidade e Relacionamento (DER), onde é identi- e atualmente utiliza-se praticamente apenas ela.
ficado todas as entidades (tabelas) e os relacio- Outro tipo notável é o SGBD Orientado a Objetos,
namentos entre elas. para quando sua estrutura ou as aplicações que o
utilizam mudam constantemente.
Com o diagrama fica compreendido o modelo
conceitual de dados. A principal aplicação de Banco de Dados é con-
trole de operações empresariais. Outra aplicação
Diferentemente do modelo conceitual. também importante é gerenciamento de informa-
ções de estudos, como fazem os Bancos de Da-
Modelo Lógico leva em conta regras e algumas dos Geográficos, que unem informações conven-
limitações, implementando recursos padroniza- cionais com espaciais.
dos.
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Os bancos de dados são utilizados para armaze- Cada transação funciona completamente à
nar diversos tipos de informações, des- parte de outras estações. Todas as operações
de dados sobre uma conta de e-mail até dados são parte de uma transação única. O principio é
importantes da Receita Federal. A segurança do que nenhuma outra transação, operando no
banco de dados herda as mesmas dificuldades mesmo sistema, possa interferir no funcionamen-
que a segurança da informação enfrenta, que é to da transação corrente (é um mecanismo de
garantir a integridade, a disponibilidade e a confi- controle). Outras transações não podem visuali-
dencialidade. Um Sistema gerenciador de banco zar os resultados parciais das operações de uma
de dados deve fornecer mecanismos que auxiliem transação em andamento (ainda em respeito à
nesta tarefa. propriedade da atomicidade).