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Ainda vale a
pena entrar? A alta recente é só o
começo? Seria VVAR a nova MGLU?
UM INÍCIO CONTURBADO...
Parecia promissor. Parecia… mas a Companhia se viu afetada por um grande evento
macroeconômico e, paralelamente, sofreu com sucessivos erros estratégicos
provocados, em grande medida, pelos conflitos societários envolvendo seus
acionistas controladores.
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De um lado, a fusão Ponto Frio-Casas Bahia quase imediatamente se converteu em
desavenças entre o GPA — então controlado pelo empresário Abílio Diniz — e a
Família Klein. Foi preciso pouquíssimo tempo após a combinação dos negócios para a
relação azedar. Eventualmente, os Klein — que detêm notável know how no varejo de
bens duráveis — acabaram alijados da gestão da Companhia.
De outro, o próprio Grupo Pão de Açúcar era palco de uma acirrada disputa
societária: Diniz articulava para evitar que o grupo francês Casino, que havia se
tornado seu sócio nos anos 90, assumisse o controle da Companhia. Com
acionistas em pé de guerra, o foco nas operações — tanto do GPA quanto da
subsidiária Via Varejo — se viu prejudicado. Eventualmente o controle das
Companhias foi assumido pelos franceses.
Com problemas suficientes para administrar no Pão de Açúcar — e, a meu ver, com
pouca vocação para o varejo de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e móveis —, a
gestão do Casino na Via Varejo deixou muito a desejar.
Fonte: Bloomberg
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UM SETOR EM TRANSFORMAÇÃO
Foi a compreensão dessas tendências — fora tantos outros méritos que me absterei
de discutir aqui — que transformou o Magazine Luiza (MGLU3), que amargou as
mesmas dificuldades macroeconômicas que a Via Varejo, no fenômeno que é hoje.
A diferença é que, lá, a lição de casa foi feita. Já Via Varejo se via combalida pela falta
de foco do controlador, frequentes mudanças de gestão, sistemas obsoletos, dentre
outros problemas.
Mas não há mal que pra sempre dure nem bem que nunca se acabe. Desde meados de
2018 o Casino sinalizava interesse em se desfazer de sua participação na Companhia.
Esse movimento aconteceu, finalmente, em Junho de 2019. Após instado por Micha-
el Klein, antigo homem forte das Casas Bahia, o GPA ofereceu a totalidade de suas
ações na Via Varejo ao mercado, em um leilão na B3.
Todos os olhos estão voltados, agora, para sinais dos próximos passos da nova equipe
para a revitalização da Via Varejo.
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O QUE ESPERAR?
E, tenha em mente, o novo time acabou de chegar: Roma não se fez em um dia…
No lado do e-commerce, restam diversos desafios de TI, logística e outros para colocar
a Companhia em pé de igualdade com suas rivais. Progressos têm sido alcançados na
maturação das ferramentas, mas ainda há bastante trabalho a ser feito,
principalmente no marketplace (intermediação de vendas promovidas por parceiros
terceiros), que ainda é incipiente em relação ao tamanho da Empresa.
Não se engane: tudo isso leva tempo. Serão vários trimestres — vários deles,
possivelmente, com resultados ainda decepcionantes — até a Companhia começar,
de fato, a colher frutos de iniciativas que começarem a ser implementadas agora.
Feitas todas essas considerações, a grande questão é o que fazer com as Ações.
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para 2019, de R$1,6 bilhão, tem-se que VVAR3 negociava a um múltiplo de EV/EBITDA
de 4,5 vezes.
Ou seja: mesmo com a alta recente, VVAR negocia a múltiplos substancialmente infe-
riores às demais empresas do setor.
(Há de se levar em conta o efeito sobre a dívida líquida dos recorrentes descontos de
recebíveis da Companhia, mas mesmo assim o desconto é claro).
Acreditamos, assim, que uma aposta em VVAR3 a níveis atuais ainda carrega poten-
cial com assimetria positiva: há bastante a ganhar em caso de sucesso e não tanto a
perder em caso de fracasso do penoso processo de reestruturação que se impõe à
Empresa.
Acompanho VVAR3 em minha série sobre ações de small caps chamada Nord Small
Caps e, na data deste relatório, a recomendação é de COMPRA, com Preço-Teto —
isto é, o preço máximo ao qual recomendo comprar a Ação — de R$6,80.
Estas são estimativas que devem, num futuro próximo, serem revisadas. Para tal
revisão aguardo, principalmente, sinalizações da nova gestão acerca dos próximos
passos da Companhia.
De tempos em tempos, o mercado escolhe uma nova Ação para chamar de sua
queridinha. E, em meio a todos os eventos aqui narrados, o momento parece ser de
VVAR3.
Diante disso, sinto-me na obrigação de fazer um alerta: tome muito cuidado com
euforias momentâneas em torno da Ação.
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SEMPRE ALERTA
Esta é uma série destinada a investidores experientes, que já contam com uma
carteira de investimentos consolidada e estão em busca de oportunidades adicionais
com relação risco-retorno diferenciada para melhorar a performance de seus
investimentos.
Se você se identifica com esse perfil, não deixe de conhecer o Nord Small Caps —
lembrando que, na Nord Research, você conta com nossa Garantia Permanente:
você assina nossas séries pelo tempo que quiser e, caso deseje cancelar, pode fazê-lo
a qualquer momento.
Não perca essa oportunidade de se juntar a mim na busca pelos próximos grandes
retornos da Bolsa.
Um abraço,
Em observância aos Artigos 20 e 21 da Instrução CVM nº 598/2018, o Analista Ricardo Schweitzer declara:
Que é o responsável principal pelo conteúdo do presente Relatório de Análise;
Que as recomendações constantes no presente Relatório de Análise refletem única e exclusivamente suas opiniões pessoais e
foram elaboradas de forma independente, inclusive com relação à Nord Research;
Em observância ao Artigo 22 da Instrução CVM nº 598/2018, a Nord Research esclarece:
1. Que possui, em seu quadro de cotistas, pessoas físicas detentoras de valores mobiliários mencionados neste Relatório de
Análise - a saber, VVAR3;
2. Que oferece produtos contendo recomendações de investimento pautadas por diferentes estratégias e/ou elaborados por
diferentes Analistas. Dessa forma, é possível que um mesmo valor mobiliário encontre recomendações distintas em diferen-
tes produtos por nós oferecidos. As indicações do presente Relatório de Análise, portanto, devem ser sempre consideradas
no contexto da estratégia que o norteia.
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