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Fíg. 14.4 Com o auxílio das fotos abaixo, descreva as regiões que constituem o diencéfalo, citando as principais estruturas de cada local. Também localize
o III ventrículo.
i
SISTEMA NERVOSO 179
Fig. 14.6 Em que planos anatómicos as imagens a, b, c, d, e e se apresentam? Utilize-as para dividir o telencéfalo em lobos. Depois, numere as principais
estruturas desse órgão.
SISTEMA NERVOSO 181
Fig. 14.7 Descreva o comportamento anatómico das meninges. Dê sua importância funcional. Ainda, faça uma revisão sobre líquor.
BRANDÃO, MÍRIAM C.S.
SISTEMA SENSORIAL:
ÓRGÃOS DOS SENTIDOS
ORELHA
A orelha é mais bem definida como órgão vestíbulo-coclear, pois trata-se
de um órgão com funções de equilíbrio e audição, respectivamente. Deste modo,
compreende-se por que é errada a denominação "ouvido". A orelha é composta por uma
parte externa que compreende o pavilhão auricular e o meato acústico exter-
no . Uma membrana timpânica separa este segmento da orelha média, que é basicamente
uma cavidade óssea no interior do osso temporal. Aí, estão situados os ossículos mar-
telo, bigorna e estribo que, após receberem as ondas sonoras pelo meato acústico,
passam a vibrar em sequência, pois'o primeiro está fixado à membrana timpânica. As-
sim, o último transmite essa onda para a janela oval, que é uma abertura na orelha
interna onde ele se articula. A porção interna da orelha que está situada na parte petrosa
do temporal se encarrega de transmitir essa vibração em sua porção coclear. Esta tem
a forma de um caracol duplo com uma rampa ascendente lateral (rampa vestibu-
SISTEMA SENSORIAU ÓRGÃOS DOS SENTIDOS 183
lar) e outra rampa descendente medial (rampa timpânica), sendo ambas preenchi-
das por perilinfa. Essa última chega à janela redonda. Ainda, no interior da cóclea,
encontra-se um dueto coolear onde se encontram os receptores da audição (ór-
gão espiral), além de um líquido, a perilinfa. Deste modo, toda a transmissão pelo
meio líquido se completa até que atinja terminais nervosos que, pelo VIII par de ner-
vo craniano (n. vestíbulo-coclear), seguem para o lobo temporal. Porém, a par-
te vestibular da orelha, que é responsável pelo equilíbrio, é composta por um labi-
rinto ósseo. Este é composto por estruturas que se comunicam entre si e que apresen-
tam um esqueleto membranáceo preenchido por endolinfa. Estes são os canais
semicirculares em número de três, o utrículo e o sáculo. Nesse segmento
membranáceo, há células receptoras que detectam mudanças de perilinfa, quando
ocorrem variações de posicionamento da cabeça. Desta maneira, ao serem ati-
vadas, elas deflagram impulsos que irão informar a posição daquele órgão em relação ao
corpo no espaço, indo também pelo VIII par craniano até o cerebelo e telencéfalo.
OLHO
O globo ocular é formado por três camadas. A túnica externa é repre-
sentada pela córnea e esclera. A túnica média (vascular) contém também três ca-
madas, que são: a coróide (ou úvea), que é altamente pigmentada, revestindo a
esclera em negróide; a íris, responsável pelo controle da entrada de luz no globo ocular
e pela cor dos mesmos; o corpo ciliar, que é constituído de músculo, situado atrás
da íris, e deste modo permite a acomodação visual. Este fica apoiado ao corpo ciliar
por meio de vários tendões. Ainda, ele envia expansões musculares para a íris a fim
de controlar a sua abertura e fechamento. Por outro lado, a túnica interna, que é
denominada retina (neuroepitélio de revestimento), forra internamente a coróide,
sendo composta por células nervosas que são capazes de transformar estímulos lumi-
nosos em impulsos para a visão (receptores: cones e bastonetes). Os cones permi-
tem focalizar a imagem com maior nitidez, estando por isso localizados próximo à
fóvea e mácula lútea (parte central da retina). Já os bastonetes possibilitam a iden-
tificação visual em lugares escuros. Também é possível se verificar que o globo ocu-
lar está dividido anatomicamente em três câmaras, ou seja, uma anterior com hu-
mor aquoso (entre a córnea e a íris), outra posterior contendo também hu-
mor aquoso (entre a íris e o cristalino) e uma vítrea (atrás do cristalino)
preenchida com humor vítreo. Assim, a luz passará por esses meios dióptricos do
olho, para atingir os cones e bastonetes na papila (ou "no ponto cego") da retina,
e, deste, os impulsos seguem pelos nervos ópticos que cruzam o plano mediano
para formarem o quiasma óptico. A partir deste, a via óptica se continua pelos
tractos ópticos, seguindo para os corpos geniculados laterais (metatálamo).
Nesse local, estabelecem sinapses com neurônios que irão ter no sulco calcarino
do lobo occipital. Também, a musculatura do olho é importante para seu adequa-
do posicionamento na fixação da imagem, bem como para uma apropriada localiza-
ção espacial. Os músculos extrínsecos do olho são: m. reto superior, m. reto
inferior, m. reto medial, m. reto lateral, m. oblíquo superior e m. oblí-
quo inferior. Quanto à função, os músculos retos movem os olhos para cima,
para baixo, para medial e para lateral, ao passo que os músculos oblíquos conver-
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gem a parte superior (m. oblíquo superior) e inferior (m. oblíquo inferior) ocular em
direção ao plano sagital mediano.
OLFATO
A porção mais superior da cavidade nasal apresenta uma mucosa amare-
la que é definida como mucosa olfatória. Isso se deve à presença dos filetes nervo-
sos do I par de nervo craniano (n. olfatório) que se origina neste local. Os odo-
res aí captados por seus receptores são transformados em impulsos nervosos que se-
guem por seus axônios até o úncus e giro para-hipocampal.
LÍNGUA
A língua é um órgão sensório-motor, responsável pela articulação da palavra
falada e particularmente pela sensibilidade do paladar. Os quimioceptores nela
localizados captam diferentes estímulos que são transformados em impulsos nervosos que
chegam a áreas situadas na porção inferior do giro pós-central (43 de Brodmann).