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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

PROGRAMA DE PÓS - GRADUAÇÃO EM MEMÓRIA: LINGUAGEM E


SOCIEDADE

CRISTINA QUEIROZ DA ROCHA

RESENHA CRÍTICA

“O PRÍNCIPE” DE NICCOLO MAQUIAVEL

Vitória da Conquista- Bahia


2019
CRISTINA QUEIROZ DA ROCHA

RESENHA CRÍTICA

“O PRÍNCIPE” DE NICCOLO MAQUIAVEL

Resenha crítica apresentada como requisito


parcial para avaliação da disciplina Tópicos
Temáticos I, pelo Programa de Pós Graduação
em Memória: Linguagem e Sociedade da
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Prof. Dr. José Alves Dias

Vitória da Conquista - Ba
2019
RESENHA CRÍTICA DA OBRA “O PRÍNCIPE” DE NICCOLO MAQUIAVEL

MAQUIAVEL, Nicollo. O Príncipe. Tradução: Ridendo Castigat Mores. São Paulo:


Jahr, 2002. 164 p. E-book.

O “Príncipe” é certamente, a obra mais conhecida de Niccoló Maquiavel,


cientista político e historiador que nasceu no século XV em Florença e faleceu no Século
XVI. Trata-se de um livro escrito no ano de 1505 e publicado em 1515, que provém da
experiência de Maquiavel na política, principalmente da sua atuação como Secretário do
governo, ligado a uma das famílias mais influentes da Europa no Século XV e XVI.
A obra foi um presente para Lorenzo de Médici, como meio para que este pudesse
manter o seu poder em Florença e para que pudesse concretizar as suas pretensões de alcançar
outros principados. Nela, Maquiavel anuncia a sua concepção de Estado como forma de
organização da sociedade e traz lições dos mecanismos de controle e manutenção do
poder, sobretudo, a partir da atuação estratégica dos governantes.
A obra é dividida em 26 capítulos e desnuda-se como um manual político que
ainda nos dias atuais serve como livro de cabeceira a líderes dos mais diversos
segmentos sociais. O seu desenrolar perpassa pelo modo de atuação dos príncipes e
soberanos no sentido de se consolidarem no poder e as estratégias utilizadas para não
serem destituídos desta condição.
Já nos capítulos iniciais, o autor detalha os tipos de principados e explica mais
detidamente como são adquiridos, conservados e porque são perdidos. Na percepção de
Maquiavel, para que para um príncipe se mantenha no poder, ele precisa ter Virtu, o que
poderia ser traduzido como virtude, ou seja, as qualidades de um governante, e Fortu
ou fortuna, não no sentido de dinheiro, mas de oportunidade ou sorte.
É certo, ainda, que Maquiavel aponta para o fato de que o Príncipe deve estar
acima dos padrões normais da moral e ética para governar, mas ele não defende um
poder ilimitado ao governante haja vista que isso o tornaria odiável e o ódio
transformado em ira, poderia derrubá-lo.
Na segunda parte do livro, aqui compreendida a partir do capítulo XII,
Maquiavel discorre sobre a forma de atuação de algumas organizações que
comprometem a governança dos príncipes e soberanos. É a partir desta seção que ele
dispõe acerca do poderio militar dos principados e alerta sobre o risco de utilização das
milícias mercenárias e auxiliares para a manutenção do poder.
Na terceira parte da obra, Maquiavel retrata aquilo que em sua concepção, é a
conduta ideal de um governante para manter-se estruturado e firme em suas funções.
Estes aspectos serão analisados mais especificamente a partir de então, com observância
da ordem em que são tratados pelo autor.
Sendo assim, no capítulo XIII, Maquiavel diferencia os soldados auxiliares,
mistos e próprios, explicando que as tropas auxiliares são aquelas que se apresentam
quando chamadas para auxiliar e defender os principados, as tropas mistas, por sua vez,
são decorrentes da mistura entre os soldados mercenários e os soldados próprios, e os
exércitos próprios compreendidos como aqueles formados apenas por súditos (
MAQUIAVEL, 2002, p.80). Para Maquiavel, as tropas auxiliares são muitos mais
perigosas que as mercenárias posto que a obediência destas está sempre voltada a
outrem, por outro lado, os exércitos próprios são considerados os mais eficientes,
confiáveis e seguros ( 2002, p.81)
No capítulo seguinte, a saber, capítulo XIV, o autor busca responder o que
compete a um príncipe acerca das milícias. Para Maquiavel (2002 p.86) um príncipe
não deve ter outro objetivo nem outro pensamento, senão a guerra e a sua organização e
disciplina. Na concepção do autor, quando os príncipes pensam mais nas delicadezas do
que nas armas, perdem o seu Estado.
Ele acredita, ainda, que um príncipe que não entende de tropas “nem pode ser
estimado pelos seus soldados e nem neles confiar”. É o que fica claro no seu
pensamento, como pode ser visto, a seguir:

[...] Deve o príncipe, portanto, não desviar um momento sequer o seu


pensamento do exercício da guerra, o que pode fazer por dois modos:
um com a ação, o outro com a mente, Quanto à ação, além de manter
bem organizadas e exercitadas as suas tropas, deve estar sempre em
caçadas para acostumar o corpo às fadigas e, em parte, para conhecer
a natureza dos lugares e saber como surgem os montes, como
embocam os vales, como se estendem as planícies, e aprender a
natureza dos rios e dos pântanos, pondo muita atenção em tudo isso.
Esses conhecimentos são úteis por duas razões: primeiro, aprende-se a
conhecer o próprio país e pode-se melhor identificar as defesas que ele
oferece; O príncipe que seja falto dessa perícia, está desprovido do
elemento principal de que necessita um capitão, pois ela ensina a
encontrar o inimigo, estabelecer os acampamentos, conduzir os
exércitos, ordenar as jornadas, fazer incursões pelas terras com
vantagem sobre o inimigo. Mas, quanto ao exercício da mente, deve o
príncipe ler as histórias e nelas observar as ações dos grandes homens,
ver como se conduziram nas guerras, examinar as causas de suas
vitórias e de suas derrotas, para poder fugir às responsáveis por estas e
imitar as causadoras daquelas; deve fazer, sobretudo, como, em
tempos idos, fizeram alguns grandes homens que imitaram todo
aquele que antes deles foi louvado e glorificado, e sempre tiveram em
si os gestos e as ações do mesmo. (MAQUIAVEL, 2002, P.86)

Vê-se, portanto, que na concepção do autor, é indispensável que um príncipe


esteja sempre com o pensamento voltado para a guerra, mantendo-se preparado tanto
por meio da ação, através de treinamento constante das tropas ou da caça, quanto por
meio do pensamento, estudando estratégias de homens que vivenciaram situações de
guerra, para a partir dali, extrair lições.
No capítulo seguinte, o capítulo XV, ele discorre a respeito das “coisas pelas
quais os homens, e especialmente os príncipes, são louvados ou vituperados.” Para o
autor (2002, p. 90), um príncipe não pode se constituir apenas de coisas boas, uma vez
que nem mesmo a sua condição de humano o permitiria, mas deve ser prudente o
suficiente para fugir da infâmia das características que o fariam perder o poder.
Ressalta, entretanto, que ele, o príncipe, não deve ter medo de incorrer em má-fama por
ocasião dos vícios sem os quais não seria possível salvar o estado.
No capítulo XVI, Maquiavel faz um contraponto entre a questão da
“liberalidade e da parcimônia”. Em sua concepção, um príncipe, deve ser prudente, não
se preocupando com a pecha de miserável posto que ser visto como liberal implicaria a
utilização de inúmeros mecanismos para manutenção desta liberalidade, como o
aumento de impostos, o que oneraria o povo e faria com que ele se insurgisse.
O capítulo posterior enuncia uma abordagem que é um dos pontos chave do
livro. O questionamento “se é melhor ser amado que temido, ou antes temido que
amado?”
Quanto a isto, esclarece o autor que um príncipe não deve temer a má fama de
cruel, desde que por ela mantenha seus súditos unidos e leais. Em resposta ao
questionamento inicial, se é melhor ser amado ou temido, ele responde que como é
difícil reunir ambas as caracterísitcas, em tendo que faltar uma das duas é muito mais
seguro ser temido do que amado, pois o amor torna as pessoas muito próximas e
pessoas muito próximas podem derrubar um príncipe. Veja o que dispõe:

Dos homens pode-se dizer, geralmente, que são ingratos, volúveis,


simuladores, tementes do perigo, ambiciosos de ganho; e, enquanto
lhes fizeres bem, são todos teus, oferecem-te o próprio sangue, os
bens, a vida, os filhos, desde que, como se disse acima, a necessidade
esteja longe de ti; quando esta se avizinha, porém, revoltam-se. E o
príncipe que confiou inteiramente em suas palavras, encontrando-se
destituído de outros meios de defesa, está perdido: as amizades que se
adquirem por dinheiro, e não pela grandeza e nobreza de alma, são
compradas mas com elas não se pode contar e, no momento oportuno,
não se torna possível utilizá-las. E os homens têm menos escrúpulo
em ofender a alguém que se faça amar do que a quem se faça temer,
posto que a amizade é mantida por um vínculo de obrigação que, por
serem os homens maus, é quebrado em cada oportunidade que a eles
convenha; mas o temor é mantido pelo receio de castigo que jamais se
abandona ( MAQUIAVEL, 2002, P. 97)

Diante disso, resta claro que para o autor, não havendo a possibilidade de o
príncipe conjugar as duas qualidades, é melhor que seja temido. Ressalte-se, que ser
temido, para ele, não significa o mesmo que ser odiado.
O capítulo XVIII dá conta de explicar “de que modo os príncipes devem manter
a fé da palavra dada”. Segundo discorre o autor (2002, p.102 -104) existem dois modos:
O primeiro deles a partir das leis e o segundo, pela força, sendo que o segundo modo
deve ser utilizado quando o primeiro não é suficiente para alcançar os fins almejados.
Maquiavel (2002, p. 105) evidencia, ainda, que um príncipe prudente não pode
nem deve guardar sua palavra, quando isso for prejudicial aos seus interesses e quando
desapareceram as causas que o levaram a empenhá-la. Além disso, para ele (p.106) o
príncipe não precisa de fato ter todas as virtudes (piedade, integridade, lealdade,
humanidade e religião), porém deve agir como se as possuísse.
É importante salientar que a idéia de que “os fins justificam os meios”, embora
não tenha sido defendida expressamente por ele como faz crer as diversas
interpretações da obra, parte desta lição do autor.
No capítulo seguinte (cap. XIX), Maquiavel ( 2002, p.107) aborda “o porquê se
deve evitar ser desprezado e odiado”. Para ele, o que leva um príncipe a ser odiado é
um comportamento de usurpador dos bens e mulheres de seus súditos enquanto que o
príncipe que consegue criar uma boa imagem ganha boa reputação, o que lhe confere
certa segurança, pois não se conspira ou ataca um homem de reputação.
Ainda para Maquiavel, (p.108) quando um príncipe é amado pelo povo, as
conspirações passam a não ser tão importantes. De modo contrário, quando odiado
pelo povo, deve temer a tudo e a todos.
No capitulo XX ele questiona “se as fortalezas e muitas outras coisas que a cada
dia são feitas pelos príncipes são úteis ou não”. Na interpretação de Maquiavel (p.122),
alguns príncipes têm o hábito de construir fortalezas que lhes sirvam de esconderijo e
refúgio em casos de ataque inesperados. Segundo o autor, apenas o príncipe que teme
mais seu povo do que os estrangeiros devem levantar fortalezas, porque aqueles que
têm mais temor pelos estrangeiros não precisam de fortificações, sendo sua melhor
forma de proteção não ser odiado pelo povo.
No capítulo XXI, Maquiavel (p.129) esclarece “o que a um príncipe convém
realizar para ser estimado”. Para ele, grandes empreendimentos são a melhor maneira
de estima para um príncipe e este deve batalhar para alcançar a fama e não se manter
em posição de neutralidade. Segundo o cientista político e historiador, a neutralidade
não gera estima, muito embora ele chame atenção para o fato de que um príncipe em
hipótese alguma deve fazer aliança com um aliado mais poderoso pois que ficaria a
mercê deste alcançando a vitória ( MAQUIAVEL, 2002, p. 131).
No Capítulo XXII o autor (p.135) discorre sobre “os ministros dos príncipes.”
Consoante o que expõe, para que se possa avaliar a inteligência de um príncipe
quando este é novo no trono, devem-se avaliar os homens que possui ao seu redor,
pelo simples fato de que bons príncipes escolhem bons ministros e vice-versa. Assim,
um bom ministro deve pensar mais no príncipe do que em si próprio e todas as suas
ações buscam o proveito coletivo e não individual. (MAQUIAVEL, 2002, p. 136).
Já no Capítulo XXIII, o autor escreve (p. 138) sobre “como se devem evitar os
aduladores”. Segundo aponta, nem todos podem ter livre acesso ao príncipe, pois isso
daria abertura para os bajuladores. Explica Maquiavel que, o príncipe deve ter em seu
Estado homens sábios e só estes tem a liberdade de lhe dizer a verdade e tão somente
das coisas que lhe perguntar. Ao consultá-los e ouvi-los o príncipe deve deliberar
como bem entender, porém nunca deve voltar atrás nesta deliberação ou será
arruinado (2002, p. 139)
Vejamos o que ele aduz:

Um príncipe, portanto, deve aconselhar-se sempre, mas quando ele


queira e não quando os outros desejem; antes, deve tolher a todos o
desejo de aconselhar-lhe alguma coisa sem que ele venha a pedir. Mas
deve ser grande perguntador e, depois, acerca das coisas perguntadas,
paciente ouvinte da verdade; antes, notando que alguém por algum
respeito não lhe diga a verdade, deve mostrar aborrecimento. Há
muitos que entendem que o príncipe que dá de si opinião de prudente,
seja assim considerado não pela sua natureza, mas pelos bons
conselhos que o rodeiam, porém, sem dúvida alguma, estão
enganados, eis que esta é uma regra geral que nunca falha: um
príncipe que não seja sábio por si mesmo, não pode ser bem
aconselhado, a menos que por acaso confiasse em um só que de todo o
governasse e fosse homem de extrema prudência. Este caso poderia
bem acontecer, mas duraria pouco, porque aquele que efetivamente
governasse, em pouco tempo lhe tomaria o Estado; mas,
aconselhando-se com mais de um, um príncipe que não seja sábio, não
terá nunca os conselhos uniformes e não saberá por si mesmo
harmonizá-los. Cada conselheiro pensará por si e ele não saberá
corrigi-los nem inteirar-se do assunto. ( MAQUIAVEL, 20002, P.
142)

Conclui-se, portanto, a partir da obra, que os bons conselhos, devem nascer da


prudência do príncipe, e não a prudência do príncipe resultar dos bons conselhos.
No Capítulo XXIV o autor explica (p.142) por que os príncipes da Itália
perderam seus Estados. Para Maquiavel, achava-se como ponto comum em todos os
príncipes que perderam os seus principados, um defeito em relação às armas. Além
disso, alguns deles, ou tiveram inimizade com o povo, ou tendo o povo como amigo,
não souberam se garantir contra os grandes governantes (MAQUIAVEL, 2002,
p.143).
Na concepção de Maquiavel (p.143), os citados principados foram perdidos
devido a própria indolência dos príncipes, pois não se preocuparam no período de
tranquilidade, sendo que com a vinda dos períodos de tempestade, fugiram, esperando
que a população se insurgisse contra os invasores. É importante retomar neste ponto,
aquilo que Maquiavel ensinou no capítulo XIV da mesma obra: Que o príncipe não
deve ter outro objetivo nem outro pensamento, senão a guerra e a sua organização e
disciplina, pois fazendo isso, corre o risco de perder o próprio estado, por mais sólido
que ele seja.
O capítulo XXV tem como título “de quanto pode a fortuna nas coisas
humanas e de que modo se deve resistir-lhes” Neste capítulo, Maquiavel explica que
muitos indivíduos tem a opinião de que as coisas do mundo são governadas pela
fortuna e por Deus, de modo que os homens, com sua prudência, não podem modificar
nem evitar coisa alguma (2002, p.145). Assim, poder-se-ia pensar não convir insistir
muito nas coisas, mas deixar-se governar pela sorte. Maquiavel, entretanto, é um
entusiasta da idéia de que a sorte determina pelo menos metade das ações humanas, de
modo que a outra metade seria de nossa inteira responsabilidade ( p.145).
A grande questão é que para ele ( p.146), um príncipe que se apoia totalmente
na sorte arruina-se segundo as variações desta e o príncipe que se apoia somente no seu
modo de agir tende a variar no sucesso e no fracasso. De todo modo, para Maquiavel,
é melhor ser impetuoso do que dotado de cautela, já que” a sorte é sempre amiga dos
jovens, pois são menos cautelosos, mais afoitos e com maior audácia a dominam” (
MAQUIAVEL 2002, p.150).
O capítulo seguinte, de número XXVI e uma “Exortação para tomar e livrar a
Itália das mãos dos Bárbaros”. Neste capítulo final, o autor deixa transparecer suas
angústias em relação à situação vivenciada na Itália e trata da necessidade de um outro
príncipe. Vejamos:

[...] Nem se vê no presente em quem possa ela confiar a não ser na vossa
ilustre casa, a qual, com a sua fortuna e virtude, favorecida por Deus e pela
Igreja, da qual é agora príncipe, poderá tornar-se chefe desta redenção (
MAQUIAVEL, 2002, p.152).

Para Maquiavel, o momento era oportuno para um homem de fortuna e virtude


assumir o poder, vez que, como em tempos outros, quando outros governantes
assumiram outros estados, a Itália atravessava um período de grande sofrimento,
estando “escravizada, oprimida, desunida, sem chefe, sem ordem, batida, espoliada,
lacerada e invadida” (2002, p. 153).
Pelo que se detrai da obra, naquele momento o príncipe seria uma espécie de
redentor, um enviado por Deus para redimir a Itália das crueldades e insolências
bárbaras. Para Maquiavel, todas as coisas concorriam para a grandeza de Lorenzo e
em razão do livre arbítrio, a assunção do poder dependia da sua vontade ( p.153).
Ainda nessa passagem fica bastante claro que Maquiavel atribuía os
insucessos da Itália nas batalhas, à ausência de um governante forte, dotado de virtude
e fortuna. Ele assevera ainda, a necessidade desse príncipe de prover-se de tropas
próprias já que não se conseguiria outras mais fiéis ou melhores soldados de outro modo
(MAQUIAVEL, 2002, p. 154).
Vê-se, sobretudo a partir deste capítulo final, que havia uma intencionalidade
por detrás da escrita de “O príncipe”. O livro se constituiria numa espécie de manual
àquele que assumiria tão honrosa posição na Itália. A obra transcendeu, entretanto,
servindo até os dias atuais como um manual de estratégias políticas.

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