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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

DAVI LAPOLLI

ÍTALO PERES

NATAN DALLA CORTE

RAFAEL GERONIMO

RELATÓRIO DE INSPEÇÃO EM CALDEIRA

PATO BRANCO

2019
DAVI LAPOLLI

ÍTALO PERES

NATAN DALLA CORTE

RAFAEL GERONIMO

RELATÓRIO DE INSPEÇÃO EM CALDEIRA

Trabalho apresentado à disciplina de Máquinas


Térmicas 2 no curso de Engenharia Mecânica
da Universidade Tecnológica Federal do Paraná
como requisito de avaliação da disciplina.

Prof. Luiz Carlos Martinelli Junior

PATO BRANCO

2019
Sumário
1 MEMORIAL DE VISITAS................................................................................. 5

2 DADOS DO EQUIPAMENTO .......................................................................... 5

2.1 COMPONENTES DA CALDEIRA ............................................................. 6

2.1.1 Painel de controle eletronico: ................................................................. 6

2.1.2 Bomba de água e Motor Elétrico: .......................................................... 7

2.1.3 Câmara de Combustão: ......................................................................... 8

2.1.4 Chaminé: ............................................................................................... 8

2.1.5 Cinzeiro:................................................................................................. 9

2.1.6 Combustível: ........................................................................................ 10

2.1.7 Controlador de nível:............................................................................ 11

2.1.8 Distribuidor de vapor: ........................................................................... 12

2.1.9 Exaustor:.............................................................................................. 13

2.1.10 Indicadores de pressão (manômetros): ............................................. 14

2.1.11 Injetor de água: .................................................................................. 15

2.1.12 Linha de Vapor e Retorno do condensado: ....................................... 15

2.1.13 Reservatório de Água: ....................................................................... 16

2.1.14 Saída de Gases: ................................................................................ 17

2.1.15 Purgadores: ....................................................................................... 17

2.1.16 Termômetro de Exaustão: ................................................................. 18

2.1.17 Tratamento da água:.......................................................................... 19

2.1.18 Válvula de Entrada de Água: ............................................................. 20

2.1.19 Válvulas de fundo (dreno): ................................................................. 20

2.1.20 Válvulas de segurança:...................................................................... 21

3 ANÁLISES REALIZADAS.............................................................................. 22

3.1 ANÁLISE DE COMBUSTÍVEL ................................................................ 22


3.2 ANÁLISE TERMOGRÁFICA ................................................................... 26

4 INDICAÇÃO DE NÃO CONFORMIDADES ................................................... 29

4.1 CHAMINÉ ............................................................................................... 30

4.2 DOCUMENTAÇÃO ................................................................................. 30

4.3 VAZAMENTOS ....................................................................................... 31

4.4 OXIDAÇÕES .......................................................................................... 31

4.5 ITENS DANIFICADOS ............................................................................ 32

4.6 CASA DA CALDEIRA ............................................................................. 32

4.7 DESCARGA DE FUNDO ........................................................................ 32

5 PROPOSTAS DE MELHORIAS .................................................................... 33

6 ANEXOS ....................................................................................................... 34
1 MEMORIAL DE VISITAS

O primeiro dia de visita na empresa Anhambi Alimentos de Pato Branco,


foi no dia 29 de março do ano de 2019. Essa visita foi realizada sob a supervisão
do professor Luiz Carlos Martinelli Junior e teve o intuito de apresentar a
empresa aos acadêmicos, conhecer alguns aspectos sobre a caldeira que a
empresa utiliza e realizar algumas explicações técnicas, possibilitando a
continuidade do trabalho sem a supervisão do professor.

A segunda visita foi feita apenas pelos acadêmicos membros do grupo, e


ocorreu no dia 01 de abril do ano de 2019 e teve o intuito de obter informações
sobre a caldeira utilizada na empresa. Também tirar fotos dos componentes da
caldeira para que posteriormente possa ser realizada uma avaliação de cada
componente, permitindo um detalhamento amplo em forma de laudo técnico.

A terceira visita ocorreu no dia 17 de junho de 2019 com a finalidade de


efetuar análises de umidade no combustível utilizado e identificar pontos de alta
temperatura da caldeira com a utilização de uma câmera termográfica.

2 DADOS DO EQUIPAMENTO

Descrever o tipo de caldeira, e apresentar detalhes técnicos na tabela.

Tabela 1 - Dados técnicos da caldeira


FABRICANTE Engetherm
FABRICAÇÃO 07/2004
CATEGORIA B
NÚMERO DE FABRICAÇÃO 5377
PRODUÇÃO DE VAPOR 1500 kg/h
CAPACIDADE CALORÍFICA 960000 kcal/h
SUPERFÍCIE DE AQUECIMENTO 60 m2
COMBUSTÍVEL Lenha
PRESSÃO MANOMÉTRICA DE OPERAÇÃO 7 kgf/cm2
PRESSÃO MÁXIMA DE TRABALHO PERMITIDA 10 kgf/cm2
PRESSÃO PERMITIDA 16 kgf/cm2

2.1 COMPONENTES DA CALDEIRA

Descrever condições de cada componente da caldeira vistoriado,


apresentar fotos e efetuar uma análise sobre a operacionalidade do componente.

2.1.1 PAINEL DE CONTROLE ELETRONICO:

Segundo a NR-13, item obrigatório para a caldeira, é um sistema de


controle automático do nível de água como ilustrado na figura 1. Responsável
por comandar a bomba de motor elétrico. Além da função de controle automático
de nível (controlado pela garrafa), um botão de emergência, responsável por
desligar toda a parte elétrica e soar os alarmes da casa da caldeira, um switch
entre o modo manual e automático para controle do nível de água, o botão para
acionamento manual da bomba, da válvula pneumática de descarga de fundo,
acionamento manual da bomba do poço, responsável por acionar a bomba que
direciona agua do poço artesiano até o reservatório da caldeira, e um botão de
reset. O painel de controle eletrônico encontra-se em perfeito estado de
funcionamento.
Figura 1 - Painel de Nível de Água

Fonte: Autoria Própria (2019)

2.1.2 Bomba de água e Motor Elétrico:

Necessária para levar a água de alimentação até a caldeira, para fazer a


reposição da água transformada em vapor. A bomba, mostrada abaixo na figura
2, é movida por um motor WEG conectado ao painel eletrônico, e possui
indicador de direção de operação, o que facilita verificação de operação. Ambos,
motor e bomba estão em bom estado de funcionamento, alguns pequenos
vazamentos foram notados, um pouco de oxidação, mas nada que atrapalhe o
seu funcionamento.

Figura 2 - Bomba de Água e Motor Elétrico

Fonte: Autoria Própria (2019)


2.1.3 CÂMARA DE COMBUSTÃO:

Na figura 3, a câmara de combustão antes de iniciar a queima de


combustível da caldeira. Na figura 4, a grelha com alguns resíduos de queima.

Figura 3 - Câmara de Combustão

Fonte: Autoria Própria (2019)


Figura 4 - Grelha

Fonte: Autoria Própria (2019)

2.1.4 CHAMINÉ:

Como mostrado na figura 5, a caldeira possui um sistema de gases


provenientes da combustão, sistema obrigatório e de acordo com a norma. O
chapéu da chaminé se encontra em estado de deterioramento, cheio de furos, o
que pode estar relacionado com um baixo controle de qualidade dos gases de
combustão, já que não há nenhum tipo de tratamento no gás antes de ser emitido
para a atmosfera.

Figura 5 - Chaminé

Fonte: Gabriel Souza (2018)

2.1.5 CINZEIRO:

Abaixo da fornalha, encontra-se uma sala que funciona como cinzeiro. O


resíduo da queima de combustível na caldeira, passa pela grelha e fica
depositado no cinzeiro e é removido diariamente. O cinzeiro, ilustrado na figura
6, também funciona como regulagem da quantidade de oxigênio necessária para
a queima na caldeira.
Figura 6 - Cinzeiro

Fonte: Gabriel Souza (2018)

2.1.6 COMBUSTÍVEL:

Demonstradas na Figura 7, a lenha utilizada como combustível varia em relação


a sua qualidade, é composta de toras e tabuas, de modo geral a parte que fica
coberta encontra-se em melhor estado, não apresentando grande umidade, em
contrapartida foram obtidos alguns valores altos de umidade em amostras de
combustível estocadas em áreas não cobertas, uma análise mais detalhada é
feita posteriormente.
Figura 7 - Combustível

Fonte: Autoria Própria (2019)

2.1.7 CONTROLADOR DE NÍVEL:

Essencial para a operação da caldeira, o controlador de nível, como está


ilustrado na figura 8, é um componente obrigatório segundo a NR-13, e sua
completa funcionalidade é de extrema importância. O controle de nível é
acoplado a garrafa que é ligada aos eletrodos os que sinalizam ao painel o nível
da água.

Os componentes encontram-se em estado de oxidação, e há um


vazamento de vapor no vidro do visor, porém esses problemas não influenciam
no funcionamento do controlador, que está funcionando normalmente.
Figura 8 - Controlador de Nível

Fonte: Autoria Própria (2019)

2.1.8 DISTRIBUIDOR DE VAPOR:

Na figura 9 está representada a Válvula de controle da linha de vapor,


válvula do tipo globo que regula a quantidade de vapor que sai da caldeira e é
distribuída. Esta válvula de acionamento manual está localizada na parte
superior da caldeira e requer o uso de uma escada junto à caldeira para utilizá-
la. Apesar de uma corrosão superficial, o equipamento encontra-se em perfeito
estado de funcionamento.
Figura 9 - Distribuidor de Vapor

Fonte: Autoria Própria (2019)

2.1.9 EXAUSTOR:

O exaustor, ilustrado na figura 10, auxilia na combustão da caldeira,


aumentando o fluxo de ar, e assim proporcionando uma maior queima de
combustivel, e consequentemente uma maior temperatura. Também auxilia a
passagem dos gases pela tubulação que aquece a água, melhorando assim a
tranferência de calor. O ar é ‘’puxado’’ da caldeira por um motor elétrico e
‘’empurrado’’ para fora atrávez da chaminé. Todos os componentes do exaustor
encontravam-se em bom estado.
Figura 10 - Exaustor

Fonte: Autoria Própria (2019)

2.1.10 INDICADORES DE PRESSÃO (MANÔMETROS):

O manômetro, mostrado na figura 11, é outro componente obrigatório


segundo a NR-13, está instalada na parte superior da caldeira, indica pressão
de 0 a 20 bar e é preenchido com glicerina para evitar vibrações e tornar a
medição mais precisa. O equipamento estava em perfeitas condições de
funcionamento.

Figura 11 - Manômetro

Fonte: Autoria Própria (2019)


2.1.11 INJETOR DE ÁGUA:

Sistema secundário de alimentação de água na caldeira, como ilustrado


na figura 12, o operador mostrou o funcionamento dos componentes, válvula de
controle do vapor, válvula de controle de água e alavanca de controle da mistura.
Apesar de um pouco de oxidação e alguns pequenos vazamentos, o
equipamento estava em seu funcionamento normal.

Figura 12 - Injetor de Água

Fonte: Autoria Própria (2019)

2.1.12 LINHA DE VAPOR E RETORNO DO CONDENSADO:

As linhas de vapor e retorno do condensado, ilustradas na figura 13 e


figura 14, possuem uma pequena avaria no isolamento, porem ambas
funcionando em perfeito estado. A tubulação de vapor, como o próprio nome diz
leva o vapor até a fábrica, e a o retorno do condensado retorna o vapor
condensado para reservatório de água.
Figura 13 - Linha de Vapor

Fonte: Autoria Própria (2019)

Figura 14 - Retorno de Condensado

Fonte: Autoria Própria (2019)

2.1.13 RESERVATÓRIO DE ÁGUA:

A água do reservatório, após ser tratada é enviada para o interior da


caldeira, esse reservatório é abastecido por uma caixa d’água e também recebe
a água do retorno de condensado, possui um sistema de controle de nível
acoplado ao reservatório, e também um sistema de controle de tratamento. O
reservatório, como ilustrado na figura 15, encontra-se em bom estado e seu
funcionamento se dá normalmente.
Figura 15 - Reservatório de Água

Fonte: Autoria Própria (2019)

2.1.14 SAÍDA DE GASES:

Tubulação acoplada no exaustor, como ilustrado na figura 16, através da


qual é feita a saída dos gases da caldeira, somente foi constatada uma leve
oxidação, o que não altera o seu funcionamento.

Figura 16 - Saída de Gases

Fonte: Autoria Própria (2019)

2.1.15 PURGADORES:

Os purgadores ilustrados na figura 17, tem como função drenar o


condensado das tubulações e manter o vapor útil dentro das tubulações. Alguns
vazamentos foram constatados, e devido ao condensado também uma oxidação
considerável, porem seu funcionamento não parece ter sido afetado.

Figura 17 - Purgadores

Fonte: Autoria Própria (2019)

2.1.16 TERMÔMETRO DE EXAUSTÃO:

Como pode ser visto na figura 18, o termômetro de exaustão possui o


visor trincado, porém não parece afetar seu funcionamento.

Figura 18 - Termômetro de Exaustão

Fonte: Autoria Própria (2019)


2.1.17 TRATAMENTO DA ÁGUA:

O tratamento da água feito conforme especificações da NR-13 a fim de


eliminar minerais outros solutos que acabando diminuindo a troca térmica. Duas
bombas controlam o tempo, e a quantidade de produto químico armazenado em
galões, há ser bombeado com a quantidade exata de água para dentro da
caldeira. Como mostrado nas figuras 19 e 20, ambos os componentes se
encontram em perfeito estado e seu funcionamento dá-se normalmente.

Figura 19 - Controladores de Tratamento

Fonte: Autoria Própria (2019)

Figura 20 - Armazenamento de Aditivos

Fonte: Autoria Própria (2019)


2.1.18 VÁLVULA DE ENTRADA DE ÁGUA:

Válvula de controle da entrada de água mostrada na figura 21, é


responsável pele controle da vazão da bomba utilizando uma válvula
moduladora que abre e fecha conforme sinal de entrada. Alguns fios expostos e
pequenos vazamentos foram encontrados, junto com um pouco de oxidação nas
tubulações, porém seu funcionamento ocorre de modo normal.

Figura 21 - Válvula de Entrada de Água

Fonte: Autoria Própria (2019)

2.1.19 VÁLVULAS DE FUNDO (DRENO):

Responsável por realizar a descarga da água condensada no fundo da


caldeira através de uma tubulação para fora da área da casa da caldeira. A
válvula é acionada uma vez ao dia. Apesar de constatado um vazamento na
tubulação da válvula, como mostrado na figura 22, (provavelmente ocasionado
pelo isolamento) o funcionamento da válvula dá-se de maneira normal.
Figura 22 - Válvula de Fundo

Fonte: Autoria Própria (2019)

2.1.20 VÁLVULAS DE SEGURANÇA:

As válvulas de segurança mostradas na figura 23, são reguladas segundo


a NR-13 para abrirem ambas a determinada pressão, sendo essa igual ou inferior
a pressão máxima de trabalho admitida. Também conforme a norma, a abertura
das válvulas de segurança deve ser testada pelo menos uma vez ao mês, foram
testadas enquanto estávamos presentes, tanto manualmente quanto pela
pressão máxima admitida. As válvulas são desmontadas e testadas durante a
inspeção da caldeira. Apesar de uma certa oxidação, não aparentam nenhum
dano e seu funcionamento está normal.

Figura 23 - Válvula de Segurança

Fonte: Autoria Própria (2019)


3 ANÁLISES REALIZADAS

3.1 ANÁLISE DE COMBUSTÍVEL

O primeiro lote de madeira utilizada como combustível é demonstrado na


Figura 24, composto por toras e tábuas, foram realizadas medições em dez
amostras desse lote conforme a Figura 25, possibilitando a obtenção de um valor
médio de umidade da lenha.

Figura 24 - Combustível (1º lote)

Fonte: Autoria Própria (2019)


Figura 25 - Medição de Umidade

Fonte: Autoria Própria (2019)

O segundo lote e terceiro lote são demonstrados nas Figura 26 e Figura


27 respectivamente, e são estocados em área descoberta, como consequência
apresentaram uma umidade relativamente maior conforme demonstrado na
Figura 28, sendo que o lote 3, por ser composto de toras mais robustas acabou
apresentando a maior média de umidade.
Figura 26 - Combustível (2º Lote)

Fonte: Autoria Própria (2019)

Figura 27 - Combustível (3º Lote)

Fonte: Autoria Própria (2019)


Figura 28 - Medição de Umidade

Fonte: Autoria Própria (2019)

A umidade obtida em cada amostra dos três lotes e suas respectivas


médias são demonstradas na Tabela 2.

Tabela 2 - Umidade da Lenha Utilizada


Primeiro Lote Segundo Lote Terceiro Lote
Amostra 1 9,3 13,2 14,8
Amostra 2 10,4 14,1 14,2
Amostra 3 11,3 15,6 16,0
Amostra 4 14,0 13,1 18,3
Amostra 5 10,9 14,7 19,0
Amostra 6 11,8 16,3 15,7
Amostra 7 12,8 15,6 15,1
Amostra 8 8,6 15,7 15,4
Amostra 9 8,0 18,3 16,1
Amostra 10 13,0 17,2 17,8
Média 11,01 15,38 16,24
Fonte: Autoria Própria (2019)
3.2 ANÁLISE TERMOGRÁFICA

Realizada no dia 17/06/2019, a análise termográfica demonstrou algumas


falhas de isolamento que serão demonstradas posteriormente.

Conforme demonstrado na Figura 29, a porta da fornalha, no primeiro


caso (as 7:50 da manhã), a caldeira estava no seu processo de ativação e na
segunda parte (as 8:04 da manhã), onde a caldeira já se encontrava em pressão
de operação.

Com essa imagem pode-se ver que no início a caldeira com a portinhola
aberta, ainda se tem a temperatura de aproximadamente 60°C no interior da
fornalha, e com a caldeira em funcionamento com a portinhola fechada, pode-se
notar uma temperatura de aproximadamente 55°C na superfície.

Também se pode observar pontos de fuga de calor em tubos laterais da


caldeira, com temperatura de aproximadamente 62°C.

Figura 29 - Foto Termográfica

Fonte: Autoria Própria (2019)

Na Figura 30 se pode observar a linha de saída dos gases de exaustão e


o exaustor usado para controle de fluxo destes gases. Como está perto da região
de trabalho do operador, pode ser considerado perigoso pois alguns pontos,
como próximo ao termômetro e no exaustor, a temperatura da superfície chega
na casa dos 200°C.

Figura 30 - Foto Termográfica

Fonte: Autoria Própria (2019)

Comparando os três casos demonstrados na Figura 31 pode-se notar a


diferença de alguns pontos e como alguns pontos quentes se encontram muito
próximos ao operador.

Figura 31 - Foto Termográfica

Fonte: Autoria Própria (2019)

A linha de água se encontra com um apoio na linha da chaminé que como


se pode ver no primeiro caso da Figura 32, no início da operação se encontra na
temperatura ambiente, já após alguns minutos, sua temperatura é elevada pelo
contato com os dutos de exaustão para a casa dos 30°C.
Figura 32 - Foto Termográfica

Fonte: Autoria Própria (2019)

Dentro da fornalha pode-se ver que a temperatura da região flamotubular


passa do limite da câmera, mas os dutos aquatubulares se encontram na casa
dos 223°C, conforme demonstrado na Figura 33.

Figura 33 - Foto Termográfica

Fonte: Autoria Própria (2019)

Na Figura 34 pode-se observar a saída para a linha de vapor na imagem


a esquerda com a temperatura de aproximadamente 70°C, e na linha de
distribuição que está na casa dos 26°C apenas se pode ver uma pequena fuga
de calor no início do isolamento. O mostrador de nível é outro ponto de fuga de
calor, com temperatura superficial na casa dos 60°C, e as válvulas de segurança
estão com temperatura de aproximadamente 71°C.
Figura 34 - Foto Termográfica

Fonte: Autoria Própria (2019)

4 INDICAÇÃO DE NÃO CONFORMIDADES

A partir das visitas realizadas nas datas 29/04, 01/04 e 17/06 e seguindo
a NR-13. Foi possível realizar uma análise geral de instalação da caldeira e de
seus componentes.
Deve-se considerar que entre as datas de 01/04 e 17/06 a caldeira passou
por uma inspeção realizada por um profissional habilitado, onde segundo o
operador da caldeira poucas não conformidades foram encontradas.
Segue nesta seção as inconformidades encontradas nas visitas, e a partir
destas as propostas de melhoria para a instalação.

As não conformidades encontradas na efetuação do checklist mensal foram as


seguintes:

 Plaqueta da caldeira faltando informação do código de projeto e ano de


edição

 Saída única da casa da caldeira


 Iluminação de emergência inexistente

 Manual de operação da caldeira não disponível aos operadores.

Não há sinalização de segurança conforme a NR26 demanda.

4.1 CHAMINÉ

Não existe sistema de filtro dos gases de exaustão, o que causou uma
corrosão no chapéu da chaminé, que se encontra em estado de deterioramento,
cheia de furos devido a oxidação. Foram notadas cinzas ao redor da chaminé, o
que significa que não estão sendo removidas no período correto de tempo e
também que pode haver vazamentos na parte inferior da chaminé.

4.2 DOCUMENTAÇÃO

Segundo a Norma NR13 item 13.4.1.6 a necessidade de os seguintes


documentos estarem pressentes no mesmo estabelecimento da caldeira:

 Prontuário da caldeira, fornecido por seu fabricante.


 Registro de segurança
 Projeto de Instalação
 Projeto de alteração ou reparo
 Relatórios de inspeção de segura
 Certificados de calibração dos dispositivos de segurança

Porém, durante todas as visitas realizadas a única documentação


presente no mesmo local da caldeira foram alguns itens referentes ao prontuário
da caldeira, foram requisitados todos os documentos pela equipe porem
segundo o engenheiro responsável a documentação estava em posse do
profissional que realizou a inspeção da caldeira durante o período de visitas.
4.3 VAZAMENTOS

Alguns vazamentos foram encontrados nas tubulações dos componentes


da caldeira, segue abaixo uma lista dos componentes que possuem vazamentos
em suas tubulações:

5 Bomba d’água

6 Controlador de nível (vapor)

7 Injetor de água

8 Purgadores

9 Válvula de entrada d’água

10 Válvula de fundo

4.4 OXIDAÇÕES

Em consequência dos vazamentos, e de componentes expostos ao


ambiente, algumas oxidações foram encontradas nos componentes:

 Bomba d’água

 Chaminé

 Controlador de nível

 Distribuidor de vapor

 Injetor de água

 Saída de gases

 Purgadores

 Válvula de entrada d’água

 Oxidação

 Válvula de segurança
4.5 ITENS DANIFICADOS

Somente dois componentes foram encontrados com avarias, o


termômetro de exaustão, que possuía um trinco no visor. E a linha de vapor, que
possui uma avaria no seu isolamento.

4.6 CASA DA CALDEIRA

Conforme a Norma NR 13 item 13.4.2.4 referentes a instalação de caldeiras em


ambiente fechado estabelecem que para casa de caldeira deve ser destinada
somente para alocação da caldeira porem verificou-se a presença de um vaso
de pressão no mesmo local, a presença desse componente acarreta grande risco
no caso de explosões. Notou-se também a presença de combustível próximo a
cadeira desrespeitando a distância mínima estabelecida pela norma.

4.7 DESCARGA DE FUNDO

Conforme foi identificado durante as visitas realizadas a descarga de fundo


possui algumas não conformidade, como o seu acionamento, realizado por uma
válvula pneumático, que possui acionamento manual no painel de controle e a
área de descarga não possui nenhuma sinalização.
5 PROPOSTAS DE MELHORIAS

 Instalação de um sistema de filtro dos gases de exaustão, e troca do


chapéu da chaminé.

 Efetuação de reparos nos isolamentos das tubulações.

 Troca dos componentes ou impermeabilização dos componentes


oxidados.

 Troca do visor do termômetro de exaustão e efetuação de solda de reparo


no isolamento da tubulação de vapor.

 Providenciar uma cópia da documentação e manter junto à caldeira.

 Realocação do vaso de pressão e aumentar a distância entre a caldeira e


o reservatório de combustível.

 Acréscimo de sinalização para a zona de descarga de fundo e automação


do acionamento da válvula pneumática responsável pela descarga.

 Inserir na plaqueta da caldeira o código de projeto e ano de edição.

 Construir outra saída de emergência na casa da caldeira.

 Instalar iluminação de emergência na casa da caldeira.

 Guardar o manual de operação da caldeira na casa de caldeira e (deixar


disponível aos operadores).

 Indicar a sinalização de segurança conforme a NR26


6 ANEXOS
Vista Isométrica

Vista frontal
Vista Lateral

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