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Resolvi ir ao dicionário e pesquisar o significado de uma palavra, que insiste em

fazer parte do nosso vocabulário, dificuldade: Caráter daquilo que não é fácil;
atributo do que é difícil, trabalhoso, árduo; impedimento ou obstáculo;
oposição; Aquilo que denota complexidade; algo complicado.

As dificuldades atingem a todos, independente da classe social, religião, cor da


pele ou sexo; todos nós somos humanos e temos as nossas deficiências e
fraquezas.
Infelizmente as dificuldades tem grande influência sobre as nossas vidas,
fazendo-nos estacionar e muitas vezes até desistir. Como vencer as nossas
dificuldades? Jesus é mestre em vencer dificuldades e deixa-nos grandes
ensinamentos através da sua palavra.

1. Priorize a causa: Um cego se aproxima de Jesus: “… e, chegando ele,


perguntou-lhe, dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que eu
veja.” (Lucas 18:40,41). A pergunta de Jesus parece brincadeira. No entanto,
um cego é acometido por inúmeras dificuldades, desde se locomover até prover
o próprio sustento. Jesus estava ali para ajudá-lo, mas o cego é quem decidiria
qual dificuldade resolver. O cego sabia que aquela poderia ser a sua última
chance, então disse: “Senhor, que eu veja.” Ele não priorizou as dificuldades
originadas pela cegueira, mas a cegueira, causadora de inúmeras dificuldades.
Perdemos grandes oportunidades na vida, por não saber priorizar aquilo que
deve ser priorizado. Então, se tivermos que gastar tempo e esforço para
resolver uma dificuldade, que nosso investimento seja alto, a fim de
resolvermos a causa. Toda dificuldade tem uma origem, e é nessa origem que
devemos agir.

2. Não meça esforços: Vendo Jesus um cego de nascença, foi até ele: “Tendo
dito isto, cuspiu na terra, e com a saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos
do cego.
E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé. Foi, pois, e lavou-se, e voltou
vendo.
(João 9:6,7). Existem muitas pessoas que se dispõe a nos ajudar, mas
precisamos compreender que nunca se esforçarão na mesma proporção que
nós. Se quisermos resolver as nossas dificuldades, nós mesmos precisaremos
correr atrás de soluções.
O cego sabia quem era Jesus e tinha convicção de que o mesmo poderia ajudá-
lo e ao encontrá-lo, humildemente aceita as suas orientações e as coloca em
prática sem questionar.

Infelizmente o nosso egocentrismo priva-nos de receber orientações de pessoas


mais experientes que podem de fato nos orientar a tomar as melhores
decisões.
Não é fácil ouvir orientações e nada fácil colocá-las em prática quando estão
totalmente fora daquilo que estamos acostumados a fazer. No entanto,
precisamos quebrar paradigmas e abrir a nossa mente para o novo. Se fazemos
sempre as mesmas coisas e não estão dando certo, isso é um grande indício de
que estamos na direção errada. Então, assim como aquele cego, precisamos
colocar a mão na massa e abrirmos para o novo, mesmo que esse novo muitas
vezes pareça-nos loucura. Quem disse que resolver dificuldade é fácil?
Humildade, fé e disposição são grandes lições extraídas da atitude de alguém
que queria resolver suas dificuldades.

2. Mantenha sigilo: Chegando a Betsaida, levaram um cego até Jesus, pedindo-


lhe que o tocasse: “E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia;
e, cuspindo-lhe nos olhos, e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se via alguma
coisa.
E, levantando ele os olhos, disse: Vejo os homens; pois os vejo como árvores
que andam. Depois disto, tornou a pôr-lhe as mãos sobre os olhos, e o fez
olhar para cima: e ele ficou restaurado, e viu a todos claramente. E mandou-o
para sua casa, dizendo: Nem entres na aldeia, nem o digas a ninguém na
aldeia.” (Marcos 8:22-26)

O cego, ao procurar Jesus, sabia o que queria, ser por ele tocado, pois
acreditava que se Jesus o tocasse, seria curado. Ele procurou alguém que
realmente podia ajudá-lo. Se quisermos resolver as nossas dificuldades,
precisamos pedir ajuda às pessoas que ao invés de alarmarem, ajude-nos a
resolvê-las.
Neste último caso, o cego foi junto com Jesus para fora da aldeia, recebeu a
cura e Jesus o orientou a ficar calado. Nem sempre devemos alarmar as nossas
conquistas. Muitas vezes devemos simplesmente nos calar, evitando que
maiores dificuldades sejam geradas à
apartir da resolução de algumas. Quem? Como? São perguntas que muitas
vezes não necessitam ser respondidas.
A estudarmos a forma grandiosa como Jesus curou esses três cegos,
percebemos que ambos tinham a mesma dificuldade, mas Jesus os curou de
maneira diferenciada, nos ensinando que cada um é cada um. Não podemos
olhar para o outro e seguir as mesmas estratégias, com o intuito de chegarmos
ao mesmo lugar, talvez isso não seja possível. Pedir direção ao Espírito Santo
de Deus é sempre a melhor decisão.

A adversidade atinge a todos mais cedo ou mais tarde. Alguns crentes se


desintegram sob a pressão dos tempos difíceis. Tornam-se tão amargos e
ressentidos em relação a Deus que se afastam do proposito em suas vidas.
Podem até recorrer a comportamentos de dependência, na tentativa de escapar
da dor. Outros enfrentam desafios semelhantes, mas tem uma reação
totalmente diferente. Em vez de enfraquecê-los, a provação torna-os mais forte
porque eles aprendem a depender mais plenamente no poder do Espírito Santo.
A adversidade pode ser um fardo esmagador ou uma ponte para um
relacionamento mais profundo com Deus.

I. Um fardo ou uma ponte?

A. Podemos ver os tempos difíceis como um fardo ou como uma ponte.

1. O fardo, espiritualmente falando, é um peso que pesa sobre nós. Podemos


nos sentir cansados ou desanimados, sem alegria e paz.
2. Uma ponte, em contraste, é uma forma de superar a dificuldade e
desenvolver um relacionamento mais profundo, mais íntimo com Deus.

B. Dois versos são a base da ponte a uma maior intimidade com o Senhor.

1. Salmo 103:19: “O SENHOR tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu
reino domina sobre tudo”
2. Romanos 8:28: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para
o bem daqueles que são chamados por seu decreto”

II. A adversidade como uma ponte na vida de Paulo

A vida de Paulo é um dos melhores exemplos de como a adversidade pode


atuar como uma ponte para uma relação mais próxima com Deus. Sem as
revelações sobrenaturais que o Senhor deu a ele, teríamos uma visão muito
menor sobre como viver dia-a-dia a vida cristã. Mas a sua intimidade com o Pai
veio como o resultado da perda pessoal grave e dificuldades (Filipenses
3:8,10). Através das dificuldades, ele aprendeu:
A. O contentamento é possível no meio da adversidade. O apóstolo explicou:
“Aprendi a viver contente em qualquer circunstância” (Fp 4:11).
B. Deus provê força sobrenatural em nossa fraqueza. As limitações de Paulo
permitiu o poder do Espírito Santo trabalhar através de sua vida (2 Coríntios
12:9-10).
C. O Senhor é a fonte de todas as nossas necessidades. Quando confiamos
plenamente no Pai, podemos contar com Sua provisão (Filipenses 4:19).
D. Podemos confiar na fidelidade do Senhor. Paulo tinha aprendido a depender
do Senhor para conduzi-lo através de qualquer adversidade (1 Coríntios
10:13).
E. O Pai valoriza o servir mais do que os nossos desejos. Em vez de satisfazer a
inclinação natural de Paulo ao conforto e a facilidade, Deus enviou a
adversidade para prepará-lo para um serviço maior (2 Coríntios 12:7). O
Senhor prioriza o desenvolvimento do caráter acima do conforto.
F. Em tempos difíceis, Deus nos dará força para proclamar a verdade. Porque
Paulo foi preso, toda a guarda pretoriana ouviu o evangelho (Filipenses 1:13-
15). Quanto mais adversidades nós enfrentamos, mais eficaz será a nossa
mensagem aos outros.
G. Nós podemos tratar tudo como se vem de Deus. O Senhor usa tudo o que
nós experimentamos até mesmo os erros dos outros, para seus objetivos em
nossas vidas. Se formos capazes de aceitar as circunstâncias que vêm ao nosso
caminho como uma oportunidade para crescer, impedirá que as adversidades
nos tornem ressentidos.
H. Temos de aprender mais sobre o Senhor através das adversidades. O
sofrimento muitas vezes é o estímulo a uma maior proximidade com Deus.
I. A adversidade nos prepara para confortar os outros de forma mais eficaz. Do
ponto de vista de Deus, o sofrimento nos prepara para ministrar aos outros (2
Coríntios 1:3-8).
J. Deus tem um propósito específico para permitir a adversidade. O espinho de
Paulo foi projetado para mantê-lo humilde e dependente de Deus, apesar das
revelações surpreendentes espirituais que a ele tinha sido dado (2 Coríntios
12:7).
K. Temos que conhecer a alegria no meio da adversidade. Em Filipenses 4:4, o
apóstolo escreveu: “Regozijai-vos sempre no SENHOR; outra vez digo,
regozijai-vos”.
Conclusão:

Muito provavelmente, você está tendo algum grau de adversidade hoje. Você
pode tentar lidar com ela usando seus próprios recursos, ou você pode optar
por vê-la como um caminho para uma relação mais profunda com Jesus Cristo.
Se você é um crente, o incrível poder do Espírito Santo está disponível para
equipar, transformar e guiá-lo através de qualquer sofrimento. A ponte da
adversidade pode levá-lo para um lugar de proximidade indescritível com o
Senhor e Salvador, Jesus Cristo.
O deserto é uma região onde recebe pouca quantidade de chuva, em virtude
desta condição climática, a umidade é muito baixa e a vegetação pouco se
desenvolve.

O solo do deserto é pouco fértil, principalmente por causa da areia e das


rochas.

Durante o dia as temperaturas costumam ser muito elevadas e a noite muito


baixas. Com essas condições a vida torna-se complicada tanto para seres
humanos quanto para os animais.

Os desertos tem reputações de serem locais capazes de suportar pouca vida.

Comparando-se com regiões mais úmidas, isso até pode ser verdade, porém
se analisarmos os detalhes, eles abrigam uma riqueza de vida que
normalmente parece escondida.

Fazendo do deserto uma analogia espiritual para a vida do cristão, as


características acima fazem muito sentido.

Frequentemente ouço cristãos dizendo que estão no deserto ao se referirem a


situações difíceis. Mas, fica tranquilo pois Jesus nos ensina que existem
momentos em nossas vidas que está acontecendo uma limpeza (trabalhar dEle),
você que saber quando e como? Veja nosso estudo da Videira.
Porém, é o próprio Deus que faz com que o seu povo passe por este deserto,
isso mesmo, você não leu errado, é Deus que permite por variados motivos ou
circunstâncias que o seu povo passe pelo deserto.

“Como também no deserto, onde vistes que o Senhor, vosso Deus, nele vos levou, como
um homem leva a seu filho, por todo o caminho pelo qual andastes, até chegardes a
esse lugar”. (Deuteronômio 1.31)
“…te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para
saber o que estava no teu coração, se guardaria ou não seus
mandamentos”. (Deuteronômio 8.2)
Deus nos leva ao deserto, para nos provar; ver nossa atitude para com Ele.

Deus sustentou o povo faminto no deserto por meios anteriormente


desconhecidos por eles, porém hoje através da revelação de sua palavra
podemos saber os motivos reais pelo qual Ele nos permite passar por esta
prova.

Veremos alguns motivos pelo qual o cristão passa pelo deserto. Todos os
argumentos aqui utilizados, são fundamentados nas 5 regras altamente eficaz
para um bom estudo bíblico (se quiser fazer um estudo ou pregar eu
recomendo):

O deserto é um lugar de escuta


“…falou o Senhor a Moisés, no deserto…” (Números 1.1)
“Falou o Senhor a Moisés no deserto do Sinai…” (Números 9.1)
“Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao
coração”. (Oseias 2.14)
O Sinai é uma península montanhosa e deserta do Egito, e ali o povo de Deus
havia acampado por um período de 11 meses.

Foi no deserto que Deus entregou a Moisés a maioria das orientações ao povo
de Israel. Por quatro vezes Moisés subiu ao Monte Sinai para ouvir ao Senhor,
e na última vez ele recebeu a “Lei” (os mandamentos para o povo).

No deserto, Deus orientou Moisés a fazer um censo do povo e a celebrarem a


Páscoa, esta lembrando a passagem da condição de escravidão, para a
condição de um povo liberto. Foi também neste local que Israel levantou a
tenda da congregação, o tabernáculo onde a glória de Deus residia.

Esse foi o lugar da habitação de Deus no meio de seu povo.

É Deus quem leva, ou nos permite ser levado ao deserto. Nada saiu do
controle de sua soberana vontade.

No livro de Oseias, vemos que Deus tinha por objetivo trazer Israel de volta
para si. Assim funciona conosco nos dias atuais, pois é comum na cidade em
meio a correria e tarefas, não termos tempo para Deus.

Nos ocupamos com futilidades, vaidades, atrações e distrações que acabamos


por nos enchermos de nós mesmo, negligenciando as orientações de
Deus. Logo vemos Deus nos levando ao deserto, não como forma de punição
ou castigo, mas como maneira de nos colocar em nosso lugar como seu povo,
ou seja, na sua presença.

Ele quer que venhamos a nos aquietarmos diante Dele, para que assim como
fez ao povo de Israel, Ele possa nos instruir na sua vontade. Deserto também é
local de escuta.

Muitos repudiam a voz de Deus, escolhendo um caminho largo e de facilidades,


mas, nosso Deus nos mostra que devemos entrar pela porta estreita e caminho
estreito que conduz a salvação.

O deserto é um lugar de crescimento


“O menino crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até o dia em que
havia de se manifestar-se a Israel”. (Lucas 1.80)
Vários grupos habitavam nas regiões desérticas a leste de Jerusalém. Do
mesmo modo que Ana consagrou Samuel ao Senhor, confiando-o aos
cuidados do profeta Eli.

É possível que os pais de João Batista já em idades avançada quando o


menino nascerá, tenham entregue a criança aos cuidados de alguém ligado a
essas comunidades.

João Batista crescia e se fortalecia em espírito, enquanto estava no deserto,


antes de manifestar-se a Israel.

Em algumas ocasiões, Deus nos levará para o deserto, para que possamos,
não só crescer fisicamente, como também espiritualmente. Os alimentos são
os nutrientes necessários para a nutrição do corpo físico.

Os nutricionistas recomendam uma refeição a cada três horas, ou seja,


alimentar-se com regularidade. Porém para crescer em espírito é necessário
alimentar-se regularmente da palavra de Deus.

Esse deserto ocorre principalmente na vida daqueles que querem pregar ou


ensinar a Palavra, pois Jesus com isso, está trazendo as pessoas mais
próximas a Ele, porém jamais devemos desistir, pregar a Palavra é para todos.
Por isso, eu desenvolvi um guia completo de como desenvolver uma pregação
passo-a-passo.
“.. e te deixou passar fome, e te sustentou com o maná…para te dar a entender que nem
só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do Senhor viverá o
homem”. (Deuteronômio 8.3)
Quando o povo estava no deserto Deus os alimentou com o maná. Ele permitiu
que Israel tivesse fome, para alimentá-los. Sendo esta uma forma de sustento
mais importante que a comida, ele nutre nossas necessidades espirituais de
uma maneira eterna, ao invés de promover um alívio temporário da fome física.

O nosso crescimento espiritual pode ser medido a maneira de como nos


tornamos mais parecidos com Cristo.

No deserto ao ser tentado, Cristo resistiu ao diabo apoiando-se nas escrituras.


Cristo foi tentado em todos os aspectos, mas vencera as tentações, pois
mesmo em jejum, alimentava-se da palavra de Deus. A partir desse episódio
Cristo inicia seu ministério, e esse não parava de crescer.

Lembre-se, no deserto Deus quer te alimentar para que você possa crescer.

O deserto é um lugar de preparação


“…Voz que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas
veredas”. (Lucas 3.4)
Um monarca que viajasse por regiões desertas teria uma equipe de homens a
seu dispor, seguindo adiante dele para garantir que o caminho estivesse livre
de entulhos, buracos ou outros riscos que pudessem dificultar a viagem.
João Batista, em um sentido espiritual, estava chamando Israel a preparar o
coração para a chegada do Messias. Por vezes, Deus nos colocará no deserto
para que venhamos a nos preparar. Preparar para o quê? Você deve estar se
perguntando.

“Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”. (Mateus 3.2)


Neste versículo, Deus não apenas nos chama ao arrependimento
(arrependimento é tão importante que escrevi um estudo totalmente
aprofundado sobre o assunto, você sabe se é necessário arrependimento para a
salvação?), como também, nos traz à lembrança de que não pertencemos a
este reino.
A pátria do cristão não é terrena, ela é celestial. Num sentido, o reino é uma
realidade presente, mas, no seu sentido mais pleno, aguarda um cumprimento
ainda futuro.

O reino agora é manifestado por meio do governo espiritual do céu sobre o


coração dos cristãos, e um dia será estabelecido num reino terreno literal.

“Porque o reino de Deus está dentro de vós”. (Lucas 17.21)


“Não somos seres humanos vivendo experiências espirituais, somos seres espirituais
vivendo experiências humanas” (Teilhard de Chardin, teólogo e filósofo francês).
Devemos estar constantemente nos preparando para a chegada do nosso
Senhor Jesus. Nos afastando radicalmente dos pecados desta terra,
produzindo assim frutos dignos de arrependimento. Deus vai te levar ao
deserto para te preparar.

O deserto é um lugar de libertação


“Assim diz o Senhor: O povo que se livrou da espada, logrou graça no
deserto…” (Jeremias 31.2)
O povo que passara quarenta anos no deserto e que havia presenciado o que
Deus tinha feito no Egito por intermédio de Moisés, murmura ao estar
passando por ali. Chegando a sugerir que haviam sidos tirados do Egito para
morrer no deserto.

Porém quando o lamento de Israel se transforma em júbilo, eles percebem que


a graça e os planos de Deus haviam alcançado aquele povo. Pois não foi no
Egito (maior império daquela época), que o povo de Deus encontrou a
libertação, a liberdade veio no deserto.

Em certas ocasiões, Deus nos levará ao deserto, para que venhamos a


abandonar determinados vícios que ainda nos prendem ao nosso passado.

Não se prenda ao Egito, é no deserto que Jesus (Jesus ou Messias é como


acostumamos a chamar o Cristo, porém, existe mais outros 100 nomes
atribuídos na Bíblia a Jesus que você precisa saber) quer te libertar.

O deserto é lugar de descanso


“Ao que Ele lhes disse: Vinde a sós, à parte, para um lugar deserto, e descansai um
pouco”. (Marcos 6.31)
Em determinadas vezes, Deus nos levará ao deserto, para que venhamos a
descansar.

O convite que Cristo fez, para uma retirada ao deserto, se restringia aos doze
discípulos, pois Ele sabia que esses também precisavam de descanso. Logo
adiante Cristo junto com os doze, alimentou uma grande multidão e os
ensinava-lhes sobre muitas coisas.

Deus nos leva ao deserto em momentos oportunos para descanso, pois Ele
sabe dos desafios, lutas e compromissos que temos. Por ora trabalhamos, por
hora descansamos. Lembre-se no deserto, Deus pode estar querendo te dar
descanso.

O deserto é lugar provação


“A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado”. (Mateus 4.1)
O próprio Deus, jamais é o agente da tentação, mas aqui como no livro de Jó,
Deus usa até mesmo a tentação satânica para servir a seus propósitos
soberanos.

Cristo foi tentado em todos os aspectos. Satanás o tentou com a


concupiscência da carne (vs. 2-3), concupiscência dos olhos (vs. 8-9) e
soberba da vida (vs. 5-6), existe 4 aprendizados com a tentação de Jesus no
deserto.
Cristo responde citando exemplos do povo que estava no deserto murmurando
colocando o Senhor a prova, exigindo que Moisés providencia-se água onde
ela não poderia ser achada. Tal como o povo, Cristo foi levado ao deserto para
ser provado, diferente de Israel, Ele resistiu a todos os aspectos.

Quando for colocado no deserto à prova, você murmurará como Israel, ou


resistirá assim como Cristo fez? A provação é temporária, no deserto Deus te
convida a resistir.

O deserto é lugar sinais, graça e glória


“…tendo visto a minha glória, e os prodígios que fiz no Egito e no
deserto…” (Números 14.22)
Foi no deserto, que o povo de Deus viu a maioria dos sinais realizados pelo
Senhor. Foi também ali, que a glória de Deus era manifesta a eles.

É em meio as lutas e dificuldades que veremos o sobrenatural de Deus agindo


em nossas vidas. Davi não olhou para o tamanho o gigante, mas ele olhou para
o Deus que ele servia, o ¨Senhor dos exércitos¨, e ali ele viu Deus operar os
seus sinais, concedendo-lhe a vitória.

Nas dificuldades, nas lutas, nas provações e desertos, saiba que é ali que
Deus opera os seus sinais e manifesta a sua glória ao seu povo.

No deserto, Deus quer manifestar a sua glória e os seus sinais, concedendo


graça, pois a maravilhosa graça de Deus é constante ao seu povo.
Conclusão
“Converteu o deserto em lençóis de água e a terra seca em mananciais.” (Salmos
107.34)
De repente, você se vê no deserto, as lutas e desafios vieram, os problemas
acumularam, você perdeu a sua paz, ou pior; você tem a sensação que Deus o
abandonou no deserto, e então se vê cercado por areias e cactos, com um sol
escaldante sobre a sua cabeça, como se sua morte fosse dada por certa.

Lembre-se, que o mesmo Deus que conduziu o povo de Israel ao deserto, para
que eles alcançassem o favor do Senhor e a sua liberdade, é também o Deus
que por vezes te coloca neste deserto.

Não para te castigar ou punir, mas para que você o possa procurar e ouvir as
orientações que Ele tem para a sua vida.

Quando Deus te leva para o Deserto não é para virar um cacto, apesar dele ser
cheio de propriedades internamente. Deserto é lugar de crescimento e
aprendizado, não vire um cacto pois o mesmo tem espinho por foras e não
podemos chegar perto.

No deserto vire filho de Deus, pois a essência de Cristo eram fontes de águas
vivas que jorravam de seu interior.

E quando alguém tocava Nele, saiam virtudes do amor do Pai, capaz de curar
pessoas. Quem você quer se tornar no Deserto um cacto ou filho de
Deus? (Pastor Gilson Almeida)

Deus quer transformar o teu deserto em mananciais. Mas antes, Ele quer te
mudar, para que você seja ainda mais semelhante a Seu Filho Cristo Jesus.

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5 lições que podemos aprender no deserto


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Várias pessoas na Bíblia passaram tempo no deserto, onde enfrentaram


desafios e aprenderam lições importantes de Deus. Algumas épocas da vida
são como um deserto: um lugar seco e quente, sem muita vida, difícil de
suportar. Enfrentamos dificuldades e temos pouco alívio. No entanto, nesses
tempos de passagem pelo “deserto”, podemos aprender lições valiosas, que
vão transformar nossa vida:
1. Depender de Deus

No deserto não há comia nem água, sombra nem abrigo. O deserto é…


deserto. Mas foi no deserto que o povo de Israel descobriu que seu sustento
vem de Deus. Ele providenciou o maná e a água onde não havia nada
(Deuteronômio 8:2-4). Ninguém passou fome. Deus cuidou de seu povo.

A verdade é que toda nossa vida depende de Deus. Mas, quando estamos
em circunstância normais, muitas vezes nos esquecemos disso. Pomos nossa
confiança em outras coisas, como o dinheiro, a família, a inteligência, a
carreira, a felicidade … No deserto, as coisas em que confiamos falham.
Temos de depender de Deus. Então vemos como Deus é poderoso e
descobrimos que Ele está no controle. E, quanto mais dependemos de Deus,
mais fortes ficamos.

Descubra aqui: o que é descansar em Deus?

2. Descobrir o que é essencial

João Batista vivia e pregava no deserto. Sua vida era muito simples, sem
comodidades como roupas bonitas ou comida variada, mas ele não precisava
dessas coisas (Mateus 3:3-5). Sua missão era mais importante. João Batista
sabia o que era essencial: ter comunhão com Deus.

Quando passamos por uma fase que parece um deserto, podemos perder
muitas comodidades da vida. As coisas que nos davam conforto e prazer
falham e temos de aprender a viver com menos. Mas é então que descobrimos
que muitas das coisas que achamos essenciais são desnecessárias. Vivendo
com muito ou com pouco, o que é realmente essencial é seguir Jesus.
Somente Deus dá sentido para nossa vida e nos sustenta, mesmo nas horas
mais difíceis. Quando centramos toda nossa vida em Jesus, encontramos paz
e contentamento em todas as circunstâncias.

3. Vencer a tentação

Antes de começar seu ministério, Jesus foi levado pelo Espírito para o deserto,
onde foi tentado pelo diabo. Ele enfrentou todo tipo de tentação mas não
pecou, usando a palavra de Deus para vencer o diabo (Lucas 4:1-4). Depois
que venceu a tentação no deserto, Jesus teve um ministério cheio de poder.

No deserto, somos confrontados com a realidade do pecado. Temos


uma escolha: sucumbir ao pecado ou dedicar a vida a Jesus. Não há lugar
para esconder, temos de admitir nossas fraquezas a Deus e encontrar força
nele para superar a tentação. Quando encontramos essa força em Deus,
saímos do deserto muito mais preparados para tudo que nossa vida tem pela
frente.

Veja aqui: como vencer a tentação?

4. Resolver nossos problemas

Quando Elias foi para o deserto, ele não estava bem. Ele tinha realizado
milagres incríveis diante de todo o povo de Israel mas, em vez de ver um
grande avivamento, Elias foi ameaçado de morte! No deserto, ele pediu para
morrer mas Deus o levou a um monte, falou com ele e restaurou Elias (1 Reis
19:9-11). Quando saiu do deserto, Elias tinha uma nova visão e estava pronto
para continuar sua missão como profeta.

Por vezes circunstâncias difíceis nos empurram para um deserto emocional e


espiritual. Nos sentimos acabados, sem mais força para nada e só queremos
fugir da situação. Mas Deus nos leva para o deserto para nos restaurar. O
sofrimento do deserto é o lugar onde podemos nos encontrar a sós com Deus e
ouvir melhor Sua voz nos consolando. Ele nos ajuda a confrontar nossos
problemas e a consertar o que está errado em nossa vida. Se deixamos Deus
agir no nosso tempo no deserto, saímos restaurados, mais fortes e prontos
para novos desafios.

Descubra o significado maravilhoso de "vinde a mim todos que estais


cansados".

5. Ter esperança

Nos 40 anos que o povo de Israel vagou no deserto, houve um homem que não
perdeu sua esperança em Deus: Josué. Ele se manteve fiel a Deus durante
todo o tempo no deserto e não desistiu (Números 14:6-9). Não foi fácil, mas ele
nunca se esqueceu de quanto Deus já tinha feito por ele e, por fim, ele liderou
o povo na conquista da terra prometida.

A verdadeira esperança não morre no deserto. Quando vem a


dificuldade, aprendemos a confiar em Deus, lembrando de todas as coisas
que Ele já fez no passado. Se Deus sempre foi fiel, Ele vai continuar nos
ajudando, mesmo no deserto. Na hora mais difícil, quando não vemos a saída,
descobrimos se realmente cremos em Deus. Ele vai nos ajudar a sair do
deserto, rumo à vitória. E, quando tivermos saído do deserto, nossa esperança
em Deus será muito mais firme.

O Deserto
O deserto foi bem ligado com o início do ministério de Jesus. No livro de
Marcos, a palavra 'deserto' é usada quatro vezes nos primeiros treze versículos
(Versículos 3, 4, 12, 13 no original. Em diversas traduções portuguesas a
palavra 'deserto' não aparece no v. 13, mas aparece nos textos gregos), mas
não é usada mais nenhuma vez depois. Qual tipo de lugar era o deserto?

Lugar de infertilidade

João pregou no deserto, que segundo a profecia de Isaías 40:3-5, foi mal
preparado para a chegada da glória do Senhor. O deserto foi o lugar lógico
para o trabalho de João porque simbolizava os corações do povo, corações
secos e mortos. Ele veio para tirar as barreiras espirituais do povo que
poderiam impedir a vinda do Messias. Foi uma tarefa formidável: "Todos os
vales serão levantados, todos os montes e colinas serão aplanados; os
terrenos acidentados se tornarão planos; as escarpas serão
niveladas" (Isaías 40:4). Para realizar esta transformação João veio para este
povo árido pregando arrependimento (Mateus 3:2, 7-10). O arrependimento em
que João insistiu não era nada despreocupado, mas envolveu uma
reorientação radical da vida (note Lucas 3:10-14). Tornar este deserto num
lugar frutífero exigiria mudanças em todo aspecto do dia-a-dia do povo.
Pessoas hoje estão em situações parecidas e para qualquer pessoa estar
preparada para Cristo na sua vida, tem que estar disposta a mudar sua vida em
todo sentido.

Lugar de simplicidade

A vida de João combinava bem com o deserto em que habitava. Ele usava
roupas feitas de pêlos de camelo com um cinto de couro e se alimentava com
gafanhotos e mel silvestre. Evidentemente, João não tinha outro alimento nem
outra roupa à sua disposição no deserto. É claro que João não valorizou nem
bens, nem conforto, nem honra. Nós estaríamos dispostos a sermos chamados
para o deserto? Diversos discípulos tiveram que passar por severas aflições;
Paulo, por exemplo: "Até agora estamos passando fome, sede e
necessidade de roupas, estamos sendo tratados brutalmente, não temos
residência certa e trabalhamos arduamente com nossas próprias
mãos....Até agora nos tornamos a escória da terra, o lixo do mundo" (1
Coríntios 4:11-13). O escritor de Hebreus cita outros exemplos: "Outros
enfrentaram zombaria e açoites; outros ainda foram acorrentados e
colocados na prisão, apedrejados, serrados ao meio, postos à prova,
mortos ao fio da espada. Andaram errantes, vestidos de pele de ovelhas e
de cabras, necessitados, afligidos e maltratados. O mundo não era digno
deles. Vagaram pelos desertos e montes, pelas cavernas e
grutas" (Hebreus 11:36-38). Nem todo servo de Deus sofre tudo isso na vida,
mas para servir ao Senhor temos que estar dispostos a passar por severas
tribulações, colocar as necessidades dos irmãos acima das próprias luxúrias
(Lucas 3:11; 12:33; 14:33), colocar o reino acima de todas as coisas (Mateus
6:33; 8:20), e deixar de nos preocupar com questões de comida e roupa
(Mateus 6:25-34; Lucas 10:7-8). A simplicidade de João no deserto serve como
desafio para nós.

Lugar de libertação

Talvez a idéia do deserto esteja mais ligada com a idéia da libertação e da


salvação do que com qualquer outra idéia. Lembramo-nos de como o Senhor
soltou os israelitas das garras dos senhores egípcios e providenciou-lhes
redenção no deserto: "O povo que escapou da morte achou favor no
deserto" (Jeremias 31:2). Do mesmo jeito, nós, ao ficarmos libertados da
escravidão do pecado, passamos para o deserto (Oséias 2:14; Apocalipse
12:6, 14). O deserto vem a simbolizar um lugar de salvação da servidão cruel.
Que bênção! Infelizmente, a geração dos israelites reclamou do deserto.
Repetidas vezes, os israelites se queixaram das dificuldades no caminho e
queriam retornar à escravidão egípcia (veja Êxodo 14:11-12; 16:3; 17:3;
Números 11:4-6; 14:1-4). Não fazia sentido que eles quisessem voltar para a
angústia do Egito. Será que cristãos às vezes passam pelos mesmos
sentimentos e almejam a vida que levavam antes de seguir Cristo, a vida do
pecado? Quando olhamos para trás ou tentamos ficar com as coisas do
passado arriscamos nossa alma: "Naquele dia, quem estiver no telhado de
sua casa, não deve descer para apanhar os seus bens dentro de casa.
Semelhantemente, quem estiver no campo, não deve voltar atrás por
coisa alguma. Lembrem-se da mulher de Ló!" (Lucas 17:31-32).

Lugar de prova

Para Jesus, o deserto foi o lugar em que encontrou o Tentador e foi testado.
Para os israelitas, o deserto foi o lugar de provação também. Os resultados
eram totalmente opostos. Jesus derrotou Satanás em tudo. No caso dos
israelitas, todos eles passaram pelo mar e participavam da alimentação
providenciada por Deus no deserto; porém, "Deus não se agradou da maioria
deles; por isso os seus corpos ficaram espalhados no deserto" (1
Coríntios 10:5). É uma lição forte, porque 603.550 homens saíram do Egito,
mas apenas dois deles entraram na terra prometida! No deserto onde 99,99%
dos israelitas fracassaram, Jesus venceu. Qual era a diferença? Jesus confiou
no Senhor e na Palavra. Ele citou a escritura: "Não só de pão viverá o
homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus" (Mateus 4:4;
veja Deuteronômio 8:3), e mostrou a importância da palavra citando-a cada vez
que o diabo se aproximou. Os israelitas, por causa da incredulidade causada
por duro coração, caíram "durante o tempo da provação no
deserto" (Hebreus 3:8). Como os israelitas, cristãos hoje passaram pelo mar
do batismo e participam da ceia do Senhor. Há um sério perigo de que a
mesma coisa aconteça hoje: "Essas coisas ocorreram como exemplos para
nós ... Essas coisas aconteceram a eles como exemplos e foram escritas
como advertência para nós" (1 Coríntios 10:6, 11). No deserto da provação,
confiaremos na scritura e venceremos a tentação ou seremos autoconfiantes e
cairemos?

Lugar de bênção

João, voz que clamava no deserto, anunciou Jesus como aquele que batiza
com o Espírito Santo. Vários textos proféticos mostram uma visão do deserto
transformado por Deus num lugar bem frutífero (Isaías 35:1, 6; 41:18-19; 43:19-
21; 51:3). Especialmente interessantes são os trechos que ligam o novo vigor
do deserto com a provisão do Espírito. "A fortaleza será abandonada, a
cidade barulhenta ficará deserta ... até que sobre nós o Espírito seja
derramado do alto, e o deserto se transforme em campo fértil, e o campo
fértil pareça uma floresta" (Isaías 32:14-15). "Pois derramarei água na terra
sedenta, e torrentes na terra seca; derramarei meu Espírito sobre sua
prole, e minha bênção sobre seus descendentes" (Isaías 44:3). As
maravilhosas bênçãos que estão disponíveis em Cristo vêm por causa do
trabalho do Espírito Santo que tem sido derramado sobre o povo de Deus
(Ezequiel 39:29).

Infelizmente, há muitos equívocos quando pessoas começam a tratar o assunto


do Espírito Santo porque elas deixam de distinguir entre as várias
responsabilidades do Espírito Santo e as épocas certas em que faz estas
obras. Considere este paralelo: No primeiro século Jesus andou na terra em
corpo humano, morreu na cruz e apareceu a várias pessoas após sua
ressurreição. No século XXI, Jesus não faz nenhuma destas coisas. Mas Jesus
ainda existe, opera nas vidas dos seus discípulos, e trabalha hoje. Pelo mesmo
jeito, o Espírito Santo no primeiro século operou na vida de Jesus (Mateus
3:16; 12:18, 28), inspirou a autoria dos livros do Novo Testamento (1 Coríntios
2:13; 14:37), e deu dons especiais para várias pessoas (1 Coríntios 12-14). No
século XXI, O Espírito Santo não faz nenhuma destas coisas. Mas o Espírito
Santo ainda existe, opera nas vidas dos seus discípulos, e trabalha hoje.

Através de Ezequiel, o Senhor profetizou sobre nossa época dizendo: "Darei a


vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de
vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Porei o meu
Espírito em vocês e os levarei a agirem segundo os meus decretos e a
obedecerem fielmente às minhas leis" (Ezequiel 36:26-27). Precisamos
refletir para verificar que temos o Espírito do Senhor em nós. Nosso coração é
macio e sensível à palavra de Deus, ou nossa receptividade à vontade do
Senhor parece pedra--fria, dura e petrificada? Andamos nos decretos do
Senhor; observamos fielmente as suas leis? Até que ponto o Espírito reside em
nós? "...No qual todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se um
santuário santo no Senhor. Nele vocês também estão sendo edificados
juntos, para se tornarem morada de Deus por seu Espírito" (Efésios 2:21-
22). Um cristão cresce para ser cada vez mais santuário do Senhor deixando a
palavra do Espírito habitar cada vez mais ricamente no seu coração, dominar
cada vez mais fortemente seu andar (Efésios 5:18; Colossenses 3:16), e
produzir cada vez mais o fruto apropriado (Gálatas 5:22-23). Demonstramos a
presença do Espírito em nós?

Temos muita coisa para aprender no deserto. Jesus conquistou o diabo ali e
transformou a aridez em jardim. Aproveitamos esta bênção?

-por Gary Fisher

Essência
“Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta com bálsamo, ungiu meus pés”
(Lc 7:46)

Outro dia recebi na loja que trabalho uma vendedora de perfumes. Com uma
caixa de amostra grátis ela mostrou várias fragrâncias que dizia ser da mesma
essência original, que era importado. Essa moça também dizia que aquilo que
custava caríssimo, poderia sair “mais em conta”, algo que não me custaria
muito. Porém, relatei que já havia comprado um desses similaresantes , só que
a fragrância não havia fixado, ficando na verdade por pouco tempo. Mesmo
assim, ela insistiu e colocou no meu pulso. Porém, este perfume, não durou
muito tempo para mim e bom cheiro logo se foi.

Sabe queridos, muitas vezes nós como cristãos não conseguimos exalar aos
outros o bom perfume de Cristo (2 Cor 2:15). Muitas vezes a fragrância de
nossa adoração a Deus acaba não sendo muito original. Somos autênticos na
igreja, mas fora dela, não conseguimos exalar do nosso ser o cheiro agradável
a Deus, numa adoração genuína.

E isso porque nossa vida de adoração diária acaba não sendo proveniente de
uma relação pessoal, íntima, direta e voluntária com Deus. Na realidade nossos
sacrifícios espirituais, ou seja,nossa adoração tem sido expressada de uma
forma que mais agrade a nós mesmos, do que ao Senhor. A Bíblia Sagrada
relata porém a história de uma mulher que soube agradar a Deus e que mesmo
sendo uma excluída da sociedade, soube adorar ao Senhor com todo seu ser. E
pela sua atitude de adoração teve um memorial diante de Deus.
Conta o relato bíblico que sendo convidado por um fariseu a jantar em sua casa
e tomando lugar a mesa, Jesus logo é recepcionado por uma mulher de uma
forma inusitada. Conta as Escrituras que sabendo que Jesus estava na
mesa,essa mulher se pôe por detrás de Jesus portando um vaso de alabastro
com unguento na mão.(Lc 7:37).

Através da história dessa mulher podemos tirar muitas lições sobre o que é a
Essência da verdadeira adoração.

A 1ª. Lição que tiramos do encontro de Jesus com mulher pecadora é que Jesus
quer ter comunhão conosco. Jesus poderia ter negado o pedido do fariseu e
desprezado a atitude da mulher, mas o Senhor deseja ter comunhão com todos
aqueles que o chamam.

A 2ª. lição demonstra que não basta convidar Jesus para sua casa ou mesmo
para sua vida se não dermos a glória devida ao seu nome.Aquela mulher deu
ao Senhor a glória devida.
Os fariseus até que honravam o Senhor, mas era apenas com seus lábios, pois
seu coração estava longe (Mt 15:8). Vemos isso nessa história da mulher
pecadora, que não basta ser um “religioso” se não damos a Deus a adoração
necessária;

A palavra de Deus diz que o devemos tributar ao Senhor a glória devida ao Seu
nome (Sl 29:2). O livro de Apocalipse diz que digno é o Cordeiro de receber a
honra, a glória e o louvor (Ap 5:12). O Senhor honra os que o honram, como
diz os salmos: “… aquele que cuida do Seu Senhor será honrado ( Sl 15:4, Pv
27:18b).

A 3ª. lição que tiramos da história da mulher pecadora foi seu ato de
humildade.Aquela mulher foi humilde. Diz a palavra de Deus que aquela mulher
se ajoelhou e beijou os pés de Cristo como sinal humildade e submissão. Ela
teve reverência ao Senhor.
Devemos sempre entrar diante da sua presença em submissão ,humildade e
reverência como verdadeiros servos.

“..E revesti-vos de toda humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá
graça aos humildes. Humilhai-vos , pois debaixo da potente mão de Deus, para
que a seu tempo vos exalte(1 Pe 5:5-6)
Como diz o salmista:
Servi ao Senhor com temor e alegrai-vos Nele com tremor. “Beijai o Filho” para
que não se irrite e não pereçais no caminho (Sl 2:11-12).

O 4ª. lição é que aquela mulher se quebrantou e chorou diante de Deus.


Através de sua contrição e quebrantamento ela trouxe a Deuso verdadeiro
sacrifício espiritual.

A palavra de Deus diz:

Os sacrifícios agradáveis para Deus são o espírito quebrantado; e contrito pelo


qual o Senhor não desprezarás (Sl 51:17).

Diz também a palavra de Deus que PERTO está o Senhor dos que tem o
coração quebrantado e que ele salva os que são contritos de espírito (Sl
34:18).

O livro de Isaías complementa tudo isso quando diz:

Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é
Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido
de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos
contritos. Isaías 57:15
Aquele que me oferece sacríficos de ações de graças, esse me glorificará e ao
que prepara o seu aminho dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus (Sl 50:13-
14)

Chorar é um sinal de tristeza, mas também de alegria. Segundo entendemos na


história bíblica aquela mulher precisava de perdão de Deus. (Lc 7:41-43; 47-
50). Muitos dizem que ela já havia sito perdoada e era uma nova convertida.
Não importa saber se ela havia pecado, se era pecadora nata ou nova
convertida. Aquela mulher entendia que necessitava do perdão de Deus. E isso
independe se pecamos ou não contra Deus . Devemos ter consciência de que
pedir perdão a Deus independente do nosso pecado. Diz a palavra de Deus que
aquele que sai “andando e chorando” enquanto semeia voltará com júbilo
(louvor) trazendo seus molhos (Sl126:5-6). Aquela mulher semeou a fé e
colheu perdão. Semeou a humildade e colheu honra a Deus. Semeou lágrimas
de arrependimento e colheu salvação.
A 5ª. lição é que ela enxugou com seus cabelos sua lágrimas. O cabelo era a
glória da mulher(1 Cor 11:15). Aquela mulher se derramou na presença de
Deus. Ela se desfez de si, da sua honra e do que para muitas mulheres seria
motivo de vaidade para agradar ao Senhor. Ela entregou a Deus uma adoração
espontânea e devotada .Ela aproveitou o momento com Deus para servi-lo de
todo seu coração.

A 6ª. lição é que ela derramou sobre Ele o que tinha de mais precioso que era
um unguento caríssimo. Sua oferta foi preciosa para Deus e agradável a Ele.
Ela não se atentou quanto valeria aquela nardo, mas ofereceu a Deus o que
tinha de melhor.
Através da vida dessa mulher podemos concluir que nossa adoração deve ser
genuína, ou seja, original. Devemos dar a Ele a melhor fragrância, o melhor
perfume, não o que nos resta. De nada adianta oferecer algo que não nos custe
nada. Davi entendia isso (2Sm 24:24). Ela derramou a Ele a fragrância do
louvor a Deus num verdadeiro sacrifício de adoração. O Senhor não se agrada
de meros sacríficios, mas que façamos justiça e que obedecemos a sua palavra.
(Isaías 1:11-17; 1 Sm 15:22).

Diz a palavra de Deus:

“ Fazer justiça e julgar com retidão é mais aceitável ao Senhor do que oferecer
sacrifício” (Pv 21:3). É a palavra de Deus que diz que devemos amar o Senhor
de toda teu coração, de toda sua alma e de toda sua força (Dt 6:4).

O Senhor conhece nosso coração e sabe se nossa adoração é sincera ou não.


Ele sabe nossas motivações de como fazemos e porque fazemos para Ele. Ele
conhece aqueles que o honram com seus lábios e não com sua vida. A
verdadeira adoração custa caro, muitas vezes o preço da abnegação e da cruz.
O preço do compromisso de agradar a Deus.

A verdadeira adoração não está sujeita ao que gostamos, mas ao agrade ao


Senhor.
São esses que Deus procura, os verdadeiros adoradores.E isso significa adorar
em Espírito e em verdade. (Jo 4:24) Devemos entender como aquela mulher
que devemos como cristãos adorar a Deus com todo nosso ser, sabendo que a
fragrância é nossa adoração, mas que Jesus é a verdadeira essência.
Que possamos exalar aos outros o bom perfume de Cristo e encher as casas
com o nardo precioso cuja a essência é Jesus.

E seguir o exemplo daquela pecadora e poder dizer como a esposa da cantares.

“Enquanto o rei está assentado à sua mesa, o meu nardo exala o meu perfume”
(Ct1:12).

VOLTANDO A ESSÊNCIA DO CHAMADO


 Written by Ap. Sidinei Consteila

 Published in Palavra do Apóstolo

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har
Dar-Vos-Ei Pastores Segundo O Meu Coração, Que Vos Apascentem Com
Conhecimento E Com Inteligência. – Jeremias 3:15 – RA
Darei A Vocês Pastores Segundo O Meu Coração, E Eles O Alimentarão Com
Conhecimento E Entendimento. – Jeremias 3:15 –Bíblia Judaica.
A função de um pastor é apascentar, alimentar o rebanho do Senhor. Esta é uma função de cunho espiritual. Ser
pastor é ser alguém especial, chamado, escolhido pelo Senhor para ser homem dom a disposição do corpo de Cristo e
das pessoas em geral.
Nos últimos anos o mundo sofreu uma transformação fantástica, e, por consequência, a igreja também foi abalada em
sua estrutura, tendo que se contextualizar, sem perder a essência de sua mensagem e missão.
Anteriormente as exigências pastorais eram poucas (pregação, evangelização, visitação), porém nos tempos atuais
essas exigências se multiplicaram (pregação, evangelização, administração e finanças, meios de comunicação – rádio,
TV, Internet – política, ação social, estratégias de crescimento, etc.).
Tudo isso não é mau em si mesmo, porém tem gerado uma agenda lotada, o que dá a impressão de importância
pessoal, bem como um ativismo que se transforma em cansaço, e tem tirado a essência do chamado.
Usando uma ilustração:
Já comprei perfume com um cheiro maravilhoso, mas poucas horas depois perdeu o aroma. Há outros que você
coloca e ficam horas com o aroma. Para esse último as pessoas utilizam o termo “fixação”, ou seja, o perfume que
dura muitas horas ele fixa porque tem essência.
Alguns tem perfumaria, outros tem a essência.
Precisamos entender que apesar do mundo ter passado por transformações profundas, o homem continua o mesmo em
todo o planeta: um pecador perdido, sem esperança, que precisa desesperadamente de respostas para sua vida, que
somente serão encontradas e solucionadas quando tiver um encontro real e transformador através da pessoa do
Senhor Jesus Cristo.
O que é exigido nos dias atuais é que a transmissão, a proclamação do evangelho às pessoas seja feita de forma
diferenciada.
A inteligência e o entendimento requer profundidade bíblica para poder dar respostas que satisfaça de forma plena
Estamos saturados de informações. Se desejamos nos tornar experts em algum assunto, buscar esclarecimentos para
nossas ministrações, basta acessarmos o “irmão Google” e teremos uma gama de subsídios que poderemos transmitir
ao nosso povo, principalmente se a agenda estiver lotada ou o cansaço tiver tomado conta.
Quando Deus nos fala em Jeremias 3:15 que dará pastores para pastorear/alimentar a igreja com
conhecimento/entendimento e inteligência, entendo que se refere a pastores que terão não apenas informações, mas
essência da revelação, que é buscada no recinto secreto, com joelhos no chão, com a boca no pó e lágrimas
decorrentes de um quebrantamento.
Quando nos tornamos apenas transmissores de informações, transmitimos conhecimento e atingimos a mente das
pessoas. Quando trazemos revelação da parte de Deus, tocamos não apenas as mentes, mas os corações e
transmitimos vida de Deus, que gera arrependimento e transformação.
Atos 6:2 a 4 – “Então os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós
abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa
reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos
consagraremos à oração e ao ministério da palavra”.
Servir às mesas não era algo insignificante, mas necessário e legítimo, prova disso é que os homens a serem
levantados deveriam ser de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria.
Porém, os apóstolos tiveram inteligência e entendimento de que não poderiam se envolver com outras atividades,
com o risco de perder a essência do chamado, que seria sustentada através da oração e do ministério da palavra. Para
realizar uma obra sobrenatural precisariam de recursos sobrenaturais.
Diante disso cabe uma reflexão profunda: será que a igreja dos nossos dias e os seus ministros (estou generalizando)
desaprenderam a dedicar tempo para a oração e a meditação na palavra de Deus, e se perderam no meio de uma
agenda lotada?
Onde estão os homens com o coração ardendo com a presença de Deus, e enquanto pregavam viam seu auditório
quebrantado em arrependimento?
Onde estão os ministros que choram diante do altar? Muitas vezes o que temos visto são orações bonitas, bem
elaboradas, mas vazias de quebrantamento e lágrimas diante do Deus Todo Poderoso.
Há no ser humano a necessidade de ser reconhecido e valorizado, e ele se esforça para ter isso diante dos homens. O
homem de Deus precisa ser conhecido e reconhecido em dois lugares apenas: no céu e no inferno.
Tudo o que precisamos para nossas vidas estão em Deus e na Sua palavra.
Podemos fazer muito mais de joelhos e com a Palavra de Deus, do que correndo com nossas pernas.
“Tornai-vos para mim, diz o Senhor dos Exércitos, eu me tornarei para vós outros, diz o Senhor dos Exércitos”. –
Zacarias 1:3.
Reconstrução dos muros
de Jerusalém – estudo
Neemias
A Queda e a restauração de
Jerusalém
“O Senhor, o Deus dos seus antepassados, advertiu-os várias vezes por meio de
seus mensageiros, pois ele tinha compaixão de seu povo e do lugar de sua
habitação.
Mas eles zombaram dos mensageiros de Deus, desprezaram as palavras dele e
expuseram ao ridículo os seus profetas, até que a ira do Senhor se levantou contra o
seu povo, e já não houve remédio. O Senhor enviou contra eles o rei babilônio que,
no santuário, matou os seus jovens à espada. Não poupou nem rapazes, nem moças,
nem adultos, nem velhos.
Deus entregou todos eles nas mãos de Nabucodonosor; este levou para a Babilônia
todos os utensílios do templo de Deus, tanto os pequenos como os grandes, com os
tesouros do templo do Senhor, os do rei e os de seus oficiais. Os babilônios
incendiaram o templo de Deus e derrubaram o muro de Jerusalém; queimaram
todos os palácios e destruíram todos os utensílios de valor que havia neles.
Nabusodonosor levou para o exílio, na Babilônia, os remanescentes, que escaparam
da espada, para serem seus escravos e dos seus descendentes, até a época do
domínio persa. A terra desfrutou os seus descansos sabáticos; descansou durante
todo o tempo da desolação, até que os setenta anos se completaram, em
cumprimento da palavra do Senhor anunciada por Jeremias.
No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra
do Senhor anunciada por Jeremias, o Senhor tocou no coração de Ciro, rei da
Pérsia, para que fizesse uma proclamação em todo o território de seu domínio e a
pusesse por escrito, nestes termos: “Assim declaro eu, Ciro, rei da Pérsia: O
Senhor, o Deus dos céus, deu-me todos os reinos da terra e designou-me para
construir um templo para ele em Jerusalém, na terra de Judá. Quem dentre vocês
pertencer ao seu povo vá para Jerusalém, e que o Senhor, o seu Deus, esteja com
ele” (2 Crônicas 36.15-23 – NVI).
Para que a cidade de Jerusalém seja restaurada, primeiro, tem que se edificar a
Casa do Senhor:
“No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do
Senhor, por boca de Jeremias, despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia,
o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:
Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus dos céus, me deu todos os reinos da
terra e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém de Judá. Quem dentre
vós é, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém de Judá e
edifique a Casa do Senhor, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém.
[…] Então, se levantaram os cabeças de famílias de Judá e de Benjamim, e os
sacerdotes, e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para
subirem a edificar a Casa do Senhor, a qual está em Jerusalém” (Ed 1.1-3,5).
A Palavra de Deus é clara; Ciro entendeu e deu uma ordem igualmente clara:
“Edifiquem a Casa do Senhor”! O livro de Neemias nos fala da reconstrução dos
muros de Jerusalém, mas no livro de Esdras encontramos a ordem expressa de que
edificassem uma Casa para o Senhor, e o profeta Ageu reforça essa verdade! É claro
que o Senhor queria que Jerusalém fosse restaurada, até porque, senão, não haveria
necessidade de um templo ali! Mas há algo para aprendermos aqui. Há uma ordem
estipulada por Deus: primeiro a Casa do Senhor, depois a Cidade de Deus!

Deus sempre começa pela base, nada se constrói sem um sólido fundamento. Deus
estabeleceu leis físicas e espirituais que regem todas as coisas, são princípios que
Deus preza em zelar por eles, e mais, viver por eles! A criação é um exemplo:
primeiro um homem; depois, um casal, uma família. Primeiro uma flor, uma árvore;
depois, um jardim, uma floresta. Então, nessa lógica, entendemos que antes da
cidade vem a casa. Na verdade, é a soma de muitas casas que forma uma cidade!

Entendendo que o Antigo Testamento era sombra do que estava por vir (Cl 2.17; Hb
8.5; 10.1) na Nova Aliança, sabemos que Jerusalém – a cidade –, representa a igreja,
a Casa de Deus (1 Tm 3.15); enquanto a Casa do Senhor – o templo –, cada um de
nós que, em Cristo, nos tornamos santuário do Espírito Santo (1 Co 6.19).

Para que a Casa do Senhor seja edificada, primeiro tem que se erguer um altar
ao Senhor:
“… edificaram o altar do Deus de Israel, para sobre ele oferecerem holocaustos,
como está escrito na Lei de Moisés, homem de Deus. Firmaram o altar sobre as
suas bases; e, ainda que estavam sob o terror dos povos de outras terras,
ofereceram sobre ele holocaustos ao Senhor, de manhã à tarde”.(Ed 3.2,3).
Altar é um lugar elevado para se oferecer sacrifícios. Em sua forma mais simples, é
um amontoado de pedras sobre as quais se oferece uma oferta sacrificial.
Entendendo, pela Palavra, que nós somos “pedras vivas” (1Pe 2.5), nós mesmos
somos o altar, e o nosso próprio corpo, o sacrifício vivo, santo e agradável a Deus,
que é o nosso culto racional (Rm 12.1).

Nossa primeira oferta ao Senhor é a nossa própria vida, depois, nossa obediência,
pois Deus a prefere aos sacrifícios (1 Sm 15.22).

Tem que ser povo de Deus para


edificar
“Então, se levantaram os cabeças de famílias de Judá e de Benjamim, e os
sacerdotes, e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para
subirem a edificar a Casa do Senhor, a qual está em Jerusalém” (Ed 1.5).
Embora Ciro tenha dado a ordem para a reconstrução do templo, ele próprio não
poderia construí-lo. Só o povo de Deus poderia fazê-lo! Só ovelhas podem gerar
ovelhas, só discípulos podem fazer discípulos! Sem a experiência do novo
nascimento, sem a disposição em ser, de fato, um discípulo comprometido de Jesus,
não podemos cooperar na edificação do corpo de Cristo.
O custo (o preço!) da edificação
“Quando chegaram ao templo do Senhor em Jerusalém, alguns dos chefes das
famílias deram ofertas voluntárias para a reconstrução do templo de Deus no seu
antigo local. De acordo com as suas possibilidades, deram à tesouraria para essa
obra quinhentos quilos de ouro, três toneladas de prata e cem vestes sacerdotais. Os
sacerdotes, os levitas, os cantores, os porteiros e os servidores do templo, bem como
os demais israelitas, estabeleceram-se em suas cidades de origem” (Ed 2.68-70 –
NVI).
Jesus disse que ninguém que tenha juízo, começa a construir algo sem, primeiro,
calcular os custos para ver se poderá concluí-lo. É o tal do orçamento! Também
disse o Senhor: “Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é
tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele” (Mt 11.12). E o preço
aqui é renunciar a tudo o que temos e (pensamos que) somos em favor da edificação
da Casa e da Cidade do Senhor (At 2.44-47).

A alegria no edificar
“Quando os edificadores lançaram os alicerces do templo do Senhor,
apresentaram-se os sacerdotes, paramentados e com trombetas, e os levitas, filhos
de Asafe, com címbalos, para louvarem o Senhor, segundo as determinações de
Davi, rei de Israel” (Ed 3.10).
“Porém muitos dos sacerdotes, e levitas, e cabeças de famílias, já idosos, que viram
a primeira casa, choraram em alta voz quando à sua vista foram lançados os
alicerces desta casa; muitos, no entanto, levantaram as vozes com gritos de alegria.
De maneira que não se podiam discernir as vozes de alegria das vozes do choro do
povo; pois o povo jubilava com tão grandes gritos, que as vozes se ouviam de mui
longe” (Ed 3.12-13).
Deus disse ao profeta Isaias, referindo-se a Jesus: “Ele verá o fruto do penoso
trabalho de sua alma e ficará satisfeito […]. Por isso, eu lhe darei muitos como a
sua parte […]” (Is 53.11-12). Sempre que fazemos a obra do Senhor, sempre que os
santos desempenham seu serviço, há gozo e satisfação como resultados. Há tristezas
sim, decepções, lutas, muito trabalho; há até muitas noites de choro, mas a Palavra
promete, e temos experimentado, “… a alegria vem pela manhã” (Sl 30.5)!

Empecilhos à edificação
Desânimo: “Então, as gentes da terra desanimaram o povo de Judá, inquietando-o
no edificar; alugaram contra eles conselheiros para frustrarem o seu plano, todos
os dias de Ciro, rei da Pérsia, até ao reinado de Dario, rei da Pérsia” (Ed 4.4-5).
Calúnias: “Eis o teor da carta endereçada ao rei Artaxerxes: Teus servos, os
homens daquém do Eufrates e em tal tempo. Seja do conhecimento do rei que os
judeus que subiram de ti vieram a nós a Jerusalém. Eles estão reedificando aquela
rebelde e malvada cidade e vão restaurando os seus muros e reparando os seus
fundamentos” (Ed 4.11-12).
Oposição: “Então, respondeu o rei: […] Agora, pois, daí ordem a fim de que
aqueles homens parem o trabalho e não se edifique aquela cidade, a não ser com
autorização minha” (Ed 4.17a, 21).
Guerra espiritual: “[…] foram eles apressadamente a Jerusalém, aos judeus, e, de
mão armada, os forçaram a parar com a obra. Cessou, pois, a obra da Casa de
Deus, a qual estava em Jerusalém; e isso até ao segundo ano do reinado de Dario,
rei da Pérsia” (Ed 4.23b-24).
O inimigo da Obra de Deus está à espreita, esperando o momento para começar seu
trabalho de impedimento, ou pelo menos, de tentativas de impedimento ou para o
atraso da edificação das vidas.

Disposição e diligência para edificar


“Ora, os profetas Ageu e Zacarias, filho de Ido, profetizaram aos judeus que
estavam em Judá e em Jerusalém, em nome do Deus de Israel, cujo Espírito estava
com eles. Então se dispuseram […] e começaram a edificar a Casa de Deus
[…]” (Ed 5.1-2).
“[…] Ao rei Dario, toda a paz! Seja notório ao rei que nós fomos à província de
Judá, à casa do grande Deus, a qual se edifica com grandes pedras; a madeira se
está pondo nas paredes, e a obra se vai fazendo com diligência e se adianta nas
suas mãos” (Ed 5.7-8).
Deus desperta, mas é preciso disposição diligente do seu povo para o trabalho! Paulo
dá o exemplo: “meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ver
Cristo formado em vós” (Gl 4.19); e nos adverte: “Não te faças negligente para com
o dom que há em ti, […]. Medita estas coisas e nelas sê diligente, para que o teu
progresso a todos seja manifesto. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua
nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus
ouvintes” (1Tm 4.14-16).
Mais empecilhos (Ed 5.3-5). O ladrão não vem apenas para roubar, ele intenciona
matar e destruir! Por isso, não desiste tão fácil. Quando estamos achando que ele
está vencido, ele se levanta novamente, de outra maneira (Ef 6.13)! Para que seja
vencido é preciso mais que resistência, é necessária a sujeição a Deus!

Resposta ao ataque inimigo


“[…] Nós somos servos do Deus dos céus e da terra e reedificamos a casa que há
muitos anos fora construída […]. Mas, depois que nossos pais provocaram à ira o
Deus dos céus, ele os entregou nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, o
caldeu, o qual destruiu esta casa e transportou o povo para a Babilônia. Porém
Ciro, rei da Babiblônia, no seu primeiro ano, deu ordem para que esta Casa de
Deus se edificasse” (Ed 5.11-13).
Convicção! Encontramos aqui uma postura firme quanto a uma palavra de ordem
dada por Deus; e é sobre esta palavra que se trabalha!

Tudo coopera para o bem!


“Agora, pois, se parece bem ao rei, que se busque nos arquivos reais, na Babilônia,
se é verdade haver uma ordem do rei Ciro para edificar esta Casa de Deus, em
Jerusalém; e sobre isto nos faça o rei saber a sua vontade.
Então o rei Dario deu ordem, e uma busca se fez nos arquivos reais da Babilônia,
onde se guardavam os documentos. Em Acmeta, na fortaleza que está na província
da Média, se achou um rolo, e nele estava escrito um memorial que dizia assim: O
rei Ciro, no seu primeiro ano, baixou o seguinte decreto: Com respeito à Casa de
Deus, em Jerusalém, deve ela edificar-se para ser um lugar em que se ofereçam
sacrifícios; […] Não interrompais a obra desta Casa de Deus, […]. Dos tributos
dalém do rio, se pague, pontualmente, a despesa a estes homens, para que não se
interrompa a obra. Também se lhes dê, dia após dia, sem falta, aquilo de que
houverem mister[…]” (Ed 6.1-9).
Os inimigos planejaram a destruição, mas o seu próprio plano foi usado por Deus
para que, finalmente, a Casa fosse edificada! “Os anciãos dos judeus iam edificando
e prosperando em virtude do que profetizaram o profeta Ageu e Zacarias, filho de
Ido. Edificaram a casa e a terminaram segundo o mandato do Deus de Israel e
segundo o decreto de Ciro, de Cario e de Artaxerxes, rei da Pérsia” (Ed 6.14).
Por Aguilar Lopes
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