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Direito Ambiental Nacional e Internacional - Prof.

Kaku 2014/2
07.08.2014

18 encontros

Histórico do Problema Ambiental e sua complexidade.

Debate - texto que será disponibilizado.

Competências na CF.

Direito Ambiental Internacional

Desenvolvimento sustentável

Responsabilidade civil e administrativa

Processo de avaliação:

7 Fichamentos/ Opinião em sala de aula - 2, 00

Nota de presença - 1,00

Nota de turma - 1,00

Trabalho semestral - 2,00 (semelhante ao trabalho desenvolvido em direito do consumidor)

Prova na metade do semestre - 4,00 9 de outubro de 2014

7,00 - conceito C

9,00 - conceito A

Avaliação do professor - professor é intransigente, não parece democrático. Negando acesso, criando
barreiras, como no exemplo em que não se mostrou flexível em relação a apresentação de atestado para a
justificação de faltas, disse que devemos buscar departamento próprio. Não gravar.

_____________________

O conhecimento nasce para uma finalidade. Não existe nada criado que não busque resolver problemas
próprios do que é melhor individualmente ou coletivamente.

Podemos apostar na razão? Até quando seremos irracionais?

A racionalidade tem um entendimento próprio. A racionalidade oriental (japonesa, por exemplo) é diversa.

O professor está falando da racionalidade europeia ocidental que ganha ao longo do tempo elementos ue
permite com que a sociedade possa enxergar algo a mais, para além de sua capacidade cognitiva.

Podemos apostas na racionalidade? O direito é o locus da racionalidade? O que se espera para uma
construção de vida melhor individual ou coletiva. A lei é um esforço enorme para racionalização da vida em
sociedade. Planejamento. O direito estabelece os limites.

O direito ambiental é marcado por uma ideologia que faz com que ora aceitemos tudo ou neguemos tudo.
Nesse sentido a racionalidade não é positiva. A universidade foi criada para desenvolver elementos novos
que possam ser utilizados para o desenvolvimento da própria sociedade. Um pensar e agir diferente de
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tudo que encontramos ao nosso redor. Nós precisamos suspender um pouco as ideologias, mas isso não
significa que não devemos ter, porque as ideologias nos permitem posicionar no mundo. Mas qual o
sentido da disciplina para a nossa realidade?

O direito ambiental hoje cria empecilhos a liberdade.

Do ponto de vista científico, as ideias dialogam, são debatidas, desde o ponto de vista de pros e contras. No
fundo, no fundo, buscamos a construção de algo que seja verdadeiro para nós.

Hoje vivemos uma situação em que os dogmas reproduzem coisas passadas e que precisam ser
suplantadas. Independente da posição ideológica, se a pesquisa for científica, ela estará vendo o objeto
desde um outro ponto de vista.

Dentro da honestidade científica, buscamos entender o universo, com todas as suas particularidades. O
conhecimento é para que ajamos para que possamos evoluir.

O conceito de modernidade cunhado pela Europa refere-se ao abandono de ideias que não podem mais
existir e parte-se para o novo. Os europeus sempre criaram uma solução para os seus problemas. A criação
de um consenso para ir atrás das soluções.

O campo político brasileiro por exemplo reflete práticas antigas sob novas roupagens. Europeus: criação do
Estado, em 1789 a revolução Francesa trouxe uma nova perspectiva para da realidade.

Jeitinho que existe do México para baixo - existe uma razão. Em 2014, é justificável isso?

Sentimentos de impotência podem gerar uma ação desde que compreendamos o papel da razão na vida. A
razão permite a projeção no longo prazo e estabelecer o que é correto. Significa que quando surgem
circunstâncias cotidianas que podem ser negociadas para que sigamos na meta, uma disciplina. Isso fez
com que países como França, Alemanha e Inglaterra sejam o que são. Até do ponto de vista jurídico esses
países são diferentes.

A aplicação da razão dentro da sociedade brasileira permitiria a criação de algo nosso, tipicamente nosso.
Nós fazemos algo ou ficamos sempre esperando que algo aconteça e que mude a realidade.

A disciplina de ambiental é complexa. Temas difíceis especialmente se considerarmos o RS que é um Estado


agrícola. Suspender as paixões para a construção de uma verdade e discurso necessário para revisão do que
está posto.

A ciência nasceu para se contrapor ao senso comum. Mas dentro da academia estabeleceu-se outro sendo
comum que no fundo são um grupo de pessoas sujeitos a outros tipos de senso comum. Precisamos nos
afastar do senso comum e tentar enxergar a realidade de um modo diferente. Porque é da Universidade
que saem as pessoas para transformar a realidade.

A produção do saber cientificamente fundado permite que pensemos melhor o que já está estabelecido.
Soluções existem. Soluções fundadas.

O sistema de produção e a sustentabilidade devem ser conjugados e não ser tratados com sendo uma
opção ou outra.

Do ponto de vista jurídico, ler a constituição do pais permitiria que avaliássemos os valores de uma
sociedade. Sociologia Jurídica permite que façamos uma avaliação entre as correspondência entre o
previsto na lei, como a constituição e a realidade.
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A razão é impessoal e alcança graus de impessoalidade que podem prejudicar ou melhorar a sociedade. A
importância da filosofia é eleger um valor. A ciência não trás o valor. A filosofia permite isso. Uma pessoa
pode ser vista como um número ou como um história. A LÓGICA em si não justifica nossa existência, é
preciso um valor que é trazido pela filosofia.

Valores podem ser incorporados ao Direito mediante, mas não de qualquer forma, mas a partir das
instituições.

Confiança é básico em toda a sociedade.

Valores também são fruto da razão.

A ciência mostrou que a omissão, para o bem ou para o mal, também constrói a sociedade. Não há como
escapar disso.

14.08.2014

Debate: ler o texto para a proxima semana.

TEMAS: meu entendimento e percepção pessoal sobre os seguintes temas:

a)sustentabilidade e preservação ambiental

b)ecologia e economia

c) Direito, meio ambiente e desenvolvimento econômico

Nos debruçamos sobre uma realidade que é o meio ambiente, mas a noção que temos é mutante, sob o
aspecto cultural. Meio ambiente é algo que vivenciamos.

Trabalhar além dos contornos dados. Invariavelmente os meios de comunicação marcam os temas. De um
lado os preservacionistas, por outro viés os lados mais radicais do econômico. O viés da discisplina é que
possamos encontrar um ponto de equilíbrio entre essas duas posições, primeiramente, antagônicas. Na
realidade, tomando o histórico da humanidade, as duas posições não podem ser antagônicas.

Do ponto de vista do direito, das preocupações humanas sobre o ambiente, essa preocupação é antiga? Já
em 1300 havia documento específicos sobre corte de árvores. Um viés econômico pode de forma indireta
proteger o meio ambiente.

É possível vislumbrarmos que nossa sociedade que hoje tem 7 bilhoes de pessoas viver da mesma forma
com a perspectiva de que a população pode atingir 10 bilhões num curto espaço de tempo? Precisamos
pensar sobre o ponto de vista real, de um problema real.

A partir do 1800, da Revolução Industrial, surgiu a necessidade de o homem pensar racionalmente do uso
dos recursos naturais.

O que hoje chamamos de externalidades precisa ser considerado. A transformação econômica trás consigo
uma nova forma de viver e que precisa de respostas. A questão ambiental tornou-se, então, mais
preocupante.

De forma concreta, fruto do desenvolvimento tecnológico, podemos hoje manipular a vida.

Dentro do paradigma liberal, a natureza seria uma fonte inesgotável de recursos.


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Os subprodutos da industrialização foi se revelando prejudicial. O conjunto de novos fatores foi
estimulando uma reflexão mais profunda da questão ambiental.

O que está subjacente a tudo isso é a questão de nossa sobrevivência.

A repercussão da lei especial do consumidor acabou transformando o direito privado. A preocupação do


direito ambiental com a própria vida, fez com que nos preocupássemos com quem ainda não nasceu, uma
preocupação geracional.

Usar recursos naturais é produzir externalidades negativas. Questões factuais: é a partir delas que o
sistema jurídico é estabelecido. Alguns bens podem ser esgotados e quando forem esgotados não há mais
como recuperá-los. Outros são renováveis, mas se não houver uma boa manutenção, eles podem não são
recuperáveis, como por exemplo, a terra e o fenômeno de desertificação. O direito provavelmente pede
para que os agentes produtivos mudem suas formas de produção.

O mundo da vida e o não vivo são interdependentes. A ciência já descobriu que para o sistema de vida
existir é necessária a existência do mundo abiótico.

Todas as questões ambientais, especialmente as externalidades negativas (a poluição), inicialmente, eram


tratadas por cada Estado, o princípio da soberania era usado para tratar de todas essas questões. Mas o
meio ambiente não tem fronteiras e a repercussão de algo que se produz em um país tem projeção
noutros. Então, se descobriu que esse tema é necessariamente tratado por mais de um país o que torna a
solução mais complexa.

Surgem as ideologias no sentido de que (temos condições de saber com certeza as consequencias de
nossas ações sobre o meio ambiente) surgem posicionamentos, preservação do meio ambiente, até que
ponto podemos aceitar a interferência do homem na cadeia de vida do meio ambiente (há quem diga que o
ser humano não é mais importante). Devemos refletir, por não termos certeza, sobre nossas ações. Por
exemplo, as mutações genéticas, manipulação de grãos que não se reproduzem mais. Há posições de
cautela e outras que defendem que continuemos fazendo como sempre. Existem demandas sociais.

Na disciplina vamos trabalhar de forma complementar, temos que racionalizar sobre a forma em que
atuamos desde o ponto de vista das externalidades positivas e negativas.

O que tem se desenhado como solução intermediária entre as posições radicais é a ideia de
sustentabilidade. Conforme as inclinações a sustentabilidade tem um sentido mais forte ou não. Mas é uma
via para a solução dos problemas.

21.8.2014

Dados que são importantes para entender como o direito ambiental está regulado.

Ideiais que transitam em torno da ideia de direto ambiental.

Dados que não podemos desconsiderar: dados da realidade. Cada país regula de uma maneira própria. As
questões ambientais dizem respeito a questões básicas. Primeiramente, é inescapável nossa atuação
sobrea natureza. Existem recursos renováveis, não renováveis. Do ponto de vista jurídico, há regulação
propria de cada recurso. O ponto de vista filosófico passamos a ver de forma diversa nossa exploração
econômica do meio ambiente. Cadeia complexa de relação do mundo vivo e não-vivo. Interelação.
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Nossa ação natural sobre o meio -ambiente trás benefícios, mas juntamente prejuízos que nos trazem
questionamentos sobre a solução.

Hoje buscamos solução sobre o que temos denominado sustentabilidade. O conteúdo dado a palavra é o
que difere em cada corrente de pensamento. Está alinhado à forma como lidamos com os recurso da terra.

Como tratamos os não renováveis? Usaremos até seu esgotamento.

Renováveis- dependendo do tipo de exploração efetuada, não há mais possibilidade de recuperação, o que
implica que a legislação a ser criada comece a contemplar essa realidade. Racionalização melhor da forma
como utilizamos os recursos que estão a nossa disposição. Cuidar de tal maneira que as futuras gerações
possam também ter sua existência assegurada.

A sustentabilidade no fundo tem elementos filosóficos muito presentes, princípios: como respeitar e
cuidar da comunidade de seres vivos (evitando a perda de patrimônio genético), precisamos melhorar a
qualidade de vida humana (problemas sociais estão intimamente relacionados com os problemas sociais,
tais como a pobreza) (entender quais são os limites da capacidade de vida no planeta (há um consenso,
mas a forma, quando se dará, como se dará é ponto de discussão), mudança de atitudes e práticas sociais
(é importante individualmente pensar a maneira como ela lida com seu dinheiro, de que forma ela
consome). A filosofia pode ser muitas vezes algo abstrato. Se a ciência não pode trazer uma resposta
concreta, é na filosofia que buscamos os fundamentos para agir.

A sustentabilidade implica na criação de regras novas para as empresas, tais como as ISOs. A ideia de
sustentabilidade é da década de 70.

Academia é para se pensar.

Edis Milaré - autor do artigo encaminhado pelo professor.

Ideia do autor:

Antropocentrismo: elementos culturais que traça uma ideia de normalidade, colocando o homem com algo
absoluto. O homem é parte da natureza. Somos preponderantes pela racionalidade, mas o ponto central é
que o homem é absoluto. Descartes - paradigma mecanicista. A razão conseguiria descobrir como funciona
a natureza, desvendar as leis de funcionamento.

Do ponto de vista filosófico e científico: filosofia e ciência são construções culturais humanas. Aquilo que
inventamos e usamos na nossa vida chamamos de cultura. Temos que ter muito cuidado quando falamos
dos discursos sociais na ideia de naturalização.

Esse texto procura repensar o papel do homem para retira-lo do patamar absoluto e colocá-lo num
patamar relativo. Repensar seu sistema de vida. O autor usa o termo ecocentrismo para retirar o homem
da sua posição central. O ecocentrismo procura retirar a importância absoluta do homem e situá-lo dentro
de um sistema maior. Se o ser humano perde seu valor absoluto, esse valor que ele perde está sendo
direcionado a outro. Não está em oposição com a natureza, mas é parte dela e ambos são importantes.

Conceito de rede - conferimos dignidades a elementos que antes categorizávamos como coisas. No campo
ético, estamos alterando a valoração das coisas que estão ao nosso redor, nesse sentido, o direito,
enquanto campo, também é repensado.

Do ponto de vista humano, aqui no RS, estamos vivendo um problema com indígena.
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28.8.2014

Temos um mundo antropocêntrico ou ecocêntrico. Nós estamos nos centro, estamos criando as ideias, mas
a novidade do texto é de nos enxergarmos de uma forma diferente. A razão humana tem garantido uma
liberdade muito grande ao ser humano no sentido de criar coisas novas. Existe sim uma forte presença de
que o ser humano é livre, a ação humana é justificada, mas deve ser a partir de novos valores. Avança em
relação ao biocentrismo porque não se preocupa apenas com o mundo vivo, mas com o não vivo também,
necessário para a sobrevivência do que vive. A interelação é que garante nossa sobrevivência.

Outra passagem do texto é a discussão estabelecida entre Miguel Reale (valores centrado no homem
justificando a continuação da atuação como sempre foi feita) e de um lado a defesa de um entendimento
sobre a vida de uma outra perspectiva.

A visão de mundo sobre as questões ambientais certamente incide sobre o direito.

Patrimônio e bens ambientais

Qual a importância real do ambiente ao nosso redor e como ele está estabelecido.

I) Patrimônio ambiental

- visões

A ideia de patrimônio foi estabelecida pelos romanos e que perdura até nossos dias. Essa visão privada era
muito focada em grupos familiares com as finalidade de sobrevivência e de prestígio. Uma questão material
e a outra simbólica. Essa visão privada romana sofre atenuação a partir da concepção pública do Estado e a
ideia de que existe um patrimonio público coletivo com características diversas do patrimônio público. Essa
divisão (público e privado) já tem uns 300 ou 400 anos. Ocorre que essa visão sofre influência nova trazida
pelo direito ambiental, existe um novo sentido social para o patrimônio, é um sentido ecológico, um
gravame, um onus a mais sobre o patrimonio publico e privado. Essa visão adquire um enfoque global
diante da dimensão que envolve as questões ambientais. Hoje temos uma visão de limites tanto para o
acesso e uso, trata-se de uma restrição de domínio fundado na racionalização do uso, uma visão protetiva
ambiental. Trouxe um novo gravame ao patrimônio.

- Brasil

Art. 225, da CF.

Esse artigo nos trás diversos elementos a serem observados. Meio ambiente ecologicamente equilibrado -
existe um sentido jurídico para isso. Bem de uso comum do povo. Essencial a sadia qualidade de vida.
Impõe ao Poder publico e particulares o dever de defender e preservá-las. Dentro de uma ideia de
preservação e sustentabilidade para a geração atual e as futuras.

Lei 6938/81 (Politica Nacional do Meio Ambiente)- é uma lei antiga com influência das discussões da
Conferência de Estocolmo sobre as questões ambientais (1972)

Esses dois diplomas iniciam a proteção do meio ambiente em nosso país. O meio ambiente enquanto
patrimônio ambiental é de responsabilidade de todos os segmentos da sociedade, conforme a lei
(especialmente o segmento produtivo).
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Quando falamos de patrimônio, estamos nos referindo a uma totalidade cujo domínio pertence a
sociedade como um todos (interesses difusos- categoria difusa). Sendo uma categoria difusa, esse meio
ambiente não é quantificavel, impossivel de valoração e intagivel.

II) Bens ambientais - é uma parte destacada do patrimônio ambiental, pode ser valorado, quantificavel e
são tangíveis. Caracterisiticas observadas no patrimônio total estão presentes, ainda, nos bens ambientais.
Mesmo que utilizados privadamente, esses bens recebem gravames. Esses bens, quando valorados, não
são eminentemente econômicos, temos valores culturais,...

Hoje entende-se que o patrimônio privado existe uma hipoteca ambiental, ou seja, a propriedade também
deve cumprir uma função ambiental, não apenas função social. Busca-se, nesse sentido, a integridade e
saúde do meio ambiente para que os sistema possa continuar existindo, como todos seus componentes.
Ganha relevância a punição pela degradação ambiental.

O direito internacional ambiental hoje trás uma dimensão global da questão. Do ponto de vista global,
conferências tem mostrado uma visão mais abrangente, total sobre os problemas do meio ambiente. Dessa
forma é que se busca uma forma diferenciada de tratar questões comuns aos Estados, mas soluções novas,
enxergando o mundo em forma de redes, envolvendo mares, desertos, florestas, ecossistemas e sistemas
vivos. Ao enxergar o problema dessa maneira não se enxerga mais as fronteiras por nos criadas. Abrange
tanto questões do mundo vivo, quanto do não vivo.

Hoje, o patrimônio ambiental (em sua totalidade) tem algumas características: instituição transtemporal
(gerações futuras), translocal (transcende as dimensões jurídicas de local, nacional, regional,...) instituição
supraindividual (sempre existe uma superposição de interesses distintos, diz respeito a toda humanidade).

Bens Ambientais são parcelas destacada do patrimônio ambiental como totalidade, São formados por
muitas espécies de bens determinados pela legislação. Esses bens, assim, são dotados de valores
diferentes. Os bens ambientais são parcelas concretas do meio ambiente. Esses bens são objetosdo direito
ambiental e da gestão ambiental. São voltados para o bem estar e na busca de benefícios (ação concreta do
ser humano).

Da mesma forma que se busca o equilibrio na administração desses bens, é objetivo a preservação
(elementos bioticos - fauna, flora) e abioticos (agua, ar e solo). O equilíbrio é o bem maior que deve ser
buscado, portanto, a regulação da ação humana está voltada para preservar e manter as características
desses bens ambientais (proteção contra ação nociva, degradação).

A ideia de que usamos os bens patrimoniais e usamos seus benefícios, temos que agir de forma
sustentável para que sempre esses bens tenham determinada qualidade para a nossa existência.

Meio ecologicamente equilibrado - ambiente qualificado juridicamente. A satisfação é a questão que será
regulada, o que é satisfatório.

Art. 98 e 99 do CC - esses artigos traçam o que são bens públicos, tudo mais é considerado bem particular.
Do ponto de vista do direito ambiental, qualquer bem se publico ou privado, é passível de controle,
regulação e medidas concretas viando sua proteção.

Art. 170, VI, da CF - regula os princípios gerais da ordem econômica (na atuação privada os agentes
econômicos devem observar o meio ambiente). A importância de se observar as questões ambientais nos
processos produtivos, na produção de bens econômicos.
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Obrigação de defesa do meio ambiente, a função social da propriedade - ambos orientam o uso da
propriedade privada em nosso país.

III) Tripartição do Patrimônio Ambiental

O patrimônio ambienta nacional é dividido em três áreas: patrimônio ambiental natural (ar, aga, solo, flora
e fauna) cultural, artificial.

Essa primeira divisão trata da natureza em si, o que encontramos na natureza. Em relação ao ar temos a
questão da poluição, efeito estufa, camada de ozônio. Na água, falamos em rios, lagos, áreas subterrâneas
e poluição especifica que incide sobre esses recursos naturais. Quando falamos em solo (uso do solo,
atividades agrícolas, degradação, resíduos e contaminação). Flora (floresta, mata atlântica, área verde
urbana) Fauna se refere a caça, pesca, zoológicos, pesquisas científicas.

Patrimônio ambiental cultural - Enquanto sociedade, atribuímos valor a determinados bens. Assim como
tombamos imóveis, escolhemos conjuntos naturais para serem preservados. O art. 216, V, da CF. Quais são
os bens e os instrumentos de defesa desses bens.

Patrimônio ambiental artificial é o espaço urbano como conhecemos (prédios, espaços públicos, espaços
verdes, engloba as regiões metropolitanas) considera questões de poluição sonora, de radiação de campos
magnéticos, a poluição visual.

IV) Direito Ambiental

Tudo dentro de um pais pode ser objeto do DA.

Direito Ambiental é uma ramo muito recente do direito, procura regular como a sociedade utiliza seus
recursos ambientais. Fixa as ações que são apropriadas ou não dentro do conhecimento técnico cientifico
em que se encontra a sociedade, sempre com a ideia de preservas os recursos.

Conceito de meio-ambiente - encontramos na lei 6938/81 - art. 3, I - voltando mais para uma visão do
patrimônio natural. Os Estados membros tem seu proprio conceito de meio ambiente.

Direito do Ambiental foca sobre os bens ambientais (eleitos pelo legislador para serem regulados).

A emergência do DA trouxe algumas implicações:

1) modificação ontológica da tutela conferida ao meio- ambiente (mudança da visão que gera uma
proteção maior ou menor);

2) trouxe um abrandamento dos conceitos de direito público e privado;

3) trouxe um abrandamento dos conceitos de direito interno e internacional (mais recentemente


verificou-se que

4) sofre influxo de diversas áreas de conhecimento, depende de muitos cientistas para definir o que
é possível, adequado, apto em relação s ações humanas sobre o meio ambiente. Nesse sentido, a ordem
jurídica houve muito esses especialistas.

5) A visão de conciliação de desenvolvimento econômico e meio ambiente (não trabalha com a


ideia de polarização, mas de conciliação).

6) necessidade de integração das populações dos benefícios gerados ao desenvolvimento.


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O tratamento do direito ambiental está esparso em diferente legislações no Brasil, em diferentes áreas do
direito e diferentes instrumentos normativos.

Certas áreas do DA se desenvolveram bastante, desenvolvendo uma base principiológica muito específica.
Por exemplo, diversidade biológica, produtos tóxicos, sobre os mares, espécie em extinção. O papel do DA
é ser um sistematizador. Procura fazer uma articulação da legislação, com a doutrina e jurisprudência
encontrando uma regulação razoável frente às questões ambientais.

04.09.2014

Princípios de direito ambiental nacional e internacional

São princípios que estão presentes na maioria dos autores.

Qual função dos princípios? Norte interpretativo, valores.

Antes de 88, era programático dependendo de legislação, juiz não poderia invoca-los. Após 88, eles
recebem força normativa da constituição.

A violação dos princípios

Normas jurídicas: regras + princípios.

Quando violamos uma regra, seria menos danoso que a violação de um princípio, pois essa estaria violando
todo o sistema, põe em xeque o sistema. A violação de um dispositivo seria menos danosa.

A regra pressupõe um suporte fático.

A ideia de que tratados internacionais tem hierarquia constitucional é muito atual no mundo.

Princípios são valores e no mundo jurídico também tem uma função, é impossível ao legislador imaginar
todas as situações que possam dar conta da nossa vida a partir da atividade legislativa. Quando estamos
diante de situações novas recorremos aos princípios. Então, quando violamos um princípios e estariamos
violando algo maior. Quando violamos princípios juntamente com outras normas, trazemos inseguridade e
colocamos em xeque o proprio sistema.

Princípios dão um caminho, um norte para soluções de situações novas, inusitadas, fornecem elementos de
resposta, especificamente dentro do sistema legal dentro de cada país.

a) Internacional - o direito internacional é que deu origem ao direito nacional. Subsidios para criação do
direito interno, principalmente a partir da década de 90 a sociedade civil internacional organizada surge
como novo ator. Os princípios surgiram das grandes discussões internacionais.

- princípio da soberania permanente sobre os recursos naturais : decorre do p. da soberania mas se


caracteriza com a descolonização dos paises na década de 60, 70. Verificou-se que a criação de novos
estados, mas do ponto de vista prático se verificou que as empresas multinacionais era que de fato
detinham domínio dos recursos internacionais e com isso começou-se a desenvolver a ideia de que esses
países deveriam ter a soberania permanente sobre esses recursos. A autonomia formal desses países não
pressupunha o efetivo domínio desses recursos. Então, o principio nasce do forte viés econômico. Surge a
questão: esses recursos, são os internos, exclusivos do Estado ou se refere também a recursos externos. O
território (solo, mar, ar) zona exclusiva brasileira - 12 milhas que adentram ao mar e é considerado
território interno. Zona econômica exclusiva rigorosamente não é território interno do Estado, mas o
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Estado exerce um domínio sobre esse espaço (mar territorial - 200 milhas). Hoje se entende que o domínio
inclui essa área.

A convenção do Direito do Mar definiu como se regula a administração do mar, como a zona econômica
exclusiva não é território do Estado, mas está sob o domínio dele dentro de certas regras.

O entendimento é que a soberania se estende a recursos que não estão no território do Estado, esse
principio tem sido fundamental nas negociações internacionais que envolvem o meio ambiente. Países
desenvolvidos evocam esse principio para que esses recursos seja respeitados sua vontade na gestão
desses recursos.

Dentro desse princípio é que os Estados declaram sua possibilidade de exploração dos recursos segundo
sua soberania.

- princípio do direito ao desenvolvimento - Estados tem o direito a utilização dos recursos segundo suas
políticas nacionais. A ideia desse princípio surgiu depois da II GM. Soma-se ao principio anterior no sentido
de trazer mais autonomia aos países em desenvolvimento. Trás dois elementos: estende esse principio na
area econômica, política e de direitos humanos. O sentido de desenvolvimento ganha uma força
diferenciada nas negociações. O segundo elemento é que as pessoas envolvidas na sociedade é que as
pessoas possam traçar os rumos do que entendem por desenvolvimento (componente de direitos
humanos, social, ...). Cada vez mais os direitos humanos são evocados como orientador do desenvolmento.

Paises em desenvolvimento podem contar com apoio dos desenvolvidos nesses sentido mais amplo, tendo
como base a cooperação dos povos.

- princípio do patrimônio comum da humanidade: ideia de que certos recursos pertencem a todos, são
comuns. Nas discussões globais ganhou três vertentes: são comuns porque não se encontram sob
jurisdição de qualquer Estado (o mais clássico seria o alto mar); outra discussão mais recente é a
exploração do espaço. Nessa primeira vertente, apesar de dizer que são comuns porque não se encontram
sob a jurisdição, as negociações internacionais tem criado exceções: esta-se entendendo que quem
conseguir tecnologia para exploração, pode explorá-lo, tem a garantia que nenhum Estado interferir na sua
exploração. Quem chegar primeiro explora os recursos a seu favor, garante-se internacionalmente que
ninguem interferira quando algum estado estiver usando a seu favor.

A segunda vertente, não fala mais nos recursos em si, mas nas conseqüências, na produção de resultados
que são problematicas, questões ambientais são preocupações comuns da humanidade e todos de alguma
forma devem participar da solução desses problemas.

A terceira vertente, diz que existe um patrimônio comum da humanidade, mas isso significa que quem
explorar deve voltar os resultados para toda a humanidade. Existe a chamada gestão internacional dos
recursos, nenhum Estado pode reivindicar propriedade desses recursos específicos, caso haja exploração, a
humanidade deve ser beneficiada.

Inicialmente o direito do mar seria tratado na terceira vertente, mas com a contrariedade dos EUA venceu
a primeira. A Antartida é um exemplo da terceira vertente. O espaço sideral, em principio, vigora a toda a
humanidade e se for explorado deve beneficiar a toda a humanidade.

Quando se invoca o princípio na terceira vertente, conjugação a ideia de fins pacíficos e que devam ser
protegidos para a as gerações futuras.
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- princípio da responsabilidade comum mas diferenciada: esse principio nasce dos problemas ambientais,
da constatação de que os problemas ambientais, as causas sã diferenciadas conforme os países. Cada pais
contribui de forma diferenciada. Os países mais desenvolvidos contribuem mais para os problemas e esses
do ponto de vista econômico devem contribuir mais para a solução dos problemas. Começa-se a definir
como cada país vai participar da solução. Há um compartilhamento das solução dos problemas globais e a
realidade socio-economica de cada Estado deve ser levada em consideração.

Esse princípio tem 4 componentes:

1) reconhecimento de que as atividades econômicas dos países desenvolvidos causam impactos muito
maiores que as dos países menos desenvolvidos, em regra. Hoje a Índia e a China fugiriam dessa regra. O
ônus da solução recai, dessa maneira, sobre os países desenvolvidos.

2) reconhece que os países desenvolvidos possuem recurso econômicos maiores para a solução dos
problemas, devem contribuir mais, devem prover mais recursos financeiros para a solução dos problemas
globais.

3) esse principio permite nos tratados internacionais (por exemplo, na preservação da extinção de
espécies) de acordo com o ecossistema de cada pais haverá maior ou menor responsabilidade. Por
exemplo, Brasil terá maior responsabilidade em florestas tropicais.

[Questão básica do direito internacional: existe direito internacional? O DI foge totalmente do padrão, os
moldes clássicos não favoreceram o aparecimento de instituições supranacionais. O DI existe porque
Estados aderem, mas a efetivação depende de cada Estado. Hoje busca-se a institucionalização. Regras de
direito econômico internacional são forte, as de direitos humanos e ambiental ainda são fracas, mas
caminham para fortalecimento. Ao longo do tempo os Estados passam a aceitar regras mesmo que percam
inicialmente, isso reitera o valor do direito internacional]

4) Regra de modelagem. Como esse princípio já foi consensuado ele não precisa ser rediscutido. É uma
ferramenta de negociação que não precisa ser rediscutida nas negociaões internacionais, ele é aceito pela
comunidade internacional.

- p. da precaução: está presente em vários paises. Nao temos como provar cientificamente de forma
absoluta, mas alguma ação é provavel que afetará o meio ambiente. Autoriza a tomar medidas contra a
pessoa que desenvolve o empreendimento afim de atenuar os danos que possam ser causados (ameaça de
danos serios e irreversívies) . O empreendedor será compelido a tomar medidas econômicas viáveis para
impedir ou atenuar os problemas econômicos que possam ser produzidos pela ação no meio ambiente.

Ao longo do tempo, na esfera nacional e internacional as decisões que envolveram litigios deram uma
conformação prática desse princípio, como ele pode ser viabilizados:

- esse principio dever ser aplicado quando se conjugar incerteza cientifica e ameaça de degradação
ambiental;

- o grau de incerteza cientifica que torna necessária a adoção de precauções, segundo tribuanis nacionais e
internacional. Os tribunais domésticos dizem que havendo possibilidade de dano mediante evidÊncia
objetiva é possível empreender a medida necessária para evitar o dano. A OMC tem solicitado evidências
que reduzam a incerteza científica, querem maiores evidências para a aplicação do principio.

- a gravidade do meio ambiente ou intensidade do impacto que justifique a aplicação: o impacto negativo
deve ser significativo. o que é ou não significativo tem resposta nas legislações internas de cada Estado, os
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estudos de impactos ambientais são instrumentos que podem antecipar as interferências humanas no meio
ambiente, a própria legislação interna já estabelece um parâmetro sobre o que é significativo ou não.
Determinadas são degradantes do meio ambiente. o liminar de ameaça ou dano que deflagra a aplicação
do principio e o grau de incerteza cientifica de cada caso concreto: se o dano que está em analise é de
probabilidade muito grave, então se exige menos certeza cientifica. Quando a ameaça não é tão grave,
exige-se mais estudo para verificação, é uma relação inversa.

Que ações devem ser adotadas quando se decide a aplicação do principio da adequação, sempre medidas
economicamente viáveis para mitigar ou atenuar os danos, isso varia de país a país.

Medidas são para atacar a causa ou as conseqüências do problema? é um outro debate.

A quem cabe o ônus de demonstrar se existe ou não certeza cientifica suficiente ?A resposta doutrinária é
de que o ônus é daqueles que se beneficiarão da implantação. Do ponto de vista prático esse principio vai
ganhando contornos mais específicos, as situações concretas demonstram qual é a resposta a ser dada.

- p. da poluidor pagador

na verdade visa a que se internalize nos custos da produção, no preço final dos bens e serviços os valores
reais da utilização dos recursos naturais presentes no meio ambiente que são utilizados. Isso porque
usualmente os agentes econômicos sempre procuraram externalizar os custos ambientais. Também serve
para que os próprios, a partir desse principio, possa usar medidas preventivas, conduzir os atores
econômicos a arcarem com os impactos negativos gerados pelo processo produtivo, antes mesmo de eles
ocorrerem. Temos três tipos de custos que decorrem: de prevenção (dos impactos negativos sobre o meio
ambiente - tratamento e resíduos, por exemplo), de controle (associados ao monitoramente ambiental,
acompanhamento para verificação se dentro do processo produtivo não há nada correndo mal), de
reparação (são medidas de recuperação e reabilitação ambiental após o acontecimento do problema. Não
se deseja sua ocorrência, mas houve, responsabilização do poluidor-pagador).

- p. do dever de não causar dano ambiental

todos os Estados recebem em seu território uma jurisdição. Todas as atividades que ocorrem dentro de sua
jurisdição são de sua responsabilidade. As atividades desenvolvidas em um Estado não deveriam causar
danos além de sua jurisdição. O Estado deve agir de tal forma a evitar danos transfronteiriços. A questão é:
em relação a empresas estrangeiras que estão dentro de um Estado, se indaga se por esse princípio, o
Estado de origem dessa empresa poderia coagi-lo a usar normas do Estado de origem.

Em primeiro lugar, qq Estado pode regular as atividades de seus nacionais e dos agentes econômicos que
fazem parte de sua jurisdição, podem disciplinar atividades desenvolvidas por seus nacionais em Estado
Estrangeiro. A Austrália proibiu a caça de baleia de seus nacionais em qualquer parte do mundo. Pode
determinar como uma corporação desenvolverá suas atividades em Estado Estrangeiro.

Quais seriam as medidas consideradas cabíveis para não causar dano ambiental? Como um Estado
demonstra cumprir seu dever frente as obrigações internacionais. Nesse sentido, entra o conceito da
devida diligência. Quando implementa regras e lei específicas de acordo com os compromissos
internacionalmente firmados com a comunidade internacional. Demonstra que está agindo de norma
ambientalmente adequada.

O Estado se responsabiliza fundalmentamente, internacionalmente, quando um de seus Poderes não age


de acordo com o tratado assinado. Falta do Estado por não elaborar lei. Judiciário que julga de maneira
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contrária a essa norma. Executivo pode não criar condições administrativas para o cumprimento do que
legislativamente está previsto. Tudo isso pode levar a responsabilização do Estado, em débito perante a
comunidade internacional.

- p. da responsabilidade estatal

endereçado aos Estados que devem cumprir seus compromissos internacionais em qualquer de seus
poderes. Se por omissão do Estado produz-se dano que repercute em território de outro estado, mesmo
que decorrente de atividade privada, ele é responsabilizado.

b) nacional: são princípios que se encontram na legislação interna do Estado.

- princípio da equidade intergeracional

ideia de que as gerações presentes tem o dever de se preocupar com as gerações futuras, não apenas de
um sentido imediato. As gerações presentes não pode deixar um estoque de recursos ambientais com
estoque igual ao que recebeu, considerando que existem recursos que não são renováveis.

- p. da precaução

o trabalhado na esfera internacional se presta a esfera nacional também. Acionado para impelir agente
econômico mesmo que não tenha certeza científica que a intervenção gere um dano grave. O PJ pode
constranger o particular a

- p. da prevenção

já há certeza cientifica de que o dano vá ocorrer, sendo necessária a tomada de medidas. Se presta a
adoção de medidas preventivas. Gerenciamento ambiental, redução de poluição, estudos para análises de
ciclos de vida, mapeamentos ecológicos, planejamento ambiental integrado com o econômico. Não tem
sentido meramente conservacionista, mas uma exploração sustentável dos recursos em um sentido
abrangente.

tem diferença

- p. da responsabilidade ecológica

quem produz dano ao meio ambiente deve poder responder, pelo uso e pelas externalidades negativas. A
deterioração deve ser arcada por quem utiliza. Não significa que quem tem dinheiro pode poluir.

- p. da informação

importante quando tratamos de gestão de recursos ambientais: quantidade e qualidades dos recursos que
estão a disposição. Que políticas e medidas estão voltadas a esses recursos. Importante que não somente
agente público tenha acesso a esses dados. Para a sociedade contribuir efetivamente. Quanto mais
informações concretas melhor a tomada de decisão da sociedade como um todo, veracidade, amplitude,
acessibilidade e tempestividade são necessárias. Claro que não estamos falando de matéria de segurança
nacional. Informações disponível é um dever.

- p. da participação
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sociedade deve participar de forma macro (referendo, consultas, plebiscito) quanto em situações de menor
extensão, circunstâncias de caráter local (audiências públicas). Por exmplo, como um condominio será
gerenciado ambientalmente.

A sociedade civil organizada é muito importante nesse sentido.

_______________________

Fichamento manuscrito - ideias principais e secundárias. Em cada título e subtítulo. Valerá cinco pontos.
Não tem número de páginas. Enviará instruções.

_____________________

11.9.2014

Constituição e Meio Ambiente

a) Constituições brasileira e estrangeiras

(estudo sociológico que foi feito sobre a constituição americana - fruto histórico, existência de relação
concreta em relação aos valores sociais e jurídicos).

A constituição trás a história própria de cada comunidade em relação a sua respectiva constituição. Novo
processo de constitucionalização na America latina - na America espanhola a maioria da população era
indígena.

Equador - predominância da população é descendente dos indígenas originários. No preâmbulo os


equatorianos chamam a natureza de patia mama. Os indígenas sempre enxergaram uma espiritualidade
sobre o processo de vida que se encontra ao seu redor. Relação de bem viver (sumac...). Estado
plurinacional. Recursos naturais renováveis ou não - imprescritíveis, irrenunciáveis e patrimônio de estado
Art. 71 - direitos da natureza - a natureza, o patia mama tem respeito integral a sua existência e
regeneração dos ciclos vitais.

A natureza tem direito de restauração, regeneração, independente de indenização que os afetados tenham
direito. Na constituição do equador há situações que realmente são desafios para o jurista ao reiterar que
existem direitos específicos para a natureza.

Bolivia (2009) - Estado plurinacional, comunitario, intercultural. O conteúdo estatal das constituições é o
que difere, de um Estado para o outro. Mas certamente o Estado é uma invenção europeia. Mencionam a
conservação do meio ambiente. a relação do meio ambiente e industria com a questão ambiental. Carrega
consigo a ideia intergeracional. QQ pessoa pode defender o meio ambiente, independente das obrigações
das repartições públicas. Verifica-se que na constituição boliviana "meio ambiente, terra e território" - é
um capitulo extenso, refletindo um organização constitucional diferente da que conhecemos (inclusive fala
sobre a coca.

O professor enquadraria essas constituições como ecocêntricas, deslocando a importância do ser


humano e o meio ambiente ganhando um espaço novo.

Brasil - a sociedade brasileira inseriu valores na CF e precisou ver até que ponto sua eficácia é possível. A CF
é uma luta política, e consagra juridicamente determinados valores. Na implementação da CF, várias
emendas foram realizadas.
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Considerando a que a natureza tem direito ao respeito integral de sua existência, como implementaríamos
essa ideia (todo texto constitucional tem alguma eficácia)? Políticas públicas. Mas é um sujeito de direito?
O texto que vamos fichar se presta para responder. Aqui temos a ideia de uma natureza como sujeito de
direito, temos que entender a natureza de outra forma, pelo menos dentro da ideia de racionalização do
mundo. Esse dispositivo equatoriano projeta a natureza com uma força que ele jamais teve. Se é sujeito de
direito, seria incapaz, então teríamos que tutelar. Como juristas, devemos raciocinar. Encontrar uma
efetivação a partir das reflexões que podem ser estabelecidos dentro dos conceitos que já conhecemos. O
econcentrismo ajudaria a entender melhor.

A questão ambiental é questão de todos e está inserida na ordem econômica. Analogamente, o CDC
transformou a ordem, o meio ambiente também o fez, acaba influenciando as questões econômicas. é um
mandamento a mais que deve ser observado nas práticas econômicas.

b) Competência em matéria ambiental

Na América do Sul, a inserção de matéria ambiental em constituições é mais antiga que a brasileira. Como
se distribuir competências do ponto de vista filosófico duas foram as orientações: principio da
predominância do interesse (a ideia é que as matérias de caráter nacional cabem a união, aos estados,
regional e aos município, o local). Para definir as matérias usamos o principio da subsidiariedade (como
construímos competências, qual é o espaço próprio de liberdade que será dado a cada ente), é um princípio
antigo que busca pensar como garantir que cada uma tenha liberdade. A partir do momento que temos
necessidades que não podemos alcançar individualmente, temos que ampliar a esfera. Serve para
competência individuais ou para entes. Se a cidade tem competência para administrar suas necessidades,
ninguém interfere. Mas se transcender, passa para o Estado. Na competência do Estado, se não conseguir
este suprir suas necessidades, então a União cuida dos assuntos que os Estados individualmente não dão
conta.

Se considerarmos que 80% da população está nas cidades porque elas não tem mais importância? Existe
uma lógica para construir um pais institucionalmente.

- competência concorrente

- competência comum

c) Sistema e Política Nacional do Meio Ambiente

25.9.2014
Constituição e Meio Ambiente

As novas constituições da América Latina tem trabalhado a matéria ambiental de forma diversa,
constituindo-se de uma nova abordagem constitucional.

- competência e matéria ambiental

Existem dois princípios que procuram nortear a distribuição racional em matéria ambiental Esses
princípios servem para outros campos jurídicos também.

Principio da predominância do interesse. é complementado pelo princípio da subsidiariedade,


partindo da base, de que maneira preserva-se a competência própria para dirimir suas questões, quando
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um instância inferior não tem forças suficientes para resolver suas necessidades decorrentes das questões
ambientais ele recorre aos entes superiores.

A subsidiariedade traça as competências específicas. A questão de distribuição da matéria


ambienta é importante para definir quem tem competência para conceder licenciamentos ambientais que
podem gerar impostos, empregos,...

Outro detalhe é que esses princípios norteadores que criam uma racionalidade na distribuição de
competência são importantes quando surge discussões de conflito de interesse de competência. Interesse
específicos que são discutidos na mídia ou no judiciário, se considerarem esses princípios permitem
visualizar com maior propriedade as questões locais, de um prisma mais amplo e geral e não de focado em
interesses específicos. Se discutirmos questões envolvendo o meio ambiente dissociado de um critério
maior que possa nortear todos atores envolvidos reduzimos a forças políticas que darão uma solução
paliativa.

A CF de 88 foi a primeira que inseriu a questão ambiental com status constitucional. Essa temática
insere em alguns dispositivos o problema da competência.

# Competência concorrente: Art. 24, VI, VII E VIII, da CF/88.

Art. 24,
§ 1o No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar ‑se‑á a estabelecer normas
gerais. (A norma geral pode regular um regramento mínimo para todo pais ou um tema específico. O que é tema de matéria geral
- a União pode exorbitar e o Estado pode discutir a 6938/81 hoje é a lei geral.)
§ 2o A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos
Estados. (Do ponto de vista da competência concorrente, os Estados têm competência para legislar questões específicas, então,
se a União fixa regras gerais para todo país, cada Estado pode legislar questões específicas . Aquilo que falta na legislação vai
especificando, mas não pode contrariar as normas gerais )
§ 3o Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para
atender
a suas peculiaridades.
§ 4o A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for
contrário. (com surgimento da norma geral, Estados devem ajustar a legislação que havia sido deliberada de norma plena).

A norma geral é aplicável a todo território nacional, mas podem ser criadas normas gerais sobe
temas específicos como por exemplo art. 225, § 4 da CF.

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo‑se ao Poder Público e à coletividade o dever de defende‑lo e
preserva‑lo para as presentes e futuras gerações.
§ 4o A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato‑Grossense e a
Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far‑se‑a, na forma da lei, dentro de condições que
assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

A norma geral também não pode contrariar tratados internacionais aos quais o Brasil esteja se
submetendo. Se o tratado internacional está em vigor tanto interna, quanto externamente e é aprovada
uma nova lei que contraria dispositivos do tratado internacionalizado, temos como conseqüência jurídica
interna a revogação da lei anterior porque tem o mesmo status de lei ordinária (direitos humanos tem
status constitucional). Do ponto de vista interno, a legislação ordinária, em conflitos de leis, a nova
legislação revoga as partes incompatíveis. Do ponto de vista internacional, a responsabilidade internacional
surge por contrariar a norma internacional porque o Estado pratica algo que contraria em desacordo a
Direito Ambiental Nacional e Internacional - Prof. Kaku 2014/2
norma internacional. Decisões judiciais, atos executivos, ou o surgimento de uma nova legislação que
contrarie a norma internacional faz surgir um fato passível de responsabilização internacional.

[Denúncia - em direito internacional significa sai do tratado]

# Competência comum: Art. 23 III, IV, VI, VII e XII. Estamos falando dos órgãos e como vão implementar
administrativamente a legislação ambiental.Há toda uma estrutura administrativa que terá de trabalhar de
uma maneira complementar e harmônica no sentido de produzir os objetivos de toda a legislação
ambiental, com os objetivos que ela visa. Depende da organização administrativa. Apesar de haver
autonomia administrativa, deve atuas de forma eficiente. 5568 municípios no país, significam que temos o
mesmo numero de estruturas administrativas, 26 Estados e mais o DF. A ideia é que esses órgãos façam
cumprir toda legislação pátria.

A implementação administrativa, na forma que está na constituição, permite que falemos em hierarquia de
atuação desses entes? Hierarquia refere-se a cadeia de comando.

No direito administrativo, quando falamos em competência não falamos em hierarquia de atuação porque
não falamos em hierarquia de comando. Falamos, então de um espaço próprio de autonomia de atuação,
entre os entes existe uma relação regulada pelo Direito. Se o Direito não prevê interferência de um ente
com o outro, então temos a autonomia. Do ponto de vista técnica competência significa um feixe de
atuação, de poder que pertence a quem tenha a competência. Mesmo que o feixe de competência seja
menor no município, o Estado ou União não pode ingressar nele.

Competência comum: pode acontecer que um ente deixe de atuar, como resolvemos esse problema? No
âmbito da competência comum, se ele não atua, o outro pode atuar. Se nenhum ente atuar, o MP deve
atuar. Ação popular também pode.

A LC 140/2011 - trás uma racionalidade na competência administrativa de cada ente, procurou diminuir
conflitos em matéria de competência.

No caso da aplicação da norma geral, o controle é feito pela própria União, cabendo medidas judiciais
buscando anular normas contrárias às normas gerais. Se no exercício administrativo haja conflitos, a União
controla a partir de convênios administrativos. Se o convênio prevê repasses, por exemplo, a União pode
controlar.

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos,
as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor
histórico, artístico ou cultural;
VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII – preservar as florestas, a fauna e a flora;
XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos
hídricos e minerais em seus territórios;

Lei complementar não pode ignirar a ideia de desenvolvimento suatentável e nem a competência de cada
ente.

Art. 23 ,
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Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem ‑estar em âmbito
nacional.

Deve haver cooperação entre os órgãos, especialmente Bancos e formas de financiamento.

A lei 6938/81 cria um sistema:

- Sistema e Política Nacional do Meio Ambiente

Objetivos da Política Nacional.

Princípios

Conama- conselho consultivo e deliberativo.

Questão do zoneamento ambiental - definindo que tipos de atividades e indústrias.

Avaliação de impactos ambiental .

Incentivo a tecnologias que melhorem a questão ambiental.

Sistema nacional de informação, cadastros.

Prévio licenciamento ambiental para as atividades econômicas - art. 10.

Iniciativas que tragam a racionalização do uso dos recursos ambientais.

Art. 17 - regulamentação do IBAMA.

02.10.2014

Direito Ambiental Internacional: a partir das dicussões internacionia

- Aspectos gerais, histórico, tema

Antes do século XX, temos o que chamamos de visão antropocêntrica, uma visão exploratória. Ideia da
plena exploração econômica.

A partir da segunda metade do século XX, inicia-se o movimento ecocêntrico.

Primeiro voltou-se para proibição de atividades insalubres a atividades humana, após que se desenvolveu a
preocupação com fauna e flora.

Surge o entendimento da relação entre o mundo vivo e não vivo.

Antes da segunda metade do seculo XX, as normas tinham um viés muito econômico, com viés comercial.
Preservação de estoques de florestas, de animais, para fins imediatos, sem uma preocupação do
ecosistema como um todo. 1983- convenção para proteção das focas do mar ibério - preocupação com a
restrição à época de caça, para simples preservação do estoque. Impediam a caça para manter o estoque.

As primeiras convenções européias que regulamentaram o uso dos recurso hidricos- regulamentava a
pesca e navegação apenas para fins comerciais.
Direito Ambiental Nacional e Internacional - Prof. Kaku 2014/2
Convenção de 1911 - preservavam aveias úteis para agricultura, mas não protegiam outras que poderiam
se inclusive extintas.

Essas eram as elgislações existentes na primeira metade do século XX.

A primeira legislação a proteger internamente, nos EUA, houve a instituição de grandes parques, proteção
de APA já numa concepção moderna, proteção das interações que aconteciam nesses espaços.

No período entre guerras, fortalece-se a ideia de que os Estados devem cooperação entre si. Algumas
poucos organizações que surgiram no final do século XIX e início do XX: Sociedade das Nações ou Liga das
Nações, OI, Organização pan-americana da saúde. Ajudaram os Estados a enxergarem melhor os
problemas ambientais.

Convenção da beleza, fauna e flora no âmbito da América - especial proteção às aves migratórias.

1931/1946- regulamentação que regulamenta a cação das baleias.

Também nessa época iniciam grandes congressos científicos reunindo especialistas e conhecimentos sobre
questões ambientais, importantes para ampliação e consolidação das questões internacionais. 1933-
primeiro congresso internacional de proteção da natureza. Surgem as ongs internacionais.

OIT - Normas de proteção ao trabalhador em matéria de higiene e proteção de trabalho .

Sentença arbitral (1941) - EUA versus Canada - Fundição Trial. Fundição que ficava na divisa com o Canadá e
lançava poluentes de cobre e zinco. Nenhum estado tem direito de usar e permitir o uso de seu territorio
de forma a permitir danos a outros Estados.

Declaração do Rio de Janeiro - incluiu no art. 2, um síntese, ideia desse julgado que se tornou um princípio
de direito ambiental internacional.

1972 - foi o marco. A ocorrência da conferencia das nações unidas sobre o problema do meio ambiente -
compatibilização do desenvolvimento com o meio ambiente.

Encontro da Assembleia Geral da ONU - foro privilegiado de discussões de matéria ambiental. Começaram
a ser feitas convocações diplomáticas para criação de tratados multilaterais. Grupos de trabalho para
melhor entendimento das questões ambientais.

Programa das Nações Unidas para o meio ambiente.

Na década de 60, há o surgimento do direito ambiental internacional propriamente dito. As novas nações,
nações independentes, trouxeram uma novo olhar, mudando as concepções que vinham sendo adotadas
até então. A reação dos países hegemônicos foi a criação de fóruns específicos que se contrapunham.

Necessidade de atuação internacional para combater a poluição - estabeleceu-se uma consciência de que
um pais isoladamente não poderia tratar a questão ambiental isoladamente.

Outra questão, no final da década de 60, é que a sociedade civil conheça a tomar gosto pelas questões
internacionais. Antes disso, as questões internacionais eram questões de Estado. Então, principalmente
após a segunda guerra mundial, as decisões acabam sendo influenciadas pela opinião pública. Surge a
pressão da sociedade civil.
Direito Ambiental Nacional e Internacional - Prof. Kaku 2014/2
Quando se diz que a opinião pública influi no rumo das decisões que são tomadas no plano internacional.
Também foi na década de 60 que as ongs se desenvolveram.

No inicio da década de 70, alguns temas se consolidaram na comunidade internacional: poluição


transfronteiriça, poluição de mares e oceanos, regulamentação de grandes espaços (foco nas pesquisas
nucleares). Também surge a preocupação com flora e fauna- a intensa atividade humana sobre esses
recursos, zonas únicas de importância internacional (habitat de aves migratórias).

Políticas sustentáveis.

1972 - Estocolomo - conferencia das nações unidas sobre meio ambiente humano. A declaração de
Estocolmo do ponto de vista do direito do meio ambiente é equiparado à Declaração dos direitos do
homem.

A declaração de Estocolmo define vários princípios, 26 ao todo (ver o 3, 8, ) - começa a haver interação
entre necessidade de preservação dos recursos seja renováveis ou não, necessidade de pensar
desenvolvimento e meio ambiente. Foi estabelecido um plano de ação para o meio ambiente: eixo 1 -
avaliação do meio ambiente mundial (dados para pensar), eixo 2 - gestão do meio ambiente (o que é
possível ser feito em termos de ações conjuntas), eixo 3 - medidas de apoio (formação de especialistas,
educação - massa crítica). Foi criada uma resolução específica de aspectos financeiros para administração
dessas ações. Foi criado o PNUMA - vinculado à Assembleia Geral da ONU.

Os princípios de Estocolmo foram adotados como mínimos para a confecção das legislações internas.

Conseqüências: aumento de tratados multilaterais. Em 1974 - Secretaria Especial do Meio Ambiente, no


Brasil. Na Europa comunitária, foi introduzido um capítulo específico, em 1987 (nos atos constitutivos da
comunidade).

A conferência de 1972 se reproduz de 10 em 10 anos. Em 1992 - ECO/92: vinte anos após já havia muitos
estudos e era revelado com maior clareza as possíveis conseqüências da ação humana - desastres
ambientais:

1976 - Itália - liberação de dioxina.

satélite soviético de telecomunicações -cosmos924- caiu no canadá e espalho material radioativo no solo
canadense.

1984- Bombal, na INDIA, liberou gás tóxico, ocasionando problemas em muitas pessoas.

Acidente nuclear de Chernobil, em 1986, liberou para atmosfera uma nuvem de radioatividade.

Na Suiça, a empresa quimica Sandos, liberou produtos quimicos no Rio Reno, em um incêndio.

Esses desastres de repercussão internacional estavam vivos na memória da ECO/92. O problema do meio
ambiente é enxergado com a concliação de desenvolvimento e com os fatores de disparidade econômica
entre as diferentes nacões.

178 governos participaram. Mas de 100 chefes de Estado estiveram presentes. Foi um dos Foro Global -
sociedade civil organizada, ongs discutindo e procurando influir representates oficiais dos Estados e
Governos.
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Convenção Quadro das Nações Unidades sobre mudanças climáticas, convenção sobre diversidade
biológica (necessidade de preservação), foram elaborados tmbm 3 documentos principiológicos: declaração
do rio de janeiro sobre o meio ambiente e desenvolvimento, agenda 21 e declaração sobre a floresta. E a
comissão para o desenvolvimento sustentável vinculado ao Conselho Econômico e Social (que hoje
consome 70% do orçamento da ONU). Essa comissão gerencia o Fundo Global para o Meio Ambiente.

A declaração do RJ sobre meio ambiente e desenvolvimento - incorporou em si toda a evolução e


ampliação dos conhecimentos em relação à Convenção de Estocolmo. Procurou deixar clar oque o
progresso não ´meramente econômico, que tem outros sentidos. Reconhece que as nações são dispares.
RECONHECE a necessidade do desenvolvimento sustentável. Reconhece a existÊncia de comunidades
indigênas. A participação como sendo fundamental em matéria ambiental.

Declaração de principios sobre as florestas: recentemente o Brasil não aderiu à um documento. Não
consagrou desde o principio valores consensuais na comunidade internacional. Por isso, ainda hoje é tido
como soft law.

Agenda21 - conjunto de ações dado ao Estado com questões que podem ser priorizados pelos Estados.
Normatividade reduzida, soft law. De qualquer maneira a comissão que gere o Fundo Global para o Meio
Ambiente acaba ajudando quem adere. Plano de aão que compatibiliza desenvolvimento e meio ambiente
Procura versar em nivel bilateral e multilateral. Temas: combate a pobreza, gerenciamento de recursos
hidricos, ... Existe a agenda 21 em todos níveis governamentais.

Quais são os grandes campos do direito internacional hoje: mega espaços internacionais (Antardida- como
administrar) como cuidar de espaços marítimo e oceanos, espaço sideral. Proteção do meio ambiente
mundial em decorrência do uso da energia nuclear de forma pacífica e desarmamento. Luta contra
poluição industrial e movimentação transfronteiriça de residuos quimicos e materiasi tóxicos. Proteão da
fauna, flora biodiversidade. Combate a desertificação. Proteção dos rios transfronteiriços. Proteção da
atmosfera. Proteção do patrimônio mundial e cultural e ambiental. Responsabilidade civil e de dano de
responsabilidade internacional.

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