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9/1/2014 Brasil Energia Óleo & Gás

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Jejum na engenharia
Já afetados por atrasos no refino, projetistas brasileiros devem enfrentar gap de
projetos no upstream com a decisão da Petrobras de contratar novas UEPs no
exterior
[28.05.2014] 13h20m / Por João Montenegro

   
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Nada de alívio: a crise que já levou empresas de engenharia de projeto no setor
petróleo brasileiro a reduzir seu quadro de funcionários em até 50%, por conta de
atrasos e cancelamentos de empreendimentos no downstream, poderá se acentuar
nos próximos anos, devido à estratégia da Petrobras de afretar novas plataformas no  
exterior, em vez de construí­las no país. Com isso, pouco do EPC deve ficar a cargo
de consórcios brasileiros, uma vez que os principais armadores globais de FPSOs,
como SBM e Modec, desenvolvem os projetos de engenharia de suas unidades com
parceiros no exterior. ver edições anteriores »

Mesmo para os moduleiros e integradores nacionais, o cenário não é dos mais agenda setembro 2014 < >
promissores. Por conta dos custos de matérias­primas, equipamentos e construção no D
Brasil, é possível que os epecistas optem por pagar multas, em vez de cumprirem as S
exigências de conteúdo local – o que sairia mais em conta, na avaliação do mercado.  T
Ainda que a exigência de 90% de nacionalização da engenharia básica e de Q
detalhamento prevista para a 11ª rodada da ANP e o leilão de Libra seja respeitada, Q
haverá um hiato de pelo menos cinco anos até que ocorram novas contratações na S
área. Esse é o período que os projetos levam para entrar na fase de desenvolvimento. S
Isso torna ainda mais preocupante a situação das empresas de engenharia de projeto. 1
Afinal, as últimas grandes contratações na área aconteceram em 2012, com os FPSOs 2
da cessão onerosa e replicantes. E boa parte dos projetos no downstream, como as 3
unidades de fertilizantes nitrogenados (UFNs) e as refinarias Premium, Comperj e 4
Rnest, está atrasada. 5
Há um outro detalhe: como havia pouca ou nenhuma obrigatoriedade de conteúdo 6
local para engenharia nas rodadas passadas da ANP, e tampouco no downstream, 7
muitas contratações foram feitas no exterior. É o caso da engenharia da UFN V e das 8
sondas da Sete Brasil, por exemplo. Para piorar, a derrocada do grupo “X”, de Eike 9
Batista, representou outro baque para o segmento, que contava com os FPSOs 10
previstos para serem encomendados pela ex­OGX, hoje OGPar.  11
Projetistas também sentem os efeitos da quebra de epecistas, seus principais 12
contratantes no setor de óleo e gás no Brasil. Pelo menos cinco deles – Tenace, 13
Contreras, GDK, Delta e Proen – pediram recuperação judicial ou falência desde 2013. 14
E mais de uma dezena deles enfrenta protestos na justiça por inadimplência.  15
“De maneira geral, todo o setor sofre com esse problema”, explica o presidente da 16
Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE), Rodrigo Sigaud. Ele 17
ressalta a dificuldade de reter profissionais qualificados em momentos de baixa no 18
mercado. “Para nossa área, o pior são os picos e vales. É muito difícil manter nossas 19
equipes com vales tão profundos.” 20
Entre as empresas que teriam demitido engenheiros recentemente estão Promon, 21
Radix, Technip, Subsea 7 e Chemtech. Procuradas pela Brasil Energia Petróleo & 22
Gás, Radix, Technip e Subsea 7 negam ter demitido engenheiros recentemente. A 23
Chemtech declarou que “ajustes esporádicos no quadro de funcionários ocorrem 24
normalmente”. Já a Promon não respondeu ao contato.  25
Estratégia 26
Diante desse cenário, algumas empresas começam a se movimentar para ampliar sua 27

http://brasilenergiaog.editorabrasilenergia.com/news/oleo-e-gas/ep/2014/05/jejum-na-engenharia-449614.html 1/3
9/1/2014 Brasil Energia Óleo & Gás
carteira de projetos em outras áreas. Segundo fontes do mercado, dois grandes 28
projetistas chegaram a participar de uma licitação da Marinha do Brasil para a 29
construção de corvetas. Pela falta de experiência, ambos foram desqualificados no 30
processo.
A Radix, que participou da elaboração do FEED dos oito FPSOs replicantes
destinados ao pré­sal da Bacia de Santos, fechou contratos de engenharia com a
multinacional de lubrificantes Lubrizol, com a francesa Degrémont e com a divisão de
óleo e gás da Odebrecht, para suporte ao FPSO Cidade de Itajaí. A empresa também
iniciou novos projetos para termelétricas da Petrobras e para usinas da Eletronuclear,
bem como busca ampliar sua participação nos setores de metais e mineração,
petroquímico e transportes.
O CEO da Radix, Luiz Rubião, assinala que a competição no mercado está acirrada,
pois há pouca demanda de engenharia. “Já passamos por situações em que não havia
trabalho para a engenharia no Brasil e buscamos alternativas. Essa experiência e
visão nos ajudou muito”, comenta o executivo.
A Chemtech também investe na diversificação de sua carteira de projetos e no
aumento de sua participação no exterior. Recentemente, a empresa, que ainda
trabalha na engenharia de detalhamento dos FPSOs replicantes da Petrobras, fechou
contratos nos setores de mineração, siderurgia, petroquímica e energia elétrica.
O grupo não demonstra preocupação com a contratação de novas plataformas no
exterior, pois já tem entre seus clientes empresas afretadoras. “Nosso objetivo é
aumentar o volume de negócios com essas companhias e aproveitar as oportunidades
que surgem a partir desse novo modelo de negócios offshore”, diz o diretor comercial
da Chemtech, Alex Freitas, destacando que a empresa acaba de fechar contratos na
área e instrumentação offshore com armadores internacionais.  
Rumo ao exterior
A desaceleração da indústria de óleo e gás no país também afeta outros segmentos da
cadeia produtiva. Fabricantes de equipamentos e sistemas são afetados pela falta de
pagamento de epecistas. E também têm seus planos frustrados por compras que
estavam previstas para serem feitas no Brasil mas, de modo a não impactar o
cronograma da Petrobras, estão sendo transferidas para o exterior.
A Engevix, por exemplo, transferiu a construção de parte dos FPSOs replicantes P­66
e P­67 para a China, assim como os módulos de acomodação das oito plataformas
sob sua responsabilidade. Além disso, é possível que os cascos dos navios­sonda da
Sete Brasil que seriam construídos no Estaleiro Rio Grande (ERG) sejam contratados
ao chinês Cosco. A empresa confirma as informações. 
No Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, o corpo de vante do terceiro e do
quarto navios suezmax da Transpetro sob responsabilidade do estaleiro foram
encomendados ao Cosco, na China. As acomodações de pelo menos três sondas da
Sete Brasil e dos suezmax contratados ao EAS serão feitas no Japão.
O Jurong Aracruz (EJA), no Espírito Santo, construiu o casco do primeiro navio­sonda
da Sete Brasil em Singapura, o que também deve acontecer no caso da segunda
unidade. Já o Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), está construindo em Singapura os
cascos das semissubmersíveis de perfuração da Sete Brasil.

A Brasil Energia Petróleo & Gás entrou em contato com o EAS, o Jurong e o Brasfels,
mas não obteve um posicionamento das empresas até o fechamento da matéria. 
Já o Enseada Indústria Naval (EIN), na Bahia, deve construir o primeiro e o segundo
cascos dos navios­sonda a ele encomendados pela Sete Brasil no Japão. O estaleiro
informa, contudo, que a construção do casco da primeira das seis sondas no Estaleiro
Sakaide não altera o compromisso da empresa com seus investimentos no Brasil e
esclarece que as atividades realizadas no Japão representam aproximadamente 15%
do escopo do Projeto Sondas. 
Além disso, a conversão de três FPSOs (P­75, P­76 e P­77) da Petrobras que a EIN
faria no estaleiro Inhaúma (RJ) também será realizada no Japão. Nesse caso, porém,
a empresa disse que não se pronunciaria sobre o assunto, por se tratar de um projeto
da Petrobras. 

   
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