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Curso de Operações Especiais 4 Parte
Curso de Operações Especiais 4 Parte
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OPERAÇÕES ESPECIAIS - ICMS
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– da coluna “ICMS – Valores Fiscais – Operações sem Débito do Imposto”, até a coluna
“Observações”:
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OPERAÇÕES ESPECIAIS - ICMS
Dando continuidade à análise dos aspectos que devem ser observados nas operações de
industrialização por encomenda, focalizamos, neste Comentário, o tratamento fiscal do
ICMS relativo ao retorno dos produtos industrializados ao estabelecimento
encomendante, em operação interna ou interestadual.
Retorno dos produtos já industrializados ao estabelecimento encomendante, em
operação interna ou interestadual.
1.TRIBUTAÇÃO DO RETORNO
Em condições normais o retorno dos produtos já industrializados é efetuado:
a) com suspensão do ICMS – em relação aos insumos recebidos do encomendante;
b) com tributação do ICMS – em relação ao valor adicionado/valor acrescido, que é a
soma dos valores cobrados pelo industrializador em relação à mão-de-obra utilizada na
industrialização e dos insumos de propriedade do industrializador aplicados na
industrialização; ou
c) sem tributação do ICMS em relação ao valor acrescido/valor adicionado, nas
operações e/ou atividades com benefício, conforme analisamos no subitem 1.1 a seguir.
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• a operação tem que ser realizada totalmente no Estado do Rio de Janeiro, ou seja, o
encomendante e o industrializador têm que estar aqui;
• o estabelecimento que realizar o tingimento (industrializador) tem que ser cadastrado
como indústria, não pode ser uma lavanderia; e
• o retorno real ou simbólico do tecido tingido ao estabelecimento do encomendante deve
ocorrer no prazo máximo de 180 dias, contado da data em que os insumos saíram do
encomendante para o industrializador. Se terminar o prazo sem que ocorra o retorno,
será exigido o ICMS devido por ocasião da saída, sujeitando-se o recolhimento
espontâneo à atualização monetária e aos demais acréscimos legais.
E mais, no campo de informações complementares da NF de retorno, em que vier a
cobrança do valor adicionado beneficiado com o diferimento, deve constar a seguinte
expressão ou equivalente:
“ICMS diferido, Resolução 1.649 SEF/89”
3ª HIPÓTESE: TRATAMENTO TÉRMICO E QUÍMICO DE METAIS – “DIFERIMENTO DO ICMS
– RESOLUÇÃO 2.286/93”.
No retorno ao estabelecimento de origem, de metal submetido a tratamento térmico e
químico classificado nos códigos do Catálogo de Atividades Econômicas “4.02.09.03.4 –
TÊMPERA, RECOZIMENTO E CEMENTAÇÃO DE METAIS e 4.02.09.99.9 –
TRATAMENTO TÉRMICO E QUÍMICO DE METAIS NÃO CLASSIFICADOS ”, o ICMS
incidente sobre o valor adicionado fica diferido para o momento em que ocorrer a saída
do produto final do estabelecimento do encomendante, por exemplo, a mesma
peça de metal tratado, a peça compondo um outro produto e etc. Significa dizer
que este ICMS que não foi destacado na Nota Fiscal de retorno do metal já tratado, em
virtude do diferimento, será pago englobadamente com as operações posteriores que o
encomendante fará com o metal já tratado.
Atenção!!!
A aplicação deste diferimento está condicionada ao seguinte:
• a operação tem que ser realizada totalmente no Estado do Rio de Janeiro, ou seja, o
encomendante e o industrializador têm que estar aqui; e
• o retorno real ou simbólico do metal tratado ao estabelecimento do encomendante deve
ocorrer no prazo máximo de 180 dias, contado da data em que os insumos saíram do
encomendante para o industrializador. Se terminar o prazo sem que ocorra o retorno,
será exigido o ICMS devido por ocasião da saída, sujeitando-se o recolhimento à
atualização monetária e aos demais acréscimos legais.
E mais, no campo de “informações complementares” da NF de retorno, em que vier a
cobrança do valor adicionado beneficiado com o diferimento, deve constar a seguinte
expressão ou equivalente:
“ICMS diferido, Resolução 2.286 SEF/93”
4ª HIPÓTESE: TRATAMENTO DE AÇO NÃO-PLANO – “DIFERIMENTO DO ICMS –
RESOLUÇÃO 2.734/96”
O pagamento do ICMS incidente na industrialização de aço plano encomendada por
empresa localizada no Estado do Rio de Janeiro fica diferido para o momento em que
ocorrer a saída subseqüente do produto final do estabelecimento do
encomendante, por exemplo, a mesma peça de aço tratado, a peça compondo
um outro produto e etc. Significa dizer que este ICMS que não foi destacado na Nota
Fiscal de retorno do aço não-plano já tratado, em virtude do diferimento, será pago
englobadamente com as operações posteriores que o encomendante fará com este aço já
tratado.
É importante alertar que a operação tem que ser realizada totalmente no Estado do Rio
de Janeiro, ou seja, o encomendante e o industrializador têm que estar aqui.
A Resolução 2.734 SEF/96 que instituiu este tratamento não fixou prazo máximo para
retorno do aço plano já industrializado.
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– BASE DE CÁLCULO –
– ALÍQUOTA –
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6. EXEMPLO PRÁTICO
Considerando o exemplo que divulgamos no Comentário “Remessa de Insumos”, a
Empresa “B” (industrializador) recebeu da Empresa “A” (encomendante), estabelecida no
mesmo Estado, 20m3 de imbuia serrada longitudinalmente, classificada na Posição
4407.24.20 da TIPI, no valor de R$ 91,00 cada m3 para a industrialização por encomenda
de 5 mesas destinadas à comercialização.
No processo industrial, a Empresa “B”:
• utilizou também insumos de sua propriedade, adquiridos de terceiros, no valor de
R$ 150,00; e
• cobrou pela mão-de-obra o valor de R$ 400,00, perfazendo o total de R$ 550,00.
Para a remessa dos produtos já industrializados ao encomendante, a Empresa “B”
procede da seguinte forma, considerando que não foram utilizados no processo 3m3 de
imbuia, no valor de R$ 273,00, que serão devolvidos ao encomendante, Empresa “A”:
Procedimento do Industrializador
a) emissão da Nota Fiscal:
Para acobertar o trânsito das mercadorias até o estabelecimento encomendante, a
Empresa “B” emite a seguinte Nota Fiscal:
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Procedimento do Encomendante
Quando do recebimento das mesas prontas, remetidas pelo industrializador, a Empresa
“A” realizará os seguintes procedimentos:
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VENDA À ORDEM
Neste Comentário, analisamos as regras que a legislação do ICMS estabelece para que
possa ser realizado o que tecnicamente chamamos de “Venda à Ordem”. A operação de
Venda à Ordem é também denominada por muitos como “Operação triangular “ ou
“Entrega por Conta e Ordem”. Devemos entender venda à ordem como aquela operação
em que um estabelecimento vendedor (que deve ser contribuinte do ICMS), cumprindo
ordem do estabelecimento adquirente (que também deve ser contribuinte do ICMS),
realiza a entrega dos produtos a uma terceira pessoa (que pode ou não ser
contribuinte do ICMS). As operações de Venda à Ordem podem ser realizadas tanto
internamente quanto em operações interestaduais, devendo ser observado que nas
operações interestaduais os contribuintes envolvidos devem ter o cuidado de verificar se
estão ou não deixando de recolher, ou recolhendo a menor, o ICMS referente às
circulações realizadas em cada estado envolvido, pois embora a operação não esteja
limitada a ser realizada apenas internamente, os estados sempre tentam se proteger
para não virar “rota de passagem” mas não ficar com o imposto da operação.
Aproveitando esta oportunidade, analisaremos também a regra que permite a emissão de
apenas uma NF com os dados de um estabelecimento da empresa neste Estado e entrega
em um outro estabelecimento da mesma empresa também neste estado, que
denominaremos de “Entrega em Local Diverso”.
Não é demais lembrar que ambas as operações que serão objeto de nossa análise, na
maior parte das vezes, são realizadas para economizar despesas com transporte.
Passemos então à análise dos assuntos, nos itens e subitens a seguir.
QUEM EMITE PARA QUEM É EMITIDA O QUE DEVE CONSTAR NA NOTA FISCAL
• O ADQUIRENTE • PARA O VERDADEIRO Além das informações usuais, devem constar,
ORIGINÁRIO DESTINATÁRIO DAS em especial:
(Aquele que solicita MERCADORIAS • no campo destinatário/Remetente –
ao seu fornecedor, (O terceiro, para quem ele devem ser consignados os dados deste
aqui chamado de solicitou que o vendedor verdadeiro destinatário das
vendedor remetente fizesse a entrega) mercadorias;
remetente, que • destaque do ICMS no campo específico, se
efetue a entrega a o produto ou operação que realizar for
um terceiro emitirá tributado;
1 Nota Fiscal) • no campo “Informações
Complementares”: devem constar os
seguintes dados relativos ao vendedor-
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– O adquirente originário emita primeiro sua Nota Fiscal e logo após comunique ao
vendedor-remetente, pois os dados dela constarão obrigatoriamente no campo
Informações Complementares da primeira Nota Fiscal a ser emitida pelo vendedor-
remetente;
– O vendedor-remetente, de posse dos dados da Nota Fiscal emitida pelo adquirente
originário, deve emitir as suas Notas Fiscais; primeiro a que acompanhará a mercadoria
e, após, a Nota Fiscal que será remetida para o adquirente originário.
• Escrituração Fiscal
A legislação não determina uma forma específica de escrituração para os documentos
fiscais mencionados neste Comentário e, em razão disto, os mesmos devem ser
escriturados normalmente, nos livros fiscais dos emitentes e dos adquirentes,
observada a tributação neles contida e a finalidade da aquisição.
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QUEM EMITE PARA QUEM É EMITIDA O QUE DEVE CONSTAR NA NOTA FISCAL
• O VENDEDOR- • A NF é emitida para o A NF deve ser emitida normalmente, a única
REMETENTE adquirente originário e particularidade é que no campo “Informações
(Aquele que foi servirá para acompanhar Complementares “ deve constar os seguintes dados:
informado pelo o transporte das • “Mercadoria será entregue no : – nome do
adquirente mercadorias até o estabelecimento que receberá a mercadoria;
originário de que estabelecimento indicado, – endereço; e
deveria entregar a com os dados da coluna ao – nos de inscrição, estadual e CNPJ.
mercadoria a um lado. OBSERVAÇÃO: Esta NF não deve ser escriturada neste
outro local, deverá ser encaminhada ao adquirente originário
estabelecimento que a escriturará em seu livro Registro de Entradas,
da mesma creditando-se, se for o caso, do ICMS destacado.
empresa emite
somente 1 Nota
Fiscal, com os
dados e finalidades
descritas nas
colunas ao lado).
• O ADQUIRENTE • PARA O VERDADEIRO Além das informações usuais, devem constar, em
ORIGINÁRIO DESTINATÁRIO DAS especial:
(Aquele que solicita MERCADORIAS • Campo Destinatário/Remetente –devem ser
ao seu fornecedor, (O outro estabelecimento consignados os dados do estabelecimento onde
aqui chamado de da mesma empresa, para realmente está a mercadoria;
vendedor quem ele solicitou que o • Natureza da Operação: Transferência simbólica, CFOP
remetente, que vendedor remetente 5.152, 6.152, em se tratando de mercadoria tributada
efetue a entrega a fizesse a efetiva entrega da normalmente pelo ICMS;
um outro mercadoria) • destaque do ICMS no campo específico, se o produto
estabelecimento da Como já veiculado em ou operação que realizar for tributado;
mesma empresa) diversas respostas de • no campo “Informações Complementares”devem
dúvidas da semana dadas constar os seguintes dados :
pela fazenda estadual, que “ Estas mercadorias foram entregues através da NF nº
divulgamos no subitem 2.1 emitida pela empresa X,
a seguir, para – nome do titular;
documentar a entrada da – endereço;
mercadoria no outro – nº de inscrição estadual;
estabelecimento o – nº de inscrição no CNPJ; e
adquirente original deve • Esta NF deverá ser escriturada normalmente no livro
emitir 1 Nota Fiscal de Registro de Saídas do adquirente originário e no livro
“Transferência Simbólica” Registro de Entradas do estabelecimento que
para o local onde a efetivamente recebeu as mercadorias.
mercadoria está na OBSERVAÇÃO: A primeira via desta Nota Fiscal pode ser
realidade. Esta NF deve ser remetida ao verdadeiro destinatário, outro
efetivamente entregue em estabelecimento da mesma empresa, pelo correio.
mãos/correio ou outro
meio, pois só com seu
recebimento e escrituração
é que o estabelecimento
que está com a mercadoria
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poderá considerá-la
regularmente
documentada e poderá
apropriar crédito, se
permitido. E mais, é nosso
entendimento que esta NF
deve ser emitida no
mesmo período de
apuração em que a
mercadoria foi
efetivamente entregue.
VENDA À ORDEM
CFOP DE ENTRADA DE MERCADORIA
CFOP
DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO OU PRESTAÇÃO
INTERNA INTERESTADUAL IMPORTAÇÃO
1.100 2.100 3.100 COMPRA PARA INDUSTRIALIZAÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO OU
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
1.118 2.118 Compra de mercadoria para comercialização pelo
adquirente originário, entregue pelo vendedor
remetente ao destinatário, em venda à ordem
• Classificam-se neste código as compras de mercadorias já
comercializadas, que, sem transitar pelo estabelecimento do
adquirente originário, sejam entregues pelo vendedor
remetente diretamente ao destinatário, em operação de
venda à ordem, cuja venda seja classificada, pelo adquirente
originário, respectivamente, nos códigos 5.120 ou 6.120 –
“Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros
entregue ao destinatário pelo vendedor remetente, em
venda à ordem”.
OBSERVAÇÃO: Estes códigos representam a entrada
simbólica da mercadoria no estabelecimento que solicitou a
realização da entrega à ordem, denominado adquirente
originário.
1.120 2.120 Compra para industrialização, em venda à ordem, já
recebida do vendedor remetente
• Classificam-se neste código as compras de mercadorias a
serem utilizadas em processo de industrialização, em vendas
à ordem, já recebidas do vendedor remetente, por
ordem do adquirente originário.
OBSERVAÇÃO: Estes códigos representam a escrituração
da NF emitida pelo efetivo vendedor relativamente a
mercadoria vendida para um estabelecimento industrial que
já recebeu a entrega à ordem. Tais CFOP devem ser
utilizados pelo comprador que recebeu a entrega à ordem
quando este escriturar a NF emitida pelo efetivo vendedor.
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