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TEORIAS DA CONDUTA E DA CULPABILIDADE

@_tassiocerq
TEORIAS DA CONDUTA TEORIAS DA CULPABILIDADE
TEORIA CLÁSSICA, causal, causalista, naturalista, mecanicista: TEORIA PSICOLÓGICA. Nessa teoria, os elementos psicológicos
A conduta é um MERO movimento corporal humano, sem DOLO E CULPA eram analisados aqui na culpabilidade. Ah, então
finalidade capaz de produzir alteração no mundo exterior. é por isso que se chama Teoria Psicológica? Exato! Assim, a
Aqui, a ação humana não tem vontade alguma, e por isso é Culpabilidade era formada por: Imputabilidade (era o
analisada SEM os elementos subjetivos. E onde estão os pressuposto) e o DOLO e a CULPA (as duas espécies de
elementos subjetivos? Nesse momento, estão sendo culpabilidade).
analisados no 3º substrato do crime: na CULPABILIDADE. Culpabilidade: IMPUTABILIDADE
Justamente por isso que a Teoria Clássica da CONDUTA está DOLO NORMATIVO
relacionada com a Teoria Psicológica da CULPABILIDADE. CULPA
Então, de imediato faça esse link entre Teoria Clássica da Ok, mas o que é esse tal de “dolo normativo”? Não
CONDUTA e Teoria Psicológica da CULPABILIDADE. basta QUERER aquele resultado, ele deve saber que
Obs. Com essa teoria, os elementos subjetivos são aquele comportamento é contrário à lei. É por isso que
analisados apenas no 3º substrato do crime. Percebeu dentro desse dolo normativo são analisadas a VONTADE
que essa Teoria da Conduta adota NECESSARIAMENTE + A CONSCIÊNCIA ATUAL DA ILICITUDE. É um dolo
o conceito tripartido de crime? Passa pelos 3 recheado, colorido, híbrido, cromático, pois não analisa
substratos: Fato típico + Antijuridicidade (ilicitude) + só a vontade, tem esse plus dentro dele.
Culpabilidade.
TEORIA NEOKANTISTA: Com o advento da teoria Neokantista, TEORIA PSICOLÓGICO-NORMATIVA: Com essa teoria, o conceito
o conceito de conduta muda. Conduta passou a ser um de culpabilidade passa a ser construído por meio de aspectos
“comportamento” humano voluntário causador de naturalísticos e normativos:
modificação no mundo exterior. Veja que agora abrange as Culpabilidade: IMPUTABILIDADE
ações e as omissões, diferente da teoria anterior, que tratava a (tornou-se um elemento).
conduta como um “mero movimento corporal” deixando de DOLO NORMATIVO ou CULPA
explicar as condutas omissivas. Além dessa alteração, a teoria (antes eram espécies de Culpabilidade, e
NEOKANTISTA DA CONDUTA está relacionada à Teoria agora passam a ser elementos).
PSICOLÓGICO-NORMATIVA DA CULPABILIDADE, a qual recebe EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA
um novo elemento. Confira ao lado. (elemento novo).
Note que os elementos psicológicos continuam sendo
analisados aqui na Culpabilidade, e o DOLO permanece
normativo.
TEORIA FINALISTA. Olha a mudança: Conduta é todo TEORIA NORMATIVA PURA: Eu tenho certeza que você já
comportamento humano voluntário, PSIQUICAMENTE entendeu o motivo desse nome. Com essa Teoria, os elementos
DIRIGIDO A UM FIM. Psiquicamente? Isso significa dizer que a DOLO e CULPA saem da culpabilidade e migram para a conduta,
conduta será analisada com base nos elementos psicológicos? lá no comecinho. Por isso o “NORMATIVA PURA”, pois não
Exatamente isso! Os elementos do DOLO e da CULPA migram existem mais os aspectos psicológicos e a Culpabilidade é
da Culpabilidade para a Conduta. É com a Teoria Finalista que preenchida apenas com elementos normativos.
os elementos psicológicos serão analisados dentro da Culpabilidade: IMPUTABILIDADE
Conduta, logo no 1º substrato do crime: o Fato típico. POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE
Opa, se o Dolo e a Culpa serão considerados no 1º (Quando o DOLO foi para a Conduta,
substrato do crime, posso afirmar que a Teoria a “consciência atual da ilicitude” que
Finalista pode adotar o conceito bipartido de crime? integrava o DOLO NORMATIVO ficou
Claro que sim. Teríamos, portanto, FATO TÍPICO + sozinha e tornou-se um elemento
ILICITUDE, e a Culpabilidade seria um mero autônomo). O que era “Consciência
pressuposto de aplicação da pena. atual da ilicitude” virou “Potencial
Obs. O Dolo agora é natural, acromático, neutro. consciência da ilicitude”.
EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA.

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