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Para os FINALISTAS, dolo ou a culpa se encontram na conduta.

No dolo, a conduta é
voltada para a realização de um fato típico, ao passo que, na culpa, tem-se a intenção
de praticar uma conduta atípica, mas que acaba redundando em uma conduta típica
em razão de imprudência, negligência e imperícia do agente. O que se perquire na
análise do dolo e da culpa é simplesmente a vontade do agente, não importando a
consciência da ilicitude. É uma manifestação psicológica, não havendo juízo de valor. O
juízo de valor, ou seja, a presença da potencial consciência da ilicitude e a
inexigibilidade de conduta diversa, é feito num terceiro momento, o da análise da
culpabilidade.

Para os CAUSALISTAS OU CLÁSSICOS, a conduta é vista num plano puramente


naturalístico, desprovida de qualquer valor, como simples causação do resultado. A
ação é considerada o componente objetivo do crime, enquanto a culpabilidade passa
a ser o elemento subjetivo (teoria psicológica), apresentando-se ora como dolo, ora
como culpa. Pode-se dizer, que para essa teoria, o único pressuposto exigido para a
responsabilização do agente é a imputabilidade aliada ao dolo ou à culpa. O dolo
depende de um juízo de valor e é aquele formado pela potencial consciência da
ilicitude do ato. O dolo, esta como a culpa, integra a culpabilidade e tem como
elementos a vontade e a consciência da ilicitude (componente normativo).

No sistema penal NEOCLÁSSICO OU NEOKANTISTA, alterou-se a concepção


causalista de culpabilidade, que não teria como base um vínculo psicológico (Teoria
Psicológica) estabelecido pelo dolo ou pela culpa entre o agente e o fato praticado. A
teoria neoclássica insere um fator valorativo (normativo), qual seja a exigibilidade de
conduta diversa. Assim, mesmo presente o elemento subjetivo – o dolo - caso haja
coação moral irresistível, inexiste crime. Por conta disso, essa teoria também é
conhecida como normativo-psicológica.

A conduta, para a teoria FUNCIONALISTA também está no fato típico, com a alteração
de que, para Günther Jakobs, ela é o comportamento humano voluntário violador do
sistema e frustradora das expectativas normativas. Para essa teoria, crime é fato
típico, ilícito e culpável (a culpabilidade volta ao conceito).

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