Você está na página 1de 2

Derecho Penal Aleman

Introdução – Teoria da Ação

§8 – I: Welzel define a ação como uma atividade voltada a um fim. Portanto, a conduta é uma
direção até um objetivo, uma finalidade. Para o autor, o alcança até a finalidade deve ser
logica e conscientemente calculado, assim não há ação cega voltada a um fim vidente.
Portanto, ele afirma que a ação é uma vontade consciente de atingir o fim. Assim, o autor, ao
desejar o fim, faz uma antecipação do fim relacionado à conduta, logo ele regride, formulando
duas ações a partir do fim. E, dentro dessas inúmeras ações que podem acontecer até que se
alcance o fim, existe as ações concomitantes que são previstas e, até mesmo, passiveis de
concretização se for necessária para atingir o objetivo, estas atitudes se enquadram no
conceito de dolo eventual e aquelas ações que nem passam pela mentalidade previsível do
autor, mas são possíveis, mesmo ele acreditando que elas não acontecerão, essas condutas se
enquadram no conceito d eculpa consciente. Assim, é incluído não só a ação principal, mas
também todos os efeitos colaterais do sistema que visa o objetivo.

- II: Ao analisar mais profundamente a conduta, Welzel afirma que as normas só ordenam ou
proíbem uma conduta final. Posteriormente, ele define três tipos de delitos: os dolosos, os
culposos e os omissivos. Os primeiros são caracterizados pela produção de fim desejado, ou
seja, intencional. O segundo são condutas que produzem um resultado não desejado, mas são
frutos de imperícia, negligência ou imprudência. O terceiro é definido pela escolha do autor de
não agir, mesmo podendo e devendo agir.

-III: O conceito de ação sofreu diversas transformações. Incialmente, graças à influência


positivista, a conduta era um movimento meramente biológico, sem influências valorativas. Já
o conceito hegeliano supera essa definição restritivamente biológica e insere o aspecto
subjetivo na ação, caracterizando-a como uma conduta dotada de vontade. O conceito de ação
na ótica causal é definido como uma causa de vontade que produz algum resultado, assim a
causa é subordinado ao seu resultado e, assim, ao extinguir as causas, se extingue também o
resultado. Posteriormente, o texto traz uma análise mais profunda sobre a análise da vontade
na ação, assim, há uma superação das teorias anteriores que focavam no resultado, não na
vontade., logo há uma análise da tipicidade, da antijuricidade e da culpabilidade. Portanto,
conclui-- se que a ação sem vontade é apenas um comportamento biológico, assim,
comportamento desprovidos de vontade não são inseridos nas normas penais.

§9 – I: Toda ação se propõe a serviço da causa, ou seja, as causas direcionam o rumo que ação
tomará. Portanto, a causa é o que conecta o pensamento à ação.

II: A teoria das condições defende que o resultado (ação) é sempre condicionado a suas
causas, assim, quando todas causas são subtraídas da análise, o resultado desaparece.
Portanto, para o resultado existir, as causas devem preexistir. No entanto, podem ocorrer que
diversas condições ou causas coexistam e ao analisar a conexão entre elas e o resultado,
qualquer delas, por conta própria, o produziria, assim, diferentes causas podem gerar o
mesmo resultado. Esse tipo de ação é enquadrado no conceito de autoria concomitante.

III: Os crimes dolosos são aqueles que a conexão interna, causal, se conecta com a ação
exterior. Logo um desejo interno, esfera subjetiva, se conecta à realidade objetiva. Para os
crimes culposos não há uma conexão direta com a esfera subjetiva e objetiva, o delito culposo
é fruto do mero descuido, ou seja, da imprudência, negligencia ou imperícia. Portanto, a
punição de ações graves deve se dar, seja pela confirmação do dolo, seja pela verificação da
culpabilidade. Além disso, ao analisar a conduta deve-se levar em considerar a existência do
perigo, assim a produção de efeitos não desejados e perigosos deve também ser prevista
objetivamente.

§10: A conexão do injusto ao autor deve seguir uma ordem lógica, primeiramente pela
tipicidade, depois a antijuricidade e, por fim, a culpabilidade.

I: O autor defende que a norma que tipifica uma conduta deve ter caráter taxativo, ou seja ,
determina as ações contra lei de forma restrita, pois não há punição sem lei. O autor defende
que para os crimes dolosos devem ser aplicadas as normas de caráter fechado, não havendo
necessidade de complementação, a resposta é exclusiva da lei. Já para os crimes culposos, as
normas de caráter aberto devem ser aplicadas, assim o juiz as complementam, tendo em vista
o caso concreto, tendo como ponto de orientação a lei. Posteriormente, ele diferencia
tipicidade de antijuricidade: esta é a contraposição ao ordenamento jurídico em geral, já
aquela é a contraposição a uma norma jurídica específica.

II: Diante do injusto, a antijuridicidade deve ir além do seu caráter objetivo, alcançando a
esfera subjetiva, pois ela é um juízo de desvalor pessoal, portanto há a reprovação tanto do
ordenamento jurídico, quanto do juízo interno do autor. Assim, o injusto é caracterizado peloa
conduta que fere a harmonia social e, por consequência, ele será antijurídico. Portanto, o
antijurídico é um predicado e sujeito injusto.

III: Antes, a ação típica era plenamente objetiva, assim, a sua análise se restringia aos conceitos
normativos. Posteriormente, é inserido na tipicidade uma análise subjetiva, já que o dolo e a
culpa serão analisados no campo da ação, não mais na área da culpabilidade. Assim, o tipo não
é só uma descrição da norma positividade, atinge a esfera subjetiva do autor.

IV: A determinação de condutas típicas se refere ao agir de forma a romper com a harmonia
social. Portanto, tipicidade é encontrada naquelas condutas que são inadequadas para manter
a ordem social.

§11 - I:

§18:

Você também pode gostar