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SISTEMA FINALISTA
Como se viu, o sistema clássico tinha ojeriza aos juízos de valor, pois se
utilizava de um método que pretendia uma reprodução do método das
ciências naturais. Já o sistema neoclássico buscava uma reaproximação
entre o direito e os juízos de valor. O sistema finalista, por sua vez, foi
marcado pela desconfiança em relação aos juízos de valor, em razão das
deficiencias constatadas no sistema neoclássico.
O sistema finalista acredita que existem, na natureza, estruturas da
realidade (as chamadas estruturas lógico-reais) que devem ser reconhecidas
pelos juristas e trazidas para dentro do Direito Penal, a fim de que, a partir
delas, possam ser encontradas soluções para os problemas jurídicos.
Diferentemente do que ocorria no sistema neoclássico, no sistema finalista o
operador do direito não tinha uma ampla liberdade de valoração. Para os
finalistas, as valorações estão limitadas por estruturas lógico-reais,
presentes na natureza. Em suma, as estruturas lógico-reais materializam
limites às valorações.
Afirma-se que o finalismo tem base realista. Com isso quer-se afirmar que
a construção de ideias não é absolutamente autônoma, estando limitada
pelos dados da realidade.
II) O livre arbítrio (poder agir de outro modo), enquanto conteúdo material
do juízo de censura da culpabilidade. O finalismo mantém a ideia
neoclassica de que a culpabilidade é um juizo de censura, porém, acrescenta
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que o conteúdo material desse juízo de censura deve ser o livre arbítrio. Uma
pessoa somente pode ser censurada se agiu com liberdade de escolha.
A culpabilidade , por sua vez, no sistema neoclássico, era composta por: (a)
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O injusto também sofreu mudanças, vez que o tipo agregou o dolo e a culpa
como seus elementos, o que foi fundamental e mais coerente. EXEMPLO:
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EXEMPLO: "A" atira em "B", matando-o, mas só depois descobre que "B" estava
prestes a matar "C". Havia, portanto, uma legítima defesa de terceiro, mas “A”
não sabia. Antes do finalismo, o autor seria beneficiado pela excludente de
ilicitude. A partir do finalismo, porém, não.
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1. IMPUTABILIDADE
TIPO: DESCRIÇÃO DE AÇÕES CRIMINOSAS 2. POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA
DOLO E CULPA COMO ELEMENTOS DO ILICITUDE
TIPO 3. EXIGIBILIDADE DE CONDUTA
INSERÇÃO DE ELEMENTOS SUBJETIVOS DIVERSA
NAS CAUSAS DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE
SISTEMA FUNCIONALISTA
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