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Teoria do crime

Fato Típico Antijuridicidade (ilicitude) Culpabilidade


• Conduta • É presumida • Imputabilidade

• Resultado • Potencial consciência da


Possui as seguintes ilicitude
• Relação de causalidade excludentes:
(nexo causal) • Legítima defesa • Exigibilidade de conduta
• Estado de necessidade diversa
• Tipicidade • Estrito cumprimento do
dever legal
• Exercício regular de direito
Teorias da Conduta
Teoria clássica, causal, naturalística ou mecanicista
• Idealizada por Franz von Liszt, Ernst von Beling e Gustav Radbruch, no início do séc. XIX
• O crime deve ser explicado sob uma ótica científica, natural, sob uma relação de causa-
efeito. Afasta elementos psicológicos para explicar a conduta.
• O fato típico é composto pela conduta, resultado, nexo causal e tipicidade
• A conduta será composta pela ação e pela vontade, ou seja, um movimento corporal
voluntário do agente. É uma análise objetiva, que não leva em consideração o dolo e a
culpa do agente.
• A teoria causalista não leva em consideração a finalidade da conduta, basta haver um
ato voluntário para que esteja caracterizada a conduta. Há uma separação entre a
conduta (movimento corporal objetivo) e a intenção do agente (dolo ou culpa)
Teoria clássica, causal, naturalística ou mecanicista
FATO TÍPICO ILICITUDE CULPABILIDADE
• Conduta (sem finalidade) • Imputabilidade

• Resultado • Dolo (normativo) ou culpa

• Nexo causal

• Tipicidade
Teoria clássica, causal, naturalística ou mecanicista
FATO TÍPICO ILICITUDE CULPABILIDADE
• Conduta (sem finalidade) Teoria psicológica da culpabilidade
Concepção clássica (sem dolo ou
culpa). A conduta é mera ação • Imputabilidade
voluntária que produz alteração Capacidade da pessoa de entender o
no mundo exterior.
caráter ilícito do fato e de determinar-
• Resultado se de acordo com esse entendimento

• Nexo causal • Dolo (normativo) ou culpa


O dolo é normativo porque possui em
• Tipicidade seu interior a consciência da ilicitude.
Teorias da Conduta
Críticas à teoria clássica, causal, naturalística ou mecanicista

1) Como a conduta é o movimento humano que causa modificação no mundo exterior,


essa teoria não explica adequadamente os crimes omissivos e os crimes formais e de
mera conduta.
2) Também não explica adequadamente o crime tentado, pois não haverá uma
fotografia do resultado, uma vez que este não ocorre.
3) Não é possível separar a vontade humana de sua finalidade. A ação é dirigida a uma
finalidade.
Teorias da Conduta
Teoria Neokantista (ou causalista neoclássica)
• Idealizada por Edmund Mezger, no início do séc. XX
• Essa teoria possui os mesmos fundamentos da teoria clássica ou causal
• A conduta deixa de ser uma ação e passar a ser um comportamento, englobando a
omissão.
• A culpabilidade passa a adotar a teoria normativa ou psicológico-normativa. Assim, os
elementos da culpabilidade passam a ser: imputabilidade, dolo ou culpa e exigibilidade
de conduta diversa.
Teoria Neokantista
FATO TÍPICO ILICITUDE CULPABILIDADE
• Conduta (sem finalidade) Teoria normativa ou psicológico-normativa
Concepção clássica (sem dolo ou
culpa). A conduta deixa de ser • Imputabilidade
uma ação e passa a ser um Capacidade da pessoa de entender o caráter
comportamento que produz ilícito do fato e de determinar-se de acordo com
alteração no mundo exterior. esse entendimento

• Resultado • Dolo (normativo) ou culpa


O dolo é normativo porque possui em seu interior
• Nexo causal a consciência da ilicitude.

• Tipicidade • Exigibilidade de conduta diversa

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