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Curso de Psicologia
Disciplina: ADIR 1 - 1.2018
Referência do artigo
Objetivo geral
Objetivo específico
Delinear os agressores detidos em flagrante delito e da violência que perpetraram contra
mulheres no período de implantação e consolidação da lei Maria da Penha.
Introdução
A violência contra a mulher engloba atos cometidos tanto em ambiente público
quanto privado, porem, é o ambiente doméstico que prevalece o acontecimento de tal
ato, sendo a maioria praticada por homens da própria família que aproveitam da
vulnerabilidade das vítimas
Segundo uma pesquisa feita pela organização mundial de saúde (OMS), uma
entre cada seis mulheres já sofrem violência doméstica.
A ocasião de violências contra mulheres em relações familiares volta a
acontecer com a conivência com o agressor e quando não é reprimida, pode evoluir e
causar maiores danos a vitima.
A gravidade da violência praticada contra as mulheres pode ser observada na
quantidade de registro de óbito em todo o mundo, e apesar dessa gravidade, grande
parte das mulheres que vivenciam a violência decide por continuar com os agressores,
contudo, a atenção e prevenção devem incluir não somente as vitimas, mas os autores
dessa violência, visando evitar a ocorrência das agressões.
A inclusão dos agressores é de extrema importância como objeto de estudo
para que se possa mapear o perfil e o discurso tanto das vitimas quanto dos agressores.
Contudo, essa pesquisa teve por objetivo mapear o perfil dos agressores em
flagrante delito e o da violência que praticaram contra mulheres no período de
implantação da lei Maria da Penha, em um município da região central do estado do
paraná.
Método
Número de participantes
Foram analisados 130 autos de prisão em flagrante (APFs).
Delineamento
Instrumentos
Analisou-se 133 APFs, dos quais, três foram excluídos em razão de conterem
informações repetidas sobre o mesmo evento de violência. Assim, o universo desta
pesquisa constituiu-se por 130 APFs.
A inclusão dos dados se deu em planilha eletrônica por dupla digitação que
resultou em um banco eletrônico de dados. As análises descritivas, para o cálculo das
frequências absolutas e porcentagens que caracterizaram o perfil dos agressores e da
violência praticada, foram realizadas por meio do pacote estatístico Epi Info versão
3.5.1.
Resultados
Ao analisar o perfil dos agressores, pode ser percebido que a idade dos
mesmos varia entre 18 e 66 anos, sendo a maioria na faixa etária de 20 a 29 anos,
sendo a maioria casada ou vivendo em união estável.
Durante os estudos dos agressores detidos, demostrou – se que a maioria eram
alfabetizados, porém, prevaleceu a baixa escolaridade.
Os agressores possuíam algum tipo de trabalho remunerado e a minoria era
aposentada, desempregados ou estudantes e não possuíam renda própria.
Observou – se que a maior parte dos agressores não tinha registros policiais
anteriores.
O local onde os homens mais cometeram a violência foi em suas residências,
sendo a violência física a mais ocorrida seguida de agressões psicológicas. Verificou –
se que as agressões ocorreram em primeiro lugar com marido/companheiro, em
segundo lugar com ex. marido/companheiro e em terceiro os filhos.
Foi observado ainda que a maioria dos agressores fizeram o uso de alguma
substancia licita ou ilícita, sendo o álcool o prevalente, associado a outras drogas como:
maconha, cocaína e crack.
As mulheres vítimas eram em sua maioria entre 9 a 77 anos, com maior
incidência entre adultas jovens de 20 a 59 anos. Grande parte alfabetizada, porém, a
baixa escolaridade e dependência financeira do agressor prevalece. Pode ser notado
ainda que, a denúncia foi feita em sua maioria pela própria vitima.
Discussão