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Aula 09

Passo Estratégico Dir. Processual Penal p/ TRF 4ª Região (Técnico


Jud-Área Adm)-Pós-Edital
Murillo Leal Leite Néas

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SIMULADO
Olá pessoal!
Vamos testar os conhecimentos estudados até agora por meio deste simulado!

QUESTÕES
1) Sobre a prisão domiciliar.
a) consiste no recolhimento noturno em Casa de Albergado.
b) para ser concedida à mãe com filhos de até doze anos não depende de comprovação da
imprescindibilidade para os cuidados da criança.
c) Como não é propriamente uma prisão não confere direito à detração.
d) Para ser concedida a gestante deve haver comprovação de que a gravidez é de alto risco.
e) Pode ser concedida ao homem se for o único responsável pelos cuidados do filho de até 15
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(quinze) anos de idade incompletos.

2) É correto afirmar sobre a prisão preventiva.


a) Poderá ser decretada na fase311 policial, desde que haja prova da existência do crime e indícios
suficientes de autoria.
b) A prisão preventiva não pode ser decretada como garantia da ordem econômica.
c) A prisão preventiva terá um prazo de 5(cinco) dias, em regra.
d) A prisão preventiva não pode ser decretada no caso de dúvida sobre a identidade civil do
acusado.
e) A prisão preventiva pode ser decretada pelo juiz, de ofício, em qualquer fase do inquérito
policial.

3) Assinale a alternativa correta sobre as medidas cautelares alternativas a prisão.


a) A prisão preventiva somente pode ser decretada quando não for possível a aplicação de
nenhuma medida cautelar alternativa a prisão.
b) Não é possível a aplicação cumulativa de medidas cautelares alternativas a prisão.
c) A internação provisória é possível no caso de injuria quando os peritos concluírem ser
inimputável o acusado e houver risco de reiteração.
d) Caso o agente descumpra uma medida cautelar o juiz deverá imediatamente decretar sua prisão
preventiva.
e) A monitoração eletrônica não pode ser aplicada cumulativamente com outra medida cautelar

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4) Sobre a prisão em flagrante é correto afirmar


a) O auto de prisão em flagrante será encaminhado ao juiz em até 72 horas após a realização da
prisão, e, caso não seja indicado o nome de seu advogado pela pessoa presa, cópia integral para a
Defensoria Pública.
b) É vedada pelo Código de Processo Penal, em caso de crime permanente, diante da possibilidade
de prisão preventiva.
c) É ato exclusivo de policiais nos casos de perseguição logo após a prática do crime.
d) Deve o delegado de polícia proceder a prisão em flagrante, quando o agente é encontrado, logo
depois, com instrumentos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
e) A falta de testemunhas do crime impede a lavratura do auto de prisão em flagrante.

5) É possível a impetração de habeas corpus com o objetivo de trancar inquérito policial quando
prescrito o crime objeto de investigação.

6) O Ministério Público quando for parte na ação penal não poderá impetrar habeas corpus em
favor do acusado, pelo fato do parquet integrar a demanda em outro polo passivo.

7) A concessão de habeas corpus no caso de nulidade do processo, obsta que este seja renovado.

8) É admitido o manejo de habeas corpus quando faltar justa causa para a ação penal.

9) Nos termos do art. 647, dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na
iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de:
a) punição disciplinar.
b) prisão por alimentos.
c) punição administrativa.
d) punição civil.
e) intervenção federal.

10) Vinte e quatro horas após ter matado um indivíduo, Ticio foi preso por agentes de polícia
que estavam o perseguindo desde o cometimento do crime.
Neste caso a prisão é legal, tendo-se configurado a hipótese de flagrante impróprio.

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11) Segundo o entendimento do Superior Tribunal de justiça a prisão preventiva não pode ser
decretada com base em atos infracionais cometidos pelo agente durante sua menoridade, pois,
tal decretação se mostra como um constrangimento ilegal.

12) No sistema processual brasileiro não pode o juiz decretar, de ofício, a prisão preventiva ou
temporária na fase de investigação criminal.

13) Não é cabível a concessão de liberdade provisória nos crimes inafiançáveis, como no caso de
crimes hediondos ou de tráfico de drogas.

14) No descumprimento de medida cautelar imposta ao acusado para não frequentar


determinados lugares é motivo suficiente para o juiz determinar a substituição da medida por
prisão preventiva.

15) No caso de crime de tortura a prisão temporária tem o prazo máximo de 90 (noventa) dias.

16) O STJ possui entendimento no sentido de que a prisão temporária pode ser mantida após o
recebimento da denúncia pelo juiz.

17) O Direito processual penal brasileiro adotou como regra o sistema de prova tarifada, por este
fato, são inadmissíveis meios de prova não previstos expressamente no CPP.

18) Ressalvada a hipótese de má-fé a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso
pelo outro. Tal regra diz respeito ao princípio da:
a) subsidiariedade.
b) precariedade.
c) fungibilidade.
d) Indisponibilidade.
e) in dubio pro reo.

19) Nos termos do Código de processo penal cabe recurso em sentido estrito da decisão que
a) denegar a apelação.
b) receber a denúncia.
c) receber a queixa.
d) que julgar procedente a exceção de suspeição.
e) que impronunciar o réu.

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20) Em relação aos recursos assinale a alternativa correta.


a) O Ministério público pode desistir do recurso interposto.
b) Caberá recurso em sentindo estrito da decisão que revogar a suspensão condicional da pena.
c) O prazo para interpor apelação é de dois dias.
d) O prazo para apresentar razões do recurso em sentido estrito é de oito dias.
e) No julgamento das apelações poderá o tribunal, câmara ou turma proceder a novo
interrogatório do acusado e reinquirir testemunhas, não podendo determinar nenhuma outra
diligência.

21) São requisitos para interposição de embargos infringentes e de nulidade, exceto


a) Decisão não unanime.
b) Decisão de segunda instância.
c) Desfavorável ao réu.
d) Interposição no prazo de 10 dias.
e) Decisão favorável ao réu.

22) No procedimento comum sumário a defesa poderá arrolar até


a) três testemunhas.
b) seis testemunhas.
c) quatro testemunhas.
d) cinco testemunhas.
e) oito testemunhas.

23) Quanto ao procedimento comum ordinário disciplinado no Código de Processo Penal, é


CORRETO afirmar que
a) o acusado poderá responder à acusação, por escrito, no prazo de quinze dias.
b) produzidas as provas, e não sendo requeridas diligências, serão oferecidas alegações finais
escritas, pela acusação e pela defesa.
c) depois de apresentada a resposta à acusação, o Juiz deverá absolver sumariamente o acusado,
se verificadas as hipóteses previstas na lei.
d) na instrução deverão ser inquiridas, no mínimo, oito testemunhas arroladas pela acusação e
oito pela defesa.
e) tem por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a dois anos de pena
privativa de liberdade.

24) No procedimento relativo aos processos de competência do Tribunal do Júri, o juiz,


fundamentadamente, impronunciará o acusado quando
a) provado não ser ele o autor ou partícipe do fato.
b) o fato não constituir infração penal.
c) demonstrada causa de exclusão do crime.

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d) provada a inexistência do fato.


e) não se convencer da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação.

25) Nas comarcas com mais de 1.000.000 (um milhão) de habitantes, o presidente do Tribunal do
Júri alistará de
a) 800 (oitocentos) a 1.500 (mil e quinhentos) jurados.
b) 500 (quinhentos) a 2.000 (dois) mil jurados.
c) 400 (quatrocentos) a 800 (oitocentos) jurados.
d) 300 (trezentos) a 700 (setecentos) jurados.
e) 80 (oitenta) a 400 (quatrocentos) jurados.

26) O Tribunal de Júri é composto por 01 (um) juiz togado e por


a) 20 (vinte) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 05 (cinco) dos quais constituirão o
Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.
b) 20 (vinte) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 07 (sete) dos quais constituirão o
Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.
c) 25 (vinte e cinco) jurados que serão escolhidos pelo presidente dentre os alistados, 05 (cinco)
dos quais constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.
d) 25 (vinte e cinco) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 07 (sete) dos quais
constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.
e) 25 (vinte e cinco) jurados que serão escolhidos pelo presidente dentre os alistados, 07 (sete) dos
quais constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.

27) De acordo com a Lei 9.099/95, consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo:
a) as contravenções penais e os crimes cuja pena máxima seja superior a dois anos, cumulada ou
não com multa.
b) os crimes cuja pena máxima seja inferior a dois anos, excluídos os dolosos.
c) as contravenções penais e os crimes cuja pena máxima seja inferior a dois anos, cumulada ou
não com multa.
d) os crimes cometidos em legitima defesa ou estado de necessidade.
e) as contravenções penais e os crimes com pena mínima igual ou inferior a dois anos.

28) Em relação a competência e os atos processuais nos juizados especiais criminais, assinale a
alternativa correta.
a) A competência do juizado especial criminal será fixada no local onde o crime se consumou.
b) A citação será pessoal e será feita no próprio juizado se possível, por mandado ou por edital.
c) Os atos processuais não poderão ser realizados em horário noturno.
d) Os atos processuais em outras comarcas só poderão ser feitos mediante carta precatória.
e) Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo.

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29) Da decisão de rejeição da denúncia nos juizados especiais criminais, caberá apelação no
prazo de:
a) 5 dias.
b) 15 dias.
c) 10 dias.
d) 8 dias.
e) 3 dias.

30) No que diz respeito à suspensão condicional do processo assinale a alternativa correta.
a) A suspensão condicional do processo apenas se aplica nas hipóteses previstas na Lei 9. 9099/95.
==13f98e==

b) A proposta de suspensão condicional do processo é possível nos crimes cuja pena máxima seja
inferior a um ano.
c) Para que seja possível a proposta de suspensão condicional do processo devem estar presentes
os requisitos que autorizam a suspensão condicional da pena, dentre outros.
d) O processo poderá ser suspenso por no máximo três anos.
e) É possível a proposta de suspensão condicional do processo a acusado que seja reincidente.

GABARITO

1- B 12- C 23-C

2- A 13- E 24-E

3- A 14- E 25-A

4- D 15 -E 26-D

5- C 16- E 27-C

6- E 17-E 28-E

7- E 18-C 29-C

8- C 19-A 30-C

9- A 20 -B

10 -C 21-E

11 - E 22-D

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QUESTÕES COMENTADAS
1) Sobre a prisão domiciliar.
a) consiste no recolhimento noturno em Casa de Albergado.
b) para ser concedida à mãe com filhos de até doze anos não depende de comprovação da
imprescindibilidade para os cuidados da criança.
c) Como não é propriamente uma prisão não confere direito à detração.
d) Para ser concedida a gestante deve haver comprovação de que a gravidez é de alto risco.
e) Pode ser concedida ao homem se for o único responsável pelos cuidados do filho de até 15
(quinze) anos de idade incompletos.
GABARITO: Letra “b”
A alternativa correta é a letra “b”, nos termos do art. 318, V, do CPP:
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
A alternativa “a” está errada, a prisão é domiciliar e por esse fato deve ser cumprida no domicilio
do indivíduo.
A alternativa “c” está errada, a prisão domiciliar é espécie que substituiu a prisão preventiva e por
este fato é prisão cautelar, conferindo direito a detração.
A alternativa “d” também está errada, pois a prisão domiciliar pode ser concedida a qualquer
gestante, não sendo necessário que a gravidez seja de alto risco, nos termos do art. 318, IV, do
CPP:
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
IV - gestante;
A alternativa “e” está errada, pois a idade do filho neste caso é até 12 anos incompletos, nos
termos do art. 318, VI, do CPP:
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de
idade incompletos.

2) É correto afirmar sobre a prisão preventiva.


a) Poderá ser decretada na fase311 policial, desde que haja prova da existência do crime e indícios
suficientes de autoria.
b) A prisão preventiva não pode ser decretada como garantia da ordem econômica.
c) A prisão preventiva terá um prazo de 5(cinco) dias, em regra.

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d) A prisão preventiva não pode ser decretada no caso de dúvida sobre a identidade civil do
acusado.
e) A prisão preventiva pode ser decretada pelo juiz, de oficio, em qualquer fase do inquérito
policial.
GABARITO: Letra “a”
A alternativa correta é a letra “a”, nos termos dos arts. 311 e 312 do CPP:
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão
preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do
Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade
policial.
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da
ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da
lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.
A alternativa “b” está errada, pois, a prisão preventiva pode sim ser decertada como garantia da
ordem econômica, nos termos do art. 312 do CPP.
A alternativa “c” também está errada, a prisão preventiva não possui um prazo propriamente
dito.
A alternativa “d” está errada, pois, a prisão preventiva pode ser decretada quando houver dúvida
sobre a identidade civil do acusado, nos termos do art. 313, parágrafo único do CPP:
Art. 313. (...)
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a
identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-
la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se
outra hipótese recomendar a manutenção da medida.
A alternativa “e” também está errada, pois a prisão preventiva só pode ser decretada pelo juiz
quando já estiver no curso do processo judicial, nos termos do art. 311 do CPP:
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão
preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do
Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade
policial.

3) Assinale a alternativa correta sobre as medidas cautelares alternativas a prisão.


a) A prisão preventiva somente pode ser decretada quando não for possível a aplicação de
nenhuma medida cautelar alternativa a prisão.
b) Não é possível a aplicação cumulativa de medidas cautelares alternativas a prisão.
c) A internação provisória é possível no caso de injuria quando os peritos concluírem ser
inimputável o acusado e houver risco de reiteração.

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d) Caso o agente descumpra uma medida cautelar o juiz deverá imediatamente decretar sua prisão
preventiva.
e) A monitoração eletrônica não pode ser aplicada cumulativamente com outra medida cautelar
GABARITO: Letra “a”
A alternativa correta é a letra “a”, a prisão preventiva é medida extrema e só deve ser decretada
no caso de não ser cabível nenhuma outra medida cautelar, nos termos do art. 282, § 6o, do CPP:
Art. 282. (...)
§ 6o A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por
outra medida cautelar (art. 319).
A alternativa “b” está errada, é plenamente possível a aplicação cumulativa de medidas cautelares
alternativas a prisão, nos termos do art. 282, § 1o, do CPP:
Art. 282. (...)
§ 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente.
A alternativa “c” também está errada, a medida cautelar de internação provisória só é cabível nos
casos de crimes praticados com violência ou grave ameaça, o que não é o caso da injuria, nos
termos do art. 319, VII, do CPP:
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou
grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do
Código Penal) e houver risco de reiteração;
A alternativa “d” está errada, no caso de descumprimento de medida cautelar o juiz deverá tentar
substitui-la por outra ou cumulá-la, e, somente em último caso, que decretará a prisão preventiva,
nos termos do art. 282, § 4o, do CPP:
Art. 282. (...)
§ 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou
mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá
substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão
preventiva (art. 312, parágrafo único).
A alternativa “e” também está errada, pois, a monitoração eletrônica, assim como outras medidas
cautelares, pode ser aplicada cumulativamente, nos termos do art. 282, § 1 o, do CPP.

4) Sobre a prisão em flagrante é correto afirmar


a) O auto de prisão em flagrante será encaminhado ao juiz em até 72 horas após a realização da
prisão, e, caso não seja indicado o nome de seu advogado pela pessoa presa, cópia integral para a
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b) É vedada pelo Código de Processo Penal, em caso de crime permanente, diante da possibilidade
de prisão preventiva.
c) É ato exclusivo de policiais nos casos de perseguição logo após a prática do crime.
d) Deve o delegado de polícia proceder a prisão em flagrante, quando o agente é encontrado, logo
depois, com instrumentos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
e) A falta de testemunhas do crime impede a lavratura do auto de prisão em flagrante.
GABARITO: Letra “d”
A alternativa correta é a letra “d”, e é hipótese de flagrante presumido ou ficto, nos termos do art.
302, IV, do CPP:
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam
presumir ser ele autor da infração.
A alternativa “a” está errada, pois o auto de prisão em flagrante deve ser enviado ao juiz em 24
horas, nos termos do art. 306, § 1o, do CPP:
Art. 306. (...)
§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz
competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu
advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.
A alternativa “b” também está errada, não há previsão de proibição de prisão preventiva no caso
de crimes permanentes.
A alternativa “c” está errada, qualquer do povo pode realizar a prisão preventiva em qualquer
caso, nos termos do art. 301 do CPP:
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender
quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
A alternativa “e” também está errada, pois a falta de testemunhas não impede a lavratura do
flagrante, nos termos do art. 304, § 2o, do CPP:
Art. 304. (...)
§ 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas,
nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam
testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

5) É possível a impetração de habeas corpus com o objetivo de trancar inquérito policial quando
prescrito o crime objeto de investigação.
GABARITO: CERTO
A assertiva está correta, a jurisprudência majoritária entende que é possível a utilização de HC
trancativo no caso de instauração de inquérito policial por fato claramente atípico, absoluta falta

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de provas de materialidade e indícios de autoria ou quando da ocorrência de alguma causa


extintiva da punibilidade, como no caso da questão.

6) O Ministério Público quando for parte na ação penal não poderá impetrar habeas corpus em
favor do acusado, pelo fato do parquet integrar a demanda em outro polo passivo.
GABARITO: ERRADO
A assertiva está errada, o MP pode sim impetrar habeas corpus em favor do réu, mesmo sendo
parte integrante da ação, nos termos do art. 654 do CPP:
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de
outrem, bem como pelo Ministério Público.

7) A concessão de habeas corpus no caso de nulidade do processo, obsta que este seja renovado.
GABARITO: ERRADO
A assertiva está errada, nos termos do art. 652 do CPP:
Art. 652. Se o habeas corpus for concedido em virtude de nulidade do processo, este será
renovado.

8) É admitido o manejo de habeas corpus quando faltar justa causa para a ação penal.
GABARITO: CERTO
A assertiva está correta, pois a falta de justa causa para o exercício da ação penal é considerada
uma coação ilegal, nos termos do art. 648, I, do CPP:
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal:
I - quando não houver justa causa;

9) Nos termos do art. 647, dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na
iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de:
a) punição disciplinar.
b) prisão por alimentos.
c) punição administrativa.
d) punição civil.
e) intervenção federal.
GABARITO: Letra “a”.
A alternativa “a” é a que completa corretamente a afirmação, nos termos do art. 647 do CPP:

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Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de
sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição
disciplinar.

10) Vinte e quatro horas após ter matado um indivíduo, Ticio foi preso por agentes de polícia
que estavam o perseguindo desde o cometimento do crime.
Neste caso a prisão é legal, tendo-se configurado a hipótese de flagrante impróprio.
GABARITO: CERTO
A assertiva está correta, trata-se de flagrante impróprio previsto no art. 302, III, do CPP:
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em
situação que faça presumir ser autor da infração;

11) Segundo o entendimento do Superior Tribunal de justiça a prisão preventiva não pode ser
decretada com base em atos infracionais cometidos pelo agente durante sua menoridade, pois,
tal decretação se mostra como um constrangimento ilegal.
GABARITO: ERRADO
A assertiva está errada, o STJ entende que atos infracionais cometidos anteriormente pelo agente
podem dar ensejo a decretação da prisão preventiva por garantia da ordem pública. (STJ. 5ª
Turma. RHC 47.671-MS, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 18/12/2014 (Info 554).

12) No sistema processual brasileiro não pode o juiz decretar, de ofício, a prisão preventiva ou
temporária na fase de investigação criminal.
GABARITO: CERTO
Assertiva está correta, o juiz não pode decretar a prisão preventiva de ofício na fase de
investigação ou pré-processual, podemos ver isso pelo teor do art.311 do CPP:
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão
preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do
Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade
policial.
Também não é possível a decretação da prisão temporária, que serve para investigações, de ofício
pelo juiz, nos termos do art.2 da lei 7960/89:
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade
policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável
por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

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13) Não é cabível a concessão de liberdade provisória nos crimes inafiançáveis, como no caso de
crimes hediondos ou de tráfico de drogas.
GABARITO: ERRADO
A assertiva está errada, a liberdade provisória pode ser concedida com ou sem fiança, e prevalece
o entendimento na doutrina que nos crimes inafiançáveis pode ser concedida liberdade provisória
sem fiança.

14) No descumprimento de medida cautelar imposta ao acusado para não frequentar


determinados lugares é motivo suficiente para o juiz determinar a substituição da medida por
prisão preventiva.
GABARITO: ERRADO
A assertiva está errada, o juiz neste caso deverá verificar se há possibilidade da substituição da
medida cautelar imposta por outra, ou a cumular com outra, e só em último caso decretará a
prisão preventiva, nos termos do art. 282, § 4o, do CPP:
Art. 282. (...)
§ 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou
mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá
substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão
preventiva (art. 312, parágrafo único).

15) No caso de crime de tortura a prisão temporária tem o prazo máximo de 90 (noventa) dias.
GABARITO: ERRADO
A assertiva está errada, o crime de tortura é equiparado a crime hediondo, e para estes crimes a
prisão temporária terá o prazo de 30 (trinta) dias prorrogáveis por igual período, ou seja, a prisão
temporária neste caso terá o prazo máximo de 60 (sessenta) dias, nos termos do art. 2, § 4o, da lei
8072/90:
Art. 2. (...)
§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos
crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período
em caso de extrema e comprovada necessidade.

16) O STJ possui entendimento no sentido de que a prisão temporária pode ser mantida após o
recebimento da denúncia pelo juiz.
GABARITO: ERRADO
A assertiva está errada, a prisão temporária serve para investigações, o entendimento do STJ é no
sentido de que recebida a denúncia a prisão temporária deve cessar imediatamente.

17) O Direito processual penal brasileiro adotou como regra o sistema de prova tarifada, por este
fato, são inadmissíveis meios de prova não previstos expressamente no CPP.

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GABARITO: ERRADO
O sistema de prova tarifada é um sistema de valoração da prova pelo juiz, e o CPP adotou nesta
seara o sistema da livre apreciação da prova pelo juiz, com algumas exceções de prova tarifada
(exame de corpo de delito).
Mas na verdade o que a questão afirma é sobre o sistema adotado para admissão de provas, o
Brasil adotou o sistema da liberdade das provas, sistema este que permite a produção de provas
além daquelas previstas no CPP, este sistema é um contraponto ao sistema taxativo de provas.

18) Ressalvada a hipótese de má-fé a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso
pelo outro. Tal regra diz respeito ao princípio da
a) subsidiariedade.
b) precariedade.
c) fungibilidade.
d) Indisponibilidade.
e) in dubio pro reo.
GABARITO: Letra “C”
A alternativa correta é a “c”, trata-se do princípio da fungibilidade que possibilita processar um
recurso interposto de forma errada pelo rito do recurso correto, nos termos do art. 579 do CPP:
Art. 579. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um
recurso por outro.
Parágrafo único. Se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso interposto
pela parte, mandará processá-lo de acordo com o rito do recurso cabível.

19) Nos termos do Código de processo penal cabe recurso em sentido estrito da decisão que
a) denegar a apelação.
b) receber a denúncia.
c) receber a queixa.
d) que julgar procedente a exceção de suspeição.
e) que impronunciar o réu.
GABARITO: Letra “a”
A alternativa “a” é a correta nos termos do art. 581, XV, do CPP:
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;

20) Em relação aos recursos assinale a alternativa correta.


a) O Ministério público pode desistir do recurso interposto.
b) Caberá recurso em sentindo estrito da decisão que revogar a suspensão condicional da pena.
c) O prazo para interpor apelação é de dois dias.
d) O prazo para apresentar razões do recurso em sentido estrito é de oito dias.

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e) No julgamento das apelações poderá o tribunal, câmara ou turma proceder a novo


interrogatório do acusado e reinquirir testemunhas, não podendo determinar nenhuma outra
diligência.
GABARITO: Letra “b”.
A alternativa correta é a letra “b”, nos termos do art. 581, XI, do CPP:
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
A alternativa “a” está errada, o MP não pode desistir do recurso interposto, nos termos do art. 576
do CPP.
A alternativa “c” também está errada, o prazo para interpor apelação é de cinco dias, nos termos
do art. 593 do CPP.
O prazo para apresentar as razões do recurso em sentido estrito é de dois dias, nos termos do art.
588 do CPP, portanto, a alternativa “d” também está errada.
A letra “e” também está errada, o tribunal pode sim determinar demais diligências que julgar
necessárias no julgamento da apelação, nos termos 616 do CPP:
Art. 616. No julgamento das apelações poderá o tribunal, câmara ou turma proceder a novo
interrogatório do acusado, reinquirir testemunhas ou determinar outras diligências.

21) São requisitos para interposição de embargos infringentes e de nulidade, exceto


a) Decisão não unanime.
b) Decisão de segunda instância.
c) Desfavorável ao réu.
d) Interposição no prazo de 10 dias.
e) Decisão favorável ao réu.
GABARITO: Letra “e”
Caberá embargos infringentes e de nulidade somente quando a decisão for desfavorável ao réu,
portanto a letra “e” é a alternativa a ser marcada, todas as demais alternativas trazem requisitos
dos embargos, nos termos do art. 609, parágrafo único, do CPP:
Art. 609. (...)
Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao
réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10
(dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for
parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência.

22) No procedimento comum sumário a defesa poderá arrolar até


a) três testemunhas.
b) seis testemunhas.
c) quatro testemunhas.
d) cinco testemunhas.
e) oito testemunhas.
GABARITO: Letra “d”

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A alternativa correta é a letra “d”, nos termos do art. 532, CPP:


Art. 532. Na instrução, poderão ser inquiridas até 5 (cinco) testemunhas arroladas pela
acusação e 5 (cinco) pela defesa.

23) Quanto ao procedimento comum ordinário disciplinado no Código de Processo Penal, é


CORRETO afirmar que
a) o acusado poderá responder à acusação, por escrito, no prazo de quinze dias.
b) produzidas as provas, e não sendo requeridas diligências, serão oferecidas alegações finais
escritas, pela acusação e pela defesa.
c) depois de apresentada a resposta à acusação, o Juiz deverá absolver sumariamente o acusado,
se verificadas as hipóteses previstas na lei.
d) na instrução deverão ser inquiridas, no mínimo, oito testemunhas arroladas pela acusação e oito
pela defesa.
e) tem por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a dois anos de pena
privativa de liberdade.
GABARITO: Letra “c”
A alternativa correta é a letra “c”, nos termos do art. 397, CPP:
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o
juiz DEVERÁ absolver SUMARIAMENTE o acusado quando verificar:
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo
inimputabilidade;
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou
IV - extinta a punibilidade do agente.
A alternativa “a” está errada, o prazo é de 10 dias, nos termos do art. 396 do CPP:
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se
não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à
acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
A alternativa “b” está errada, as alegações, em regra, serão orais (art.403). Só em caso de
complexidade do caso ou número de acusados é que serão feitas por memoriais (art. 403, § 3º).
Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas
alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa,
prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença.
(...)
§ 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder
às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse
caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença.

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A alternativa “d” está errada, são no MÁXIMO oito testemunhas, nos termos do art. 401 do CPP:
Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela
acusação e 8 (oito) pela defesa.
A alternativa “e” está errada, o procedimento será ordinário quando tiver por objeto crime cuja
sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade,
conforme, art. 394, § 1º, I, do CPP:
Art. 394. O procedimento será comum ou especial.
§ 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou
superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;
24) No procedimento relativo aos processos de competência do Tribunal do Júri, o juiz,
fundamentadamente, impronunciará o acusado quando
a) provado não ser ele o autor ou partícipe do fato.
b) o fato não constituir infração penal.
c) demonstrada causa de exclusão do crime.
d) provada a inexistência do fato.
e) não se convencer da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação.
GABARITO: Letra “e”
A alternativa correta é a letra “e”, nos termos do art. 414 do CPP:
Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios
suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o
acusado.
25) Nas comarcas com mais de 1.000.000 (um milhão) de habitantes, o presidente do Tribunal do
Júri alistará de
a) 800 (oitocentos) a 1.500 (mil e quinhentos) jurados.
b) 500 (quinhentos) a 2.000 (dois) mil jurados.
c) 400 (quatrocentos) a 800 (oitocentos) jurados.
d) 300 (trezentos) a 700 (setecentos) jurados.
e) 80 (oitenta) a 400 (quatrocentos) jurados.
GABARITO: Letra “a”
A alternativa correta é a letra “a”, nos termos do art. 425 do CPP:
Art. 425. Anualmente, serão alistados pelo presidente do Tribunal do Júri de 800 (oitocentos)
a 1.500 (um mil e quinhentos) jurados nas comarcas de mais de 1.000.000 (um milhão) de
habitantes, de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) nas comarcas de mais de 100.000 (cem mil)
habitantes e de 80 (oitenta) a 400 (quatrocentos) nas comarcas de menor população.

26) O Tribunal de Júri é composto por 01 (um) juiz togado e por

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a) 20 (vinte) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 05 (cinco) dos quais constituirão o
Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.
b) 20 (vinte) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 07 (sete) dos quais constituirão o
Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.
c) 25 (vinte e cinco) jurados que serão escolhidos pelo presidente dentre os alistados, 05 (cinco)
dos quais constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.
d) 25 (vinte e cinco) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 07 (sete) dos quais
constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.
e) 25 (vinte e cinco) jurados que serão escolhidos pelo presidente dentre os alistados, 07 (sete) dos
quais constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.
GABARITO: Letra “d”
A alternativa correta é a letra “d”, nos termos do art. 447 do CPP:
Art. 447, CPP - O Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz togado, seu presidente e por 25
(vinte e cinco) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 7 (sete) dos quais constituirão
o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.

27) De acordo com a Lei 9.099/95, consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo:
a) as contravenções penais e os crimes cuja pena máxima seja superior a dois anos, cumulada ou
não com multa.
b) os crimes cuja pena máxima seja inferior a dois anos, excluídos os dolosos.
c) as contravenções penais e os crimes cuja pena máxima seja inferior a dois anos, cumulada ou
não com multa.
d) os crimes cometidos em legitima defesa ou estado de necessidade.
e) as contravenções penais e os crimes com pena mínima igual ou inferior a dois anos.
GABARITO: Letra “c”
A alternativa correta é a letra “c”, nos termos do art. 61 da lei 9099/95:
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta
Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2
(dois) anos, cumulada ou não com multa.

28) Em relação a competência e os atos processuais nos juizados especiais criminais, assinale a
alternativa correta.
a) A competência do juizado especial criminal será fixada no local onde o crime se consumou.
b) A citação será pessoal e será feita no próprio juizado se possível, por mandado ou por edital.
c) Os atos processuais não poderão ser realizados em horário noturno.
d) Os atos processuais em outras comarcas só poderão ser feitos mediante carta precatória.
e) Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo.
GABARITO: Letra “e”

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A alternativa correta é a letra “e”, nos termos do art. 65, § 1º, da lei 9099/95:
Art. 65. Os atos processuais serão válidos sempre que preencherem as finalidades para as
quais foram realizados, atendidos os critérios indicados no art. 62 desta Lei.
§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo.
A alternativa “a” está errada a competência nos juizados especiais criminais será determinada
pelo local onde foi praticada a infração e não onde se consumou, nos termos do art. 63 da lei
9.099/95.
Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração
penal.
A letra “b” está errada. Não é possível citação por edital nos juizados especiais criminais,
consoante art. 18, § 2º:
Art. 18 (...)
§ 2º Não se fará citação por edital.
A letra “c” também está errada, os atos processuais podem sim ser realizados em horário
noturno, nos termos do art. 64 da lei 9099/95:
Art. 64. Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno e em
qualquer dia da semana, conforme dispuserem as normas de organização judiciária.
A letra “d” também está errada, a prática de atos processuais pode ser solicitada por qualquer
meio hábil de comunicação nos juizados especiais criminais, nos termos do art. 65, § 2º, da lei
9099/95:
Art. 65. Os atos processuais serão válidos sempre que preencherem as finalidades para as
quais foram realizados, atendidos os critérios indicados no art. 62 desta Lei.
§ 2º A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada por qualquer
meio hábil de comunicação.
29) Da decisão de rejeição da denúncia nos juizados especiais criminais, caberá apelação no
prazo de:
a) 5 dias.
b) 15 dias.
c) 10 dias.
d) 8 dias.
e) 3 dias.
GABARITO: Letra “c”
A alternativa correta é a letra “c”, nos termos do art. 82, § 1º, da lei 9099/95:
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que
poderá ser julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de
jurisdição, reunidos na sede do Juizado.

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§ 1º A apelação será interposta no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença pelo
Ministério Público, pelo réu e seu defensor, por petição escrita, da qual constarão as razões e
o pedido do recorrente.

30) No que diz respeito à suspensão condicional do processo assinale a alternativa correta.
a) A suspensão condicional do processo apenas se aplica nas hipóteses previstas na Lei 9. 9099/95.
b) A proposta de suspensão condicional do processo é possível nos crimes cuja pena máxima seja
inferior a um ano.
c) Para que seja possível a proposta de suspensão condicional do processo devem estar presentes
os requisitos que autorizam a suspensão condicional da pena, dentre outros.
d) O processo poderá ser suspenso por no máximo três anos.
e) É possível a proposta de suspensão condicional do processo a acusado que seja reincidente.
GABARITO: Letra “c”
A letra “c” é a correta, nos termos do art. 89 da lei 9099/95:
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas
ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do
processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não
tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a
suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).
A letra “a” está errada, de acordo com o art. 89 da lei 9099/95, a suspensão condicional do
processo é possível mesmo nos crimes não abrangidos na referida lei, desde de que tenham pena
mínima igual ou inferior a um ano.
A letra “b” também está errada. A suspensão condicional do processo é possível nos crimes cuja
pena mínima cominada seja igual ou inferior a um ano e não a máxima.
A alternativa “c” está errada. Na suspensão o processo poderá ficar suspenso de dois a quatro
anos, e
não por no máximo três.
A alternativa “d” está errada, a suspensão condicional do processo não pode ser proposta a
acusado que tenha sido condenado por outro crime (reincidente), nos termos do art. 89 da lei
9099/95.

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