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Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem

Processo Penal

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Processo Penal

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Processo Penal
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Sumário

Aula 13/11/2023 – Turno da manhã ............................................................................................. 4


Aula 15/11/2023 – Turno da noite .............................................................................................. 15

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Aula 13/11/2023 – Turno da manhã

1. Ação penal
1.1. Conceito
Direito subjetivo de pedir/requerer ao Estado-juiz a aplicação do direito objetivo no caso
concreto.

1.2. Espécies da ação penal


*Para todos verem: esquema.

Espécies

Pública Privada

Condicionada Personalíssima Subsidiária


Incondicionada Exclusiva
da pública

Requisição do
Representação
Ministro da Justiça

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1.2.1. Ação penal pública


• Manejada pelo Ministério Público através de denúncia;
• Incondicionada;
• Condicionada à representação (procuração com poderes especiais - art. 39 do CPP)
ou requisição. Possível retração (“voltar atrás”) até o oferecimento da denúncia (art.
25 do CPP) e nos casos da Lei Maria da Penha até o recebimento da denúncia em
audiência com a presença do Juiz e do Ministério Público (art. 16 da Lei 11.340/06).

1.2.2. Ação penal privada


• Manejada por advogado através da queixa-crime;
• Exige procuração com poderes especiais (art. 44 do CPP).

Atenção:
Art. 24, do CPP
(...)
§ 2o - Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse
da União, Estado e Município, a ação penal será pública.
Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

1.3. Princípios
*Para todos verem: esquema.

PÚBLICA PRIVADA

Obrigatoriedade: tendo elementos


e de autoria e materialidade, o Conveniência e oportunidade:
Ministério Púbico é obrigado a renúncia.
entrar com a ação penal.

Indisponível: o Ministério Público


não pode desistir da ação penal Disponível: perdão.
proposta.

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1.4. Institutos aplicáveis a ação penal privada

*Para todos verem: esquemas.

Antes do Quando ofertado


RENÚNCIA: início da ação Ato unilateral a um, atinge os
penal demais.

Quando ofertado
Após o início
PERDÃO: Ato bilateral a um, atinge os
da ação penal
demais.

1.5. Perdão
• Se um aceitar e os outros não, o processo segue contra os que não aceitaram;
• Aceitação: expressa ou tácita (se o réu não se manifestar em 3 dias).

Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado
será intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser
cientificado de que o seu silêncio importará aceitação.
Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a punibilidade.

Resolva a questão a seguir:

1) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB


Mauro, um pessoa muito educada e atenciosa, teve, de maneira criminosa, teve imputado a ele um fato
ofensivo a sua reputação. Tal prática foi realizada por Nidal, Arnaldo e Letícia. Os dois primeiros são
pessoas não muito confiável e com alguns defeitos, um idoso que esconde a idade e outro com uma
estranha mania de pintar o cabelo, já Leticinha é uma pessoal incrível com um coração muito grande,
mas que certamente foi influenciada negativamente pelos outros dois. Mauro, bondoso como sempre, o
procura na qualidade de advogado e lhe afirma que deseja processar Nidal e Arnaldo, mas que não quer,
em hipótese alguma, processar Letícia. Você, como Advogado, deverá informar a Mauro que:

A) é possível o processo como ele deseja e quem nem mesmo procuração com poderes específicos será
necessário.
B) infelizmente isso não será possível, pois para a ação penal privada vige o princípio da indivisibilidade
e, por conta disso, ou se processa a todos ou não será possível processar nem um deles.
C) seria possível, desde que Nidal e Arnaldo concordassem com o perdão em relação a Letícia.
D) seria possível, pois sendo ação privada cabe apenas ao querelante decidir quem deseja processar
não sendo possível ao Estado trazer, ainda que por meio de lei, regras a esse respeito.

2. Comunicação dos atos processuais


2.1. Citação e relação processual
De acordo com o art. 363 do CPP – com a redação determinada pela Lei 11.719/08 - é

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com citação que se tem completada a formação do processo.

Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do
acusado.

2.2. Destinatário da citação


Será sempre o réu. Não pode ser citada qualquer outra pessoa em seu lugar, nem mesmo
o Advogado, ainda que possua procuração com poderes para tanto.

2.3. Finalidade da citação


Como regra o réu é citado para apresentar resposta a acusação. Incorporado ao art.
396 do CPP pela Lei 11.719/08.

Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz,
se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para
responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

2.4. Espécies de citação


Real ou ficta (presumida):

*Para todos verem: esquema.

Real Ficta

•É aquela realizada na pessoa do réu, •Efetivada por meio de edital


sendo efetivada por: mandado (publicado na imprensa ou fixado no
(cumprido por oficial de justiça no átrio ou na porta do fórum) ou no
âmbito da jurisdição do juiz da causa - caso de citação por hora certa.
carta precatória, carta rogatória, carta
de ordem, ofício requisitório).

Observações:
a) A citação por edital deve ocorrer quando o destinatário está em local incerto e não
sabido. O Edital terá um prazo de 15 dias. Se o acusado, citado por edital, (1) não comparecer,
(2) nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional,
podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o
caso, decretar prisão preventiva.

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b) A citação por hora certa deve ocorrer nos casos em que o oficial de justiça perceber
que o destinatário está se ocultando para não ser citado. Segue as regras do CPC. Uma vez
citado por hora certa o processo deve ter seguimento normal (não ficará suspenso).

2.5. Citação: questões pontuais


a) Réu militar: não é citado por mandado, mas sim por intermédio de seu comandante.
(art. 358 do CPP).
b) Funcionário público: deve-se, além de citar o funcionário público, oficiar a sua chefia
para que não seja interrompida a prestação do serviço (continuidade do serviço público).
(art. 359 do CPP).
c) Réu preso: será citado pessoalmente (art. 360 do CPP).

2.6. Intimações
Súmulas importantes:

Súmula 310 do STF - Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com
efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial terá início na segunda-feira imediata,
salvo se não houver expediente, caso em que começará no primeiro dia útil que se seguir.
Súmula 710 do STF - No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e
não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem.

Resolva a questão a seguir:

2) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB


Após receber o devido mandado de citação, João, Oficial de Justiça da Comarca de Santiago, vai até o
endereço constante do mesmo e lá recebe a informação de que o destinatário da ordem, Senhor Arlindo,
não mora no endereço. Ocorre que ao conversar com moradores da região é informado de que Arlindo
reside sim no endereço constante do mandado, mas que é muito procurado e, em face disso, está sempre
se ocultado de oficiais de justiça. Com essa informação o oficial se desloca, mais uma vez, a residência
de seu Arlindo e, inclusive percebe que seu carro está na garagem, mas é novamente informado que ele
não se encontra na casa. Diante dessa situação deve o oficial de justiça:

A) devolver o mandado para que seja procedida a citação por edital.


B) certificar o ocorrido e considerar seu Arlindo citado, pois o mesmo ficará, sem sombra de dúvida, ciente
de que houve a sua procura.
C) proceder a citação por hora certa, observadas as regras do processo civil.
D) colher a assinatura de algum morador da casa e considerar seu Arlindo citado, pois a citação pode
ocorrer na pessoa da família do destinatário, desde que esse parentesco seja indiscutível.

3. Provas
• Prova ilegal/ilícita deve ser desentranhada;

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• É possível a prova emprestada.

Resolva a questão a seguir:

3) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB


Pedro foi vítima de um crime de furto de seu computador de trabalho. Tal delito foi praticado mediante
arrombamento da porta de acesso ao seu escritório. Muito cauteloso, Pedro solicitou a sua secretária
que, imediatamente, chamasse o marceneiro para arrumar a porta, pois outros objetos de valor havia no
escritório. Ato contínuo Pedro registrou o boletim de ocorrência sobre o delito. Compareceu ao escritório
o marceneiro e a porta foi consertada. Em face do registro da ocorrência foi instaurado inquérito policial
e o delegado determinou que fosse realizada perícia no local do crime. Quando o peito lá comparece a
porta já estava consertada e a perícia não foi realizada. Diante dessa situação o que deve fazer a
autoridade policial:

A) dar continuidade ao inquérito sem a perícia


B) diante do concerto, feito a revelia da autoridade policial, deve o inquérito ser enviado ao judiciário, de
imediato, pois a perícia era dispensável no caso concreto
C) de ser realizado o exame de corpo de delito indireto com a oitiva da secretaria e do marceneiro, pois
ambos viram a porta arrombada.
D) a perícia pode ser dispensada pela autoridade policial no caso de prisão do autor de delito e de sua
confissão.

3.1. Principais artigos do CPP

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de
delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos
utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em
locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu
reconhecimento até o descarte.
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial,
portador de diploma de curso superior.
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas,
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as
que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.
§ 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao
querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.
§ 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão
dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os
peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele
prazo, o que declararão no auto.
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou
em parte.
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial
negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento
da verdade.
Art. 185, § 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no

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estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança


do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do
defensor e a publicidade do ato.
§ 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das
partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou
outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a
medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades:
I – prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso
integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o
deslocamento;
II – viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante
dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância
pessoal;
III – impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja
possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste
Código;
IV – responder à gravíssima questão de ordem pública.
Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos
em qualquer fase do processo.
Art. 236. Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata,
serão, se necessário, traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea
nomeada pela autoridade.
Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou a requerimento de qualquer das
partes.

4. Recursos criminais
Além dos recursos criminais em espécies (como por exemplo: apelação, recurso no
sentido estrito, agravo em execução, entre outros), é muito importante conhecer dois pontos
relacionados à matéria, quais sejam: a) proibição de reformatio in pejus quando o recurso
interposto for exclusivo da defesa (art. 617, parte final, do CPP); e b) o efeito extensivo dos
recursos criminais (art. 580 do CPP).
a) Proibição de reformatio in pejus quando o recurso for exclusivo da defesa (art.
617, parte final, do CPP)1: no processo penal quando apenas a defesa interpor recurso, o
julgamento não poderá prejudicar o acusado. Portanto, a resposta deverá ser melhor para o
acusado ou manter a situação como está, sob pena de nulidade.
Por exemplo, Fábio condenado à pena de 6 anos, apenas a defesa interpõe apelação, o
julgamento pelo Tribunal somente poderá melhorar a situação ou deixá-la igual, se piorar de
alguma forma, estaremos diante de uma ilegalidade, que gerará a nulidade do acórdão.

1Art. 617 do CPP. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao disposto nos arts. 383, 386 e 387,
no que for aplicável, não podendo, porém, ser agravada a pena, quando somente o réu houver apelado da
sentença.

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b) Efeito extensivo dos recursos criminais (art. 580 do CPP)2: no processo penal
quando estivermos diante do caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por
um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal,
aproveitará aos outros.
Desta forma, se a questão versar sobre questões processuais, como por exemplo, o
afastamento de uma qualificadora, em razão da ausência de perícia, aproveitará a todos os
demais, ainda que não tenham recorrido.

Resolva a questão a seguir:

4) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB


Nidal, Letícia, Arnaldo e Mauro praticaram o delito de furto qualificado mediante concurso de agentes e
rompimento de obstáculo. Para ingressarem no local e subtraírem os bens pretendidos danificaram os
cadeados que protegiam o local, o que restou comprovado com a perícia técnica. Após a devida instrução
criminal, Arnaldo foi absolvido, porém Nidal, Letícia e Mauro foram condenados. A sentença penal
condenatória transitou em julgado para o Ministério Público, sendo que apenas a defesa de Mauro
interpôs recurso de apelação. O objetivo do recurso defensivo era buscar o reconhecimento da prescrição
da pretensão punitiva, visto que Mauro ao tempo da sentença possuia mais de 70 anos. Diante das
informações, assinale a alternativa correta:

A) Caso o Tribunal reconheça a prescrição da pretensão punitiva, em razão de Mauro na data da sentença
possuir mais de 70 anos e por isso o prazo prescricional ficar reduzido pela metade, esta decisão somente
produzirá efeitos para ele, pois se trata de um motivo pessoal.
B) Como os demais corréus não recorreram, jamais poderiam ser beneficiados por qualquer decisão que
sobrevier a partir do recurso interposto pelo réu Mauro, independente do motivo.
C) Caso seja reconhecida a prescrição da pretensão punitiva, com o argumento de Mauro na data da
sentença possuir mais de 70 anos, e por isso o prazo prescricional ficar reduzido pela metade, esta
decisão produzirá efeito a todos os corréus visto que se trata de matéria que envolve o direito de punir do
Estado.
D) As decisões no processo penal sempre se estendem a todos os réus, independentemente dos motivos,
em razão do princípio do favor rei.

5. Juizado Especial Criminal – Lei nº 9.099/95


No âmbito da Lei 9.099/95 é importante ficarmos atentos aos institutos que chamamos de
medidas despenalizadoras (os quais evitam que a pessoa venha a ter uma condenação) são
eles:

2Art. 580 do CPP. No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a decisão do recurso interposto por um
dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros.

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*Para todos verem: esquema.

Composição Art. 74 da Lei


civil dos danos 9.099/95

Medidas Transação Art. 76 da Lei


despenalizadoras penal 9.099/95

Suspensão
Art. 89 da Lei
condicional do
9.099/95
processo

Vou chamar atenção para a composição civil dos danos e para a transação penal.
Somente serão ofertados esses institutos para as chamadas infrações de menor potencial
ofensivo (art. 61 da Lei 9.099/95), crimes com pena máxima não superior a 2 anos e as
contravenções penais (Decreto 3.688/41).

*Para todos verem: tabela.

Audiência preliminar – art. 72 da Lei 9.099/95

Composição civil dos danos (art. 74) Transação (art. 76)

Em regra, proposta feita pelo Ministério


Acordo entre as partes. Público, o qual sugere a aplicação de uma pena
restritiva de direito ou pena de multa para evitar o
oferecimento de uma acusação.

• Homologado pelo juiz; Requisitos – art. 76, §2º, da Lei 9.099/95:


• Sentença irrecorrível (título executivo);
• Caso seja descumprido: executado • Não ter sido condenado pela prática de crime
no juízo civil competente. por sentença irrecorrível à pena privativa de
liberdade;
• Não ter utilizado outra transação nos últimos 5
anos;
• Circunstâncias e personalidade favoráveis.

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• Nos casos de ações penais privadas • Caso haja descumprimento: Súmula


e públicas condicionadas à Vinculante nº 35 do STF.
representação o acordo entre as • Da sentença que concede transação: caberá
partes resulta na extinção da apelação (art. 76, §5º, da Lei 9.099/95).
punibilidade. • Súmula 536 do STJ.
• Nos casos de ação pública • Não gera antecedentes.
incondicionada a lei não traz
qualquer efeito para fins penais, por
isso seguimos para a próxima
possibilidade – seria a transação, se
preenchidos os requisitos.

Resolva a questão a seguir:

5) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB


Victor, revoltado com o comportamento de seu vizinho, que todos os domingos pela manhã resolve aparar
a grama, produzindo barulho de máquina no único dia que teria possibilidade de descansar, resolve
danificar o portão da residência com golpes de martelo. Fabrício inconformado com os danos registra
ocorrência policial, noticiando a ocorrência do crime de dano (art. 163, caput, do CP). Após o termo
circunstanciado ser encaminhado ao Juizado Especial Criminal, as partes foram intimadas a comparecer
na audiência preliminar. No dia designado, ambos compareceram ao local, tendo Victor informado que
praticou o ato numa situação de desespero, pois estava esgotado por não conseguir descansar, se
desculpou e comprometeu-se a arcar com os danos. Neste caso, como advogado de Victor é correto
afirmar que:

A) Caso não arque com os danos acordados, como se comprometeu em audiência, Fabrício poderá
propor queixa-crime no âmbito do Juizado Especial Criminal pela prática do crime de dano, visando
processá-lo criminalmente.
B) O acordo de Victor e Fabrício será reduzido a escrito e homologado pelo juiz mediante sentença
irrecorrível, o qual terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente, em caso de
descumprimento.
C) Após a realização do acordo, Victor poderá interpor apelação para discutir o valor ajustado.
D) O acordo realizado em audiência deverá ser homologado pelo Ministério Público.

6. Execução penal – Lei nº 7.210/1984 (LEP)


A execução das penas e medidas de segurança no Brasil respeitam as regras contidas na
Lei 7.210/84.
Ao Juiz da Vara de Execução Penal compete decidir sobre os direitos em sede de
execução, alguns estão listados no art. 66 da LEP. Lembre-se, que das decisões do Juiz da Vara
de Execução Penal negando ou concedendo direitos o recurso cabível será o agravo em

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execução – art. 197 da LEP.


Durante a execução de uma pena privativa de liberdade, o apenado busca alcançar
direitos como progressão de regime (art. 112 da LEP), remição de pena (art. 126 da LEP),
livramento condicional, entre outros.

*Para todos verem: tabela.

Progressão de regime – crimes comuns (não hediondos)

Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a
transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver
cumprido ao menos:

Se o apenado for primário e o Ex.: apenado é primário está


I - 16% (dezesseis por crime tiver sido cometido sem executando pena por peculato
cento) da pena violência à pessoa ou grave / estelionato...
ameaça.

II - 20% (vinte por Se o apenado for reincidente em


cento) da pena crime cometido sem violência à
pessoa ou grave ameaça.

Se o apenado for primário e o


III - 25% (vinte e cinco crime tiver sido cometido com
por cento) da pena violência à pessoa ou grave
ameaça.

Se o apenado for reincidente em


IV - 30% (trinta por cento)
crime cometido com violência à
da pena
pessoa ou grave ameaça.

Resolva a questão a seguir:

6) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB


Carlos é primário, foi condenado à pena de 5 anos, pela prática de homicídio simples, na modalidade
tentada, praticado em 20/03/2020. Iniciou a execução da sua pena e seus familiares estão confusos com
os direitos em sede de execução penal, por isso contrataram o seu escritório de advocacia para esclarecer
as dúvidas sobre progressão de regime. Considerando as informações, assinale a alternativa correta:

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A) Carlos não terá direito à progressão de regime, visto que praticou crime hediondo com resultado morte.
B) Carlos terá direito à progressão de regime quando completar ao menos 40% do cumprimento da pena,
considerando que é primário e praticou crime hediondo.
C) Carlos deverá cumprir ao menos 25% da pena, visto que é primário e praticou crime com violência à
pessoa.
D) Carlos deverá cumprir ao menos 50% da pena, visto que é primário e praticou crime hediondo com
resultado morte.

7. Revisão criminal
Trata-se de ação penal de impugnação, prevista no artigo 621 do CPP, que visa modificar
a coisa julgada penal em prol do acusado. As hipóteses de cabimento estão no artigo 621 do
CPP, vejamos:

Art. 621 do CPP. A revisão dos processos findos será admitida:


I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à
evidência dos autos;
II - quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos
comprovadamente falsos;
III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado
ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena.

Aula 15/11/2023 – Turno da noite

1. Competência
• Limite da jurisdição;
• Advém de uma regra legal.

Veja o esquema a seguir...

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*Para todos verem: esquema.

Matéria Pessoa Lugar

Absoluta Absoluta Relativa


improrrogável improrrogável prorrogável

1.1. Guia de competência


*Para todos verem: esquema.

1 O autor tem foro por


prerrogativa de função?

• Prefeito: Tribunal de Justiça;


• Governador: Superior Tribunal de Justiça;
• Deputado Federal/Senador: Supremo Tribunal Federal;
• Juiz em atividade: Tribunal que atua, independentemente do local do crime;
• Promotor em atividade: Tribunal que atua, independentemente do local do crime.

*Para todos verem: esquemas.

Jurisprudência STF e STJ: no caso de Deputados Federais/Senadores e


Governador, há dois critérios para foro de prerrogativa: 1) Esteja no
cargo/diplomado; 2) Crime tenha relação com o cargo.

Se a resposta for não à pergunta


2 1, passamos a analisar em qual
justiça será julgado.

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• Militar Eleitoral;
• Comum (Estadual ou Federal).
*Para todos verem: esquema.

3 Território/jurisdição

• Regra: lugar de consumação | teoria do resultado;


• Exceção: JECRIM | teoria da atividade.
*Para todos verem: esquema.

Jurisprudência: crimes contra à vida (dolosos ou culposos) devem levar em


consideração a comunidade que foi atingida e a produção da prova | teoria da
atividade.

• Não sabendo o local do crime: domicílio ou residência do réu;


• Mais de um domicílio: prevenção;
• Não tem residência certa ou ignorado o paradeiro: juiz que primeiro tomar
conhecimento.

*Para todos verem: esquema.

Quando incerta
dívida

PREVENÇÃO
Crime permanente
(sequestro)

Infração
continuada

1.2. Causas de modificação da competência

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*Para todos verem: esquema.

CONEXÃO CONTINÊNCIA

Intersubjetiva: simultaneidade, Concurso de pessoas ou uma


concurso ou reciprocidade pessoa em concurso de crimes

Objetivas: material ou probatória

Ainda, o Código de Processo Penal prevê:

Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de
execução.
[...]
§ 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940 (Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de
cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento
frustrado ou mediante transferência de valores, a competência será definida pelo local do
domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á pela
prevenção.

1.3. Como resolver questões sobre modificação de competência?

*Para todos verem: esquema.

Infrações da mesma
Júri + outro crime Conexão e continência
categoria

Tudo vai à Júri, exceto


Lugar do crime mais grave Lugar de maior número de
crime eleitoral, crime militar
infrações
e ato infracional

Atenção: no processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente
o juízo da Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver
residido no Brasil, será competente o juízo da Capital da República.

18
Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem
Processo Penal

1.4. Justiça Federal


• Tribunal Regional Federal: revisão criminal;
• Não é recurso, é ação autônoma de impugnação.
*Para todos verem: esquema.

3. Bens, interesses ou
1. Nunca julga 2. Julga crimes serviços da União, autarquia
Juiz Federal:
contravenção (crime político) e empresa pública

Resolva a questão a seguir:

7) FGV - 2019 - OAB - 29º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


Anderson, Cláudio e Jorge arquitetam um plano para praticar crime contra a agência de um banco,
empresa pública federal, onde Jorge trabalhava como segurança. Encerrado o expediente, em
03/12/2017, Jorge permite a entrada de Anderson e Cláudio no estabelecimento e, em conjunto, destroem
um dos cofres da agência e subtraem todo o dinheiro que estava em seu interior. Após a subtração do
dinheiro, os agentes roubam o carro de Júlia, que trafegava pelo local, e fogem, sendo, porém, presos
dias depois, em decorrência da investigação realizada. Considerando que a conduta dos agentes
configura os crimes de furto qualificado (pena: 2 a 8 anos e multa) e roubo majorado (pena: 4 a 10 anos
e multa, com causa de aumento de 1/3 até metade), praticados em conexão, após solicitação de
esclarecimentos pelos envolvidos, o(a) advogado(a) deverá informar que

A) a Justiça Federal será competente para julgamento de ambos os delitos conexos.


B) a Justiça Estadual será competente para julgamento de ambos os delitos conexos.
C) a Justiça Federal será competente para julgamento do crime de furto qualificado e a Justiça Estadual,
para julgamento do crime de roubo majorado, havendo separação dos processos.
D) tanto a Justiça Estadual quanto a Federal serão competentes, considerando que não há relação de
especialidade entre estas, prevalecendo o critério da prevenção.

2. Prisão
*Para todos verem: esquema

Art. 311, 312, 313


Preventiva
e 318-A do CPP
Prisões
cautelares
Temporária Lei 7.960/89

19
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Processo Penal

2.1. Temporária (só cabível na fase do inquérito policial)


• 05 dias, prorrogáveis por mais 05 dias;
• Crime hediondo: 30 dias prorrogáveis por mais 30 dias.

2.2. Flagrante
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal (próprio);
II - acaba de cometê-la (próprio);
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em
situação que faça presumir ser autor da infração (impróprio);
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam
presumir ser ele autor da infração (presumido).

Observações: juiz, MP e família devem ser imediatamente comunicados:


• Em 24 horas;
• Deve ser expedida a nota de culpa;
• Deve o APF ser enviado ao Juiz (que marcará audiência de custódia);
• Falta de testemunha não impede o flagrante;

Art. 304 § 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização
criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a
liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares.

2.3. Preventiva
• Cabe na fase do IP ou da ação penal;
• Não pode ser decretada de ofício pelo juiz;
• Quando ilegal deve ser relaxada (art. 5º, LXV da CF);
• Quando não mais necessária deve ser revogada (art. 316 do CPP);
• Admissibilidade prevista no art. 313 do CPP.

Cabível:

20
Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem
Processo Penal

*Para todos verem: esquema.

Ordem pública;

Ordem econômica;
Preventiva

Assegurar a aplicação da lei penal;

Conveniência da instrução criminal;

Descumprimento de qualquer das obrigações impostas


por força de outras medidas cautelares;

Houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou


quando esta não fornecer elementos suficientes para
esclarecê-la.

• Deve ser revista a cada noventa dias;


• Possível ser domiciliar (art. 318 do CPP);
• Direito da mulher gestante ou mãe de criança ou pessoa deficiente (art. 318-A do
CPP).

Resolva a questão a seguir:

8) FGV - 2022 - OAB - 36º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


Vitor respondia ação penal pela suposta prática do crime de ameaça (pena: 01 a 06 meses de detenção
ou multa) contra sua ex-companheira Luiza, existindo medida protetiva em favor da vítima proibindo o
acusado de se aproximar dela, a uma distância inferior a 100m.
Mesmo intimado da medida protetiva de urgência, Vitor se aproximou de Luiza e tentou manter com ela
contato, razão pela qual a vítima, temendo por sua integridade física, procurou você, como advogado(a),
e narrou o ocorrido. Nessa ocasião, Luiza esclareceu que, após a denúncia do crime de ameaça, Vitor
veio a ser condenado, definitivamente, pela prática do delito de uso de documento falso por fatos que
teriam ocorrido antes mesmo da infração penal cometida no contexto de violência doméstica e familiar
contra a mulher.
Com base nas informações expostas, você, como advogado(a) de Luiza, deverá esclarecer à sua cliente
que

A) não poderá ser decretada a prisão de Vitor, pois não há situação de flagrância.
B) não poderá ser decretada a prisão preventiva de Vitor, pois o crime de ameaça tem pena inferior a 04
anos e ele é tecnicamente primário.

21
Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem
Processo Penal

C) poderá ser decretada a prisão preventiva de Vitor, pois, apesar de o crime de ameaça ter pena máxima
inferior a 04 anos, o autor do fato é reincidente.
D) poderá ser decretada a prisão preventiva de Vitor, mesmo sendo tecnicamente primário, tendo em
vista a existência de medida protetiva de urgência anterior descumprida.

3. Inquérito policial
3.1. Conceito
Procedimento administrativo com a finalidade de buscar elementos de autoria (quem fez)
e de materialidade (qual o delito) para que uma futura ação penal seja proposta.
Presidido pelo Delegado de Polícia.

*Para todos verem: esquema.

Preparatório Inquisitivo Sigiloso

Prepara uma Não há ampla defesa e Não se aplica ao MP, ao juiz


futura ação contraditório, que ficarão e ao advogado (que tem
penal. postergados/diferidos acesso ao inquérito,
para a ação penal. inclusive sem procuração);

Ao advogado é exigida
procuração quando for caso
de segredo de justiça.

3.2. Natureza jurídica


Natureza jurídica é de procedimento administrativo.

3.3. Outras formas de investigação

Artigo 4º do CPP. A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território
de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua
autoria. Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de
autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.

3.4. Investigação pelo Ministério Público


• Procedimento investigatório criminal: PIC;

22
Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem
Processo Penal

• Teoria dos poderes implícitos;


• A fundamentação para que o MP possa investigar.

*Para todos verem: esquemas.

Respeito aos direitos fundamentais

Situações que tem cláusula de reserva de jurisdição

Respeitar prerrogativas dos advogados

Investigação realizadas por membros

Formas de
início

Ação penal
Ação penal Ação penal
pública
incondicionada privada
condicionada

Requerimento da Representação
Requisição do Se a vítima buscar a
vítima ou de seu Notícia de Auto de prisão da vítima ou
Ex officio juiz ou Ministério delegacia de polícia
representante qualquer pessoa em flagrante representante
Público autorizando o início
legal legal
da investigação

• Em caso de denúncia anônima, deve ser realizada uma investigação prévia para
ver a viabilidade da denúncia;
• Elementos informativos são diferentes de provas? Sim! (art. 155 do CPP).

*Para todos verem: esquema

INQUÉRITO POLICIAL: AÇÃO PENAL:

- Elementos informativos; - Provas;

- Não há contraditório e - Há contraditório e ampla


ampla defesa. defesa.

23
Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem
Processo Penal

Atenção: não se pode condenar com base exclusiva em elementos informativos.

3.5. Características do inquérito policial

*Para todos verem: esquema.

Obrigatório

Discricionário

Dispensável

Informativo

Características Escrito

Sigiloso

Inquisitivo

Indisponível

Temporário

3.6. Encerramento do IP
*Para todos verem: esquema.

Requer novas
diligências
Juiz encaminha Ministério
ao MP Público
Delegado Concorda com o
Oferece arquivamento
encaminha os denúncia
autos ao juiz
Discorda do
Encaminha ao arquivamento,
Juiz concorda
chefe do MP determinando
Arquivamento que outro
Juiz discorda ofereça a
denúncia ou ele
mesmo oferece

24
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Resolva a questão a seguir:

9) FGV - 2018 - OAB - 27º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


Após receber denúncia anônima, por meio de disque-denúncia, de grave crime de estupro com resultado
morte que teria sido praticado por Lauro, 19 anos, na semana pretérita, a autoridade policial, de imediato,
instaura inquérito policial para apurar a suposta prática delitiva. Lauro é chamado à Delegacia e apresenta
sua identidade recém-obtida; em seguida, é realizada sua identificação criminal, com colheita de digitais
e fotografias. Em que pese não ter sido encontrado o cadáver até aquele momento das investigações, a
autoridade policial, para resguardar a prova, pretende colher material sanguíneo do indiciado Lauro para
fins de futuro confronto, além de desejar realizar, com base nas declarações de uma testemunha
presencial localizada, uma reprodução simulada dos fatos; no entanto, Lauro se recusa tanto a participar
da reprodução simulada quanto a permitir a colheita de seu material sanguíneo. É, ainda, realizado o
reconhecimento de Lauro por uma testemunha após ser-lhe mostrada a fotografia dele, sem que fossem
colocadas imagens de outros indivíduos com características semelhantes. Ao ser informado sobre os
fatos, na defesa do interesse de seu cliente, o(a) advogado(a) de Lauro, sob o ponto de vista técnico,
deverá alegar que

A) o inquérito policial não poderia ser instaurado, de imediato, com base em denúncia anônima
isoladamente, sendo exigida a realização de diligências preliminares para confirmar as informações
iniciais.
B) o indiciado não poderá ser obrigado a fornecer seu material sanguíneo para a autoridade policial, ainda
que seja possível constrangê-lo a participar da reprodução simulada dos fatos, independentemente de
sua vontade.
C) o vício do inquérito policial, no que tange ao reconhecimento de pessoa, invalida a ação penal como
um todo, ainda que baseada em outros elementos informativos, e não somente no ato viciado.
D) a autoridade policial, como regra, deverá identificar criminalmente o indiciado, ainda que civilmente
identificado, por meio de processo datiloscópico, mas não poderia fazê-lo por fotografias.

4. Instrução criminal
4.1. Procedimento comum3 ordinário (arts. 394 a 405 do CPP)4

3 De acordo com o art. 394 do CPP, o procedimento penal será: comum (ordinário, sumário ou sumaríssimo) ou
especial (Ex.: Procedimento do Júri; Procedimento da Lei de Drogas; Lei 8.038/90; Procedimento para apuração
dos crimes imateriais – art. 524 do CPP, entre outros).
4 Aplicado aos crimes cuja PENA MÁXIMA prevista seja IGUAL ou SUPERIOR a 4 anos – art. 394, §1º, I, CPP,

desde que não haja previsão de aplicação de procedimento especial.

25
Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem
Processo Penal

*Para todos verem: esquema.

Rejeita
liminarmente Resposta à
a denúncia ou Absolve
acusação: art. sumariamente:
queixa-crime. 396-A do CPP;
Oferecimento art. 397 do CPP;
da denúncia Prazo 10 dias; OU
ou queixa- Juiz
Recebe a Poderá sustentar
crime denúncia ou tudo que interesse Juiz
Citação Designa a
queixa-crime: a defesa, até audiência de Sentença:
art. 396, CPP. mesmo postular a instrução e arts. 386 e
rejeição tardia da julgamento: art. 387 do CPP.
peça acusatória. 400 do CPP.

Recursos:
• Apelação: art. 593 do CPP;
• Embargos declaratórios: art. 382 do CPP.

4.2. Oferecimento da denúncia ou queixa-crime

*Para todos verem: esquema.

A denúncia ou queixa conterá (art. 41 do CPP):

A exposição do fato criminoso, com todas as suas


circunstâncias;

A qualificação do acusado ou esclarecimento


pelos quais se possa identificá-lo;

A classificação do crime;

Quando necessário, o rol de testemunhas.

4.3. Rejeição da denúncia ou queixa


Causas de rejeição da denúncia ou queixa-crime:
a) Inepta: ausência dos requisitos do art. 41 do CPP, quando necessários.
b) Ausência de condição ou dos pressupostos para a ação penal. Exemplo:
legitimidade/ausência de representação.
c) Ausência de justa causa: ausência de elementos mínimos para a acusação.

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Processo Penal

*Para todos verem: esquema.

Qual o recurso cabível contra a rejeição da


denúncia ou queixa?

Recurso em sentido estrito - RESE - art. 581, I,


do CPP - 5 dias

Exceção: JECRIM - art. 82 da Lei 9.099 -


APELAÇÃO - 10 dias

Súmula 707 do STF. Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer
contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação
de defensor dativo.

4.4. Recebimento da denúncia ou queixa-crime


• Decisão irrecorrível;
• Poderá ser atacada através de habeas corpus, que não é recurso.

4.5. Citação
*Para todos verem: esquema.

Real/pessoal
Hora certa: acusado se oculta
Citação para não ser citado.
Ficta/presumida
Edital: acusado não é
encontrado para ser citado.

Réu não encontrado:


• Se o acusado comparece ao processo, segue normalmente;
• Se não comparece nem constitui defensor: o processo ficará suspenso e contagem
de prescrição - art. 366 do CPP.

Súmula 415 do STJ: O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo


máximo da pena cominada.

27
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Processo Penal

4.6. Resposta à acusação – art. 396–A do CPP


Prazo: 10 dias.

Súmula 710 do STF: No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e


não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem.
Súmula 310 do STF: Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com
efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial terá início na segunda-feira imediata,
salvo se não houver expediente, caso em que começará no primeiro dia útil que se seguir.

Observação: é possível a defesa solicitar na resposta à acusação que o juiz análise


novamente a hipótese de rejeição da denúncia ou queixa.

4.7. Absolvição sumária

Art. 397 do CPP. A decisão de absolvição sumária, após transitar em julgado, produz
efeito de coisa julgada material, não podendo mais ser modificada.

*Para todos verem: esquema.


Excludentes de culpabilidade, exceto inimputabilidadeAtipicidade da condutaExtinção da
Excludentes de ilicitude

Excludentes de culpabilidade, exceto inimputabilidade

Atipicidade da conduta

Extinção da punibilidade

Se não houver absolvição sumária é obrigatória a designação de audiência.

4.8. Audiência
Art. 400 do CPP.
*Para todos verem: esquema.

Peritos/
Debates
Oitiva da acareações/
Oitiva do orais/
acusação/ reconhecimento Interrogatório
ofendido alegações
defesa de pessoas e
orais
coisas

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Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem
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Poderá ocorrer a conversão dos debates orais em memoriais em razão da


complexidade/número de acusados/ pendência de diligências.
Prazo: 05 dias.

Resolva a questão a seguir:

10) FGV - 2020 - OAB - 31º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase
Caio foi denunciado pela suposta prática do crime de estupro de vulnerável. Ocorre que, apesar da
capitulação delitiva, a denúncia apresentava-se confusa na narrativa dos fatos, inclusive não sendo
indicada qual seria a idade da vítima. Logo após a citação, Caio procurou seu advogado para
esclarecimentos, destacando a dificuldade na compreensão dos fatos imputados.
O advogado de Caio, constatando que a denúncia estava inepta, deve esclarecer ao cliente que, sob o
ponto de vista técnico, com esse fundamento poderia buscar

A) a rejeição da denúncia, podendo o Ministério Público apresentar recurso em sentido estrito em caso
de acolhimento do pedido pelo magistrado, ou oferecer, posteriormente, nova denúncia.
B) sua absolvição sumária, podendo o Ministério Público apresentar recurso de apelação em caso de
acolhimento do pedido pelo magistrado, ou oferecer, posteriormente, nova denúncia.
C) sua absolvição sumária, podendo o Ministério Público apresentar recurso em sentido estrito em caso
de acolhimento do pedido pelo magistrado, mas, transitada em julgado a decisão, não poderá ser
oferecida nova denúncia com base nos mesmos fatos.
D) a rejeição da denúncia, podendo o Ministério Público apresentar recurso de apelação em caso de
acolhimento do pedido pelo magistrado, mas, uma vez transitada em julgado a decisão, não caberá
oferecimento de nova denúncia.

5. Procedimento especial dos crimes dolosos contra a vida


O procedimento especial para apuração dos crimes dolosos contra a vida, divide-se em
duas fases, vejamos:
• 1ª fase do procedimento do júri: arts. 406 a 421 do CPP;
• 2ª fase do procedimento do júri: arts. 422 a 497 do CPP.

Neste procedimento serão julgados os crimes dolosos contra a vida, tentados ou


consumados, previstos no artigo 74, §1, do CPP, quais sejam: homicídio doloso, aborto,
infanticídio e instigação, induzimento, auxílio ao suicídio.
Obs.: 1) Se um crime doloso contra a vida tiver sido cometido com outro de outra espécie,
por exemplo, crime de estupro, ambos serão julgados no tribunal do júri, em face da conexão,
nos termos do art. 78, I, do CPP.
Obs.: 2) Fique atento em crimes que em regra não são da competência do Júri, como é o

29
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caso do latrocínio (Súmula 603 do STF) e lesão corporal seguida de morte.

5.1. Primeira fase do júri: arts. 406 – 421 do CPP


A primeira fase é muito similar ao procedimento comum ordinário, porém com as suas
particularidades, vejamos:
a) Quando ocorre um crime doloso contra à vida, após a apuração dos indícios de autoria/
participação, bem como a materialidade, teremos o oferecimento da denúncia ou queixa (art. 406
do CPP).
b) O juiz pode proferir uma decisão de rejeição se presentes às hipóteses do art. 395 CPP.
Ou pode receber a denúncia ou queixa, quando irá determinar a citação do acusado para
apresentar a resposta a acusação no prazo de 10 dias (art. 406 CPP).
c) No artigo 406, §§ 4º e 5º prevê que nessa primeira fase a defesa e a acusação terão
direito à 08 testemunhas.
d) Apresentada a resposta à acusação, diferente do rito ordinário, o juiz, é dada vista à
acusação (art. 409 CPP), pelo prazo de 05 dias para que o MP se manifesta sobre documentos
e alegações trazidos na resposta. O MP se manifestando o juiz designará audiência do artigo
411 do CPP.
e) A ordem de inquirição será a mesma, primeiro a vítima (se possível), testemunhas de
acusação, testemunhas de defesa, peritos, reconhecimento de pessoas ou coisas, acareações,
oitiva do acusado e por fim alegações finais orais.
f) As decisões do juiz que encerram a primeira fase do júri, são decisões próprias do juiz
da Vara Criminal do Tribunal do Júri e podem ser:
• Pronúncia (art. 413 do CPP): que é a decisão que vai conduzir o réu para a segunda
fase;
• Impronúncia (art. 414 do CPP);
• Absolvição sumária, que ocorre após a instrução (art. 415 do CPP);
• Desclassificação (art. 419 do CPP).

O juiz vai pronunciar quando, após a instrução, estiver convencido da materialidade ou


dos indícios de autoria ou participação do acusado. O juiz não pode julgar, ele tem que fazer
uma fundamentação (art. 413, §1º, CPP) indicando de forma comedida a sua fundamentação.
Por exemplo: o juiz não poderá dizer de forma peremptória que não existiu a legítima defesa, se
fizer ele estará usurpando as funções dos jurados o que gera uma nulidade da decisão de

30
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pronúncia.
*Para todos verem: esquemas.

Art. 413 do CPP

Pronúncia

RESE - art. 581,


IV, do CPP

Art. 414 do CPP

Impronúncia

Apelação - art.
416 do CPP

Art. 415 do CPP

Absolvição
sumária
Apelação - art.
416 do CPP

Art. 419 do CPP

Desclassificação

RESE - art. 581, II,


do CPP

Resolva a questão a seguir:

11) FGV – 2022 - OAB – 34° Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase
Ao término da instrução criminal no processo em que Irineu foi denunciado pelo crime de homicídio doloso
consumado que vitimou Alberto, o advogado de Irineu teve a palavra em audiência para fazer suas
alegações finais (juízo de admissibilidade da acusação). No curso do inquérito policial o Delegado de
Polícia representou ao juízo competente pelo incidente de insanidade mental, cujo laudo afirmou que, na
data em que o crime foi praticado, Irineu era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato.
Ouvidas as testemunhas arroladas na denúncia, Roberta, cliente que estava no bar em que aconteceu o

31
Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem
Processo Penal

crime, declarou que Irineu tinha traços semelhantes àqueles da pessoa que efetuou o disparo de arma
de fogo, mas não poderia afirmar com certeza a autoria. No mesmo sentido foi o depoimento de Laércio,
que era garçom daquele estabelecimento comercial. Rui, que estava no caixa do bar, e Ana, a gerente,
disseram não ter condições de reconhecer o réu. Irineu sempre negou a autoria do homicídio. Você, como
advogado(a) de defesa de Irineu, em alegações finais, deve sustentar a tese de

A) nulidade do processo desde a decisão que determinou o exame de insanidade mental, pois o Delegado
de Polícia não poderia representar pelo incidente de insanidade mental, por não ter qualidade de parte.
B) absolvição sumária, em razão do laudo do exame de insanidade mental ter afirmado que Irineu era
absolutamente incapaz, por doença mental, sem condições, à época, de entender o caráter ilícito do fato.
C) impronúncia de Irineu, posto que a prova testemunhal não revelou a existência de indícios suficientes
de autoria.
D) despronúncia, em razão das declarações de Rui e Ana, que não reconheceram Irineu como autor do
disparo de arma de fogo.

5.2. Segunda fase do júri: arts. 422 a 497 do CPP


Em relação à segunda fase do Júri, o regramento está previsto nos artigos 422 a 497 do
CPP. Nesta fase, temos a presença dos jurados, que irão compor o conselho de sentença (art.
425 do CPP).
*Para todos verem: esquema.

Sessão plenária
Preparação do - Sorteio do -Debates orais: - Sentença do
processo para conselho de art. 476, CPP; juiz presidente;
julgamento em sentença (arts. 425 - Réplica e
plenário: art. e 463 do CPP); tréplica; - Apelação: art.
422 - 431 do - Instrução em -Votação dos 593, III, do CPP.
CPP. plenário: art. 472 jurados: quesitos.
do CPP.

Poderá ocorrer o desaforamento – nos termos dos arts. 427 e 428 do CPP – que resulta
na alteração da competência territorial, ou seja, determinado processo será julgado em comarca
diversa daquela inicialmente competente. Muita atenção: quem decide sobre o
desaforamento é o Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal.
Para fins de estudo, é muito importante retomar os artigos que podem resultar em nulidade
do julgamento, quando não observados. Vejamos:

Art. 478. Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer
referências
I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a acusação
ou à determinação do uso de algemas como argumento de autoridade que beneficiem ou
prejudiquem o acusado

32
Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem
Processo Penal

II – ao silêncio do acusado ou à ausência de interrogatório por falta de requerimento, em


seu prejuízo.
Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição
de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias
úteis, dando-se ciência à outra parte.
Parágrafo único. Compreende-se na proibição deste artigo a leitura de jornais ou qualquer
outro escrito, bem como a exibição de vídeos, gravações, fotografias, laudos, quadros,
croqui ou qualquer outro meio assemelhado, cujo conteúdo versar sobre a matéria de fato
submetida à apreciação e julgamento dos jurados.

Ao final do julgamento, após a decisão dos jurados, o juiz irá sentenciar. Lembre-se que
da sentença proferida pelo juiz Presidente do Tribunal do Júri, caberá o recurso de
apelação, previsto no art. 593, III, do CPP.

6. Recursos

*Para todos verem: quadro.

Recurso Base legal Prazo Dicas importantes

Recurso cabível das decisões do


juiz de 1º grau.

Hipóteses de cabimento – art. 581


do CPP

Arts. 581 a 592 do 5 dias (interposição) Em regra, a decisão que rejeita a


CPP peça acusatória é recorrível via
Recurso no sentido estrito.
Recurso em 2 dias (razões) OBS.: No JECRIM utiliza-se
sentido estrito Súmula 707 do STF apelação. No júri caberá RESE para
pronúncia e desclassificação.
2 dias (contrarrazões)
Art. 294, § único, do As hipóteses previstas nos incisos
CTB XII, XVII, XIX e XXIII do art. 581 do
CPP são passíveis de Agravo em
Execução, pois estão revogados
tacitamente.

Atenção a nova hipótese do inc.


XXV.

Juízo de retratação: art. 589 do


CPP

33
Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem
Processo Penal

Súmula 705 do STF.


Possibilidade de apresentar razões
5 dias (interposição) perante o Tribunal de Justiça
(razões extemporâneas e
8 dias (razões) irregularidade) – art. 600, §4º do
CPP.
Apelação Arts. 593 a 603 do 8 dias (contrarrazões)
CPP
Limitadas as hipóteses de apelação
15 dias (assistente da no Tribunal do Júri – art.593, III, do
acusação não habilitado) CPP: somente em virtudes daqueles
fundamentos legalmente
estabelecidos (Súmula 713 do STF).

Prazo único.
Não se aplica o art. 600, §4º do
10 dias (interposição CPP.
Apelação no Art. 82 da Lei e razões em conjunto) Julgado pela TRC (Turma
JECRIM 9.099/96 Recursal Criminal).
10 dias Cabimento contra a rejeição da
(contrarrazões) peça acusatória.

Art. 382 CPP Dirimir ambiguidade, contradição


Embargos (sentença) ou omissão.
declaratórios do De acordo com a doutrina, os
CPP Art. 619 do CPP 2 dias para oposição embargos do CPP interrompem o
(acórdão) prazo para eventual recurso cabível.

Dirimir obscuridade, contradiçãoou


Embargos omissão.
declaratórios do Art. 83 da 5 dias para oposição Expressamente, conforme consta
JECRIM Lei 9.099/95 na Lei, os embargos interrompem o
prazo para interposição derecurso.

Embargos Art. 609, § único, do Recurso privativo da defesa.


10 dias para
infringentes e de CPP Decisão não unânime e
oposição
Nulidades desfavorável ao réu.

Denegar recurso ou quando admiti-


lo obstar à sua expedição e
Carta Art 639, ss... 48 horas seguimento.
testemunhável do CPP Recurso residual, utilizado quando
não houve recurso próprio.
(Ex: denegar RESE ou Agravo em
Execução.)

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Processo Penal

Cabível de decisão denegatória de


Recurso Ordinário Habeas Corpus proferida no âmbito
Constitucional em Art. 102, II, “a” da CF 5 dias dos Tribunais.
Habeas Corpus e Lembrar que se o habeas corpus for
105, II, “a” da CF denegado por juiz de direito, caberá
RESE.

Recurso Ordinário
em mandado de Art.105, II, “b” da CF Cabível de decisão denegatória
segurança e 15 dias de mandado de segurança no
Art.33 da lei 8.038/90 âmbito do TJ’S e TRF’S.

Recurso especial Art. 105, III, CF 15 dias Exigência do prequestionamentoda


matéria objeto de recurso.

Exigência do prequestionamentoda
Recurso matéria objeto de recurso.
Art. 102, III, da CF 15 dias
extraordinário Demonstração da repercussão
geral.

Agravo em Art. 197 da LEP 5 dias Cabível contra as decisões


Execução Penal proferidas pelo Juiz da Vara de
Súmula 700 do STF Execução Criminal.

Resolva a questão a seguir:

12) FGV – 2019 - OAB – 28° Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase
Marcus, advogado, atua em duas causas distintas que correm perante a Vara Criminal da Comarca de
Fortaleza. Na primeira ação penal, Renato figura como denunciado em ação penal por crime de natureza
tributária, enquanto, na segunda ação, Hélio consta como denunciado por crime de peculato.
Entendendo pela atipicidade da conduta de Renato, Marcus impetra habeas corpus, perante o Tribunal
de Justiça, em busca do “trancamento” da ação penal. Já em favor de Hélio, impetra mandado de
segurança, também perante o Tribunal de Justiça, sob o fundamento de que o magistrado de primeira
instância, de maneira recorrente, não estava permitindo o acesso aos autos do processo.
Na mesma data são julgados o habeas corpus e o mandado de segurança por Câmara Criminal do
Tribunal de Justiça do Ceará, sendo que a ordem de habeas corpus não foi concedida por maioria de
votos, enquanto o mandado de segurança foi denegado por unanimidade.
Intimado da decisão proferida no habeas corpus e no mandado de segurança, caberá a Marcus
apresentar, em busca de combatê-las,

A) Recurso ordinário constitucional, nos dois casos.


B) Recurso em sentido estrito e recurso ordinário constitucional, respectivamente.
C) Embargos infringentes, nos dois casos.
D) Embargos infringentes e recurso ordinário constitucional, respectivamente.

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Gabaritos das questões:

1–B 2–C 3–C 4–A 5–B 6–C 7–A

8–D 9–A 10 – A 11 – C 12 – A

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