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s salamandras são anfíbios da Ordem Urodela ou Caudata,

representada por 620 espécies descritas e dentre as quais cinco


(Bolitoglossa altamazonica, Bolitoglossa paraensis, Bolitoglossa
caldwellae, Bolitoglossa madeira e Bolitoglossa tapajonica) são
encontradas na Amazônia, no Brasil e todas pertencem à
família Plethodontidae. Os urodelos têm corpo alongado, não
possuem escamas, têm quatro patas e a maioria tem cauda longa. A
capacidade de regerar a cauda é um mecanismo de espace
ao predador, uma vez que, parte da cauda se desprende, distraindo o
predador potencial e, enquanto isso, a salamandra tem chance de
fugir.

Devido a grande diversidade de espécies, as salamandras também


ocupam uma grande diversidade de habitats, com espécies que são
terrestres, espécies aquáticas e outras semiaquáticas. O padrão
locomotor aparentemente é um aspecto conservativo do ancestral
dos tetrápodes, ou seja, ondulações laterais combinadas com
movimentos das patas. A pedomorfose, ou seja, a retenção de
caracteres larvais, em salamandras sexualmente maduras, é
difundida entre as salamandras e várias famílias de salamandras
aquáticas são constituídas exclusivamente por formas pedomórficas.
Algumas características retidas nos adultos incluem padrões larvais
de dentes e ossos, ausência de pálpebras, retenção de um sistema de
linha lateral funcional e, em alguns casos, retenção de brânquias
externas.
Salamandra de fogo. Foto: Marek R. Swadzba / Shutterstock.com

O tamanho corporal destes anfíbios pode variar, sendo o menor


registrado, até o momento, o da espécie Thorius Salamanders com
quatro centímetros de comprimento, encontrada no México. Por outro
lado, as maiores espécies de salamandras são encontradas no Japão
e na China, ambas do gênero Andrias que atingem um metro ou mais
de comprimento. Várias espécies de Urodela adaptaram-se à vida em
cavernas. A salamandra-cega-do-texas, Typhlomolge, é uma
habitante de cavernas altamente especializada — cega,
despigmentada, com brânquias externas, patas extremamente longas
e um focinho achatado que ela usa para explorar sob os fragmentos
de pedra em busca de alimento. A temperatura e umidade constantes
tornam as cavernas habitats adequados às salamandras e seu
alimento consiste em invertebrados cavernícolas.

A dieta é carnívora, geralmente composta por invertebrados. O


tamanho da cabeça é importante na determinação do tamanho
máximo da presa que pode ser capturada, e espécies simpátricas
(que vivem no mesmo ambiente) de salamandras frequentemente
apresentam tamanhos de cabeça marcadamente diferentes,
sugerindo que se trata de uma característica que reduz a competição
por comida. As salamandras encontram suas presas pela combinação
da olfação com a visão.
Bolitoglossa altamazonica, presente na floresta Amazônica. Foto: Ryan M. Bolton /
Shutterstock.com

No período reprodutivo, as fêmeas exalam um odor característico que


nada mais é que uma forma de atrair os machos para o
acasalamento. As fêmeas podem colocar entre 18 e 30 ovos, sendo
que, as aquáticas e semiaquáticas põem os ovos em rios ou em
lagos, enquanto as terrestres depositam em lugares úmidos na
floresta, como debaixo de troncos caídos no chão. Algumas
salamandras, como por exemplo, a salamandra-toupeira
(gênero Ambystoma), apresentam larvas aquáticas que perdem as
brânquias durante a metamorfose. Por outro lado, as salamandras da
família Plethodontidae, como a salamandra-viscosa (Plethodon
glutinosus), incluem espécies nas quais os filhotes saem do ovo como
miniaturas do adulto e, não passam por um estágio larval aquático.

Referências Bibliográficas:

CURIOSIDADES. Tudo sobre a Salamandra: Nem lagarto, nem


lagartixa. Revista Recreio, publicado em 20 de março, 2017.
<http://recreio.uol.com.br/noticias/curiosidades/tudo-sobre-a-
salamandra.phtml#.WSyrlsa1vIU>

Fontanetto, Renata. Salamandras Amazônicas: Descobertas três


espécies que habitam a região Norte do país. Ciência Hoje, publicado
em 10 de setembro, 2013.
<http://chc.cienciahoje.uol.com.br/salamandras-amazonicas/>

Magno V. Segalla, Ulisses Caramaschi, Carlos Alberto Gonçalves Cruz,


Taran Grant, Célio F.B. Haddad, Paulo Christiano de Anchietta Garcia,
Bianca V.M. Berneck, José A. Langone. 2016. Brazilian Amphibians:
List of Species. Versão 2015.2. Disponível em
<http://www.sbherpetologia.org.br/> Sociedade Brasileira de
Herpetologia.

Pough, F. Harvey, Heiser, Jhon B.; Janis, Christine M. 2008. A

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