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APOSTILA DE QUÍMICA

GERAL EXPERIMENTAL

Licenciatura em Química
Ministério da Educação

Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro

Campus Duque de Caxias

APOSTILA DE QUÍMICA GERAL


EXPERIMENTAL

Equipe organizadora:

Docentes:
Everton Tomaz da Silva.
Marcela Carmen de Melo Burger.

Discentes:
Bruno Clemente Brandão Marques.
Danilo Minto dos Santos.
Ygor Ramos Vaz.

Duque de Caxias — RJ
2018
SUMÁRIO

Medidas de segurança no laboratório......................................................................01


Instruções para elaboração dos relatórios................................................................05
Prática 1: Introdução às técnicas laboratoriais: pesagem, medidas e transferências
de sólidos e líquidos.................................................................................................08
Prática 2: Fenômenos químicos e físicos..................................................................11
Prática 3: Técnicas de separação de misturas homogêneas e heterogêneas..........14
Prática 4: Ligações químicas e interações intermoleculares....................................17
Prática 5: Soluções..................................................................................................20
Prática 6: Cinética química.......................................................................................23
Prática 7: Equilíbrio químico.....................................................................................26
Prática 8: Termoquímica...........................................................................................29
Prática 9: Oxirredução..............................................................................................31
Prática 10: Eletroquímica.........................................................................................33
Medidas de segurança no laboratório
Introdução:
• Laboratórios de ensino são lugares potencialmente perigosos e a partir do momento que
se tomem precauções necessárias, se tornam seguros.
• Os riscos de acidentes podem ser minimizados tomando-se atitude cautelosa e
responsável visando sempre a segurança de todos.
• O usuário de laboratório deve sempre adotar uma atitude atenciosa, cautelosa e
sistemática quanto aos seus procedimentos.

Orientações gerais:
• Os alunos deverão ser orientados desde a primeira aula sobre o risco de trabalharem
em um laboratório sem condições de segurança. Devem ser orientados para evitarem
brincadeiras e não realizarem experimentos sem a autorização do professor.

De ordem pessoal:
• São proibidos o uso de sandálias, chinelos e shorts durante os experimentos. É
obrigatório o uso de calçados fechados e calças compridas resistentes (jeans).
• Cada aluno deve utilizar seu equipamento de proteção individual (EPI): jaleco longo em
tecido de algodão sobre a roupa e óculos de proteção.
• É recomendável que se mantenha sempre os cabelos presos e, se necessário, que se
faça uso de touca.
• Não deverão ser utilizadas lentes de contato.
• Deve-se lavar muito bem as mãos antes e após qualquer atividade no laboratório.

De ordem geral:
• Não se deve fumar, ingerir alimentos ou bebidas nos laboratórios sob risco de
contaminação e distração.
• Evite realizar experimentos sozinho e solucione suas dúvidas antes de iniciar a prática,
lendo atentamente o roteiro, organizando as vidrarias e reagentes a serem utilizados.
• Dependendo do risco de periculosidade (principalmente para produtos tóxicos e
corrosivos), o experimento deverá ser conduzido em capela com luvas, máscaras e
óculos de proteção.
• Leia atentamente os rótulos dos frascos de reagentes antes de utilizá-los, pois neles há
informações quanto à manipulação segura.
• Antes de iniciar qualquer prática, identifique os locais e tipos de extintores de incêndio,
bem como as saídas de emergência.

De ordem operacional:
• Jamais deverão ser pipetados líquidos com a boca; deverá ser utilizada pêra de
borracha.
• Pipetas diferentes deverão ser utilizadas para medir soluções diferentes durante a
realização do experimento, a fim de evitar contaminações.

01
Medidas de segurança no laboratório.
• Atenção especial deve ser dada a práticas que utilizam aquecimento. Ao aquecer
substâncias voláteis ou inflamáveis, deve-se sempre levar em conta o risco de incêndio.
O aquecimento direto a chama com tela de amianto somente é recomendado para
líquidos não inflamáveis como água.
• Ao preparar ou trabalhar com soluções exotérmicas deve-se ter sempre o cuidado em
adicionar o produto químico sobre a água.
• Após o encerramento do experimento todos os materiais utilizados devem ser limpos e
guardados em locais apropriados.
• Antes de iniciar qualquer prática, identifique os locais e tipos de extintores de incêndio,
bem como as saídas de emergência.

Simbologias de perigo:
• Todos os rótulos de reagentes devem ser identificados utilizando classificação
internacional de produtos e resíduos químicos para armazenamento, manipulação e
tratamento.
• Toda a solução química preparada em laboratórios deve conter um rótulo com: nome
da solução, concentração, uso específico, data de preparo e validade (quando for
necessário), fator estequiométrico (quando for necessário), simbologia e terminologia
internacional de riscos e nome do responsável.
• Em geral, as normas adotadas nos laboratórios para rotulagem baseiam-se numa
classificação feita pela NFPA (National Fire Protection Association), que desenvolveu
um sistema padrão para identificar a toxidade, a inflamabilidade e a reatividade de
produtos perigosos.
• Esse sistema é representado pelo Diamante do Perigo ou Diagrama de Hommel
(Imagem 1) e possui sinais de fácil reconhecimento e entendimento, que podem nos
dar idéia geral do tipo e grau de periculosidade dos materiais

Imagem 1 – Diagrama de Hommel.

02
Medidas de segurança no laboratório.
• Para a simbologia de risco poderão ser utilizadas as recomendações da Comunidade
Econômica Européia (CEE), representada no Quadro 1.

Quadro 1 – Simbologia de risco para substâncias perigosas.

Significado Símbolo Descrição dos riscos

Substâncias e preparações tóxicas/nocivas que


apresentam, mesmo em pequenas quantidades, um
Tóxico (T) perigo para saúde.
Muito tóxico (T+) Se a gravidade do efeito sobre a saúde se
manifestar com quantidades muito pequenas, o
produto é assinalado pelo símbolo tóxico.

Estes produtos penetram no organismo por


Nocivo (Xn)
inalação, por ingestão, ou através da pele.

(F). Os produtos facilmente inflamáveis incendiam-


Facilmente se em presença de uma chama, de uma fonte de
inflamável (F) calor (superfície quente ou uma fagulha).
Extremamente (F+). Os produtos extremamente inflamáveis
inflamável (F+) incendeiam-se sob a ação de uma fonte de energia
(chama, fagulha, etc.), mesmo em 0°C.

A combustão tem necessidade de uma substância


combustível, de oxigênio e de uma fonte de
Comburente (O) inflamação; é consideravelmente acelerada em
presença de um produto comburente (substância
rica em oxigênio).

As substâncias corrosivas danificam gravemente os


tecidos vivos e atacam igualmente outras matérias.
Corrosivo (C)
A reação pode ser devida à presença de água ou de
humidade.

O contato repetido com produtos irritantes provoca


Irritante (Xi)
reações inflamatórias da pele e das mucosas.

A explosão é uma combustão extremamente rápida;


depende das características do produto, da
Explosivo (E)
temperatura (fonte de calor), do contato com outros
produtos (reações dos choques, das fricções, etc.).

Substâncias muito tóxicas para organismos


Perigoso para o
aquáticos, toxicas para fauna e perigosa para
ambiente (N)
camada de ozônio.

03
Medidas de segurança no laboratório.
Emergência:
• Jamais deverão ser pipetados líquidos com a boca; deverá ser utilizada pêra de
borracha.
• Qualquer acidente deve ser comunicado ao professor.
• Cortes e ferimentos, mesmo que leves, devem ser desinfetados e cobertos. Procure
atendimento médico.
• Queimadura com fogo ou material quente devem ser tratadas com compressa de gelo.
• Queimaduras com ácidos ou bases em geral devem ser lavadas com água em
abundância, com posterior atendimento médico.
• Nos casos de substâncias estranhas em contato com os olhos, estes deverão ser
lavados com água em abundância (preferencialmente no “lava olhos”) durante 10 a 15
minutos. Em seguida, procure o médico oftalmologista.
• Em caso de acidente (por contato ou ingestão de substância química) procure o
professor para melhores instruções quanto ao atendimento (lava olhos, chuveiro ou
atendimento médico).
Normas gerais de segurança:
• Todo bloco, sala ou laboratório deverá ter um responsável, cujo telefone deverá ser
fixado na parte externa do setor.
• Os Departamentos deverão prover todos os laboratórios com material de combate e
prevenção de incêndio, tais como: caixas de areia, extintores de incêndio dos tipos CO 2
e pó químico (que deverão ficar em lugares de acesso livre).
• A seguir estão listados telefones úteis para o gerenciamento de um laboratório:
o Bombeiros: 193
o Polícia Militar: 190
o Defesa Civil: 199
o Unidade de Pronto Atendimento (UPA-Sarapuí): 2771-9717/2772-1077/2671-
9663
o Sist. Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox): 3865-
3246/3865-3247
o Inea/FEEMA: 2334-8394/2334-8395

04
Medidas de segurança no laboratório.
Instruções para elaboração dos relatórios

Um bom relatório deve ser redigido de forma clara, precisa, impessoal (uso de verbos na
terceira pessoa) e com linguagem adequada (científica).
O relatório deve conter os seguintes itens:
1. Capa: Deve conter de forma organizada o nome da instituição, título da prática, disciplina,
período, identificação dos componentes do grupo, cidade e data.
2. Resumo: O resumo é digitado em espaço de 1,5 devendo ressaltar o objetivo, o método,
técnicas abordadas, principais resultados e conclusões do trabalho com frases concisas e
objetivas. Deve ser de no máximo uma folha. Faça esta parte por último.
3. Abstract: É o resumo em língua estrangeira, geralmente inglês.
4. Sumário: É a enumeração das divisões e seções do trabalho com suas respectivas páginas.
5. Introdução: Breve abordagem do conteúdo pesquisado e da prática realizada de forma
ampla e objetiva.
6. Objetivo: É o motivo da realização da prática em frases diretas. Utilizam-se verbos no
infinitivo: entender, compreender, etc.
7. Materiais e reagentes: Vidrarias, equipamentos e reagentes usados na prática devem ser
listados. Deve ser informada a concentração de cada solução usada.
8. Procedimento experimental: É a execução da prática feita pelo aluno. Nesta parte devem
ser descritas passo a passo as ações desenvolvidas, quantidades medidas, temperatura, etc.
9. Resultados e discussão: O aluno deve apresentar os resultados obtidos JUSTIFICANDO-
OS COM O EMBASAMENTO TEÓRICO APROPRIADO. NESTE MOMENTO, DEVEM SER
APRESENTADAS TODAS AS EQUAÇÕES BALANCEADAS PARA CADA TÓPICO DA
PRÁTICA.
10. Conclusões: As conclusões são feitas com base nos resultados obtidos. São afirmações
que envolvem a ideia principal da prática.
11. Questionário: Perguntas feitas pelo professor envolvendo a prática ou o tema da prática.

05
Instruções para elaboração dos relatórios.
12. Citações: Para evitar o plágio deve ser citada qualquer informação adquirida de artigos,
livros, sites, teses, etc. As citações devem estar diretamente ligadas às referências no final do
relatório. Podem ser em ordem numérica ou alfabética (autor, data). Deve-se adotar um único
sistema padrão.
Numérico:
A química bioinorgânica estuda os íons metálicos nos sistemas vivos 1
Alfabética (autor, data):
Citação direta: quando ocorre a transcrição das palavras do material consultado sem
modificação.
Ex1: 1 autor:

• “A química bioinorgânica estuda os íons metálicos nos sistemas vivos” (BENITE, 2007,
p.2062).
• Benite (2007, p.2062) afirma que “A química bioinorgânica estuda os íons metálicos nos
sistemas vivos”
Ex2: 2 ou 3 autores

• “A química bioinorgânica estuda os íons metálicos nos sistemas vivos” (BENITE;


MACHADO; BARREIRO, 2007, p.2062).
• De acordo com Benite e Machado (2007, p.2062) “A química bioinorgânica estuda os
íons metálicos nos sistemas vivos”
Ex3: mais de 3 autores (utiliza-se o termo “et al”).

• “A química bioinorgânica estuda os íons metálicos nos sistemas vivos” (BENITE et al


,2007, p.2062).
• De acordo com Benite et al (2007, p.2062) “A química bioinorgânica estuda os íons
metálicos nos sistemas vivos”
Ex4: mais de três linhas (deve possuir recuo de 4cm à esquerda, fonte menor que o texto
principal, sem aspas e espaçamento simples entre as linhas).
[...] a química bioinorgânica estuda os íons metálicos nos sistemas vivos [...]
(BENITE, 2007, p.2062).

Citação indireta: quando se utiliza suas palavras para apresentar a ideia do autor.
Ex1:

• Os íons metálicos presentes em organismos vivos é a área de pesquisa da química


bioinorgânica (BENITE, 2007).
• Segundo Benite (2007) Os íons metálicos presentes em organismos vivos é a área de
pesquisa da química bioinorganica.
A formatação da citação indireta se assemelha a citação direta, entretanto não se coloca aspas
e nem o número da página consultada. Outro fator divergente é que a quantidade de linhas
não influencia na formatação da citação indireta.

Instruções para elaboração dos relatórios.


06
13. Referências: Descrição dos livros, artigos, sites ou outro material consultado:
Livro: SOBRENOME, Nome Abreviado. Título: subtítulo (se houver). Edição. Local de
publicação (se não houver utiliza-se [S.L.]): Editora, data de publicação da obra.
Ex: Farias, R.F. Práticas de química inorgânica. 3ª ed. Campinas: átomo, 2010.
Artigo: SOBRENOME, Nome Abreviado. Título do artigo. Título da Revista, Local de
Publicação (se não houver utiliza-se [S.L.]), Número do Volume, Número do Fascículo,
Páginas inicial-final, mês e ano
Ex: Benite, A.M.C; Machado, S. P.; Barreiro, E. J. Uma visão da química bioinorgânica
medicinal. Quimica Nova, [S.L.], Vol. 30, 8, 2062-2067, 2007.
Site: Título do Artigo – Ano – link – data de acesso (antes da data acrescenta-se a expressão
acesso em:).
Ex: Protein Data Bank. Disponível em: <http://www.rcsb.org/pdb/home/home.do>. Acesso em
29/01/2013.
Espaçamento: dois espaços simples.
Alinhamento: à esquerda.
Títulos e subtítulos devem ser separados utilizando dois pontos.
O termo “et al.” é usado quando a referência possuir mais de três autores.
Ex: Farias, R.F et al.....
As referências podem ser organizadas em ordem alfabética ou na ordem numérica em que são
citadas no texto. Vide os exemplos abaixo:
Ex1. Numérica: Deve-se colocar na ordem em que aparece no texto.
Referências:
1. BENITE, A.M.C; MACHADO, S. P.; BARREIRO, E. J. Uma visão da química
bioinorgânica medicinal. Quim. Nova, Vol. 30, 8, 2062-2067, 2007.
2. ...
3. ...
Ex2. Alfabética: Deve-se colocar em ordem alfabética.
Referências:
A...
BENITE, A.M.C; MACHADO, S. P.; BARREIRO, E. J. Uma visão da química
bioinorgânica medicinal. Quim. Nova, Vol. 30, 8, 2062-2067, 2007.
C...
Pode-se também optar por um mecanismo online para referências como:
http://www.more.ufsc.br/

Instruções para elaboração dos relatórios.


07
Prática 1: Introdução às técnicas
laboratoriais: pesagem, medidas e
transferências de sólidos e líquidos.

Objetivo:
• Efetuar as técnicas de pesagem;
• Determinar densidade de sólidos e líquidos;
• Realizar diferentes medições e transferências
de sólidos e líquidos através de diversos
instrumentos;
• Comparar e constatar a precisão de
instrumentos de medidas para um mesmo
volume;
• Conhecer os materiais laboratoriais;
• Realizar técnicas de pipetagem e medições.

Referências:
ABREU, Daniela Gonçalves de; SILVA, Glaucia Maria da. APOSTILA DE QUÍMICA
GERAL EXPERIMENTAL. Ribeirão Preto: USP.
BERNARDES, Ana Paula; C. MENDES, Carlos A. de. Química Geral
Experimental: Licenciatura em Química. Duque de Caxias: Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, 2012. 74 p.

08
1.1 — Técnicas de Pesagem. 1.2 — Comparação de volumes.
a) Pesagem por adição: a) Comparação entre béquer, bureta e
pipeta volumétrica:
1. Em uma balança analítica, determinar a 1. Transferir 10 mL da solução de
massa de um vidro relógio anotando seu permanganato de potássio 0,005mol.L-1
valor. (KMnO4) para um béquer de 25 mL.
2. Adicionar no vidro relógio, pouco a pouco, 2. Transfira a solução do béquer para uma
em torno de 1,2 g de carbonato de cálcio bureta de 25 mL, anotando o volume medido.
(CaCO3).
3. Complete a bureta de 25 mL com solução
3. Anote o resultado encontrado, levando em de permanganato de potássio (KMnO4).
conta a precisão da balança. 4. Escoe 10 mL da solução para um béquer
de 50 mL.
b) Pesagem por diferença:
5. Pipetar com pipeta volumétrica 10 mL do
1. Pegue o pesa filtro contendo cloreto de béquer de 50 mL para uma proveta de 25 mL.
sódio (NaCl) que se encontra no dessecador.
6. Faça uma comparação entre os volumes
2. O material deve ser manuseado com luvas medidos nas diferentes vidrarias.
ou com ajuda de um papel toalha para que 1.3 — Determinação de densidade.
não haja interferência na pesagem.
a) Densidade de sólidos:
3. Determine sua massa na balança
1. Com o auxílio de uma pisseta, coloque 20
analítica, anotando o valor encontrado.
mL de água deionizada na proveta de 25 mL.
4. Leve um béquer para junto da balança e 2. Ajuste o menisco, como mostra a Imagem
retire com o auxílio de uma espátula, em 1 e anote o volume medido.
torno de 2,5 g do sal, anotando o valor
encontrado na balança. 3. Pesar em um vidro relógio dois pregos (Fe
- metálico), anotando sua massa.
c) Pesagem direta:
4. Coloque os dois pregos dentro da proveta
1. Coloque na balança um béquer de 50 mL (observe se os pregos ficaram totalmente
e aperte o botão “tara” que se encontra na submerso), inclinando-a em
balança analítica. aproximadamente 30° para evitar respingos.

2. Adicionar cerca de 1,2 g de areia,


utilizando uma espátula.

Imagem 1 – Método de aferição.


Prática 1: Introdução às técnicas
laboratoriais: pesagem, medidas e 09
transferências de sólidos e líquidos.
5. Se houver bolhas nas paredes da proveta Quadro 2 – Dados obtidos (b)
ou na superfície do ferro, bata levemente na
Balão: M1
base da proveta para desprender essas
(g)
bolhas.
6. Anote o novo volume medido, e calcule a Água Álcool
Amostra
densidade do ferro. destilada etílico

7. Faça uma comparação com a densidade Balão +


teórica para calcular o erro experimental com líquido: M2
a seguinte fórmula: (g)

E = diferença entre os valores teórico e experimental x 100 Líquido: M3


Valor teórico
(g)

Quadro 1 – Dados obtidos (a) Densidade


(g/mL)
Amostra Ferro (Fe) Temperatura
(°C)

Massa (g)
c) Densidade da água em diferentes
Volume da água temperaturas (demonstrativo):
(mL)
1. Preencha dois béqueres de 250 mL com
Volume da água + 200 mL de água destilada em temperatura
amostra ambiente.
2. Separe dois erlenmeyers de 25 mL e
Densidade (g/mL) adicione algumas gotas de corantes
Teórica/Prática diferentes em cada erlenmeyer.
3. Em seguida, em um erlenmeyer adicione
Erro (%) água destilada em temperatura ambiente, em
outro coloque água destilada quente. A água
deve preencher o recipiente até a borda.
4.Com a ajuda de uma pinça de madeira,
b) Densidade de líquidos: coloque simultaneamente cada erlenmeyer
1. Pesar na balança um balão volumétrico de em um béquer de 250 mL. Cuidado para não
100 mL, seco, e anote sua massa em deixar os erlenmeyers baterem com força no
gramas: M1. fundo do béquer.
Questionário:
2. Preencha o balão com água destilada até
a marca, e anote a nova massa: M2. 1 - Qual é o efeito da temperatura sobre a
3. Transfira o líquido do balão para um densidade de um líquido? Explique.
béquer de 250 mL e coloque o termômetro. 2 - Seria possível diferenciar uma joia feita
Quando a leitura da temperatura se de ouro e uma feita de ferro banhada em ouro
estabilizar, anote seu valor. utilizando um procedimento semelhante ao
4. Repita os procedimentos utilizando álcool desta prática? Explique.
etílico (C2H5OH).
3 - Explique o motivo da formação do
5. Faça uma comparação entre os valores menisco da água.
experimental e teórico.

Prática 1: Introdução às técnicas


laboratoriais: pesagem, medidas e 10
transferências de sólidos e líquidos.
Prática 2: Fenômenos químicos e
físicos.

Objetivo:
• Averiguar as diferenças entre os fenômenos
físicos e químicos através de processos
experimentais;
• Compreender as diferentes técnicas de
aquecimento;
• Reconhecer os principais tipos de funções
inorgânicas.

Referências:
ABREU, Daniela Gonçalves de; SILVA, Glaucia Maria da. APOSTILA DE QUÍMICA
GERAL EXPERIMENTAL. Ribeirão Preto: USP.
BERNARDES, Ana Paula; C. MENDES, Carlos A. de. Química Geral
Experimental: Licenciatura em Química. Duque de Caxias: Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, 2012. 74 p.
SANTOS, Rodrigo Luis. Química Inorgânica Fundamental. Ilhéus: Universidade
Estadual de Santa Cruz. Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas, 2014.

11
2.1 — Aquecimento do sulfato de cobre 2.4 — Óxido básico x Óxido ácido.
pentahidratado.
1. Separe dois béqueres com 20 mL água
1. Em um béquer de 100 mL, adicionar 10 mL destilada.
de solução de sulfato de cobre(II) 2. No béquer 1, pingue 3 gotas de
pentahidratado. fenolftaleína e adicione 1,0 g de óxido de
2. Aquecer a solução em uma chapa de cálcio.
aquecimento (150ºC) até secar 3. No béquer 2, pingue 3 gotas de azul de
completamente (retirar o aquecimento). bromotimol e algumas gotas de hidróxido de
3. Ao observar uma coloração mais branca no sódio 0,1M até ficar azul.
sal, gotejar, com um pissete, 2 gotas de água 4. Com um canudo, assopre no béquer 2 até
destilada e observar. ser observada alguma mudança.
4. Comente sobre todos os aspectos 5. Forneça as equações químicas
observados do início ao fim do aquecimento. envolvidas e explique a diferença em cada
2.2 — Ácido e Base. bécher.
1. Colocar em um tubo de ensaio 1,0 mL de 2.5 — Reatividade de metais com ácidos.
solução de ácido clorídrico 0,1mol.L-1. 1. Separe dois tubos de ensaio. Coloque nos
2. Adicione 2 gotas de fenolftaleína agitando- dois tubos 1 mL solução de ácido clorídrico
o. 10%.
3. Com uma pipeta graduada, goteje com 2. No tubo 1, coloque um pedaço de cobre
agitação contínua, uma solução de hidróxido metálico.
de sódio 0,1mol.L-1 até ser observada uma 3. No tubo 2, coloque um prego (ferro
mudança definitiva na coloração. metálico).
4. Anote o volume de hidróxido para 4. Faça um aquecimento direto com uma
ocorrência da mudança. lamparina nos dois tubos, com a ajuda de
5. Comente os tipos de fenômeno que ocorre, uma pinça de madeira.
e o motivo da mudança na coloração após a 5. Observe o que acontece em cada tubo de
adição do hidróxido de sódio. Quais as ensaio, indicando o tipo de fenômeno, e
funções inorgânicas presentes no tubo? comente sobre o que foi observado.
2.3 — Ácido e Sal. 2.6 — Solubilidade.
1. Coloque cerca de 1,0 g de carbonato de 1. Coloque em um tubo de ensaio, 1 mL de
cálcio (CaCO3) em um tubo de rolha com água e 1 mL de óleo de cozinha.
saída lateral.
2. Utilizando o conta-gotas, pingue três gotas
2. Conecte a mangueira e mergulhe a outra de solução alcoólica de iodo.
ponta em um bécher de 50 mL cheio de água.
3. Agite o tubo e identifique as fases
3. No tubo, adicione 2 mL de ácido clorídrico formadas através do menisco.
(HCl) 10%.
4. Acrescente aproximadamente 0,5 g (ponta
4. Observe o que acontece, forneça a de espátula) de cloreto de sódio. Agite o tubo
equação química envolvida e explique as até a completa dissolução do sal adicionado.
bolhas saindo na água.
5. Comente onde o iodo será mais solúvel,
mudanças de cores, e quais tipos de
fenômenos ocorrem neste experimento.

Prática 2: Fenômenos químicos e


Prática
12
físicos.2: Fenômenos químicos e físicos.
2.7 — Sal x Sal. Questionário:
1. Colocar 0,5 mL de solução iodeto de 1 - Quais são as observações visuais que
potássio 0,1M em um tubo de ensaio. indicam a ocorrência de uma reação
2. Adicionar 0,5 mL de solução de nitrato de química? Será que estas são sempre
prata 0,1M. evidências de uma reação? Discuta e
exemplifique.
3. Observe o que acontece e diga quais
fenômenos ocorreram. 2 - Qual o tipo de fenômeno que ocorre na
2.8 — Base x óxido. separação dos constituintes do petróleo.
Explique?
1. Monte o aparato de acordo com a Imagem
1. 3 - Qual a condição para que dois sais
possam reagir?

Imagem 1 – Aparato experimental da


prática de base x óxidos.

2. Adicionar no tubo 1 (tubo com saída


lateral), aproximadamente 1,0 g de
bicarbonato de sódio.
3. Adicionar no tubo 2 (tubo de ensaio),
aproximadamente 3,0 mL de solução de
hidróxido de cálcio.
4. Aquecer o tubo 1 utilizando uma lamparina
como mostrado na figura acima, até a
mudança na solução do tubo 2.
5. Comente cada fenômeno observado em
ambos os tubos de ensaio, classificando em
fenômeno químico ou físico.

Prática 2: Fenômenos químicos e físicos.


13
Prática 3: Técnicas de separação de
misturas homogêneas e
heterogêneas.

Objetivo:
• Compreender as diversas técnicas de
separação;
• Separar os componentes de misturas
homogêneas e misturas heterogêneas;
• Ser capaz de identificar a técnica mais
apropriada para efetuar a separação.

Referências:
BERNARDES, Ana Paula; C. MENDES, Carlos A. de. Química Geral
Experimental: Licenciatura em Química. Duque de Caxias: Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, 2012. 74 p.

14
3.1 — Centrifugação x Decantação. 4. Coloque o papel de filtro dobrado sobre o
funil de acordo com a Imagem 2. Deve-se
1. Separe dois tubos de ensaio. Transfira,
umedecer o papel de filtro com água
cuidadosamente, 1,0 mL de cloreto de
deionizada para facilitar sua aderência ao
ferro(III) 0,1mol.L-1 para cada tubo e adicione
funil.
1,0 mL de hidróxido de sódio 0,1mol.L-1.
2. Deve-se homogeneizar a mistura contida
em cada tubo de ensaio, cuidado para que o
precipitado de hidróxido de ferro(III) não fique
aderido às paredes do tubo.
3. Coloque o tubo 1 em posição vertical e
aguarde o processo de decantação.
Imagem 2 – Tipos de dobras para o papel
4. Coloque o tubo 2 na centrífuga em baixa
filtro.
rotação juntamente com um tubo contendo
2 mL de água. 5. Filtre o sobrenadante formado.
5. Observe o que acontece em cada tubo de 6. Agora faça a filtração à vácuo no tubo 2
ensaio e anote sobre o que foi observado. utilizando uma bomba de vácuo. Para isso,
3.2 — Filtração simples x Filtração a monte parte do sistema de filtração à vácuo
vácuo. de acordo com a Imagem 3.

1. Separe dois tubos de ensaio. Transfira,


cuidadosamente, 2,0 mL de cloreto de
ferro(III) 0,1mol.L-1 para cada tubo e adicione
2,0 mL de hidróxido de sódio 0,1mol.L-1.
2. Deve-se homogeneizar a mistura contida
em cada tubo de ensaio, cuidado para que o
precipitado de hidróxido de ferro (III) não fique
aderido às paredes do tubo;
3. Separe o precipitado da solução
sobrenadante do tubo 1 por filtração simples.
Monte o sistema de filtração simples de
acordo com a imagem 1.
Imagem 3 – Sistema de filtração à vácuo.

7. Coloque o papel de filtro sobre o fundo


perfurado do funil de Buchner de modo que
se adapte perfeitamente, sem dobras.
8. Deve-se umedecer o papel de filtro com
água deionizada para facilitar sua aderência
ao fundo perfurado do funil.
9. Encaixe o funil no kitassato e acople a
mangueira de látex no kitassato e na bomba
de vácuo.
10. Filtre o sobrenadante.
11. Observe o que acontece em cada
processo de filtragem, anote o que foi
observado e compare a velocidade do
Imagem 1 – Sistema de filtração simples.
processo.

Prática 3:3:Técnicas
Prática de separação
Técnicas de de
de separação 15
misturas homogêneas
misturas homogêneas e e heterogêneas.
heterogêneas.
3.3 — Decantação. 3. Coloque álcool em um béquer até a altura
1. Monte o sistema de decantação conforme de 0,5 cm.
a Imagem 4. 4. Coloque os papéis dentro do béquer, de
forma que as bolinhas pintadas fiquem
próximas ao álcool, sem tocá-lo.
5. Tampe o béquer com um vidro de relógio e
aguarde alguns minutos.
6. Retire o papel de dentro do béquer e
observe o que acontece com cada bolinha.
Anote sobre o que foi observado.
3.5 — Destilação simples (demonstrativo).
1. Será montada a aparelhagem semelhante
a Imagem 5 com cerca de 100 mL de sulfato
de cobre(II) e pérolas de vidro no balão de
destilação, evitando o superaquecimento. O
Imagem 4 – Sistema de decantação. aquecimento deve ser de forma branda.
2. Adicione 15 mL de óleo vegetal a um
béquer de 25 ou 50 mL.
3. Verifique se a torneira do funil de
decantação está fechada e transfira o volume
aferido para o funil de decantação preso à
uma argola, com auxílio de um bastão de
vidro.
5. Adicione à ampola de decantação
contendo o óleo vegetal 15 mL de água
deionizada.
6. Tampe e agite a ampola, com a técnica
adequada, e coloque na argola, aguardando Imagem 5 – Sistema de destilação simples.
a decantação. 2. Sempre deve-se certificar a aparelhagem
7. Após algum tempo, abrir a torneira, para que não haja vazamento.
deixando escoar a fase mais densa para o 3. A primeira parte do destilado deverá ser
interior de um béquer. desprezada, pois pode conter impurezas.
8. Recolha a interfase (região limite entre as 4. O aquecimento deverá cessar pouco antes
duas fases) em um pequeno béquer, de levar o balão à secura.
desprezando-a.
Questionário:
9. Feito isto, deixar escoar a fase menos
densa, recolhendo-a em um terceiro béquer. 1 - Qual técnica de separação é utilizada para
separar as substâncias presentes no
10. Observe o que acontece durante o petróleo? Cite pelo menos duas substâncias e
procedimento e anote sobre o que foi forneça seus respectivos pontos de ebulição.
observado. 2 - O tipo de dobradura do papel-filtro
3.4 — Cromatografia. influência no processo de filtragem? Explique.
3 - Por que a água passa no sentido inverso
1. Corte 3 tiras de papel na forma de um no condensador no processo de destilação?
retângulo de aproximadamente 1 cm por 8. Explique.
2. Desenhe, com canetinha hidrocor diferente 4 - Uma mistura homogênea pode ser
para cada papel, uma pequena bolinha (é só separada por decantação? Explique.
encostar a ponta da caneta) a uma altura de
1 cm da borda do papel.

Prática 3: Técnicas de separação de 16


. misturas homogêneas e heterogêneas.
Prática 4: Ligações químicas e
interações intermoleculares.

Objetivo:
• Verificar a solubilidade de algumas
substâncias;
• Constatar diferença entre o comportamento
de substâncias iônicas e moleculares;
• Determinar a condutividade elétrica das
ligações químicas.

Referências:
BERNARDES, Ana Paula; C. MENDES, Carlos A. de. Química Geral
Experimental: Licenciatura em Química. Duque de Caxias: Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, 2012. 74 p.
CRUZ, Roque; GALHARDO-FILHO, Emílio. Experimentos de Química: Em
microescala, com materiais de baixo custo e do cotidiano. São Paulo: Livraria da
Física, 2004. 112 p.

17
4.1 — Ligações iônicas/moleculares frente 6. Determine a condutividade desses
ao aquecimento (demonstrativo). materiais nos béqueres, encostando os fios
do sistema com circuito elétrico nas
1. O professor irá colocar 3 béqueres em uma
substâncias. Anote os resultados
chapa de aquecimento (200°C). O béquer 1
observando a intensidade no acendimento
contendo iodo sólido deve ser tampado com
da lâmpada. (Muito cuidado para não
um vidro de relógio com um pouco de água, o
tomar choque. Para evitar isso, sempre
béquer 2 contendo sacarose e o béquer 3
desligue o circuito da tomada quando
contendo cloreto de sódio. Observe até que
precisar manuseá-lo por algum motivo
haja alguma mudança nas substâncias,
que não seja medir a condutividade e
comparando o tempo de cada uma. Diga de
quando for trocar de substância, lave os
que forma a natureza das ligações
fios do sistema com água deionizada e os
influenciam na mudança de estado físico de
seque com papel toalha).
cada uma.
7. Em um béquer pequeno coloque 1 mL de
4.2 — Polaridade e solubilidade.
ácido acético. Adicione 5 mL de água e meça
1. Separe 2 tubos de ensaio. novamente a condutividade com o sistema.
2. No tubo 1, coloque 1 mL de água Anote.
deionizada. 8. Em outro béquer coloque uma ponta de
espátula de hidróxido de sódio e acrescente
3. No tubo 2, coloque 1 mL de hexano. 5 mL de água. Dissolva e meça novamente a
4. Coloque em cada tubo, um pouco (ponta condutividade. Anote.
da espátula) de cloreto de sódio. 9. Em outro béquer coloque uma ponta de
espátula de sacarose e acrescente 5 mL de
5. Repita o procedimento 4 para naftaleno e água. Dissolva e meça novamente a
ureia. condutividade. Anote.
6. Observe e comente o que houve em cada 4.5 — Condutividade elétrica de
tubo de ensaio. substâncias fundidas.
1. Use o sistema de aquecimento de acordo
4.3 — Miscibilidade.
com a Imagem 1 (ou chapa de aquecimento)
1. Separe 2 tubos de ensaio. a 300ºC.
2. No tubo 1, colocar 0,5 mL de éter etílico.
3. No tubo 2, colocar 0,5 mL de acetona.
4. Colocar 1 mL de água em cada tubo de
ensaio.
5. Repita os procedimentos anteriores,
trocando 1 mL de água por 1 mL de hexano.
6. Observe os resultados, e explique.
4.4 — Condutividade elétrica nos estados
sólido e em solução.
1. Observe 4 béqueres na bancada colocado Imagem 1 – Sistema de aquecimento.
pelos monitores.
2. O béquer 1, tem ácido acético. 2. No cadinho de fusão, adicione cerca de 3
3. O béquer 2 tem hidróxido de sódio sólido. g de hidróxido de sódio sólido. Aqueça
4. O béquer 3 tem sacarose. cuidadosamente até fundir e teste a
5. O béquer 4 tem pedaços de estanho. condutividade.
3. Limpe o cadinho para o próximo teste.
4. Repita o procedimento anterior trocando o
hidróxido de sódio pela sacarose. Teste a
condutividade e anote.
5. Adicione um pequeno pedaço de estanho
no cadinho. Aqueça cuidadosamente até
fundir e teste a condutividade.

Prática 4: Ligações químicas e 18


interações intermoleculares.
6. Analise e anote os resultados na tabela,
classificando as substâncias em: composto
iônico, molecular ou metálico.
Quadro 1 – Dados obtidos
Amostra Sólido Líquido Aquoso

H3C-COOH -----------

NaOH

C12H22O11

Sn -----------

4.6 — Porcentagem de álcool na mistura


álcool/hexano.
1. Adicione a uma proveta de 10 mL ou de 25
mL exatamente 5 mL de água deionizada.
2. Acrescente algumas gotas de solução
alcoólica de iodo à proveta com água até que
a mistura atinja um tom amarelo-alaranjado.
3. Homogeneizar a mistura.
4. Acrescente 5 mL da mistura hexano/álcool
disposta nos reagentes até que o volume de
líquido na proveta totalize exatamente 10 mL.
5. Tampe a proveta e agite seu conteúdo.
6. Deixe a mistura em repouso por alguns
minutos e anote o que foi observado.
7. Calcule o percentual de álcool presente na
mistura de hexano/álcool que você usou.

Questionário:
1 - Uma molécula tão pequena como a água
deveria ser um gás, explique por que a água
é líquida à temperatura ambiente.
2 - Qualquer gás (polar ou apolar) se dissolve
em água? Explique.
3 - Por que os compostos moleculares se
encontram nos três estados físicos a
temperatura ambiente?

Prática 4: Ligações químicas e


interações intermoleculares.
19
Prática 5: Soluções.

Objetivo:
• Preparar soluções a partir de materiais puros;
• Realizar cálculos necessários para preparar
soluções;
• Determinar a concentração verdadeira de
soluções aquosas de ácidos e base, a partir
da titulação dessas soluções;
• Efetuar diluição e mistura de soluções.

Referências:
BERNARDES, Ana Paula; C. MENDES, Carlos A. de. Química Geral
Experimental: Licenciatura em Química. Duque de Caxias: Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, 2012. 74 p.
CRUZ, Roque; GALHARDO-FILHO, Emílio. Experimentos de Química: Em
microescala, com materiais de baixo custo e do cotidiano. São Paulo: Livraria da
Física, 2004. 112 p.
PAWLOWSKY, Alda Maria et al. EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL. 2. ed.
Curitiba: Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná, 1996. 165
p.

20
Importante! 5.4 — Preparo de uma solução de NaOH
0,1mol.L-1.
Jamais adicione água a uma solução
concentrada de ácido. Sempre adicione o 1. A partir da solução de hidróxido de sódio
ácido concentrado à água. A adição de água 6mol.L-1, calcule a quantidade necessária
ao ácido libera uma grande quantidade de para o preparo de 50 mL de uma solução
calor que pode fazer com que o ácido 0,1mol.L-1.
respingue para fora do frasco. 2. Mostre ao professor para confirmar seu
Não descarte as soluções, pois serão cálculo antes de prosseguir.
reutilizadas. Leia até o final. 3. Transfira o volume de base calculado para
5.1 — Preparo de uma solução de HCl um béquer de 50 mL contendo
0,2mol.L-1 (Solução 1). aproximadamente 10 mL de água destilada.
1. Calcule a quantidade de ácido clorídrico 4. Caso haja aquecimento, espere a solução
necessária para o preparo de 50 mL de uma atingir a temperatura ambiente para
solução 0,2mol.L-1 , considerando os dados continuar o procedimento.
contidos no recipiente do reagente 5. Transfira a mistura para um balão
(densidade, percentual, e massa molar) volumétrico de 50 mL com auxílio de um funil.
2. Mostre ao professor para confirmar seu 6. Adicione água destilada até atingir a marca
cálculo antes de prosseguir. do balão volumétrico.
3. Pipete dentro da capela, a quantidade de 5.5 — Mistura de soluções com solutos
ácido calculada e transfira lentamente para diferentes (com reação).
um béquer de 50 mL contendo
aproximadamente 10 mL de água destilada. 1. Faça uma mistura de 15 mL da solução de
NaOH 0,1mol.L-1 com 15 mL da solução 1
4. Caso haja aquecimento, espere a solução (HCl 0,2mol.L-1) em um béquer de 100 mL.
atingir a temperatura ambiente para continuar
o procedimento. 2. Faça os cálculos para descobrir o número
de mols e concentração molar de cada
5. Transfira a mistura para um balão substância após a reação.
volumétrico de 50 mL.
3. Calcule teoricamente e coloque no
6. Adicione água destilada até atingir a marca relatório qual o pH dessa solução.
do balão volumétrico.
4. Meça com uma fita de indicador de pH
5.2 — Diluição da solução 1 (Solução 2). universal e compare com o valor calculado.
1. Transfira 10 mL da solução 1 para um 5.6 — Diluição de soluções.
béquer de 50 mL.
1. Calcular a massa necessária para
2. Adicione 15 mL de água destilada. preparar 50 mL de 0,3mol.L-1 CuSO4 .5H2O.
3. Forneça a concentração molar final. (Olhe a massa molar no frasco do reagente).
4. Mostre ao professor para confirmar seu 2. Mostre ao professor para confirmar seu
cálculo antes de prosseguir. cálculo antes de prosseguir.
5.3 — Misturas de soluções de mesmo 3. Pese a massa calculada em um vidro de
soluto. relógio.
1. Pipete 20 mL da solução 1 para um béquer 4. Transferir para um béquer de 25 mL.
de 50 mL. Adicionar água o suficiente para solubilizar o
sal (utilize um bastão de vidro para mexer).
2. Determinar o volume da solução 2 para
obter uma solução 3 de HCl 0,15mol.L-1.
3. Mostre ao professor para confirmar seu
cálculo antes de prosseguir.
4. Adicionar o volume encontrado no béquer.

Prática 5: Soluções.
21
5. Transfira para um balão volumétrico de 50 6. Abra vagarosamente a torneira da bureta
mL e adicionar água até a marca do balão. para que, gota a gota, caia lentamente sobre
Repare na cor da solução. a solução presente no erlenmeyer, até
observar a “viragem” do indicador (primeira
6. Faça uma diluição em um tubo de ensaio
mudança permanente de coloração).
de 1:5 de 1 mL dessa solução. E compare a
cor das duas soluções. 7. Através do volume de NaOH consumido na
reação, calcular a concentração da solução
7. Calcule a nova molaridade da solução
amostra.
diluída.
5.7 — Cálculo da concentração da
solução amostra.
1. Monte o sistema de titulação (Imagem 1).

Imagem 1 – Sistema de titulação.


2. Acrescente usando uma pipeta
volumétrica, exatamente, 50mL de água
destilada ao erlenmeyer
3. Adicione à mistura duas ou três gotas de
solução alcoólica de fenolftaleína 1% (m/V).
4. Usando uma pipeta graduada, transferir
uma amostra de 1 mL de ácido acético
glacial para o erlenmeyer.
5. Carregar uma bureta com solução
padronizada de NaOH 1mol.L-1. Durante o
processo de titulação deve-se agitar o
erlenmeyer para que a reação ocorra em
toda a extensão da solução que está sendo
titulada.

Prática 5: Soluções.
22
Prática 6: Cinética química.

Objetivo:
• Analisar os fatores que influenciam a
velocidade de uma reação química.

Referências:
BERNARDES, Ana Paula; C. MENDES, Carlos A. de. Química Geral
Experimental: Licenciatura em Química. Duque de Caxias: Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, 2012. 74 p.
FLORENTINO, Ariovaldo de Oliveira; VALENTE, José Pedro Serra; PADILHA,
Pedro de Magalhães. ROTEIROS DE AULAS PRÁTICAS: DISCIPLINA DE
QUÍMICA GERAL. Botucatu: Universidade Estadual Paulista, 2013. 36 p.

23
6.1 — Efeito da concentração dos 3. No béquer 2, adicione 0,5 mL de solução
reagentes. de ácido oxálico 0,5M, 1 mL de ácido
sulfúrico (H2SO4) 6M e 3 gotas de solução de
1. Em dois tubos de ensaio, coloque 0,5 mL
sulfato de manganês (MnSO4) 0,1M,
de solução de tiossulfato de sódio 0,1M
homogeneizando bem. Acrescente 0,25 mL
(Na2S2O3).
da solução de permanganato de potássio
2. Faça os próximos procedimentos 0,1M. Agite e anote o tempo de
simultaneamente. descoramento da solução.
3. No tubo 1, adicione 0,5 mL de ácido 4. Faça o comparativo da velocidade da
clorídrico (HCl) 1M. reação e diga quem é o catalisador.
4. No tubo 2, adicione 0,5 mL de ácido
clorídrico (HCl) 6M. 6.4 — Efeito da temperatura.
5. Observe o que acontece e comente sobre 1. Separe dois béqueres de 100 mL e
o motivo da diferença na velocidade da coloque em cada um 5 mL de água destilada;
reação. 1,0 mL de solução ácido sulfúrico 6M e 0,5
mL de solução ácido oxálico 0,5M.
6.2 — A importância de se misturar os
reagentes. 2. No béquer 1, meça a temperatura usando
1. Em um béquer de 50 mL, misture 2,5 mL um termômetro e a anote. Adicione 0,25 mL
de uma solução 0,5M de ácido oxálico (H2C2 de solução permanganato de potássio 0,1M
O4) com 2,5 mL de uma solução 6M de ácido e anote o tempo necessário para o
sulfúrico (H2SO4) e mexa vigorosamente. descoramento da solução.
2. Separe dois tubos de ensaio e dívida em 3. Coloque o béquer 2 na chapa de
quantidades iguais a mistura acima nos dois aquecimento e espere até registrar 30°C a
tubos. mais que no bécher 1. Depois, adicione 0,25
3. No tubo 1, adicione 0,5 mL de solução de mL de solução permanganato de potássio
permanganato de potássio (KMnO4) 0,005M. 0,1M e anote o tempo necessário para o
Tenha cuidado para adicionar descoramento da solução.
cuidadosamente através de suas paredes
4. Faça o comparativo da velocidade da
internas, inclinando o tubo cerca de 45°, para
reação e diga como a temperatura
evitar a mistura imediata das soluções.
influenciou no processo.
4. No tubo 2, adicione 0,5 mL de solução de
permanganato de potássio (KMnO4) 0,005M. 6.5 — Efeito da superfície de contato.
Dessa vez faça uma adição direta, agitando a
1. Coloque água até a metade de um béquer
mistura.
de 100 mL.
5. Registre o tempo necessário para as
soluções nos dois tubos de ensaio se tornem 2. Coloque um pequeno pedaço de CaCO3
completamente incolores. (mármore) em um tubo com saída lateral com
a mangueira de látex acoplada.
6.3 — Efeito do catalisador. ®
1. Separe dois béqueres e em cada um 3. Adicione 4 mL de água destilada e 2,5 mL
coloque 5 mL de água deionizada. de solução ácido clorídrico 1M ao tubo com
saída lateral e tampe com a rolha.
2. No béquer 1, adicione 0,5 mL de solução
de ácido oxálico (H2C2O4) 0,5M e 1 mL de 4. Imediatamente, coloque a extremidade da
ácido sulfúrico (H2SO4) 6M, homogeneizando mangueira de borracha mergulhada no
bem. Acrescente 0,25 mL da solução de béquer contendo água. Observe a geração
permanganato de potássio (KMnO4) 0,1M. de gás.
Agite e anote o tempo de descoramento da
solução.

24
Prática 6: Cinética química.
5. Repita o procedimento trocando o pedaço
de CaCO3 por CaCO3 em pó. (Deve-se
adicionar aproximadamente a mesma
quantidade em gramas do pedaço utilizado no
procedimento 2).
6. Faça uma comparação dos resultados
obtidos.
6.6 — Natureza dos reagentes.
1. Coloque em um tubo de ensaio, 0,5 mL de
solução de permanganato de potássio
(KMnO4) 0,1mol/L.
2. Adicione 1,5 mL de ácido sulfúrico (H2SO4)
2,0mol/L e em seguida 1,0 mL de sulfato de
ferro(II) (FeSO4) 0,1mol/L.
3. Anote o tempo gasto para a mudança de
coloração.
4. Em outro tubo de ensaio, coloque 0,5 mL
de solução de permanganato de potássio
(KMnO4) 0,1mol/L.
5. Adicione 1,5 mL de ácido sulfúrico (H2SO4)
2,0mol/L e em seguida 1,0 mL de oxalato de
sódio (Na2C2O4) 0,125mol/L.
6. Anote o tempo gasto para a mudança de
coloração.

25
Prática 6: Cinética química.
Prática 7: Equilíbrio químico.

Objetivo:
• Demonstrar através de experimentos
princípios básicos do equilíbrio químico. E de
Le Chatelier;
• Compreender de que forma os fatores
influenciam o estado de equilíbrio.

Referências:
BERNARDES, Ana Paula; C. MENDES, Carlos A. de. Química Geral
Experimental: Licenciatura em Química. Duque de Caxias: Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, 2012. 74 p.
FERREIRA, L.H.; HARTWIG, D.H. e ROCHA-FILHO, R.C. Algumas experiências
simples envolvendo o princípio de Le Chatelier. Química Nova na Escola, n. 5,
p. 28-31, 1997.
PATERNO, Leonardo Giordano et al. Laboratório de Química Geral
Experimental: ROTEIRO DE EXPERIMENTOS. Brasília: Universidade de Brasília,
2015. 69 p. 26
7.1 — Equilíbrio ácido forte-base forte de 7.4 — Equilíbrio com íon complexo.
indicadores. 1. Prepare dois tubos de ensaio, em uma
1. Em um tubo de ensaio, adicione 3 mL de estante adequada.
água deionizada. 2. Coloque, em cada tubo 1 mL de solução
2. Adicione uma gota de alaranjado de metila. de sulfato de cobre(II) 0,2mol/L.
3. Com um conta gotas, pingue 2 gotas de 3. Adicione no tubo 2, ácido clorídrico (HCl)
HCl 1M e observe a mudança na coloração. concentrado (na capela), gota a gota, até não
observar mais mudanças aparentes (cerca
4. Adicione 4 gotas de NaOH 1M e observe a
de 10 gotas).
mudança na coloração.
4. Comente sobre as mudanças observadas
5. Repita o experimento substituindo o
em termos de equilíbrio.
alaranjado de metila por fenolftaleína.
7.5 — Equilíbrio ácido fraco-base fraca.
6. Interprete os resultados através dos dois
indicadores. 1. Separe dois tubos de ensaio e adicione em
cada um 1 mL de ácido acético (CH3COOH)
7.2 — O equilíbrio dicromato/cromato em
0,1M.
solução aquosa.
2. Acrescente uma gota de alaranjado de
1. Em um tubo de ensaio, adicione 1 mL de
metila em cada tubo. Observe e registre a
cromato de potássio (K2CrO4) 1M.
cor.
2. Com um conta gotas, adicione várias gotas
3. Em um dos tubos de ensaio adicionar
de ácido sulfúrico (H2SO4) 2M até observar
poucas gotas de cada vez de acetato de
uma mudança.
sódio (NaCH3COO) 1M, agitando.
3. Adicione então, várias gotas de hidróxido
4. Compare e registre as cores nos dois
de sódio (NaOH) 6M, mexendo
tubos de ensaio, explicando suas
continuamente, até observar uma nova
observações em termos de equilíbrio.
mudança.
7.6 — Equilíbrio de Ionização do sódio.
4. Interprete os resultados.
1. Adicione 0,5 mL de hidróxido de sódio
7.3 — Equilíbrio de soluções saturadas.
0,1M a cerca de 50 mL de água contidos em
1. Em um béquer de 50 mL, adicione 10 mL um béquer de 100 mL.
de água destilada.
2. A seguir, adicione 3 gotas da solução de
2. Adicione cloreto de sódio (NaCl) sólido até fenolftaleína e observe a cor rosa, indicativa
que comece o surgimento de precipitado. de solução básica.
Agite bem até que se tenha certeza de que a
3. Adicione pitadas de bicarbonato de sódio,
solução ficou saturada.
agite e observe o que ocorre.
3. Em seguida, com um funil e um papel de
7.7 — Equilíbrio de Ionização da amônia.
filtro, filtre a solução saturada de cloreto de
sódio recolhendo em outro béquer. 1. Adicione 3 gotas de hidróxido de amônio
0,1M a cerca de 1 mL de água contidos em
4. Quando terminar de filtrar, adicione 5 mL
um tubo de ensaio.
de ácido clorídrico 1M. Se não formou
precipitado, adicione mais 2 mL do ácido. 2. A seguir, adicione 1 gotas da solução de
fenolftaleína e observe a cor rosa indicativa
5. Comente sobre o motivo da precipitação.
de pH básico.
3. Com o auxílio de uma pinça de madeira,
aqueça o tubo na chama de uma lamparina.
Observe o que ocorre.

27
Prática 7: Equilíbrio químico.
4. Logo após, coloque o tubo de ensaio no
banho de gelo e observe o que ocorre.
7.8 — Equilíbrio envolvendo Íons
complexos de Cobalto(II).
1. Em um tubo de ensaio adicione 0,5 mL de
cloreto de cobalto(II) hexahidratado.
2. A seguir, adicione 0,5 mL de ácido
clorídrico 6M.
3. Com o auxílio de uma pinça de madeira,
aqueça o tubo na chama de uma lamparina.
Observe o que ocorre.
4. Logo após, coloque o tubo de ensaio no
banho de gelo e observe o que ocorre.
Questionário:
1 - O que acontece com o pH e com o
equilíbrio químico de autoprotólise da água
quando gotas de ácido forte são adicionadas?
2 - Qual o efeito da adição de ácido forte ao
sistema CH3COOH/CH3 COO-?
3 - Como é o comportamento dos ácidos
fracos e fortes no equilíbrio de ionização?
Explique.

Prática 7: Equilíbrio químico.


28
Prática 8: Termoquímica.

Objetivo:
• Determinar o calor de uma reação;
• Averiguar o calor envolvido em uma reação.

Referências:
BARROS, H. L. C. Processos endotérmicos e exotérmicos: uma visão atômico-
molecular. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 31, n. 4, p. 241-245, 2009.
BERNARDES, Ana Paula; C. MENDES, Carlos A. de. Química Geral
Experimental: Licenciatura em Química. Duque de Caxias: Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, 2012. 74 p.
E. F. Mortimer & L. O. Amaral, “Quanto mais quente melhor: calor e temperatura
no ensino de termoquímica”, QNEsc, 7 (1998): 30-34.

29
8.1 — Entalpia de reações heterogêneas: 3. Se for necessário, com a ponta da
reação do Alumínio (Al) com NaOH(L). espátula mexa a mistura levemente.
Observe o que ocorre. Mostre a equação da
1. Meça na pipeta graduada, 2 mL da solução
reação. (Caso nada ocorra, refaça
de hidróxido de sódio 10% e coloque-a em um
adicionando 3 gotas de ácido sulfúrico
tubo de ensaio.
concentrado ao permanganato antes de
2. Insira um termômetro e anote a adicionar a glicerina).
temperatura do líquido antes da reação.
8.4 — Reação endotérmica.
3. Adicione um pedaço (cerca de 0,10 g) de
“papel de alumínio”, amassado em forma de 1. Adicione 4 mL de água destilada em um
uma bolinha. tubo de ensaio. Meça a temperatura da
4. Meça a temperatura a cada 30 segundos água.
nos próximos 5 minutos. 2. Em seguida, adicione na água cerca de
5. Construa um gráfico temperatura x tempo 1g de cloreto de amônio. Agite a mistura
com seus dados cuidadosamente para a completa
dissolução.
6. Observe as mudanças químicas,
descrevendo-as e apresentando a equação 3. Faça leituras durante 4 minutos em
correspondente. intervalos de 30 segundos da temperatura.
8.2 — Calor de dissolução do NaOH(S).
4. Construa um gráfico temperatura x tempo
1. Pese cuidadosamente cerca 0,8 g de com seus dados.
NaOH(S).
8.5 — Condições para que a água entre
2. Meça 4 mL de água destilada e adicione em ebulição.
em um béquer.
3. Meça a temperatura da água antes de 1. Monte um sistema para aquecimento de
adicionar NaOH(S). água num béquer (Imagem1).
4. Transfira o NaOH(S) e agite a mistura
cuidadosamente para a completa dissolução.
5. Faça leituras da temperatura durante 4
minutos em intervalos de 30 segundos,
atentando para o valor máximo estabilizado.
6. Construa um gráfico temperatura x tempo
com seus dados.
7. Calcule o calor envolvido no processo
usando a equação Q=mCΔT, onde m é a Imagem 1 – Sistema de aquecimento.
massa da solução, C é o calor específico e ΔT 2. Coloque um tubo de ensaio contendo
a variação da temperatura (final-inicial). água dentro do béquer com água, de modo
Considere o calor específico desta solução de que o tubo de ensaio não encoste nas
0,98 cal. g-1.ºC-1. paredes ou no fundo do bécher.
8.3 — Reação exotérmica. 3. A temperatura da água dentro do tubo de
ensaio atinge a mesma temperatura da
Importante! água do béquer?
Não aproxime o rosto da reação. 4. A água contida no tubo entrará em
1. Na capela, adicione uma pequena porção ebulição? Explique o observado.
de permanganato de potássio em um Questionário:
cadinho.
1 - Por que quando adicionamos água
2. Em seguida, adicione algumas gotas de gelada em um recipiente ele começa a
glicerina ao permanganato de potássio. “suar”?

OBS: Caso nada ocorra, refaça adicionando


3 8:
Prática gotas de ácido sulfúrico concentrado
Termoquímica.
30
Prática 9: Oxirredução.

Objetivo:
• Compreender na prática os efeitos das
reações de oxirredução.

Referências:
BRAATHEN, Per Christian. Hálito culpado: o princípio químico do bafômetro.
Química Nova na Escola, [S.L.], v. 5, p.3-5, maio 1997.
FARIA, Dalva D. A. et al. Limpando Moedas de Cobre: Um Laboratório Químico na
Cozinha de Casa. Química Nova na Escola, [S.L.], v. 38, n. 1, p.20-24, 2016.
FRANCISCO JUNIOR, Wilmo Ernesto; DOCHI, Roberto Seiji. Um experimento
simples envolvendo óxido-redução e diferença de pressão com matérias do dia-a-
dia. Química na Escola, [S.L.], v. 23, p.49-51, maio 2006.
PALMA, Maria Helena Cunha; TIERA, Vera Aparecida de Oliveira. Oxidação de
metais. Química Nova na Escola, [S.L.], v. 18, p.52-54, nov. 2003.

31
9.1 — Oxidação em diferentes soluções. 9.3 — Reação de oxirredução.
1. Separe 5 tubos de ensaio e enumere-os de 1. Colocar 10 mL da solução de sulfato de
1 a 5. cobre(II) 0,1mol/L em um béquer de 50 mL e,
2. Em cada tubo, coloque um prego sem sinal a seguir, um pedaço de palha de aço.
de oxidação, cuidadosamente para que não 2. Agite o béquer e observe até a solução
danifique a vidraria. tornar-se incolor.
3. Em seguida, coloque as soluções indicadas 3. Se ainda houver coloração azulada,
abaixo em cada tubo numerado até submergir adicione mais palha de aço.
o prego.
4. Depois que a solução ficar completamente
4. Tubo 1 - Água da torneira, 3 mL. incolor, tire a palha de aço e filtre a solução.
5. Tubo 2 - Ácido clorídrico 1M, 3 mL. 5. A solução filtrada adicione 1 mL de
6. Tubo 3 - Hidróxido de sódio 1M, 3 mL. hidróxido de sódio (NaOH) 1M.

7. Tubo 4 - Solução de cloreto de sódio 0,1M, 6. Observe durante aproximadamente 5


3 mL. minutos, atentando para as cores que forem
surgindo.
8. Tubo 5 - Sulfato de cobre(II) 0,1M, 3 mL.
7. Escreva as semi-reações de oxidação e
9. Aqueça todos os tubos por 10 minutos. redução. Diga quem são os agentes
10. Observe o que acontece e explique o oxidantes e agentes redutores.
motivo de qualquer mudança por meio de 9.4 — Reação de oxirredução.
equações estequiométricas.
1. Em um tubo de ensaio adicione 0,5 mL de
9.2 — A química do bafômetro. KMnO4 0,1M.
Importante! 2. Adicione no tubo de ensaio 1,0 mL de
Tenha cuidado ao assoprar o tubo de ensaio, peróxido de hidrogênio 3%.
procure não entrar em contato direto com 3. Explique o ocorrido em termos de reação
dicromato de potássio. de oxirredução.
1. Em um tubo de ensaio, adicione 0,5 mL de 9.5 — Reação de oxirredução.
dicromato de potássio 0,1M e 2 mL de ácido
sulfúrico 6M. 1. Em um tubo de ensaio, coloque 0,5 mL de
solução de permanganato de potássio 0,1M.
2. Com o auxílio de um canudo assopre a
substância contida no tubo de ensaio e 2. Coloque 1 mL de solução de ácido acético
observe. Ocorreu alguma alteração? 0,3M no mesmo tubo.

3. Em seguida, use o sistema já montado 3. Coloque 1 mL de peróxido de hidrogênio


(Imagem 1) para assoprar vapor alcoólico 3% no mesmo tubo e observe. Explique o
dentro do tubo de ensaio. ocorrido em termos de reação de
oxirredução.
9.6 — O prego que “sangra”.
1. Em um béquer de 50 mL adicione 10 mL
de água deionizada e 1 mL de peróxido de
hidrogênio 3%.
2. Adicione 2,5 mL de tiocianato de potássio
0,1M e 0,5 mL de ácido clorídrico
concentrado.
3. Quando a solução estiver pronta, coloque
Imagem 1 – Sistema com vapor alcoólico. um prego totalmente imerso no fundo do
4. Ocorreu alguma alteração? Explique. bécher. Explique o ocorrido em termos de
reação de oxirredução.

32
Prática 9: Oxirredução.
Prática 10: Eletroquímica.

Objetivo:
• Eletrolisar as soluções e investigar a natureza
dos produtos da eletrólise, cátodo e ânodo.

Referências:
MERÇON, Fábio; GUIMARÃES, Pedro Ivo Canesso; MAINIER, Fernando
Benedito. Corrosão: Um exemplo usual de fenômeno químico. Química Nova na
Escola, [S.L.], v. 19, p.11-14, maio 2004.
SARTORI, Elen R. et al. Construção de Uma Célula Eletrolítica para o ensino de
eletrólise a partir de materiais de baixo custo. Química Nova na Escola, [S.L.], v.
35, n. 2, p.107-111, maio 2013.

33
10.1 — Eletrólise com eletrodo de grafite. Questionário:
1. Com o auxílio do suporte universal, garras 1 - Qual é a evidência que na pilha há
e mufas, prenda firmemente um tubo em U. movimento de elétrons entre os metais?
2. Em seguida, adicione sulfato de potássio
1M até quase preencher o recipiente e 6 2 - Qual o tipo de transformação de energia
gotas de azul de bromotimol (3 gotas em cada que ocorre nas pilhas? E na eletrólise?
extremidade do tubo). 3 - Através de uma eletrólise da água é
3. Ligue dois eletrodos de grafite aos polos de possível obter quais gases?
uma fonte contínua.
4. Coloque os eletrodos imersos no tubo em
U, um em cada extremidade.
5. Aguarde alguns minutos, observe e
explique o ocorrido.
6. Repita o mesmo procedimento com as
seguintes substâncias: cloreto de sódio 1M +
6 gotas de fenolftaleína; cloreto de estanho
1M.
10.2 — Eletrólise de solução de CuSO4
com cobre.
1. Repita o mesmo procedimento dos ensaios
1.1, utilizando CuSO4 0,5M e moedas de
cobre como eletrodos.
2. Se necessário, substitua o tubo em U por
um bécher largo, tomando cuidado para que
os polos fiquem afastados um do outro.
3. Observe durante 15 minutos o que
acontece.
10.3 — Metal de sacrifício.
1. Em um bécher de 50 mL, coloque 10 mL de
ácido clorídrico 1M.
2. Amarre um pedaço de prego, sem vestígio
de oxidação, em um pedaço de magnésio
metálico.
3. Para amarrá-los utilize um fio de cobre e
certifique-se de que os metais estão em
contato um ao outro.
4. Coloque os metais no fundo do bécher por
alguns minutos e observe.

34
Prática 10: Eletroquímica.

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