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Direito Penal

Lei seca, Súmula, Frações (da tentativa, concurso formal próprio...)


O TDFJT adotou a teoria objetiva-subjetiva (tentativa) - Zaffaroni
O TJDFT não adota a teoria objetiva formal – basta o verbo do tipo (executar o
núcleo do tipo).
O TJDFT costuma seguir a 5T do STJ.

PRINCÍPIOS
Princípios Constitucionais do Direito do Penal
Os princípios têm força normativa (Canotilho) vão guiar o operador e legislador.
Receptação qualificada – viola o princípio da proporcionalidade implícito. HC
90325 (STJ). É divergente no STJ e no STF.
Dignidade da Pessoa humana. É um princípio para Rogério Greco.

Princípio da Legalidade. Surgiu com as revoluções burguesas francessas.


Lei Anterior, Lei Escrita e Lei irretroativa
Feuerbach: Não crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominaçao legal.
O princípio da legalidade impede a criação de tipo penal por costume, analogia,
princípio gerais do direito, Súmula Vinculante (só pode criar interpretação mais
benéfica ou maléfica), Medida Provisória.
Interpretação de SV maléfica – Alberto Silva Franco e Nucci falam que a
jurisprudência modificada para pior só poderá ser aplicada para o futuro.

Medida provisória não pode tratar de matéria penal


Porém, STF disse que MP pode funcionar como lex mitior, lei benéfica, só não
pode criar tipo penal. Porem EC 32-2004. Contudo, veio REFIS extinguindo
punibilidade. Ex 2 – Lei das Armas – atipia temporária – é apenas para posse
não porte. Nesse caso específico não retroage.
MP benéfica com efeitos penais tem sido admitida.
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Irretroatividade – se divide em retroatividade benéfica e irretroatividade
maléfica.
Art. 3, CP – é uma exceção à retroatividade benéfica. Para Zaffaroni é
inconstitucional, porque exigiria norma constitucional.
Se uma lei posterior for expressa quanto a efeitos retroativos pode afastar a
ultratividade maléfica de uma lei temporária ou excepcional.
Súmula 711 – não é exceção porque o crime está se consumando. Aplica-se
ao crime habitual – necessita de reiteração de condutas.
Lex Tertia – é o resultado de uma combinação de normas.
O Nelson Hungria entendia que a combinação de leis pelo juiz é violação da
separação de poderes, pois está legislando.
Porém o STF combinou o art. 14 da L. 6368 (10 anos) – associação para o
tráfico - com o art. 8, L 8972-90 (3 a 6 anos). O STF aplicava a pena de 10
anos ao art. 8, L 8972-90. Entrou em vigor a L. 11343 (art. 35, 33, $4
O info 574, HC 101511, Min. Eros Grau – O STF novamente combinou porque
se trata de integração de normas. Porém, não é majoritário no STF.
A 6T STJ – combina e a 5T do STJ não combina.
No TJDFT também é divergente, admite a combinação in mellius (a favor do
réu).
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Culpabilidade
Responsabilidade penal subjetiva – dolo e culpa
Art. 304, p. único – se não socorrer, mesmo que não tenha dado à causa

Medida da pena $9 e 29 caput, 2 parte.

Elemento na estrutura analítica do crime (foge da estrutura tripartida do crime)


No Funcionalismo de Roxin – Injusto (tipicidade e ilicitude) + Responsável
(Culpabilidade e Necessidade da Pena)

Para LFG – é injusto e punível


Para Damásio, Capez – Típico, Antijurídico e Culpável (pressuposto de
aplicação de pena)

Teoria psicológica – causalismo clássico + Dolo normativo e Culpa


Teoria Psicológica – Dolo e Culpa + Imputabilidade + Exigibilidade Cond.
Diversa
Teoria Normativa Pura – Imputabilidade + Pot. Cons. Illicitude + Exig. Cond.
Diversa + dolo natural
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Princípio da Ofensividade – a conduta criminosa precisa gerar perigo concreto


de lesão ou gerar uma lesão. Não existe possibilidade de perigo abstrato.
Logo, apenas o porte de arma não é crime (14, L. 10.826). É divergente. É
crime (5T STJ, 1T STF) – o TJDFT segue. Não é crime (6T STJ e 2T STF).
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Princípio da Lesividade – não se pune a autolesão.
Art. 16, L. 6368-76 e art. 28

Materialidade do fato – não se pune pensamentos, mas apenas fatos.


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Teoria da Norma
Prevalece que a lei penal no Brasil é da União e o par. Único do art. 22 da CF
não autoriza a delegação para direito penal.
Fonte de produção: União
Fonte de apresentação direta – LO, LC, Tratado
Ex. Tratado de Palermo, Brasil signatário, que define o número de 3 para
organização criminosa. Não há definição ainda.
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CONFLITO APARENTE DE NORMAS


Um fato regido aparentemente por uma ou mais normas. Tem que escolher
uma norma para evitar o bis in idem e para garantir a integridade do sistema
normativo.

a) Especialidade – norma especial prevalece sobre norma geral (relação de


gênero e espécie). Essa relação de especialidade é aferida em abstrato.
Ex. 33, L 11343 e 334 do CP (mercadoria proibida – norma penal em
branco). Não interessa se a pena é maior ou menor.
b) Subsidiariedade – fato menor está contido em um fato maior. (Ex. o furto
está dentro do roubo). Pode ser tácito, ou expresssa (art. 307, 308 e 132
– soldado reserva).

c) Consunção ou Absorção – Súmula 17, STJ.


d) Alternatividade

Aula 4 – 9/12/2010

2 Fase de aplicação da pena


Critério jurisprudencial é de 1/6 por agravante e atenuante.
Sum. 231 STJ
Art. 67
É possível a compensação de circunstãncias, desde que não seja
preponderantes.
A menoridade relativa prepondera inclusive sobe reincidência.

A confissão não prepondera sobre a reincidência. Mas esta prepondera sobre a


confissão espontânea (STF, 5T STJ)
Porém a 6T STJ admite a compensação da reincidência com confissão.
Fundamento: a confissão demonstra personalidade. Logo é tema divergente.

Deve-se fazer incidir a atenuante e agravante no patamar obtido na 1 fase.


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3 Fase de aplicação da pena


Causas de aumento e causas de diminuição.
Não há limitação. É possível ultrapassar o máximo ou reduzir o mínimo.
A regra é a incidência em cascata (uma após a outra). Tanto no aumento
quanto na diminuição.
Ex. 1) 6, 2) 6; 3) 6 + ½ +1/3 =12
Ex. 6 - ½ - 1/3 = 2

Causa de aumento (incide na terceira fase) é diferente de qualificadora (altera


o mínimo e o máximo em abstrato, desde a pena base).

Exceção:
1) Causa Aumento Parte Geral + CAPG – Aplica a cascata
2) CAPG + CAPE - Aplica a cascata
3) CAPE + CAPE – Exceção (art. 68, p. único)

Art. 250, e 258, CP. Pode o juiz aumentar duas vezes ou se for um só
aumento, deve escolher o maior.

# Art. 157, $ 2, I e II – aqui não são causas de aumento. Não aplica aqui o 68,
P. único. Aqui surge 2 opções:
a) considera uma para aumentar e a outra considera como agravante, se
houver previsão legal, não havendo, se utiliza como circunstância judicial ( art.
59).
HC 84050-DF – STJ -
b) soma os 2 incisos

Após a 3 fase, o juiz ingressa no regime inicial, no art. 33.


O regime inicial dependerá de : quantidade de pena, de reincidência e do art.
59, CP (STF – 718 e 719, STJ – 269)

Regime inicial
Art. 33, $2
a) + 8 anos
b) + 4 e < 8 – 1) Semi-aberto. 2) Se houver reincidência – Fechado. 3) Mas
ainda pode haver não reincidência e, se motivado – regime fechado,
com fundamento no 59 (Sum 719)
c) Até 4 anos. 1) Aberto. 2) Se for reincidente do 59 + - Semi-aberto; Se for
reincidente do 59 - Fechado

Até 4 anos, náo reincidente, 59 – (negativo) - pode aplicar fechado (mas na


praxe não aplica).

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Substituição de pena privativa por restritiva
É a 2 velocidade do direito penal (Jesus Maria Sanches: 2 velocidade –
restrição com mitigação de direitos (não existe no Brasil – 3 velocidade –
Direito Penal do Inimigo

Ricardo Augusto Smith – Aula de fases de sentença

Art. 44, L 11343-2006 (decisão do STF) – Info 598. Decisão do Pleno em caso
concreto – o STF declarou inconstitucional a vedação de substituição da pena,
sob o fundamento de individualização da pena porque o legislador não pode
impedir mas tão-só dificultar a substituição.

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PENA DE MULTA
É aplicada com base num critério bifásico

Número de dias – critério trifásico – art. 49 – entre 10 e 360 dias-multa


Valor do dia-multa – art. 60, 49, $1, art. 60, caput e 60, $1.

A multa não se torna tributo, continua com natureza de pena. Será cobrada
pela Fazenda.
Execução – 51, CP (segue o rito da L. 6830, executada pela Fazenda Pública)
Prescrição – 114, I, II, CP (multa sozinha, isolada, prescreve em 2 anos)
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FATO TÍPICO
1) Conduta – consciência e vontade
3 fatores que afastam a conduta:
a) A coação física irresistível afasta o tipo.
A coação moral irresistível (22, CP) – afasta a culpabilidade
Coação física e moral (art. 65, III, c)
Coação resistível (art. 65, III, c) – X fala para Y que se ele não o ajudar a
furtar vai falar para sua mulher que ele está a traindo.

b) Atos reflexos – também afasta a conduta


Ex. ataque epiléptico (Bittencour e Regis prado)

c) Estado de inconsciência – afasta a conduta. Ex. hipnose e sonâmbulo.

Elementos da conduta
Sujeito – só o ser humano. A PJ pode ser responsabilizada (Teoria da
dupla imputaçao ou imputação simultânea). Art. 225, $3, CF; art. 3, L. 9605-
98.
Atenção: a PJ hoje no Brasil só responde penalmente por fato típico
ambiental.
Adotou a Teoria Orgânica – responsabilidade por ricochete – é a
responsabilidade indireta.
A PJ pode ser sujeito passivo de qualquer crime.

Dolo e Culpa
Dolo direto (Teoria da vontade, Teoria do Assentimento. Náo adotamos a
Teoria da Probabilidade nem a Teoria da Representaçáo

Dolo direto de 1 grau – o agente quis o resultado X e obteve o resultado X


Dolo direto de 2 grau – (dolo de efeitos colaterais necessários) – X quer
matar o presidente no aviáo, sabe que matará os demais passageiros

Dolo eventual – assume o risco. Tanto faz.


Dolo alternativo – o agente pretende um ou outro resultado. E ele sempre
responde pelo mais grave

Dolo genérico – é o dolo presente em todo crime doloso


Dolo Específico – presente em apenas alguns crimes dolosos. É a
finalidade especial contida em alguns tipos penais. Ex. furto – subtrair para
si ou para outrem. Se falta esse final é furto de uso que é fato atípico (existe
furto de uso no CPM)

Dolo Geral – de dolo não tem nada. É na verdade um erro no processo


causal. É a aberractio causae. É uma crença falsa num resultado
inexistente (não ocorrido). Ex. Ana esfaqueia Pedro, acreditando ter matado
B, o enterra, e este morre por asfixia (mas responde só por homicídio
doloso).

Delito de intenção – é aquele que tem dolo específico, elementar subjetivo


especial do injusto
Delito de tendëncia intensificada – náo está expresso na norma, mas a J e
a D exigem. Ex. injuria – exige o animus injuriandi (art. 138, 139 e 140)

2) Nexo Causal
3) Resultado
4) Tipicidade

AULA 5 – 13/12/2010

CULPA – violação do dever objetivo de cuidado


(Há discussão sobre se o finalismo explica a culpa, para Welzel sim).

Requisitos ou Elementos do crime culposo (do injusto culposo):


a) Conduta
b) Nexo causal
c) Resultado
d) Inobservância do dever objetivo de cuidado, que pode se dar por
(modalidades de culpa):
d.1) negligência – na forma omissiva (Ex. não verifica freios do carro, não
coloca grade ou tela)
d.2) imprudência – na forma ativa
d.3) imperícia – é a negligência ou imprudência do expert – viola um dever
de cuidado do perito formal
#Art. 121, $4 – entre as causas de aumento de pena do 121, está a
imperícia – inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício.
Para o Nucci é bis in idem. Mas prevalece que é uma imperícia específica
(Nelson Hungria, Flávio Monteiro de Barros – Ex. médico clínico geral –
121, $3; médico especialista – 121, $4). Há precedente do STJ neste último
sentido

e) Previsbilidade Objetiva – é a capacidade de prever o resultado. Era


possível de se prever mas o agente não exerceu essa previsão. É
aferida mediante o prognóstico do juiz em comparação ao homem médio
(prudente)
f) Tipicidade – exige previsão em lei (art. 18, p. único)

Classificação do Crime Culposo (da culpa)

a) Culpa Inconsciente – o agente não antecipa o resultado (tem


previsibilidade objetiva, mas não a utiliza)
b) Culpa Consciente – o agente tem previsão, mas confia que não vai
acontecer. Ex. lançador de facas experiente de um circo (Previsão e Não
aceitação)
# Previsão e Aceitação – Dolo eventual
Crime na direçao de veículo automotor – dolo eventual com qualificadora
c) Culpa Imprópria – 20, $1 – decorre de um erro com relação a
pressupostos fáticos sobre excludentes de licitude – Erro de tipo
permissivo (Teoria Limitada da Culpabilidade, adotada pelo CP – itens
17 a 19 da Exp. Motivos)
Ex. dois inimigos jurados de morte, se encontraram na rua de noite,
sozinhos, um foi tirar a carteira do bolso
Se o erro for evitável, reponde por culpa imprópria.
Se o erro for inevitável, não responde por nada.
A culpa imprópria aceita a forma tentada (EXCEÇÃO). Ex. homicídio
culposo tentado.
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Teoria Moderna da Culpa – Teoria da Imputação Objetiva (poucos
julgados no STJ)
Elemento: Risco proibido que se materializa em reusltado lesivo
abrangido pela finalidade protetiva da norma (Não cai no edital)
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OMISSÃO
É um crime que é um erro sobre uma ordem. Viola uma ordem (não prestar
socorro). Art. 135, 269, CP.
As normas mandamentais podem ser construídas de 2 formas a partir de:
a) Tipos próprios – omissão própria
 Tipologia própria (135, 269, 244, 246, 304, CTB, $2 do art. 1 da L
9455-97)
 O sujeito tem um dever de agir
 São crimes de mera conduta
 Não se analisa o nexo causal
 Não admite a tentativa (mas há crime de mera conduta que admite a
tentativa – tentativa de invasão de domicílio)

b) Tipos Impróprios – Crimes omissivo impróprio; Comissivo por omissão;


Crimes de Omissão Qualificada
 Não tem tipologia própria (art. 13, $2, a, b e c)
 A adequaçao típica através de norma de extensão
 Dever de Agir
 Dever de evitar o resultado
 Dolo e Culpa
 É possivel a tentativa na forma dolosa.
 Nexo causal é jurídico (normativo) # Garante – dever de agir e evitar
o resultado

Pressupostos do crime omissivo impróprio:


a) Poder agir – possibilidade física de agir
b) Evitabilidade do Resultado – só pode imputar ao garante se o
resultado for evitável
c) Dever de Agir – Art. 13, $2, a) obrigação legal (bombeiro); b)
assunção voluntária de custódia – de outra forma assumiu a
reponsabilidade de impedir o resultado. Não se exige contrato
(vizinha, babá, motorista, viajo com filho de outrem...); c) Ingerência –
sujeito que interfere na relação causal (Ex. empurrou alguém na
piscina, fogo no acampamento). Ex. X contrata Y para matar B.
Depois se arrepende e liga para Y não fazer, mas este diz que iria
matar. Se ele realmente matar, X vai responder.
Adotou-se a Teoria das Fontes Legais da Posição de Garante
Não se adotou a Teoria das Funções (Sheila Bierrenbach – a relação de
amizade já geraria o dever de agir)

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NEXO DE CAUSALIDADE
É um liame que liga a conduta ao resultado

Segundo Paulo José da Costa Jr., há 2 Troncos:

Teorias Individualizadoras – há hieraquia entre os antecedentes causais. Há


causas mais importantes
Ex: Teoria da Causalidade Adequada, Teoria da Causa jurídica, Teoria da
Relação Típica, Teoria da Causa Proporcional

Teorias Generalizante – não há hierarquia entre os antecedentes causais.


Ex. Teoria da Equivalência dos Antecedentes Causais (Conditio Sine Qua Non)
Conceito de causa – art. 13 – é toda condição ou ação que se for excluída
afasta o resultado
O pai da Teoria é na verdade Julius Glaser. O Von Buri apenas a incluiu no
Jurisprudência 20 anos depois. O Thirrew não foi o criador (Capez já consertou
no seu livro)
Elementos:
a) Relação de Causalidade Física
b) Nexo Causal Naturalístico
#Problema da Teoria – regresso infinito na cadeia causal
A forma de limitar se dá com o tipo subjetivo, tem que ir para o dolo para
excluir. É bem diferente da Teoria da Imputação Objetiva.

Concausas = Causas = Condições


a) Absoluta – provocam o resultado por si só, independente da conduta do
agente.
a.1) pré-existentes - antes
a.2) concorrentes – durante. Ex. autoria colateral – sem liame subjetivo
a.3) superveniente – após
Em todos esses casos responde por tentativa, em regra.

b) Relativa – se junta à vontade do agente, há uma união de esforços


b.1) pré-existente – Ex. hemofílico. Aqui vai depender do dolo – quis ferir,–
lesão; quis matar - homicídio
b.2) Concorrente – Tiro + ferimento + colapso cardíaco; Responde por
homicídio – ferimento acelerou o colapso.
b.3) Superveniente –

Concausa Superveniente Normal – art. 13, caput


Infecção hospitalar em decorrência do ferimento
A J fala simplesmente em infecção hospitalar – é mero desdobramento da
conduta. Responde sempre pelo resultado
Damásio fala que a imperícia do profissional no hospital – também seria
concausa normal
Bitencourt – Vítima que não segue deliberadamente as recomendações
Juarez Tavares não concorda

Concausa Superveniente Anormal (13, $1)


Nesse caso, não se imputa o resultado. Houve alteração poderosa da
lógica.
Ex. ambulância que capota, fogo no hospital
Juarez Cirino (é minoria): imperícia, vítima, infecção fora do ferimento

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ITER CRIMINIS

a) Cogitação – não é punido


b) Atos preparatórios – em regra, não são punidos (art. 31). Ex. de atos
preparatórios tipificados - Art. 288 – quadrilha, 291 e 294 (simplesmente
guardar).
c) Atos Executórios
d) Consumação
e) Exaurimento (Rogério Greco e LFG) – só nos formais

Como diferenciar ato preparatório de executório ?

Teoria Subjetiva – náo adotada

Teoria objetiva
a) Formal – executar o verbo. (Capez, Fred. Marques) Problema: provoca
um vácuo de impunidade
b) Material – verbo, mas antes também os atos que antecedem ao verbo e
se liga a ele (Ex. “Vou te matar, “Vou te matar, “Vou te matar..., antes de
atirar)
c) Individual – verbo + atos anteriores + que revelam o plano concreto

Teoria da Hostilidade ao Bem Jurídico (Mayer)

Teoria da Univocidade (Carrara)


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TENTATIVA
Conceito: norma mediata
Norma incompleta – tipo objetivo
Art. 14, II, p. único
Critério para a redução de pena – análise do iter criminis – quanto mais
próximo de consumar - < redução.

Crime de atentado
Art. 352 – evadir ou tentar-se evadir – mesma pena
Art. 9, Lei 7170-83 – atentar contra segurança nacional

Crimes que não admitem a tentativa


Crime habitual (exercício ilegal da medicina, curandeirismo) – porque requer
uma sucessão de atos – um ato só não configura
Crime omissivo
Crime unisubsistente ( se consuma com um único ato – injúria na forma
verbal, concussão na forma verbal – 140, 158, 316)
Crime preterdoloso
Crime culposa (salvo, culpa imprópria).
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# Art. 4 DL 3688 – não se pune a tentativa de contravenção penal
Crime de atentado que já tem verbo tentar no seu núcleo.

Aula 6 – Falta

Aula 7 – 14/01/2011

Parte especial

Art. 121, caput


Homicídio simples não é hediondo, salvo se praticado por grupo de
extermínio.
Nem todo homicídio está no 121, CP. Tem homicídio contra autoridades –
art. 26, L. 7110 Segurança Nacional. Art. 1, L 2899 Genocídio

Também há os crimes preterdolosos (resulta morte).

Extermínios – ação generalizada de matar pessoas pelo simples fato de


pertencer a uma classe social (candelária, vigário geral..)

Homicídio privilegiado
Motivo de relevante valor moral – motivo egoisticamente considerado
(desligou aparelho para eutanásia)
Eutanásia (antecipaçao de morte piedosa), pode ser # Distanásia –
prolongar o máximo a vida do paciente utilizando todos os métodos #
Ortotanásia – afastamento destes métodos que não são eficazes segundo
estudos.
O MPF em ACP suspendeu a ortotanásia permitida pelo CFM
O Nucci fala que apenas a distanásia não é crime

Motivo de relevante valor Social – é uma motivação que é aceita


socialmente. Ex. matar um traidor da pátria, matar um político corrupto que
atormenta todos.

Sob o domínio de violenta emoção logo em seguida de injusta provocação


da vítima # atenuante (influência de violenta emoção – art. 65, III, c)
Ato injusto é # injusta agressão
Logo em seguido – é horas após, não admite uma semana depois

Na prática, se deu mais de um, tem que quesitar.


O privilégio deve ser quesitado antes das qualificadoras – Sum. 162, STF e
depois da tese de absolvição geral.

O privilégio só pode combinar com as qualificadoras objetivas.


Se o júri disser sim para o privilégio, .....
A circunstância subjetiva prepondera sobre (STF aplicou art. 67
analogicamente).

$2 do art. 121
I – motivo torpe – matar numa guerra de gangues, a vingança é torpeza.
Paga é promessa econömica. Promessa de recompensa

José contratou Adáo para matar Maria. Adáo responde pelo inciso I-
qualificado. E josé – 6T – o mandante responde pela paga. 5 T – o
mandante náo responde porque é circunstäncia subjetiva que náo se
comunica (art. 30), responderá, entáo, pelo homicídio simples.

Ausência de motivo. Para Greco é homicídio qualificado. Para Bitencourt

O homicídio náo pode ser fútil e torpe ao mesmo tempo.


Fútil – é desproporcional entre o crime e sua causa moral. Ex. matou
porque náo devolveu o boné

O ciúme não é necessariamente torpeza, nem futilidade, nem privilégio.


Crime passional (mídia) – matou o marido porque o traiu.
A traição pode configurar um privilégio – sob domínio de violenta emoção.

III – veneno, fogo, asfixia, tortura –


A tortura é um meio para matar alguém – Lei de Tortura.
Prova Juiz – 2007 – questão 80.
A morte se dá por culpa na lei de tortura. Aqui o dolo é de matar no 121,
CP.

STJ. Ponte JK – dolo eventual com perigo comum. E possível qualificadora


com dolo eventual. Velocidade de 164 Km-h

IV – traição – quebrar confiança


Emboscada – tocaia (ficar aguardando).
Dissimulação: a) moral – sujeito se aproxima da vítima com jeito de amigo e
pratica crime (maníaco do parque); b) material – coloca um bigode, barba
falsa, peruca
O inciso IV é uma qualificadora de efeito surpresa.
“Outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa” – deve ser
semelhante aos anteriores.

O simples uso de arma de fogo não qualifica o homicídio, mas tem que ser
numa situação de surpresa.

V- assegurar a execução – conexão teleológica por finalidade (matou o


segurança para sequestrar o empresário) – o homicídio vem antes e o outro
crime vem depois.
Assegurar a ocultação (fato), impunidade (autoria) ou vantagem de outro
crime (os 3 são conexão consequencial) – o homicídio vem depois

Vantagem de outro crime – Ex. um ladrão que mata outro para ficar com
toda vantagem.

$5 – perdão judicial –
Sum. 18 – perdão judicial declara extinção da punibilidade.
O perdão judicial é analisado quando?
Tradicionalmenta, é na sentença quando se tem todo o elemento probatório.
Porém, modernamente, como o investigado, o processado é rotulado
negativamente para a sociedade. Logo não se justifica processar alguém
que já vai ser perdoado. Alguns, defendem que é na promoção de
arquivamento (é o que se tem feito na prática)

Perdão judicial – facultativo ou obrigatório


Art. 122 – Induzir e instigar (participação moral)
Prestar auxílio (participação material).
É caso de participação autônoma. Não precisa da extensão do 29.
É um crime condicionado a determinado resultado – se resultar lesão
corporal grave ou morte.
Se for lesão leve, é atípico.
A tentativa de participação em suicídio não é punida.

122, p. un, II – menor – de 14 a 17.


Se for menor de 14 é homicídio

Duelo – não gera Leg. Defesa nem participação em suicídio


Pacto de Morte ou Roleta russa – pode ser homicídio ou participaçao.
Quem pratica conduta ativa responde por homicídio. Aquele que não ligou o
gás e não morreu responde por participação.

Art. 123, CP
Como é um crime autônomo, também se comunica. E o homem pode
matar.
Estado puerperal – dura de 6 a 8 semanas
Depressão pós parto – se torna inimputável – afasta por completo a
capacidade de autodeterminação
Depende de provas, conhecimento multidisciplinar.

O infanticídio não é crime de mão própria (execução personalíssima).


Pode tanto coautoria quanto participação. É crime próprio.

Se a mãe mata culposamente no estado puerperal – é homicídio culposo.


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Art. 124 – Auto aborto


Crime de mão própria
É crime contra vida humana intra-uterina.

O momento inicial para ocorrer o aborto é com a nidação (implantação. Info


508 STF.

Art. 127, CP
Se entender que é crime preterdoloso. 2 posições:
Capez não admite tentativa
A D tradicional admite tentativa

Art. 128
I – não é a mãe que decide, é o médico – Aborto Necessário
II – Aborto Humanitário – não há necessidade de ordem judicial
Se o médico for enganado, não responderá por erro de tipo.

Aborto econômico e social – é crime


Aborto eugênico – é crime

Aborto anencéfalo –
Bitencourt – inexigibilidade de conduta diversa – pode abortar
A D cita o art. 3 da Lei 9437 que diz que a morte encefálica cessa a vida,
logo, não existe aborto contra feto anencéfalo porque não há vida.
Tambem o princípio da dignidade humana são usados para fundamentar e
autorizar o aborto.

Art. 155, CP
$1 – repouso noturno.
Casa habitada ou não

Consumação –
Teoria da Amotio – basta a remoção do objeto da esfera da disponibilidade
da vítima
Essa é a adotada.
Teoria da Ablatio – posse mansa, pacífica (Nucci, Greco, Weber)

O furto noturno não convive com qualificado. Só haverá o noturno e a


qualificadora é para exasperar a pena base.

No furto privilegiado pode haver só multa ($2)

$3 – energia nuclear pode ser furtada

Sinal de TV a cabo – Para Bitencourt e Greco, como não há diminuição do


patrimônio, não é tutelado no penal.

$4
STJ – quebrar vidro para levar carro – é furto simples
Quebrar vidro para levar bolsa – é furto qualificado (porque é acessória)

Destreza – pode haver tentativa se for percebida por terceiro.


Escalada – vale túneis

É possivel cumular o 288, p. único com o 157, $2, I, II – para o STJ e o STF
é concurso material, são bens jurídicos diferentes. É no mesmo contexto
fático.
Já quadrilha e associação para o tráfico (associação de 2 pessoas,
estabilidade – 35 da L. 11.343-2006

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Art. 157, $3 - Polêmica
STJ – é possível tentativa no latrocínio. O TJDF também.
STF – não pode. Absurdo. Diz que é causa de aumento de pena (mas é
claramente qualificadora)

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