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O linfócito T NAIVE é aquele maduro que ainda não entrou em contato com o
antígeno, estando recirculando entre os órgãos linfóides secundários. A melhor célula
apresentadora capaz de ativar células T é a dendrítica, capaz de ativar tanto CD4 como
CD8 em células efetoras helper e citotóxica, respectivamente. Essa ativação necessita
de dois sinais, que ocorrem dentro do órgão linfóide secundário:
Obs.: A célula dendrítica é a APC mais eficiente por apresentar altos níveis de B7,
que têm sua expressão, bem como a de MHC, aumentada quando ativadas pela
interação desta célula com um PAMP. Na ausência de infecção a CD tem uma pequena
quantidade de B7.
O primeiro sinal juntamente com o segundo sinal desencadeiam cascatas de
eventos, que produzem fatores de transcrição, produzindo genes que vão induzir:
Esses dois sinais funcionam muito bem para a célula CD4, porém para a célula
CD8, o 2° sinal pode ser diferente.
Para a célula TCD8, o primeiro sinal é a interação do TCR com o complexo MHC-
1-peptídeo, enquanto o 2°sinal pode ser de duas maneiras, pois a célula TCD8 é mais
difícil de ser ativada, podendo ser ativada pela célula T CD4 helper, por meio de duas
vias. Essa participação da CD4 ocorre quando o primeiro sinal é muito ruim
(Deficiência de B7, etc):
Essa ativação por CD4 ocorre nos seguintes casos: Infecções virais latentes e
tumores, pois nesses casos, não há estimulação de B7 na APC.
Na membrana da célula T existe uma proteína chamada de CTLA-4, que tem uma
afinidade de 20 à 50 x mais por B7 em relação ao CD28. Quando uma célula dendrítica
está inativa, ela tem uma pequena expressão de B7. Quando ela vai para o órgão
linfóide secundário, a sua afinidade por CTLA-4 é muito maior, gerando um sinal
inibitório de não ativação da célula, evitando autoimunidade. Grande parte das doenças
autoimunes decorre do polimorfismo de CTLA-4, que não geram sinais inibitórios
quando se ligam ao B7.
- Produção de IL-2, uma citocina que é responsável pela expansão clonal, sendo
um fator de crescimento, sobrevivência, proliferação e diferenciação. Essa produção
ocorre de modo autócrino; (IL-2 interage com IL-2R – CD25).
- Expressão de CD69, que vai promover a retenção dessas células ativas no órgão
linfóide secundário. Essa molécula se liga com S1PR e não o deixa ser externalizado. O
linfócito fica retido para que possa atingir o limiar de excitação e ser ativado.
- Reduz a expressão de CCR7 para que possa sair do órgão linfóide secundário
para migrar ao local de infecção; (Aumenta a expressão de integrinas e ligantes de
selectina, como VLA-4 e LFA-1).
- Aumenta a expressão de CTLA-4 para inibir a ativação de células T e regular a
resposta imune.
A expansão clonal serve para que a resposta imune seja mais rápida, pois surgem
mais células com aquela mesma especificidade.
COESTIMULAÇÃO – CD40L
A célula CD4 efetora agora produz citocinas capazes de ativar outras células,
enquanto as células CD8 efetoras agora apresentam grânulos de granzima e perforina,
bem como receptores Fas.
DIFERENCIAÇÃO EM CÉLULAS T CD4 EFETORAS
Obs.: As CD4 efetoras são chamadas de helper, pois suas citocinas aumentam a
intensidade de suas ações.
Diferenciação em células Th1
- Redução da expressão de CCR7 para que ela possa sair da zona de células T;
- Aumentar a quantia de S1PR para que ela possa sair do órgão linfóide;
CÉLULAS Th1
Por meio da produção de IFN-ɣ e por meio da expressão de CD40L, ela vai agir em
macrófagos (funciona como APC), que têm receptores dessa citocina e CD40
constitutivamente, ativando-os por meio do aumento dos mecanismos microbicidas por
meio do aumento do aumento da síntese de enzimas lisossomais, da EROs (estimula a
NADPH oxidase e a iNOS) e aumenta a produção de citocinas proinflamatórias para
matar microrganismos resistentes à fagocitose. Essa ativação aumenta a quantia de
lesões teciduais. Um exemplo muito comum de resposta Th1 é o granuloma, uma massa
celular formada pela fusão de macrófagos (M1) tentando fagocitar o microrganismo e
por células Th1 que ficam ativando os macrófagos para eliminar o microrganismo.
Esses macrófagos começam a secretar espécies reativas e começam a degradar o órgão,
causar fibrose e perda de função. Esse granuloma é muito comum na tuberculose (muito
comum em pacientes com AIDS).
As células Th1 também interagem com células B para que essas produzam um
anticorpo IgG, senão a célula B só produziria IgM.
Funcionam como APCs das células Th1 os macrófagos e as células B via MHC-2-
peptídeo e moléculas coestimuladoras.
CÉLULAS Th2
Essa sinalização na célula B faz com que essa produza anticorpos IgE, um
anticorpo envolvido com reações alérgicas de helmintos. Imediatamente após a
exposição primaria ao helminto, as IgEs específicas produzidas se ligam a receptores
presentes nos mastócitos, processo este chamado de sensibilização do mastócito.
Quando a pessoa têm um outro contato com o alérgenos, automaticamente as proteínas
do alérgenos se ligam aos IgEs e desgranula o mastócito, liberando histamina
imediatamente.
CÉLULA Th17
As células Th17 produz Il-17 que age em células epiteliais, endoteliais e estromais,
fazendo com que estas produzam citocinas pró-inflamatórias e fatores de crescimento
(GM-CSF) que vão agir na medula óssea e aumentar a população de neutrófilos, seja
por geração ou por recrutamento. As células Th17 também agem na integridade epitelial
e fazem com que estas produzam peptídeos microbicidas.
São células naturais geradas no timo, sendo essas autorreativas ou induzidas por
meio de citocinas anti-inflamatórias IL-10 ou TGF-β que agem na célula T NAIVE.