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ESTRUTURAS METÁLICAS

MÓDULO I – Projeto de um galpão treliçado

07 – Projeto de um galpão metálico


PROJETO DE UM GALPÃO METÁLICO - CARACTERÍSTICAS

Será projetado um galpão fechado para armazenamento de materiais


com as seguintes dimensões:

(Seção transversal da fachada)


PROJETO DE UM GALPÃO METÁLICO - CARACTERÍSTICAS

Composto por 5 pórticos iguais (galpão 20x20m)


Distância entre os pórticos: 5 metros

(Perspectiva)
AÇÕES ATUANTES NA ESTRUTURA

Ação permanente:
Peso próprio:
Para determinar o peso próprio da estrutura, faz-se
necessário uma análise para avaliar a melhor distribuição entre os
elementos da estrutura a ser utilizada para a coberta. Neste projeto
será utilizada um treliça como viga e perfis como pilares. Para isso,
será idealizado um modelo utilizando-se o software ftool para
análise elástica linear. As dimensões das seções transversais dos
elementos estruturais foram escolhidas de maneira coerente com o
tipo de estrutura adotado e os vãos a serem vencidos.
DETERMINAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DOS ELEMENTOS NA TRELIÇA

Modelagem do pórtico no ftool:


SEÇÕES TRANSVERSAIS DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS
Material e seções transversais dos elementos estrutural do pórtico:
DETERMINAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DOS ELEMENTOS NA TRELIÇA

Com o objetivo de otimizar a utilizar dos elementos da treliça, optou-


se por inverter o sentido das diagonais com o objetivo de que todas
fiquem tracionadas. Portanto, a nova configuração da treliça fica:
SEÇÕES TRANSVERSAIS DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS

(Perspectiva do pórtico)
AÇÕES PERMANENTES ATUANTES NA ESTRUTURA (TRELIÇA)

Peso próprio da treliça:


FG1k = 37 + 19,1 + 4,16 = 60,26 kgf/m
Treliça = 37 kgf/m
Terças = 3,82 x 5 = 19,1 kgf/m
Peso das terças = 3,82kgf/m²
Distância entre os pórticos = 5m
Contraventamentos = 0,84 x 5 = 4,16 kgf/m
Peso dos contraventamentos = 0,84 kgf/m²
Distância entre os pórticos = 5m
AÇÕES PERMANENTES ATUANTES NA ESTRUTURA (TRELIÇA)

Fechamento da cobertura:
Tipo: Telha trapezoidal
Fabricante: Isoeste
Vão máximo: 2000mm
Peso próprio: 12kgf/m²
Inclinação mínima: 6%

Fechamento das laterais:


Peso próprio: 12kgf/m²
AÇÕES PERMANENTES ATUANTES NA ESTRUTURA (TRELIÇA)
Peso do telhado distribuído na treliça:
FG2k = 60 kgf/m
Peso próprio = 12kgf/m²
Distância entre os pórticos = 5m
Peso do telhado = 12 x 5 = 60 kgf/m
AÇÕES VARIÁVEIS ATUANTES NA ESTRUTURA (TRELIÇA)

Sobrecargas em coberturas (anexo B.5 ABNT NBR 8800:2008)


A sobrecarga adotada no projeto na cobertura foi de 25kgf/m²
(instalações ou peças eventuais fixadas na coberta).

Sobrecarga distribuído na treliça:


FQ1k = 125 kgf/m
Distância entre os pórticos = 5m
Sobrecarga = 25 x 5 = 125 kgf/m
AÇÕES VARIÁVEIS ATUANTES NA ESTRUTURA - VENTO

Visual Ventos
Dados de entrada:
Dimensões do galpão
AÇÕES VARIÁVEIS ATUANTES NA ESTRUTURA - VENTO

Visual Ventos
Velocidade básica do
vento
AÇÕES VARIÁVEIS ATUANTES NA ESTRUTURA - VENTO

Visual Ventos
Fator Topográfico
AÇÕES VARIÁVEIS ATUANTES NA ESTRUTURA - VENTO

Visual Ventos
Fator de Rugosidade
AÇÕES VARIÁVEIS ATUANTES NA ESTRUTURA - VENTO

Visual Ventos
Fator de Estatístico
AÇÕES VARIÁVEIS ATUANTES NA ESTRUTURA - VENTO

Visual Ventos
Coeficiente de pressão
externa - parede
AÇÕES VARIÁVEIS ATUANTES NA ESTRUTURA - VENTO

Visual Ventos
Coeficiente de pressão
externa - telhado
AÇÕES VARIÁVEIS ATUANTES NA ESTRUTURA - VENTO

Visual Ventos
Coeficiente de pressão
interna
AÇÕES VARIÁVEIS ATUANTES NA ESTRUTURA - VENTO

Visual Ventos
Combinação dos
coeficientes de
pressão
AÇÕES VARIÁVEIS ATUANTES NA ESTRUTURA - VENTO
Fatores: S1 = 1,00
P 0,12
 z   10 
S2 = b  Fr    = 0,86 1,00    = 0,86
 10   10 
S3 = 1
A velocidade característica do vento (Vk) é determinado por:
Vk = V0  S1  S2  S3 = 30 1  0,86 1 = 25,80 m/s

Pressão dinâmica (q): q = 0,613  (Vk ) = 0,613  25,86 2 = 0,41kN/m²


2

q = 41kgf/m²
AÇÕES VARIÁVEIS ATUANTES NA ESTRUTURA - VENTO

Visual Ventos
Esforços
resultantes
(hipóteses)
COMBINAÇÕES DA AÇÕES - COBERTA
COMBINAÇÕES DA AÇÕES - COBERTA
COMBINAÇÕES DA AÇÕES - COBERTA
AÇÕES PERMANENTES – FECHAMENTO LATERAL
Peso próprio (distribuído ao longo do pilar) :
FG1k = (121,83 + 114,74)/8 = 29,57 kgf/m
Pilar = 121,83 kgf
Travamentos laterais = 114,74 kgf

Peso do fechamento lateral (distribuído ao longo do pilar)


FG2k = 480/8 = 60 kgf/m
Peso próprio do fechamento lateral = 12kgf/m²
Área de fechamento = 5(comp.) x 8(altura) = 40 m²
Peso total do fechameno lateral = 12 x 40 = 480 kgf
AÇÕES VARIÁVEIS – FECHAMENTO LATERAL

Vento nos Pilares


esquerdo / direito
FQ1k = -204 kgf/m ===== -204 kgf/m
FQ2k = -102 kgf/m ===== -102 kgf/m
FQ3k = 102kgf/m ===== -122 kgf/m
FQ4k = 204 kgf/m ===== -20 kgf/m
COMBINAÇÃO DAS AÇÕES – FECHAMENTO LATERAL
COMBINAÇÃO DAS AÇÕES – FECHAMENTO LATERAL
COMBINAÇÃO DAS AÇÕES – FECHAMENTO LATERAL
COMBINAÇÃO DAS AÇÕES – FECHAMENTO LATERAL
AÇÕES – FECHAMENTO LATERAL

(Perspectiva estrutural)
RESUMOS DAS COMBINÇÕES (HIPÓTESES DE CÁLCULO)
RESUMOS DAS COMBINÇÕES (HIPÓTESES DE CÁLCULO)

Observações:
• Foi identificado os casos 2, 4 e 7 como as hipóteses mais
desfavoráveis a estrutura;
• O carregamento na treliça foi distribuída nos nós das terças, isto
é, dividindo o valor da carga distribuída por 9;
• O peso próprio dos pilares e dos travamentos foram
considerados no extremo do pilar como forma de simplificação;
• Para simplificação, utilizou-se a combinação última para se
verificar os deslocamentos.
CASO 2

(Carregamentos)
CASO 2

(Deslocamentos vertical e horizontal)


CASO 4

(Carregamentos)
CASO 4

(Deslocamentos vertical e horizontal)


CASO 7

(Carregamentos)
CASO 7

(Deslocamentos vertical e horizontal)


DESLOCAMENTOS LIMITES

(ABNT NBR 8800:2008)


VALORES LIMITES DOS DESLOCAMENTOS
Treliça: L/250 = 2000/250 = 8cm
Deslocamento horizontal do pórtico do tipo galpão:
H/300 = 1000/300 = 3,33 cm
• Como o deslocamento horizontal do pórtico ficou fora dos limites
estabelecidos pela tabela c.1 da ABNT NBR 8800:2008, decidiu-se
aumentar a seção dos pilares do galpão.
• O caso 7 foi o que apresentou as maiores ações laterais, e
consequentemente os maiores deslocamentos. Portanto, este caso
foi utilizado para a escolha da nova seção dos pilares de modo que o
deslocamento horizontal fosse atendido pelos parâmetros da ABNT
NBR 8800:2008
VERIFICAÇÃO DO CASO 7 PARA O DESLOCAMENTO LATERAL
(Nova seção
dos pilares)

(Deslocamentos)
UTILIZANDO O CASO 4 E A NOVA DIMENSÃO DO PILAR

Peso próprio:
FG1k = (362,36 + 114,74)/8 = 59,6 kgf/m
Pilar = 362,36 kgf
Travamentos laterais = 114,74 kgf

(Carregamentos)
RESUMOS DAS COMBINÇÕES (HIPÓTESES DE CÁLCULO)
COM A NOVA SEÇÃO DOS PILARES
UTILIZANDO O CASO 4 E A NOVA DIMENSÃO DO PILAR

(Deslocamentos horizontal e vertical)


UTILIZANDO O CASO 4 E A NOVA DIMENSÃO DO PILAR

(Reações de apoio)
ESTABILIDADE E ANÁLISE ESTRUTURAL

Quantos aos materiais, os esforços internos podem ser determinados por


(Item 4.9.2.1 ABNT NBR 8800:2008):
• Análise global elástica (diagrama tensão-deformação elástico linear);
• Análise global plástica (diagrama tensão-deformação não-linear).

Quanto aos efeitos dos deslocamentos, os esforços internos podem ser


determinados por (Item 4.9.2.2 ABNT NBR 8800:2008):
• Análise linear (teoria de 1ª ordem);
• Análise não-linear (com base na geometria da estrutura deformada).
ESTABILIDADE E ANÁLISE ESTRUTURAL

Classificação da estrutura quanto à sensibilidade a deslocamentos


laterais (relação entre os deslocamento de primeira, D1, segunda, D2,
ordem, item 4.9.4 ABNT NBR 880:2008):

• Estruturas de Pequena Deslocabilidade: Δ2/Δ1 ≤ 1,1

• Estruturas de Média Deslocabilidade: 1, 1 ≤ Δ2/Δ1≤ 1,4

• Estruturas de Grande Deslocabilidade: Δ2/Δ1 ≥ 1, 4


ESTABILIDADE E ANÁLISE ESTRUTURAL

Aproximação do deslocamento lateral:

Δ2 1
 B2 =
Δ1 1 Δ h  N Sd
1−  
R s h  H Sd
Onde:

N Sd
É carga gravitacional total que atua no andar considerado,
englobando as cargas atuantes nas subestruturas de
contraventamento e nos elementos que não pertençam a
essas subestruturas;
ESTABILIDADE E ANÁLISE ESTRUTURAL
Rs É um coeficiente de ajuste, igual a 0,85 nas estruturas onde o
sistema resistente a ações horizontais é constituído apenas por
subestruturas de contraventamento formadas por pórticos nos quais
a estabilidade lateral é assegurada pela rigidez à flexão das barras e
pela capacidade de transmissão de momentos das ligações e igual a
1,0 para todas as outras estruturas;
D h É o deslocamento horizontal relativo entre os níveis superior e
inferior (deslocamento interpavimento) do andar considerado,
obtido da análise de primeira ordem, na estrutura original. Se Δh
possuir valores diferentes em um mesmo andar, deve ser tomado
um valor ponderado para esse deslocamento, em função da
proporção das cargas gravitacionais atuantes ou, de modo
conservador, o maior valor;
ESTABILIDADE E ANÁLISE ESTRUTURAL

H Sd
É a força lateral no andar, produzida pelas forças horizontais de
cálculo atuantes, usadas para determinar Δh e obtida na
estrutura original;

h É a altura do andar (distância entre eixos de vigas de dois andares


consecutivos ou entre eixos de vigas e a base, no caso do primeiro
andar).
FORÇA NOCIONAL

Nas estruturas de pequena deslocabilidade e média


deslocabilidade os efeitos das imperfeições geométricas iniciais
devem se levados em conta diretamente na análise, por meio da
consideração de um deslocamento horizontal entre os níveis
superior e inferior do galpão industrial (em edifícios seria o
deslocamento interpavimento) de h/333, sendo h a altura do
andar. Estes efeitos podem ser levados em conta por meio da
aplicação de uma força horizontal equivalente, denominada de
força nocional, igual a 0,3% do valor das cargas gravitacionais de
cálculo (item 4.9.7.1.1 ABNT NBR 880:2018).
CÁLCULO DA DESLOCABILIDADE DA ESTRUTURA (PÓRTICO)
CÁLCULO DA DESLOCABILIDADE DA ESTRUTURA (PÓRTICO)
CÁLCULO DA DESLOCABILIDADE DA ESTRUTURA (PÓRTICO)
CÁLCULO DA DESLOCABILIDADE DA ESTRUTURA (PÓRTICO)

B2<1,1: Estrutura de pequena deslocabilidade. Portanto a força


nocional fica:
ESTRUTURA – ANÁLISE FINAL

(Carregamentos)
ESTRUTURA – ANÁLISE FINAL

(Deslocamentos horizontal, vertical e reações)


ESTRUTURA – ANÁLISE FINAL

(Esforços axiais)
ESTRUTURA – ANÁLISE FINAL

(Momentos fletores)
ESTRUTURA – ANÁLISE FINAL

(Esforço cortante)

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