A situação do sistema educacional brasileiro é no mínimo preocupante. Os dados
estatísticos, as reportagens em jornais e na televisão, as inúmeras pesquisas e os testes internacionais nas mais diversas áreas do conhecimento demonstram explicitamente a decadência intelectual e cultural que devasta a sociedade brasileira. O professor, o mestre, o educador, era visto em épocas passadas como uma espécie de sacerdote, seu papel e sua atividade revestiam-se de um caráter sacramental era papel deles assegurar a continuidade da vida social pela transmissão dos saberes e “segredos” que lhe servem de base. O professor perde a autonomia de ensino e ensina apenas o necessário para que se atendam as necessidades do mercado, exigidas pelos exames do governo. Somem-se os baixos salários e a falta de infraestrutura necessária nas salas de aula para que a situação se torne insuportável e culmine na combatividade da categoria, ainda que o sindicato que a dirija seja de pouca representatividade dos interesses dos professores. O sistema federal de ensino, sob a responsabilidade da União, do Governo Federal, se refere às instituições, aos órgãos, às leis e normas, concretizando-se nos estados e municípios, nos seus sistemas de ensino. Segundo a LDB (art. 16), o sistema federal de ensino compreende: as instituições de ensino mantidas pela União; as instituições de educação superior criadas e mantidas pela iniciativa privada; e os órgãos federais de educação. E mais: supervisiona e inspeciona as diversas instituições privadas de educação superior. Gestão democrática: A base legal da gestão democrática encontra-se na Constituição Federal de 1988. Ela é apresentada como um princípio constitucional no Art. 206: “O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: [...] VI. Gestão democrática do ensino público, na forma da lei”. Esse princípio é reafirmado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, no artigo 3º, inciso VIII. A LDB artigo 14 estabelece ainda a definição das normas da gestão democrática: Fica então sob a responsabilidade dos sistemas de ensino (federal, estadual e municipal) regulamentar, com base no exposto na LDB, como será efetivada a gestão democrática. O princípio da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico é reforçado na mesma lei, como incumbência dos docentes (Art. 13, I). Gestão Educacional A gestão da educação nacional, conforme prevista na Constituição Federal de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96), se expressa através da organização dos sistemas de ensino federal, estadual e municipal. É estabelecido que haja o regime de colaboração na organização dos sistemas de ensino. Entre esses direitos, a educação, que além de ser considerada um direito social na Constituição Federal de 1988 (Art. 6º), é prevista como “direito de todos e dever do Estado e da família” (CF, Art. 205). Enquanto garantia legal expressa no texto constitucional e reafirmada na LDB (Art. 2º), a educação é um direito de todo cidadão brasileiro. Gestão Escolar: A gestão escolar diz respeito ao estabelecimento de ensino neste sentido, frisamos o que prevê a LDB de 1996 em relação às responsabilidades atribuídas às escolas: Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I. Elaborar e executar sua proposta pedagógica; 71 II. Administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; III. Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidos; IV. Velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; V. Prover meios para a recuperação de alunos de menor rendimento; VI. Articular-se com a família e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola; VII. Informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica; VIII. Notifi car ao Conselho Tutelar do Município, ao Juiz competente da Comarca a ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do percentual permitido em lei: LDB, Art. 12 (BRASIL, 1996a). Um grande desafio do pedagogo atualmente enquanto gestor é encontrar meios onde ele possa se construir de forma que ele atue como agente participante, criativo, reflexivo, questionador, crítico e investigador mediante a prática pedagógica. O profissional atua em várias funções na escola de acordo com as necessidades de atuação do dia a dia escolar. O Pedagogo é o profissional da educação que tem por função formar cidadãos em seus diferentes espaços educativos e em suas diferentes práticas educativas, de forma crítica, criativa e transformadora, assim podendo ser considerado um profissional da educação que atua na organização de processos educativos que compete sua responsabilidade. Neste sentido compreende-se que Pedagogo deve ser dinâmico, alguém que tem que estar apto para assumir a docência e suas diferentes funções do trabalho. Sendo assim necessita de uma formação continua para que possa considerar a si mesmo um profissional competente, capaz de realizar grandes feitos pela educação e redenção social.
REFERENCIA LARA, B. M. A., KOEPSEL, N. C. E. Gestão Educacional. Maringá: Eduem, 2010. (Coleção Formação de Professores - EAD)