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Universidade Federal da Paraíba- UFPB

Disciplina: Filosofia da Educação II Docente: Roberto Rondon


Discente: Elisângela Garcia Santos Rodrigues
Data: 02/07/2019.

Relatório II

Tomando como referência os capítulos de 9 até 12 a respeito dos yanomami, em que


foram comentados nas aulas de Filosofia da Educação II, foi possível pontuar alguns itens
e contextualizar as aulas ministradas pelo professor com o cotidiano. O texto chamou
atenção na passagem que se refere aos metais e o tempo, tomando como exemplo as
ferramentas e a alimentação dos povos, e relacionando com os dias atuais, sendo possível
admitir o quanto houve evolução desses instrumentos e como foi intensificado o cuidado
com o solo para aquisição dos alimentos. O texto destacou que as primeiras peças de ferro
utilizadas por ancestrais foram as que Omama deixou nas florestas. Nos dias atuais
convivemos com diversos utensílios que necessitamos para as tarefas do dia a dia,
enquanto o povo em estudo possuíam poucas ferramentas e construíam os seus próprios
utensílios e adaptavam conforme suas necessidades. Também foi informado pelo autor que
os yanomami não possuíam espelhos, que em comparação aos dias de hoje, possuímos
espelhos em excesso, assim como também objetos que refletem e possuem a mesma
aplicação do espelho que nos permite realizar atividades que sem esse objeto não seria
possível concluir. Assim como os integrantes da sociedade moderna os yanomami também
necessitavam realizar tais funções, entre elas destacamos fazer sobrancelhas, se pintar,
fazer depilação, ou seja, as mudanças que ocorreram com o passar dos anos nos faz refletir
o quanto as adaptações dos instrumentos e ferramentas modernas vêm contribuir para o
desenvolvimento da sociedade.

O texto cita alguns utensílios dos povos yanomami como: flecha, arcos, cabaças, potes
cerâmicos, redes de algodão e etc. Atualmente os itens mencionados são de uso frequentes
dos yanomami, tomando como exemplo os potes cerâmicos, alguns jovens desconhecem
esses objetos e nunca fizeram uso, embora ainda existentes, porém a geração moderna não
conviveu e por isso, não conhecem suas utilidades. Em nossas casas possuímos panelas de
alumínio, geladeiras, entre outros objetos que os yanomami não possuem e por
desconhecer suas utilidades, na sua cultura e visão não almejam por obter esses objetos,
porém para o branco é uma necessidade de uso extremo.
Fazendo uma alusão a questão da saúde, é destacado o quanto os yanomami culpavam
os brancos quando surgia alguma doença no meio do seu povo, eles alegavam que
desconheciam o sarampo, a tosse a malária e afirmavam que essas doenças provinham do
branco, ou seja, na visão deles o branco seria o responsável pelo surgimento das
enfermidades, é possível que essas doenças já existissem no meio dos yanomami, em que
eles faziam seus rituais obtinham êxito na cura e passavam despercebidos e não sabiam
identificar tais sintomas e relacionar com essas enfermidades. Com isso, é possível
relacionar esse fato com os dias atuais, em que surge no país ou em uma determinada
região uma epidemia e todos julgam ser trazida de outro país, em que muita das vezes já
estava aqui, porém a pessoa que chegou ao ambiente novo pode estar com imunidade baixa
e ser contaminada por algo, que muitos moradores daquela localidade não tenham
adquirido, com isso fazendo crer que quem veio de fora foi quem trouxe o problema, sendo
isso algo a ser investigado com clareza e não apenas se usar do achismo e afirmar tal fato.

Outra referência do texto que merece destaque é a visita do missionário branco a


moradia dos yanomami, tais problemas se repetem sim no nosso cotidiano, na medida em
que os missionários buscam fazer com que os povos indígenas conheçam as escrituras e
tome as palavras escritas no livro seguido por eles, que é a bíblia seja um caminho a ser
aceito, em que por ter nascido e crescido em outro meio de cultura, crença do seu povo e
modo de vida diferente muita das vezes será mal interpretado e ignorado por quem não
conhece esses ensinamentos. Da mesma forma que os missionários cometem excesso em
suas pregações, exigindo e afirmando de quem desconhece e não confiam nas escrituras
que não receberão salvação, os yanomami também têm sua crença e modo de vida como
verdade absoluta, embora citando que os missionários são ignorantes por força-los a seguir
suas crenças os yanomami também estão sendo intransigentes por ignorá-los, acredito que
discutir algo que não se tem conhecimento é uma perda de tempo, pois cada um vai
defender aquilo que o convém. Em relação à discussão sobre crenças já que não há uma
concordância de ambas as partes, isso reflete ao que convivemos no dia a dia, com isso o
coerente é que cada pessoa possa escolher o caminho que quer seguir conforme suas
convicções e respeite o espaço do outro, embora não seja tão fácil na prática, mas é
necessário para uma harmonia com as demais pessoas evitando o desentendimento entre os
povos.

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