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Este trabalho aborda o embate e os agentes políticos/partidos e o Tribunal

Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF) no episódio da


discussão em torno da lei 9.096/95. O ponto mais específico foi a cláusula de
barreira ou de desempenho, que instituía um nível mínimo de votação para que
os partidos mantivessem plenos direitos no Legislativo. Este instrumento era
considerado como a pedra angular do sistema partidário que se pretendia
implantar no Brasil naquele momento. Para tanto, o capítulo 1 estabelece a
metodologia a ser aplicada no objeto, marcada por um estudo de caso, de acordo
com tipologia estabelecida por Rhodes (1997). Enuncia também o problema, a
hipótese e os objetivos da pesquisa. No Capítulo 2 apresentamos o modelo de
análise da pesquisa, composto por várias dimensões conceituais como o
neoinstitucionalismo, os conceitos de statecraft e governabilidade, as
características da transição democrática na América Latina, via prussiana e, por
fim, a relação entre o sistema partidário e a burocracia governamental no Brasil.
No capítulo 3 abordamos a gênese da lei 9.096/95 no Congresso Nacional e sua
revisão judicial, as relações Executivo-Legislativo e os partidos políticos no
período, os impactos da lei neste cenário e, ao final, a resolução TSE 22.610/07.
Ela se combinou com a decisão sobre a cláusula de barreira para gerar os efeitos
institucionais estudados pela pesquisa. Nas considerações finais confirmamos a
hipótese de que o Poder Judiciário focou na definição das regras do jogo
enquanto os políticos/partidos se concentraram na operação do sistema via
clientelismo.

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