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6 CAPÍTULO 6

APLICAÇÕES NUMÉRICAS

6.1 VALIDAÇÃO DOS RESULTADOS

Nesta seção são reproduzidos exemplos presentes na literatura, que


possuem efeitos de snap-back e snap-through durante análises não lineares com
o objeto de atestar as potencialidades da formulação de elementos finitos
posicionais aplica ao elemento de barra rígida. Com o acoplamento do método
numérico de arc-length o algoritimo se torna capaz de contornar os eventos de
instabilidade.

6.1.1 TRELIÇA DE VON MISES

O primeiro exemplo estudado é a chamada treliça de Von Mises. Esta


estrutura é bem conhecida na literatura relacionado ao tema de não-linearidades
pois possui comportamento não linear na presença de tensões compressivas
que levam a instabilidade por bifurcação do equilíbrio. Em (PSOTNÝ;
RAVINGER, 2002), é realizado uma análise analítica da treliça, da qual os dados
estão apresentados na Figura 6.1, comparados com os resultados gerados pelo
método de Newton-Raphson com controle de forças e o método do arc-length.

Figura 6.1 Trajetória de equilíbrio com controle de forças e arc-length

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6.1.2 STAR DOME

O seguinte exemplo é apresentado em (BONET; GIL; WOOD, 2017), que


consiste em um domo tridimensional formado por pontos de um hexágono. Na
Figura 6.2 é apresentado a geometria da estrutura, os dados do material
adotados e local de aplicação da carga, no ápiceda cúpula.

Figura 6.2 - Geometria e dados de entrada da domo com 24 barras(Refazer figuras ou


citar fonte)

Na Figura 6.3 são apresentados os deslocamentos medidos no ponto de


aplicação de carga medidos através do método de arc-length e comparados os
valores apresntados em (BONET; GIL; WOOD, 2017). A capacidade do método
arc-length em acompanhar a trajetório de equilíbrio da quando utilizado como
método iterativo no método do elementos finitos posicional.
Na Figura 6.4 os deslocamentos obtidos pelo método controle de força e
método controle de deslocamentos são apresentados. Semelhante ao exemplo
da treliça de Von Misses (Figura 6.1), verifica-se que os valores resultados do
controle de força coincidem com os outros métodos apenas nos trechos com
inclinação tangente positiva, de forma que se torna ineficiente após a inversão
do sentido do acréscimo de carga, marcado pela ocorrência de uma tangente
horizontal a trajetória. Analogamente ocorre com o controle de deslocamento,
que descreve a trajetória apenas nos enquanto os deslocamentos são
crescentes, quando ocorre a inversão do sentido dos deslocamentos,
caracterizado pela ocorrência de tangente vertical a trajetória.

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1E+06

8E+05

6E+05

4E+05

2E+05
Força

0E+00
0 5 10 15 20
-2E+05

-4E+05

-6E+05

-8E+05
Deslocamento
Arc-Length Bonet; Gil; Wood, 2017

Figura 6.3 – Trajetória de equilíbrio com arc-length

1E+06

8E+05

6E+05

4E+05

2E+05
Força

0E+00
0 5 10 15 20
-2E+05

-4E+05

-6E+05

-8E+05
Deslocamento

Arc-Length Controle de Força Controle de Deslocamentos

Figura 6.4 – Trajetória de equilíbrio com controle de forças e controle


deslocamentos

6.1.3 TRELIÇA ESPACIAL 12 BARRAS

Esta treliça foi apresentada em (KRENK; HEDEDAL, 1995), onde foi


utilizado o método chamado de ortogonal residual quasi-Newton e em (KRENK,
2009) onde foi utilizado o método de arc-length com restrição do hiperplano. Este
exemplo é caracterizado pelo caminho de equilíbrio complexo pela ocorrência de

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vários snap-throughs e snap-backs. A geometria e os dados de entrada do
material são apresentados na Figura 6.5.
Os nós da base são fixos e os deslocamentos dos nós do topo recebem a
nomenclatura v e w , conforme Figura 6.5. No nó central do topo é aplicada uma
carga de F e nós nós laterais do topo é aplicada uma carga de 1, 5F . Nas figuras
Figura 6.6 e Figura 6.7 são apresentados as trajetórias de equilíbrio nos nós v e
w obtidos através do método arc-length com restrição do hiperplano,
comparados com os valores de (KRENK, 2009).

Figura 6.5 - Treliça espacial com 12 barras.

0,1
0,08
0,06
0,04
0,02
Força

0
-0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5
-0,02
-0,04
-0,06
-0,08
-0,1
Deslocamento
Krenk (2009) Arc-Length

Figura 6.6 – Caminho de equilíbrio no nó central w .

50
0,1
0,08
0,06
0,04
0,02
0
Força

0 0,5 1 1,5 2
-0,02
-0,04
-0,06
-0,08
-0,1
Deslocamento
Krenk (2009) Arc-Length

Figura 6.7 - Caminho de equilíbrio no nó lateral v .

6.1.4 SCHWEDLER DOME

O domo de Schwedler foi extraído de (KRISHNAMOORTHY; RAMESH;


DINESH, 1996) e os dados usados são os mesmo de (KZAM, 2016). A estrutura
é possui 264 barras de treliça, cujas dimensões e propriedades do material estão
ilustradas na Figura 6.8.
Nas Figura 6.9 e Figura 6.10 é apresentado a trajetória de equilíbrio da
estrutura resultados da análise por controle de força, controle de deslocamento e
arc-length.

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Figura 6.8 - Domo de Schwedler

5E+05

4E+05

3E+05

2E+05

1E+05
Força

0E+00
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
-1E+05

-2E+05

-3E+05

-4E+05
Deslocamento

Arc-Length Kzam (2016)

Figura 6.9 - Caminho de equilíbrio para o domo de Schwedler.

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5E+05

4E+05

3E+05

2E+05

1E+05
Força

0E+00
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
-1E+05

-2E+05

-3E+05

-4E+05
Deslocamento
Arc-Length Controle de Força Controle de deslocamentos

Figura 6.10 - Caminho de equilíbrio para o domo de Schwedler.

Novamente oberva-se que o controle de força é capaz de determinar a


trajetória apenas até os pontos limites que precedem os efeitos de snap-through.
Já com o controle de deslocamento é possível traçar a trajetória além nos pontos
limites traçando-se a curva nos ramos de equilíbrio instável, no entanto, a análise
não segue além dos pontos de retorno, não sendo possível identificar a inversão
de sentido do caminho de equilíbrio.

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