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MICROGERAÇÃO E MICROCOGERAÇÃO - QUE FUTURO?

SEMINÁRIO APEMETA
"ENERGIA E COMPETITIVIDADE – FUTURAS ESTRATÉGIAS"

Lisboa, 10 de Maio de 2006


TS104-315-005 (12-24 July 2001) --- With Earth's horizon in the background, astronaut Michael L. Gernhardt, STS-104 mission specialist,
participates in one of three space walks aimed toward wrapping up the completion of work on the second phase of the International Space
Station (ISS). Gernhardt was joined on the extravehicular activity (EVA) by astronaut James F. Reilly. Source: NASA.
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Junho 2006

http://www.localpower.org/nar_media.html
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ENERGIA E COMPETITIVIDADE: FUTURAS ESTRATÉGIAS

APEMETA, 10 de Maio de 2007

Consumo de energia primária UE-25


(1750 Mtep) 2005

Transportes
Terciário 19%
9%
Indústria
17%

Doméstico
16% Usos não-
energéticos
6%
Perdas em
transformação
33%
Fonte: Action Plan for Energy Efficiency: Realising the Potential. Outubro de 2006.
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APEMETA, 10 de Maio de 2007

Eficiência (I)

Geração convencional (típica) Vs. Micro-cogeração

Perdas
9 kW
Perdas
Combustível Caldeira a GN 22 kW
59 kW Rend. = 85 % Água Quente
50 kW
Micro-turbina a GN
Combustível
Perdas
148 kW Rend. Elect = 28 % 100 kW
T&D Rend. Térm. = 50 %
Perdas 3 kW
58 kW Electricidade
100 kW
28 kW
Central Térmica
Combustível média
89 kW Rend. = 35 %

Eficiência global = 53 % Eficiência global = 78 %


Emissões CO2 = 1088 gCO2/kWhe Emissões CO2 = 784 gCO2/kWhe
REE = 53 %
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Eficiência (II)

Produção separada de calor e electricidade

Electricidade
100 Central Rendimento Total :
36
termoeléctrica 36 + 80
η= = 0.58
200
Calor
100 Caldeira
80

Cogeração
Electricidade
Rendimento Total:
Sistema de 30
100
Cogeração Calor 30 + 55
55
η= = 0.85
100
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APEMETA, 10 de Maio de 2007

Flexibilidade na incrementação da potência instalada


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Um novo paradigma

Fonte: Brochura European Smart Grids Technology Platform. Comissão Europeia, 2006.
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“VIRTUAL UTILITIES” – Monitorização, Controlo e Gestão


centralizada da geração descentralizada

Fonte: Brochura European Smart Grids Technology Platform. Comissão Europeia, 2006.
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APEMETA, 10 de Maio de 2007

Principais benefícios resultantes da Micro-geração

• Aproveitamento mais eficiente dos recursos energéticos

• Fornecimento de electricidade com grande fiabilidade e qualidade

• Redução das emissões de CO2 e de poluentes

• Redução das perdas no transporte e distribuição de electricidade

• Redução do investimento necessário ao reforço da rede eléctrica


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Tecnologias de mini e micro-cogeração

• Motores de combustão interna

• Micro-turbinas a gás

• Pilhas de combustível

• Motores Stirling
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Eficiência das tecnologias de geração descentralizada


(Rendimentos eléctricos)

80%
Rendimento Eléctrico [%] (PCI)

Pilha de combustível de
alta temperatura e micro-
70% turbina (híbrido)

60% Pilha de combustível Alta


temperatura

50% Ciclo combinado GN


PA/PEM Pilha
de Combustível
40%
Motores
30% Turbina a gás
Micro-turbina Carvão/vapor
20%

10%

0%
0.010 0.100 1.000 10.000 100.000 1,000.000
Potência [MW]
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Investimento em tecnologias de geração descentralizada

6,000

5,000

Pilhas de Combust’vel
4,000
Motores Stirling

3,000

Micro-turbinas
2,000

Motores de combust‹o
1,000 interna

0
0.001 0.010 0.100 1.000 10.000

Potncia [MW]
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As micro-turbinas

Fonte: Capstone Turbine Corp.


• São uma tecnologia recentemente comercializada
• Apropriadas a aplicações pequenas (i.e. < 1MWe)
• Concebidas para geração de energia no local onde vai
ser consumida

• Potência eléctrica / unidade: 30 - 65 kW


• Potência térmica / unidade: 50 - 120 kW
• Rendimento eléctrico: 25 - 30 %
• Rendimento global (cogeração): 70 - 90%
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As micro-turbinas: exemplos de aplicação

• Nas ETAR os motores têm sido a


escolha tradicional em projectos
> 800 kW
• As grandes turbinas têm sido
consideradas para projectos
>3 MW

Conjunto de 8 micro - turbinas Capstone que utilizam biogás de


aterro (EUA).

Com unidades entre 30 e 60 kW que podem ser


instaladas em conjuntos de várias, abre-se um
importante nicho de mercado!
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As micro-turbinas: vantagens

• Modo cogeração: alimentação de calor dos


digestores;
• Ajuda a eliminar odores;
• Reduz / elimina “flaring”;
• Energia renovável;
• Modulares; adaptável a diferentes curvas de
produção de gás;
• Podem ser desmontadas e montadas noutro
local;
• Requerem operação e manutenção mínimas;
• Bom funcionamento com baixos níveis de teor
de metano (>35% CH4);
• Baixos níveis de emissões: NOx (<1/10 das
outras tecnologias e flares); 50 C30s no aterro Lopez Canyon na California

• Modo ciclo simples ou cogeração.


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APEMETA, 10 de Maio de 2007

Os motores stirling de aplicação doméstica

• Motores de combustão externa


• Utilizam um gás (hélio ou hidrogénio)
• 1 kW eléctrico a 8 kW térmico
• Substituem as caldeiras AQS e Aq. central
• Aplicado na parede ou no chão
• Fácil de instalar

Sistema Whisper Tech


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APEMETA, 10 de Maio de 2007

As pilhas de combustível em aplicações estacionárias

As células de combustível
são equipamentos
estáticos que convertem a
energia química contida
no combustível
directamente em energia
eléctrica.
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APEMETA, 10 de Maio de 2007

Pilhas de Combustível
Exemplos de “packages” para micro-cogeração (sector residencial)

FABRICANTE TECNOLOGIA POTÊNCIA

BALLARD PEMFC 1 kWe


(2003) (ηT = 93%)

VAILLANT PEMFC 1 - 4,5 kWe


(2001)

Fuel Cell
Technologies Ltd SOFC 5 kWe
(Siemens Westinghouse)
(2001)
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Pequenos motores a gás


• Gás natural ou propano
• Potência eléctrica: 2.0 - 4.7 kW
• Potência térmica (máx. 75°C): 6.0 - 12.5 kW
• Eficiência global: > 90% (~25% el. + ~65% th.)

• Potência eléctrica: 5.5 kW


• Potência térmica: 12.5 kW
• Eficiência: 90%
• SenerTec GmbH tem instaladas > 13,000
unidades.

Aplicações:

• Sector doméstico (conjunto de


apartamentos, habitação social, lares,
pequenas redes de calor, hotéis e hospitais.
• “stand-alone”
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Sistemas Híbridos Micro-turbina / Pilha de Combustível

Exemplo: Siemens Westinghouse SOFC/GT 220 kW Hybrid System

200 kW 20 kW

Potência eléctrica: 220 kW


Rendimento eléctrico: 53% (medido)
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Tecnologias de microgeração
(Energias Renováveis)

Fotovoltaica Eólica

Hídrica
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Tecnologias de microgeração
Eólica

TURBAN: projecto do INETI


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Tecnologias de microgeração
Fotovoltaica
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ACTUALMENTE
DIFERENTES POSSIBILIDADES DE ENQUADRAMENTO LEGAL

– Venda integral à rede pública


• Economicamente mais interessante
• Difícil de licenciar actualmente

– Produtor-Consumidor
• Economicamente não viabiliza o investimento, mas garante sempre
escoamento e valorização da energia produzida
• Provavelmente mais fácil de licenciar actualmente

– Auto-consumo
• O investimento nunca é recuperado
• Sem entraves no licenciamento
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Tarifas para o produtor em regime especial - PRE


(DL 33-A/2005)
F
– ~ 32 c euro/kWh para > 5 kWp O
– ~ 44 c euro/kWp para < 5kWp T
– Garantida durante 15 anos ou até se atingir uma produção de
O
21 GWh/MW (o que ocorrer primeiro).
V
O
L
Tarifa para o produtor/consumidor T
(Portaria 764/2002 A
I
– ~25 c euro / kWh < 150 kWp C
– menos atraente – necessidade de consumir 50 % O
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ACTUALMENTE
DIFERENTES POSSIBILIDADES DE ENQUADRAMENTO LEGAL

– Venda integral à rede pública


• Economicamente mais interessante
• Difícil de licenciar actualmente

PREVÊ-SE ALTERAÇÃO
– Produtor-Consumidor LEGISLATIVA
• Economicamente não viabiliza o investimento, mas garante sempre
escoamento e valorização da energia produzida
MUITO BREVEMENTE !
• Provavelmente mais fácil de licenciar actualmente

– Auto-consumo
• O investimento nunca é recuperado
• Sem entraves no licenciamento
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NOVO ENQUADRAMENTO LEGAL ESPERADO PARA BREVE

Intervenção do Sr. Secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação na Conferência


«Micro-geração: A mudança de paradigma do sistema eléctrico», em Lisboa» (13 Março 2007)

http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Ministerios/MEI/Comunicacao/Intervencoes/2007031
3_MEI_Int_SEAII_Micro_Geracao.htm

“…deve o Governo estabelecer o regime associado à produção em regime


especial, mediante a publicação de três D.L.:

– Um, relativo ao regime de produção de energia a partir de fontes


renováveis, já em fase avançada de elaboração, e que tem uma natureza
integradora e de actualização, à luz de novas metas e realidades;
– Outro, relativo à produção combinada de calor e electricidade, que
entrará, em breve, em consulta pública;
– Um terceiro, relativo à micro-produção, quer a partir de energias
renováveis, quer a partir da co-geração, que está também em fase
avançada de elaboração.”
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Road Map para Portugal

• Revisão das Normas Técnicas com definição de novas regras de ligação e


identificação dos esquemas de protecção adequados
• Adopção de procedimentos de licenciamento rápidos e expeditos
(tipo “fit & inform” / “one stop shop”)
• Justo e adequado sistema de remuneração
• Novo sistema regulatório - novo sistema de incentivos
• Identificação e adopção de sistemas de medição adequados
• Promoção de projectos de demonstração
• Criação de “cluster” tecnológico incorporando tecnologia e saber nacionais
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Muito obrigado.

Carlos Laia
carlos.laia@ceeeta.pt

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