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O cotidiano da população;
Os atos administrativos;
A religião;
A escrita.
Exemplificando estas, ressalta-se nessa linearidade a arte rupestre, com
uma simbologia única, que desencadeou uma série de outros signos
fundamentais para o desenvolvimento e fortalecimento das relações sociais e
comerciais.
Tais pinturas podem ser percebidas como ação e prática social, uma
registrando sua história, sua cultura, suas idéias, seus valores morais, éticos e
até mesmo políticos, fatos que eram registrados visualmente falando.
Dentro desta perspectiva ressaltam-se as práticas educativas como uma
das ações sociais executadas pelo homem da pré-história, enfocando a
organização social e a sobrevivência, cujo principal sistema de comunicação
entre eles era o desenho.
Já a cultura indígena traz o belo que tem utilidade, os adornos coloridos
feitos de sementes, a pintura corporal, a arte plumária e outras das quais não
servem apenas para enfeitar o corpo, mas tem uma simbologia especial para
eles.
Hoje, um dos fatores que distorceram esta vertente foi o sistema
capitalista e celetista, ou seja, infelizmente, o progresso e o uso indiscriminado
dos recursos naturais por parte de povos considerados civilizados culminaram
no comércio do que até então eram apenas hábitos culturais puros e simples.
Estes povos sofreram um processo de aculturação em detrimento da pura
manifestação cultural livre e despretensiosa.
Os europeus chegaram ao Brasil sem considerarem a idéia de que os
índios fossem também homens iguais a eles e, portanto, o que produziam era
arte também. Contudo isso não era claro.
Mesmo com estas dificuldades por parte dos europeus, a arte existia e
era genuína, natural e que hoje sofreram mudanças através do recurso de
outros materiais, como vidrilhos, linhas de nylon, ferros, materiais
emborrachados, em detrimento de materiais sustentáveis, como palha,
sementes, penas, barro e cipós.
Com tudo isso, a arte indígena do século XVII vista e descrita pelos
europeus difere e muito da arte indígena contemporânea vista hoje pelos
brasileiros.
A arte Barroca tem outra história, pois surgiu na Itália, no final do século
16 e chegou ao Brasil entre os séculos XVII e XVIII e segundo tratados trazia
em suas obras o homem que vivia em conflito interno, onde travava uma luta
com o seu ‘eu’ interior e o mundo externo, frente à questão da Igreja querer
estar sempre no centro de tudo, explicando o interesse nesta tipo de arte.
Se não fosse pelo poder de persuasão da Igreja, acredito que a arte barroca
não teria a expressividade e o reconhecimento que obteve somente através
das mãos de escultores como Aleijadinho e Agostinho de Jesus, pois a Igreja
queria continuar alienando as pessoas através da fé.
Ressalta-se que Como acontecia na chamada ‘idade das trevas’, antes
do Renascimento, a Igreja queria continuar alienando as pessoas através da fé.
A arte era útil para essa finalidade, pois podia explorar bastante algumas
passagens bíblicas, bem como a vida dos santos, segundo a Igreja.
Assim, com o aval da mesma, os artistas iam ganhando reconhecimento
e o catolicismo continuava sendo propagado aos quatro ventos, exercendo o
poder que sempre foi acostumado a ter. Visto desta forma, pode-se afirmar que
o Brasil ainda é sim um país Barroco, pois se caracteriza pela presença de um
povo que vive em conflito com suas crenças e seus valores, (antropocentrismo
x teocentrismo).
O Barroco manifesta uma tensão entre o gosto pela materialidade e as
demandas de uma vida espiritual, onde no geral, o povo brasileiro carrega
características barrocas, pois essa arte possui caráter fortemente religioso e
uma das características mais marcantes do povo brasileiro é ser extremamente
‘religioso’, ainda que viva em constante conflito com seu próprio materialismo.
Assim, afirma-se que a arte não é arte por si só, mas sim arte pela
sociedade, pelo lugar, pela influência.