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Prof. Mírian Patrícia C.

Pereira Paixão
 Produzida por uma multiplicidade de variáveis, se configura como um
evento complexo
 Alto grau de evitabilidade – em torno de 92% das mortes são
classificadas como evitáveis
 No Brasil perdura modelo de atenção ao parto e nascimento não
respaldado por práticas recomendadas pelas evidências científicas
 Desafios na integração e resolutividade da rede de atenção – “as 3
demoras”, não valorização das queixas das mulheres, falta de
protocolos pactuados
 A existência de violências institucional e de gênero indica
necessidades de mudanças na cultura institucional e nas relações
entre os sujeitos, no cotidiano dos serviços

Racismo
institucional
Mortes maternas segundo raça e cor
Brasil, 2000 a 2012

2000
1800
1600
1400 Ignorado
1200 Amarela
1000 Indígena
800
Preta
600
400 Parda
200 Branca
0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Fonte: CGAIE/SVS/MS
MATERNA:
 hipertensão arterial
 hemorragias,
 complicações por aborto
 infecções puerperais.

NEONATAL:
 Problemas Respiratórios e Circulatórios
 Prematuridade e Baixo Peso
 Infecções Perinatais
 Asfixia perinatal
 Baixa qualidade da assistência prestada.

 Ofertainsuficiente de profissionais capacitados para


atuar na atenção obstétrica e neonatal.

 Reconhecimentorestrito da magnitude da questão


enquanto problema de Saúde Pública.

 Precárias condições socioeconômicas.


1990 1994 1996 1998
- Comissão Nacional 1997
Criação do -Programa Saúde - Organização da atenção as
de Morte Materna; Aquisição de
SUS (Lei da Família e mulheres em situação de
- Projeto métodos
8.080, lançamento de violência,
Maternidade Segura; anticoncepcion
19/09/1990), material - Sistema de referência gestante
- Programa de ais com
expansão da institucional para de Alto Risco
redução da recursos do MS
rede pública organização da - Portarias que põem limites dos
de saúde vigilância do óbito mortalidade infantil pagamentos-SUS dos partos
materno cesárea,
- Atenção Básica incorpora
indicador de investigação de
óbitos MIF

2000 2003 2004 2005


- Metas do milênio - Pacto Nacional pela -Lançamento norma 2006
SAMU
(ODM) Redução da Morte do abortamento -Pacto pela Vida
- Programa Humanização Materna e Neonatal ( -Lei do acompanhante (Portaria /GM 399,
do Pré – natal e pactuado na CIT, no parto (Lei 11.108, 22/02/2006)
Nascimento 18/03/204) 07/04/2005)
(Portaria/GM 569,
1/6/2000)

2008 2009 2011


2007 - Regulamentação da vigilância do óbito - Plano de qualificação
- Pacto pelo Rede Cegonha
materno das maternidades AL e
Enfrentamento da - Pacto de redução da mortalidade Infantil NE
violência contra a no Nordeste e na Amazônia Legal
mulher

Fonte: CGIAE/SVS/MS
RMM - 2012: 61 mortes
RMM-corrigida RMM-corrigida/suavizada maternas por 100.000
N.V.
160 143,0

140 Avancços :
120 1990 - 2012 = 57%
100 2000 – 2008 = 16%
2009 – 2010 = 9%
80 97,3 76,7
68,6 69,8 2010 – 2011 = 9%
60 76,0 2011 – 2012 = 5%
63,9
40 61,5
20 REDUÇÃO DE 57%
0
Desafio:
Chegar a 35 mortes
1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

2012
maternas por 100.000
Fonte: CGIAE/SVS/MS
NV
€ Em 2009, aumento de óbitos maternos pela epidemia de
H1N1.
PELA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA
DAS MULHERES E CRIANÇAS
BRASILEIRAS
 Compromisso do governo federal para acelerar a
redução das desigualdades no Nordeste e na
Amazônia Legal.

 Reduzir em, no mínimo, 5% ao ano a mortalidade


infantil (crianças menores de um ano de idade),
especialmente o componente neonatal (até 27 dias
de nascido), nos anos de 2009 e 2010.
REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL 1990-2012 POR COMPONENTE
(Desafio de maior redução da mortalidade neonatal)
50

45

40

35
Taxa (por mil NV)

30

25

20

15

10

0
1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012*
Pós-Neonatal 24,0 20,7 17,7 13,6 11,9 9,4 8,0 7,2 6,4 5,6 4,9 4,3
Neonatal Tardia 5,4 4,6 4,2 4,0 3,7 3,6 3,5 3,3 3,0 2,8 2,6 2,5
Neonatal Precoce 17,7 16,6 15,3 15,5 13,8 13,1 11,9 10,9 10,2 9,3 8,5 7,8
DIMINUIÇÃO DAS DESIGUALDADES REGIONAIS
2010 2011 2012 201
NA TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL 1990 – 2012 3
(EM ESPECIAL REGIAO NORDESTE ) TMI 16,0 15,3 14,9 14,5

80 TM neonatal 11,1 10,6 10,3 10,1

70 Norte Nordeste
60
Sudeste Sul
50
Centro-Oeste Brasil
40
30
20
10
0
1990 1995 2000 2005 2010

AVANÇOS: Redução em 70% ( ODM) e Diminuição das Desigualdades regionais.


DESAFIO: Reduzir TMI para menos que 10. Reduzir os óbitos preveníveis. Diminuir óbitos
neonatais. Diminuir desigualdades regionais e em grupos vulneráveis ( exemplo: crianças
indigenas).
A Vigilância do Óbito - VO
Infantil e Materno

2009 2012

Investigação
>= 85 %
71%
44%
Investigação de óbitos
infantis (%).
Municípios do Brasil,
2009 e 2012

Investigação
>= 70%
64%
Fuente: CGAIE/SVS/MS
15%
Razão de morte materna estimada pelo Ministério da Saúde.
Brasil 1990 a 2012
160
AVANÇOS:
143,0

140
Redução 57% RMM-corrigida RMM-corrigida/suavizada
120
DESAFIOS: 97,3
100
Atingir uma
RMM de 35 80 68,6 76,7

(Meta ODM)
69,8
76,0 63,9
60
61,5
Reduzir os 40
óbitos
Número absoluto de óbitos
preveníveis
maternos declarados
20
2010: 1.719
2011: 1.610 0
2012: 1.583
1990
1991
1992

1993
1994

1995
1996

1997

1998
1999

2000
2001

2002

2003
2004

2005
2006

2007

2008
2009

2010
2011

2012
2013: 1.567 (preliminar)
http://svs.aids.gov.br/dashboard
/mortalidade/materna.show.mt
w 92% dos óbitos são considerados evitáveis segundo OMS
Peregrinação, demora para o cuidado efetivo, não valorização das queixas da mulher, más
práticas de atenção ao parto e nascimento, intervenções desnecessárias e desaconselhadas são
fatores determinantes
META SITUAÇÃO ATUAL
100% dos municípios aderidos ao componente pré-natal 98,5% municípios aderidos, com 49% dos municípios
com adesão a Rede Cegonha.
90% dos municípios com gestantes cadastradas no
SISprenatalweb

Ampliação de exames laboratoriais do pré-natal em 55% das gestantes cadastradas no SISprenatalweb com
tempo oportuno na AB para 100% das gestantes pelo menos 5 exames do pré-natal até a 20ª semana
de gestaçao.
Ampliar a oferta de métodos contraceptivos Ampliação em:
52% de contraceptivo injetável mensal
87% de injetável trimestral
100% da pílula de emergência
100% dos municípios com caderneta da gestante 41% (1.074.989) cadernetas entregues (1.024
municípios) – em processo de distribuição

Distribuição de 44.000 sonares e 9.900 balanças para 73% (31.999) de sonares entregues
UBS 68% (6.767) de balanças antropométricas entregues
META SITUAÇÃO ATUAL
Oferta do teste rápido de HIV em gestante Oferta MS: 120% (2.677.320) de TR distribuídos

com 5% (109.478) de TR registrados

Oferta do teste rápido de Sífilis em gestante Oferta: 60% (1.351.835) de TR distribuídos

com 5% (110.594) de TR registrados

Implantar teste rápido de gravidez na Atenção Oferta: 100% de repasse $ para aquisição local
Básica
com 30% (673.253) de TRG registrados

Realização do exame de Ultrassonografia Repasse de recursos para US 100% gestantes


Obstétrica (USG) para 100% das gestantes
22% das gestantes cadastradas com registro de
USG
Fonte: Sisprenatalweb
Suficiência de leitos e infra-estrutura relacionada à adequação de modelo
de atenção
Leitos Situação Atual

UTIN novos 156% da meta (1.065 leitos)

UTIN qualificados 97% da meta (2.499 leitos)

UCIN novos 129% da meta (1.540 leitos)

UCIN qualificados 84% da meta (2.219 leitos)

GAR qualificados 55% da meta (2.120 leitos)

DESAFIOS: UTIN: 17 estados com insuficiência de leitos. UCINco: 21 estados com insuficiência; UCINca: todos
estados com insuficiência. GAR: Recursos humanos e infra-estrutura insuficientes para habilitação em GAR.
Fortalecer o trabalho em rede e alterar as práticas de cuidado
materno e neonatal (mudança do modelo de atenção ao parto
e nascimento)
 Qualificação da atenção pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde
 Oferta de testes rápidos de HIV, sífilis;
 Ampliação da oferta do teste rápido de gravidez:
proporcionar a ampliação da oferta de métodos e
prevenir a gravidez não planejada
 Vinculação da gestante ao local do parto
 Sisprenatal web
 Novos Exames
 Qualificação da atenção ao parto e nascimento
 Acompanhante de livre escolha
 Apoio à qualificação da Ambiência (Maternidades, CPN,
CGBP)
Apoio às Boas práticas de cuidado materno e neonatal

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