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Gabriel Gageti
São Carlos
2012
DEDICATÓRIA
Meus sinceros agradecimentos ao meu orientador, Prof. Dr. Jasson Rodriguez Figueiredo
Filho, pelos ensinamentos durante o curso e também pela disponibilidade e dedicação na
orientação ao meu trabalho.
Aos meus colegas de universidade pelo apoio e pelos momentos em que estivemos juntos.
A dificuldade de execução das escadas dentro da obra se dá devido ao fato das suas
geometrias irregulares, dificuldades na armação e também na concretagem, demandando
um tempo considerável de execução dentro da obra.
Tendo em vista que o sistema de concreto armado é o predominante para realização das
escadas, foram estudados os diversos tipos de escadas nesse sistema construtivo,
analisando suas diferentes formas, modos de armação, comportamento estrutural e
métodos de cálculos.
Por fim foi realizado o dimensionamento e detalhamento de alguns tipos de escadas, afim
de analisar as taxas de armaduras necessárias e suas disposições.
ABSTRACT
Stairs are a fundamental and mandatory element of the inside of any building. They are
building elements, projected and executed in order to connect successive steps, comfortably
and with no greater energy expenditure, of a given building.
The difficulty of building stairs on indoors is due to their irregular geometry, difficulty on
establishing frames and also to the concreting procedure, which demand a considerable
amount of time.
Considering that the reinforced concrete system is predominant for building stairs, several
types of stairs on this building system were studied, analyzing its different shapes, setting
procedures, structural behavior and calculation methods.
Stairs on precast concrete were also studied, as a fast and rational alternative. Therefore,
some types of precast stairs were studied, analyzing its different shapes, setting procedures,
transportation procedures and structural behavior.
Finally, the sizing and detailing of some types of stairs ware studied, in order to analyze the
rate of steel setting needed and dimensions.
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 8
1.1 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 8
1.2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 8
1.2.1 Detalhamento dos objetivos ................................................................................... 9
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 10
2.1 INTRODUÇÃO TEÓRICA ................................................................................... 10
2.2 BREVE HISTÓRICO ............................................................................................ 10
2.3 AÇÕES .................................................................................................................... 11
2.3.1 Ações Permanentes ............................................................................................... 11
2.3.2 Ações variáveis ..................................................................................................... 12
2.4 TIPOS E CLASSIFICAÇÃO ................................................................................ 13
2.5 DIMENSÕES E TERMINOLOGIAS .................................................................. 14
2.6 ESCADAS RETANGULARES ............................................................................. 16
2.6.1 Escadas armadas transversalmente ....................................................................... 16
2.6.2 Escadas armadas longitudinalmente ..................................................................... 17
2.6.3 Escadas armadas em cruz ..................................................................................... 19
2.6.4 Escadas com patamar............................................................................................ 20
2.6.5 Escadas em balanço .............................................................................................. 21
2.7 ESCADAS COM LAJES ORTOGONAIS ........................................................... 23
2.7.1 Escadas em L ........................................................................................................ 23
2.7.2 Escadas em U........................................................................................................ 26
2.7.3 Escadas em O........................................................................................................ 29
2.8 ESCADAS COM LAJES ADJACENTES............................................................ 31
2.9 ESCADAS PRÉ-MOLDADAS .............................................................................. 34
2.9.1 Escada pré-moldada com peças de grandes dimensões ........................................ 36
2.9.2 Escada pré-moldada composta de diversos elementos ......................................... 38
2.10 DIMENSIONAMENTO DE ESCADAS .............................................................. 42
2.10.1 Escada de concreto armado, armada longitudinalmente: ................................. 43
2.10.2 Escada de concreto armado, armada transversalmente. ................................... 51
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 54
3.1 METODOLOGIA................................................................................................... 54
3.2 CONCLUSÕES....................................................................................................... 55
4. REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 56
8
1. INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
O tipo e forma a ser utilizado é de suma importância pois pode gerar uma maior ou
menor facilidade de construção, racionalização e economia; deve também ser adequada às
dimensões e cargas de uma edificação, e dessa forma o estudo de tipos de armações,
apoios, patamares é necessário.
1.2 OBJETIVOS
O objetivo do trabalho é estudar alguns tipos de escadas de concreto armado que podem
ser utilizadas em uma edificação. Pretende-se analisar as diferentes formas existentes de
escadas, as diferentes formas de armações, dimensões, patamares, apoios e ações
submetidas à elas. Serão abordados também alguns tipos de escadas pré-moldadas,
analisando suas especificidades e comportamentos estruturais. Serão citadas escadas de
diferentes formas de construção e comportamento estrutural e por fim serão detalhadas e
dimensionadas escadas armadas longitudinalmente e transversalmente em uma edificação,
fazendo um comparativo entre as taxas de armadura encontrada para escadas armadas
transversalmente, no caso de calculadas como viga e como laje.
9
- Estudo dos modos de armação, assim como das vigas e lajes nas escadas;
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 INTRODUÇÃO TEÓRICA
No entanto pode-se dizer que a escolha do tipo e material que será executada a
escada, deve ser realizada a partir da análise das possibilidades dentro da obra.
A origem das escadas certamente remonta aos tempos mais longínquos. A presença das
escadas talhadas nas pirâmides egípcias, confirmam esse fato e mostram que os degraus
das escadas já existiam a muito tempo atrás.
Observava-se que na Idade Média, as escadas eram vistas e pensadas meramente ao nível
técnico e utilitário, sendo muitas vezes realizadas com muito descuido. No início do
Renascimento essa visão foi alterada, dando mais valor as formas e qualidade da execução
11
das escadas. No entanto as escadas não eram cômodas, tendo um grande comprimento e
pouca altura, embora não fosse incomodo à população. Hoje em dia essa situação mudou
muito, o ritmo de vida exige uma escada que possa ser percorrida de modo rápido, seguro
que com o menor gasto de energia.
É impossível que possamos conhecer todos os tipos e formas de escadas existentes até
hoje, porém as escadas tornaram-se um elemento necessário e essencial dentro das
edificações, proporcionando não somente a circulação mas como também a segurança,
refúgio ou alternativa para o caso do não funcionamento de elevadores.
2.3 AÇÕES
mostrado na figura 2.
2.3.1.2 Revestimentos
Segundo Melges (1997) para a força uniformemente distribuída de revestimento
inferior (forro), somada à de piso, costumam ser adotados valores no intervalo de 0,8 kN/m²
a 1,2 kN/m² e para materiais que aumentam o valor da ação consideravelmente aconselha-
se que se utilize valores maiores.
Mureta ou parede: Os valores das ações nesse caso dependem do material utilizado
e da espessura dos mesmo.
Segundo o item 2.2.1.5 da NBR 6120 (1980), ao longo dos parapeitos devem ser
aplicadas forças horizontais e verticais de 0,8kN/m e 2kN/m respectivamente.
Ainda de acordo com a norma citada anteriormente, quando uma escada for
construída com seus degraus isolados deve-se calcular para que suportem uma força
13
concentrada de 2,5 kN em seu ponto mais desfavorável como pode-se ver na figura 3
abaixo, o termo “g” representando as ações permanentes distribuídas linearmente e Q
representa a força concentrada no local mais desfavorável.
- armadas longitudinalmente;
- armadas em cruz;
- com patamares;
- Escadas em L;
- Escadas em U;
- Escadas em O;
- Escadas circulares.
- Escadas metálicas;
- Escadas de madeira;
- Escadas pré-moldadas.
De acordo com Machado (1983), a largura da escada deve ser maior que 80 cm e
em geral recomenda-se 120 cm em edifícios residenciais, comerciais e também em hotéis.
Tendo que “l” é o vão teórico indicado na figura 5 acima e “p” a força total
uniformemente distribuída, os esforços máximos podem ser calculados por :
17
.
=
p λ2
Momento fletor : m = ; Força cortante:
8
Em casos onde a escada tem uma de suas extremidades engastadas e a outra livre,
²
o momento fletor máximo é dado por =− .
O momento máximo e força cortante podem ser obtidos a partir das seguintes
equações :
2 λ
2 2 p ( cos α )
pλ p i λi pi λi cos α p λ cos α
m= ou m = ; v= = =
8 8 2 2 2
No caso de ser com a laje em balanço, segundo Mancini (1971), a mesma possui
uma de suas extremidades engastadas e a outra é livre, o engastamento se da na viga
lateral como mostrado na figura 13. O cálculo da laje é bastante simples sendo armada em
uma única direção com barras principais superiores (armadura negativa) e no
dimensionamento da viga deve-se considerar o cálculo de flexão e torção. O comportamento
estrutural se da de forma que os espelhos dos degraus trabalham como vigas engastadas
na viga lateral e os passos (elementos horizontais) são dimensionados como lajes,
geralmente utilizando-se uma armadura construtiva.
Em escadas com degraus em balanço sobre vigas ou paredes, que podem ser retas
ou curvas, os mesmos podem constituir uma laje ou serem isolados. Em relação ao modo
de cálculo, de acordo com Guerrin (1971) procede-se como no caso de escadas com viga
inclinada, considerando, mesmo que sendo central a viga, uma possibilidade de
carregamento assimétrico causando torção na viga. Para esse caso deve-se considerar
ações variáveis e uma força vertical Q no ponto mais desfavorável do degrau, como citado
no item 2.2.2, anteriormente. Os degraus apesar de estruturalmente poderem constituir uma
laje, são armados como vigas e armados também com estribos devido a sua pequena
largura como mostrado na figura 15.
Segundo Melges (1997), para estes casos, a prática demonstra que é interessante
adotar dimensões mais robustas que as mínimas estaticamente determinadas. A leveza
deste tipo de escada pode ser responsável por problemas de vibração na estrutura.
Os degraus podem também ser engastados em uma coluna, que, neste caso, estará
sujeita a flexão composta.
23
2.7.1 ESCADAS EM L
A escada em L pode ser visualizada na figura 16.
Figura 16 - Escada em L.
Para o caso da escada sem uma viga inclinada as reações de apoio também são
obtidas pelo processo das áreas e são consideradas uniformemente distribuídas, como
ilustrado na figura 19.
Os momentos fletires, podem ser obtidos por meio de tabelas para a laje L1
considerando a laje apoiada nas vigas V1 e V2 e na laje L2 tendo uma borda livre. A laje L2
é apoiada em V2 e V3 e é considerada bi apoiada, tendo sobre ela ainda a reação de apoio
26
da laje L1, calculada pelo processo das áreas de influência, considerada uniformemente
distribuída em L2. Esta reação resulta no valor indicado a seguir, somado à ação que atua
diretamente na laje L2.
²
× .
O cálculo do momento fletor na laje L2, que é considerada biapoiada é dado por
²
= , onde l é igual ao comprimento (c + d).
O termo p representa a ação total na laje L2, composta pela soma da ação que atua
diretamente na laje e a reação da laje L1.
O detalhamento das armaduras pode ser observado na figura 20, e de acordo com
Melges (1997), recomenda-se que as barras longitudinais da laje L2, sejam posicionadas
por baixo das relativas à laje L1.
2.7.2 ESCADAS EM U
Assim como as escadas em L, as escadas em U com vigas em torno de todo
contorno externo, as reações de apoio também podem ser obtidas pelo processo das áreas
de influência de exemplificada na figura 21. De acordo com Melges (1997), o processo
simplificado para o cálculo dos momentos fletores consiste em dividir a escada conforme o
esquema indicado na figura 22. As lajes L1, L2 e L3 são consideradas apoiadas em três
27
bordas, com a quarta borda livre. As ações são admitidas uniformemente distribuídas nas
lajes e os momentos fletores podem ser obtidos através de tabelas. O detalhamento das
armaduras é bem parecido com os já citados das outras escadas e pode ser visto na figura
23.
Para as escadas em U sem as vigas V2 e V4, têm suas reações de apoio também
calculadas pelo processo de áreas de influência. Para a obtenção dos momentos fletores
considera-se a laje L1 apoiada nas vigas V3 e V1, a laje L2 é considerada apoiada na viga
V3 e nas lajes L1 e L3 e por fim a laje L3 apoia-se nas vigas V3 e V5. As reações de apoio
da laje L2 nas lajes L1 e L3, obtidas pelo processo das áreas, são consideradas
uniformemente distribuídas nas lajes L1 e L3. Portanto essas reações devem ser somadas
às ações que atuam diretamente nas lajes L1 e L3. Na laje L2 os momentos fletores são
obtidos por meio de tabelas vistas em Pinheiro (1993) pois possui três bordas apoiadas e
uma livre. Já as lajes L1 e L3, consideradas biapoiadas, os momentos fletores são
²
calculados pela expressão: M = . A figura 24 abaixo ilustra a forma estrutural, o método
Figura 24 - Forma estrutural e processo das áreas para cálculo das reações de apoio.
Para as escadas em U sem a viga inclinada V3, o processo para o cálculo das
reações de apoio é o mesmo, sendo que para o cálculo do momento fletor segundo Melges
(1997), considera-se L1 apoiada nas vigas V1 e V2 e na laje L2. Já a laje L2 é considerada
apoiada nas vigas V2 e V4. Por fim, a laje L3 apoia-se na laje L2 e nas vigas V4 e V5.
As reações de apoio das lajes L1 e L3, obtidas pelo processo das áreas, são
consideradas uniformemente distribuídas na laje L2. Portanto essas reações devem ser
somadas à ação que atua diretamente na laje L2. Os momentos fletores que atuam nas
lajes L1 e L3 podem ser calculados utilizando-se tabelas e considerando-se carregamento
uniformemente distribuído, três bordas apoiadas e a outra livre. A laje L2 é considerada
biapoiada.
2.7.3 ESCADAS EM O
As escadas em O podem ser exemplificadas de acordo com a figura 25.
áreas assim como as escadas vistas anteriormente. O método para o cálculo dos momentos
fletores segundo Melges (1997) consiste em dividir os lances como se fossem lajes tendo
cada laje 3 bordas apoiadas e a quarta borda livre, lajes essas que são submetidas à ações
uniformemente distribuídas. Dessa forma os momentos fletores são obtidos por meio de
tabelas.
A figura 26, ilustra a forma estrutural e o processo das áreas de influência das
escadas em O apoiadas em todo o seu contorno.
O esquema para o calculo dos momentos fletores pode ser observado na figura 27.
31
As escadas com lajes adjacentes são escadas compostas por duas lajes com um
patamar intermediário, mostrada na figura 28.
32
Esse tipo de escada é muito variado em relação às condições de apoio das lajes e do
patamar, podendo ter ou não vigas ao longo do contorno externo e com as lajes com apoios
simples ou engastamentos parciais de acordo com Lavour (2002). Um ponto em particular
deve ser atentado para que junta laje-patamar seja contínua.
Há outros modos para a execução das escadas, sem as vigas laterias V2 e V4, sem
a viga V3, sem as vigas V2 e V4 mas com apoio na junção laje-patamar. Os métodos de
cálculo do todos os tipos baseiam-se em calcular as ações por meio do método das áreas e
depois o cálculo dos momentos fletores considerando as extremidades que são apoiadas e
outras livres.
A Construção Civil tem sido considerada uma indústria atrasada em relação a outros
ramos industriais, isso se deve pelo fato dela apresentar, de maneira geral, baixa
produtividade, grande desperdícios de materiais e um baixo controle de qualidade.
A princípio alguns tipos de escadas estudados podem ser pré-moldados, como pode-
se analisar na figura 31. Esse tipo de execução visa minimizar os transtornos provenientes
da execução e modelagem das escadas no local, todavia a operação é mais ou menos
interessante dependendo do número de repetições.
Fonte: http://www.rotesma.com.br
De acordo com Acetti (1998), as escadas com patamares maciços, estes podem ser
embutidos na parede estrutural ou apoiados sobre peças pré-moldadas fixadas na alvenaria.
Uma vantagem dessas escadas é que, após a sua montagem, os acessos definitivos
para o transporte vertical são liberados, dando frente de trabalho para a obra além de ser
um método mais racionalizado de montagem.
Essas escadas como dito anteriormente não podem ser transportadas manualmente
no canteiro de obras devido ao peso dos elementos, necessitando dessa forma de
equipamentos especiais de içamento para o seu manuseio. Portanto a utilização desse tipo
de escada depende basicamente do equipamento de transporte e montagem disponível em
obra.
A sua produção industrial é feita por formas especiais metálicas, às quais permitem
certa liberdade de regulagem de inclinação, do passo e dos espelhos dos degraus, dos
patamares e também da largura total da escada, possibilitando a uma mesma forma a
produção de escadas com diferentes dimensões. A forma metálica pode ser observada na
figura 33.
A norma sobre o espaço modular para escadas, ABNT (1982) NBR 5717, define que
o passo e o espelho dos degraus devem ser adotados de acordo com as exigências de
projeto, não sendo necessariamente modulares. No entanto para Mamede (2001),
recomenda-se que os comprimentos dos degraus sejam.
O transporte como dito anteriormente, por nesse sistema não apresentar peças de
grande peso, pode ser feito manualmente, evitando gastos com equipamentos especiais de
içamento.
Para Mamede (2001), esse tipo de escada possui uma grande afinidade com o
processo construtivo em alvenaria estrutural devido a presença de paredes portantes
capazes de suportarem as cargas exercidas pelo chumbamento das peças pré-moldadas.
Em Mamede (2001) tem-se que, na maioria dos casos as escadas jacarés são
compostas por: duas vigas denteadas, degraus em “L”, patamares pré-moldados, peças de
apoio do patamar e peças complementares de ajustes, como pode-se ver na figura 37. A
41
Para Mamede (2001), uma opção para se trabalhar com pequenas peças e de
pequenas espessuras é a adoção de concretos de granulometria fina, um cobrimento de
armadura de 1 cm e um diâmetro máximo das barras de aço de 6,3 mm.
Para que se possa garantir o comportamento eficaz dos elementos deve-se tomar
alguns cuidados na fase de execução da escada pré-moldada, principalmente com relação
as dimensões, cobrimentos de armadura e também o acabamento final. Por serem
espessuras pequenas, assim como o cobrimento, exige-se técnicas apuradas de execução,
necessitando de uma mão de obra qualificada. Nesses tipos de escadas os ajustes
dimensionais precisam ser rigorosamente respeitados, da mesma forma que o acabamento
final da superfície deve apresentar uma ótima aparência, devido ao fato de, na maioria das
vezes, não utilizar-se revestimentos. Para tais atividades, recomenda-se o uso de formas
metálicas, porém esta é uma decisão a ser tomada pelo construtor, que analisará a
viabilidade da utilização.
42
armadura nesse caso. No entanto se fosse calculado da maneira como mostra a figura 40, o
momento máximo seria um pouco menor, necessitando uma taxa menor de armadura, no
entanto deve-se considerar a armadura no local onde há momento negativo.
- Revestimento: 0,8kN/m²
Para o cálculo do peso próprio, é preciso encontrar a altura média hm da laje, para isso
temos que:
,
Tg α = = 0,603 => α = 31,09°
!"
cos α = 0,856
Assim a carga permanente resulta em: g = 6,65 + 0,8 + 1,3 = 8,75 kN/m²
Tendo as forças totais nos dois trechos, P1 e P2, calcula-se as reações nos apoios:
∑MB = 0
∑Fv = 0
Rb = 23,93 kN/m
A partir dos diagramas mostrados acima, tem-se que o momento máximo, Mmáx =
22,5 kNm/m.
48
A) Armadura Longitudinal:
/,
+ = , ! , - − . − (,0! 4 ; dessa forma tem – se x = 4,13 cm.
12, 3 ,²
6
(, ! " ≤ = (, 08 ≤ (, )! , dessa forma não há necessidade da utilização de
7
armadura dupla.
;7 8 ,
9/: = = = (, !00 ; 9@ = (, ! 0
<=.7².>$7 ,( .(,(" ² .!((((/ ,0
C G ,H
AB = = = 9,24 OP²/P
DE . .F I, HJ .I,IKH .HI/ , H
Asmín = 0,15% b.h = 0,0015 . 100 . 12 = 1,8 cm²/m ≤ As . Portanto mantém-se a taxa de
armadura calculada, e com uma área de armadura As = 9,24 cm²/m adota-se Ø10c. 8 cm.
B) Armadura de distribuição:
Portanto temos que a armadura de distribuição Asdist = 1,84 cm²/m. Para isso adota-se
Ø6,3c. 16 cm.
49
C) Armadura de ancoragem:
Para que se obtenha a armadura necessária de ancoragem deve-se utilizar para os cálculos
o efeito cortante máximo, Vmáx = 23,8 kN/m², como visto na figura 42.
, U, , ,0×!8,
As,cal = = = , 2S²/S
1V, (/ ,
Ø F\ HII/ , H
b= × F] = J × ≅ 44 OP
J ,J ^
b,mín é o maior valor entre: 0,3. b ; 10Ø ; 10 cm. Portanto tem-se que b,mín = 13,2 cm.
`&,$T $
b,nec = α1. ≥ b,mín , sendo que:
`&,*>
b.
, H
b,nec = 0,7 × 44 × K, ≅ 4 OP.
Por questão de aspectos construtivos adota-se a ancoragem com ganchos. Dessa
forma considerando o gancho reto, tem-se que seu comprimento é igual a 8Ø. Portanto g =
8 cm.
50
Para a realização dos cálculos da escada armada transversalmente tem-se o concreto com
fck = 20 MPa, aço CA-50, os degraus possuem largura de 28 cm e um desnível lv = 2,80 m.
As paredes do contorno da escada são apoiadas sobre as vigas V01 e V02.
A) Carga Permanente:
Para o cálculo do peso próprio da escada é necessário encontrar a altura média hm. Dessa
forma tem-se que:
I
lv = 2,80 m, e a escada possui 15 degraus, assim tem-se que: e = H
= 17,5 cm.
h,H
tg α = = 0,625, assim α = 32°. Portanto cos α = 0,848.
jkl
h1 = mno .
270
dm = = = 15,9 OP ; onde:
p2 . p3 1 .17
Ψ3 = 17 (aço CA-50).
15,3 cm.
B) Carga variável:
r s² h,J^ . ,h²
O momento máximo será dado pela seguinte expressão: Mmáx = = = 6,8 kNm/m.
53
A) Armadura Transversal:
A armadura principal de flexão será obtida a partir de uma seção retangular com largura b =
100 cm.
z{ K,H m…†
As = ‚ƒ .{.„o = I,KKG . I, HG .HI/ , H
= 0,88 …
As,min = 0,15% b.h1 = 0,0015.100.15,3 = 2,3 cm²/m , adota-se portanto As = 2,3 cm²/m. Adota-
se Ø10 c.
B) Armadura de distribuição:
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
3.1 METODOLOGIA
Para que se possa atingir os objetivos propostos será realizada uma pesquisa teórica
visando a ampliação do conhecimento sobre o assunto estudado.
3.2 CONCLUSÕES
As escadas são elementos indispensáveis nas edificações, a partir delas, torna-se possível
a locomoção, de um nível à outro, de forma confortável e sem que haja um grande gasto de
energia. Além disso, durante uma obra, a finalização da construção da escada facilita a
locomoção vertical de materiais, assim como o fluxo dos trabalhadores.
Cada escada, como se pode notar, apresenta uma característica particular, diferenciando-se
em relação ao modo de armação, formas geométricas, comportamentos estruturais e
materiais utilizados para sua construção. Essa diferenciação entre as escadas faz com que,
para a construção dentro de uma determinada edificação, deve-se analisar além das ações
atuantes na escada, o local em que a mesma será executada e as características relativas à
elas, como: a forma, o comportamento estrutural, as dimensões e o material.
Em relação as escadas pré-moldadas, notou-se que é um sistema que pode trazer muitas
vantagens a partir da sua utilização. O tempo de execução, a racionalização da construção,
a economia de formas e a maior qualidade são fatores que favorecem muito a utilização
desse sistema. No entanto o custo e a dificuldade no transporte podem inviabilizar a sua
utilização.
Dessa forma, antes de qualquer construção de escada deve-se analisar todos os fatores
envolvidos, as vantagens entre uma escada e outra, para que se tenha a melhor solução
construtiva para o tipo de edificação.
56
4. REFERÊNCIAS
FUSCO, P.B. 1994. Técnica de armar as estruturas de concreto. São Paulo, Pini.
57
GUERRIN, A; LAVAUR, R,C. 1971. Traité de béton armé. 4 ed. Paris, Dunod. Tome
4
MELJES, J.L.P.; PINHEIRO, L.M.; GIONGO, J.S. 1997. Concreto armado: escadas.
São Carlos. Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.