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DIREITO TRIBUTÁRIO

1-CONCEITO DE TRIBUTO

a) Prestação pecuniária compulsória, em moeda ou valor que possa exprimir (UFIR,


imóveis – desde q haja lei própria do ente que tiver interesse em receber por esse meio)
b) Não seja sanção por ato ilícito;
c) Instituída por lei;
d) Cobrada por atividade administrativa vinculada

* A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da


obrigação (ex. Aquisição de veículo IPVA) sendo irrelevante a denominação ou
destinação. Obs. alguns tributos não possuem FG, nesses casos a destinação da
arrecadação é muito importante como nos empréstimos compulsórios e as contribuições
especiais, essas são as exceções a regra. Além disso há a regra de que a base de cálculo
das taxas não podem ser as mesmas dos impostos, então a BC também é importante.

Nota: algumas taxas podem ter parte da base de cálculo de impostos desde que não seja
em totalidade, ex. Taxa de coleta de lixo baseada na localização da casa, ou na
metragem, bases já utilizadas no IPTU.

Tributos não vinculados – ex. Impostos


Tributos vinculados – taxas, contribuições de melhoria
Arrecadação vinculada – empréstimos compulsórios

1.1- Espécies de Tributos

Impostos – fato do contribuinte. Vinculados, não oferece contraprestação do Estado.


Financiam as atividades gerais do Estado (uti universi). Receita auferida não tem
vinculação (princípio da não afetação ou não vinculação), em regra. Ainda que não
vinculado a destinação segue um padrão, exceções, certa parte sempre vai para saúde,
repartição constitucional, ensino, adm. tributária, etc.

Tem FG, BC e contribuintes definidos por lei complementar, não se estende a


alíquotas. Sempre que possível terão caráter pessoal e serão graduados de acordo com
a capacidade econômica do contribuinte, ex. Quem ganha mais paga mais.

Taxas – fato do Estado. Há contraprestação. Fato gerador é o exercício regular do


poder de polícia e serviços, utilização, efetiva ou potencial, de serviço específico e
divisível (uti singuli), prestado ou posto a disposição do contribuinte.
Disponibilização do serviço deve ser efetiva, a utilização é que pode ser potencial ou
efetivo. Serviço de limpeza pública e de iluminação pública não podem ser cobradas por
taxa, pois não podem ser divisíveis e nem específicas, diferente da coleta domiciliar de
lixo.

Para o STF a existência do órgão fiscalizador já é considerado como efetivo exercício. As


taxas não poderão ter BC própria de impostos (STF: alguns elementos podem ter a
mesma BC, desde que não haja integral identidade), ex. Caso da taxa de coleta de lixo
domiciliar que leva em consideração a metragem do imóvel, tem parte da base do IPTU..

O valor da taxa deve ser para cobrir as despesas do Estado com o serviço oferecido,
qualquer valor que extrapole isso fica com cara de imposto disfarçado além de configurar
enriquecimento sem causa por parte do Estado. Capital Social das empresas não pode
ser usado como BC das taxas, mas pode ser um fator de referência, para calcular um
valor fixo de taxa.

Cai em prova:
* Se falar que o FG da taxa segundo o CTN pode ser o exercício regular do poder de
polícia, ok. E não há necessidade de efetiva visita da fiscalização para que seja cobrada a
taxa.
** Sum. STF 667 – Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciaria
calculada sem limite sobre o valor da causa (Obs. como não há um teto limite o STF vem
flexibilizando esse entendimento)

TAXA e TARIFA:

Possui natureza tributária Não possui natureza tributária


Lei Contrato Administrativo
Não há manifestação de vontade Há manifestação de vontade
Compulsório Facultativo
Reg. Jur. Direito Público Reg. Jur. Direito Privado
Cobrada por PJ Dir. Público Cobrada por PJ Dir. Público e Privado
Receita derivada Receita originária

Contribuições de Melhoria – são de difícil aplicação prática por aqui, por enquanto só no
papel. Surgem com a realização de uma obra pública da qual decorra valorização
imobiliária ao contribuinte, o FG é a obra pública da qual decorre a valorização imobiliária
e não apenas a execução da obra pública, se não gerar valorização não tem porque ser
cobrado.

O motivo é evitar o enriquecimento de pessoas às custas da coletividade. Tributo


vinculado. Sobre os valores que podem ser cobrados a CF é omissa, já o CTN estabelece
que o valor pode ser o mesmo da valorização, tipo a casa valia 50 depois da obra passou
p/200 podem cobrar os 150 (que louco!). Até um asfalto novo pode ensejar a cobrança se
houver valorização, pensei no Sol Nascente, não pode ser cobrado antes do início da
obra, mas durante sim, antes mesmo do término se já gerar a valorização.

Obs>> Competência é comum entre os entes. Aquele responsável pela realização da


obra da qual decorra valorização de imóvel pertencente a particular tem competência para
instituir a contribuição de melhoria decorrente.

Empréstimos Compulsórios – instituídos somente por lei complementar. Competência


exclusiva da União. Despesas extraordinárias: calamidade pública, guerra externa ou
sua iminência; investimento público de caráter urgente e relevante (responde princípio
da anterioridade, eu sei não faz sentido). A arrecadação fica vinculada a despesa que
fundamentou sua instituição.

O FG ficou a critério do legislador, essas situações são apenas situações autorizadoras. O


CTN exige que a lei instituidora fixe o prazo do empréstimo e as condições do resgate,
STF entende que a restituição deverá ser feita na mesma espécie que foi recolhido. São
tributos pois atendem as cláusulas do art 3º do CTN. A conjuntura que exige a absorção
temporária de poder aquisitivo não pode ensejar a cobrança do empréstimo, pois esse
dispositivo do CTN, não foi recepcionado pela CF/88. Tributo finalístico.
Contribuições Especiais (4) – arrecadação vinculada. Tributo finalístico. Comp.
exclusiva da União. Elas são: Cont. Sociais, CIDE, Cont. Interesses das categorias
profissionais ou econômicas, COSIP. Exceção – Os demais entes podem instituir
contribuição sobre seus servidores para custeio do regime próprio de previdência,
cuja alíquota não pode ser inferior à que a União cobra de seus servidores, pode ser
igual ou superior.
Obs. o regime próprio de previdência dos entes não abrange a prestação de serviços
médicos, hospitalares, odontológicos e farmacêuticos (O STF entende que se restringe
apenas a prev. social, porém, nada impede que tais serviços possam ser prestados,
desde que a adesão e contribuição não sejam compulsórias).

Não incidem sobre: receitas de exportação, incidem sobre importação de produtos


estrangeiros ou serviços, alíquotas ad valorem (percentual sobre o valor a ser tributado,
ex. 10% sobre R$500,00) ou especifica (toma por base a unidade de medida adotada,
ex. R$1,00 a cada maço de cigarro).
Obs: O que importa é a destinação das receitas das contribuições e não quem arrecada.

Em 2002 foi incluída a contribuição para custeio do serviço de Iluminação Pública


(COSIP), competência do DF e municípios.

1) Contribuições Sociais: seguem a noventena.


Divisão – cont. seguridade social (previdenciárias), outras cont. sociais e const. sociais
gerais.

A) Seguridade Social: conjunto de ações do poder público e da sociedade para


assegurar à saúde, previdência e assistência social. Incidem sobre várias bases
econômicas, ex. Receita ou faturamento (Cofins), Lucro (CSLL), Importação de bens ou
serviços do exterior (PIS/PASEP- imp, Cofins- imp), Folha de salários e Rendimentos de
trabalho pagos ou creditados, de PF que preste serviços a empresa msm sem vínculo
empregatício, Receita de concursos prognósticos. Não pode ser cobrado sobre pensão
e aposentadoria concedidos pelo RGPS, pelo RPPS sim.
*Cai em prova: Cont. p/FGTS não tem natureza tributária corrente defendida pelo STJ e
STF.

B) Outras contribuições: a União é a única que pode criar contribuições, usando a


competência residual (instituídas por LC, não cumulativas, BC ou FG não podem ser
próprios de outras cont. já existentes). Somente as contribuições residuais serão
instituídas por LC, as outras serão por lei ordinária. Se a CF previu a fonte de
financiamento em seu próprio texto, é por lei ordinária, quando não é por LC.
Obs: impostos residuais não podem ter FG e BC idêntico ao de outro imposto, e
contribuição não pode ter de contribuição, mas contribuição pode ter de imposto e vice
versa.

C) Cont. Sociais Gerais (parafiscais): destinadas a custear atividades do poder público


na área social, que não seja de seguridade social, ex. Salário educação e cont. ao
sistema S (sesc, senai, etc. Que são PJ de dir. privado que podem receber recursos
públicos por desenvolverem atividades de interesse público). Como são destinadas a
outras entidades parafiscais.

2) Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico(CIDE) – competência


exclusiva da União. Sua finalidade não é arrecadar recursos p/os cofres, trata-se de uma
intervenção estatal na economia, sendo um tributo extrafiscal. Arrecadação vinculada,
destinada a setores específicos. Não incidem sobre exportações, e sim sobre as
importações. Alíquotas ad valorem ou específicas. Como não foram previstos o FG na
CF a União tem autonomia para criação de novas CIDEs, somente a de Combustíveis.

3) Contribuições Interesse de Categoria Profissional ou Econômica (Corporativas) –


exclusiva da União. É estabelecida para financiar atividades de entidades que
representam determinadas classes profissionais, sendo parafiscal. Ex. CREA, CRM;
contribuições sindicais. Atenção: OAB tá fora.

* Cont. confederativa: somente de filiados; cont. sindical, filiados ou não.

4) COSIP- Contribuição para Custeio do serviço de Iluminação Pública – não pode


ser custeado por taxa por não atender aos requisitos de divisibilidade e especificidade.
Era para ser usado parte da arrecadação dos impostos para seu custeio, porém, os Entes
alegaram não haver recursos, diante disso foi aprovada uma EC 32/2002 que permite que
Municípios e DF poderão instituir a contribuição, sendo facultada a cobrança na fatura do
consumo de energia elétrica. Arrecadação vinculada.

1.1.1- Classificação dos Tributos segundo a doutrina

1) Pela Hipótese de Incidência ou Fato Gerador – vinculado (taxa), não vinculado


(imposto)
*Tributos vinculados pode ser chamados de retributivos, contraprestacionais, bilaterais ou
sinalagmáticos.

2) Destino da Arrecadação – não vinculados (impostos), vinculados (empréstimos


compulsórios)
* As taxas não tem receita vinculada expressamente na CF somente as taxas judiciárias,
porém, estão vinculadas e só pode ter destinação p/fundos públicos ou entidades de dir.
público.

3) Finalidade – extrafiscal (controle da economia), parafiscal (repassado a outro), fiscal


(arrecadação de $$).
*Não existe tributo que no fundo não seja para arrecadar dinheiro, pode ter outra
finalidade dominante mas carrega essa intenção.
** Nem todas as contribuições são parafiscais, há contribuições arrecadadas pela União e
destinadas a seguridade social.

4) Possibilidade de transferência do encargo tributário – tributos indiretos, ex.


comerciante (contribuinte de direito) inclui o tributo no valor a ser pago pela mercadoria
paga pelo cliente (contribuinte de fato), e os diretos são quando não existe essa
transferência (ex. Pagamento do IPVA, o cara q for receber não pode embutir nada além).
* Não é possível utilizar-se de critérios econômicos para qualificar um tributo como direto
ou indireto. A análise para classificar os tributos conforme esse quesito deve ser feita com
base na lei unicamente.

2 – LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR

Os entes federados receberam poderes para tributar, a competência tributária, mas esse
poder não é ilimitado, impostas na CF (há exceções). As limitações são constituídas
por princípios e imunidades. Reguladas por LC, a lei não tem poderes para criar,
instituir, novas limitações apenas para regularizar. Algumas limitações são consideradas
cláusulas pétreas, EC não pode reduzir ou suprimir uma limitação, mas pode acrescentar
novos direitos (vai entender). Somente LC pode estabelecer normas gerais em matéria de
legislação tributária.

2.1- Princípios Constitucionais Tributários (LEISÑCOSULITRA - 5)

a) Legalidade (reserva legal) - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei. Somente lei pode estabelecer redução/majoração,
instituição/extinção. STF entende que MP ou instrumento com força de lei em alguns
casos pode instituir e majorar, exceto as reservadas as LC.
Exceções: majoração/redução – II, IE, IPI, IOF (alteração de alíquotas dentro dos limites
legais), CIDE combustíveis (alíquota reduzida ou restabelecida por ato do Executivo),
ICMS combustíveis (alíquotas fixadas por deliberação dos Estados e DF junto com
Confaz)
Outras exceções: Atualização do valor monetário da BC do tributo; alteração do prazo do
recolhimento.

b) Isonomia – igualdade para os iguais e desigualdade para os desiguais


-Capacidade contributiva: Pode ser mensurada pela aplicação de diferentes alíquotas
(Progressividade ocorre quando o percentual da alíquota aplicado aumenta quando a
renda aumenta, não há tributo progressivo quando as alíquotas são diferenciadas por
critérios que não levam em conta a capacidade contributiva.; Proporcionalidade aplica-
se mesma alíquota sobre qualquer renda) e também pelo Escalonamento da BC (ex.
IPTU o valor é estipulado mediante a metragem e a forma de construção luxo, popular,
etc).
Equidade vertical quem tem mais paga mais; Equidade horizontal tem o mesmo pagam
o mesmo (STF entende que esse princípio se estende a outras espécies tributarias
embora na CF só fale dos impostos).
* Obs: entende-se q não fere o princ. da isonomia o tratamento desigual para com as
EPP e ME p/favorecer o desenvolvimento dessas. Mas caso os sócios tenham preparo
científico perdem esse tratamento desigual por entender que podem disputar pau a pau
com as outras / Tb não fere a vedação a importação de carros usados
** Fere o princípio discriminação por conta da função ou ocupação exercida / assim como
é inconstitucional leis que isentam de pagamento de custas judiciais membros do MP.

c) Princípio do Não Confisco – a CF entende que o perdimento de bens caracteriza-se


como punição, por isso os tributos não podem ser confiscatórios. Esse princípio caminha
junto com o da capacidade contributiva pois visam proteger a capacidade econômica do
contribuinte. Para o STF para se identificar esse efeito confiscatório deve-se analisar a
totalidade de tributos submetidos ao contribuinte no mesmo período de tempo pela
mesma pessoa política, tipo quanto deve para a União.
Aplica-se tanto aos tributos quanto as multas. A aplicação desse princípio é atenuada
para os impostos extrafiscais, como são usados para controle podem ter alíquotas
elevadas, ex. Alíquotas de IPI sobre o cigarro são super caras para inibir o consumo do
produto.

d) Principio da Não Surpresa – evita alterações bruscas que afetem o contribuinte.

Representado na CF pelos princípios da: anterioridade, nonagesimal e irretroatividade.

➔ Anterioridade: fica proibido cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que


haja sido publicada lei que os institui ou aumentou, ou seja, só pode cobrar no
outro ano. Reduções ou extinção de tributos como são benéficos ao contribuinte
não seguem tal princípio.
Exceções: atualização do valor monetário, a mudança de data de pagamento e a
redução de descontos ou revogação de isenções concedidas anteriormente, essa
última no CTN entende-se que ela respeita o princípio, já o STF entende que não,
se cair na prova observe se cita alguma das fontes.

➔ Noventena: define que um tributo só pode ser cobrado 90 dias depois de sua
instituição ou majoração, são 90 dias e não 3 meses. Pode vir como anterioridade
nonagesimal, privilegiada, qualificada ou mitigada.

– > Não respeita nada (4)


II
IE
IOF
Empréstimo Compulsório e Imposto Extraordinário- casos de Guerra e Calamidade

Exceções ao Princípio da Anterioridade


a) II, IE, IPI (90), IOF
b) IEG
c) Empréstimos Compulsórios (Guerra e calamidade, casos de investimento público
respeita)
d) CIDE e ICMS combustível (90)
e) Contribuição para seguridade social (90)

Exceções ao Princípio nonagesimal:


a) II, IE, IOF
b) IEG
c) Empréstimos Compulsórios (todas as hipóteses
d) IR (anterioridade)
e) Base de cálculo do IPTU e IPVA (anterioridade)
Exceções ao Princípio da Legalidade

a) Atualização monetária;
b) Alteração de vencimento;
c)Obrigação acessória;
d) Alterações (pode majorar) de alíquotas do II, IE, IOF e IPI: Decreto Presidencial ou
por Portaria do Ministro da Justiça.
e) Reduzir e restabelecer alíquotas (não pode majorar) do CIDE Combustível: Decreto
Presidencial.
f) Reduzir e restabelecer alíquotas (não pode majorar) do ICMS Combustível: Convênio
do CONFAZ.

➔ Irretroatividade: CF não prevê exceções. É proibido aos entes cobrar tributos de


FG ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou
majorado, segurança jurídica.
O STF entende que em alguns casos a mudança na lei afeta fatos já gerados,
como no caso do CSLL, e do IR, ex. Sai uma lei no fim de 2017 que afeta o IR, o
certo seria que fosse aplicada aos rendimentos do ano seguinte e declarado em
2019, porém o tribunal entende que passa a fazer efeito no mesmo ano, ou seja,
2017 e declarados em 2018 (conhecido como retroatividade imprópria, ESAF
desconsidera, mas se cair a literalidade da súmula ok, senão tá errada).
O STF já dá indícios de que tá pensando diferente..vai entender. O tribunal também
tem como referência da irretroatividade o aspecto temporal da hipótese de
incidência.

MUITO IMPORTANTE!!

Obs> MP que institua ou majore impostos só tem validade e só produzirá efeitos no


exercício seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi
editada (salvo exceções). Se a MP perder o efeito fica a cargo do Congresso Nacional
disciplinar as relações jurídicas que ocorreram enquanto ela valia, e também se o valor
pago será devolvido, se em 60 dias não se manifestarem é mantido o que estava
estipulado na MP.
Caso a MP se transforme em lei sem maiores alterações durante o prazo ela conta a
partir da data de sua edição, se quando convertida em lei haver mudanças substanciais a
contagem começa a partir da lei.
Obs>> em casos de lei omissa quanto a data de início de vigência passa a vigorar 45 dias
após sua publicação, porém, quando se tratar de alguma cobrança será 90 dias depois,
respeitando a noventena.

E) Liberdade de Tráfego: é vedado aos entes estabelecer limitações ao tráfego de


pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, exceto pela
cobrança de pedágio (lembrando q se cobrado por um ente é taxa, por PJ privado é tarifa.
O texto não prevê mas existe também o ICMS,ele consta na CF então é constitucional.

2.1.2 - Princípios que só se aplicam a União

a) Uniformidade Geográfica da Tributação - é vedado instituir tributo que não seja


uniforme em todo território, ou que venha implicar distinção entre um ente e outro. Porém,
é permitido concessão de incentivos fiscais para promover o desenvolvimento
socioeconômico de determinadas regiões.
Obs.>> Não é qualquer incentivo, deve haver elemento finalístico que o justifique.
b) Uniformidade da Tributação da Renda – a União não pode cobrar mais dos entes
sobre suas obrigações tributárias do que as que cobra de si mesma, nem de seus
agentes.

c) Vedação as isenções heterônomas – veda que um ente conceda isenção sobre


tributo que não seja de sua competência.

Há 3 exceções: 1 – ICMS (CF) nas exportações; 2- União conceder mediante LC,


isenção de ISS nas exportações de serviços para o exterior (CF); 3- Mediante tratados
internacionais, pois entende-se que nessas circunstâncias o Presidente está no papel de
chefe de estado e não de governo, está representando a República e não a União (STF).

Isenção autônoma >> Cada ente pode conceder isenções de seus tributos

2.1.3 – Princípios Aplicados aos outros entes

a) Não discriminação baseada na procedência ou destino – os entes devem tratar


igualmente os produtos importados e os nacionais, inclusive os produzidos no país em
regiões diferentes.

2.2 – IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS

Competência Tributária – poder conferido pela CF aos entes p/instituírem tributos,


sempre por meio de lei. Quando o ente não desempenha sua competência rola a não
incidência.

Imunidade - incompetência tributária. Não há FG. Limitação constitucional. Não ampara


as obrigações acessórias. Hipótese de não incidência constitucionalmente qualificada.

Diferenças

Não incidência Isenção Imunidade


Situação não prevista em lei Opção politica do ente Limitação ao poder de tributar
Não há norma que preveja Previsão em norma Previsão na CF
infraconstitucional
Não ocorre FG Ocorre FG Não ocorre FG

Obs>> há também a alíquota zero, há o FG, porém o tributo acaba não sendo cobrado, o
valor dele é nulo.

2.2.1- Classificação das Imunidades quanto aos parâmetros de concessão

➔ Subjetiva (pessoas): ex. Imunidade recíproca, proibido um ente cobrar do outro


tributos relativos a patrimônio, renda e serviços (pessoas politicas)
➔ Objetiva (coisas): ex. Imunidade cultural, proibido instituir impostos sobre os
livros, jornais, etc.
➔ Mistas (pessoas e coisas): ex. Imunidade sobre a cobrança de ITR de pequenas
glebas rurais, exploradas pelo próprio dono e que este não tenha outras
propriedades

2.2.2- Classificação quanto a origem

➔ Politicas (opção): só existem por decisão expressa do legislador. Ex. Imunidade


cultural
➔ Ontológicas: decorrem do princípio da isonomia e do pacto federativo, existiriam
mesmo que não estivesse previsto na CF, pois são fundamentais para a
observância dos princípios contidos nela. Ex. Imunidade recíproca

2.2.3- Classificação quanto a forma de previsão

➔ Explícitas: são as que se encontram expressas na CF, hipóteses já previstas pelo


legislador.
➔ Implícitas: não estão na CF mas por decorrerem de princípios constitucionais a
jurisprudência as aceita, não há exemplos dessa imunidade até o momento.

2.2.4 - Classificação quanto à necessidade de Regulamentação

➔ Incondicionais: não precisam, produzem efeitos imediatos. Ex. Imunidade


recíproca.
➔ Condicionais: precisam. Ex. Imunidade a instituições de educação e assistência
social sem fins lucrativos, precisa ser precedida de lei, e abrange até as
contribuições para seguridade social

2.2.5 - Classificação quanto ao alcance

➔ Gerais: ex. Imunidade recíproca (sim, de novo rs), ela se estende a todos os entes
➔ Específicos: ex. Imunidade sobre IPI em operações de exportações, observe que
não é sobre qualquer operação

2.3- Espécies de Imunidades Tributárias

Imunidade genérica: previstas na CF para atingir inúmeros tributos ao mesmo tempo;


Ex. Todas as estudadas abaixo.
Imunidade específica: previstas na CF para atingir determinado tributo. Ex. IPI, ITR, etc.

a) Imunidade Recíproca – Cláusula Pétrea. Protege a autonomia financeira dos entes e


o pacto federativo. É proibido aos entes instituir impostos sobre o patrimônio,
rendas ou serviços uns dos outros. Aplica-se somente se o ente estiver na condição de
contribuinte de direito (eleito pela lei para cobrar os tributos, e contribuinte de fato que
arca com o ônus do tributo).
Não abrange taxas e cont. previdenciárias. Estende-se as autarquias e fundações
púbicas sobre patrimônio, renda e serviços vinculados a suas finalidades essenciais ou
delas decorrentes (imunidade reciproca extensiva).

STF entende que também abrange EP e SEM prestadoras de serviços públicos de


prestação obrigatória ou exclusiva do Estado (Obs.: as exploradoras de atividades
econômicas estão de fora). SEM prestadoras de serviços de saúde com capital social
majoritariamente público entra. No caso de delegatários se o patrimônio for do ente, tá
dentro, menos as exploradoras de atividades econômicas.

Em caso de IPTU de propriedade do Estado alugado p/terceiros incide o imposto devendo


ser pago pelo terceiro. Quando de entidades assistenciais e etc, não será cobrado se o
valor arrecadado for revertido para suas atividades fins. Só atinge obrigação, principal.

2) Imunidade religiosa – nenhum ente pode cobrar impostos de templos religiosos


(independe da religião). É incondicionada. Cláusula pétrea. Se estende aos bens e
atividades econômicas desde que os recursos gerados sejam vertidos para finalidades
essenciais da entidade. Os cemitérios que consubstanciam extensões dessas entidades
também são alcançados. Maçonaria não entra.

3) Imunidade partidos políticos, sindicatos dos trabalhadores , instituições de


educação e assistência social – somente sobre patrimônio, renda e serviços voltados
para as atividades essenciais. Abrange IOF.

O ensino de línguas estrangeiras também caracteriza-se como atividade educacional para


aplicação da imunidade tributária, consoante o entendimento firmado pelo STF.

No caso das instituições não podem distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou
renda, devem aplicar os recursos integralmente no país, manterem escrituração de suas
receitas e despesas em livros, não pode ter fundos lucrativos mas pode obter resultado
financeiro positivo para se manter, a remuneração de seus colaboradores pelo serviço
prestado não se confunde com repartição de lucros, e os requisitos para que recebam o
beneficio tem que vir de lei complementar.

Assim como no caso das igrejas o entendimento também é abrangente, tipo móveis
alugados também ficam imunes, não pagam ICMS sobre a comercialização de coisas
produzidas pela entidade, casa que serve de escritório ou casa de dirigente entra, bens
adquiridos que passam a fazer parte do patrimônio também, etc.

As entidades de previdência social, fechadas, se enquadram somente se não cobrarem


contribuições dos beneficiários, as que recebem patrocinadores públicos (Adm. Dir. ou
Ind.) não gozam da vantagem.

4) Imunidade Cultural – vedado aos entes instituírem imposto sobre livros, jornais,
periódicos e o papel de sua destinação, filmes fotográficos. Não se estende aos serviços
de composição gráfica. O entendimento do STF é amplo, e inclui insumos e
maquinários, tinta não.

Não se leva em conta o valor cultural da coisa tipo um álbum de figurinhas e um livro tem
o mesmo valor. Propaganda exclusivamente de índole comercial não é imune, se a
publicidade for somente para divulgação entra.

Aplica-se a livros eletrônicos e suportes exclusivamente utilizados p/fixá-los, tipo o


smartphone ou o tablete não são usados exclusivamente p/isso então estão de fora.

5) Imunidade Musical – PEC 75/2013, sobre fonogramas e videofonogramas produzidos


no Brasil de obras de autores brasileiros, ou pelo menos, interpretadas por artista
brasileiro. Abrange materiais ou arquivos digitais que os contenham.
A etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser não está imune , essa
parte é feita na Zona Franca de Manaus, foi deixada de fora justo para manter o incentivo
a região.

Outras Imunidades:

➔ Receitas de Exportação> apenas não incidirá Contribuições Sociais e CIDE


➔ IPI> aos produtos industrializados destinados ao exterior
➔ ITR> pequenas glebas, definidas em lei, quando as explore proprietário que não
possua outro imóvel.
➔ Taxas> taxas sobre petições direcionadas aos Poderes Públicos e sobre
certidões obtidas em repartições públicas quando solicitadas por pessoas baixa
renda.
➔ Ouro> ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se somente ao IOF
➔ Reforma Agrária> As operações de transferência de imóveis desapropriados para
tal fim, no que se refere aos impostos.

3– COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

Definição> Pressupõe competência legislativa para instituir o tributo, que só pode ser
instituído por leis ordinárias, MPs, e leis complementares (alguns casos).

Regra: Lei ordinária / MPs / Exceção: Lei complementar

Compete a União, Estados e DF legislar concorrentemente sobre: Direito Tributário

A União limita-se a estabelecer normas gerais através de LC, não excluindo a


competência suplementar dos Estados. Caso não haja lei federal sobre normas gerais o
Estado poderá criar (exercendo competência plena), mas caso venha a ser criada uma
federal a estadual será suspensa em tudo que lhe seja contrária.

O Município não legisla concorrentemente apenas suplementa a leg. federal e estadual no


que couber;

3.1- Características da Competência: (4I F)

➔ Indelegável: salvo as funções de arrecadar e fiscalizar, ou de executar leis,


serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, para PJ de dir.
público* (capacidade tributária ativa**). Ex. Municípios e o ITR
➔ Irrenunciável;
➔ Imprescritível;
➔ Inalterável: Ex. Um ente não pode criar uma lei q aumente sua competência
tributária
➔ Facultativa: pode ou não instituir o tributo. Caso institua sua cobrança é vinculada
e obrigatória. A LRF deixa meio que no ar que é obrigação não facultativa,
prevendo sanção ao não cumprimento, inclusive. Caso a questão fale algo da LRF
se atentar.

* Sumula 396 diz que a Conf. Nac. de Agricultura tem legitimidade p/cobrança da
contribuição sindical (essa é a exceção, se cair literalmente tá certa)
** Capacidade Tributária Ativa> Pode ser revogada a qualquer momento. A pessoa que
a detiver terá as mesmas garantias e privilégios processuais conferidos ao titular. Ex. Os
prazos que são mais longos para os entes no dir. civil. Pessoas de dir. privado que
arrecadam tributos tem o mero papel de receber e repassar a grana, não se confunde
com a capacidade citada.

3.1.1- Classificação da Competência

Privativa > só pode ser instituído por determinado ente

1) União: (7)
II, IE, IPI, IOF, ITR, IR, IGF

Também chamada de Competência Especial, tributos privativos que não são impostos:
Empréstimos compulsórios e Cont. especiais (embora essas possam ser cobradas
mediante cont. sociais pelos Estados, DF e Municípios para custeio de sua previdência e
assistência social de seus servidores)

2) Estados e DF (3)
ICMS, IPVA, ITCMD

Obs: Segundo o STF os estados-membros estão legitimados a editar normas gerais


referentes ao IPVA, ex. Estabelecer alíquotas diferentes em razão do tipo do veículo.

3) Municípios e DF (3)
IPTU, ITBI, ISS

Obs: Somente esses dois entes podem aplicar a COSIP

Comum>Todos podem instituir. Ex. Taxas e cont. de melhoria

Cumulativa> – União fica com os impostos estaduais do Território Federal, caso


seja dividido em municípios esses cuidarão de sua parte. Ao DF cabe os impostos
municipais.
Obs: a CF fala só em impostos, porém, isso abrange todos os tributos.

Residual – chamados de impostos residuais. Criação de novos tributos (impostos e


cont. p/seguridade social). Somente a União por LC.
Devem ser instituídos por LC, obedecer a não-cumulatividade, BC ou FG diversos dos
demais impostos no caso da criação de impostos ou das contribuições no caso das
contribuições.

Há o entendimento de que cabe ao Estado aquilo q não foi atribuído a União e


Municípios na CF, sendo uma espécie de competência residual para instituição de taxas
e cont. de melhoria.

Extraordinária> somente União. Instituído por LO ou MP. Casos de guerra externa ou


iminência (IEG), suprimidos gradativamente depois de cessada as causas de sua
criação;

3.1.2 - Bitributação e Bis in idem

Com base na competência tributária os entes instituem tributos sobre diversos fatos
geradores. Pode ocorrer, em alguns casos, diversas incidências sobre o mesmo FG.
Quando essas incidências são decorrentes de tributos de competência da msm PJ dir.
público é chamado de Bis in idem. E quando ocorre por mais de um ente é
Bitributação.
Obs: Admite-se os dispositivos no IEG.

→ Repasse da UNIÃO para os ESTADOS:


1) 100% DO IRRF (imposto de renda retido na fonte) sobre os rendimentos pagos pelos
Estados/DF;
2) 20% dos impostos residuais (se criados);
3) 10% do IPI proporcionalmente às exportações de produtos industrializados do Estado;
4) 29% do CIDE Combustível;
5) 30% do IOF sobre o ouro utilizado como ativo financeiro ou instrumento cambial
conforme a origem da operação;

→ Repasse da UNIÃO para os MUNICÍPIOS:

1) 100%da arrecadação do IRRF sobre os rendimentos pagos pelo município;


2) 50% do ITR relativos aos imóveis do município (ressalvada a hipótese do art. 153, §4º,
III da CF em que os municípios poderão, por convênio com a UNIÃO, arrecadar 100% do
ITR);
3) 7,25% do CIDE Combustível;
4) 70% do IOF sobre o ouro utilizado como ativo financeiro ou instrumento cambial
conforme a origem da operação;

→ Repasse dos ESTADOS para o MUNICÍPIO:

1) 50% do IPVA dos veículos licenciados em seu território;


2) 25% do ICMS;
3) 2,5% do IPI transferido pela União aos Estados proporcional às exportações ocorridas
no território estadual (equivale à 25% dos 10% que os Estados receberam a título de
IPI);

Art. 159. A União entregará:

I-do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer


natureza e sobre produtos industrializados, 49%, na seguinte forma:
a) 21,5% ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal;
b) 22,5% ao Fundo de Participação dos Municípios;
c) 3%, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter
regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao
semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei
estabelecer;
d) 1% ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio
do mês de dezembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007)
e) 1% ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio
do mês de julho de cada ano; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 84, de 2014).

ATENÇÃO!!
Imposto Indireto incide sobre a comercialização dos produtos e serviços: ICMS, ISS, IPI
Imposto direto são arrecadado diretamente do cidadão: IPTU, IPVA, IR

3.2- IMPOSTOS DA UNIÃO

➔ Imposto de Importação – extrafiscal, interfere diretamente na economia do país.


Exceção a legalidade, anterioridade e noventena, produz efeito imediato.

FG: entrada no território, mais especificamente a data de registro da declaração de


importação de mercadoria submetida a despacho para consumo (mercadorias
importadas a título definitivo). As mercadorias que entram temporariamente não
são tributadas, ex. Carros de exposição (admissão temporária), a Esaf entende que
nem ocorre FG.

BC/ Alíquotas: quando a alíquota aplicável for específica a BC será a unidade de


medida (kg, ton, m³); quando for ad valorem o preço normal (em condições de livre
concorrência), valor aduaneiro; caso seja produto abandonado ou apreendido
levado a leilão o preço da arrematação (na prática não existe essa incidência). As
alíquotas do II estão fixadas na Tarifa Externa Comum (TEC), que é uma tabela
com milhares de produtos relacionadas por código, quando o importador preenche
a declaração ele deve informar o código. O CTN afirma q o BC e as alíquotas são
flexíveis na verdade apenas as alíquotas o são. A competência da alteração não é
privativa do Presidente, ele pode outorgar a CAMEX.

Contribuintes: O importador ou quem a lei a ele equipare (importador, destinatário


da remessa postal, adquirente da mercadoria entrepostada) e arrematante de
produtos apreendidos ou abandonados (o autor não considera o arrematante
contribuinte, mas vai q cai na prova!). Importação com moeda estrangeira a
conversão deverá ser feita no dia de ocorrência do FG, salvo lei em contrário.

Lançamento: homologação

➔ Imposto de Exportação – Extrafiscal. Exceção legalidade, noventena e


anterioridade.

FG: saída do território de produtos nacionais ou nacionalizados, precisamente na


data de registro de exportação no SISCOMEX equiparada a Guia de Exportação, a
alíquota é calculada com base nessa data e não da efetiva saída. Há também a
exportação temporária (regime suspensivo de tributação) com a condição da
mercadoria voltar no prazo determinado. Esaf também não vê incidência aqui.

BC/ Alíquotas: quando a alíquota aplicável for específica a BC será a unidade de


medida (kg, ton, m³); quando for ad valorem o preço normal (em condições de livre
concorrência), valor aduaneiro. Somente a alíquota pode ser majorada a BC não. A
alíquota do IE é de 30% caso seja majorada não pode ultrapassar 5x esse
valor (150%). Facultado ao Executivo reduzir ou aumentar, ou outorgar ao
CAMEX.

Contribuinte: exportador ou a quem ele se equiparar

Lançamento: Homologação

➔ Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR) – finalidade fiscal,


é o imposto com maior volume de arrecadação. Majoração submetida a
anterioridade e excepcionada da noventena. Segue os critérios de generalidade
(alcança a todos), universalidade (todos os rendimentos) e progressividade (quem
ganha mais paga mais).

FG/ BC: aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica* de renda e proventos


de qualquer natureza. A incidência do imposto independe da denominação da
receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da
fonte, da origem e da forma de recepção. Rendimentos oriundos do exterior terão
as condições e o momento em que se dará a incidência do imposto estabelecido
por lei. Sendo assim ninguém escapa rs.

Contribuintes: titular da disponibilidade de renda ou proventos. A lei pode atribuir


essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou
dos proventos tributáveis. O CTN prevê que a lei pode responsabilizar a fonte
pagadora pela retenção do IR devido pelo empregado.

Lançamento: é por homologação e não por declaração como se imagina.


Entregamos a declaração antecipando o imposto devido, sem prévio exame da
autoridade, que realizará a homologação posteriormente.

Obs: O valor do IR descontado na fonte, de seus servidores, vai para os cofres dos
Estados, DF e Municípios. Pertencem aos Entes o produto da arrecadação do
imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre
rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que
instituírem e mantiverem. Não abrange os prestadores de serviços.

➔ Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – respeita a noventena.


Extrafiscal.

Características:
a) Seletivo, devido essencialidade do produto. ex. Brinquedo tem tributação maior q
arroz
b) Não-cumulativo (não existe em casos de isenção, alíquota zero ou não
tributáveis)
c) Não incide sobre produtos industrializados ao exterior
d) Terá reduzido seu impacto sobre aquisição de bens de capital pelo contribuinte
do imposto (para quem adquire bens de capital, q são aqles utilizados p/produzir
outros bens, com finalidade de promover o desenvolvimento econômico, ex.
Máquinas). Obs> nesse caso não é autoaplicável depende de LO mas conta com
eficácia negativa imediata, ou seja, não pode haver lei dispondo em contrário.

FG/ BC: a BC é o preço normal com acréscimo especifico para cada um dos
casos. 1- Desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira (+ imp.
sobre importação/ taxas de entrada no País, encargos cambiais pagos pelo
importador ou dele exigidos); 2- Saída dos estabelecimentos (+ valor da operação
de que decorrerá a saída da mercadoria ou preço corrente da mercadoria ou
similar no atacado da praça do remetente); 3- Arrematação (+ preço da
arrematação). Obs: considera-se industrializado o produto que tenha sido
submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou
aperfeiçoe para consumo.

Contribuintes: Importador; Industrial; Comerciante de produtos sujeitos a


impostos, que forneça ao industrial; Arrematante

Lançamento: homologação.

➔ Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos


ou valores mobiliários (IOF) / (CCST)

Não respeita nada. Extrafiscal. Incide sobre o ouro (ativo financeiro ou cambial)
apenas na operação de origem, dessa incidência sobre o ouro 30% vai p/Estado,
DF, ou território conforme a origem e 70% p/Município de origem.

Não incide sobre saques na poupança. Incide sobre contrato de mútuo


(empréstimo de coisa fungível e consumível, ex. Dinheiro).

FG: 1) Operações de crédito: efetiva entrega total ou parcial, ou sua colocação a


disposição do interessado; 2) Operações de câmbio: entrega moeda nacional ou
estrangeira, ou posta a disposição; 3) Operações de seguro: emissão da apólice ou
recebimento do prêmio; 4) Operações relativas a títulos e valores mobiliários:
emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes.

BC: Correspondente aos FG acima: 1) montante da obrigação (principal e juros); 2)


montante em moeda nacional, recebido, entregue ou a disposição; 3) montante do
prêmio; 4) emissão (valor nominal+ágio*), transmissão (preço ou valor nominal, ou
valor cotação em bolsa), pagamento ou resgate (preço)

Contribuintes: qualquer das partes na operação tributada, definida por lei:


a) PF ou PJ tomadoras de crédito (mutuários). No caso de alienação de direitos
creditórios resultantes de vendas a prazo a empresas de factoring, contribuinte é o
alienante pessoa física ou jurídica.
b) Compradores ou vendedores de moeda estrangeira nas operações referentes às
transferências financeiras (compreendem os pagamentos e recebimentos em
moeda estrangeira, independentemente da forma de entrega e da natureza das
operações) para o ou do exterior, respectivamente.
c)PF ou PJ seguradas
d) Adquirentes, no caso de aquisição de títulos ou valores mobiliários, e os titulares
de aplicações financeiras, nos casos de resgate, cessão ou repactuação;
e) Instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo
BACEN, na hipótese prevista de pagamento para a liquidação das operações de
aquisição, resgate, cessão ou repactuação de títulos e valores mobiliários, quando
inferior 95% do valor inicial da operação.
f) Instituições autorizadas pelo BACEN que efetuarem a primeira aquisição do ouro,
ativo financeiro, ou instrumento cambial

➔ Lançamento: homologação
*Ágio: valor a mais cobrado por uma mercadoria ou serviço. Ex. Produto comprado e com
pagamento parcelado em 12x no cartão, todo mês será cobrado um valor a mais, os juros.

Dúvidas sobre a incidência no OURO

➔ O ouro, quando não for considerado como simples metal, mas definido em lei
como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à
incidência do IOF.
➔ Esse imposto é devido na operação de origem.
➔ Está sujeito à alíquota miníma, já estabelecida na Constituição.
➔ O produto da arrecadação pertence ao Estado e Município de origem.

➔ Imposto Territorial Rural (ITR) – Incide sobre propriedades localizadas fora das
áreas urbanas do município. Extrafiscal, instrumento de política agrária. Usado
para estimular a produtividade, possui alíquotas progressivas para terras não
produtivas desestimulando a improdutividade. Respeita anterioridade e
noventena. Será cobrado e fiscalizado pelos municípios que assim optarem, desde
que não implique redução ou qualquer outra forma de renúncia fiscal (capacidade
tributária ativa). Se optarem recebem 100% se não 50%.

Além disso, prevê o CTN:

Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da
competência para exigir o seu cumprimento

Observe que a União celebrou convênio na qual o Município se comprometeu fiscalizar e


cobrar o ITR para exigir seu cumprimento.
Dessa forma, o sujeito ativo da obrigação tributária principal do ITR será o Município.

FG: propriedade, domínio público ou a posse de imóvel por natureza.

BC/ Alíquotas: valor fundiário, da terra nua, sem contar as melhorias.

Contribuintes:
a) Proprietário (registro em cartório);
b) Titulares de domínio útil (enfiteuse, proprietário entrega todos os direitos sobre a
terra inclusive o outro pode alienar ou entregar como herança, mediante eterna
obrigação de pagar a pensão ao senhorio direto);
c) Possuidor a qualquer título (ex. Usucapião, posseiros)

Obs> Não incide sobre pequenas glebas rurais, conceito definido por lei, q
proprietário não possua outro imóvel e que a explore só ou com a família, e que
tenha:
➔ 100 ha quando no Pantanal e Amazônia ocidental;
➔ 50 ha quando Polígono da Seca e Amazônia oriental;
➔ 30 ha demais municípios.

Obs>> entende-se por área urbana aquela definida por lei municipal, observado o
requisito de ter melhoramentos, ao menos 2 dos incisos abaixo:
a) meio-fio, calçamento, canalização de águas pluviais;
b) abastecimento de água;
c) sistema de esgoto sanitário;
d) iluminação pública, com ou sem posteamento domiciliar;
e) escola primária ou posto de saúde até 3 km

Atenção!
Pode se considerar áreas urbanizáveis ou de expansão, na lei, loteamentos
voltados para habitação, indústria ou comércio.
Segundo STJ caso o imóvel mesmo q situado na área urbana desempenhar
atividades de exploração agrícola, vegetal, pecuária ou agroindustrial incidirá ITR.
Entende-se que se o imóvel for invadido não é possível a cobrança uma vez que
há perda do domínio e dos direitos.

➔ Imposto sobre grandes fortunas (IGF) – único imposto previsto na CF que não
foi instituído. Lei complementar. Respeitaria noventena e anterioridade.

3.3- IMPOSTOS MUNICIPAIS

➔ IPTU – propriedades localizadas na área urbana. Fiscal, mas pode ser extrafiscal
em alguns casos. Respeita noventena e a anterioridade, exceto majoração da
base de cálculo do tributo burlando a noventena. STJ determina q é proibido
atualizar IPTU por decreto em % superior ao índice oficial de correção monetária.

Progressividade Extrafiscal: previsto na CF. O município por ser responsável


pelo desenvolvimento da cidade pode aplicar IPTU progressivo no tempo aos
terrenos parados, mediante lei específica para área incluída no plano diretor.
Progressividade Fiscal: só depois da EC/29/00. Progressividade de alíquotas
baseada no valor do imóvel, quanto mais caro mais paga.

FG: propriedade, domínio público ou a posse de bem imóvel por natureza (terra
nua) ou por acessão física (construção permanente).

BC / Alíquotas: valor venal do imóvel, e são adotados parâmetros como padrão da


construção (fino, superior, simples), idade da construção, etc; com base na
metragem. As alíquotas variam (fiscal e extrafiscal). EC 29/00 permite que elas
sejam diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. STF entende q se
o cara tiver um só imóvel usado como residência é constitucional lei municipal que
reduza o IPTU.

Contribuintes: a) proprietário; b) Titulares de domínio útil; c) Possuidor a qualquer


título. No caso de contrato de promessa de compra e venda ambos os lados são
considerados.
*Locatários ou comodatários não são considerados pois não tem intenção de
serem donos, e isso é requisito.

Lançamento: de ofício, notificado por carnê em seu endereço.

➔ Imposto sobre a transmissão de bens imóveis (ITBI) – transmissão intervivos,


a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis por natureza ou acessão física
e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição. Fiscal. Respeita noventena e anterioridade. Contratos
de compromisso de compra e venda não constituem FG.

O município competente para cobrar é o da situação do bem. Ex. Moro em Naviraí,


tenho AP em Dourados, será cobrado lá.

Não incide sobre transferências de imóveis desapropriados para reforma agrária.


Não incide sobre transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de
PJ em realização de capital só se for a atividade preponderante do adquirente, tipo
compra e venda de bens e direitos, ou locação de imóveis, etc.

BC/ Alíquotas: valor venal dos bens ou direitos. No caso de imóveis será o valor
pactuado no negócio jurídico ou valor venal usado como base para lançamento do
IPTU no exercício vigente, quando este for superior, conforme lei municipal. A
progressividade de alíquotas aqui é inconstitucional.

Contribuintes: Esse imposto deve ser pago pela pessoa que comprar o imóvel ou
os direitos sobre ele. O contribuinte, ou seja, quem vai arcar com o pagamento da
taxa, pode ser quem está transferindo a propriedade do bem se isso ficar
combinado entre as partes e acordado no contrato de compra e venda.

Lançamento: declaração

Obs> a incidência independe: de estabelecimento fixo; resultado financeiro;


cumprimento de exigências legais relativos ao exercício da atividade; pagamento
dos serviços no msm mês ou no msm exercício.
Obs>> Não havendo prévia instauração de processo administrativo fiscal, será
nulo o lançamento do imposto sobre transmissão de bens imóveis e de direitos a
eles relativos no caso de existir divergência entre a base de cálculo declarada pelo
contribuinte e o valor arbitrado pela administração tributária.
Segundo o STJ geraria a nulidade por violar os princípios constitucionais da ampla
defesa e do contraditório. E no caso do ITBI já ter sido pago, não haverá direito a
restituição, pois a definição legal de fato gerador, independe da validade e dos
efeitos dos atos praticados.

➔ Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS) – não compreendidos no


campo de incidência do ICMS, e definidos por lei complementar. A LC define os
serviços tributáveis, mas a instituição do tributo é lei ordinária municipal.
Normalmente copiam a lista da LC. Ela também fixa as alíquotas minímas (2%)
e máximas (5%); exclui da incidência serviços para o exterior; regula as formas e
as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e
revogados.

FG: prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se
constituam como atividade preponderante do prestador. Incide sobre serviços
provenientes do exterior ou que a prestação tenha iniciado lá; incide sobre serviços
prestados mediante acordo com o governo: permissão, autorização, concessão,
com pagamento de tarifa pelo consumidor final.

Em regra, nos serviços estipulados na lista não há incidência de ICMS.

BC: preço do serviço


Contribuintes: prestadores de serviços. O local de incidência é o estabelecimento
do prestador ou na falta desse de seu domicílio.

Lançamento: Homologação

Outras informações:

➔ Incide sobre transporte intramunicipal


➔ Segundo STF, a incidência do ISS sobre operações de locação de bens móveis é
inconstitucional, o conceito de serviço não enquadra locação.
➔ Ocorre a cobrança no contrato de arrendamento mercantil (financiamento).
➔ Incide sobre o valor dos serviços de assistência médica, incluindo-se neles as
refeições, os medicamentos e as diárias hospitalares
➔ É incabível a retenção na fonte do ISSQN a microempresas e empresas de
pequeno porte sujeitas à tributação do Simples Nacional por valores mensais fixos.
A retenção não ocorrerá por meio de valores mensais fixos, mas sim considerando
a alíquota correspondente de ISS devida pela ME ou EPP no mês anterior ao da
prestação do serviço.
➔ A diferença entre a alíquota utilizada e a efetivamente apurada nas retenções de
ISSQN por microempresas e empresas de pequeno porte deverá ser recolhida por
guia de recolhimento do município. Realmente, constatando-se que houve
diferença entre a alíquota utilizada e a efetivamente apurada, caberá à
microempresa ou empresa de pequeno porte prestadora dos serviços efetuar o
recolhimento dessa diferença no mês subsequente ao do início de atividade em
guia própria do Município.
➔ Nos serviços de assessoria e consultoria em informática e de pesquisas e
desenvolvimento de qualquer natureza incidem o ISSQN.
Em regra, o serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do
estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do
prestador, exceto em algumas situações quando o imposto será devido no local da
prestação de serviço:
•Serviços de edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres;
•Serviços de diversão, lazer, entretenimento e congêneres;
•Serviço executado por empresa estrangeira;
•Serviços de instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas;
•Serviços de demolição;
•Serviços de varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem,
separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer;
•Serviços de limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos,
imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres;
•Serviços de decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores;
•Serviços de controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes
físicos, químicos e biológicos;
•Serviços de execução de obra;
•Serviços de limpeza e dragagem;
•Serviços de florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação, reparação de
solo, plantio, silagem, colheita, corte, descascamento de árvores, silvicultura,
exploração florestal e congêneres;
•Serviços de escoramento, contenção de encostas e congêneres;
•Guarda e estacionamento de veículos terrestres automotores, de aeronaves e de
embarcações;
•Serviços de armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do
bem;
•Serviço de transporte de natureza municipal;
•Porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou metroviário;
•Vigilância, segurança ou monitoramento de bens, pessoas e semoventes e
•Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário.
•Feira, exposição, congresso ou congênere;

3.4-IMPOSTOS ESTADUAIS

➔ ICMS – maior arrecadação do país. Fiscal, Real (sobre coisas), proporcional


(alíquotas não variam em função da BC). Em regra, incidência plurifásica (incide
sobre todas as etapas de circulação da mercadoria, exceto ICMS-Combustíveis
que é monofásica). Pode ser seletivo em função da essencialidade das
mercadorias e serviços (lembra q o IPI deve, aqui pode), não-cumulativo e
indireto (é o consumidor quem paga).

Incide sobre o produto não sobre a renda, não importa quanto a pessoa ganha
como no IR e sim quanto ela consome, quem poupa em vez de gastar, não paga
pelos indiretos.

FG, BC e contribuintes definidos pela Lei Kandir.

ISS x ICMS

a) Serviços e Mercadorias: Fora da lista de serviços --> Incide ICMS


b) Serviços e Mercadorias: Previstos na lista de serviços sem ressalva --> Incide ISS
c) Serviços e Mercadorias: Previstos na lista de serviços com ressalva --> Dupla
tributação.

FG: operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de


serviços de transporte interestadual*, intermunicipal e de comunicação (desde q
oneroso, as de recepção livre e gratuita são imunes / pode ser intramunicipal),
ainda que as operações comecem no exterior.

Sobre importação incide mesmo que não haja habitualidade ou fins comerciais,
considera-se o momento do desembaraço aduaneiro, tipo se eu comprar algo no
exterior, pago.

*Obs> Art. 12. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento: [...] - V - do
início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, de
qualquer natureza
Desmembrando:
➔ Circulação: é jurídica e não apenas física, é passar de uma pessoa
p/outra. Não incide sobre comodato (contrato de empréstimo, devolve a
msm coisa q pegou). Não incide sobre deslocamento de mercadoria de um
estabelecimento para outro da msm PJ.
Obs>> De acordo com a Lei Kandir, considera ocorrido o fato gerador do
ICMS na saída de mercadoria para outro estabelecimento do mesmo
titular. Apesar de o STF ter declarado que não incide ICMS sobre a saída
para estabelecimento do mesmo titular. Por fim, deve-se considerar que
incide, tendo em vista a literalidade do artigo da Lei Geral do ICMS. Na sua
prova, responda de maneira diversa disso caso o examinador mencione o
STF ou jurisprudência.
➔ Mercadorias: bens móveis com finalidade comercialização (energia pode
ser entendida como mercadoria).

Contribuintes:
1) Qualquer PF ou PJ, que realize, com habitualidade ou em volume que
caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações
de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda
que as operações e as prestações se iniciem no exterior. Ex. Um restaurante que
compra um lote de 10 uniformes para seus funcionários. Ele vai recolher o ICMS
referente a essa operação (ainda que ela não tenha relação direta com o ICMS
sobre refeições que ele usualmente recolhe). O restaurante poderá usar o crédito
do ICMS em suas atividades, descontando o ICMS pago nesses uniformes daquele
que terá que pagar referente às refeições que serve.

➔ E também mesmo que sem habitualidade e fim comercial:

2) Quem importe mercadorias ou bens, independente da finalidade;


3) Destinatária de serviço q tenha sido prestado ou iniciado no exterior;
4) Quem adquira por licitação bens ou mercadorias apreendidas ou abandonadas;
5) Adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e
energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à
comercialização ou à industrialização.

Lançamento: homologação.

Base de cálculo: integra o montante do próprio imposto, tributação “por dentro”, já


vem embutida no valor da operação. Também aplicada a importação. Ex. Empresa
vende celular de R$1.000,00 com 20% de incidência de ICMS, ou seja, 800 do
produto e 200 de imposto.

Alíquotas: são estaduais e interestaduais (valor único, estabelecido através de


resolução do SN c/iniciativa do Presidente ou por 1/3 do Senado, aprovada pela
maioria absoluta).

Funciona assim:

Consumidor Final Alíquota aplicada Estado


Não-contribuinte Interestadual com Remetente
(PF ou PJ) diferença de alíquotas
p/destino (difal)*
Contribuinte (comércio) Interestadual Remetente
Contribuinte (uso ou Interestadual com Destinatário
consumo) Difal p/destino**

* EC 87/2015 alterou as alíquotas afetando diretamente o e-commerce, pois mexeu nas


operações destinadas a não contribuintes do imposto. Antes era só recolher a alíquota
interna do Estado de origem e já era. Agora o remetente tem q conhecer o ICMS de cada
Estado e fazer recolhimento em cada um deles. A EC também determinou que
gradativamente a difal seja repassada inteiramente para o estado destinatário.
Remetente Destino
2016 60% 40%
2017 40% 60%
2018 20% 80%
2019 0 100%

Exemplos:
*** Empresa A vende no RJ para entrega em SP. A alíquota no RJ é 16%, a alíquota de
SP é 18%, e a interestadual é 10%. Caberá ao RJ os 10% da interestadual, e, à SP, 8%,
que é a diferença entre a sua alíquota interna (SP) e a interestadual. Antes, o vendedor
simplesmente pagava 16% ao RJ e estava tudo certo.
Então, retomando o exemplo, sabe os 8% devidos a SP. Aquela operação ocorrendo em
2015 daria, na verdade, 1,6% para SP e 6,4% para o RJ. Em 2016, seriam 3,2% para SP
e 4,8 para o RJ. E assim até, em 2019, realmente se chegar a 8% para SP.
Obs> Somente o ICMS, II e IE podem incidir sobre operações relativas a energia elétrica,
serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais.
Obs>>O ICMS esta incluído na base de cálculo do IPI, porque está embutido no preço
do produto. Já não incide ICMS sobre o IPI, quando a operação, realizada entre
contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização,
configure fato gerador dos dois impostos. Quando produto for para consumo próprio ou
ativo permanente, mesmo que contribuinte do imposto, incide, e o IPI entra na BC do
ICMS.

Atenção! >>
Resolução do Senado Federal, de iniciativa do PR ou de 1/3 dos Senadores, aprovada
pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às
operações e prestações, interestaduais e de exportação;
Após EC 42/03 a exportação saiu fora, há imunidade sobre operações que destinem
mercadorias para o exterior e sobre serviços prestados a destinatários no exterior. Mas
se cair a letra da lei na questão pode estar correta, depende do entendimento da banca
(sim isso é loucura).

Mais sobre Alíquotas:


-Internas: competência do SN, é facultativa para estabelecer alíquotas mínimas
(resolução de iniciativa de 1/3 e aprovada pela maioria absoluta); fixar máximas (iniciativa
maioria absoluta e aprovada 2/3); salvo deliberação em contrário dos Estados ou DF
(Confaz), não poderão ser inferiores as interestaduais. No mais cada Estado determina
sua alíquota.
-Imunidades: 1) Mercadorias e serviços destinados ao exterior e garante
aproveitamento do montante cobrado nas operações e prestações anteriores (EC 42/03
antes era restrito há alguns casos, depois passou a abranger tudo; 2) Operações q
destinem petróleo, lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos e derivados, e
energia elétrica (evitando q os Estados produtores levassem vantagem sobre os outros);
3) Sobre o ouro quando definido por lei como ativo financeiro ou instrumento
cambial (nesse caso só incide IOF), quando for ouro normal tipo jóia, mercadoria, incide;
4) Serviços de comunicação de radiofusão sonora e sons e imagens de recepção livre
e gratuita.

Importante!
Os serviços não previstos na LC do ISS, incidem ICMS.
Ex. Fornecimento de mercadorias com simultânea prestação de serviços em bares,
restaurantes e estabelecimentos similares incide ICMS sobre total da operação (tem q
estar previsto na lei estadual tal cobrança). E pode ocorrer de estar o serviço sujeito a ISS
e a mercadoria ao ICMS.
Obs: Repasse para os Municípios
CF |Art. 158. IV - 25% do produto da arrecadação do ICMS. Parágrafo único. As parcelas
de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão creditadas
conforme os seguintes critérios: I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor
adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de
serviços, realizadas em seus territórios; II - até um quarto, de acordo com o que dispuser
lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal.
Exemplificando:
1. O Estado "X" arrecada 100% de ICMS;
2. Retira-se 25% desse montante para ser entregues aos municípios desse Estado,
ficando o Estado "X" com 75%;
3. Agora que foi retirado os 25% é preciso dividir essa arrecadação para todos os
municípios daquele Estado. Para isso, usa-se dois critérios:
1º Critério: 3/4 desse valor (18,75% dos 25%) será entregue a cada município na
proporção das operações e prestações de serviço feitas em seus respectivos territórios.
2º Critério:1/4 desse valor (6,25% dos 25%) o constituinte deixou em aberto o critério,
pois deverá ser definido por lei estadual ou, no caso de território, lei Federal.

ICMS ECOLÓGICO
Foi nessa “abertura” do segundo critério, que nasceu o chamado ICMS ECOLÓGICO.
Municípios que preservam suas florestas e conservam sua biodiversidade ganham uma
pontuação maior nos critérios de repasse e recebem recursos financeiros a título de
compensação pelas áreas destinadas à conservação, e, ao mesmo tempo, um incentivo
para a manutenção e criação de novas áreas para a conservação da biodiversidade. O
Paraná foi o primeiro estado brasileiro a instituir o ICMS Ecológico, em 1989. A seguir
vieram os Estados de São Paulo (1993), Minas Gerais (1995), Amapá (1996), Rio Grande
do Sul (1997), Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Mato Grosso (2000), Tocantins (2002),
Acre (2004), Rio de Janeiro, Ceará (2007) e Rondônia (1997). Hoje, quase todos os
Estados brasileiros já adotam o mecanismo.

ICMS e EXPORTAÇÃO
Não incide sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre
serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o
aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores.
Não alcança o transporte interestadual da mercadoria até o local de onde será exportado,
ex. Porto de Santos p/exterior

ICMS-Combustíveis e Lubrificantes
Alíquota é fixada por convênio com CONFAZ, uniformes em todo país, podendo ser
diferenciadas por produto. Redução e reestabelecimento só respeitam noventena,
somente majoração em percentual superior ao inicialmente fixado sujeita-se a
anterioridade.
Ocorre a incidência monofásica que é a substituição tributária para frente, os pagamentos
são feitos de forma antecipada. Cabe a LC estipular sobre quais combustíveis e
lubrificantes o imposto incidirá uma só vez. Cabe tributação ao Estado onde ocorre o
consumo.
Nas operações de gás natural e derivados, combustíveis e lubrificantes não derivados de
petróleo aplica-se a regra de contribuintes (interestaduais+difal) e não contribuinte
(interna). As regras necessárias a aplicação desse imposto, inclusive destinação e
apuração também passam pelo CONFAZ.

TEMAS DO ICMS TRATADOS EM LC (decorar)


1) definir contribuintes (como em todo imposto)
2) dispor sobre substituição tributária
3) disciplinar compensação
4) fixar local das operações relativas a circulação de mercadorias e das prestações de
serviços (p/cobrança e definição do estabelecimento responsável)
5) prever casos de manutenção de créditos (Outros estados e exterior)
6) regular como isenções, incentivos fiscais e benefícios fiscais serão concedidos e
revogados (aqui o poder do Estado é mais limitado q em relação a outros tributos, q
dispensam LC p/esse fim)
7) definir os combustíveis e lubrificantes os quais o imposto incidirá uma única vez;
8) fixação da base de cálculo

Outros pontos do ICMS


a) Não incide sobre alienação de salvado de sinistros pelas seguradoras.
b) Leasing interno – não incide, só se houver a venda do bem ao arrendatário
c) Leasing internacional – incide, salvo senão tiver feito opção de compra na hora do
contrato. De aeronaves não incide.
d) Incide sobre comercialização de obras cinematográficas (dvd, vhs, bluray). Obs:
Confecção por encomenda de vídeo, tipo de casamento, não incide, e sim ISS
e) Tarifa de energia – incide somente sobre a potência efetivamente utilizada, não a
contratada
f) Telefonia celular – Não incide sobre serviço de habilitação, religação, conta detalhada,
troca de usuário, ou outros serviços acessórios. Tb não incide sobre instalação de TV a
cabo.
g) O direito de utilizar o crédito do ICMS extingue-se depois de decorridos 5 anos da
emissão do documento.
h) STJ: O comerciante que adquire mercadoria, cuja nota fiscal (emitida pela empresa
vendedora) tenha sido, posteriormente declarada inidônea, é considerado terceiro de boa-
fé, o que autoriza o aproveitamento do crédito do ICMS pelo princípio da não-
cumulatividade, desde que demonstrada a veracidade da compra e venda efetuada (em
observância ao disposto no artigo 136, do CTN), sendo certo que o ato declaratório da
inidoneidade somente produz efeitos a partir de sua publicação.

➔ ITCMD – Fiscal. Respeita legalidade, anterioridade e noventena. Cobrança no


caso de imóveis e seus direitos compete ao Estado da situação do bem. Já nos
móveis, títulos e créditos se a transmissão ocorreu por causa mortis cabe ao
Estado onde rolar o inventário ou arrolamento.
Em caso de doação compete ao Estado de domicílio do doador. Em casos do
doador tiver domicílio ou residência no exterior ou se o de cujus possuía bens, era
residente ou domiciliado ou teve inventário processado no exterior cabe a LC
regulamentar (ainda não foi instituída, sendo assim os Estados exercem a
competência legislativa plena).
FG: Transmissão causa mortis e doação de quaisquer direitos e bens. No causa
mortis considera-se ocorrido na abertura da sucessão, a hora exata da morte.
Também ocorre nos inventários por morte presumida. Não incide sobre os
honorários do advogado contratado pelo inventariante, com homologação do juiz.
O valor do imposto em caso de causa mortis é calculado sobre o valor dos bens na
data de avaliação. Não é exigível antes da homologação do cálculo. Se houver
mais de um herdeiro conta-se um FG p/cada. Quando for por doação nos casos de
imóveis ocorre mediante registro translativo no Registro de imóveis, e de móveis na
entrega do bem. Não incide sobre usucapião.
BC/ Alíquotas: como as transmissões são a título gratuito, o BC é o valor venal
dos bens ou direitos. As alíquotas máximas serão fixadas pelo SN. Embora não
previsto na CF o STF entende que as alíquotas podem ser progressivas de acordo
com a capacidade contributiva de cada um.
Obs: STF entende que a existência do ITCMD impede que se utilize o valor do
monte-mor como base de cálculo da taxa judiciária.
Contribuintes: qualquer uma das partes, determinada em lei.
Lançamento: declaração.

➔ IPVA – na época de edição do CTN não havia previsão na CF desse imposto, hoje
está na CF, porém, sem normas gerais, portanto os Estados estão autorizados a
desempenhar a legislação plena. Ou seja, aqui não há LC. Fiscal. Alíquotas
seguem a noventena e anterioridade.
FG: propriedade de veículos automotores. Não incide sobre embarcações e
aeronaves, pois entende-se que não são veículos automotores, porém, como não
há legislação federal que determine sobre o assunto, há legislações estaduais que
os incluem em sua legislação referente ao IPVA, como em Pernambuco e
Rondônia. Mas leve para prova que não incide.
Para veículos usados ocorre no primeiro dia útil do ano, não necessariamente no
1ºde janeiro, a legislação estadual pode estipular outro momento de ocorrência, 2
de março, por exemplo, independe. Para veículos novos conta-se da data de
aquisição. Carros parados nos pátios das montadoras são apenas mercadorias,
não incide sobre eles. Dos importados incide no desembaraço aduaneiro, no
Estado destinatário.
BC: carros novos o valor do veículo; os usados é facultado ao Poder Executivo
estipular fixação de tabelas de valores venais conforme suas características, como
marca, modelo e ano, são atualizadas pela SEFAZ, os valores são atualizados com
base no valor de mercado.
O valor que incide no dos importados no primeiro lançamento é o valor constante
no doc do desembaraço aduaneiro, mais tributos e incidentes na operação de
importação. Não respeita noventena.
Alíquotas: mínimas fixadas pelo SN (p/evitar guerra fiscal). E podem ser
diferenciadas em função do tipo (passeio ou utilitário) e utilização (particular ou
transporte de passageiros). STF não considera progressivo pois esse critério não
se baseia na capacidade contributiva. Não há diferença nas alíquotas entre carros
nacionais ou importados. Não há previsão sobre as máximas.
Contribuinte: proprietário do veículo. Em caso de perda total, sinistro ou furto,
obviamente não incide. Em caso de arrendamento mercantil do veículo
(financiamento, leasing etc), onde o veículo é comprado pelo banco (arrendante,
proprietário) e revendido parceladamente ao arrendatário (possuidor), porém, não
há transferência da propriedade enquanto não houver a quitação, nesses casos o
possuidor é quem deve, mas o proprietário responde solidariamente, se o outro
não cumprir ele tem q arcar.
Lançamento: ofício
Obs: o valor recolhido é dividido em 50% p/Estado e 50% para o município.
Obs>> em vários estados, quem teve o carro roubado pode receber de volta o
dinheiro pago pelo IPVA, não são todos, e os critérios para devolução variam. Um
dos mais comuns é devolver o valor proporcionalmente ao tempo em que a pessoa
esteve com o veículo, é contado a data do registro do BO.

4- LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

4.1- Fontes do Dir. Tributário:


Materiais – fatos que justificam a tributação. Ex. Serviços, patrimônio, importação, etc.
Formais – diz respeito ao processo de elaboração de atos normativos p/estabelecer uma
relação juridico-tributária entre suj.ativo e contribuinte, chamada de legislação tributária.
Ex. leis, tratados e convenções internacionais, os decretos, as normas. (doutrina e
jurisprudência, não)
Continuando…
Atos normativos: hipóteses normativas aplicadas às pessoas e as diversas situações
fáticas. Características generalidade (todos) e abstração (hipóteses abstratas de
incidência). Os atos podem não ser exclusivamente sobre dir. tributário, mas se versarem
qualquer coisa relacionada a ele, já é considerado leg. tributária. Entram em vigor, em
regra na data da publicação.
São divididos:
– Primários> buscam na CF. Podem inovar o ordenamento jurídico, criando novos
direitos e obrigações. Ex. EC, LC e ordinárias, MP, decretos legislativos e resoluções
– Secundários> fundamenta-se em norma infraconstitucional. Não podem inovar
nada. Ex. Decretos e normas complementares.

4.1.1-Legislação
1) CF: só é alterada mediante EC, salvo em caso de cláusula pétrea, estando assim
blindada.
2) Lei complementar> escolhida p/ser instrumento dos casos mais importantes por sua
estabilidade, sua aprovação é mais difícil que das outras leis, pois depende da maioria
absoluta. Porém, não há hierarquia entre ela e a ordinária.
Institui alguns tributos (EC/ IGF, etc). Regulamenta outros (ITCMD, ISS, ICMS, CS).
Conflitos de Competência, Limitações ao Poder de Tributar, Normas Gerais em Matéria
Tributária, Critérios Especiais de tributação (Prevenir desequilíbrio da concorrência).
3) Leis ordinárias> são a regra, salvo nos casos específicos q devem ser por LC.
4) Medidas provisórias> atos normativos temporários com força de lei, expedido pelo
chefe do Executivo, q podem vir ou não a serem convertidos em lei. Podem instituir e
majorar tributos.
5) Leis delegadas> tem força de lei ordinária. Elaborada pelo Presidente da República
mas precisa do aval do CN, através de resolução. Não são temporárias.
6) Resoluções> tem força de lei, emanados pelo legislativo sem participação do
executivo, “leis sem sanção”. Podem ser editadas pelo CN, ou por suas casas, as mais
comuns são as do Senado como já vimos. Ex. alíquota máxima ITCMD
7) Decretos legislativos> assim como as resoluções são plenamente do Legislativo. E
tratam de aprovação de tratados internacionais e disciplinamento das relações jurídicas
decorrentes de MP não convertida em lei.
8) Decretos-leis> tem força de lei, foram substituídos por MPs.
9) Tratados e convenções internacionais> sinônimos, são acordos bilaterais ou
multilaterais. Etapas: a) negociação e assinatura (executivo); b) aprovação ou referendo
(legislativo, decreto legislativo); c) ratificação (chefe do executivo, compromete-se a
cumprir o trato); d) promulgação (PR cria decreto de vigência interna); e) publicação
(passa a produzir efeitos)
Se liga>> Entende-se que p/ter efeito precisam percorrer todas essas etapas, porém,
algumas bancas já entenderam q na fase do decreto legislativo ele já pode produzir
efeitos. Tratado sobrepõe-se a lei interna, tem o mesmo status da ordinária, não trata de
matéria reservada a LC, modifica ou revoga essa, mas no entendimento ele a suspende
sua eficácia e não revoga, voltando a ser aplicada caso o tratado perca seu efeito. Para
Esaf ele modifica as leis. Confusão> p/STF se uma lei ordinária for criada após o tratado
divergindo desse a lei prevalece. Resumindo: CTN → revoga ou modifica lei interna /
doutrina → suspende / STF → paridade
*** Não há exceções p/tratados firmados com o Mercosul
10) Decretos*> ato de competência privativa do PR. Divisão: regulamentar> infralegal,
se restringe a regulamentar o conteúdo das leis, não inova. Muito usado na leg. tributária /
autônomo> editado na ausência de previsão legal, inova o ordenamento, uso restrito,
não é usado na leg. tributária.
* São normas secundárias mas o CTN não considerou como complementares
11) Normas complementares:
a) Atos expedidos pelas autoridades administrativas> orienta contribuintes ou
servidores sobre os procedimentos adm. pode ter hierarquia. ex. Portarias ministeriais do
MF sobrepõe instruções normativas da SRF.
b) Decisões de órgão singulares ou coletivos de jurisdição adm. q a lei atribua
eficácia normativa> julga as impugnações dos contribuintes frente as imposições
tributárias. Ex. CARF (regra, só produzem eficácia normativa se houver expressa
disposição legal, mas na real produzem sem)
c) Práticas reiteradamente observadas pelas autoridades adm> usos e costumes
adotados, a praxe administrativa, não inova mas interpreta a legislação aplicada. Ex.
Órgão interpreta lei de tal forma e os contribuintes seguem o msm entendimento.
D) Convênios celebrados entre os entes> buscam aprimorar as atividades de
fiscalização e arrecadação tributária, infralegal, não depende de aprovação do legislativo.
Ex. Convênios fiscais (infralegais, não são como os fechados com a CONFAZ q são
primários, ou seja, inovam o ordenamento, lembrando q mesmo esses não se confundem
com as leis pois não são editados pelo legislativo)
ATENÇÃO>> somente lei pode estabelecer a cominação de penalidades p/as ações ou
omissões contrárias aos dispositivos legais, ou p/infrações

4.2 – Vigência da Legislação Tributária

1) Temporal> vigência é a aptidão de uma norma p/qualificar fatos, desencadeando seus


efeitos diretos (conceito já cobrado pela ESAF). Deve contemplar prazo razoável pra q
dela se tenha amplo conhecimento, salvo nos casos de “entra em vigor na data de sua
publicação”,sendo assim de aplicação imediata após a publicação.
O Dir. Trib tb segue a LINDB (Lei de Introdução às Normas do Dir. Brasileiro), e ele
estipula: Salvo disposição contrária, a lei passa a vigorar 45 dias depois da publicação /
Nos estados estrangeiros, nos casos de tratados, 3 meses depois (não 90 dias).
Quando ocorre o prazo entre a publicação e a vigência é chamado de vacatio legis, no
caso do dir. trib q possui princ. da anterioridade e noventena q instituem ou majoram
tributos, muitas vezes a lei entra em vigência (corrido os 45 dias), porém, sem efeito.
Ex. Lei majora ITR em 15/12/2013 entra em vigor 29/01/2014, mas e a noventena?
Vigora, porém seu efeito só começa em 14/03/2014.
Vale lembrar q a lei mesmo depois de revogada pode ainda surtir efeitos, ex. Ocorreu fato
gerador em 12/2014 mas só houve o lançamento em 03/2015 quando a lei já havia sido
revogada, porém, como o FG ocorreu naquela época surge a ultratividade da lei
tributária e aplica-se seus efeitos. E há as leis que precisam ser regulamentadas, como a
de indenização de fronteira, somente depois do decreto do executivo ela passou a ter
efeito. Norma constitucional de eficácia limitada
2) -Temporal das normas complementares> Salvo disposição em contrário. A) atos
expedidos pelas autoridades administrativas – data da publicação B) decisões – 30 dias
após publicação C) Convênios – datas nele prevista, se não houver previsão, 45 dias
Obs: usos e costumes não foram previstos, portanto entra em vigor quando se torna
praxe administrativa, sem data prevista.
3) - Vigência Espacial> segue princípio da territorialidade. Ex. Lei criada no RJ terá efeito
somente lá, criada em BH somente lá. Salvo nos casos de convênios firmados entre os
entes, ex. P/uniformizar os procedimentos de fiscalização o município A pode com base
no convênio adotar legislação do município B. Em caso de desmembramento territorial, o
novo território deve aplicar a legislação do desmembrado até q sua entre em vigor.

4.3 - Aplicação da Leg. Tributária

Aplica-se a FG futuro e pendente / Não se aplica a FG pretérito ou consumado


(irretroatividade), salvo em casos de lei interpretativa, interpretação autêntica (excluída
aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados), lei + benéfica (sobre
infrações e penalidades, não sobre os tributos) desde q não transitado em julgado.
Lei Aplicável: lei, que além de estar em vigor, não tem impedimento para ser aplicada ao
caso concreto. Aplicação imediata: a legislação tributária, uma vez vigente, tem
aplicação imediata. Aplicação retroativa: a lei só pode retroagir quando for meramente
interpretativa, ou cominar pena menos severa, ou for mais benéfica, de algum modo.

Atenção!!!
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de
penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
II -tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão,
desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de
tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da
sua prática

4.4- Interpretação da Leg. Tributária


Compreender o conteúdo da norma e seu alcance, entender o pensamento do legislador.
Todas as normas têm que ser interpretadas por mais evidentes. Os principais modos de
interpretação tem base nas fontes, modos e nos efeitos.
1) Fontes:
A) Interpretação autêntica> realizada pelo legislativo, uma lei posterior editada com a
finalidade de interpretar outra lei.
B) Interp. Judicial ou jurisprudencial> pelo judiciário, várias decisões no mesmo
sentido, jurisprudência.
C) Interp. Executiva ou Administrativa> pelo executivo, através de instruções
normativas, decretos, portarias, etc.
D) Interp. Doutrinária> pelos estudiosos do Direito, por meio de artigos, livros, revistas.

2) Modos:
A) Interp. Gramatical (literal)> literalmente o q foi escrito;
B) Interp. Sistemática ou sistêmica> leva em consideração todo ordenamento jurídico
vigente, respeita as normas de hierarquia superior;
C) Interp. Histórica> procura entender a intenção do legislador ao criar a lei baseado no
contexto social, político, econômico e cultural da época em q foi editada;
D) Interp. Teleológica> busca a finalidade, os objetivos que o legislador possuía ao criar
a norma

3) Efeitos: Nem sempre o legislador diz exatamente o que queria dizer no texto, ocorre
de dizer mais ou menos.
A) Interp. Extensiva> quando diz menos do q deveria e precisa ser feita uma interp. mais
extensa;
B) Interp. Restritiva> quando fala mais do q pretendia, sendo necessário uma interp. q
se restrinja ao conteúdo;
C) Interp. Declaratória> na medida, não há o q acrescentar ou restringir
Obs>>> Os critérios podem ser usados cumulativamente, não havendo hierarquia entre
eles.

4.4-Interpretação do CTN

1) Interpretação literal
Há alguns casos que o tributo deixa de ser pago e o cumprimento das obrigações
acessórias é dispensado, são exceções. E nesses casos a interpretação deve ser literal
para evitar que uma possível interp. extensiva inverta a situação, tornando a exceção em
regra. Em casos: a) suspensão ou exclusão; b) Outorga de isenção; c) Dispensa do
cumprimento de obrigações acessórias;
Obs>>> A interpretação literal não impede o aplicador da lei de valer-se de uma
equilibrada ponderação dos elementos lógico-sistemático, histórico e finalístico ou
teleológico, ou seja, a busca pelo real significado, sentido e alcance da norma. Ex.
Julgados sobre isenção de IR p/aposentados por doenças. A ESAF admite q as normas
de isenção podem ter uma interpretação mais ampla.
2) Interpretação mais benigna em matéria de infrações
A interpretação em favor do acusado só se faz possível em matéria de infrações, e
somente em casos que haja dúvidas como sobre a autoria, materialidade do fato, etc.
Não se aplica aos juros, por não serem considerados penalidade. Caso haja uma dúvida
sobre aplicação de alguma alíquota não será adotado interpretação nem favorável ao
acusado nem ao fisco.
3) Utilização dos Princípios Gerais do Dir. privado
Apesar de ser ramo do Dir. Público o Tributário carrega estreita ligação com o Dir. privado
e seus princípios e conceitos, como no caso do ITCMD e ITBI q utilizam os conceitos
doação e venda. O legislador se embasa no Dir. privado p/pesquisa da definição, do
conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não p/ definir os
efeitos tributários isso cabe apenas as leis tributárias.
O Dir. privado apenas explica os conceitos. Ex. Considere q o ITBI seja menos oneroso q
o ITCMD, com base nisso A forja uma venda para B por um valor irrisório, p/incidir no
ITBI, descoberto a fraude pelo Fisco o mesmo pode desconsiderar a operação, cobrar o
ITCMD e aplicar sanções, já no Dir. Privado isso não ocorreria pois prevaleceria o desejo
de comprar e vender o imóvel.
Por outro lado a Leg. Trib não pode alterar a definição, do conteúdo e do alcance de seus
institutos, conceitos e formas de Dir. Privado utilizados, expressa ou implicitamente pela
CF (nesse caso ela usa com o objetivo de definir ou limitar a comp. tributária dos entes),
por legislação normal sim. Está previsto q leis orgânicas dos Mun. e DF, e Const.
Estaduais também limitam, porém, somente adote esse entendimento se vier a letra da lei
na questão. No geral só a CF conta.
Atenção>> A interpretação a "contrario sensu" é também importante, de forma que os
conceitos de direito privado que não tenham sido utilizados pelas citadas leis máximas
podem ser alterados pelo legislador infraconstitucional não havendo que se falar em
inconstitucionalidade neste caso.

4.5-Integração da Leg. Tributária

Trata-se de criar uma solução para casos ainda não previstos em lei, o legislador precisa
dar seu jeito.
Interpretação X Integração> na primeira a norma existe só falta ser entendida, já a
outra não existe norma específica p/caso.

Na falta de disposição expressa, será usado sucessivamente nessa ordem:


ATPE
1) Analogia (msm q o caso seja semelhante, deve se atentar no FG p/ñ tributar algo q
não se enquadre), não pode ser usada nas situações de isenções, mas não impede
interpretação mais ampla.
2) Princ. Gerais do Dir. Trib;
3) Princ. Gerais do Dir. Púb;
4) Equidade (solução q considere + “justa”, sendo vedado a dispensa do pagamento do
tributo devido, multas podem ser dispensadas)

Perdão de Dívida

Art. 172 do CTN – A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por
despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo:
I – à situação econômica do sujeito passivo;
II – ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato;
III – à diminuta importância do crédito tributário;
IV – a considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou
materiais do caso;
V – a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.

5-OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
Tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária (multas).
Caracteriza-se como relação jurídica estabelecida entre 2 pessoas, suj. passivo (devedor)
e o suj. ativo (credor), cujo objetivo consiste em uma prestação de dar, fazer ou deixar de
fazer algo.
Com relação as prestações de dar e fazer exigem ação do devedor, e são chamadas de
prestações positivas. Já a obrigação de deixar de fazer, abstenção do devedor, é
prestação negativa.
1) Obrigação principal> obrigação de dar representa entregar dinheiro ao Fisco,
pagando os tributos. Características> precisa ser pecuniária. Fazem parte: tributos,
multas e juros.
2) Obrigação acessória> fazer ou deixar de fazer algo. Ex. Obrigação de escriturar livros
fiscais / não impedir o acesso da fiscalização Características> tem como finalidade
auxiliar na arrecadação e fiscalização de tributos, facilitar o cumprimento da obrigação
principal. Não é pecuniário.
Atenção>> ambas só surgem com a ocorrência do FG.
A existência da acessória não depende da principal. Ex. Entidades de assist. Social
são imunes aos impostos incidentes sobre seu patrimônio, mas não estão dispensadas de
suas obrigações acessórias. Já o descumprimento das acessórias podem gerar uma
principal, multas. Converte-se em principal, mas continua tendo q ser cumprida. Ex
entrega de GFIP em atraso, tem q declarar e ainda pagar a multa.

6-FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

Caminho:
Instituição do tributo por lei → hipótese de incidência → Ocorrência da situação
prevista em lei* → FG (surge obrigação) → Lançamento → Crédito Tributário
*Qdo surge o FG ocorre Subsunção do fato à hipótese de incidência.
A lei instituidora precisa definir não só o elemento material, ex. Possuir veículo incide
IPVA; mas também outros aspectos q definirão o momento exato da obrigação tributária.

6.1-Aspectos ou elementos do FG, da hipótese de incidência ou norma tributária


(pode cair com algum desses nome na prova)
a) Material (o que) > descrição do fato ensejador da obrigação. Ex. Propriedade
imobiliária (IPTU/ITR)
b) Espacial (onde) > limites territoriais, local específico em q se considera ocorrido o fato.
Ex. Na incidência do IPTU em casos de municípios limítrofes
c) Temporal (quando) > define o momento em q o FG considera-se ocorrido, p/se definir
a lei vigente e as alíquotas a serem aplicadas.
d) Pessoal (quem) > define quem são o suj. ativo e passivo
e) Quantitativo (quanto) > define quanto o devedor deve pagar, multiplica-se a BC pela
alíquota vigente

6.2-Fato Gerador da Obrigação Principal


Conceito> Situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.
Deve ser definido por lei ou MP (instituição), prevendo contribuintes, BC, alíquotas e FG.
A definição desses aspectos no caso dos impostos somente por LC.

6.3-Fato Gerador da Obrigação Acessória


Conceito> qualquer situação na forma da lei aplicável, impõe a prática ou abstenção de
ato que não configure obrigação principal. Há controvérsias, mas entende-se (ESAF e
Cespe) que pode ser instituída por atos infralegais, enquanto as principais somente por
lei.

6.4-Momento da ocorrência do FG
O CTN divide em duas categorias:
A)Situação Jurídica quando já previsto em outros ramos do direito havendo
consequências predeterminadas, Ex. ITCMD incide sobre uma situação jurídica
regulamentada pelo Dir. Civil. Sendo assim, salvo disposição de lei em contrário
considera-se ocorrido no momento em q a situação esteja definitivamente constituída,
como já estava definido.
B)Situação de Fato quando só produz efeitos econômicos, não sendo previsto em outros
ramos, ex. Imposto sobre importação, não era previsto antes. Salvo disposição de lei em
contrário, o FG ocorre desde o momento em q se verifiquem as circunstâncias materiais
necessárias, no caso do II a entrada de mercadorias.

6.4.1-Situações Jurídicas Condicionadas (ver mais)


Condição é uma cláusula q pode ser incluída em um contrato, subordinando o negócio
jurídico a um evento futuro e incerto. São divididas em duas:
a) Suspensiva> ex. Seu pai promete doar-lhe um ap. caso passe no concurso, o negócio
jurídico está condicionado a fato futuro e incerto, veja que enquanto não se cumprir a
condição (aprovação), os efeitos da doação ficam suspensos. O implemento da condição
suspensiva é relevante, ele é o FG.
b) Resolutória> ex. Você passa mas é lotado num lugar ruim, pensa em pedir
exoneração, o pai doa-lhe um carro com a condição de que, se você pedir exoneração o
perde. Veja que a doação já aconteceu, aqui o negócio jurídico já produz efeitos.
Porém, caso venha a pedir exoneração cessão os efeitos do negócio, mas, ao mesmo
tempo, o dinheiro que foi pago na negociação já era, não tem devolução. O implemento
da condição resolutória é irrelevante. O FG ocorre na celebração do negócio.

6.4.2-Fato Gerador e Princípio da Pecunia non olet


A situação definida em lei como FG deve ser interpretada desconsiderando a validade
jurídica dos atos praticados, bem como os efeitos dos fatos ocorridos. Dinheiro não
cheira. Independe da capacidade civil das PF, até msm o menor de 16 anos pode ser
sujeito passivo.

6.4.2.1-ELISÃO, ELUSÃO E EVASÃO FISCAL

Conceito: formas q os contribuintes podem se valer p/escapar da tributação, podendo ser


lícitas ou ilícitas, dependendo da forma e momento q são aplicadas
A) Elisão> visa reduzir ou eliminar o valor devido, em regra, antes da ocorrência do FG.
Chamada de planejamento tributário. Ex. Empresa opta por ingressar no Simples,
p/pagar menos tributos. Lícita.
B) Elusão> contribuinte simula o negócio jurídico dissimulando o FG, altera-se a forma do
negócio. Ex. João deseja vender terreno p/Maria mas acha a tributação do ITBI muito alta,
sabendo q tal imposto não incide sobre transmissão de bens incorporados ao patrimônio
da PJ, nem sobre a extinção desta, então constituem uma empresa onde ele entra com
terreno e Maria com o dinheiro q seria da compra, tempos depois extinguem a empresa
ele fica com a grana ela com o terreno. Com base nisso a autoridade adm. poderá
desconsiderar esses negócios jurídicos, com procedimentos estabelecidos por LO (norma
geral antielisão).
Obs> A autoridade desconsidera os negócios p/fins tributários, mas não o
desconstitui, ou seja, o que foi acordado entre as partes segue valendo p/elas.
C) Evasão> condutas ilícitas praticadas para ludibriar a fiscalização, ocultando total ou
parcial a ocorrência do FG, em regra, usada após a ocorrência. Ex. Preenchimento do IR
com várias despesas médicas p/q o imposto seja reduzido.

7-SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA


a) Suj. ativo da OT e capacidade ativa> pessoa política titular de competência tributária
p/instituir tributo(suj. direto). Ou PJ de dir. público titular da capacidade ativa (suj. indireto),
ex. município que cobra e fiscaliza ITR.
No pólo ativo da relação jurídico-tributária necessariamente deve figurar PJ de dir.
público
b) Suj. passivo da OT> pessoa q integra a relação jurídico-tributária obrigada a arcar
com as obrigações principais e acessórias.
➔ Contribuinte: direto. Tenha relação direta e pessoal com a situação q gere o FG.
➔ Responsável: indireto. Possui relação ou vínculo com a situação q gerou o FG,
mas não direta e/ou pessoal, sendo assim, sua responsabilidade decorre de
disposição expressa em lei.
Atenção> a lei pode atribuir a responsabilidade pelo CT a terceiros, vinculados ao FG da
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-lhe caráter supletivo
do cumprimento parcial ou total. Ex. IR é responsa do contribuinte q auferiu a renda,
porém, essa pode ser atribuída a fonte pagadora, fica ela responsável de fazer a retenção
e recolhimento do imposto.
Salvo disposição em lei, um contrato particular não é capaz de alterar o suj. passivo da
OT. Ex. contrato de locação de imóvel estipula q locatário será responsável pelo IPTU, o
dono do imóvel não deixa de ser o responsável, só porque está no contrato, se o cara
não pagar será cobrado do dono.

7.1-Capacidade Tributária Passiva


Existe ainda que:
a) Pessoa natural seja incapaz;
b) Pessoa natural privada ou limitada** do exercício de atividades civis, comerciais ou
profissionais, ou adm. direta de seus bens ou negócios
c) PJ q ainda não tenha sido regularmente constituída*** (bastando unidade
econômica ou profissional)
Ex> * Criança dona de uma fazenda, deve pagar ITR
** Um interditado q possua um imóvel urbano deve IPTU
*** Sem CNPJ ou reg. estadual, aqle cara q fabrica solas de sapato em larga escala, mas
não se formaliza é considerado PJ.

7.2-Solidariedade em Dir. Tributários


Definição> ocorre quando há mais de um devedor na obrigação, cada um com direito, ou
obrigado, à dívida toda. Não existe solidariedade ativa, ou o ente competente cobra o
tributo ou delega (capacidade ativa).

A solidariedade SEMPRE decorre de lei. Levando em consideração q o CTN é uma.

Tipos:
a) Solidariedade de fato ou natural> 2 ou + pessoas se tornam obrigadas ao
cumprimento da msm OT, por terem interesse em comum na situação q constitui o FG.
Ex. Propriedade urbana q pertença a mais de uma pessoa, ambas devem o IPTU.
Caso de sociedade empresarial, os sócios não devem, o contribuinte é somente a
sociedade. Chamado de princípio da entidade, determina q as obrigações e
patrimônios dos sócios não se confundem com os da sociedade e vice e versa.
O fato de haver PJ q pertençam ao msm grupo econômico, por si só, não enseja a
responsabilidade solidária.

B) Solidariedade de direito ou legal> decorre de lei q estabeleça a obrigação. Ex. no


CTN há um art. q permite q o legislador obrigue diversas pessoas ao pagamento da msm
OT, p/dar maior garantia de recebimento.
Atenção>>> em ambos os casos de solidariedade o Fisco pode exigir a dívida
integralmente de qualquer um dos devedores solidários, sem seguir uma ordem.
Ex. A, B e C possuem uma casa em SP, cada um detendo respectivamente 5%, 70% e
25%, o município pode cobrar o valor integral do imposto de A msm ele tendo a menor
participação.

7.3-Efeitos da Solidariedade (salvo disposição de lei em contrário)


a) Pagamento efetuado por um é aproveitado pelos demais;
b) Isenção ou remissão do CT exonera todos (relativa ao objeto, objetiva); salvo se for
outorgada pessoalmente a um deles (subjetiva), ficando saldo aos demais nesse caso
c) Interrupção da prescrição, em favor ou contra um atinge os demais. (Dois casos>
Prazo p/Estado promover a ação de execução fiscal / Restituição da diferença de valor
pago a mais pelo tributo

8-DOMICILIO TRIBUTÁRIO
Definição> é o local q o suj. passivo elege p/fins de cadastro e comunicação com o Fisco.
É eleito pelo próprio, em regra.

Regra Geral> eleito pelo contribuinte Quando omisso: Residência habitual ou


local onde desempenha profissão / função
particular
Autoridade administrativa recusa o
domicílio. Nesse caso é eleito a res.
Lugar eleito impediu ou dificultou a habitual; ou local das atividades; ou lugar
fiscalização e arrecadação onde se encontrem os bens principais onde
ocorrem os atos e fatos geradores da
obrigação tributária.
a) Será eleito pelo contribuinte perante a
autoridade. Considera-se feita escolha a
Caso de pluralidade de residências apresentação continuada das DIRPF num
mesmo lugar.
b) Se não for feita, será por ofício, e será a
res. habitual ou onde desempenha
atividades.

Obs: PJ dir. público qualquer de suas repartições, no território da entidade tributante;


Obs> Qdo não couber nenhuma das hipóteses acima, considerar-se-á o lugar da
situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos. Somente quando esgotadas as
outras opções estipuladas pelo CTN.

STJ entende como cerceamento de defesa do suj. passivo notificação fiscal enviada
p/endereço diferente do domicílio, quando este é do conhecimento do fisco.

9-RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Definição> é um forma do fisco otimizar a atividade de fiscalização e arrecadação.
Ex. Dado lá p/cima sobre a empresa muitas vezes ser a responsável por recolher na fonte
o IR, mais fácil lidar com a empresa do q com cada funcionário.
Relembrando…
A lei pode atribuir a responsabilidade pelo CT a terceiros, vinculados ao FG da
obrigação (ainda q miníma), excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-
lhe caráter supletivo do cumprimento parcial ou total.

9.1-Responsável surge na Obrigação Tributária em 3 momentos:


1) Fica obrigado a pagar, excluindo qualquer responsa do contribuinte (q é excluído
da relação)
2) É obrigado a cumprir a obrigação. Caso, não cumpra exige-se do contribuinte
(que é subsidiário).
3) Contribuinte é obrigado a cumprir a obrigação. Caso, não cumpra exige-se do
responsável (aqui ele é subsidiário).

9.1.1-Tipos
1) Responsabilidade por substituição (ou originária)> vínculo surge antes ou no
mesmo momento da ocorrência do FG. Ex. Lei atribui a empresa a retenção na fonte do
imposto, observe q a obrigação surge no momento da ocorrência do FG, o contribuinte
aquele q auferiu a renda, fica substituído. Tb chamado de responsável.

Há dois tipos:
A) Substituição tributária regressiva – (p/trás/ antecedente) substitui as pessoas q
estão nas etapas anteriores da cadeia de produção ou circulação de mercadorias.
Sendo assim, o pagamento de tributos devidos é posterior. Ex. Frigorífico q receba
insumos de diversos pequenos criadores, q não possuem contador nem nada, a lei pode
estipular q o frigo venha a se tornar responsável por substituição. Facilitando a vida do
fisco.
B) Substituição tributária progressiva (p/frente) – aqui quem está na frente q é
substituído. Havendo a antecipação do pagamento dos tributos. A sistemática ocorre
com base na presunção da BC e FG q ainda ocorrerão. Não fere a lei pois há previsão na
CF p/situação. Incide apenas em contribuições e impostos.
Assegurada imediata e preferencial restituição do valor pago ao fisco, caso não se realize
o FG presumido. Nessa hipótese caso a BC seja diferente, não há complementação ou
devolução da diferença, segue a BC presumida q é definitiva. STF entende como
constitucional.
Obs> Não há recolhimento antes da ocorrência do FG, mas apenas antecipação do
pagamento realizada por responsável definido em lei.

Por exemplo, a AMBEV vai redistribuir a cerveja para diversos bares, o fato gerador da
venda dessas garrafas pelos bares aos consumidores finais ainda não ocorreu (ato
gerador futuro), mas a LEI pode (para fins de facilitar a arrecadação) presumir os valores
e cobrá-los da AMBEV.

Resumindo

Responsabilidade surge antes ou no momento de ocorrência do FG

Substituição Regressiva: quem tá atrás / pagamento posterior


Substituição Progressiva: quem tá na frente / pagamento anterior/ incide apenas sobre
contribuições e impostos

2) Responsabilidade por transferência – o responsável somente passa a ser devedor


da obrigação tributária após a ocorrência do FG. Diante de certos fatos o responsável
pode assumir a obrigação no lugar do contribuinte, são 3 casos:

a) Solidariedade> pessoas q tenham interesse comum na situação. Já vimos exemplos


acima, lembra dos irmãos donos da casa. No caso lá q só um foi escolhido p/pagar o
IPTU todo, sendo de R$1.000, e ele tendo 70% do imóvel, 700 foi como contribuinte e 300
como responsável. O solidário paga a dívida dele e dos codevedores.
Obs> lembrando q é permitido q a lei nomeie como devedores solidários pessoas q não
tenham relação pessoal e direta como o FG.

b) Sucessão> assume todas as obrigações surgidas até a data do ato ou fato q


demarcou a sucessão. No caso de obrigações surgidas após a sucessão, assume o papel
de contribuinte, deixando de ser responsável. O q define as obrigações aqui é a data de
ocorrência do FG. Caracteriza-se pelo desaparecimento do devedor original (contribuinte),
por exemplo, caso de morte do devedor recai sobre os herdeiros, venda de imóvel ou
estabelecimento, sobre o comprador.

Tipos de Sucessão (4 TIPOS):

● Sucessão na transmissão de bens imóveis> responsável é o adquirente dos


bens, q assume a responsa pelo pagamento dos impostos, taxas e contribuições de
melhoria relativas ao imóvel objeto da transmissão. Aqui ocorre a sub-rogação pessoal,
quando o adquirente responde por todo o CT relativo ao imóvel msm q ultrapasse o
valor dele. >>> Salvo quando constar do título da transferência a prova de sua quitação
(CND ), ou quando for adquirido em hasta pública (leilão). Depois de comprovado a
quitação dos tributos, pode haver outros a serem lançados ou descobertos pelo fisco (o
sistema é vivo, lembra?), nesse caso serão cobrados do antigo proprietário.

>> Já no caso do imóvel adquirido em hasta pública o adquirente recebe os bens livres de
tributos, serão quitados, caso haja, pelo valor da arrematação. Se o valor dos tributos
ultrapassar o do imóvel não será cobrado de nenhuma das partes, sub-rogação real (o
imóvel responde pela dívida, a responsa é limitada ao valor do bem).

Atenção: Hasta pública somente com bens imóveis!

● Sucessão na transmissão de bens móveis: são pessoalmente responsáveis o


adquirente ou o remitente*, pelos tributos relativos aos bens, sem exceções.
* É quem realiza a remição, resgate e aquisição, de bens q foram penhorados ou
objeto de leilão judicial, podendo ser o cônjuge, ascendente ou descendente da
pessoa executada, eles possuem preferência sobre o arrematante.

● Sucessão Causa mortis: Da msm forma q os bens do de cujus (morto) são


transferidos p/os herdeiros, as dívidas também são, ficam na condição de
responsáveis (não praticaram o FG). Lembrando q a dívida só vai até o quinhão do
legado ou a meação.
Quinhão Parte do patrimônio deixado
Legado Patrimônio deixado
Espólio Conj. bens, direitos, dívidas do morto
Meação Metade do cônjuge
Abertura da sucessão Morte

Há 3 marcos temporais p/definir os responsáveis:


● Antes da abertura da sucessão (morte)> contribuinte: o morto / responsável:
espólio ou os sucessores
● Entre a abertura e a partilha> contribuinte: espólio* / responsável: sucessor
● Após partilha ou adjudicação> contribuinte: sucessor

* Embora não seja pessoa o CTN considera o Espólio como pessoalmente responsável
pelos tributos do morto até a abertura da sucessão, após isso ele responde como
contribuinte até a sentença de partilha. Durante todo esse tempo os sucessores
respondem como responsáveis em todas as etapas, caso a dívida não seja quitada pelo
espólio eles se tornam o contribuinte.
Aqui é o seguinte, o fisco tem 5 anos p/fiscalizar e promover o lançamento, caso depois
da morte surjam débitos ocorridos enquanto o cara era vivo e o processo de partilha já
tenha encerrado cabe aos sucessores, até o limite da herança, assim como os FG
realizados pelo espólio no processo.
Obs> essa sucessão engloba o valor dos tributos e das multas moratórias (ex. Cartão de
crédito do morto deve ser cancelado pois incide multa).
● Sucessão empresarial> consiste em operações societárias entre empresas
(fusão, cisão, incorporação e transformação) a empresa resultante de algum
desses casos é considerada responsável até o momento do ato da mudança pelos
tributos, multa de mora e punitiva devidos. Após esse momento passa a
contribuinte.
Também incide sobre empresas extintas, quando a exploração da atividade seja
continuada por algum dos sócios, ou seu espólio, na msm ou outra razão social, ou
firma individual. Lembrando q msm q o negócio não esteja regularmente
constituído incide da msm forma (ex da fábrica de sola de sapato).

Responsabilidade do adquirente de fundo de comércio* ou estabelecimento


comercial> pessoa natural ou jurídica, que após adquirir mantenha a msm exploração
(ex. Compra farmácia, continua farmácia) com msm ou outra razão social ou firma ou
nome individual, responde pelos tributos até a data do ato. >> Integralmente, se o
alienante sair de vez do ramo / Subsidiariamente, se o cara continuar ou voltar as
atividades dentro de 6 meses no msm ou em outro ramo da indústria, comércio ou
atividade. Primeiro o alienante e cobrado depois o adquirente.
* Bens materiais/ imateriais/ e pode ter + de 1 estabelecimento. Ex. O adquirente vai
dever IPI e ICMS, mas o IR da PJ alienante. É sobre o fundo ou comércio.
Exceções: no caso de falência ou recuperação judicial o adquirente não é
responsabilizado pelas dívidas. Para evitar fraudes há regras para quem for negociar
com essas empresas adquirir esse benefício>> Não pode ser sócio ou sociedade
controlada pelo devedor / Não pode ser parente em linha reta ou colateral até 4º
grau consanguíneo ou afim dos sócios / Agente falido ou devedor em
recuperação. (Havendo alguma dessas relações é atribuída a responsabilidade)
Obs> o dinheiro da alienação fica à disposição do juízo de falência por 1 ano, para pagar
dívidas ao longo da falência, etc.

c) Responsabilidade de Terceiros> cabe o dever de administrar os bens de terceiros, de


representá-los. Caso se omitam serão responsabilizadas. Há 2 situações:
● Com atuação regular> O terceiro deve possuir alguma relação com o surgimento
da obrigação, atuou ou se omitiu de alguma forma ocasionando o não pagamento
do tributo, responde solidariamente, nos casos em q não for possível o
cumprimento da obrigação pelo contribuinte. Tributos e multas moratórias. A
conversão das acessórias em principais por descumprimento não são transferidas.
Não fere lei nenhuma.
Quem são? Pais (menores), curadores e tutores, adm. de bens de terceiros,
inventariantes (pelos tributos do espólio), síndico ou comissário (massa falida ou
concordatário), tabeliães e outros serventuários de ofício*, sócios (liquidação de
sociedade)**.

* Qdo não exigirem a comprovação de quitação dos tributos relativos a determinado


imóvel na transferência
** Nos casos q a responsabilidade dos sócios é ilimitada, respondem pelas dívidas da
sociedade com o próprio patrimônio.
● Com atuação irregular> agem com excesso de poder ou infração de lei,
contrato social ou estatutos.
Quem são? Pais (menores), curadores e tutores, adm. de bens de terceiros,
inventariantes, síndico ou comissário (massa falida ou concordatário), tabeliães e
outros serventuários de ofício*, sócios (liquidação de sociedade)**, mandatários/
prepostos e empregados, diretores/ gerentes ou representantes de PJ dir.priv.

Ex. Diretor de empresa sem anuência p/comprar imóvel, compra uma fazenda, como
houve excesso ele responderá pessoalmente pela OT. Observe q o responsável fica
obrigado desde a ocorrência do fato, como na responsa por substituição.
3) Responsabilidade por infrações> ser punido com multas é o mais comum, porém,
em alguns casos como na exportação pode haver penas de perdimento de veículo ou
mercadorias, por exemplo.
Quem pratica infração tem relação pessoal e direta com o fato, embora o CTN o
considere como “responsável”, msm tendo as características de contribuinte.
Responsável por substituição, desde o momento da prática. Salvo contrário em lei,
independe a intenção do agente, efetividade, natureza e extensão dos efeitos dos
atos. Portanto, objetivas. Ex. O cara recolhe IR conforme a legislação, mas não fez a
declaração, fica sujeito a multa.
Relembrando> a lei + benéfica sobre penalidades é aplicada retroativamente,
desde q o ato não esteja definitivamente julgado.

VOLTAR AQUI>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
● Responsabilidade pessoal do agente> são pessoalmente responsáveis por
atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social
ou estatutos.
A punição é aplicada ao sujeito passivo da obrigação principal ou acessória, q não
foi cumprida, em regra. Por exemplo, a PJ responde, msm ela sendo administrada
por pessoa natural, não é a pessoa que responderá. Salvo>>> há casos que o
agente responde pessoalmente quanto a punição, a PJ segue responsável pelo
tributo:
➔ Não se aplica a infrações caracterizadas e lei como crimes e contravenções,
salvo se praticadas no exercício regular da adm. da empresa ou cumprimento
de ordem expressa por quem é de direito.
➔ Quando agente age com dolo, com finalidade específica, msm sendo subjetiva.
➔ Quando a infração decorra de dolo específico do representante contra seu
representado. Ex. Se o tutor age com finalidade de lesar o tutelado.
Quem são? Pais (menores), curadores e tutores, adm. de bens de terceiros,
inventariantes, síndico ou comissário (massa falida ou concordatário), tabeliães e
outros serventuários de ofício*, sócios (liquidação de sociedade)**, mandatários/
prepostos e empregados, diretores/ gerentes ou representantes de PJ dir.priv.

Denúncia espontânea> o contriba se redime das infrações, confessando os ilícitos,


afastando as multas moratórias e punitivas. A denúncia tem q ser antes de qualquer
procedimento fiscalizatório. Ex. Cara vai lá saber porque não recebeu a restituição, lá eu
o informo q foi apurado algumas divergências, sobre os dependentes, apresento o
relatório e digo que ele pode retificar ou aguardar a TIF, ele vai para casa e retifica, e
paga o valor devido após a retificação. Caso ele chegue em casa e encontre o carteiro e
assina a notificação, perdeu a oportunidade de confessar.
>>Lembrando q só perde o direito com relação ao tributo objeto de apuração bem como
aos períodos apontados. Ex. O cara entregou duas declarações sendo uma em atraso
2016 e 2017, ambas com as msm informações sobre os dependentes, a de 2016 ele
recebeu TIF, já não pode confessar, mas não impede de confessar a de 2017.
>>A denúncia é acompanhada pelo valor do tributo + juros de mora, no caso que o valor
dependa de apuração, a autoridade administrativa vai compor a guia p/cara recolher.
Parcelamento não conta como confissão.
>> Não se aplica as obrigações acessórias, somente as principais.
>> Aplica-se em sua maioria aos tributos lançados por homologação. Não se aplica a
esses tributos quando apesar de declarados não foram pagos. Ex. O contribuinte fez a
declaração de débito, mas não pagou nada, o CT já existe e pode ser cobrado. Isso
porque a declaração configura confissão da dívida demonstrando que o cara sabe q deve.
Se ele daqui um mês se arrepender e “confessar” já era, não vale mais.
>> Aplica-se também aos casos de lançamento por declaração: quando FG não tiver sido
declarado pelo contribuinte ou depois de declarada seja retificada antes de qualquer
procedimento.
>>Não se aplica em lançamento por ofício.
Dir. Tributário Penal Dir. Penal Tributário
Relacionado à infrações adm., passíveis de Relacionado a crimes contra a ordem
punição por penalidades pecuniárias tributária. São subjetivas, importa a
(multas). São objetivas independe a intenção do agente.
intenção do agente.

Resumão
Responsabilidade:
A) Subsidiária> caso daqle fundo de comércio e tal, cujo alienante continua no
ramo, ou volta em até 6 meses, adquirente paga junto
B) Pessoal> quando o agente faz merda por conta própria
C) Solidária> pais, tutores, inventariantes, aqla lista toda
D) Por transferência> o responsável somente passa a ser devedor da obrigação
tributária após a ocorrência do FG. Tipos: sucessão, solidariedade e terceiros
E) Por substituição> vínculo surge antes ou mesmo no momento da ocorrência do
FG. Ex. Progressiva e Regressiva

Assuntos relevantes:
➔ Mudança de domicílio fiscal sem comunicar fisco, dissolução irregular pelo
STJ
Por entendimento Jurisprudencial do Tribunal Superior de Justiça presume-se
dissolvida irregularmente a empresa que deixa de funcionar no seu domicílio fiscal,
sem comunicação aos órgãos competentes, comercial e tributário, cabendo a
responsabilização do sócio-gerente, o qual pode provar não ter agido com dolo,
culpa, fraude ou excesso de poder, ou ainda, que efetivamente não tenha ocorrido
a dissolução irregular.
O encerramento irregular das atividades da empresa devedora autoriza, por si só,
que se busque os bens dos sócios para pagar a dívida?
• Código Civil: NÃO
• CDC: SIM
• Lei Ambiental: SIM
• CTN: SIM

➔ Quem tem obrigação de prestar informações


Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa
todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades
de terceiros:
I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;
II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras;
III - as empresas de administração de bens;
IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;
V - os inventariantes;
VI - os síndicos, comissários e liquidatários;
VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu
cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de


informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a
observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

Aula 08 (parei aqui)


1) Crédito Tributário >>Decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta.
Abrange tributos e penalidades. As modificações no crédito tributário (ex. Exclusão,
anulação, etc.) não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem.
2) Lançamento>> com o surgimento da OT é necessário q alguém (autoridade
administrativa) com conhecimento em legislação aplicável defina o valor exato a ser pago
de tributo ou multa, apurando a BC e aplicando sobre ela a alíquota vigente. Além disso,
deve-se verificar quem é o suj. passivo q possui o dever legal de pagar o montante
devido. Sua função não é fazer nascer a dívida e sim a tornar exigível. CTN
Mneumônico:
V Verificar a ocorrência do FG da OT
D Determinar a matéria tributável
C Calcular o montante do tributo devido
I Identificar o Sujeito
P Propor a aplicação da pena cabível

O lançamento confere liquidez (quanto ao valor) e certeza (quanto a existência) à


obrigação tributária principal, e torna-a exígivel.

Ato administrativo ou procedimento administrativo?


– O lançamento é procedimento (se a questão fizer ressalvas)
– É ato por possuir determinados requisitos de validade e características inerentes aos
atos (se a questão aprofundar na discussão, geralmente ocorre)
Natureza jurídica> MISTA. Pois, tem natureza declaratória declara a existência da
obrigação tributária (se aparecer obrigação principal na questão tá certa) e constitui
crédito tributário.

2.1 – Competência para lançar>> Compete privativamente a autoridade adm


(determinada pelo legislador de cada ente) constituir o CT pelo lançamento. Ex. Cabe ao
AFRFB o lançamento dos tributos da União. Sem delegação ou avocação. Nem mesmo
judiciário. Atividade vinculada, sob pena de responsabilidade funcional.
2.2 – Legislação aplicável>>
a) Legislação material (substantiva)> aspectos materiais, estrutura, ex. Lei q define o
FG, BC e alíquotas, etc. O lançamento tem natureza declaratória, ou seja, declara a
existência da obrigação tributária, e a legislação q deve ser aplicada é q estava em vigor
na data de ocorrência do FG, ainda q posteriormente seja modificada ou revogada.
Possui efeito ex-tunc, retroativos (lembrar da ultratividade da lei tributária). Quase
exceção>> não se aplica a impostos lançados por períodos de tempo (ex. IPVA e IPTU),
se lei fixar um momento em q o FG se considera ocorrido. Somente se aplica a fatos
futuros, uma vez q precisa estar em vigência na ocorrência do FG.
b) Legislação formal (adjetiva)>> aspectos formais, procedimentos, ex. O modo de
notificação ao contribuinte, os prazos para início e conclusão das atividades, etc. Aqui a
legislação seguida é a vigente ao lançamento, ex. FG ocorreu em 2014 sob lei “A”, o
lançamento ocorreu em 2015 quando a lei vigente era “B”, será a plicada lei “B”. Alcança
fatos passados
* Letra da lei> Aplica-se a legislação q, posteriormente a ocorrência do FG, tenha
instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os
poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito
maiores garantias ou privilégios, exceto atribuir responsa a terceiros.

2.3 – Taxa de câmbio aplicável ao lançamento>> alguns casos, o valor da BC é


expressa em moeda estrangeira, comum nos tributos aduaneiros, especialmente no II.
Salvo disposição em contrário, será feita a conversão em moeda nacional ao câmbio
na data de ocorrência do FG.
Aspectos Materiais>>> legislação vigente data do FG
Aspectos Formais>>> legislação vigente data do lançamento
Taxa de câmbio>>> data do FG

3. Alteração do lançamento>> após a conclusão do lançamento p/q produza efeitos é


necessário a NL, antes disso não tem nenhum efeito, nesse período a autoridade pode
alterá-lo p/corrigir valores ou informações, aqui ele é revisível. Sendo notificado o cara:
paga ou impugna.
Após a notificação, o lançamento é presumidamente definitivo, porém, pode ser
revisado em virtude de:
a) Impugnação> instaura-se a fase litigiosa (ou contenciosa) do lançamento. Caso a
decisão seja desfavorável ele pode pagar e desistir do processo ou recorrer de forma
voluntária a órgão de 2º instância (recurso voluntário). Podendo sempre recorrer ao
judiciário. Lembrando q aqui o valor do CT pode ser alterado, inclusive p/mais.
b) Recurso de ofício; caso a decisão seja desfavorável ao Fisco, resposta da
impugnação, pode ser levado a órgão de 2º instância. Podendo manter a posição ou ser
a favor do Fisco. (Pode aparecer como reexame necessário, remessa necessária, duplo
grau obrigatório.)
c) Iniciativa de ofício da autoridade; aqui parte da autoridade a alteração, quando
constatada alguma ilegalidade no lançamento, independente da provocação do suj.
passivo, lançamento de ofício. Só pode ser feito se não estiver decadente.
São 8 hipóteses:
➔ Qdo lei determinar;
➔ Declaração entregue fora do prazo ou na forma prevista em lei
➔ Não atender o pedido de esclarecimento (NL, TIF, etc)
➔ Falsidade, erro, inexatidão ou omissão
➔ Ação ou omissão resultante em penalidades (multas)
➔ Dolo, fraude ou simulação;
➔ Fato não conhecido ou não provado
➔ Fraude ou falta funcional da autoridade lançadora

Atenção>> O lançamento de multas é realizado pela lavratura de auto de infração

3.1 – Alteração do lançamento decorrente de erro de direito e erro de fato


A) Erro de direito> qualquer mudança na interpretação da legislação tributária aos casos
concretos, só afetará fatos geradores ocorridos após sua introdução para o msm sujeito
passivo (oi??). Todos os fatos ocorridos na antiga interpretação serão regidos por ela.
Possuem efeito ex nunc. Resumindo, não há alteração com base em erro de direito.
B) Erro de fato> ocorre quando algum fato relevante deixa de ser levado em
consideração no momento do lançamento ou quando as informações tomadas como base
não correspondem a realidade. Ex. IPTU com metragem do imóvel incorreta, IPVA de
carro calculado sobre uma bc incorreta.
4 – Modalidades do Lançamento
Obs> é a lei quem determina a modalidade pela qual o tributo será lançado.
a) Lançamento de Ofício – lei precisa determinar sua aplicação (não há norma
específica, lei de cada Ente que define). Nenhuma participação do suj. passivo. Fisco
possui dados suficientes p/realizar sem a participação do contribuinte. Também
denominado ex officio ou direto. Ex: IPVA, IPTU, taxas, contribuições de melhoria,
contribuições de corporativas, COSIP
>> Súmula 397 STJ: O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio
do carnê ao seu endereço. (Com a notificação, o lançamento se presume definitivo.
Logo, esse envio constitui o CT, algumas bancas acham isso…)

Fique atento: todo tributo havendo alguma das irregularidades previstas no art
149, pode vir a ser lançado de ofício. Independente se foi efetuado em outra
modalidade.

b) Lançamento por Declaração – participação mais intensa do suj. passivo atua


auxiliando a autoridade com informações. Presta declaração com informações sobre
valor, data de ocorrência do FG, etc. A partir daí a autoridade providencia o lançamento,
notificando-o p/pagamento. É uma obrigação acessória. Após entregue a declaração só
pode ser retificada, quando vise reduzir ou excluir tributo, antes da notificação e deve
provar que realmente cotinha erros. Os erros contidos serão retificados de ofício pela
autoridade a q competir a revisão. Ex. ITBI.
Atenção>> IR não é lançado por declaração!!! Nesse tipo de lançamento o cara presta
as informações e aguarda o lançamento da autoridade bem como a notificação de
pagamento. No caso do IR o cara faz a declaração, antecipa o pagamento sem prévio
exame da autoridade, e esta faz posterior conferência, homologando o procedimento.
– Técnica por arbitramento> sempre q o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou
atos jurídicos fornecidos pelo contribuinte por meio das declarações não merecerem ou
forem omissos, a autoridade administrativa deverá realizar o arbitramento. Ex. Cara
adquire bem de luxo por 100 mil, quando na verdade o valor é de 2 milhões p/escapar do
ITBI. A autoridade verificando q a declaração não merece fé arbitrará valor mais próximo
da realidade. Feito por meio de pautas fiscais, tipo tabelas de valores aproximados dos
produtos, utilizada p/definir a BC. Não podendo ser usadas como presunção absoluta
de valor. Sempre q possível deve ser apurado o valor real da BC. Não possui natureza
punitiva.
Obs> Não é considerado como modalidade de lançamento e sim técnica p/definição da
BC
Obs>> Súmula 431 STJ – é ilegal cobrança de ICMS com base no valor da mercadoria
submetido ao regime de pauta fiscal

C) Lançamento por Homologação – participação intensa do suj. passivo, denominado


“autolançamento”, relembrando: ocorre quando o cara faz a declaração, antecipa o
pagamento (pode ser feito em moeda corrente, cheque ou vale postal, ou ainda
estampilha, em papel selado ou processo mecânico) sem prévio exame da autoridade, e
esta faz posterior conferência, homologando o procedimento. Mesmo com a participação
do contribuinte esse lançamento continua sendo privativo da autoridade. Ex. IR, ICMS
>>>>>A entrega da declaração constitui o crédito tributário, haja vista equivaler à
uma confissão de dívida no entanto, ele somente se extinguirá com a homologação,
seja expressa ou tácita.
Prazo da homologação: decorridos 5 anos a partir da ocorrência do FG, sem q a
Fazenda tenha se pronunciado considera-se homologado o lançamento e
definitivamente extinto o crédito. É expressa quando dentro do prazo e tácita quando
fora do prazo. Salvo, comprovada ocorrência de dolo, fraude ou simulação. LC pode
definir o prazo p/homologação.
→ ATENÇÃO>>>>> Em 3/6/2009, determinado contribuinte sofreu lançamento referente
a fatos geradores de ICMS que teriam ocorrido em 1.º/3/2004, sem que tivesse havido
declaração de débito nem qualquer pagamento de tributo. O ICMS, em regra é um
tributo sujeito a lançamento por homologação, no entanto, no presente caso, como não
foi declarado nem pago, o fisco efetuou um lançamento de oficio. O Prazo para o
fisco efetuar esse lançamento de ofício e constituir o crédito tributário se inicia no ano
seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado(isso quando o
contribuinte não declara e não paga)
Entendimento do STJ – A entrega da declaração pelo contribuinte reconhece a dívida q
tem com o fisco. Sendo assim cessa a contagem do prazo decadencial.
Importante>> O legislador afirmou que o pagamento antecipado extingue o CT, sob
condição resolutória da ulterior homologação (caso apareça assim literalmente na prova
tá certa). Mas na verdade se a autoridade verificar q os valores declarados e pagos
divergem, vai lançar a diferença de ofício.
Importante>>> não há nenhuma proibição de q a lei do Ente venha estabelecer outra
modalidade de lançamento para tributos de sua competência. Ex. IPVA, originalmente por
ofício, passar p/homologação

Relembrando> Súmula 360 STJ - O benefício da denúncia espontânea não se


aplica aos tributos sujeitos a lançamento por homologação regularmente
declarados, mas pagos a destempo

Resumão>>> Fluxo/linha do tempo do tributo

HI----->FG----->OT----->LANÇAMENTO----->CT----->DA----->CDA----->Execução Fiscal

*HI: hipótese de incidência (lei em abstrato)

*FG: fato gerador (é a hipótese de incidência concretizada)


- é o mais importante, cria direito e dever (ato constitutivo) – Art. 114 a 118 CTN.

*OT: Obrigação Tributária (nasce com o FG)


- Pode ser principal (pecúnia) ou acessória (fazer, ñ fazer e tolerar)

*LANÇAMENTO: constitui o crédito tributário


- ato privativo da autoridade administrativa
- ato administrativo vinculado e obrigatório – Art. 142 CTN

*CT: crédito tributário (notificação)


- decorre da obrigação principal
- tem por objeto o pagamento do tributo e multa
– exigibilidade do crédito – Art. 139 CTN

Aula 09 - Suspensão, Exclusão e Extinção do Crédito Tributário


Assim como um comerciante não pode obrigar seu cliente a pagar uma dívida, o fisco
também não pode. Nesse caso, a Fazenda deve buscar o adimplemento da obrigação por
vias do Poder Judiciário, com base na execução fiscal (quando já inscrito na Dívida
ativa). O CT só pode ter sua exigibilidade suspensa nos casos previstos no CTN. Não
dispensa o cumprimento das obrigações acessórias. O q suspende é a exigibilidade e não
o dever de lançar. A autoridade constitui o CT mas fica impedida de realizar a cobrança.
Se ficasse impedido de lançar cairia na decadência.
>> Suspensão antes do lançamento: constitui o lançamento mas não pode ser feita a
exigibilidade.
>> Suspensão depois do lançamento: Exigibilidade suspende

Hipóteses de suspensão (são 6):


a) Moratória> caráter excepcional, concedida como medida reparatória de desastres
naturais ou fatores econômicos e sociais. Somente União. Não incide juros e multas. É a
dilatação do prazo para cumprimento da obrigação, altera-se o prazo p/pagamento.
Mediante lei, sempre. Só abrange créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do
despacho q a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado, mas ainda não
concluídos(ato já notificado).
>>O beneficio não estende a casos de dolo, fraude ou simulação do suj ou terceiros
Requisitos p/concessão da moratória e moratória parcelada:
➔ Prazo de duração do favor;
➔ Condições da concessão do favor em caráter individual (Tributos a q se aplica,
Número de prestações e seus vencimentos, Garantias q devem ser fornecidas pelo
beneficiado.
Há dois tipos, concedida em caráter>>
Individual: quando o benefício é restrito há determinadas pessoas, q preencham
requisitos estabelecidos por lei. Precisam comprovar q são as pessoas previstas na lei,
sendo concedida pelo despacho da autoridade. Não gera direito adquirido, caso não
cumpra ou deixe de cumprir os requisitos, pode ser revogado de ofício, sendo assim
tendo q pagar o ct acrescido por juros de mora. Caso ainda seja constatado dolo ou
simulação do beneficiado ou de terceiro p/se beneficiar ilegalmente, haverá imposição de
penalidades.
Prescrição em caso de revogação:
a) com dolo/simulação> tempo decorrido entre concessão e revogação não é contado
b) Sem dolo> a revogação só pode ocorrer antes de findar o prazo prescricional

Geral> quando a lei generaliza os beneficiados. Não há necessidade de comprovação,


nem despacho da autoridade. Gera direito adquirido. É dividida em dois tipos:
Autônoma> aqla concedida pelo ente competente pelo tributo. Ex. Prefeitura concede
moratória sobre o IPTU dos imóveis situados em seu território. / Heterônoma> concedida
pela União com tributos dos outros entes. Ex. Concede moratória sobre IPTU dos imóveis
localizados em SP.
A heterônoma nunca foi aplicada, caso seja, a União precisa cumprir duas restrições:
>> Se tal benefício for criado, deve ser concedido simultaneamente
- a todos os tributos já instituídos pela União ;
- às obrigações do dir. privado (contratos civis, empresariais e trabalhistas;

B) Parcelamento> medida criada para que os devedores inadimplentes tenham


condições de cumprir com as obrigações tributárias. Será concedido na forma e
condições estipuladas em lei específica, salvo disposição em lei não exclui multas e juros.
Não configura denúncia espontânea. Aplicam-se as disposições do CTN, relativas a
moratória.
Deve haver uma “segunda lei específica” que trate das condições para o devedor em
recuperação judicial. Então, são duas leis, uma geral, a outra específica para tal fim. Caso
não seja criada essa segunda lei, pode se aplicar a lei “geral”, não podendo esta ter prazo
inferior à lei específica sobre parcelamento. Recuperação judicial. Ex. Município cria
parcelamento com prazo de 60 meses, não cria a segunda, a lei da União p/recuperação
tem prazo de 72 meses, então a municipal seguirá esse prazo.
C) Reclamações e recursos no âmbito do processo administrativo fiscal> Qdo o
contribuinte não concorda com o lançamento ele pode impugná-lo por via administrativa
ou judicial. Qdo administrativa suspende-se a exigibilidade, apenas durante o litígio. Caso
a decisão seja favorável ao contriba o CT fica extinto. Caso seja desfavorável, o CT volta
a se tornar exigível, inclusive com os encargos moratórios.
Mas… o cara ainda pode recorrer a via judicial, aí não suspende nada, só se for
depositado o montante cobrado pelo Fisco.
D) Liminares em mandado de segurança ou tutela antecipada em outras ações
judiciais>
● Medida liminar no Mandado de Segurança*> Em alguns casos o juiz entende q
precisa fazer algo contra ato praticado pela autoridade fiscal e pede a suspensão
até q se decida o mérito da ação. Só pode ser aplicada nos casos em q o
decorrer do tempo pode prejudicar a eficácia da ação (periculum in mora),
caso seja concedida no mérito da ação e se houver fundamento relevante
(fumus boni juris).
Fica suspensa a exigibilidade até a decisão, se for contra o contriba ele paga, caso
não fica extinto o débito. Caso seja condicionada a depósito do montante integral é
como um indeferimento da liminar, pois o contribuinte suspenderá por outra via,
lembra q no caso de via judicial sempre deve ser pago o montante p/ser suspenso?
Então na liminar não cabe.
Deve-se comprovar a existência do dir. líquido e certo, e só pode ser
impetrada em até 120 a contar da ciência do interessado.
* Definição> Ação judicial q tem por objetivo defender direito líquido e certo (q pode ser
provado sem necessidade de produção de provas em juízo)ameaçado pelo fiscal (no
caso do dir. tributário)
● Medida Liminar ou de Tutela Antecipada> similar a liminar a diferença da tutela
antecipada é q o juiz antecipa a decisão de mérito. Sendo assim os requisitos
p/sua concessão são mais rigorosos. Ambos suspendem a exigibilidade do crédito.

E) Depósito do Montante Integral> dir. subjetivo do contribuinte, pode ser na via judicial
ou na administrativa (nessa é atípico). O depósito deve ser do valor exigido pela Fazenda.
STJ entende q deve ser integral e em dinheiro.
O ajuizamento de ação judicial não é modalidade de suspensão do CT, então, se o cara
entra com ação com intuito de discutir a legitimidade da cobrança q está sendo feita, nada
impede q o fisco entre com uma ação de execução fiscal, nesses casos ou ele recorre as
medidas liminares ou do depósito. Como a liminar depende de comprovação de alguns
pontos o depósito é uma saída. Lembrando q msm sem depósito o cara pode contestar o
lançamento, a diferença é q não suspende.
Caso seja favorável ao cara ele vai fazer o levantamento (resgate) do depósito, caso não
seja, o valor é convertido em renda e extinto o CT. Na via administrativa o depósito só
serve p/evitar a fluência de juros de mora, pois a própria instauração do processo
administrativo já suspende a exigibilidade do CT.
Obs>> em caso de liminar, o contriba pode fazer o depósito com o objetivo de impedir a
fluência dos juros de mora, caso o CT volte a ser exigível.

2. Extinção do Crédito Tributário


Somente será extinto nesses casos, não há consenso se essa lista é taxativa ou
explicativa, na dúvida abrace a ideia de q é taxativa.
São 11 casos:
A) Pagamento> principal forma de extinção. Efetuado em moeda corrente, cheque ou
vale postal, e em casos previstos em lei por estampilha, papel selado ou processo
mecânico. Mas resumindo sempre é pago com dinheiro.
Observação:
Estampilha e papel selado> selos adquiridos do fisco, após entrega de dinheiro,
p/comprovar a quitação da dívida tributária.
Processo mecânico> autenticação fiscal q atesta o pagamento do tributo

A leg. tributária pode exigir garantias p/aceitar o pagamento em cheque ou vale, mas nada
q onere mais ou impossibilite o pagamento, nesses casos só ocorre a extinção com a
compensação bancária.
No caso da estampilha ocorre com a inutilização regular, e se ela for paga de forma
errada ou extraviada, não há nenhuma restituição, salvo nos casos previstos na leg.
tributária ou por erro da autoridade administrativa, o msm com o papel selado e o
processo.
Não há presunção de pagamento, se o contriba paga um tributo não se presume q ele
tenha pago outros, tipo pagou IPTU de uma de suas casas, não se presume q ele tenha
pago das outras. Sobre o local de pagamento, sdc, é na repartição competente do
domicílio do cara, mas na real é paga em rede bancária credenciada. Sobre o prazo é o
ente q determina, quando não é de 30 dias a partir da notificação. Qto ao lançamento por
homologação cabe a leg. tributária estipular. >> STF: a definição do prazo p/recolhimento
não se sujeita ao princípio da legalidade.
Caso não seja efetuado o pagamento no prazo rola juros de mora, e mais multas de mora
(sanção pelo não cumprimento). A BC dos juros se não definido em lei, será de 1% ao
mês.
Consulta tributária> é requerimento apresentado por escrito, relativamente a fato
concreto, em que o (a) consulente pede que seja solucionada dúvida sobre a aplicação da
legislação tributária em relação a fato concreto de seu interesse, se a consulta for feita
antes do prazo de recolhimento não incidirá juros e multa, a contar da data do protocolo
até 30 dias após a ciência.
Imputação em pagamento> qdo o cara deve + de um tributo p/msm ente, nesse caso o
recebimento deve seguir essa ordem: 1) débitos em q seja contribuinte e depois os q é
responsável, 2) os mais vinculados primeiro cont. de melhoria, taxas e depois impostos, 3)
data de prescrição + curta, 4) CT de maior valor
Pagamento indevido e restituição> quando pagamento foi maior ou indevido. Não
importa quem calculou o montante o suj. ou fisco. Pode aparecer como repetição do
indébito tributário.
Independente de prévio protesto, total ou parcial, seja qual for a modalidade do
pagamento, e ocorre nesses casos:
➔ Cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior q o devido;
(sem litígio)
➔ Erro na edificação do suj., na alíquota, no cálculo do montante do débito ou na
elaboração da conferência de qualquer doc. relativo ao pagamento; (sem litígio)
➔ Reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória (com litígio).
Restituição de tributo indireto> >>STJ entende q o contribuinte de fato(somente o de
direito tem) não tem legitimidade p/pleitear a restituição do q pago indevidamente tributos
indiretos. Aqui a restituição só será feita se: a) se o contribuinte de direito comprovar ter
assumido o encargo do tributo, ouse já, não o ter transferido (ex. Não embutir no valor da
mercadoria quando repassada ao contriba) / b)se o contribuinte de fato autorizar
expressamente o contribuinte de direito a receber a restituição (ex. Valor tenha sido
embutido na mercadoria.
Restituição de juros e multas> assim como restitui-se o valor pago pelo tributo nas
condições já vistas, a multa e juros pagos indevidamente também são restituídos, na msm
proporção. Não se fala em restituição de multas punitivas.
Juros de mora e correção monetária na restituição> assim como o contriba paga juros
e correção monetária ao recolher em atraso o fisco também deve pagar sobre o valor a
ser restituído. Os juros começam a rolar a partir do trânsito em julgado da decisão q
determinou a restituição. Porém, se precatório* for inscrito até 1º de julho até o final do
exercício seguinte (31/12 do próximo ano), os juros passam a contar no final desse prazo
caso não seja pago, durante o prazo não incide. Qto a correção monetária (inflação)
ocorre a partir do pagamento indevido.
>> Obs: se questão falar de restituição citando a taxa selic entenda q deve ser aplicada
desde o recolhimento indevido.
Precatório> doc expedido pelo Judiciário p/inclusão de verba no orçamento público do
ano seguinte. É por esse meio q as dívidas da Fazenda são pagas.

Prazo para pleitear a restituição> 5 anos a contar da data do pagamento, em caso de


recolhimento indevido, sem processo. E também de 5 anos para casos em que o
contribuinte de recolhimento indevido, realizado no curso de proc. administrativo ou
judicial, em q se discute a legitimidade do erro. Nesse caso o contribuinte recebe uma
decisão desfavorável e paga, porém, entra com recurso contra a decisão e consegue
anulá-la, aí será restituído, e o prazo começa a correr a partir da anulação.
Prazo para anular decisão administrativa denegatória> após o pagamento indevido o
cara pode recorrer tanto a via adm. quanto a judicial p/pedir a restituição. Optando por via
administrativa e está tendo decisão final desfavorável, ele ainda pode recorrer ao
judiciário, tendo 2 anos para isso.
B) Compensação> de créditos, líquido e certo, vencidos ou vincendos. O cara deve
p/ente, o ente deve p/cara. Ex. compensação entre a restituição do IR e multa pelo atraso
na entrega da declaração. A compensação somente se faz se houver lei autorizativa, cada
ente deve editar uma versando sobre a matéria. Vedada em casos de objeto de
contestação judicial, antes do trânsito em julgado e os com base em medida liminar ou
cautelar, e tutela antecipada.
>> STJ entende q liminar por mandado de segurança cabe compensação.
>>> É aplicada a lei vigente na data do encontro das contas. Salvo se houver
demanda judicial, nesse caso será a lei vigente na data da propositura da ação.
C) Transação>> forma alternativa p/resolver conflitos entre as partes (devedor x credor),
mediantes concessões mútuas, cada um cede parte de seus direitos. É terminativa, ou
seja, só ocorre mediante litígio. Mediante lei autorizativa
D) Remissão>> perdão da dívida, regulada em lei específica, autorizando a autoridade a
conceder por despacho fundamentado, remissão total ou parcial. Pode se referir ao
perdão tanto de tributo como de multas, desde q já tenha sido constituído o crédito
tributário, antes de constituído cabe isenção ou anistia.
Remissão individual não gera direito adquirido, caso não cumpra ou deixe de cumprir os
requisitos, pode ser revogado de ofício, sendo assim tendo q pagar o CT acrescido por
juros de mora. Caso ainda seja constatado dolo ou simulação do beneficiado ou de
terceiro p/se beneficiar ilegalmente, haverá imposição de penalidades.

Prescrição em caso de revogação da remissão:


a) com dolo/simulação> tempo decorrido entre concessão e revogação não é contado
b) Sem dolo> a revogação só pode ocorrer antes de findar o prazo prescricional

De acordo com:
● situação econômica do suj. passivo
● Erro ou ignorância escusável do suj. quanto a matéria do fato
● Diminuta importância do CT
● Considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou
materiais do caso
● Condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante

E) Decadência> diz respeito ao prazo que o fisco possui para promover o lançamento
que são de 5 anos. Caso o contribuinte pague tributo decadente cabe restituição. Por LC.
Regra geral de contagem>(lançamento por declaração e por ofício) o direito da fazenda
promover o lançamento é de 5 anos a contar do 1º dia do exercício seguinte àquele em q
o lançamento devia ter sido efetuado, data do FG.
Regra da antecipação da contagem> caso o contribuinte seja notificado por qualquer
motivo antes do exercício seguinte (quando passaria a cotar o prazo decadencial)
antecipa-se a contagem p/data de ciência da notificação.
Regra da anulação do lançamento por vício formal> Ex. Suj.é notificado de um
lançamento efetuado contra ele, apresenta impugnação, ao final chega-se a conclusão de
q de fato o FG existiu, porém, a autoridade q promove o lançamento não possuía
competência p/isso. Resultando na anulação do lançamento, por vício formal, o prazo é
de 5 anos após a data da decisão de anulação.
Ocorrendo isso, a Fazenda tem prazo de 5 anos p/corrigir e promover outro lançamento.
Chamado de Interrupção de um prazo, q indica q o prazo antigo é abandonado e é
adotado novo prazo, o prazo é todo devolvido.
Prazo decadencial nos tributos lançados por homologação> em regra, o prazo é de 5
anos a contar da FG, quando pagamento tiver sido dentro do prazo. Nesse período a
Fazenda pode verificar se houve erros e diferenças no pagamento, e fazer lançamento
suplementar se for o caso, de ofício.
Quando o sujeito declara e paga o CT de forma parcial, também conta os 5 anos a
partir do FG.
Já no caso em que o sujeito não declara e nem paga até a data do vencimento, o período
de decadência passa a ser contado como nos outros casos no 1º dia do exercício
seguinte. Nos casos de fraude, dolo e simulação, aplica-se o mesmo.
No caso em que declara mas não recolhe, como a declaração já é suficiente p/constituir o
CT, entende-se que o prazo começa a partir da data de vencimento do tributo.
F) Prescrição> é o prazo q a Fazenda tem após o lançamento definitivo do tributo,
p/promover a ação de execução fiscal. Conta após o lançamento. Se o contribuinte paga
tributo prescrito cabe restituição. Por LC. O prazo é de 5 anos e começa a partir da
constituição definitiva do CT, e ocorre da seguinte forma, o cara recebe uma notificação,
impugna o lançamento, e tem decisão desfavorável, ocorre a constituição definitiva. E se
o cara não fizer nada, recebeu a notificação e ficou quietinho, também haverá a
constituição. A constituição está relacionada ao fato do lançamento não poder ser mais
discutido.
Interrupção do prazo prescricional> prazo inteiramente devolvido.
Situações:
➔ Despacho de juiz q ordenar citação em execução fiscal, antigamente era pela
citação pessoal, mas como isso dificultava muito, mudou p/despacho
➔ Protesto judicial, segundo Sabbag é a hipótese a qual a Fazenda recorre quando
impossibilitada de ajuizar execução fiscal, diante da iminência do término do prazo
prescricional.
➔ Ato judicial q constitua em mora o devedor, são as notificações, intimações,
interpelações judiciais, com finalidade de manifestar a intenção do credor receber a
dívida. O protesto visto acima também é um ato judicial
➔ Ato inequívoco ainda q extrajudicial (administrativa), q importe em
reconhecimento do débito pelo devedor, aqui a iniciativa da interrupção é do
devedor, conhecida como confissão de dívida. Ex. Cara é notificado, não
impugna nem paga. Passa-se 2 anos ele vai lá e parcela* a dívida, ele reconheceu
o débito, sendo assim a Fazenda volta a ter 5 anos p/promover a execução.
* Parcelamento e Compensação, são exemplos típicos de confissão.
Obs>>> Consulta administrativa não interrompe prescrição!
Suspensão do prazo prescricional> prazo deixa de ser contado, até q se encerre a
situação q o suspendeu, após isso continua do ponto que havia parado.
Suspende-se qdo a exigibilidade do CT fica suspenso, se aplica as mesmas situações.
Ex. Parcelamento, depósito do montante, etc)
Suspende-se quando a moratória for individual, por dolo, até q ocorra a revogação do
benefício, aplica-se a anistia, remissão, isenção e parcelamentos.
Suspende-se quando ocorre a inscrição em dívida ativa, por 180 dias, ou até a
distribuição da execução. Atenção>> essa situação é prevista pela LEF, porém, há o
entendimento q tal lei não possa ter efeito sobre dívida ativa de natureza tributária, não
pode estipular causa de suspensão não prevista no CTN. Mass a Esaf abraça as duas
posições, portanto atente-se p/qual legislação ela está embasada, se falar do CTN ou da
LEF.
Suspende-se por até um ano, quando não for localizado o devedor ou bens penhoráveis

G) Consignação em pagamento> há casos em q a Fazenda “dificulta” o pagamento por


parte do devedor, exigindo dele condições absurdas, nesse caso ele pode recorrer ao
judiciário, ele deposita o valor q acha q deve (o CTN não deixa claro se é o valor
estipulado pelo fisco ou pelo contriba, mas parece tender a seguir este), caso seja julgada
procedente e revertida em renda (transfere ao credor p/quitar o tributo), caso
improcedente deve-se pagar a diferença com os acréscimos legais (juros e penalidades).
Julgada procedente extingue o CT.
Obs>> a diferença da consignação e do depósito do montante é q aqla é apenas por
via judicial, com o objetivo de exercer o direito de pagar, já este pode ser por via
judicial ou administrativa com o objetivo de suspender o CT.

H) Pagamento antecipado e a posterior homologação> suj. passivo paga o tributo sem


prévio exame da autoridade administrativa, a autoridade possui prazo p/verificar, e só
então homologa a atividade do contribuinte. Nos casos de lançamentos como esse a
extinção definitiva do CT só ocorre com a homologação do lançamento, ato q pode
demorar até 5 anos. Para a restituição o prazo que conta é a data de pagamento.
I) Conversão do depósito em renda> contribuinte paga o montante suspende o CT, mas
tem decisão desfavorável, o depósito então é convertido em renda para o vencedor da
ação, no caso a Fazenda. Com a decisão definitiva torna-se extinto.
J) Decisão administrativa final> é notificado, impugna, perde. Pode pagar ou recorrer
ao judiciário. Caso seja decisão favorável o CT extingue.
K) Decisão judicial transitado em julgado> se o caso for ao judiciário. Não cabe
recurso quanto a esse status. Se a decisão foi favorável é extinto, se não só resta o
pagamento.
L) Dação em pagamento em bens IMÓVEIS> vem do dir. privado, cód, civil. Trata-se de
pagamento por meio de entrega de bem ou direito que não seja moeda. Somente bens
imóveis. Passou a ser prevista em LC 104/2001.
É necessário que cada ente edite lei autorizativa p/disciplinar como será feita essa
transferência e em q hipóteses pode ser feita.

3 – Exclusão do Crédito Tributário


Definição> impede a constituição do crédito tributário, ocorre o FG mas acaba antes do
lançamento. Legislação que dispor sobre exclusão do CT deve ser interpretada
literalmente. Não dispensa cumprimento da obrigação acessória. São duas modalidades
isenção e anistia. Somente por lei específica.
A) Isenção> dispensa legal do pagamento de tributo, decisão política. Surge a
obrigação advinda do FG, mas o crédito não será exigível, o tributo incide mas não
chega a ser constituído. Típico incentivo ou benefício fiscal. Sempre por lei específica,
q especifique condições e requisitos, os tributos a que se aplica e o prazo de sua duração,
mesmo quando prevista em contrato. Há a possibilidade de ser restrita a determinada
região do território da entidade tributante. Também é permitido a concessão de incentivos
fiscais destinados a promover o equilíbrio socioeconômico entre as diferentes regiões.
Não isenta das obrigações acessórias.
SDC, não se estende a taxas e contribuições de melhoria (por serem
contraprestacionais), nem a tributos posteriores à sua concessão. Pode ser concedida de
maneira individual ou geral. Quando individual nos tributos lançados por período certo
devem ser renovados antes da expiração do período. Sobre esse tema segue as mesmas
regras da moratória.
A isenção pode ser revogada ou modificada por lei a qualquer tempo (precaridade).
Salvo se concedida por prazo certo e devido a determinadas condições (onerosas),
essas não podem ser livremente suprimidas, são direito adquirido.
Isenção>> segundo entendimento majoritário do judiciário, a isenção não é causa de não
incidência tributária, pois, mesmo com a isenção, os fatos geradores continuam a
ocorrer, gerando as respectivas obrigações tributárias, sendo apenas excluída a etapa do
lançamento e, por conseguinte, a constituição do crédito.

B) Anistia> perdão das infrações, cometidas antes da lei que o concede, obviamente.
Concedida em caráter individual ou geral,
Não se aplica: 1) Casos de crimes e contravenções, dolo, fraude ou simulação / 2) SDC,
infrações resultantes de conluio entre 2 ou mais pessoas naturais ou jurídicas.
Pode ser concedida:
– Caráter geral;
– Limitadamente:
➔ Infrações relativas a determinado tributo
➔ Perdão das infrações até determinado montante (acima do qual os infratores
continuam tendo que pagar)
➔ Pode se limitar a determinada região
➔ Sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado por lei q a conceder

OBS>>> O art 155 do CTN também se aplica a outros benefícios fiscais, quando
concedidos de modo invididual. São eles: MARIPA> Moratória – Anistia – Remissão –
Isenção - PArcelamento

Tipos de Receitas

Receita originárias - não tributarias. Atividades do Estado sujeitas ao dir. privado


(contratos, doações); exploração do patrimônio do Estado (espaço em aeroportos);
concessionárias, empresas públicas, sociedade de economia mista

Receitas Derivadas – tributária. Decorrem do patrimônio do particular. Imposição de


cobrança ao contribuinte. Tributos em geral (quase), multas.
Receita Transferida – transferências entre os entes, geralmente repartição da
arrecadação.

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