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nificativo, o conteúdo deve relacionar-se a co- vimentos como a Escola Nova e o movimento
nhecimentos prévios do aluno, exigindo deste ativista.
uma atitude favorável capaz de atribuir signifi- Para Libâneo 12, o movimento da escola no-
cado próprio aos conteúdos que assimila, e do va, inserido numa tendência pedagógica libe-
professor, uma tarefa mobilizadora para que ral progressista, surge por “razões de recompo-
tal aprendizagem ocorra 10. Por outro lado, é re- sição da hegemonia da burguesia” 12 (p. 20), co-
petitiva quando o aluno não consegue estabe- mo resposta ao ensino tradicional que valori-
lecer relações do conteúdo novo com anterio- zava o ensino humanista, no qual a interação
res porque carece dos conhecimentos necessá- professor-aluno não visava a qualquer relação
rios para que tais conteúdos se tornem signifi- com o cotidiano do estudante ou com a reali-
cativos ou não está mobilizado para uma apren- dade social. Contrapondo-se ao modelo tradi-
dizagem ativa. cional de ensino, o movimento da escola nova
Na aprendizagem significativa, o aluno in- não chega a representar uma ruptura com o
terage com a cultura sistematizada de forma modelo de educação, em termos da relação po-
ativa, como principal ator do processo de cons- lítica entre educação e sociedade; inova, no en-
trução do conhecimento 11. O ensino de novos tanto, em termos de método, na forma de tra-
conteúdos deve permitir que o aluno se desafie balhar com o conhecimento.
a avançar nos seus conhecimentos. Para isso, é Na proposta educativa de Dewey, a apren-
necessário um trabalho de continuidade e rup- dizagem parte de problemas ou situações que
tura em relação aos conhecimentos que o alu- intencionam gerar dúvidas, desequilíbrios ou
no traz. O conteúdo novo deve apoiar-se numa perturbações intelectuais. O método “dos pro-
estrutura cognitiva já existente, o que exige do blemas” valoriza experiências concretas e pro-
professor, como tarefa inicial, verificar o que o blematizadoras, com forte motivação prática e
aluno sabe, para, de um lado, relacionar os no- estímulo cognitivo para solicitar escolhas e so-
vos conteúdos à experiência do aluno – a con- luções criativas 15.
tinuidade – e de outro, provocar novas necessi- Essa visão construtivista do conhecimento,
dades e desafios pela análise crítica, levando o apoiada na teoria piagetiana da equilibração e
aluno a ultrapassar a sua experiência, os estereó- desequilibração cognitiva 16, ganhou visibili-
tipos, as sínteses anteriores etc. – é a ruptura 12. dade no espaço escolar pelos estudos de Fer-
O aprendizado é um processo complexo; reiro 17 no âmbito da alfabetização. Contrapon-
não acontece de forma linear, por acréscimo, do-se à prática corrente do ensino tradicional,
de modo a somar alguns novos elementos ao a prática construtivista situa o professor no pa-
que sabíamos antes. Estrutura-se mediante re- pel de provocar o raciocínio do aluno, procu-
des de conexão que cada sujeito faz, “reelabo- rando gerar desequilíbrios cognitivos (confli-
rando associações singulares que se ampliam e tos, problemas) em relação ao objeto de co-
ganham novos sentidos à medida que é capaz nhecimento a fim de possibilitar interações ati-
de desenvolver novas relações, envolver-se na re- vas com o conhecimento que levem o aluno a
solução de problemas que esclarecem novas uma aprendizagem significativa. Neste caso, o
questões abrindo-se para aprendizagens mais aluno utiliza diferentes processos mentais (ca-
complexas” 13 (p. 46). pacidade de levantar hipóteses, comparar, ana-
lisar, interpretar, avaliar), desenvolvendo capa-
cidade de assumir responsabilidade por sua
Sobre a aprendizagem baseada formação 11.
em problemas A partir do pioneirismo da Universidade de
McMaster, Canadá, no final dos anos de 1960, o
A ABP tem como base de inspiração “os princí- modelo da ABP se expandiu para muitas esco-
pios da Escola Ativa, do Método Científico, de las de Medicina em todo o mundo. Nota-se que,
um Ensino Integrado e Integrador dos conteú- embora os pioneiros de McMaster não façam ci-
dos, dos ciclos de estudo e das diferentes áreas tação explícita a Dewey, é possível detectar na
envolvidas, em que os alunos aprendem a apren- ABP fundamentos conceituais deste autor 14.
der e se preparam para resolver problemas rela- Muitas das características da APB já estavam
tivos a sua futura profissão” 6 (p. 152). Penafor- presentes em uma reforma curricular da Escola
te 14 complementa essa definição lembrando de Medicina da Universidade de Case Western
que a busca das origens filosóficas da ABP en- Reserve, nos anos de 1950, que incorporou e in-
contra suas raízes na teoria do conhecimento tegrou um conjunto de métodos e estratégias
do filósofo americano John Dewey, que se afir- instrucionais em laboratório multidisciplinar 18.
ma entre o último decênio do século XIX e o A Escola de Medicina de Harvard iniciou,
terceiro decênio do século XX por meio de mo- em 1984, uma proposta curricular em ABP, im-
plantada como programa curricular paralelo balho pode ocorrer de forma individual (cada
ao currículo tradicional, voluntário para estu- aluno), mas também incentiva o trabalho em
dantes de Medicina e para professores 19. Pas- grupo como produto das atividades indivi-
sados os primeiros anos e após uma avaliação duais. O grupo de tutoria constitui um fórum
comparativa entre o processo educacional tra- de discussão, apresentando-se como um labo-
dicional e o novo currículo, Harvard passou a ratório que possibilita uma aprendizagem so-
desenvolver um currículo único que “tinha co- bre a interação humana, constituindo-se numa
mo estratégias a ABP, o processo ensino-apren- oportunidade para aprender a ouvir, a receber
dizagem centrado no estudante e o resgate da e assimilar críticas 21.
relação médico-paciente como elemento agre- Os problemas são formulados e seleciona-
gador de conteúdos biopsicossociais” 20 (p. 164). dos para serem apresentados a cada período
Ainda que outras escolas americanas, cana- do curso, no qual se espera que os estudantes
denses e européias já tivessem adotado inova- consigam produzir alguma teoria, mas sempre
ções até mais radicais, a proposição de Harvard com a proposta de que uma teoria mais com-
“marcou a incorporação de um novo modelo no pleta seja buscada.
cerne das instituições de ensino e pesquisa de No Brasil, a Faculdade de Medicina de Ma-
indiscutível prestígio, gerando uma significati- rília (FAMEMA) e a Faculdade de Medicina do
va pressão para mudanças em outras institui- Centro de Ciências da Saúde da Universidade
ções” 20 (p. 164). de Londrina (UEL) optaram por um currículo
A ABP é, assim, considerada uma das mais em ABP. Na FAMEMA, o programa de ensino/
significativas inovações na educação médica aprendizagem centrado no estudante, baseado
nos últimos anos, surgindo como um movi- em problemas e orientado à comunidade, bus-
mento de reação aos currículos das escolas cou romper a dicotomia entre os ciclos básico
médicas sob a forte influência do modelo flexi- e clínico 21. Na UEL, a mudança não se referiu
neriano que privilegiava o modelo biomédico e ao método de ensino-aprendizado, mas a uma
o ensino centrado no hospital. Ela pode ser con- mudança de filosofia educacional que incluiu
siderada como o eixo principal do aprendizado a integração de disciplinas de forma vertical e
teórico de um currículo médico, objetivando o horizontal e a avaliação do estudante, não só
aprendizado de conteúdos cognitivos e a inte- somativa mas também formativa 22.
gração de disciplinas. Propõe-se a um trabalho A Escola de Saúde Pública do Ceará, no iní-
criativo do professor que estará preocupado cio dos anos 1990, iniciou um trabalho com a
não só com o “que”, mas, essencialmente, com ABP na perspectiva de formar profissionais cu-
o “por que” e o “como” o estudante aprende. riosos e impregnados pela idéia de compreen-
der a necessidade do aprendizado contínuo 23.
Nas últimas décadas, alguns autores passa-
Construção de um currículo centrado ram a se preocupar em entender as caracterís-
na aprendizagem baseada em problemas ticas de um currículo elaborado com base na
ABP, seus resultados e as ainda insolúveis ques-
A ABP é uma proposta de reestruturação curri- tões para avaliar o impacto da ABP como uma
cular que objetiva a integração de disciplinas nova proposta para a educação médica 24,25,26.
tendo em vista a prática. Para isso, organiza-se Porém, a literatura sobre a APB tem se caracte-
um elenco de situações que o aluno deverá sa- rizado mais pela descrição de experiências do
ber/dominar, considerando o tipo de organiza- que por uma análise crítica sobre o paradigma
ção curricular. “Este elenco é analisado situa- da solução de problemas e os modelos curricu-
ção por situação para que se determine que co- lares que a utilizam 18.
nhecimentos o aluno deverá possuir para cada
uma delas. São os denominados temas de estu-
do” 6 (p. 145). Cada um destes temas de estudo Trabalhando com a problematização
será transformado em um problema para ser
discutido em um grupo tutorial. A problematização tem, nos estudos de Paulo
Assim, um problema é apresentado a um Freire 8, a sua origem, enfatizando que os pro-
grupo de alunos por um professor tutor. Este blemas a serem estudados precisam valer-se de
problema, discutido em grupo, deve incentivar um cenário real. Os problemas obtidos pela
o levantamento de hipóteses para explicá-lo. A observação da realidade manifestam-se para
partir daí, objetivos serão traçados para melhor alunos e professores com todas as suas contra-
estudá-lo; pesquisas e estudos serão propostos dições, daí o caráter fortemente político do tra-
e nova discussão em grupo será feita para sín- balho pedagógico na problematização, marca-
tese e aplicação do novo conhecimento. O tra- do por uma postura crítica de educação. Edu-
ção tem por meta “o desenvolvimento da cons- uma teorização sobre o problema por intermé-
ciência crítica (...), e responde à essência de ser dio de entrevistas com especialistas e pesqui-
da consciência, que é a sua intencionalidade” 28 sas, buscando a contribuição da ciência para
(p. 24). esclarecimento do estudo. Haverá, então, apli-
Schall 29 cita a educadora Hortênsia de Hol- cação das hipóteses identificadas para a solu-
landa, na década de 1950, como pioneira no ção do problema, ocorrendo uma interação en-
campo da educação em Saúde, comparado-a tre estudante e objeto de estudo, com intuito
aos trabalhos de Paulo Freire. Hortênsia de Hol- de um diálogo transformador para ambos 31.
landa buscou um novo conceito de educação Para Berbel 6 (p. 144), a problematização
em Saúde, incluindo a possibilidade de troca e “constitui uma verdadeira metodologia, enten-
de construção conjunta do conhecimento en- dida como um conjunto de métodos, técnicas,
tre profissionais e população. procedimentos ou atividades intencionalmente
Diversos trabalhos, na área da Educação selecionados e organizados em cada etapa, de
em Saúde, vêm utilizando-se da problematiza- acordo com a natureza do problema em estudo
ção. Mello et al. 30 realizaram estudo sobre o e as condições gerais dos participantes”.
desenvolvimento de práticas de promoção à Na educação problematizadora, busca-se
Saúde e Educação, em Quixadá, no Ceará, com interpretar a realidade voltando-se à criação de
a utilização da metodologia da pesquisa parti- espaços contra-hegemônicos e contestatórios
cipante, articulando a construção do conheci- que possibilitem crítica, algumas vezes radical,
mento ao agir para a resolução de problemas à realidade estudada. Constatando e conhe-
de interesse coletivo. Internacionalmente, na cendo os problemas, tornamo-nos capazes de
área da Saúde, metodologias problematizado- intervir na realidade 27. Esta é a força da pro-
ras surgiram na década de 1980, em virtude da blematização para Paulo Freire: a possibilidade
de romper com uma leitura de dominação. Co- com todas as suas contradições, enquanto na
mo aponta Berbel 6 (p. 145), “está presente, nes- ABP o problema é apresentado aos alunos pelo
se processo, o exercício da práxis e a possibilida- professor-tutor 18.
de de formação da consciência da práxis”. A problematização é mais propícia para en-
corajar os alunos, em cada etapa de sua expe-
riência de aprendizagem, a refletirem sobre a
Aprendizagem baseada em problemas situação global de estudo de uma realidade
e problematização: duas propostas concreta, com seus conflitos e contradições.
que se distinguem Trata-se do estudo da realidade dinâmica e
complexa, como observa Berbel 6. Ambas aju-
As duas propostas são, em seus núcleos teóri- dam os alunos a reverem seu processo de apren-
cos constituintes, formulações distintas. A pro- dizagem; todavia, a problematização volta-se
blematização tem como objetivo fundamental com o fito de questionar o quanto determina-
“a mobilização do potencial social, político e da experiência mudou a compreensão, a apre-
ético dos alunos, que estudam cientificamente ensão, as atitudes e o comportamento de cada
para agir politicamente, como cidadãos e pro- membro do grupo (alunos e professores), vi-
fissionais em formação, como agentes sociais sando à consciência crítica e não apenas à com-
que participam da construção da história de preensão dos conceitos e mecanismos básicos
seu tempo, mesmo que em pequena dimensão” da ciência – objeto da ABP. Supera, portanto, o
6 (p. 145). É, portanto, uma proposta metodo- domínio cognitivo do conhecimento 18.
lógica que propõe-se desvendar a realidade pa- Na ABP, os estudantes começam o estudo as-
ra transformá-la. Sua maior contribuição é a sumindo que o paciente (do problema elabora-
mudança de mentalidade, exigindo de todos os do no papel) tem um problema e que sua tarefa
agentes sociais envolvidos no processo educa- será encontrar a causa do mesmo procurando
tivo a reavaliação de seus papéis, re-significan- enfrentá-lo por diferentes caminhos do estudo.
do, coletivamente, o processo de ensino-apren- A intenção do caso escrito na ABP, assim como o
dizagem. Há uma explicitação da intencionali- papel do tutor, é promover uma verdadeira in-
dade política no ato de educar. A problemati- vestigação por parte dos estudantes, evitando
zação insere-se numa concepção crítica de tratar o problema como um mero exercício de
educação. A ABP, inspirada na Escola Nova, pro- raciocínio imediato, desencorajando o mau uso
põe-se a preparar cognitivamente os alunos de referências no qual o aluno mata charadas. A
para resolver problemas relativos a temas es- intenção é promover a integração dos conteú-
pecíficos do ensino da profissão. dos utilizando diferentes processos mentais e
Enquanto metodologia de ensino, a proble- ultrapassando a memorização de diagnósticos
matização pode ser utilizada para o ensino de baseados em sinais e sintomas.
determinados temas de uma disciplina, pela Nas duas formulações, os estudantes levan-
especificidade do objeto de estudo. Nem sem- tam as hipóteses para explicar o problema em
pre é apropriada para todos os conteúdos. O estudo, e na problematização inclui-se um se-
desenvolvimento de uma prática apoiada na gundo momento de formulação de hipóteses
problematização não requer grandes mudan- para a solução e encaminhamento do proble-
ças materiais para sua implementação. A ABP é ma, como possibilidade de propor uma inter-
uma proposta que passa a direcionar toda a or- venção na realidade.
ganização curricular de um curso, havendo ne- O problema do cenário na ABP, por ser
cessidade de maior movimento do corpo do- construído no papel visando articular conteú-
cente, administrativo e acadêmico da institui- dos definidos, pode, às vezes, ficar descolado
ção para desenvolvê-la. Sua utilização deman- da realidade, enquanto a problematização,
da alterações estruturais e trabalho integrado apresentada em um cenário real, amplia a pos-
dos diversos departamentos e disciplinas que sibilidade de percepção da própria realidade.
compõem o currículo dos cursos. O ensino realizado com a metodologia da
Tanto a ABP como a problematização têm, problematização pode ser entendido como pos-
em comum, uma pergunta focal (o que está sível de ser aplicada tanto em um planejamen-
acontecendo?) como padrão para gerar novas to curricular como no planejamento de um
informações, mediante processos de análise e curso, de uma disciplina, ou, até mesmo, para
síntese. Mas o ponto de partida, os pressupos- o ensino de determinados temas de uma disci-
tos e a estrutura de trabalho desenvolvida, in- plina. Na ABP há de se rever conteúdos, possi-
clusive no campo afetivo, é diferente. O proble- bilidades de integração dos conteúdos e/ou
ma é mais abrangente na problematização, for- disciplinas e, ainda, abrir-se ao debate sobre o
mulando-se pela observação de uma realidade que é essencial para o aprendizado do estu-
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