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Trabalho top. Esp. His.

Da Índia

Bruno Glaab em seu estudo acerca do hinduísmo expõe questões variadas e de


considerável relevância para quem pretende saber alguns aspectos a respeito do tema abordado
e aos pesquisadores em particular, também é um bom ponto de partida para familiarizar-se com
o tema em suas generalidades. Assim, de acordo com Glaab o nome Hindu é oriundo do
tratamento de outros povos (muçulmanos e ocidentais), tornando-se generalizado apenas no
século XVIII. Nesse sentido, o hinduísmo tem sua gênese na Índia cuja cultural é
profundamente marcada por esse “conjunto de concepções e práticas religiosas” (GLAAB,
ANO apud DELUMEAU, 2000, p. 305), que é uma das mais antigas com cerca de 4 mil anos;
atualmente sua pratica segue predominante no país.

O hinduísmo tem algumas características marcantes como não ter um fundador nem
um período de fundação determinado, bem como variadas camadas de formação: “1ª 3.000 a.C.
Dravidicas – monoteístas, 2ª 2.500 a.C. deusa mãe, 3ª 1.500 a.C. invasores arianos subjugam
as demais camadas” (GLAAB, ANO, p. 2), por outro lado, de acordo com o autor, não existe
uma identidade nas expressões culturais e nas crenças embora haja unidade dentro dessa
‘quadro’ diverso. Uma da questão que une as variadas vertentes é que “as escolas hinduístas
acreditam na reencarnação” (GLAAB, ANO, p. 6). As variações se explicitam, por um lado, no
politeísmo e, por outro, na maior predominância que determinada divindade tem para umas das
tendências ou comunidade local.

“A existência humana, segundo o hinduísmo, é apenas uma aparência transitória que se


perpetua nas diversas reencarnações. Por isto, a salvação consiste em burlar o ciclo de
reencarnações. Não renascer é a salvação, pois só assim o SH1 se une ao absoluto e universal”
(GLAAB, ANO, p.7), nesse sentido, pode-se dizer a cultura, o modo de viver e as expressões
materiais (a arte, por exemplo) são profundamente ligadas a “religiosidade” hindu. O autor
conclui fazendo observações acerca das dificuldades para definir o Hinduísmo devido sua
pluralidade, contudo, ressalta que a característica que da unidade ao conjunto de concepções e
praticas é seu aspecto geográfico, isto é, sua matriz Indiana.

Dos aspectos abordados por Glaab, a referência que “em certos momentos os textos
sagrados dão a entender que o Ser Supremo se encarna em manifestações visíveis, ou em formas
materiais, para assim se dar a conhecer. Ou melhor, tornar-se acessíveis à humanidade”

1
O Upanishad: (800 a 300 a.C.) apresentam o SH como um microcosmo que reproduz o universo.
Explicações rituais e textos místicos secretos, escritos das selvas. (GLAAB, ANO, p.4)
(GLAAB, ANO, p. 3), é o ponto de ligação com Juan Rivière em seu estudo que apresenta
introdutoriamente a estética da arte da Índia como fundamentalmente distinta das noções
ocidentais. Nesse sentido, a materialização de uma atividade humana artística e “la beleza se
une más a lo espiritual que a la estética” (RAVIÈRE, ANO, p. 5)

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