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ANÁLISE GRAVIMÉTRICA

INTRODUÇÃO:
A análise gravimétrica é um dos mais acurados e
precisos métodos de análise macro-quantitativa. O
analito é seletivamente convertido em uma forma
insolúvel. O precipitado é separado, secado ou
calcinado e acuradamente pesado. A partir da massa
do precipitado e o conhecimento da sua composição
química, a massa do analito na forma desejada é
calculado.
ANÁLISE GRAVIMÉTRICA
Operações unitárias na análise gravimétrica:
Os passos requeridos em uma análise gravimentrica,
após a amostra ter sido dissolvida são:
• preparação da solução;
• precipitação;
• digestão;
• filtração;
• lavagem;
• secagem ou calcinação;
• pesagem;
• cálculos.
ANÁLISE GRAVIMÉTRICA
Exemplos:
• Solução de prata é tratada com excesso de NaCl ou KCl,
o precipitado é filtrado, lavado, para remoção de sais
solúveis, dessecado a 130 – 150O C e pesado como
AgCl.

Frequentemente o constituinte que se determina é


pesado numa forma diferente daquela que foi
precipitado.

• O magnésio é precipitado como fosfato de amônio e


magnésio, Mg(NH4)PO4.6H2O, mas é pesado, depois de
calcinação, como pirofosfato Mg2P2O7.
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Condições para precipitação analítica:

• o ppt deve ser suficientemente insolúvel (minimizar perdas);


• o ppt deve consistir de cristais largos (facilitar filtragem e diminuir
contaminação por adsorção superficial).

O tamanho das partículas de um precipitado é inversamente


proporcional à supersaturação relativa (SSR) da solução durante o
processo de precipitação:

• onde Q é a concentração dos reagentes misturados antes da


precipitação ocorrer e é conhecido como o grau de
supersaturação e S é a solubilidade do precipitado no equilíbrio.
• Se SSR for alta => formação de muitos cristais pequenos
• Se SSR for baixa => formação de poucos cristais, porém largos.
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Condições para precipitação analítica:
ANÁLISE GRAVIMÉTRICA
Assim, é preciso manter Q baixo e S alto durante o
processo de precipitação. Isso pode ser feito com as
seguintes condições experimentais:

• Fazer precipitação a partir de soluções de agente


precipitante diluído;
• adicionar agente precipitante lentamente e com
vigorosa agitação;
• fazer precipitação de soluções quentes.
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Digestão dos precipitados:
Consiste em se deixar o precipitado em repouso no líquido mãe por várias horas
para aumentar o tamanho dos cristais maiores às expensas dos precipitados
menores.
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Impurezas dos precipitados:

1: Oclusão: no processo de contaminação por oclusão, material que não


faz parte
do estrutura do cristal fica preso no seu interior;
2: Inclusão: ocorre quanto íons, geralmente de tamanho e carga similar aos
íons do precipitado tomam o lugar desses na estrutura cristalina;
ANÁLISE GRAVIMÉTRICA
Impurezas ocluídas ou incluídas são difíceis de serem
removidas. Digestão do ppt pode ajudar, mas não é
completamente efetiva. As impurezas não podem ser
removidas por lavagem. Purificação por redissolução e
reprecipitação pode ser o caminho.

3: Adsorção superficial: é a forma mais comum de


contaminação. Precipitados gelatinosos são os mais
problemáticos (alta área superficial). Digestão reduz a
área de superfície e, consequentemente, a adsorção
superficial;
4: Pós-precipitação: algumas vezes, quando o
precipitado fica em processo de digestão, uma segunda
substância irá lentamente formar um precipitado com o
agente precipitante e precipitar-se sobre o analito.
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Lavagem dos precipitados:


Substâncias coprecipitadas, especialmente aquelas sobre a
superfície do analito, podem ser removidas por lavagem do
precipitado. Muitos precipitados não podem ser lavados com
água pura, pois pode ocorrer peptização (redissolução de
precipitados coloidais).

Secagem e calcinação dos precipitados:


Se o precipitado está em uma forma conveniente para
pesagem, ele precisa ser aquecido para remover água. Isso
pode ser feito a uma temperatura de 1100C a 1200C por 1 a 2
horas. A calcinação, a qual é realizada a uma temperatura bem
maior, é utilizada quando o precipitado precisa ser convertido
a uma forma mais conveniente para pesagem.
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Precipitação homogênea:
Condições favoráveis para precipitação envolvem a utilização de uma
solução diluída de agente precipitante e a sua adição lentamente. Porém,
sempre haverá um excesso local de agente precipitante implicando em alta
supersaturação relativa . Uma maneira de se contornar esse problema é
gerar o agente precipitante in situ por meio de uma reação química que
ocorra uniformemente em toda a solução.

Ex.: Ureia como fonte de OH- in situ

(N2N2)CO + 3H2O  CO2 + 2NH + + 2OH-


4

para precipitar Al, Ga, Th, Bi, Fe, Sn, Cr, Fe

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