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E.E.

Profº Ossis Salvestrini Mendes 25 de Maio de 2015

Nome: Julia Lima de Oliveira

Nº 15

Série: 7º Ano A
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 3
2. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................ 3
2.1 REGIÃO NORTE ......................................................................................................... 3
2.2 REGIÃO NORDESTE ................................................................................................. 5
2.3 REGIÃO CENTRO-OESTE ....................................................................................... 10
2.4 REGIÃO SUDESTE .................................................................................................. 13
2.5 REGIÃO SUL............................................................................................................. 19
3. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 24
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1. INTRODUÇÃO

O Brasil é dividido em cinco regiões, Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Cada
uma possui características diferentes de clima e vegetação, população, alimentação, economia
e cultura.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 REGIÃO NORTE

Maior região do Brasil e segunda menos povoada corresponde à fantástica Amazônia, onde
tudo é grandioso. Cortada pelo Equador, tem uma parte situada no Hemisfério Norte.
Aqui está a maior floresta equatorial do planeta, que apresenta uma vegetação densa, com
árvores de até 60m de altura. Dos vinte maiores rios do mundo dez fazem parte da Bacia
Amazônica, que representa 1/5 das reservas de água doce existentes, principalmente o Rio
Amazonas, o mais caudaloso e mais extenso do mundo, com 6.840km, com até 50km de
largura no seu ponto mais largo, próximo a Gurupá/PA (a menor largura, em Óbidos/PA tem
2.600 metros). A força das águas amazônicas é tão grande que na sua foz (com
aproximadamente 320km de largura) o Rio Amazonas empurra o Oceano Atlântico para até
150km da costa, e é por isso que, quando o descobriu no ano de 1.500, o espanhol Vicente
Yanez Pinzón o chamou de “Mar Dulce”.
É aqui também que em alguns rios ocorre o fenômeno da “Pororoca”, uma perigosa onda
contínua com até 5m de altura, formada na subida da maré e que costumeiramente é
explorada por surfistas.
Sua fauna e sua flora exuberantes, com 1/3 das espécies vivas do planeta, fascinam e
apaixonam os especialistas e os visitantes. Abriga a metade das espécies de aves hoje
conhecidas, possui a maior diversidade de insetos, répteis e anfíbios. Possui mais espécies de
peixes que o oceano Atlântico. As águas da Amazônia também são ricas em caranguejos,
camarões, serpentes, tartarugas, botos (entre eles o boto cor-de-rosa), lontras, jacarés e até
tubarões, que sobem centenas de quilômetros nos rios em busca de peixes. Dezenas de
espécies de aves aquáticas exploram essas águas, ricas em alimentos. O maior roedor, as
maiores araras e papagaios, as maiores cobras, os maiores peixes (o pirarucu pode atingir
mais de 3 metros de comprimento e pesar 180 quilos) e as maiores árvores tropicais estão na
Amazônia. A diversidade de mamíferos, especialmente macacos e felinos é muito grande. Pelo
menos trinta espécies de macacos ocorrem na floresta amazônica.
Nesta região encontram-se: os dois maiores arquipélagos fluviais do mundo, Mariuá e
Anavilhanas, com o total de 1.100 ilhas (fonte: ProaManaus e Wikipédia), situados no Rio
Negro/AM; a maior Reserva Biológica inundada do planeta – Reserva de Desenvolvimento
Sustentável de Mamirauá, no Amazonas; a maior ilha fluvial do mundo, Ilha do Bananal, no Rio
Araguaia/TO e o arquipélago de Marajó/PA, situado na foz do Rio Amazonas, com a maior ilha
fluviomarítima do mundo, a de Marajó, com aproximadamente 50.000km², que também abriga
o maior rebanho de búfalos do país.
O relevo da Região Norte é caracterizado por baixas altitudes, a chamada planície
amazônica, onde ocorrem as Matas de Igapó, sempre inundadas, as Matas de Várzea, só
inundadas nas cheias dos rios e as Matas de Terra Firme, nunca inundadas e situadas nos
baixos planaltos da Amazônia. Mas aqui também ocorrem planaltos, e na serra de Imeri, no
Estado do Amazonas, nas proximidades da fronteira com a Venezuela, encontram-se os dois
pontos mais altos do relevo brasileiro, o pico da Neblina, com 2.994m e o pico 31 de Março,
com 2.992m de altitude (fonte: IBGE).
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O clima predominante é o equatorial, quente, úmido e semi-úmido, com temperaturas


médias em torno dos 24°C e 26°C (mínimo 18°C e máximo 39°C). Chove muito entre os meses
de novembro e junho, o que concorre para as cheias dos rios.
A maior parte da população, 61%, vive nas cidades. Cerca de 63,97% dos habitantes da
região são pardos, 28,49% são brancos e somente 1,18% são indígenas. Os negros, amarelos
e outros correspondem a 6,36% do total. O Pará é o estado mais populoso e o Acre, o Amapá
e Roraima estão entre os estados menos populosos do Brasil, sendo a soma de suas
populações menor que quatro milhões e quinhentos mil habitantes. Nesta região
vivem 37,87% dos indígenas brasileiros, distribuídos em várias etnias (fontes: IBGE e Funai). A
Região Norte tem as maiores taxas de crescimento populacional do Brasil.
Os sete Estados, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins são
compostos por 449 municípios, que ocupam grandes áreas, sendo o município de Altamira/PA
o maior do mundo, com 161.445,9km², maior que as áreas de 100 países do planeta terra, um
a um, e maior que os Estados de Alagoas, Sergipe, Rio de Janeiro e Espírito Santo juntos.
A ocupação da região ocorreu através de atividades ligadas ao extrativismo vegetal. No fim
do século XIX e início do século XX a exploração da borracha impulsionou o melhoramento das
principais cidades, como Manaus, capital do Amazonas e Belém, capital do Pará.
Posteriormente deu-se a extração mineral, com ouro e ferro, a partir da construção de estradas
interestaduais, como a Belém-Brasília, a Transamazônica, a Cuiabá-Santarém e a Cuiabá-
Porto Velho.
Atualmente a economia da Região Norte baseia-se na indústria eletro-eletrônica, de
motocicletas, químico-farmacêutica, gráfica e relojoeira, indústria de transformação de
minerais, de beneficiamento de matéria prima vegetal e alimentícia, mineração, extração de
petróleo e gás natural, agricultura, pesca, pecuária extensiva e extração vegetal, incluindo a de
madeira de lei.
As principais áreas de mineradoras são a Serra dos Carajás, no Pará, onde se explora o
ferro; a Serra do Navio, no Amapá, com a exploração de manganês; e Oriximiná, no norte do
Pará, de onde se retira bauxita para a produção de alumínio. A extração de petróleo e gás
natural é feita a partir de Urucu, no município de Coari, no Amazonas.
A região abriga as maiores propriedades rurais do planeta, destacando-se a Fazenda
Jarí/PA, maior do mundo, com 30.000km², área equivalente à do Estado de Sergipe. O Estado
do Pará tem enormes conflitos ligados à propriedade e exploração de terras e possui as
maiores áreas desmatadas na Amazônia, enquanto que o Amapá possui o maior índice de
preservação das florestas, quase intocadas.
Os rios amazônicos abrigam hidrelétricas como Samuel, em Rondônia, Balbina, no
Amazonas e Tucuruí, no Pará, que atende também a uma parte da Região Nordeste.
É necessário algum esforço para entender a Amazônia, repleta de características próprias.
Aqui tudo é longe e as distâncias são medidas em dias de viagem de barco através dos
milhares de rios, paranás e lagos amazônicos. Embora existam grandes cidades como Manaus
e Belém, que têm mais de um milhão e quinhentos mil habitantes cada uma, a região é toda
verde e existe muita água por todos os lados.
No centro da Amazônia, em consequência das dificuldades para a construção de estradas
de maior alcance, as propriedades e as populações rurais se distribuem nas margens dos rios
e lagos, onde predominam moradias e outras instalações montadas em palafitas, necessárias
para resistir às cheias periódicas. Quando os níveis das águas alcançam os soalhos das
palafitas os seus ocupantes constroem outros mais altos, e para o gado constroem estruturas
de madeira chamadas “marombas”. Existem ainda os “flutuantes”, que são edificações
construídas sobre enormes toras de madeira, que acompanham a subida e descida das águas
e podem até ser rebocados para qualquer outro lugar, ou outro rio.
Os meios de transporte mais utilizados são barcos e aviões, e existem aeroportos em quase
todos os municípios da região. O transporte por estradas só existe de verdade no sul e leste do
Pará, no sul do Amazonas, entre os municípios mais próximos de Manaus e nos estados do
Acre e Rondônia.
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Manaus, onde existe um polo industrial muito ativo, é um dos maiores centros de
movimentação de cargas do país e é servida pelo transporte rodoviário interestadual com
carretas embarcadas em balsas e transportadas até os portos de Belém/PA e Porto Velho/RO.
Existe uma estrada federal que liga Manaus a Boa Vista/RR e a partir daí liga a região ao
Caribe, através da Venezuela. O Rio Amazonas permite a navegação de navios de grande
porte, de qualquer calado, e Manaus também é servida por esse modal.
Com folclore próprio, as grandes atrações são o Festival Folclórico do Boi-Bumbá de
Parintins/AM, o Círio de Nazaré, em Belém/PA, o Çairé (com Ç mesmo), em Santarém/PA e as
danças típicas, Marujada, Carimbó e Cirandas. O artesanato se baseia em fibras naturais,
máscaras, cocares, e de cerâmicas Marajoaras e Tapajônicas. Nessa linha de artesanato são
confeccionadas joias de muito bom gosto, exóticas, mas sofisticadas, mescladas de ouro,
pedras preciosas e sementes da região.
A culinária amazônica tem grande diversidade, com destaque para peixes (assados e em
caldeiradas), como Pirarucu (bacalhau da Amazônia), Tambaqui, Tucunaré, Matrinxã e Jaraqui,
pato no tucupi, maniçoba, tacacá, tapiocas recheadas de tucumã e pupunha, doces, tortas e
outras iguarias feitos com cupuaçú, taperebá, castanha-do-pará etc.
A Amazônia é perfeita para o turismo ecológico, a pesca e a aventura. É aqui que a pesca
esportiva fluvial consegue recordes mundiais. Existem hotéis turísticos de nível internacional,
localizados dentro da selva, e grandes hotéis convencionais nas principais cidades. Os litorais
do Amapá e do Pará têm características próprias e incomuns e merecem ser visitados.
Correspondendo à sua disponibilidade de água os amazônidas sabem explorar bem as
atividades aquáticas para o lazer e o esporte, em belíssimos balneários e outros locais.

2.2 REGIÃO NORDESTE

A região Nordeste possui área equivalente à da Mongólia ou do estado do Amazonas,


população equivalente à da Itália e um IDH médio, comparável com El Salvador (2010). Em
comparação com as outras regiões brasileiras, tem a segunda maior população, o terceiro
maior território, o segundo maior colégio eleitoral (36 727 931 eleitores em 2010), o menor IDH
(2005) e o terceiro maior PIB (2009).
É a região brasileira que possui o maior número de estados (nove no
total): Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do
Norte e Sergipe. Em função de suas diferentes características físicas, a região é dividida em
quatro sub-regiões: meio-norte, sertão, agreste e zona da mata, tendo níveis muito variados
de desenvolvimento humano ao longo de suas zonas geográficas.

Meio-Norte: transição entre a Amazônia e o Sertão, também é conhecida como Mata dos
Cocais. Vai do Maranhão a oeste do Piauí;

Sertão: o clima é semi-árido e vegetação é a caatinga. Chega a quase sua totalidade no


interior nordestino, mas nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte alcança o litoral;

Agreste: transição entre o sertão e a zona da mata, é a menor sub-região do Nordeste. Vai
do Rio Grande do Norte até o sul da Bahia;

Zona da Mata: suas características são chuvas abundantes, é a zona mais urbanizada,
industrializada e economicamente desenvolvida da Região Nordeste. Localiza-se no leste da
região e vai do Rio Grande do Norte até o sul da Bahia; A região faz divisa ao norte e leste com
o oceano Atlântico, ao sul com Minas Gerais e Espírito Santo e a oeste com o Pará, Tocantins
e Goiás.
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Clima, Relevo e Vegetação

O relevo da Região Nordeste possui dois grandes planaltos: Borborema e bacia do rio
Parnaíba. Possui também chapadas como a chapada Diamantina, na Bahia, onde encontramos
o pico mais alto da região, o pico do Barbado com 2.033 metros de altitude. Além dos planaltos
já citados a região nordestina possui a depressão Sertaneja-São Francisco, parte dos planaltos
e serras do Leste-Oeste, planícies e tabuleiros litorâneos.
A Região Nordeste é conhecida por seus dias sempre ensolarados e clima ameno, mantém
temperatura média entre 20° e 28° C. Em áreas localizadas acima de 200m e no litoral oriental
a média é de 24° a 26°C. Existem alguns locais da região em que as temperaturas médias
chegam a ser inferiores a 20°C, que são na Chapada Diamantina e no Planalto da Borborema.
O índice de precipitação anual varia entre 300 à 2.000mm. O município de Cabaceiras na
Paraíba, tem média de menos de 300mm de precipitação por ano, sendo considerada por
conta disso a cidade mais seca do Brasil. Existem quatro tipos de clima na Região Nordeste:

Equatorial úmido: presente em uma pequena parte do Maranhão, na divisa com o Piauí;

Litorâneo úmido: vai do litoral da Bahia até o Rio Grande do Norte;

Tropical: está presente nos estados da Bahia, Maranhão Ceará e Piauí;

Tropical semi-árido: todo o sertão nordestino;

A vegetação da Região Nordeste varia bastante, existem trechos de Mata Atlântica,


restinga, caatinga, cerrado, manguezais, entre outros. Abaixo segue as vegetações mais
importantes:

Mata Atlântica: também conhecida como floresta tropical úmida, originalmente poderia ser
encontrada em toda faixa litorânea desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, mas
hoje devido a desmatamento só existe 5% da mata original;

Mata dos Cocais: vegetação de transição entre os climas semi-árido, equatorial e tropical.
Abrange os estados do Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte e parte do Ceará. Suas árvores
nativas são a carnaúba e o babaçu;

Cerrado: mesmo ocupando 25% do território brasileiro, no Nordeste ele só está presente no
sul do Maranhão e no oeste baiano. Suas características são árvores baixas, com galhos
tortos, gramínea e solo com alta acidez;

Caatinga: é a vegetação típica do sertão, muita rica ecologicamente suas principais


espécies são a aroeira, cactos, pereiro e leguminosas;

Vegetações litorâneas e matas ciliares: na vegetação litorânea podemos incluir os


mangues, restingas e dunas, importantes ecossistemas para preservação de rios e lagoas e
espécies de crustáceos, já as matas ciliares podem ser encontradas no cerrado ou na Zona da
Mata, são pequenas florestas nas beiras dos rios com bastante material orgânico no solo e são
responsáveis pela preservação dos rios e mares;

População

De acordo com dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui 190.755.799 habitantes, dos quais 53.081.950
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são nordestinos. Esse número faz com que o Nordeste seja a segunda Região mais populosa
do país, superada somente pelo Sudeste. Apesar de a Região Nordeste possuir uma
população absoluta elevada, o mesmo não acontece com a população relativa (cerca de
34hab./km2), ou seja, a densidade demográfica é baixa (método que avalia a quantidade de
habitante por km2 em um determinado território). Isso acontece pelo fato da Região ocupar
uma extensa área territorial.
Três grupos étnicos originaram a população Nordestina: os brancos, negros e indígenas. A
miscigenação étnica e cultural dessas três etnias foi o pilar para a composição da população do
Nordeste. Em algumas regiões predominam os caboclos, já em outras, os mulatos. Os cafuzos
(miscigenação entre índios e negros africanos ou seus descendentes) também são muito
comuns. E tem como herança genética 60,10% europeia, 29,30% africana e 8,90% indígena.
Outra característica ligada à população da Região é quanto à sua distribuição geográfica no
território, que ocorre de maneira irregular. Há uma grande disparidade populacional na Região,
enquanto existem áreas densamente povoadas, como a Zona da Mata e Agreste, em outras a
densidade demográfica é muito baixa, como no Sertão e no Meio-Norte.
Pelo menos 40% da população se encontra na sub-região da Zona da Mata, isso é
explicado pelo fato de ser a parte mais desenvolvida economicamente do Nordeste. É nela que
estão as principais cidades, além das empresas dos setores primários, secundários e terciários
que impulsionam a economia.
Muitos sertanejos migram para os principais centros urbanos localizados na sub-região,
fugindo da seca, miséria e falta de perspectivas do Sertão. Na esperança de uma vida melhor
vão para as grandes cidades nordestinas, como Salvador, Fortaleza, Recife e Natal, e, como
não possuem recursos, buscam moradias em bairros desprovidos de infra-estrutura e
marginalizados, agravando ainda mais os problemas sociais e urbanos.
A desigualdade não acontece somente quanto à distribuição geográfica da população, mas
também entre os próprios habitantes, enquanto a maioria da população sobrevive de maneira
precária, existe uma estreita camada da elite nordestina que vive nos mais altos padrões de
vida e consumo.

Alimentação

A culinária nordestina foi formada através da influência das culinárias portuguesa, indígena
e africana. A mistura de sabores e temperos foi, aos poucos, sendo formado durante o período
colonial.
Os pratos da culinária da região Nordeste caracterizam-se pela presença marcante de
temperos fortes e apimentados.
Carne seca (carne de sol ou jabá), peixes e frutos do mar são presenças marcantes quase
obrigatórias na culinária do Nordeste.
Os pratos típicos da culinária nordestina são: moqueca, vatapá, buchada de bode, acarajé,
sarapatel e sururu.
No café da manhã é comum a presença da tapioca (feita com farinha de mandioca) e o
cuzcuz (feito com farinha de milho e leite).
Como no Nordeste é grande a produção de cana-de-açúcar, o melado é muito usado na
elaboração de pratos doces. A rapadura também é muito consumida na região.
As frutas tropicais (manga, caju, abacaxi, acerola, etc.) são muito usadas na produção de
doces (compotas) e também consumidas in natura.
A canjica, que no Nordeste é feita com milho, é uma espécie de pudim, também muito
consumida como sobremesa.
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Cultura

O mais famoso evento do nordestino é o carnaval. Milhares de turistas são atraídos para o
carnaval do Nordeste, que se caracteriza pela riqueza musical e alegria dos foliões. O coco,
bambelô ou zamba é um estilo de dança muito praticado nos estados de Alagoas, Paraíba,
Pernambuco e Rio Grande do Norte. A dança é uma expressão das pessoas que mais
sofreram do Nordeste brasileiro. É uma dança de roda ou de fileiras, de pares, que vão ao
centro e desenvolvem movimentos ritmados.
O maracatu se originou em Recife, surgiu durante as procissões em louvor a Nossa
Senhora do Rosário dos Negros. Inicialmente tinha um cunho altamente religioso, hoje é uma
mistura de música primitiva e teatro. Reisado, ou Folia de Reis, é uma manifestação cultural
introduzida no Brasil colonial, trazida pelos portugueses. Os participantes dos Reisados
acreditam ser continuadores dos Reis Magos que vieram do Oriente para visitar o Menino
Jesus, em Belém. É um espetáculo popular das festas de natal e reis, cujo palco é a rua.
A Festa Junina, originada na região nordeste, é composta por música caipira,
apresentações de quadrilhas, comidas e bebidas típicas, além de muita alegria. Consiste em
uma homenagem a três santos católicos: Santo Antônio, São João e São Pedro.
A capoeira é considerada uma modalidade de luta e também de dança. Rapidamente
adquiriu adeptos nos estados nordestinos, principalmente na Bahia e Pernambuco. Os
instrumentos que são usados nas apresentações de capoeira são o berimbau, cabaça cortada,
caxixi, vareta e dobrão. O frevo surgiu através da capoeira, porque o capoeirista sai dançando
o frevo à frente das bandas de música. Quilombo é um folguedo tradicional alagoano, tema
brasileiro, revivendo a época do Brasil colonial. Conta a fuga dos escravos que foram buscar
um lugar seguro para se esconderem na serra da Barriga, formando o Quilombo dos Palmares.
Há também a festa de Iemanjá, um agradecimento à Rainha do Mar. Todas as pessoas que
têm “obrigação” com a Rainha do Mar se dirigem para a praia. Nesse evento cultural todos os
candomblés da Bahia se encontram. são levadas flores e outros presentes como oferenda à
Iemanjá.
Lavagem do Bonfim é um ritual típico baiano que se realizada numa quinta- feira do mês de
janeiro. Milhares de romeiros chegam ao Santuário do Senhor do Bonfim, considerado como o
Oxalá africano. O Candomblé é um culto dos orixás que representam as “forças que controlam
a natureza e seus fenômenos”. É de origem africana os, escravos que o trouxeram para o país,
na época do Brasil colonial. Na Bahia, esse culto é chamado de candomblé, em Pernambuco,
xangô e no Maranhão é conhecido como tambor de menina.
A Literatura de Cordel é uma das principais manifestações culturais nordestinas. Consiste
na elaboração de pequenos livros contendo histórias escritas em prosa ou verso, sobre os mais
variados assuntos.
O artesanato da região Nordeste é muito variado. Destacam-se as redes tecidas, rendas,
crivo, produtos de couro, cerâmica, madeira etc. Algumas comidas típicas do Nordeste
brasileiro são: moqueca, acarajé, abarás, feijoada à alagoana, cosido à baiana, mocotó, bobó
de inhame, casquinha de caranguejo, feitos de carne suína, de cabrito e de carneiro. De
sobremesa, são conhecidos os pratos: sorvetes, cocadas e alguns refrescos de frutas típicas
da região, como o açaí, manga, taperebá, caju, pitanga etc.

Economia

Na economia nordestina é predominante o setor primário (agricultura e pecuária). Estudos


feitos pela Fundação Getúlio Vargas apontam um aumento na renda da região nos últimos
anos impulsionada pelo fortalecimento da economia nacional e pelos programas de
transferência de recursos, como o Bolsa-Família. Porém esse aumento de renda não aumentou
a qualidade de vida das pessoas que habitam a região. Há alguns anos vem ocorrendo um
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investimento financeiro na região, que busca estabelecer desenvolvimento econômico em


diversos segmentos.
Uma das grandes influências no desenvolvimento econômico é a instalação de indústrias,
que alcançou altos níveis de crescimento com empresas regionais e com a entrada de muitas
indústrias filiais vindas de diversas partes do Brasil, especialmente do sudeste. Empresas dos
mais variados segmentos se transferem para a região, desde indústrias de base até de
tecnologia de ponta, isso porque os estados da região apresentam muitas vantagens
locacionais, como redução e/ou isenção de impostos, abundante mão de obra com baixo custo.
Podemos destacar áreas de grande desenvolvimento no campo industrial, como o Distrito
Industrial de Ilhéus (Bahia), o Complexo Industrial de Suape (Pernambuco), Distrito Industrial
de Maracanaú (Ceará). Na área de Tecnologia da Informação, podemos citar o Porto Digital do
Recife, que recebe destaque na produção de softwares.
Sua industrialização é mais diversificada nos bolsões industriais das Regiões
Metropolitanas: Salvador (Polo Petroquímico e fábrica de automóveis Ford), Recife (açúcar
refinado, produtos químicos, pescado industrializado, metalurgia, têxteis) e Fortaleza
(metalurgia, têxteis, calçados, cimento, alimentos). Campina Grande (Paraíba) também se
destaca no âmbito local com suas indústrias têxteis, mecânicas, metalúrgicas e calçadistas.
A maior parte das manufaturas consumidas vem de fora da região. A região Nordeste é a
segunda maior produtora de petróleo do Brasil. O estado do Rio Grande do Norte se destaca
no país em tal produção e no estado da Bahia está instalado o Polo Petroquímico de Camaçari,
um dos mais importantes do Brasil. O petróleo é explorado no litoral e na plataforma continental
e processado na refinaria do Landulfo Alves, em Salvador, e no próprio Polo Petroquímico de
Camaçari.
O Nordeste possui um grande rebanho bovino, tendo apenas no estado da Bahia oito
milhões de cabeças, mais ou menos. Porém, a região sofre com problemas de seca, assim, a
criação de caprinos, mais resistentes, tem maior importância econômica e alimentar. A
suinocultura, a avicultura, a ovinocultura e a caprinocultura (apropriada para o sertão) também
são atividades desenvolvidas na região, onde a maior parte da produção animal é consumida
na própria região.
Na agricultura destacam-se os cultivos tradicionais de cana-de-açúcar (Alagoas,
Pernambuco e Paraíba), algodão (Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte), tabaco (Bahia) e caju
(Paraíba, Ceará) e também se destaca a produção de frutas tropicais (manga, abacaxi, caju,
banana, acerola e goiaba) em regiões irrigadas, principalmente na Bahia e em Pernambuco.
Há também na região uma boa produção de mel. No sertão predomina a agricultura familiar de
subsistência, prejudicada pelas secas. Outra produção agrícola importante na economia é a
criação e comercialização do camarão, pois a região é favorecida climaticamente para esta
atividade.
O setor agrícola da região entrou em uma etapa de evolução com a mecanização e
modernização do campo. As áreas agrícolas do sertão, através de técnicas de irrigação, têm
conseguido um grande volume de produtividade em diferentes culturas. Além dessas culturas,
na Bahia e no Maranhão tem sido difundido o plantio de soja com a inserção de mecanização
com os mesmos padrões das regiões mais produtivas do Brasil através da correção de solos
do cerrado.
O turismo é uma importante fonte de renda para a região. Milhares de turistas estrangeiros
e de outras regiões brasileiras visitam anualmente o Nordeste. As características naturais como
a sua localização e seu clima atrai muito as pessoas (a região possui o maior percurso
litorâneo brasileiro). Os principais destinos desses turistas são: Salvador, Olinda e Recife, que
são conhecidos mundialmente pelo seu carnaval, e outras cidades litorâneas como Maceió,
Fortaleza, Natal, Porto de Galinhas, Fernando de Noronha, que possuem praias e paisagens
impressionantes. Outra atração para turistas são as festas de santos católicos populares, como
São João, São Pedro e Santo Antônio. Depois da desvalorização do Real (1999), o turismo de
brasileiros originários do Sudeste cresceu.
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Um contraste marcante na região Nordeste está na distribuição de renda. Algumas famílias


conseguem viver nos mais altos padrões de vida e consumo, porém são minoria, pois a maioria
da população sobrevive em condições precárias em praticamente todos os sentidos. PIB da
região Nordeste: R$ 397 bilhões (IBGE 2008) PIB per capita: R$ 7.487,55 (IBGE 2008)
Também pode se destacar nas atividades econômicas da região o artesanato, que é
importante para pequenas comunidades, sobretudo com o crescimento do turismo na região. A
atividade se concentra em Pernambuco (cerâmica), Paraíba (objetos de couro), Rio Grande do
Norte e Ceará (vidros com areia colorida, tecidos de renda e bordados, redes para dormir).

2.3 REGIÃO CENTRO-OESTE

A Região Centro-Oeste é composta pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul e o Distrito Federal, onde está situada a capital do país, Brasília.
Com a mudança da capital do Brasil do Rio de Janeiro para Brasília, em 1960, houve uma
grande mudança na região. O aumento da população e a construção de estradas e ferrovias
foram intensos. Atualmente, a taxa de urbanização da região é maior que 81%. Sua área total é
de 1.612.077,2 km², sendo a segunda maior região brasileira em território.

Clima, Relevo e Vegetação

O relevo da Região Centro-Oeste não possui lugares de grandes altitudes. Ele é composto
por três relevos predominantes:

Planalto Central: ocupa a maior parte da região e é formado por um grande bloco de
rochas cristalinas que são encobertas por rochas sedimentares. Existem algumas partes em
que as rochas cristalinas aparecem na superfície fazendo com que o relevo apresente
ondulações. Nas áreas onde as rochas sedimentares cobrem todo o relevo são formadas as
chapadas. As principais chapadas são: Chapada dos Parecis, Chapada dos Veadeiros e
Espigão Mestre que divide a Bacia do Tocantins da Bacia do São Francisco;

Planície do Pantanal: é uma planície que, periodicamente, é inundada pelo rio Paraguai e
tem formação recente. Está situada entre os planaltos Central, Meridional e o relevo pré-
andino;

Planalto Meridional: vai da região Sul até os estados do Mato Grosso do Sul e Goiás,
possui as terras mais férteis da região;

O clima predominante na Região Centro-Oeste é o tropical, com um verão chuvoso e um


inverno seco entre os meses de abril a dezembro. No inverno a temperatura média é de 18ºC e
no verão superior a 25ºC. Ao noroeste da Região Centro-Oeste pode ser encontrado o clima
equatorial por conta da floresta Amazônica. O índice de chuva na região varia de 2.000 a 3.000
mm ao norte de Mato Grosso e fica em torno de 1.250 mm no Pantanal mato-grossense.
Existe uma grande variedade na vegetação da Região Centro-Oeste.
No norte e oeste está presente a floresta Amazônica, porém boa parte da região é coberta pelo
cerrado e sua vegetação rasteira: árvores espaçadas com tronco retorcido e folhas duras e
arbustos baixos.
No Mato Grosso do Sul existe uma localidade isolada de campos limpos conhecido na
região como vacaria. Essa região é parecida com os pampas gaúchos. No verão são alagáveis
e possui diversificada vegetação, apresentando pontos de cerrado, caatinga e campos.
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População

A Região Centro-Oeste abrange uma área de 1 606 371 km², onde vivem 14.058.094
habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A
população absoluta do Centro-Oeste é a menor entre as demais Regiões (Sudeste, Sul, Norte
e Nordeste).
A distribuição populacional ao longo dessa região é irregular, tendo em vista que existem
áreas onde a densidade demográfica supera os 100 hab./Km², como o sul de Goiás e Mato
Grosso e oeste do Mato Grosso do Sul. Por outro lado, existem áreas onde a população
relativa não ultrapassa 1 hab./Km², como, por exemplo, o norte e o noroeste do Mato Grosso, o
norte de Goiás e a região do pantanal.
A população da região vem apresentando um acelerado crescimento vegetativo,
especialmente após a década de 60. Período que marcou o início da construção da capital
federal, Brasília.
Os projetos de incentivo ao povoamento foram outro fator que impulsionou a elevação no
número de habitantes, pois tais projetos ofereciam terras com preços baixos e acessos
facilitados a créditos bancários para quem se instalasse em determinadas áreas da Região.
Nas últimas décadas houve uma explosão demográfica, promovida basicamente pela
modernização e expansão agropecuária e a implantação de infraestruturas de transporte,
ligando a região aos diferentes pontos do país.
A região apresenta uma superioridade de habitantes urbanos em relação aos rurais,
gerando uma taxa de urbanização elevada, aproximadamente 88,8%; sendo a segunda nesse
quesito, superada somente pelo Sudeste.
A urbanização do Centro-Oeste se deve à construção de Brasília e à economia, por ser
voltada para a atividade agropecuária, que é desenvolvida de forma intensiva (atividade
agropecuária desenvolvida com aplicação de tecnologias, como máquinas, equipamentos,
entre outros), evitando a utilização de mão de obra no campo. Desse modo, não há muitos
postos de trabalho, fato que obriga as pessoas a buscarem emprego nos centros urbanos.

Alimentação

A região centro-oeste é a segunda maior região brasileira em dimensões geográficas,


porém, é a região menos populosa do país, tendo poucas cidades, e consequentemente um
número de pessoas relativamente baixo em relação às outras regiões. Mesmo assim a cultura
lá é extremamente densa.
Antigamente, como em todo país, só existiam índios na região, até a chegada dos
bandeirantes, que descobriram minas de ouro e fundaram os primeiros vilarejos. Nos dias de
hoje, o Centro-Oeste vem crescendo a cada dia, tanto nos segmentos populacionais quanto no
comércio.
Isso se deve aos avanços na área do transporte e comunicação que vem caracterizando
todas as regiões do globo desde o final do século XIX. É notável o fato que mesmo se
desenvolvendo ainda possamos ver uma região tão rica em cultura popular, como o artesanato,
as danças tradicionais e os ritmos musicais. O folclore ainda está vivo com suas lendas que
cada vez mais despertam a curiosidade dos turistas e das crianças.

Distrito Federal: Localizado em Goiás, o Distrito Federal é onde podemos encontrar


Brasília, capital da República. Podemos encontrar diversos tipos de pratos exóticos.
Esses são os pratos típicos de Brasília: filé de tatu, bife de capivara, pato no tucupi, carnes
de sol e de jacaré. Além disso, a gastronomia do Distrito Federal também possui uma
variedade de temperos que está presente em toda a região centro-oeste: jurubeba, pequi,
açafrão, gengibre etc.
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Goiás: Os bandeirantes trouxeram para o estado comidas típicas de outras regiões, como
feijão-tropeiro, carne-seca, toucinho, e o arroz de carreteiro, que em Goiás se chama Maria
Izabel. Outros pratos típicos de Goiás são: arroz com pequi, guariroba, peixe assado com
creme de coco, empadão recheado com frango, tutu com linguiça, manjar branco com calda de
ameixa.
No estado também podemos encontrar grande variedade de pimentas, que são apreciadas
pela população e pelos turistas, como é o caso da pimenta-bode. Entre as frutas, o povo
goiano gosta do pequi.

Mato Grosso: As receitas tradicionais do Mato Grosso são relativamente simples, com um
preparo rápido, porém, o sabor dos pratos típicos é algo de dar água na boca. A maioria dos
pratos típicos mato-grossenses utiliza carne e peixe como ingrediente principal.
Um dos pratos mais conhecidos é o Mojica, feito com Pintado. Outros peixes bastante
consumidos são o pacu, pacupeba, piraputanga, dourado e piabucu. O arroz com pequi
também é um prato muito apreciado, que vem acompanhado com banana-da-terra, assim
como toda a variedade de peixes.

Mato Grosso do Sul: Grande parte dos pratos é feita com carne e peixe. Assim como
acontece em Mato Grosso, os peixes são consumidos com a banana-da-terra. A culinária de
Mato Grosso do Sul recebeu influências gastronômicas de outros países como a Bolívia, de
onde originou o salteñas, pastéis recheado com frango e depois assados.
Do Paraguai veio as chipas, uma sopa muito saborosa. A população também tem o costume de
beber chá gelado, e comer bolo feito com milho. Entre outros pratos estão: Moqueca de peixe,
arroz-carreteiro com charque, caldo de piranha. As receitas do Mato Grosso do Sul combinam
sabores distintos, mas mantêm-se numa unidade.

Bebidas típicas

Basicamente não há grande diferença entre os estados no que diz respeito às bebidas
consumidas. São exemplos: Capilé, Chocolate goiano, Gengibirra, Jacuba, Leite de onça,
Licores, Ponche goiano, Sembereba, Vinho de Caju.

Cultura

A região Centro-Oeste é composta pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul e pelo Distrito Federal. Sua cultura é bem diversificada, com elementos da cultura indígena,
dos imigrantes paulistas, mineiros, gaúchos, bolivianos e paraguaios.
As principais manifestações culturais no estado de Goiás são: a Procissão do Fogaréu e as
Cavalhadas.
A Procissão do Fogaréu ocorre na cidade de Goiás durante as comemorações da Páscoa,
realizadas na quarta-feira da Semana Santa. Esse evento simboliza a busca e a prisão de
Cristo. Atrai aproximadamente 10 mil turistas, sendo o único lugar do Brasil que realiza essa
manifestação cultural.
Em Pirenópolis, ocorre uma das mais significativas Cavalhadas do Brasil, é uma
apresentação teatral ao ar livre que representa uma batalha medieval entre cavalheiros cristãos
(vestidos de azul) e cavalheiros mouros (vestidos de vermelho). Essa é uma das principais
atrações turísticas da Festa do Divino de Pirenópolis.
Outro elemento da cultura goiana é o tear manual, que em muitos lugares tornou-se peça de
museu. No entanto, em alguns municípios goianos ainda são encontradas tecelãs
confeccionando várias peças de tecido, agora valorizadas pelo turismo.
A culinária destaca-se pelos pratos típicos, como a galinhada com pequi e guariroba, o
empadão goiano e os diversos frutos do cerrado.
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O Mato Grosso apresenta como manifestação cultural o cururu, que pode ser dançado ou
em forma de desafio entre violeiros. A dança é realizada somente por homens em círculos, ao
som da viola de cocho, o reco-reco e o ganzá. Já os desafios são feitos por dois repentistas, e
o tempo é determinado pelo público. É um evento realizado, principalmente, durante as festas
do Divino e de São Benedito.
Outros elementos da pluralidade cultural do Mato Grosso são: Siriri, Rasqueado Cuiabano,
Viola-de-Cocho.
Destacam-se como elementos da culinária mato-grossense: o bolo de arroz, mojica de
pintado, Maria Isael e farofa de banana.
O artesanato é bem diversificado, destacam-se os objetos produzidos através da cerâmica,
as redes bordadas, as bolsas elaboradas com capim-dourado, a viola-de-cocho, entre outros.
Os elementos culturais do Mato Grosso do Sul apresentam grande semelhança com os do
Mato Grosso. Destacam-se as danças, como o cururu, siriri e guarânia. As festas juninas são
comemoradas com apresentações de quadrilhas, numa tentativa de resgate folclórico.
A culinária recebe bastante influência do Paraguai, desse país vem o gosto pelo mate
gelado, ou tererê. Também de influência paraguaia, são as chipas (espécie de pão de queijo) e
a sopa paraguaia. De origem boliviana, as salteñas, pastéis assados e recheados com frango,
são outro prato de grande importância da culinária estadual. Destacam-se também na culinária
local: o arroz carreteiro com guariroba, pamonha de milho verde e os pratos à base de peixes.
O Distrito Federal tem sua população composta por imigrantes de todas as regiões do
Brasil, esse fato interfere diretamente na sua construção cultural. Apresenta grande diversidade
na culinária, sotaques, costumes, comidas típicas e músicas. São principalmente nordestinos,
goianos, mineiros e paulistas, os responsáveis pela caracterização cultural do Distrito Federal.

Economia

E economia da região, baseou-se inicialmente, da exploração de garimpos de ouro e


diamantes, sendo posteriormente substituídas pela pecuária. A transferência da capital federal
do Rio de Janeiro para Brasília e a construção de novas vias de acesso, aceleraram o
povoamento, contribuindo para o seu desenvolvimento.
A economia do Centro-Oeste cresce em um ritmo semelhante ao do país. Isso faz com que
a região tenha, desde 1991, uma participação de 7,2% no PIB brasileiro, segundo o IPEA
(acima de US$ 40 bilhões em 1999).
A agroindústria é o setor mais importante da economia da região. Ela é a maior produtora
de soja, sorgo, algodão em pluma e girassol. Responde pela segunda maior produção de arroz
e pela terceira maior produção de milho do país. O Centro-Oeste possui também o maior
rebanho bovino do país, com cerca de 56 milhões de cabeças, principalmente em Mato Grosso
do Sul.
As indústrias são principalmente do setor de alimentos e de produtos como adubos,
fertilizantes e rações, além de frigoríficos e abatedouros. As maiores reservas de manganês do
país estão localizadas no maciço do Urucum, no Pantanal. Devido ao difícil acesso ao local,
tais reservas ainda são pouco exploradas.

2.4 REGIÃO SUDESTE

O Sudeste é composto por quatro estados: Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio
de Janeiro, totalizando uma área territorial de 924.511quilômetros quadrados.
Embora conte apenas com quatro unidades federativas, a região Sudeste é a mais populosa
do país. Segundo dados do IBGE referentes às estimativas para o ano de 2013, a região
alcançou os 84,4 milhões de habitantes, sendo que quase 20 milhões destes habitam a cidade
de São Paulo e sua região metropolitana. É também na região Sudeste que se registram as
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maiores densidades demográficas do país, com uma média de 91,3 habitantes para cada
quilômetro quadrado.
Além de concentrar a maior parte da população brasileira, a região Sudeste também
concentra a maior parte da renda média da população, sendo a região que mais contribui com
o Produto Interno Bruto do Brasil. Trata-se de um reflexo histórico, pois essa região carregou
sobre si a maior parte dos investimentos e produções agrícolas, sobretudo na era da economia
cafeeira, sendo também a primeira área do território nacional a industrializar-se.
Apesar de ser considerada a região mais moderna do país, a região Sudeste também
carrega consigo graves problemas socioambientais, quase todos vinculados ao que se chama
por macrocefalia urbana, o inchamento das grandes cidades. Dados do Censo Demográfico
de 2010 revelaram, por exemplo, que o Sudeste concentra mais da metade das favelas
brasileiras, notadamente nas capitais Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo. Vale lembrar
que nem todas as favelas encontram-se em áreas de morro ou carecem de estruturas sociais
básicas.

Clima, Relevo e Vegetação

Planícies e terras baixas costeiras: podem variar entre grandes baixadas e partes mais
estreitas favorecem a formação de costas altas, que entram em contato direto com o
oceano Atlântico. Formam muitas praias, restingas, lagoas costeiras e baías;

Serras e Planaltos do Leste e do Sudeste: são conhecidas também como planalto


Atlântico, é a parte mais acidentada da Região Sudeste. Sua característica é a formação de
muitas serras cristalinas muito antigas, principalmente em áreas erodidas. Essas serras
constituem a Serra do Mar. No oeste está localizado o Vale do Rio Paraíba do Sul, que
separa a Serra do Mar da Serra da Mantiqueira. Ao norte as serras se afastam do litoral e
dão origem a Serra do Espinhaço.
Ao norte de São Paulo e a oeste de Minas Gerais encontra-se a Serra da Canastra. Atrás
da serra do Espinhaço, no noroeste da região é possível encontrar as chapadas
sedimentares.
Na transição com a região Centro-Oeste destaca-se o Espigão Mestre, que é uma extensão
aplainada de rochas antigas e trabalhada pela erosão;

Planalto Meridional: constituído por rochas sedimentares ocupa o centro-oeste de São


Paulo e o oeste de Minas Gerais. É dividido em duas partes:

Planalto Arenito-basáltico: é constituído de rochas pouco resistentes como o arenito,


e outras muito resistentes, como o basalto que é de origem vulcânica. Esses tipos de
rochas favorecem o aparecimento de ”cuestas”, que são conhecidas popularmente
como serras. Um exemplo é a serra de Botucatu;

Depressão Periférica: encontra-se entre as serras e os planaltos do Leste e do


Sudeste. São regiões baixas e planas;

A Região Sudeste apresenta vários tipos de clima: tropical, tropical de altitude,


subtropical, litorâneo úmido e semi-árido. O clima tropical predomina nas baixadas
litorâneas do Rio de Janeiro, Espírito Santo, norte de Minas Gerais e oeste de São Paulo.
Apresenta temperaturas altas, com média de 22ºC, e duas estações bem marcadas: o verão
que é marcado pelas chuvas, e o inverno que é seco.
O tropical de altitude predomina as partes mais altas do relevo e mantém temperatura
média amena, em torno dos 18ºC. O clima Subtropical é marcado por chuvas bem distribuídas
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durante todo o ano, com temperatura média de 17ºC, predomina na região sul do estado de
São Paulo.
No norte de Minas Gerais predomina o clima semi-árido, com estação seca bem destacada
que pode durar até mais de cinco meses. As menores temperaturas registradas na região da
Serra da Mantiqueira, que está localizada na divisa de Minas Gerais com os estados de
Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro.
A vegetação da Região Sudeste varia de acordo com o clima e encontra-se bastante
devastada por causa da expansão agrícola. A Floresta Tropical é predominante na Região
Sudeste. Nas encostas próximas do oceano, a Mata Atlântica é bastante rica em árvores altas,
cipós, etc. Na medida em que ela adentra o continente, devido ao clima seco, a mata fica
menos densa.
Em algumas áreas do interior é possível encontrar matas ciliares na beira dos rios, e nas
áreas onde o solo predominante é impermeável, a vegetação encontrada é o cerrado com suas
árvores baixas, vegetação rasteira e arbustos. No norte de Minas Gerais a vegetação é a
caatinga por causa do seu clima semi-árido. Nas áreas mais altas da Região Sudeste, aparece
a mata de araucária. No planalto encontram-se os campos limpos, no de São Paulo e os
campos serranos no sul de Minas Gerais. No litoral da Região Sudeste a vegetação
predominante é a litorânea, típicas de praias.

População

A extensão territorial do sudeste é de 924.511,3 quilômetros quadrados. É o complexo


regional mais populoso e povoado do país, pois de acordo com dados do Censo Demográfico
realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
totaliza 80.364.410 habitantes. Sua densidade demográfica é de aproximadamente 87
habitantes por quilômetro quadrado. A distribuição da população da região Sudeste por estado
ocorre da seguinte forma:

São Paulo – 41.262.199 habitantes.


Minas Gerais – 19.597.330 habitantes.
Rio de Janeiro – 15.989.929 habitantes.
Espírito Santo – 3.514.952 habitantes.

A Região era habitada por tribos indígenas quando ocorreu a ocupação portuguesa. A
miscigenação do português com o índio teve início no século XVI, época em que se formaram
as primeiras cidades, como São Vicente, São Paulo e Rio de Janeiro. O negro foi trazido à
região para a realização do trabalho escravo e, consequentemente, contribuiu para a
diversidade étnica e cultural do Sudeste. Porém, foi com a expansão cafeeira no fim do século
XIX e início do século XX, que o Sudeste recebeu imigrantes de diferentes lugares do mundo,
principalmente italianos, japoneses, alemães, sírios e libaneses para trabalharem nas lavouras
de café. Os fluxos migratórios com destino à Região não cessaram. Posteriormente, vieram
espanhóis, coreanos, poloneses, suíços, holandeses, franceses, entre tantos outros. Estima-se
que são mais de 70 nacionalidades distintas, presentes na população do Sudeste.
Além dos imigrantes estrangeiros, os estados do Sudeste, em especial São Paulo, atraíram
– e ainda atraem – centenas de milhares de migrantes do território nacional, oriundos
principalmente dos estados do Nordeste.
Os Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) estão entre os melhores do Brasil: São
Paulo, 0,833; Rio de Janeiro, 0,832; Espírito Santo, 0,802 e Minas Gerais, 0,800. A maioria da
população reside em áreas urbanas (aproximadamente 93%), e as taxas de alfabetização, são
consideradas elevadas. No entanto, os estados sofrem com vários problemas urbanos, como
engarrafamentos, déficit de moradia, violência, poluição, etc.
16

Alimentação

A culinária da região sudeste é bastante rica. Tanto as culturas de doces como comidas
salgadas são bastante variadas e apreciadas no país inteiro. Sendo o sudeste uma das
primeiras regiões brasileiras a se tornar populosa, e tendo em seu início, no mínimo, três
culturas diferentes (índios, portugueses e negros) a formação cultural e também da culinária
pôde contar com diferentes influências e se tornou bem heterogenia.
O Rio de Janeiro, por exemplo, tem como prato marcante a feijoada. O prato é um símbolo
nacional, mas é bastante consumido no estado, o que o leva a ter uma forma própria de
desenvolvê-la. A receita carioca inclui carnes salgadas (como carne-de-sol), folhas de louro,
várias partes de porco, cebola e uma laranja (para ajudar a deixar a feijoada menos salgada).
Como cidade turística de grande população e variados gostos, ligado ao fato de, assim como
São Paulo, ser muito industrializada, o Rio de Janeiro tem dentro do estado vários restaurantes
que oferecem os mais variados tipos de comida.
São Paulo é um verdadeiro polo gastronômico com restaurantes para todos os gostos.
Existem diversos lugares no estado que disponibilizam diversos tipos de alimentação, sendo
apelidado, por alguns, de “capital gastronômica mundial”. Por ser uma típica “cidade grande”,
tem grande quantidade de redes de “fast-food” que são muito usadas pelos habitantes. A típica
cozinha paulistana possui três pratos principais: galinha d'Angola à paulista, empadinhas de
Cananeia e o cuscuz paulista, sendo esse último o de maior visibilidade nacional. O ponto forte
da parte gastronômica em São Paulo é resultado da influencia italiana: as pizzas e massas são
famosas.
Espírito Santo tem tradição na área gastronômica por causa dos pratos como as tortas
capixabas de vários sabores, o pirão, mas, principalmente, pela moqueca. Esse último é
apontado como o prato símbolo da cozinha capixaba. Pode ser feita com siri, peixes, camarão
e ainda outros frutos do mar. O prato é herança da culinária indígena e faz muito sucesso entre
os habitantes do estado.
De todos os estados que compõem a região sudeste, o mais tradicional na gastronomia é
Minas Gerais. A culinária mineira é nacionalmente famosa, tendo várias comidas típicas e que
caíram no gosto popular. O pão de queijo mineiro, por exemplo, é apreciado em todo o Brasil.
Além desse, o tutu de feijão, feijão tropeiro (outro prato de expressividade nacional), galinha ao
molho pardo, leitoa à pururuca, frango com quiabo e muitos outros. Além dos pratos, o queijo
mineiro e o doce de leite são muito apreciados.

Cultura

Apresenta grande pluralidade cultural, com manifestações de origem indígena, africana,


europeia e asiática.
As manifestações culturais da Região ocorrem através de elementos como:

Congada – A presença desse bailado popular é assinalada no Brasil colônia e ocorre do


Ceará ao Rio Grande do Sul. Na congada existem dois grupos de negros que entram em
luta. É a luta do Bem contra o Mal. O Bem é representado pelos cristãos, o Mal é o grupo de
mouros. O Bem usa roupa azul, e o mal, vermelha. Há lutas, embaixadas, cantos, e sempre
os cristãos vencem os mouros, que são batizados. E todos juntos fazem a festa em louvor a
São Benedito, padroeiro dos negros em todo o Brasil. As violas, o canzá (reco-reco), caixas,
tambores, acompanham os cantadores.

Fandango – nas cidades do litoral paulista é muito popular. O fandango é rufado com
passos marcados, com batidas de pés, é dançado até meia-noite. Depois dançam os
fandangos valsados, mais calmos.
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Batuque – dança de origem africana, do ritual da procissão. É uma festa muito popular nas
cidades do interior de São Paulo, nas festas do Divino Espírito Santo, ou nas festas juninas.
O batuque é dançado em terreiro ou praça pública. Uma fileira de homens fica a 15 metros
de distância das mulheres, quando começa a dança, os homens se aproximam das
mulheres e encostam suas barrigas por três vezes na companheira.

Samba de Lenço – é uma dança de origem africana, ele é sambado no meio urbano
(samba de salão), e no meio rural há três modalidades: samba de roda, samba de
campineiro e samba de lenço.

Carnaval – Evento carioca mais famoso do mundo atrai turistas brasileiros e estrangeiros
para prestigiarem os desfiles das escolas de samba. Esse evento também tem se
destacado no estado de São Paulo.

Dança de Velhos – A dança aparece durante as festas do Divino Espírito Santo. Ainda
existe no litoral fluminense, em Parati e Angra dos Reis. E também nas cidades paulistas de
Cunha e São Luís do Paraitinga.

Festa de Iemanjá – Iemanjá é a mais prestigiada entidade feminina do Candomblé,


Umbanda e Macumba. O culto à Iemanjá é realizado na noite de 31 de dezembro para 1° de
janeiro. Nesse dia os devotos vão prestar sua homenagem. Quando a noite vem chegando,
milhares de fiéis dirigem-se para a praia, e todos festejam a Rainha do Mar, protetora das
viagens marítimas e mãe de todos os orixás. As pessoas levam presentes, flores, comidas e
bebidas.

Folia de Reis ou Reisado – Folia de Reis, folguedo que ocorre no período do Natal, de 24
de dezembro a 6 de janeiro, é o dia dedicado aos Santos Reis. A formação das folias se
difere conforme o lugar, mas há sempre um mestre, líder maior, responsável pela cantoria e
pela coordenação geral do grupo. Seu auxiliar é o contramestre, que angaria os donativos e
o substitui em caso de necessidade. Algumas folias trazem a figura do embaixador, que
pede licença para entrar nas casas, pronuncia as profecias e lembra as palavras escritas
pelos profetas a respeito do nascimento de Cristo. Há os instrumentistas e cantores e
algumas trazem os reis, representando os três reis magos.

Dança de São Gonçalo – As moças se vestem de branco, rosa ou azul. Cada figurante
conduz um arco de madeira enfeitado de papel de seda da cor do vestido. Em certos
lugares, um único homem participa da dança e comanda a função, trajado de branco, o qual
desempenha o papel de São Gonçalo.

Caiapó – é um bailado de influência indígena. Aparece em diversos estados do Brasil, com


variações: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais.

Ticumbi – é uma versão capixaba da Congada. Só é encontrada no estado do Espírito


Santo, é uma dança dramática guerreira. É praticada por negros que se vestem de branco,
usam batas longas enfeitadas de fitas muito coloridas.

Economia

A economia da região sudeste é a mais forte do Brasil. Aliás, ela é a mais forte desde o
tempo período “café com leite”, em que essas duas mercadorias eram as mais importantes
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para a capitalização brasileira. Tendo São Paulo como principal estado nesse quesito, essa
região ainda conta com o forte turismo do Rio de Janeiro, a pecuária de Minas Gerais e o
estruturado ramo de exploração de petróleo no Espírito Santo (sendo esse o segundo maior
explorador do Brasil).
A herança econômica da época do “café com leite” é a força da agricultura dessa região. A
produção de cana-de-açúcar (produto cada vez mais usado para consumo e para fabricar
combustíveis) do sudeste é a maior do país. A razão para esse ramo ser tão lucrativo nessa
parte do país é o ótimo solo (terra roxa) para plantio. As culturas de plantio mais comuns nessa
região são a soja, cana-de-açúcar, milho, arroz, mandioca, feijão e café, sendo que esse último
ocorre em menos áreas do que era no passado. A agricultura é uma atividade econômica
presente em todos os quatro estados brasileiros da região.
É o local mais industrializado do Brasil e o ramo industrial é diversificado e forte. Alguns dos
mais importantes ramos industriais da região são: as automobilista (com mais força em São
Paulo), siderúrgica (em toda a região), petroquímica (RJ, SP, MG), navais (RJ) petrolífera (RJ e
ES).
Na área de industrialização, São Paulo está muito à frente da região e do restante do país.
Ela é detentora de um dos 10 maiores PIBs do mundo. Em 2005, segundo estudos do IBGE, só
São Paulo contribuiu com 12,26% do PIB nacional, o que significa um PIB de R$
263.177.148.000,00. O estado, além de contar com uma fortíssima atividade econômica, vem
crescendo no setor terciário da economia (setor do comércio de mercadorias diversas,
oferecimento de serviços comerciais e pessoais a terceiros ou comunitários).
A produção científica dessa região também é notável. As cidades de São Paulo, Rio de
Janeiro e Campinas são grandes polos de pesquisa do Brasil. Ligada ás pesquisas estão à
parte tecnológica, chamada “vale do silício” brasileira. É uma região que engloba São Paulo,
Campinas, São Carlos e São José dos Campos. As indústrias siderúrgicas e metalúrgicas têm
presença principalmente nos estado de Minas e Espírito santo. Em Minas, está a Usiminas
(maior produtora de aço bruto do Brasil). Já em Vitória, capital do Espírito Santo, está a
companhia siderúrgica de Tubarão, que é a terceira maior siderúrgica do Brasil. Destaca-se
também a cidade de Volta Redonda, cidade com umas das maiores capacidades de produção
de aço bruto da América Latina.
A questão petrolífera também está presente nessa região. A bacia de Campos, localizada
no Rio de Janeiro, é responsável pela maior parte do petróleo consumido no país. No segundo
lugar de produção petrolífera está o estado do Espírito Santo.
O Espírito Santo tem sua economia basicamente voltada para o oferecimento de serviços e
para atividade industrial: siderurgia e petrolífera. O estado é um grande exportador de ferro,
granito e na indústria petrolífera, é o segundo maior produtor de petróleo e gás natural e sua
produção só tende a crescer depois que foram descobertas grandes quantidades de petróleo
em 2002 e, recentemente com a descoberta do pré-sal.
O Rio de Janeiro segue a linha dos outros estados da região e também tem grande parte de
seu PIB relacionado às prestações de serviços. No caso do Rio de Janeiro, as áreas de
serviços como em telecomunicações, tecnologia da informação, vendas de mercadorias
diversas e ecoturismo são muito presentes. Prova disso é que 62,1% do seu PIB estão
relacionados com a prestação de serviços; em segundo lugar, vem o ramo industrial com
37,5%. No ramo industrial, as siderúrgicas (como a CSN em Volta Redonda) e a exploração de
petróleo (80% do petróleo brasileiro é retirado desse estado) são as mais marcantes.
O estado de Minas Gerais é o terceiro estado mais rico da região e do Brasil (só perde para
São Paulo e Rio de Janeiro) assim como o maior parque industrial do país (ficando atrás dos
mesmos estados). Tem a economia equilibrada entre serviços e indústrias, sendo que, além
dessas duas áreas, ainda existe a agricultura. Na parte industrial, a de energia é a que recebe
maior destaque: a produção de energia de Minas Gerais consiste em aproximadamente 17%
da produção nacional. Outra parte importante da economia mineira é a produção tecnológica,
com participação no chamado “vale do silício brasileiro”.
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2.5 REGIÃO SUL


A Região Sul é composta por três estados: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Com 576.409,6 km² de extensão, é a menor região do Brasil fazendo fronteira com a região
sudeste e centro-oeste, além dos países Uruguai, Paraguai e Argentina.
Com grande influência europeia devido à imigração no século XIX, principalmente alemã e
italiana, é possível notar a marca de seus costumes na arquitetura de algumas cidades, no
idioma e na culinária, além de introduzirem a policultura e o sistema de pequenas propriedades
na região. Algumas cidades do Sul celebram as tradições dos imigrantes em festas típicas,
como a Oktoberfest, em Blumenau (SC) e a Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS).

Clima, Relevo e Vegetação

O relevo da Região Sul é dominado, em sua maior parte, pelo planalto, algumas planícies e
a campanha gaúcha. O planalto da Região Sul é dividido em Planalto Atlântico ou Cristalino e o
Planalto Meridional que é subdividido em Planalto arenito-basáltico e Depressão periférica.

O planalto Cristalino ocupa grande parte do Paraná, onde forma a Serra do Mar e uma
pequena parte de Santa Catarina.

O Planalto Meridional ocupa a maior parte da região Sul, com extensões de arenito e
basalto, sendo dividido em duas partes:

Planalto Arenito-basáltico: Acidente geográfico onde a diferença de resistência entre o


basalto e o arenito forma ”cuestas”, mais conhecidas na região como serras. Um
exemplo é a Serra Geral em Santa Catarina;

Depressão Periférica: É uma área estreita e rebaixada com nome de planalto dos
Campos Gerais no Paraná, e Depressão Central, no Rio Grande do Sul.

O clima da Região Sul é o subtropical, exceto pelo norte do Paraná onde predomina o clima
tropical. Com grandes variações de temperatura, é a região mais fria do país onde, durante o
inverno ocorrem geadas, e em algumas localidades como a região central do Paraná, e o
planalto serrano do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, pode ocorrer até neve. As estações
do ano são bastante diferenciadas e as chuvas caem sobre toda a região com uma certa
regularidade durante todo o ano, mas no norte do Paraná elas se concentram no verão.
A vegetação do Sul é bastante diversificada, apesar de ser lembrada pela Mata de araucária
e os Pampas gaúchos. A Mata de Araucária, hoje em dia bastante devastada devido
principalmente pela expansão agrícola e desmatamento, está situada nas partes mais altas dos
planaltos, onde se pode encontrar o pinheiro-do-Paraná, imbuia e a erva-mate, plantas
características desse tipo de vegetação.
Existem grandes expansões de campos na Região Sul, os campos meridionais, que são
divididos em Campos de planaltos que vão do Paraná até o norte do Rio Grande do Sul e os
Campos da campanha situados nos pampas gaúchos com vegetação de coxilhas e ervas
rasteiras.
No litoral da região existe a vegetação costeira com mangues, praias e restingas que se
assemelham a outras regiões do Brasil.
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População

A Região Sul do Brasil é a terceira macrorregião mais populosa do país, segundo contagem
populacional realizada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
totalizando 27.386.891 habitantes. Sua densidade demográfica é de aproximadamente 47,5
habitantes por quilômetro quadrado. A distribuição populacional na região Sul ocorre da
seguinte forma:

Rio Grande do Sul – 10.693.929 habitantes.


Santa Catarina – 6.248.436 habitantes.
Paraná – 10.444.526 habitantes.
Os índios foram os primeiros habitantes do território que atualmente corresponde à região
Sul. Posteriormente, chegaram os espanhóis e portugueses com as missões jesuíticas, além
dos negros para o trabalho escravo. Entretanto, os fluxos migratórios para o Sul se
intensificaram no fim do século XIX, através de doação de terrenos para a ocupação e
desenvolvimento econômico da Região.
Os imigrantes europeus contribuíram para o desenvolvimento da economia, baseada na
pequena e média propriedade rural de policultura (cultivo de vários produtos agrícolas). O Rio
Grande do Sul recebeu imigrantes italianos, eslavos e alemães. Em Santa Catarina, açorianos
colonizaram o litoral; alemães, a região norte; e italianos, o planalto e a porção oeste. No
Paraná, houve fluxos migratórios de italianos, alemães e japoneses; mais recentemente,
paraguaios na fronteira oeste.
No contexto nacional, os paulistas e mato-grossenses migraram em grande número para os
estados sulistas, principalmente para as lavouras do norte do Paraná.
Os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná são reconhecidos pela
qualidade de vida que proporcionam para seus habitantes. A região apresenta os melhores
indicadores de mortalidade infantil, educação e saúde do país, além de deter a segunda melhor
renda per capita, inferior apenas ao Sudeste. Os estados do Sul estão entre os seis melhores
na média do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): Santa Catariana 0,840 (2° posição no
ranking nacional), Rio Grande do Sul 0,830 (5° posição) e Paraná 0,820 (6° posição).
Porém, a intensificação do processo de mecanização das atividades agrícolas proporcionou
o êxodo rural em larga escala, contribuindo para o crescimento desordenado de alguns centros
urbanos, além de intensificar as desigualdades sociais.

Alimentação

A culinária é marcada pelo pirão de peixe, no sul do Estado; e os pratos alemães e a marreca,
no norte. Na capital, o destaque é o camarão.

Paraná
A culinária dos paranaenses foi influenciada pelos diversos imigrantes que habitaram e
vivem na região. Os índios brasileiros que viviam no Paraná introduziram o consumo de pinhão
nas refeições e o consumo da erva-mate. Além disso, a cultura indígena acrescentou frutas e
raízes na culinária do estado.
Um dos principais pratos típicos dessa região é o barreado, consumido em várias cidades.
Esse prato, feito com carne, toucinho e temperos recebe esse nome por causa da expressão
'barrear a panela', evitando que o vapor saia e o cozido fique frio rapidamente. O barreado
sofreu influências de Portugal e significa fartura e alegria.
Além disso, os paranaenses consomem muitos peixes, porco no rolete e a carne de
carneiro. O carneiro é consumido em um prato cozido de carneiro, feito com a ajuda de um
buraco no chão que recebe lenha e a panela com os ingredientes. Posteriormente, ele é
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tampado com folhas de bananeira para assar. Pode ser consumido com arroz, pirão e outros
acompanhamentos.

Pratos Típicos: Barreado, Carneiro no Buraco, Pinhão –Chimarrão, Tererê, Dourado


Assado.

Santa Catarina
Com uma região litorânea ampla, Santa Catarina possui diversos pratos típicos baseados
no consumo de frutos do mar. Além disso, seus pratos são influenciados pela colonização dos
portugueses que consumiam esse tipo de alimento e preparavam em caldos e ensopados. Os
peixes também são bastante consumidos pelos moradores e os frutos do mar mais admirados
e consumidos são a lagosta, o camarão, as ostras e os mariscos.
Já a influência dos alemães, que chegaram à região, foi introduzir outros ingredientes, como
a carne de porco na cerveja e carne de marreco. Outros alimentos influenciados por imigrantes
são as sopas de batata, tortas, salames, pães e vinhos.

Pratos Típicos: Marreco com repolho roxo, Bijajica, Camarão.

Rio Grande do Sul


Os principais pratos típicos do Rio Grande do Sul foram influenciados pelos italianos e
alemães. Os principais são: polenta, galeto, carnes defumadas, linguiças, pães, bolos, dentre
outros. Entretanto, o prato mais conhecido é o famoso churrasco gaúcho que é feito com
detalhes que acrescentam na cultura gaúcha. Essa culinária sofreu influências de espanhóis,
portugueses e índios.
Outro prato característico do estado é o arroz carreteiro, feito com carne de charque que
começou a ser consumido nas carreatas feitas pelos gaúchos pelos pampas a fim de conhecer
partes do Rio Grande do Sul ainda sem habitantes. Apesar das carreatas não ocorrerem mais,
o prato ainda é muito consumido na região e no país.
Chimarrão: Um dos símbolos dos gaúchos, o chimarrão é consumido pelas pessoas
diariamente em diversos lugares. É o chá da ervas mate quente que é colocado na cuia. Ela é
dividida entre amigos e familiares. O consumo dessa erva começou na cidade de Assunción
del Paraguay. Soldados espanhóis bebiam muito e perceberam que ao tomar o chá de ervas
consumido pelos índios da tribo guarani, eles conseguiam diminuir os efeitos da ressaca.
Enquanto no Brasil a erva é socada, no Uruguai e na Argentina ela é triturada. Possui
significados como reconciliação e hospitalidade.

Pratos Típicos: Quibebe (pirão de abóbora), Rabada (rabo de boi temperado com tomates,
pimentão, suco de limão e vinagre), Puchero (sopa com vegetais e carnes bovinas ou linguiça),
Churrasco.

Cultura

A região Sul do Brasil é composta pelos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa
Catarina. Apresenta grande diversidade cultural, as maiores influências culturais são dos
imigrantes europeus.

Rio Grande do Sul


Os gaúchos dos pampas, ou das cidades, formam um povo alegre e rico em tradições.
Grande parte dos seus aspectos culturais é oriunda dos imigrantes alemães, que habitaram a
região por volta de 1824. Os italianos, espanhóis e portugueses também contribuíram para a
riqueza cultural desse Estado.
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O gaúcho, que não dispensa a bombacha, o lenço e o poncho, aprecia o chimarrão e o


churrasco.
Grande parte das danças gaúchas é de origem portuguesa, se destaca também as danças
espanholas, como a tirana e o anu.
A festa de Nossa Senhora dos Navegantes, de origem portuguesa, é realizada em Porto
Alegre no dia 2 de fevereiro, no rio Guaíba, onde centenas de barcos e milhares de fiéis
devotos participam da procissão fluvial. É também chamada pelo povo de festa das Melancias.
Algumas cidades do Sul ainda celebram as tradições dos antepassados em festas típicas,
como a Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS).

Paraná
Os migrantes chegaram a partir de 1850: alemães, italianos, poloneses, ucranianos,
holandeses, etc. Eles influenciaram fortemente a cultura da região. Além dos colonizadores
portugueses, que deixaram sua marca nos usos e costumes e no linguajar cantado dos
paranaenses.
No Paraná, a culinária inclui o barreado, um cozido de carne. É um prato caboclo típico do
litoral. Ele é preparado com carne bovina, toucinho e temperos colocados em uma panela de
barro. Ela é enterrada e acende-se por cima uma fogueira. Após 12 horas de cozimento, a
iguaria está pronta.
Os colonos imigrantes chegaram a partir do século XIX. No entanto, mais tarde o Estado
recebeu grande influência dos colonos italianos e alemães.
Nesta região do Brasil há uma grande quantidade de casas com arquitetura tipicamente
europeia.
Os imigrantes se adaptaram facilmente ao clima subtropical da região e muito contribuíram
na cultura vinhateira, na triticultura (cultura com trigo), linho, algodão, cânhamo e mandioca.
Alguns eventos culturais são marcantes, e mobilizam várias pessoas. O boi-de-mamão, por
exemplo, vai do Natal ao Carnaval. Começa com as prendas e pedidos de ajuda e termina com
a morte e ressurreição do boi.
A dança de fitas é uma tradição milenar. É uma dança ariana antiquíssima. É feito um pau
de fita, cujo mastro é sustentado no centro da dança por um menino. Da ponta do mastro saem
pares de fita. Executam as figurações segurando a ponta das suas fitas, dançando, traçando as
fitas em torno do mastro central.

Santa Catarina
Em Santa Catarina o boi na vara ainda é praticado. É uma espécie de tourada praticada. O
boi, preso numa vara com uma corda, investe num boneco; até o esgotamento. Outras vezes
soltam os animais e os homens saem correndo, derrubam o boi e despedaçam-no.
Outro evento cultural no estado é a Oktoberfest, em Blumenau (SC), tradicional festa da
cerveja.

Economia

No que se refere aos aspectos econômicos da Região Sul, a melhor maneira de explicar a
distribuição das atividades primárias, secundárias e terciárias é importante elaborar análises
desses três setores econômicos por partes e separadamente, observando cada uma delas.
Extrativismo
O extrativismo na Região Sul, apesar de ser uma atividade econômica complementar, é
bastante desenvolvido em suas três modalidades:
Extrativismo vegetal: praticado na Mata de Araucárias, da qual se aproveitam o pinheiro-do-
paraná, a imbuia, a erva-mate e algumas outras espécies, utilizadas principalmente pelas
serrarias e fábricas de papel e celulose;
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Extrativismo animal: praticado ao longo da faixa costeira, com uma produção de pescado
que equivale a cerca de 25% do total produzido no Brasil, com destaque para a sardinha, a
merluza, a tainha, o camarão, etc.;
Extrativismo mineral: destacam-se o carvão mineral, na região de Criciúma, o caulim,
matéria-prima que abastece fábricas de azulejos e louças em Santa Catarina e no Paraná e
cuja extração na região de Campo Alegre chega a 15 mil toneladas mensais, a argila e o
petróleo, explorado na plataforma continental.
A maior parte do espaço territorial sulista é ocupada pela pecuária, porém a atividade
econômica de maior rendimento e que emprega o maior número de trabalhadores é a
agricultura. A atividade agrícola no Sul distribui-se em dois amplos e diversificados setores:
Policultura: desenvolvida em pequenas propriedades de base familiar. Foi introduzida por
imigrantes europeus, principalmente alemães, na área originalmente ocupada pelas florestas.
Cultivam-se principalmente milho, feijão, mandioca, batata, maçã, laranja, e fumo;
Monocultura comercial: desenvolvida em grandes propriedades. Essa atividade é comum
nas áreas de campos do Rio Grande do Sul, onde se cultivam soja, trigo, e algumas vezes,
arroz. No Norte do Paraná predominam as monoculturas comerciais de algodão, cana-de-
açúcar, e principalmente soja, laranja, trigo e café. A erva-mate, produto do extrativismo, é
também cultivada.
Para compreender com mais claramente a distribuição das atividades agrícolas pela região,
analise a tabela seguinte com os respectivos dados sobre os produtos agrícolas.
Pecuária
No Paraná, possui grande destaque a criação de suínos, atividade em que esse estado é o
primeiro do Brasil, seguido do Rio Grande do Sul. Essa criação processa-se paralelamente ao
cultivo do milho, além de abastecer a população, serve de matéria-prima a grandes frigoríficos.
Os campos do Sul constituem excelente pastagem natural para a criação de gado bovino,
principalmente na Campanha Gaúcha ou pampa, no Estado do Rio Grande do Sul.
Desenvolve-se ali uma pecuária extensiva, criando-se, além de bovinos, também ovinos. A
Região Sul reúne cerca de 18% dos bovinos e mais de 60% dos ovinos criados no Brasil,
sendo o Rio Grande do Sul o primeiro produtor brasileiro.
A pecuária intensiva também é bastante desenvolvida na Região Sul, que detém o segundo
ranking na produção brasileira de leite. Parte do leite produzido no Sul é beneficiada por
indústrias de laticínio.
Indústria
O Sul é a segunda região do Brasil em número de trabalhadores e em valor e volume da
produção industrial. Esse avanço deve-se a uma boa rede de transportes rodoviários e
ferroviários, grande potencial hidrelétrico, fácil aproveitamento de energia térmica, grande
volume e variedade de matérias-primas e mercado consumidor com elevado poder aquisitivo.
O Sul é a segunda região mais rica do Brasil, depois do Sudeste. Tem grande potencial
industrial, e de agricultura com tecnologia. O Sul também é um grande exportador nacional,
com destaque para as aves.

Turismo
Parque Nacional do Iguaçu, onde se localizam as Cataratas do Iguaçu, é uma Unidade de
Conservação brasileira. Está localizado no extremo-Oeste do estado do estado do Paraná,
tendo sido criado em 10 de janeiro de 1939, através do decreto lei nº 1.035, sua área total é de
185.262,2 hectares. Em 1986 recebeu o título, concedido pela UNESCO, de Patrimônio
Mundial.
Durante os dias quentes de verão, as praias catarinenses são procuradas e frequentadas
por turistas do Brasil inteiro e de outros países estrangeiros. Florianópolis, perdendo apenas
para as cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA), é uma das capitais brasileiras mais
visitadas. Com o fim da crise econômica nos países do Mercosul, parte do movimento de
argentinos, uruguaios e paraguaios voltou ao proveito do turismo de verão, em cidades
balneárias tais como Balneário Camboriú e Barra Velha. São pontos turísticos os patrimônios
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da humanidade: Cataratas do Iguaçu no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná e as Ruínas


Jesuítico-Guaranis de São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul.
As serras gaúcha e catarinense atraem turistas no inverno rigoroso, que vêm aproveitar as
temperaturas mais baixas e a neve, inclusive em Urubici (SC). Em Cambará do Sul (RS),
localiza-se o Parque Nacional de Aparados da Serra, onde fica o cânion do Itaimbezinho.
O charme e o requinte da colonização europeia de Curitiba fazem com que a capital
paranaense atraia um número cada vez maior de visitantes que buscam as belezas do
planejamento urbano, as delícias do bairro de Santa Felicidade e as modernidades culturais do
Sul concentradas no Museu Oscar Niemeyer. Curitiba concentra, também, a melhor e maior
estrutura hoteleira do Sul regada à segunda melhor cadeia gastronômica do país.

3. CONCLUSÃO

As regiões foram formadas por pessoas de fora do Brasil como os alemães, os portugueses,
etc..
As regiões tem grande porte como a do norte que é a maior do Brasil, mas com poucos
habitantes, a sul que é a menor de todas as regiões, e o sudeste é a maior em habitantes
mesmo sendo a segunda menor em extensão.
Sendo assim, com todas essas regiões foram formando o Brasil, mas cada região tem suas
características como cultura, alimentação, clima, vegetação, população, economia, etc..
Temos regiões mais pobres como o norte o nordeste e temos também as regiões melhores
de vida como sudeste, sul e o centro-oeste que são melhores na economia.
E por isso concluímos que cada região tem sua forma de vida.

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