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O autodeclarado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, aposta desde

janeiro na ruptura de setores das Forças Armadas com o chavismo para derrubar
Nicolás Maduro, mas até agora os poucos apoios que têm recebido são
insuficientes. Para o diretor do Centro de Estudos Políticos da Universidade
Católica Andrés Bello, Benigno Alarcón, isso ocorre porque durante a
transformação do chavismo num regime autoritário os militares tornaram-se o
governo de facto do país.

Maduro está esperando o desgaste de Guaidó em vez de prendê-lo?.

Sim. E essa é uma aposta que o governo sempre fez. Apostar no desgaste do
tempo. E desta vez conta a favor dessa estratégia as ameaças feitas pelos EUA
caso algo aconteça a Guaidó. Tem sido muito evidente que as reações
internacionais, em sua maioria, são favoráveis à oposição. A UE e a OEA também
têm defendido a presidência interina de Guaidó. Por isso o governo tem evitado
tomar medidas como tomou no passado, quando prendeu outros líderes da
oposição.

Por que os EUA disseram publicamente que houve negociações com aliados
próximos de Maduro?

Declarações de funcionários americanos com ameaças contra membros do regime


não precisam necessariamente ser cumpridas, mas o que Bolton fez ontem foi além
disso. E imagino que dentro da cultura americana, principalmente na burocracia de
governo, a questão da mentira, do blefe, é vista de uma maneira muito negativa. O
que sim me surpreende é que o governo americano tome decisões com base em
negociações com funcionários venezuelanos que sempre demonstraram pouco
apego à sua palavra. Tomar decisões com base em promessa de um funcionário
venezuelano como Padrino ou Maikel Moreno, que tem sobre si todos os custos
que implicam sua saída do regime, é um pouco ingênuo e bem difícil de
compreender.
E qual o papel de Rússia e Estados Unidos nessa crise?

No caso venezuelana, a geopolítica está em segundo plano. Não por que seja
irrelevante, mas em processos nos quais a geopolítica teve um papel muito maior,
como a queda do Muro de Berlim e da União Soviética, por exemplo, as fraturas
foram internas. Aqui a relevância geopolítica é menor. Os principais aliados de
Maduro - Rússia, China, Turquia e Irã - dão algum apoio ao regime, mas não é um
apoio integral como ocorre com Cuba, por exemplo, para quem o resultado dessa
crise é uma questão existencial.

Como o controle dos militares sobre a economia se relaciona com sua lealdade a
Maduro?

Temos de entender primeiro que isso não é produto do acaso. É uma estratégia e
isso não é exclusivo da Venezuela. Isso é comum em regimes autoritários,
principalmente na África e no Oriente Médio. Na Venezuela a participação dos
militares na economia começou a ser construída quando o país sai de um sistema
semidemocrático, quando o voto ainda tinha importância, mas com o Executivo
controlando os outros poderes, para um regime totalmente totalitário, onde a
importância do voto é marginal. Aí, o governo oferece uma dinâmica clientelista
para quem pode mantê-lo no poder por meio da força. E aí o Exército deixa de ser
neutro e apolítico e começa a fazer parte do governo, com acesso aos recursos do
Estado. Esse acesso garante a lealdade dos militares. É o caso da Síria e do Egito,
por exemplo. Hoje, as FANB são o governo, seguindo o manual dos regimes
autoritários.

E é por isso que está sendo tão difícil para Guaidó provocar divisões nas Forças
Armadas, não?

Sim, porque uma divisão vertical, onde um comandante, rompe com o governo e
traz com ele seus governados, tornou-se improvável na Venezuela. Hoje a estrutura
das FANB não é piramidal, mas horizontal, em formato de rede, onde vários
“caciques” comandam suas respectivas “tribos” ( a Venezuela tem mais de 2 mil
generais). Nesse cenário, casos de insubordinação de soldados com patentes mais
baixas, torna-se mais comum. E é exatamente o que está acontecendo com os
militares que se juntam a Guaidó. É a parte inferior dessas “tribos” que lhe jura
lealdade.

APOIO A MADURO

RÚSSIA, CHINA, COREIA DO NORTE, CAMBOLA, TURQUIA, IRÃ, AFRICA DO SUL,


BOLÍVIA, SURINAME, NICARÁGUA, CUBA, SÃO VICENTE E DOMINICA (ilhas do
caribe)

NOSSO LAR

Certamente que numerosos amigos sorrirão ao contato de determinadas passagens das


narrativas. O inabitual, entretanto, causa surpresa em todos os tempos.

Quem não sorriria, na Terra, anos atrás, quando se lhe falasse da aviação, da
eletricidade, da radiofonia? A surpresa, a perplexidade e a dúvida são de todos os
aprendizes que ainda não passaram pela lição.

Oh! Amigos da Terra! Quantos de vós podereis evitar o caminho da amargura com o
preparo dos campos interiores do coração? Acendei vossas luzes antes de atravessar a
grande sombra. Buscai a verdade, antes que a verdade vos surpreenda. Suai agora para
não chorardes depois.

Noto, contudo, que Emmanuel, desde fins de 1941, se


dedica, afetuosamente, aos trabalhos de André Luiz.
Por essa época, disse-me ele a propósito de “algumas
autoridades espirituais” que estavam desejosas de algo
lançar em um nosso meio, com objetivos de
despertamento. Falou-me que projetavam trazer-nos
páginas que nos dessem a conhecer aspectos da vida
que nos espera no “outro lado”, e, desde então, onde
me concentrasse, via sempre aquele “cavalheiro
espiritual”, que depois se revelou por André Luiz, ao
lado de Emmanuel. Assim decorreram quase dois anos,
antes do “Nosso Lar”.” - Testemunhos de Chico Xavier.

O Segundo Império se iniciou em 23 de julho de


1840 com a declaração de maioridade de Pedro de Alcântara, e
teve o seu término em 15 de novembro de 1889, quando a
monarquia constitucional parlamentarista vigente foi derrubada
pela proclamação da república brasileira. André teria que ter
vivido em meados de 1840 há 1889.
Dentro de algum tempo, familiarizei-me com esse novo amigo.
Participava de nossas preces, perdia tempo comigo,
conversando. Contava-me histórias interessantes e muitas
vezes relacionou recordações do Segundo Império, o que me
faz acreditar tenha sido ele, André Luiz, também personalidade
da época referida. Achava estranho o cuidado dele, o interesse
e a estima; entretanto, decorrido algum tempo, disse-me
Emmanuel que estava o companheiro treinando para se
desincumbir de tarefa projetada e, de fato, em 1938, iniciava o
trabalho com “Nosso Lar”. - Testemunhos de Chico Xavier -.

Emmanuel oculta a identidade de André Luiz. Seu pai era comerciante.

André Luiz era um Médico vulgar da época em que viveu, com


uma vida social de um cidadão respeitável. André Luiz era Clínico.

"Todas as precauções são tomadas. A tarefa não se inicia de imediato.


O trabalho que ambos vão realizar não é um trabalho comum de
psicografia. Não se realiza como os anteriores e nem como aqueles
que viriam depois.

Não se trata agora de páginas confortadoras, poéticas


ou romanceadas. O labor que vão iniciar reveste-se de
características especiais e exige de ambos a melhor
identificação possível. Para maior afinização, André Luiz
acompanha o médium em todas as suas tarefas e se
demora em conversações. Não há pressa. Todos estão
cônscios de suas responsabilidades, e Chico aguarda
que André Luiz esteja pronto. Este, segundo esclarece
Emmanuel, está treinando para o trabalho, e só em
1943 dá início ao seu primeiro livro — “Nosso Lar”."
(Suely Caldas)

“Desde então, vejo que o esforço de Emmanuel e de


outros amigos nossos concentrou-se nele, acreditando,
intimamente, que André Luiz está representando um
círculo talvez vasto de entidades superiores. Assim digo
porque quando estava psicografando o “Missionários da
Luz”, houve um dia em que o trabalho se interrompeu.
Levou vários dias parado. Depois, informou-me
Emmanuel, quando o trabalho teve reinicio, que haviam
sido realizadas algumas reuniões para o exame de
certas teses que André Luiz deveria ou poderia
apresentar ou não no livro. Em psicografando o capítulo
Reencarnação, do mesmo trabalho, por mais de uma
vez, vi Emmanuel e Bezerra de Menezes, associados ao
autor, fiscalizando ou amparando o trabalho.” -
Testemunhos de Chico Xavier.
Esta informação motra que a solidariedade é natural no
Plano Espiritual, prática comum entre os Espíritos Superiores. É

uma ordem Universal. Nada é decidido sozinho. Até Jesus


reúne-se para tomar decisões sobre o nosso planeta, conforme o

livro do próprio Emmanuel "A Caminho da


Luz". E vemos que André Luiz tem uma importância
fundamental para a obra, como vamos tentar deduzir mais a frente,
não obstante a supervisão dos trabalhos por Espíritos como o

Emmanuel e Bezerra de Menezes, incluindo


as autoridades superiores citadas pelo Chico. André Luiz não foi
escolhido por acaso.

A obra desse autor espiritual, especialmente aquela


denominada “Coleção André Luiz”, é realmente notável
pela riqueza de seu conteúdo, constituindo-se em
material de estudos para muitos decênios ainda. Muitas
das suas revelações aguardam que o tempo e o
amadurecimento dos espíritas venham a confirmá-las.”-
Testemunhos de Chico Xavier

Esta é a razão pela qual, segundo creio, não tem o


nosso amigo trazido a sua contribuição direta. Isto é o
que eu acredito, sem saber se está certo, porque no
meio destas realizações eu estou como “um batráquio
na festa”. A luz que, por vezes, me rodeia me
amedronta. Vejo, ouço, e me movimento, no circulo
destes trabalhos, mas, podes crer, vivo sempre com a
angústia de quem se sente indigno e incapaz. Cada dia
que passa, mais observo que a luz é luz e que a minha
sombra é sombra. Reconhecendo a minha indigência,
tenho medo de tantas responsabilidades e rogo a Jesus
me socorra.”
-Testemunhos de Chico Xavier -

Tão importante que até o Chico Xavier se achava


pequeno diante de tantas informações novas e muito acima da
compreensão da época. Vocês agora entendem o termo

BATRÁQUIO que usamos anteriormente em nossos


comentários.
Haja humildade do Chico não é mesmo? É isso mesmo. Quem
estudar esse livro e não se sentir um batráquio, diante de tanta
sabedoria e informação nova, certamente ainda está preso a
cegueira voluntária proporcionada pelo orgulho.

Emmanuel está aqui dizendo que, para ele e seus


companheiros trazerem essas mensagens, eles vão para
as faixas mais elevadas. Lá, ouvem os Espíritos do
Senhor, que de Esferas Sublimes descem às esferas
mais elevadas da Terra, trazendo os ensinamentos que
ele depois procuram deixar-nos, como podem, através
da mediunidade. Disse ainda Emmanuel que tanto ele
como seus companheiros se sentiam como crocodilos na
presença daqueles Espíritos Sublimados. . . "
("Encontros com Chico Xavier”).

Se alguém está esperando que a Pátria do


Evangelho seja para encher os Brasileiros de
privilégios Divinos, estará enganado a esse respeito. Deve-

se entender que daqui partirá para


toda a humanidade o
Evangelho de Jesus redivivo,
ultrapassando as fronteira da imortalidade.

A obra Nosso Lar é parte dessa Providência Divina.


Às vezes, o trabalhador do bem no anonimato de sua tarefa,
não se dá conta da grandiosidade de se manter oculto ao
Mundo Material e visível ao Mundo Maior.

Um amigo me falou que ficara maravilhado com um médium,


em um evento público, dos prodígios do fenômeno espiritual.

Perguntei-lhe: há quantos anos você trabalha na reunião


mediúnica? Há uns 15 anos. Respondeu.
- Quantas vezes faltou?
- Só quando adoeci. Respondeu ele a minha nova indagação.
-Impressiona-me mais a sua dedicação anônima ao trabalho do
Senhor. Já se deu conta que seu trabalho cerra a cortina sobre
o seu orgulho? Que estás vencendo sem a prova da tentação
da vaidade? Isso que é fantástico e maravilhoso também.
-Não desaprovando qualquer trabalho de aparição pública da
Doutrina Espírita, o teu trabalho, apesar de anônimo, não sofre
a ação dos críticos contumazes e também move uma multidão
de testemunhas a advogar a teu favor no plano espiritual.
Falei-lhe.

Não devemos esquecer que sempre há um Espírito


amigo acompanhando um ou mais encarnados, com
suas influências positivas, para que tenhamos uma
chance maior de vencer nossas provas, expiações e
missões, sem embaraçar o nosso livre arbítrio.

Não há mais sentido em crer que os Espíritos são seres


a parte da humanidade. É a humanidade. Em outro
estado, quintessenciado, e imortal.

André Luiz é apresentado como um “amigo e irmão na


eternidade”. Podemos entender que “amigo” significa
que há laço de amizade dos Espíritos, conosco os
encarnados.

O anonimato é mais que uma preocupação de ferir corações. É


também desprendimento das convenções familiares, políticas,
religiosas, raça, etc, que em algumas situações e apegos,
impedem os Espíritos de darem prosseguimento ao seu
progresso e adaptação na Dimensão Espiritual.

Não é o desprendimento dos afetos aqui na Terra é a do apego


desproporcional que causa ânsia e inadaptação a condição de
Espírito desencarnado.

“O inabitual, entretanto, causa surpresa em todos os


tempos”, relata Emmanuel.

Tenho recebido, meu amigo, cartas insultuosas e


observações bem duras, quanto aos livros desse
mensageiro espiritual que nos veio ensinar quanto é
nobre e sublime a vida superior.”(TCX)

Há sempre em todos os tempos indivíduos que vivem meio


século ou mais, em atraso de inserção e conhecimento
tecnológico. Pior são os que estão um século atrasado,
concluindo que o novo é fantasia, por não conhecer, atacando
o progresso por puro temor de abalar sua crença presa a idéias
personalistas.
Hoje, muito do que foi citado tecnologicamente na obra não
parece tão fantasiosa como na época. Uma transmissão de TV
ao vivo, por exemplo, era quase impossível nos anos 40. Na
obra de André Luiz é mais que ao vivo. Estamos vivenciando as
lições hoje. Estamos evoluindo e o que poderia ser inabitual na
época, hoje é habitual.

As revelações do Mundo Espiritual são passadas para a


humanidade conforme o seu progresso intelecto-moral e dos
seus costumes, para que a razão seja inerente a fé, fixando
permanentemente nas consciências o entendimento das leis
Divinas. Leis que já se encontram lá depositadas, mas foram
esquecidas.
Nas primeiras reencarnações como Espíritos, fomos guiados
pelos Espíritos Superiores, como crianças nos primeiros anos
de vida pelos pais. Sempre nos indicando o caminho correto.
Até que o Livre Arbítrio de cada um defina o seu destino. Na
situação em que nos encontramos hoje, após milhares de
reencarnações, não há outro responsável pelos nossos atos se
não nós mesmos

Portanto, cada um de nós devemos fazer escolhas, assim que


cada revelação nos é acrescentada ao nosso conhecimento. E
saber melhor como se relacionar com as Leis Divinas.
Matéria escura, outros estados da matéria, partículas que
transitam acima da velocidade da luz, outras dimensões, etc.,
são discussões cientificas do tempo atual. Ajudando a
humanidade a ter uma nova forma de se relacionar com Deus,
estudando a Sua Providência. A ciência a serviço da religião.

Esqueçam religião como um conjunto de cultos exteriores,


hierarquias sacerdotais, templos exclusivistas e rituais.
Religiosidade é a forma de se relacionar com Deus. Com as
Suas leis. A religião da nova Era. A Era do Espírito.
Como se relacionar com Deus atualmente sem a ciência?
Onde a fronteira entre a ciência e a religião na Era do Espírito?

O leitor desatento pode mergulhar na obra como em


uma viagem ficcionista e se maravilhar com os aspectos
do Mundo Espiritual. Esquecendo-se que toda a obra
está repleta de convites ao conhecimento do Evangelho
de Jesus e a sua aplicação. Mesmo que a aplicação do
Evangelho não se dê integralmente, é urgente começar.
Há muitos detratores da obra que dizem ser de ficção por conta
dos relatos semelhantes aos de filmes e obras de ficção atuais.
Mas em 1941 nem esses elementos ficcionistas comparativos
existiam.
Também há muitos crentes que se encantam de forma
ficcionista pela obra e aumentam o seu ponto de vista sem
qualquer oposição ao bom senso, criando idéias que são
verdadeiras ficção.
Por isso é bom colher na obra, consequências morais, que nos
possibilitem vê-la como obra Doutrinária e Evangélica.
Há muitos efeitos danosos em nossa vida, por nosso
afastamento da proposta comportamental do Evangelho de
Jesus. Dor, sofrimento, mágoa, culpa, expiação, etc.
Vamos ver muitas causas de sofrimentos no livro, que podemos
evitar aqui, enquanto alunos da oportunidade Divina. A maior
prova da misericórdia de Deus é essa nova oportunidade de
aprender e elevar-se, na escola da vida. Reparando nossos
erros, perdoando e sendo perdoado.

O leitor desatento pode mergulhar na obra como em


uma viagem ficcionista e se maravilhar com os aspectos
do Mundo Espiritual. Esquecendo-se que toda a obra
está repleta de convites ao conhecimento do Evangelho
de Jesus e a sua aplicação. Mesmo que a aplicação do
Evangelho não se dê integralmente, é urgente começar.
Há muitos detratores da obra que dizem ser de ficção por conta
dos relatos semelhantes aos de filmes e obras de ficção atuais.
Mas em 1941 nem esses elementos ficcionistas comparativos
existiam.
Também há muitos crentes que se encantam de forma
ficcionista pela obra e aumentam o seu ponto de vista sem
qualquer oposição ao bom senso, criando idéias que são
verdadeiras ficção.
Por isso é bom colher na obra, consequências morais, que nos
possibilitem vê-la como obra Doutrinária e Evangélica.
Há muitos efeitos danosos em nossa vida, por nosso
afastamento da proposta comportamental do Evangelho de
Jesus. Dor, sofrimento, mágoa, culpa, expiação, etc.
Vamos ver muitas causas de sofrimentos no livro, que podemos
evitar aqui, enquanto alunos da oportunidade Divina. A maior
prova da misericórdia de Deus é essa nova oportunidade de
aprender e elevar-se, na escola da vida. Reparando nossos
erros, perdoando e sendo perdoado.
Não teremos argumentos no plano espiritual para justificar que
não fomos avisados previamente das responsabilidades dos
nossos atos e inatividade no bem.
Somos muitas vezes levados a acreditar, pela nossa
imperfeição, que é para os outros, apesar de estarmos no
Movimento Espírita ou não, vendo essa obra no seu lado mais
místico, às vezes, sem distinção da realidade do Espírito,
acreditando que não são Espíritos também, que os fatos se
referem aos Espíritos desencarnados ou para outros
encarnados, em um lugar muito distante, esquecendo que os
desencarnados já estiveram como nós carregando um corpo
material aqui na Terra.
A função do intercâmbio com o mundo espiritual é restaurar o
Evangelho. Que são as regras morais do Universo, trazidas por
Jesus.
Vícios, suicídios, orgulho, egoísmo, traição, promiscuidade,
falta de caridade assim como o perdão, o amor, família,
solidariedade, caridade, são temas relatados na obra com suas
devidas conseqüências morais e materiais no corpo espiritual
ou perispírito.
Nessa obra a Candeia é colocada em cima do alqueire
iluminando os que andam na escuridão da ignorância da vida
futura.
Quem do movimento espírita acredita que já se encontra
iluminado, e não precisa das informações dessa obra, deve
reclamar com Deus, imediatamente, você está no planeta
errado.

A obra nos revela nosso destino após a morte. O encontro com


o tribunal da consciência. Isso mesmo. Leia e saberás onde
estarás hoje no além. Use as informações para se julgar. Se não
for hoje para o além, dá pra mudar a nossa vida futura. Nós é
que escolheremos. Não Deus. Nossa consciência define para
onde iremos.
É um choque para quem esperava um tribunal no além, cujo
advogado de defesa é o culto a religião que participa.
É um choque para os espíritas que carregam atavismos
religiosos que sugerem que apenas a participação na
divulgação espírita, sem reformulação de atitudes,
pensamentos e consciência, o privilegia entrar nas esferas
superiores.
A obra "Voltei", de Francisco Cândido Xavier, do espírito Irmão
Jacob, relata a desencarnação de Frederico Figner, ex-dirigente
da FEB e a decepção de não se encontrar perispiritualmente
igual aos companheiros que voltaram a pátria espiritual antes
dele. Ele tinha o perispírito "apagado" enquanto os amigos
emanavam uma luminosidade própria.
Quando Emmanuel cita que a maior caridade que podemos
fazer a Doutrina Espírita é a sua divulgação, não resume a
prática da caridade apenas para esse fim.
É um equívoco acreditar que só divulgar vai nos salvar, pois
não devemos fazer apenas a caridade para a Doutrina. A
caridade tem de ser mais ampla. Também devemos estender o
significado da caridade conforme Jesus nos ensinou.

886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade,


como a entendia Jesus?

“Benevolência para com todos, indulgência para as


imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”

"O amor e a caridade são o complemento da lei de


justiça. Pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que
nos seja possível e que desejáramos nos fosse feito. Tal
o sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos
outros como irmãos."(OLE)

A caridade, segundo Jesus, não se restringe à


esmola, abrange todas as relações em que nos
achamos com os nossos semelhantes, sejam
eles nossos inferiores, nossos iguais, ou
nossos superiores. Ela nos prescreve a
indulgência, porque da indulgência precisamos
nós mesmos, e nos proíbe que humilhemos os
desafortunados, contrariamente ao que se
costuma fazer. Apresente-se uma pessoa rica e
todas as atenções e deferências lhe são
dispensadas. Se for pobre, toda gente como
que entende que não precisa preocupar-se
com ela. No entanto, quanto mais lastimosa
seja a sua posição, tanto maior cuidado
devemos pôr em lhe não aumentarmos o
infortúnio pela humilhação. O homem
verdadeiramente bom procura elevar, aos seus
próprios olhos, aquele que lhe é inferior,
diminuindo a distância que os separa."(OLE)
Por isso o proselitismo não deve ser preocupação do Espírita e
sim a renovação moral do homem, contendo as suas más
tendências.
Se sua reforma íntima não se efetua e continuas a
divulgar o Espiritismo, está certamente semeando luz
na consciência alheia, mas não consegue gerar frutos
em si mesmo.

O livro vai mostrar que a Terra não mais deverá ser vista com o
papel de ser a dimensão das aflições.
O Mundo é oficina Divina que se bem valorizada, transforma-se
em porta de acesso aos "céus", como também mal utilizada
nos levará a aflições maiores no plano espiritual.
É terreno para o Espírito exercer o bem, esquecidos dos
remorsos que o prendem a inatividade evolutiva no plano
espiritual, resgatando e reparando seus crimes, pela
misericórdia Divina no processo das reencarnações.

Apesar de sagrada a existência material precisa ser útil.


Como aproveitar a existência na carne?
A obra vai nos dar dicas para o bom uso da reencarnação e os
efeitos do mau uso.
Mostrando como evitar o que nos leva a aflições aqui na Terra e
a busca da vivência pacífica com os nossos semelhantes.
Viver sabendo que essa vida material é temporária. Não viver
como se ela não terá término.
É o Evangelho de Jesus sendo colocado no seu devido lugar. É o
nosso guia de esperança.
Interessante que a obra serve para muitas gerações, pois se
move sobre aspectos da diversidade cultural humana, de forma
genérica, atendendo a muitas situações.

E todas as religiões cristãs não propõem que devemos dirigir-


nos verdadeiramente ao Cristo? Claro que sim.
Mas perguntamos: nós seguimos os passos que Jesus propõe
nos Evangelhos? Aí está diferença.
Até mesmo no Movimento Espírita encontraremos equívocos
doutrinários em suas práticas.
É preciso que o evangelho de Jesus seja conhecido, sentido,
vivido e aplicado para que estejamos verdadeiramente nos
dirigindo para a felicidade.
O Espiritualismo é a primeira crença em direção a
Espiritualidade. Que há uma alma imortal além do
corpo.
O Espiritismo nos mostra que essa alma imortal preexiste a
esta vida, vai sobreviver após a morte do corpo conservando
sua individualidade e no futuro voltará a uma nova existência
na carne.
Espiritualidade é aquisição através desses dois conceitos na
crença que devemos nos envolver em esforços para que no
futuro cada vez mais não soframos a influência da matéria nas
nossas decisões.
Passamos cerca de quinze milhões de séculos como princípios
espirituais, gravando automatismos, encarnando nos reinos
minerais, vegetais e animais, para que um dia pudéssemos nos
tornar Espíritos e poder encarnar em um corpo humano.
Nesses automatismos o coração bate, o pulmão respira, as
glândulas, os rins, o sistema digestivo e outros órgãos,
funcionam sem nossos desejos conscientes. São automatismos
que conquistamos nesse período como princípios espirituais,
encarnando diversas vezes em corpos primitivos.
Agora somos Espíritos. Estamos em uma nova fase da evolução
espiritual.
Temos que aprender pela educação dos nossos pensamentos a
controlar esses automatismos para o nosso bem e para o
próximo.
Pela prática do amor, vamos nos tornar Espíritos ditosos, que
não mais sofrerá a ação da matéria no seu livre-arbítrio.
Amaremos não mais por causas exteriores, e sim, como
automatismo. Amaremos sem esforços.

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