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Contudo, na prática, não é possível a obtenção de sucesso em todas as áreas que compõem o sistema
econômico. Quase sempre os possíveis resultados esperados são divergentes, o que leva os
formuladores de políticas públicas a tomarem decisões de alto risco político.
Não é incomum que uma política econômica que vise a estimular a criação de emprego apresente como
efeito colateral geração de déficit no balanço de pagamentos ou pressões inflacionárias.
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No caso que estamos estudando, podemos notar que a economia possui capacidade para produzir uma
renda maior (Y*), o que daria oportunidade de envolver um maior número de trabalhadores no
processo econômico e promover o crescimento das atividades produtivas e comerciais. Assim sendo, as
autoridades do país resolveram adotar uma política monetária expansionista, mediante o aumento da
oferta de moeda.
Agora, analise o seguinte: o que acontece com o aumento da oferta monetária? Explicação
O aumento da oferta monetária desloca a curva LM para a direita, de LM0 para LM1. Isto
ocorre porque a expansão monetária, para o nível de renda vigente, torna a oferta de
moeda maior que a demanda por moeda. O excesso de oferta provoca uma redução da
taxa de juros de r0 para r1. Para que a demanda por moeda volte a equilibrar-se com a
nova oferta monetária, a renda deverá crescer de Y0 para Y1. Assim sendo, o novo
equilíbrio interno deverá deslocar-se do ponto A para o ponto B, em que a taxa de juros
é menor e a renda é maior.
Observe que a redução da taxa de juros para r1 diminui a capacidade de o país atrair
capitais autônomos. Adicionalmente, o crescimento da renda pode provocar um
aumento das importações de bens e serviços.
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A resultante desse processo é a geração de déficits no balanço de pagamentos. Note que todos os
pontos abaixo da curva balanço de pagamentos (BP) indicam situação deficitária. De forma contrária,
todos os pontos acima da curva balanço de pagamentos (BP) representam situação superavitária
(superávit do balanço de pagamentos).
Uma situação de déficit no balanço de pagamentos não pode ser sustentada durante muito tempo, pois
provocará o crescimento do endividamento externo e/ou a exaustão das reservas internacionais do país.
Ativos monetários, ouro e divisas estrangeiras de alta liquidez, mantidos pelo país
para fazer frente a eventuais necessidades de pagamentos de contas internacionais.
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Política econômica que eleva os gastos públicos ou reduz a carga tributária com o
objetivo de aumentar a renda da economia em períodos de estagnação econômica.
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Nessas condições, a curva balanço de pagamentos (BP) possui menor inclinação do que a curva LM que
equilibra o mercado monetário. Buscando promover o crescimento da economia, o governo resolveu
aumentar os gastos públicos (G). E qual a consequência desta ação?
Como a oferta monetária mantém-se inalterada, o crescimento da renda aumenta a demanda de moeda
para transação, o que exige uma taxa de juros maior para manter em equilíbrio o mercado monetário.
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Desta forma, o equilíbrio interno deverá descolar-se do ponto A para o ponto B, em que a taxa de juros
é maior (r1) e a renda é maior (Y1). Observe que o aumento da taxa de juros para r1 aumenta a
capacidade de o país atrair capitais autônomos em grau maior do que o aumento da renda estimula as
importações.
Pensando em tudo isto, o que você imagina resultar desse processo? A resultante desse processo é a
geração de um superávit no balanço de pagamentos. Lembre-se de que pontos situados acima da curva
balanço de pagamentos (BP) indicam situação superavitária.
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Vamos fazer as análises, a partir das mesmas condições iniciais antes apresentadas: a economia de um
país encontra-se em equilíbrio noponto A, em que a renda de equilíbrio é Y0 e a taxa de juros é r0.
Buscando promover o crescimento da economia que apresentava fortes sinais de debilidade, o governo
resolveu reduzir a carga tributária (T).
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Agora, lembrando-se do raciocínio traçado nas explicações anteriores, qual seria a consequência da ação
governamental de reduzir a carga tributária?
Esta iniciativa causa, de imediato, um aumento na demanda agregada, deslocando da curva IS para a
direita (expansão econômica), deIS0 para IS1. Como a oferta monetária mantém-se inalterada, o
crescimento da renda aumenta a demanda de moeda para transação, o que exige uma taxa de juros
maior para manter em equilíbrio o mercado monetário. Assim, o equilíbrio interno deverá descolar-se
do ponto A para o ponto B, em que a taxa de juros é maior (r1) e a renda é maior (Y1).
Observe que, agora, o aumento da taxa de juros para r1 não é suficiente para evitar a fuga de divisas
estrangeiras. Em reforço, o crescimento da renda eleva a demanda por bens importados.
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Resulta desse processo a geração de um déficit no balanço de pagamentos. Mais uma vez, lembre-se de
que pontos situados abaixo da curva balanço de pagamentos (BP) indicam situação deficitária.
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Em geral, esses sintomas ocorrem quando a economia está operando acima de seu produto potencial.
Nesta situação, pode ser recomendável “desaquecer” a atividade econômica, provocando uma pequena
e breve recessão.
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Nível de produto (PIB) esperado a partir da utilização plena dos fatores de produção
disponível (recursos naturais, capital, mão de obra, tecnologia e capacidade empresarial).
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A redução da oferta monetária desloca a curva LM para a esquerda, de LM0 para LM1. Isto ocorre
porque a contração monetária, para o nível de renda vigente, torna a oferta de moeda menor que a
demanda por moeda.
O excesso de demanda provoca um aumento da taxa de juros de r0 para r1. Para que a demanda por
moeda volte a equilibrar-se com a nova oferta monetária, a renda deverá reduzir-se de Y0 para Y1.
Assim, o equilíbrio interno deverá deslocar-se do ponto A para o ponto B, em que a taxa de juros é
maior e a renda é menor.
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Observe que o aumento da taxa de juros para r1 aumenta a capacidade de o país atrair capitais
autônomos. Adicionalmente, a redução da renda provoca uma redução das importações de bens e
serviços. A resultante desse processo é a geração de um superávit no balanço de pagamentos.
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RESUMO
Estudamos, neste ponto, o ajustamento da economia após a adoção de medidas de política econômica
de caráter expansionista e contracionista sob o regime de taxas de câmbio fixo e na presença de
mobilidade imperfeita de capitais.
Por outro lado, uma política fiscal expansionista provoca elevação das taxas de juros e expansão da
renda. O efeito no balanço de pagamentos poderá ser a geração de superávit ou de déficit, conforme
seja a elasticidade da curva BP (balanço de pagamentos) relativamente à curva LM (mercado
monetário).
Uma política monetária contracionista provoca elevação das taxas de juros e redução da renda. Com
juros mais elevados, há entrada de capitais externos e consequente geração de superávit no balanço de
pagamentos.
Assim, a taxa de câmbio é formada livremente no mercado de divisas internacionais, segundo a lei da
oferta e da procura. Havendo abundante oferta de moeda estrangeira, a taxa de câmbio tenderá a cair,
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isto é, ocorrerá uma valorização da moeda nacional. Na situação inversa, quando há escassez de divisas
internacionais no mercado, a taxa de câmbio tenderá a elevar-se, ou seja, a moeda nacional sofrerá
desvalorização.
É o mesmo que câmbio flutuante ou câmbio livre. Neste regime, a taxa de câmbio
forma-se no mercado de divisas sem interferência das autoridades monetárias.
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Explicação
A oferta monetária é igual à demanda por moeda; a demanda agregada e a oferta agregada
estão equilibradas; o fluxo de mercadorias e de capitais com o resto do mundo apresenta
saldo nulo.
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No caso em estudo, podemos notar que a economia possui capacidade para produzir uma renda maior
(Y*). Então, para estimular o crescimento econômico, as autoridades do país implementam uma política
monetária expansionista, mediante o aumento da oferta de moeda.
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O aumento da oferta monetária desloca a curva LM para a direita, de LM0 para LM1. Isto ocorre porque
a expansão monetária, para o nível de renda vigente, torna a oferta de moeda maior que a demanda por
moeda.
O excesso de oferta de moeda provoca uma redução da taxa de juros de r0 para r1. Para que a demanda
por moeda volte a equilibrar-se com a nova oferta monetária, a renda deverá crescer de Y0 para Y1.
Desse modo, o ponto de equilíbrio interno desloca-se para o ponto B, em que a taxa de juros é menor e
a renda é maior.
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A redução da taxa de juros para r1 reduz a capacidade de o país atrair capitais autônomos.
Adicionalmente, o crescimento da renda provoca um aumento das importações de bens e serviços, o
que gera uma situação temporária de déficit no balanço de pagamentos. Note que todos os pontos
abaixo da curva balanço de pagamentos (BP) indicam situação deficitária.
A redução da taxa de juros provoca uma retração da oferta de moeda estrangeira no país (fuga de
capitais). Em reforço, o crescimento da renda nacional ocasiona o aumento das importações. Para
importar mais, o que você acha que precisa acontecer em relação à moeda estrangeira e qual a
consequência dessa ocorrência para o câmbio?
Explicação
Portanto, a taxa de câmbio será elevada, deslocando a curva BP (lócus de equilíbrio do balanço de
pagamentos) para a direita, de BP0para BP1.
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Demanda-se mais moeda estrangeira. Assim, dado que o mercado de câmbio é livre, o
câmbio será desvalorizado.
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Desse modo, as exportações são incentivadas, fazendo a curva IS (lócus de equilíbrio do mercado de
produto) deslocar-se para a direita, de IS0 para IS1.
O crescimento da renda derivada das vendas externas aumenta a demanda de moeda para transação, o
que provoca um aumento da taxa de juros. Desse modo, o ponto de equilíbrio da economia desloca-se
do ponto B para o ponto C, em que a taxa de juros é maior e a renda é maior.
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No ponto C, a renda e a taxa de juros da economia são, respectivamente, Y2 e r2. No ponto C, os três
mercados considerados estão, novamente, em equilíbrio:
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Agora, considere que a economia de um país encontra-se em equilíbrio no ponto A, em que a renda de
equilíbrio é Y0 e a taxa de juros ér0.
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Nessas condições, a curva balanço de pagamentos (BP) é menos inclinada do que a curva LM, que
equilibra o mercado monetário.
Considere, agora, que o governo resolveu aumentar os gastos públicos (G), buscando promover o
crescimento da economia. O que você acha que acontece devido a essa iniciativa?
Explicação
Dado que a oferta monetária mantém-se inalterada, o crescimento da renda aumenta a demanda de
moeda para transação, o que exige uma taxa de juros maior para manter em equilíbrio o mercado
monetário.
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Assim sendo, o equilíbrio interno deverá deslocar-se do ponto A para o ponto B, em que a taxa de juros
é maior (r1) e a renda é maior (Y1). Observe que o aumento da taxa de juros para r1 aumenta a
capacidade de o país atrair capitais autônomos em grau maior do que o aumento da renda estimula as
importações.
O aumento da taxa de juros incentiva o ingresso de capitais autônomos no país. As importações crescem
porque houve aumento da renda.
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Assim sendo, dado que o mercado de câmbio é livre, o câmbio será valorizado (valorização cambial). A
taxa de câmbio será reduzida, deslocando a curva BP (lócus de equilíbrio do balanço de pagamentos)
para a esquerda, de BP0 para BP1.
Considerando que os preços internacionais não se modificaram, a valorização da moeda nacional tem o
efeito de tornar o preço dos produtos do país menos competitivo no mercado externo (mais caros).
Desse modo, as exportações são inibidas, fazendo a curva IS (lócus de equilíbrio do mercado de
produto) deslocar-se para a esquerda, deIS1 para IS2.
A redução das exportações provoca uma redução da renda do país, reduzindo a demanda de moeda
para transação, o que provoca uma queda da taxa de juros. Desse modo, o ponto de equilíbrio da
economia desloca-se do ponto B para o ponto C, em que a taxa de juros é menor e a renda é, também,
menor.
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No ponto C, a renda e a taxa de juros da economia são, respectivamente, Y2 e r2. No ponto C, os três
mercados considerados estão, novamente, em equilíbrio.
A oferta monetária é igual à demanda por moeda; a demanda agregada e a oferta agregada estão
equilibradas; e o fluxo de mercadorias e de capitais com o resto do mundo apresenta saldo nulo.
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RESUMO
Estudamos, neste ponto, o ajustamento da economia, após a adoção de medidas de política econômica
de caráter expansionista sob o regime de taxas de câmbio flexíveis e mobilidade imperfeita de capitais.
Nessas condições, a política monetária expansionista provoca redução das taxas de juros e expansão da
renda. Com juros mais baixos, há fuga de capitais e a taxa de câmbio é desvalorizada. Assim, as
exportações são estimuladas, ampliando o efeito de crescimento da renda.
Por outro lado, uma política fiscal expansionista provoca elevação das taxas de juros e expansão da
renda. Com juros mais altos, há atração de capitais autônomos e câmbio valorizado. Em decorrência, os
dispêndios com importações crescem, o que reduz parcela do efeito de crescimento da renda causado
pela expansão do déficit público (ou redução da poupança pública).
Podemos concluir, então, que sob regime de câmbio flexível, a política monetária expansionista é mais
eficaz do que a política fiscal expansionista no esforço de geração de renda.
1 - TRÂNSITO DE CAPITAIS
Os investidores gozarão de ampla liberdade para decidir em que nação aplicar seus recursos financeiros,
se em situação de mobilidade perfeita de capitais. As eventuais diferenças de risco-atividade e/ou de
risco-país não são significativas, bem como os custos de transação, para fins de orientação das decisões
de investimento.
Desse modo, caso a taxa de juros de um país seja elevada de forma exógena para um nível superior à do
resto do mundo, haverá uma forte entrada de capitais de seu território.
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Gastos associados às transações entre agentes econômicos, de modo geral, que não se
expressam nos preços acordados entre as partes, sendo exemplo o custo de elaborar e
aplicar um contrato.
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De maneira idêntica, caso a taxa de juros do país seja reduzida de forma exógena para um nível inferior
à do resto do mundo, haverá uma forte saída de capitais em seu território.
A fuga de capitais provocará uma retração da oferta monetária (oferta de capitais), que resultará na
elevação endógena da taxa de juros até que se atinja o nível da taxa de juros externa.
Esse início de estudo já nos permite concluir que, no plano formado pela taxa de juros e pela renda
nacional, a curva balanço de pagamentos é horizontal porque a economia somente admite uma taxa de
juros para quaisquer níveis de renda da economia.
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Explicação
Por estar em equilíbrio, no ponto A, a oferta monetária é igual à demanda por moeda; a
demanda agregada e a oferta agregada estão equilibradas; o fluxo de mercadorias e de
capitais com o resto do mundo apresenta saldo nulo.
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No caso que estamos estudando, podemos notar que a economia possui capacidade para produzir uma
renda maior (Y*). Então, para estimular o crescimento econômico, as autoridades do país implementam
uma política monetária expansionista, mediante o aumento da oferta de moeda.
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O aumento da oferta monetária desloca a curva LM para a direita, de LM0 para LM1. Isto ocorre porque
a expansão monetária, para o nível de renda vigente, torna a oferta de moeda maior que a demanda por
moeda.
O excesso de oferta de moeda provoca redução da taxa de juros de r0 para r1. Para que a demanda por
moeda volte a equilibrar-se com a nova oferta monetária, a renda deverá crescer de Y0 para Y1. Desse
modo, o ponto de equilíbrio interno desloca-se para o ponto B, em que a taxa de juros é menor e a
renda é maior.
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A redução da taxa de juros para r1 — que agora se situa abaixo da taxa de juros mundial — provoca forte
saída de capitais do país, o que gera uma situação de déficit no balanço de pagamentos. Como você já
sabe, todos os pontos abaixo da curva balanço de pagamentos (BP) indicam situação deficitária.
Contudo, dado que o sistema de câmbio é fixo, a taxa de câmbio não será desvalorizada. Logo, a curva
balanço de pagamentos (BP) não se altera, pois a taxa de câmbio não se modificou.
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Para manter a paridade da taxa de câmbio, as autoridades monetárias deverão atuar no mercado de
divisas vendendo moeda estrangeira ao câmbio estabelecido (redução das reservas internacionais). A
venda de moeda estrangeira, pelo Banco Central, implica a compra de moeda nacional, o que promove
uma redução da oferta monetária.
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O reequilíbrio da economia será alcançado quando a taxa de juros subir até o nível vigente no mercado
internacional (r*), ou seja, r0.
Assim sendo, o equilíbrio final da economia será coincidente com o ponto A; a renda e a taxa de juros da
economia são, respectivamente,Y0 e r0.
Pelo o que vimos até aqui, podemos concluir que sob o regime de taxa de câmbio fixa e mobilidade
perfeita de capitais:
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Política econômica que eleva os gastos públicos ou reduz a carga tributária com o
objetivo de aumentar a renda da economia em períodos de estagnação econômica.
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Como a oferta monetária mantém-se inalterada, o crescimento da renda aumenta a demanda de moeda
para transação, o que exige uma taxa de juros maior para manter em equilíbrio o mercado monetário.
Assim, o equilíbrio interno deverá desloca-se do ponto A para o ponto B, em que a taxa de juros é maior
(r1) e a renda é maior (Y1). Observe que o aumento da taxa de juros para r1 aumenta a capacidade de o
país atrair capitais autônomos. A forte entrada de capitais estrangeiros provoca pressões no sentido de
valorização da moeda nacional, isto é, a taxa de câmbio tende a reduzir-se.
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Explicação
Dado que a taxa de câmbio é fixa, as autoridades monetárias deverão intervir no mercado cambial com
o objetivo de manter a paridade da moeda nacional. O Banco Central intervém no mercado de câmbio,
comprando moeda estrangeira, segundo a cotação estabelecida. Esta transação implica expansão da
oferta monetária, o que desloca a curva LM para a direita, de LM0 para LM1.
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O reequilíbrio da economia será alcançado quando a taxa de juros cair até o nível praticado no mercado
internacional (r*), ou seja, r0. O equilíbrio final da economia se dará no ponto C, em que a renda e a
taxa de juros da economia são, respectivamente, Y2 e r0.
Pelo que vimos, podemos concluir que sob o regime de taxa de câmbio fixa e mobilidade perfeita de
capitais:
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Por fim, é oportuno lembrar que a adoção de uma política fiscal contracionista terá ajustamento
simétrico ao descrito nos parágrafos anteriores, ou seja, promove retração da renda agregada e mantém
inalterada a taxa de juros no ponto de equilíbrio final alcançado.
Política econômica que consiste na redução dos gastos públicos ou elevação da carga
tributária com o objetivo de reduzir o ritmo de crescimento da economia,
notadamente quando há a presença de pressões inflacionárias.
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RESUMO
No Quadro 1, apresentamos os efeitos finais da adoção de políticas econômicas anticíclicas.
Quadro 1 - Efeito final de políticas econômicas na presença de mobilidade perfeita de capitais e regime
de câmbio fixo.
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Considerando que a renda gerada apresenta-se aquém do potencial permitido pela estrutura da
economia do país, as autoridades do país implementam uma política monetária expansionista, isto é,
que resulta no aumento da oferta de moeda.
O aumento da oferta monetária desloca a curva LM para a direita, de LM0 para LM1. Isto ocorre porque
a expansão monetária, para o nível de renda vigente, torna a oferta de moeda maior que a demanda por
moeda. O excesso de oferta de moeda provoca uma redução da taxa de juros de r0 para r1. Para que a
demanda por moeda volte a equilibrar-se com a nova oferta monetária, a renda deverá crescer
deY0 para Y1.
Agora, a partir do que já vimos, para onde você acha que o ponto de equilíbrio interno se deslocará?
Neste novo ponto, como estarão a taxa de juros e a renda?
Explicação
O ponto de equilíbrio interno desloca-se para o ponto B, em que a taxa de juros é menor
e a renda é maior.
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A redução da taxa de juros para r1 — que agora se situa abaixo do nível mundial — provoca uma forte
saída de capitais do país, o que gera uma situação de déficit no balanço de pagamentos. Note que todos
os pontos abaixo da curva balanço de pagamentos (BP) indicam situação deficitária.
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Portanto, a redução da taxa de juros provoca uma retração da oferta de moeda estrangeira no país,
gerando um excesso de demanda por divisas estrangeiras. Esta situação provoca fortes pressões no
sentido de desvalorização da moeda nacional.
Considerando que o sistema de câmbio é flutuante, ou seja, a taxa de câmbio é formada no mercado de
divisas estrangeiras, as autoridades monetárias não fazem intervenção com o objetivo de manter a
paridade cambial.
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Dessa forma, a moeda nacional sofrerá uma desvalorização em relação às moedas estrangeiras. Logo, a
taxa de câmbio deverá elevar-se.
O crescimento da renda derivada das vendas externas aumenta a demanda de moeda para transação, o
que provoca um aumento da taxa de juros. Desse modo, o ponto de equilíbrio da economia desloca-se,
novamente, do ponto B para o ponto C, em que a taxa de juros é maior (igualando-se à taxa de juros
internacional) e a renda é maior.
No ponto C, a renda e a taxa de juros da economia são, respectivamente, Y2 e r0. Portanto, no equilíbrio
final da economia, a renda será maior e a taxa de juros mantém paridade com o mercado internacional.
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Do que foi visto, podemos, então, concluir que, sob o regime de taxa de câmbio flutuante e na presença
de mobilidade perfeita de capitais, a política monetária expansionista:
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Para promover o crescimento da economia, o governo resolveu aumentar os gastos públicos (G). Esta
iniciativa causou, de imediato, um aumento na demanda agregada, deslocando a curva IS para a direita
(expansão econômica), de IS0 para IS1.
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Vamos pensar, novamente: considerando que a oferta monetária mantém-se inalterada, qual a relação
que ocorreria entre a renda e a moeda de transação? E quais as consequências deste acontecimento,
em relação à taxa de juros, para que o equilíbrio do mercado monetário seja mantido?
Explicação
Assim sendo, o equilíbrio interno deverá deslocar-se do ponto A para o ponto B, em que a taxa de juros
é maior (r1) e a renda é maior (Y1).
Observe que o aumento da taxa de juros para r1 aumenta a capacidade de o país atrair capitais
autônomos. A resultante do processo descrito é a geração de um superávit no balanço de pagamentos.
A forte entrada de capitais estrangeiros provoca pressões no sentido de valorização da moeda nacional,
isto é, a taxa de câmbio tende a reduzir-se.
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Dado que o sistema de câmbio é flutuante, as autoridades monetárias não fazem intervenção no
mercado de câmbio. Em decorrência, a moeda nacional é valorizada, ou seja, a taxa de câmbio se reduz.
A redução da taxa de câmbio torna menos competitivas as exportações do país e estimula o consumo de
bens importados, o que desloca a curva IS para a esquerda, de IS1 para IS0. Assim, o equilíbrio final da
economia se situará no ponto A, em que a renda e a taxa de juros da economia são,
respectivamente, Y0 e r0.
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Do exposto, podemos concluir que, sob o regime de taxa de câmbio flexível e mobilidade perfeita de
capitais, a política fiscal expansionista:
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Buscando reduzir o ritmo de crescimento da economia, o governo resolveu aumentar a carga tributária
(T). Esta iniciativa causa, de imediato, uma redução da demanda agregada, deslocando a curva IS para a
esquerda (contração econômica), de IS0 para IS1.
Dado que a oferta monetária mantém-se inalterada, a redução da renda diminui a demanda de moeda
para transação, o que exige uma taxa de juros menor para manter em equilíbrio o mercado monetário.
Desta forma, o equilíbrio interno deverá deslocar-se do ponto A para o ponto B, em que a taxa de juros
é menor (r1) e a renda é menor (Y1).
Observe que a redução da taxa de juros para r1 diminui a capacidade de o país atrair capitais
autônomos. A forte saída de capitais estrangeiros provoca pressões no sentido de desvalorização da
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moeda nacional, isto é, a taxa de câmbio tende a elevar. A resultante do processo descrito é a geração
de um déficit no balanço de pagamentos.
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Dado que o sistema de câmbio é flutuante, as autoridades monetárias não fazem intervenção no
mercado de câmbio. Em decorrência, a moeda nacional é desvalorizada, ou seja, a taxa de câmbio eleva-
se. A elevação da taxa de câmbio torna mais competitivas as exportações do país e desestimula o
consumo de bens importados, o que desloca a curva IS para a direita, de IS1 até IS0.
Desta forma, o equilíbrio final da economia se situará no ponto A, em que a renda e a taxa de juros da
economia são, respectivamente,Y0 e r0.
Diante disso, pode-se concluir que, sob o regime de taxa de câmbio flexível e mobilidade perfeita de
capitais, a política fiscal contracionista é ineficaz como medida anticíclica.
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RESUMO
Para se obter a livre movimentação de capitais, é preciso que não exista qualquer tipo de restrição
institucional ao capital estrangeiro.
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redução transitória da taxa de juros interna que causa uma forte saída de capitais autônomos;
como o regime de câmbio é flutuante, ocorre desvalorização da moeda nacional;
as exportações são estimuladas (a curva IS desloca-se para a direita);
com a expansão da demanda agregada, a taxa de juros eleva-se até o nível original;
a renda se expande e a taxa de juros interna retorna ao nível original (igual à taxa de juros do
mercado internacional).
É bom lembrar que a política fiscal contracionista, no sistema de câmbio flutuante e na presença de
mobilidade perfeita de capital, é ineficaz como medida de estabilização.
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