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ARTIGOS

Softwares para automação


de bibliotecas e centros de
documentação na
literatura brasileira até 1998
Gercina Ângela Borém Lima INTRODUÇÃO tes relatam experiências em classifi-
cação automática. O presente artigo
O objetivo deste trabalho é estudar trata somente do primeiro grupo, ou
a produção bibliográfica sobre os sof- seja, a literatura sobre softwares ou
twares que têm sido utilizados na au- sistemas projetados especificamente
tomação de bibliotecas ou de sistemas para suportar a criação, manutenção e
bibliográficos no Brasil. Ao analisar utilização de bases de dados textuais
comparativamente o conteúdo dessa ou sistemas específicos na informati-
literatura, avaliar sua relevância e des- zação da catalogação. Exclui, assim,
crever esses softwares sucintamente, a literatura sobre classificação e inde-
objetivou-se criar uma fonte de referên- xação automática e, ainda, aquela que
cia e ponto de partida para estudos aborda aspectos da automação de bi-
mais aprofundados. Pretendeu-se, tam- bliotecas de maneira geral. Este enfo-
bém, diminuir a carência de materiais que justifica-se também pela maior re-
didáticos atualizados na área de tec- levância histórica e pelas perspectivas
nologia aplicada ao tratamento da in- da catalogação automática, seja no
formação, provendo os alunos de infor- aprimoramento das formas de represen-
mações básicas sobre os programas tação documentária, seja no desenvol-
de computador mais utilizados em bi- vimento de mecanismos para rápido
bliotecas no Brasil, bem como seu fun- acesso e recuperação da informação.
cionamento. É natural, portanto, maior número de pu-
blicações nessa área, o que favore-
Foi considerada aqui a literatura nacio- ceu o mapeamento histórico desse pro-
nal publicada em revistas especializa- cesso.
das e anais de eventos científicos de
biblioteconomia e documentação a Os principais centros de informação e
partir de 1968* . Os artigos que trata- bibliotecas do mundo podem, hoje, ser
vam da automação de bibliotecas de conectados por vastas redes on-line.
maneira geral não foram considerados, Esse fato faz da catalogação coopera-
por entender-se que uma abordagem tiva uma proposta viável, facilitando, de
mais abrangente fugiria do objetivo prin- forma revolucinária, os empréstimos
cipal deste trabalho. Inicialmente, a bi- entre bibliotecas e outras atividades de
bliografia levantada totalizou 98 referên- distribuição de recursos informacio-
Resumo cias, que foram divididas em três gru- nais. Pesquisadores acadêmicos po-
pos: 75 são textos que se referem a dem, por exemplo, usar seus terminais
Estudo panorâmico sobre a utilização de softwares para automação de bibliote- para pesquisar um catálogo represen-
software para a automação de bibliotecas cas, centros de documentação, servi- tado pela somatória dos acervos de
no Brasil até 1998, contendo análise de
tendências desta produção bibliográfica
ços de informação ou catalogação au- várias bibliotecas, identificar a disponi-
quanto à sua autoria, tipo de tomática; 18 artigos tratam de concei- bilidade de um item em cada um des-
documentação, meio de publicação, tos gerais de indexação automática ou ses acervos e, eventualmente, fazer
distribuição geográfica e no tempo. Inclui suas aplicações; os 5 textos restan- empréstimos de materiais que lhe se-
uma descrição sucinta dos principais
software citados na literatura.
rão entregues na sua sala ou laborató-
rio. No Brasil, a automação nas princi-
Palavras-chave * O recorte cronológico a partir de 1968 deve- pais bibliotecas e centros de documen-
se ao fato de que é desse ano a primeira ex- tação já ultrapassou os estágios inici-
Software para automação de bibliotecas; periência brasileira em serviços
Gerenciadores de bases de dados automatizados na área de biblioteconomia, com
ais de desenvolvimento. Os avanços
bibliográficas; Tendências da publicação a edição da Bibliografia Brasileira de Física. tecnológicos na área de tratamento da
bibliográfica; Documentação.

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informação destacam-se primeiramen- PRO-CITE, Acervum, Reference Ma- grafia, esse estudo teve um enfoque
te nos serviços de catalogação e, de- nager, MicroISIS, LightBase, são sof- analítico-descritivo baseado no levan-
pois, na indexação automatizada. Com twares que rodam em microcomputa- tamento quantitativo das seguintes va-
freqüência, nos projetos de automação dores, destinados a uma clientela que riáveis:
de bibliotecas, a primeira demanda se inclui não apenas bibliotecários, mas
concentra na organização do catálogo também usuários pessoais, principal- • tipo de documento (artigos em peri-
e na solução de seus problemas mais mente professores e pesquisadores ódicos e trabalhos completos publica-
freqüentes, como a geração de regis- acadêmicos. São programas que apre- dos em anais);
tros no controle da coleção, sua dis- sentam facilidades e vantagens na sua
ponibilização e a flexibilização do seu utilização devido às suas interfaces • autoria (autor, co-autor, colaborador
acesso. Nessa tarefa, o gerente de in- amigáveis. Alguns vêm com formatos e tradutor);
formação, dentro do novo perfil profis- preestabelecidos para atender às ne-
sional que delineia-se nessa área, dis- cessidades bibliográficas e facilitar a • formação profissional dos autores;
põe de três tipos básicos de software: entrada de dados.
• fonte de publicação (título do periódi-
1. sistemas de gerenciamento de bi- Já os Sistemas de Gerenciadores de co ou anais);
bliotecas; Banco de Dados, como Access, File
Maker e dBASE, são softwares de • local de origem do autor (cidade onde
2. sistemas de gerenciamento de base espectro comercial mais amplo, que o autor mora ou trabalha);
de dados bibliográficos; suportam o armazenamento de gran-
des quantidades de informação. Pos- • data.
3. sistemas de gerenciamento de ban- suem habilidades de recuperação se-
co de dados. gundo diferentes critérios de cruzamen- ANÁLISE DA LITERATURA
to, o que é uma característica impor- SELECIONADA
Os sistemas de gerenciamento de bi- tante para a maior parte das funções
bliotecas são sistemas de bases de bibliotecárias. Apesar de serem consi- Foram pesquisados os catálogos da
dados com uma finalidade específica, derados opções naturais na manipula- Biblioteca Etelvina Lima da Escola de
projetados para controlar as atividades ção de bases de dados contendo o Biblioteconomia da UFMG, da Biblio-
essenciais de uma biblioteca. Geral- acervo de uma típica biblioteca brasi- teca do IBICT e as bases de dados on-
mente, funcionam em computadores leira (Sayão et al., 1989), esses ge- line da USP, Unicamp e UFRGS.
de grande porte, destinados a centro renciadores apresentam limitações, a
de informações maiores, permitindo Para este estudo, foram considerados
exemplo dos sistemas de campos fi-
uma padronização, integração, compa- somente os softwares citados na lite-
xos e saídas em forma colunar, que
tibilidade e intercâmbio de um grande ratura brasileira, cujo o universo é me-
dificultam sua utilização pelo bibliote-
volume de informações. No Brasil, nor que a totalidade dos softwares exis-
cário. Comparados com os sistemas
entre os gerenciadores de bibliotecas tentes no mercado* . Por isso, sugere-
de gerenciamento de bibliotecas que
estão o Virginia Tech Library Sys- se que este levantamento seja com-
permitem informatizar todas as funções
tem (VTLS), utilizado pelo Sistema de plementado com outras fontes como
de uma biblioteca, tanto os gerencia-
Bibliotecas da UFMG, Bibliotecas da livros, manuais, a rede Internet etc.
dores de banco de dados, quanto os
Unicamp e pelas Bibliotecas da Uni- gerenciadores de bases de dados bi-
versidade de Santa Catarina; o Auto- Por meio da literatura nacional sobre
bliográficos têm aplicações restritas
mated Library Expandable Program softwares aplicados à biblioteconomia
em bibliotecas, uma vez que não aten-
(ALEPH), que é um software desen- pôde-se notar uma predominância ab-
dem a diversas demandas de manipu-
volvido na The Hebrew University, em soluta de relatos de experiências na
lação de informação. Sua adaptação
Jerusalém, Israel (comercializado pela utilização do MicroISIS na automação
na realização de algumas tarefas pode
Ex Libris), implantado na Rede de Bi- de bibliotecas. Outra parcela significa-
resultar em um aproveitamento inade-
bliotecas da USP e no Sistema de Bi- tiva dos artigos relata aplicações de
quado de algumas funções, ou mes-
bliotecas da Fiocruz; o Sysbibli, desen- softwares comerciais. Há também o
mo comprometer o serviço prestado.
volvido pela Contempory, utilizado no caso de sistemas de automação iso-
Sua utilização, entretanto, é justificá-
Banco do Desenvolvimento de Minas lados (programas in house). Por des-
vel pelo baixo custo e possibilidade de
Gerais (BDMG), Universidade de Gua- conhecimento da disponibilização de
operar em sistemas monousuários.
rulhos, Agroceres (SP) e Datamec (RJ) softwares no país, pelo rigor da lei de
e também o Informa Biblioteca Eletrô- reserva de mercado na área de infor-
METODOLOGIA
nica, que é utilizado na Assembléia Le- mática que predominou até 1993 ou,
gislativa do Rio de Janeiro, no Colégio A partir da coleta e seleção da biblio- ainda, pela crença da necessidade de
Cristo Rei/ES, no Instituto Cultural Itaú/
SP e na Universidade Metodista/SP. * Alguns softwares utilizados no Brasil não
citados na literatura são Acervum, Biblos ,
BookMaster, Docman, EasyBook, EasyDoc,
Gerenciadores de bases de dados bi-
Sistema GIZ Biblioteca, Sistema Thesaurus,
bliográficas, como Endnote, Papirus, SophiA-Biblioteca, Biblioteca Argonauta,
YESHÛA, Papyrus, @ULA etc.

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softwares sob medida, muitas biblio- TABELA 1


tecas tentaram desenvolver isolada- Classificação dos softwares quanto à disponibilização
mente seus próprios programas (ver
tabela 1). Essa tendência tende a di- Disponibilização comercial in house
minuir devido à dificuldade de os pro-
gramas in house se comunicarem com Softwares Aleph, Dobis/Libis, GB, ILS, Gerbibli, Ainfo, BIB/Dialogo
outros formatos padronizados ou parti-
Sibil, Stairs, Sysbibli, BIB/Bacth, Saber, SAB,
ciparem de redes de intercâmbio e,
também, devido à sua desvantagem InMagic Plus Software, SABi, SAB2, Sistema Calco,
diante da grande flexibilidade e pratici- LighBase, MicroISIS, Ortodocs, Patplus
dade proporcionada pelos softwares Pro-Cite, SRI, VTLS
comerciais. Total 14 10

Notou-se significativo crescimento no


número de publicações a partir da cres-
cente adoção do MicroISIS pelas bibli- TABELA 2
otecas ou centros de documentação. Número de publicações por software
Ao mesmo tempo, o número de textos
sobre a aplicabilidade dos outros pro- Softwares Número %
gramas manteve-se pequeno em todo
o período (ver tabela 2). Do total de 75 Ainfo 02 2,66
artigos consultados que tratam de ca- Aleph 01 1,33
talogação automática e softwares para BIB/Bacth 01 1,33
automação de bibliotecas, centros de
BIB/Dialogo 02 2,66
documentação ou serviços de informa-
ção, 40 tratavam exclusivamente da Dobis/Libis 03 4,00
utilização do software MicroISIS como GB 01 1,33
gerenciador de bases de dados textu- Gerbibli 01 1,33
ais, confirmando que esse ainda é o InMagic Plus Software 01 1,33
programa mais utilizado e estudado por Integrated Library System (ILS) 02 2,66
bibliotecários no Brasil. Alguns fatores
LighBase 01 1,33
contribuíram para isso. Entre eles, a
utilização do MicroISIS pela rede Bi- MicroISIS 40 53,33
bliodata como formato de saída tor- Ortodocs 02 2,66
nando o uma linguagem comum para Patplus 01 1,33
as bibliotecas do Brasil e da América Pro-Cite 02 2,66
Latina, bem como a natureza não lu- SAB 01 1,33
crativa deste programa, desenvolvido
SAB 2 01 1,33
pela Unesco e distribuído pelo IBICT
desde 1986, e, finalmente, a dificul- Saber 01 1,33
dade de aquisição de softwares/har- SABi 01 1,33
dwares funcionalmente mais diversifi- Sibil 01 1,33
cados no mercado brasileiro. Sistema Calco 02 2,66
SRI 01 1,33
Observou-se que os textos resultantes
Stairs 05 6,67
de trabalhos apresentados em eventos
representaram quase o dobro dos arti- Sysbibli 02 2,66
gos publicados em revistas especiali- VTLS 01 1,33
Total 75 100,00

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zadas (ver tabela 3). Isso mostra a im- TABELA 3


portância de eventos periódicos como Tipos de documentos produzidos
os seminários sobre automação de bi-
bliotecas e centros de documentação Tipos de publicações Número %
que, bienalmente, divulgaram 30,66%
de todos os textos da área (ver tabela
Artigos em periódicos 28 37,33
4). Em seguida, aparecem o Congres-
Trabalhos completos em anais 47 62,66
so Brasileiro de Biblioteconomia e Do-
cumentação e o Congresso de Biblio- Total 75 99,99
teconomia, Documentação e Ciência
da Informação, representando, cada TABELA 4
um, 8.0% do total. Nos outros even- Fontes das publicações sobre softwares para automação de bibliotecas
tos, as publicações nessa área varia-
ram entre 1,33% a 5,33% do total. Periódicos Número %
Seguindo a mesma tendência dos tra-
balhos completos em anais, os artigos
se concentraram em um só periódico, Revista Ciência da Informação 15 20,0
a Revista Ciência da Informação (20% Revista de Biblioteconomia de Brasília 08 10.66
do total selecionado), secundada pela Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação 02 2,66
Revista de Biblioteconomia de Brasília Revista Brasileira de Computação 01 1,33
(10,66%). Os demais periódicos con- Transinformação 01 1,33
sultados apresentaram apenas um ou
nenhum trabalho.
Anais de eventos científicos Número %
Geograficamente, notou-se que Bra-
sília destaca-se como maior centro Seminários sobre Automação de Bibliotecas e 23 30,66
de divulgação de trabalhos sobre sof- Centros de Documentação
twares para automação de bibliotecas. Congressos Brasileiros de Biblioteconomia e 06 8,0
Juntos, seus dois periódicos, a Revis-
Documentação
ta Ciência da Informação do IBICT e a
Revista de Biblioteconomia de Brasí- Congressos de Biblioteconomia, Documentação e 06 8,0
lia, da UnB, foram responsáveis pela Ciência da Informação
divulgação de quase um terço das pu- Painéis de Biblioteconomia de Santa Catarina 04 5,33
blicações (ver tabela 4). Seminários Nacionais de Bibliotecas Universitárias 03 4,0
Congresso Latino-Americano de Biblioteconomia e 02 2,66
No que diz respeito à procedência dos
Documentação
autores (ver tabela 5), 37,33 % são de
São Paulo, seguidos por 17,33% do Rio Encontros Nacionais de Informática e 02 2,66
de Janeiro, 16,00% de Santa Catarina Documentação Jurídica
e 10,66% de Brasília. Os estados de Seminários Catarinenses de 01 1,33
Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Biblioteconomia & Informação
Sul, Minas Gerais e Espírito Santo Total 75 100,0
apresentaram índices bem menores.
Se há maior contribuição dos autores
paulistas e depois cariocas, não sur- TABELA 5
preende, pois a automação em biblio-
Distribuição geográfica dos autores principais
tecas depende diretamente de recur-
sos financeiros significativos. Os auto- Local Número %
res catarinenses, como Ohira, revela-
ram-se como importantes lideranças São Paulo 28 37,33
intelectuais na área. Por outro lado,
Rio de Janeiro 13 17,33
estados ricos, como Minas Gerais e
Rio Grande do Sul, demonstraram pou- Santa Catarina 12 16,00
ca participação nesta área de estudo. Brasília 08 10,67
Paraná 04 5,33
Em relação à distribuição temporal dos Pernambuco 04 5,33
textos (ver tabela 6), notou-se maior Rio Grande do Sul 03 4,00
coincidência do volume de publicações
Minas Gerais 02 2,67
com os anos de realização dos Semi-
nários sobre Automação de Bibliote- Espírito Santo 01 1,33
Total 75 100,00

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cas e Centros de Informação TABELA 6


(1989,1992, 1994,1997). O ano mais Número de publicações por ano
produtivo, considerando a data dos tra-
balhos selecionados, foi o de 1994. Ano Número % Ano Número % Ano Número %
Esse fato deveu-se à realização de três
eventos no mesmo ano: o Seminário
1998 2 2,66 1992 11 14,66 1986 2 2,66
sobre Automação de Bibliotecas e Cen-
1997 10 13,33 1991 8 10,66 1985 6 8,00
tros de Informação, o Seminário Naci-
onal de Bibliotecas Universitárias e o 1996 0 0,00 1990 2 2,66 1984 0 0,00
Congresso Latino-Americano de Bibli- 1995 0 0,00 1989 6 8,00 1983 0 0,00
oteconomia e Documentação. Pôde-se 1994 19 25,33 1988 2 2,66 1982 1 1,33
observar ainda que, à exceção do ano
de 1985 (com seis publicações), foi a
partir da consolidação do MicroISIS no TABELA 7
Brasil (cujo primeiro artigo data de Publicações por autor
1988) que surgiu um número maior e
mais consistente de publicações. Autor Número %

Os autores brasileiros que publicaram


dois ou mais trabalhos nessa área (ver OHIRA, Maria Lourdes B. 05 6,66
tabela 7) foram Ohira, Gildenir SAN- SANTOS, Gildenir 04 5,33
TOS, McCarthy, Salvato, Sell, Cruz, McCARTHY, Cavan Michael 03 4,00
Pimentel e Souza. Dos 131 autores SALVATO, Gilberto José 03 4,00
levantados, somente 29 publicaram in-
SELL, Maria Aparecida 03 4,00
dividualmente. Em contraposição, 46
das 75 publicações resultaram de co- CRUZ, Angela M. V. da 02 2,66
autoria, o que sugere um típico envol- PIMENTEL, Carlos Eduardo 02 2,66
vimento e consolidação de equipes de SOUZA, Irene Josefa 02 2,66
trabalho nesta área. Demais autores 01 1,33

Quanto à formação profissional dos


autores (ver tabela 8), notou-se que a TABELA 8
maioria é de bibliotecários (61,07%), Formação profissional dos autores
seguidos por analistas de sistemas
(12,21%) e professores universitários Formação Profissional Número %
(11,45%). Estes dados tornam-se pre-
ocupantes, se levarmos em conta a
expectativa de que a universidade seja Bibliotecários 80 61,07
o principal pólo de pesquisa e geração Analistas de sistemas 16 12,21
de conhecimento no país. Se o estudo Professores universitários 15 11,45
e utilização desses softwares ainda Alunos 09 6,87
não atraiu a devida atenção da comu- Chefias administrativas 05 3,81
nidade bibliotecária acadêmica, nota-
Consultores empresariais 04 3,07
se, por outro lado, a formação de gru-
pos de estudo entre os bibliotecários. Assessor de informática 02 1,52
Confirmando este quadro está o gran- Total 131 100,00
de número de relatos de experiên-
cia publicados.

APRESENTAÇÃO DOS
SOFTWARES CITADOS NA
LITERATURA

Esta seção descreve, em ordem alfa-


bética e a partir da bibliografia consul-

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tada, as características básicas e lo- Departamento de Biblioteconomia da tal e musical da Secretaria de Cultura
cais de aplicação de 24 softwares. Ao Universidade de Brasília e com o apoio do Município de São Paulo.
mesmo tempo em que visa a reunir in- do Centro de Processamento de Da- A experiência de informatização da rede
formações sobre programas virtualmen- dos daquela universidade, o BIB/Dialo- da Secretaria Municipal de Cultura de
te desconhecidos da maioria dos bibli- go e o BIB/Batch são sistemas escri- São Paulo (SMC) foi ainda relatada por
otecários e professores de biblioteco- tos em linguagem Cobol standard, para Melo, Brandão e Santos (1994) no Se-
nomia, pretende servir como ponto de computadores Burroughs B6700 e ter- minário sobre Automação de Bibliote-
partida para comparações e eventuais minais Skopus TVA 800, de fabricação cas e Centros de Documentação. As
aquisições. nacional. Enquanto o primeiro é um autoras descrevem esse gerenciador
sistema em linha para armazenagem de bibliotecas de origem belga-alemã
Ainfo e recuperação de dados bibliográficos, que pode atuar em rede. O Dobis/Libis
o segundo é um sistema completo de é conversacional, multilíngüe, compa-
Ainfo é uma ferramenta para gerencia- processamento da informação docu- tível com o formato Marc, com descri-
mento de bases de dados documen- mentária em lotes. O próprio Robredo ção bibliográfica para todos os tipos de
tais e processos bibliográficos, desen- (1982), no artigo Dois novos sistemas materiais e emissão de relatórios e
volvida pelo Centro Nacional de Pes- com computadores para o processa- estatísticas. Suas funções de pesqui-
quisa Tecnológica em Informática para mento completo da informação docu- sa, catalogação, resumos, circulação,
Agricultura (CNPTIA) em Campinas, mentária, sugeriu que esses seriam os aquisição, controle de periódicos, cor-
São Paulo, para ser utilizada no ambi- primeiros sistemas de informática do- reio eletrônico e saídas impressas
ente de software NTIA, criado na pró- cumentária desenvolvidos e utilizados (como emissão de etiquetas de códi-
pria Embrapa. Durante o V Seminário para fins de ensino e pesquisa em uma go de barras) podem ser integradas.
de Automação em Bibliotecas e Cen- universidade de um país em desenvol- Sua rede no Brasil contava, na data da
tro de Documentação, Lenk (1994) vimento. Moreia (1991) relatou sua publicação do artigo, com a participa-
apresentou sucintamente esse aplica- experiência utilizando o BIB/Dialogo ção de 79 bibliotecas. Contava tam-
tivo, explicando como se dá o gerenci- durante o planejamento e criação do bém com serviços periódicos de
amento local da informação técnico- banco de dados Pró-música sobre su- manutenção e cursos e atualização.
científica nas unidades de pesquisa portes de informação musical, projeto
dessa empresa, distribuídas por todo que foi o trabalho final do autor na dis- GB (Gestor de Bibliotecas)
o território nacional. No VI Seminário ciplina Tópicos Especiais em Docu-
de Automação em Bibliotecas e Cen- mentação e Ciência da Informação, do Brunhera (1992) relatou como, junta-
tro de Documentação, Oliveira e Antu- Curso de Mestrado em Bibliotecono- mente com analistas de sistemas,
res (1997) apresentaram o Ainfo mais mia e Documentação da Universidade criou esse software para gerenciamento
detalhadamente, descrevendo sua es- de Brasília. de bibliotecas e centros de informação
trutura, seus módulos básicos e os e documentação. Distribuído pela Bi-
relacionamentos entre suas bases de Dobis/Libis blioinfo S/C Ltda., o GB foi desenvolvi-
dados. do para atender especialmente às bi-
Em 1991, dois trabalhos foram apre- bliotecas especializadas em direito.
Aleph (Automated Library Expandable sentados no XVI Congresso Brasileiro Entre as principais características des-
Program) de Biblioteconomia e Documentação te software, a autora destaca a catalo-
relatando as experiências de automa- gação de uma grande diversidade de
O software Aleph é um gerenciador ção de acervos da Secretaria Munici- materiais (inclusive jurisprudência), a
de bibliotecas, desenvolvido na The pal de Cultura de São Paulo utilizando recuperação simplificada por meio de
Hebrew University, em Jerusalém, Is- o Dobis/Libis. No primeiro trabalho, várias entradas, o fácil controle de
rael. Comercializado no Brasil pela Ex Hueso, Mattes e Bertonazzi descrevem empréstimos, a possibilidade de im-
Libris, está sendo utilizado por insti- sua utilização na implantação do sis- pressão de listagens, a manutenção de
tuições como a USP e a Fundação Os- tema Fast-cat, criado para atender às estatísticas atualizadas e o help on-
valdo Cruz (Fiocruz). Durante o VI Se- funções de pré-catalogação e agilizar line.
minário sobre Automação de Bibliote- o processamento técnico, após a in-
cas e Centros de Documentação, Mo- corporação do acervo do Departamen- GERBIBLI (Gerenciador de
raes (1997), relatou a experiência de to de Bibliotecas Infanto-Juvenis. No Bibliotecas)
automação do Sistema de Bibliotecas segundo trabalho, Mattes aponta as
da Fiocruz, particularmente o Progra- dificuldades na implantação desse sof- O sistema Gerbibli foi descrito por San-
ma de Controle de Qualidade Total na tware pelo Departamento de Bibliote- tos, Truzzi e Ferroni em 1994. Surgi-
Biblioteca de Manguinhos. Abordou cas Públicas e os problemas decorren- do de um trabalho integrado entre
também a mudança na indexação dos tes da falta de critérios técnicos bási- analistas e bibliotecários, este sof-
documentos para cooperação com as cos (inexistência de suporte, treina- tware foi desenvolvido para cadastra-
bases Lilacs e Secs. mento de usuários, levantamento das
necessidades dos usuários etc). Rela-
BIB/Dialogo e BIB/Batch ta, também, o processo de automa-
ção do acervo bibliográfico, documen-
Desenvolvidos por Jaime Robredo no

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Softwares para automação de bibliotecas e centros de documentação na literatura brasileira até 1998

mento, controle e recuperação da in- Segundo Pimentel e Pimentel (1994), Micro-ISIS e recursos disponíveis,
formação de materiais bibliográficos. o LightBase é um software destinado bem como suas limitações e pers-
Criado para atender às necessidades ao gerenciamento de bases de dados pectivas no Brasil. A publicação mais
da biblioteca especializada da BPS textuais, que possibilita o armazena- recente sobre o MicroISIS no Brasil foi
(uma empresa de projetos e integra- mento e recuperação de informações apresentado por Lima e Mendonça
ção de sistemas nas área de teleco- por meio de pesquisas por qualquer (1998), em que sumariamos, histori-
municações, automação e informática) dado, ou seja, palavra, valor, data etc., camente e por áreas de aplicação,
o Gerbibli possui quatro conjuntos bi- sem necessidade de marcação prévia. outros 37 artigos sobre esse progra-
bliográficos (livro, manual, periódico e Os autores descreveram a utilização ma, publicados desde 1988. Mencio-
catálogo) e cinco comandos (cadastro, desse software no desenvolvimento ino- namos também as mais recentes ver-
etiqueta, movimento, remover e pendên- vador de uma base de dados de usuá- sões do programa e endereços eletrô-
cia). Os nomes dos comandos são rios, destacando a importância da mes- nicos para demonstração, aquisição e
auto-explicativos, não havendo dificul- ma para melhorar o relacionamento dos fórum de discussão internacional. Atu-
dade na uso de suas funções. bibiotecários com o público. Como prin- almente, no Brasil, as informações
cipais características do LightBase, sobre o MicroISIS concentram-se nos
ILS (Integrated Library System) apontaram sua interface amigável, a sites da Bireme cujo o endereço ele-
facilidade de pesquisa e a enorme ca- trônico é http//: www.bireme.br e da
O ILS, desenvolvido pelo Centro de Pro- pacidade em relação ao do tamanho Contempory (http//:
cessamento de Informações Científicas das bases de dados e extensão dos www.contempory.com).
da Comunidade Européia, Itália, serve registros.
à automatização de todos os serviços Ortodocs
de uma biblioteca. Sousa, Bellizia e MicroISIS
Guedes (1989) relataram a experiên- O Ortodocs, fruto da tecnologia brasi-
cia da Divisão de Informação e Docu- No final de 1985, adaptando o Sistema leira de microinformática, permite de-
mentação Científica (DIDC) do Institu- ISIS que operava em computadores de senvolver várias funções da biblioteca,
to de Pesquisas Energéticas e Nucle- grande porte, a Unesco lançou o Mi- incluindo a catalogação, reconversão
ares (Ipen) com esse software na au- croISIS, especialmente em países em de catálogos e a geração de bases de
tomação do seu sistema e restrutura- desenvolvimento, para gerir bases de dados de autoridade, reunindo autores
ção do catálogo de assunto. Mais tar- dados documentais em microcompu- pessoais/coletivos e cabeçalhos de
de, no V Seminário sobre Automação tadores IBM-PC e compatíveis. Este assunto. Zanaga (1994) descreveu a
de Bibliotecas e Centros de Documen- programa permite construir e gerenci- mudança dos procedimentos adotados
tação, Igami (1994) expôs os motivos ar bases de dados estruturadas e não- na catalogação automatizada do Sis-
que levaram as bibliotecas do Ipen a numéricas, derivadas de coleções de tema de Bibliotecas da Unicamp e jus-
trocar de software, relatando como se objetos homogêneos, constituídas prin- tifica a adoção do Ortodocs por agili-
deu a migração de dados para siste- cipalmente de textos descritivos. A zar a catalogação e permitir que todos
mas alternativos. Lourenço e Cavalieri popularização do MicroISIS no Brasil, os procedimentos sejam efetuados on-
(1994) também citaram o ILS como a partir do início de sua distribuição pela line, desde a pesquisa do acervo até a
uma alternativa de software estrangei- Unesco, em 1986, deu-se nas mais inserção de um novo registro ou apro-
ro disponível no mercado nacional. diversas áreas do conhecimento. Sua veitamento de registros já existentes
Deve-se observar, porém, que não há aplicação vai da catalogação automa- na Base Bibliodata/Calco. Almeida et
na literatura uma descrição mais deta- tizada de fotografias até a criação de al. (1994) relataram o projeto de auto-
lhada sobre o mesmo. guias de fontes de informação. O pri- mação da Rede de Bibliotecas da
meiro artigo sobre esse programa, Im- Unesp utilizando esse software, des-
InMagic Plus plantação do MicroISIS no Senac, re- tacando sua característica de permitir
lata sua experiência pioneira no país. a importação de registros bibliográficos
O InMagic Plus foi criado nos EUA na Nele, Cruz e Paes Leme (1988) des- de qualquer formato e convertê-los em
década de 80, tendo sido utilizado em crevem o programa, bem como etapas formato Marc.
mais de 50 países. No Brasil, foi es- de planejamento e definição das bases
tudado em um projeto-piloto na USP, de dados do Senac, a definição de pa- Patplus
apresentado por Duckworth (1994) no drões para entrada de dados e a for-
V Seminário de Automação em Biblio- matação de relatórios e pesquisa. Fa- O Patplus é um sistema para recupe-
tecas e Centros de Documentação. zem também uma análise dos pontos ração de informação em bancos de
Com esse software, criou-se a base positivos e negativos de sua estrutura. dados organizados na forma de texto
de dados Projetos, que facilitava o Posteriormente, Miki (1989) publica completos, implementado em lingua-
acesso aos relatórios dos projetos de MicroISIS: uma ferramenta para o ge- gem Pascal para microcomputadores
pesquisa da Escola do Futuro, em um renciamento de bases de dados bibli- de 16 bits. Utiliza um sistema operacio-
programa ligado à Pró-Reitoria de Pes- ográficas, que é, ainda hoje, uma refe- nal do tipo DOS e requer uma memó-
quisa da USP, otimizando suas infor- rência básica na literatura sobre esse
mações e gerenciamento. programa. Nesse artigo, o autor des-
creve as características funcionais do
LightBase

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Softwares para automação de bibliotecas e centros de documentação na literatura brasileira até 1998

ria interna mínima de 256 KB e discos fico. A entrada catalográfica semelhan- fica, além de permitir o acesso on-line.
flexível. Zivianni (1990) descreveu este te ao AACR2 e o formato final compa-
programa, suas características e mó- tível com outros formatos bibliográficos, Saber
dulos principais: o módulo de conver- como Marc e Calco, foram apontados
são, o módulo que permite a constru- como pontos bastante positivos. Ape- O Saber foi desenvolvido em forma in-
ção de um índice invertido e o módulo sar de o software não possuir limites terativa, para computadores de grande
de consulta. Naquela época, o Patplus de caracteres nos campos, um dos porte, do tipo IBM 3032. Sá, Donnard
estava sendo utilizado experimental- problemas encontrados foi a inclusão e Dantas Filho (1985) descreveram
mente em alguns departamentos da de letras acentuadas, cuja solução foi esse sistema projetado com objetivo
UFMG, instituição na qual foi desen- sua representação com códigos de três de processar, arquivar e recuperar, au-
volvido com a coordenação do autor dígitos. tomaticamente por meio de disco mag-
anteriormente citado. nético, referências bibliográficas de in-
SAB (Sistema de Automação de Bi- teresse dos usuários da Biblioteca
Pro-Cite bliotecas) Central do IBGE. Além da recupera-
ção em linha, com utilização da lógica
Desenvolvido em 1983 por um profes- Desenvolvido na biblioteca técnica da booleana, e da emissão automática do
sor de biblioteconomia da Universida- BSM – Sistema e Métodos S.A, o SAB boletim bibliográfico, o sistema permi-
de de Michigan, a primeira versão do tinha como objetivo automatizar todos te a emissão de listagens por qualquer
Pro-Cite chamava-se Personal Biblio- os serviços oferecidos por esta empre- um dos campos recuperáveis, bem
graphic System e funcionava em mi- sa. Medina e Albuquerque (1986) apre- como listagens de estatística de uso.
crocomputadores Apple. No Brasil, sentam esse software como sendo
este software foi estudado por McCar- destinado basicamente à recuperação SABi (Sistema de Automação de
thy (1989, 1991). No primeiro artigo, o e armazenamento de informações bi- Bibliotecas da UFRGS)
autor apresentou seu sistema de defi- bliográficas através de funções on-line.
nição de dados bibliográficos. Por ser SILVA et al. (1994) descreveram o SABi
um software destinado ao gerenciamen- SAB2 (Sistema de Automação de como um sistema integrado, desenvol-
to de referências bibliográficas, o Pro- Bibliotecas 2) vido pela UFRGS, que prevê automa-
Cite destaca-se por oferecer formatos ção de todas as funções de bibliote-
prontos para materiais bibliográficos e Resultado de um convênio entre a Fun- cas universitárias. Elaborado com base
audiovisuais. Bastante amigável, dis- dação Universidade do Rio Grande-RS no CCAA2, esse software foi implan-
põe de menus ou listas de comandos (FURG), a Fundação Getúlio Vargas e tado em 1989 para organizar monogra-
em cada etapa, sendo muito apropria- a IBM do Brasil, o SAB2 foi criado com fias e publicações seriadas, podendo
do às bases de dados pequenas. Na o objetivo de desenvolver e implantar também incluir materiais especiais.
entrada de dados, o sistema permite, um sistema de automação de bibliote- Utiliza o MicroISIS para geração de
em todos campos, um número ilimita- cas que permitisse a integração des- alguns módulos, sendo compatível com
do de qualquer tipo de caracteres. Den- se sistema ao processo de cataloga- o Formato IBICT. O SABi foi disponibi-
tre as principais vantagens desse sis- ção cooperativa baseado no padrão lizado à comunidade pela Internet.
tema, podemos destacar a facilidade nacional de intercâmbio de dados bi-
na entrada de dados, a produção de bliográficos. Sibil (Sistema de Informações
bibliografias e referências bibliográficas, Bibliográficas)
a geração de índices e a economia de Becalli et al. (1994) relataram a expe-
memória. Como desvantagens, o au- riência de utilização desse software na Desenvolvido pela Scientia e pela Com-
tor destacou o custo (US$ 395.00), a informatização do Sistema Integrado de panhia de Tecnologia Industrial, o Sibil
pouca difusão no país e a destinação Bibliotecas da Universidade Federal do é composto de seis subsistemas: en-
ao usuário pessoal com limitações nas Espírito Santo (SIB/Ufes). Os autores trada e crítica de dados; monitoração
operações em bibliotecas. Um outro descreveram o SAB2 como um aplica- de acesso e uso; pesquisa bibliográfi-
problema é o fato de o formato de saí- tivo que permite a implantação imedia- ca em modo conversacional; dissemi-
da do sistema estar de acordo a nor- ta de serviços e produtos, tais como nação seletiva de informações, apoio
malização bibliográfica norte-america- cadastro de usuários, controle de cir- documental; controle de empréstimo e
na, e não da ABNT. culação de acervo, pesquisa bibliográ- reservas. Oliveira e Araújo (1985) rela-
taram a experiência com esse softwa-
No segundo artigo sobre o Pro-Cite, re na implantação do sistema de auto-
McCarthy (1991) relata a utilização mação do acervo e serviços da rede de
desse software na criação de uma base bibliotecas do Serviço Federal de Pro-
de dados para publicações locais em cessamento de Dados (Serpro). Além
Pernambuco. Esse projeto tinha, como de permitir a organização dos catálo-
um dos seus principais objetivos, re- gos individuais de cada biblioteca, por
gistrar publicações especializadas, a autor, título e assunto, o sistema emi-
“literatura cinza”* e outras publicações te etiquetas e um boletim bibliográfi-
não submetidas ao controle bibliográ- * O autor chama de “literatura cinza” os co, que funciona como catálogo coleti-
documentos periféricos de menor divulgação. vo de todo o acervo da rede, evitando

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Softwares para automação de bibliotecas e centros de documentação na literatura brasileira até 1998

aquisições desnecessárias e duplica- do Senado Federal), descrita anterior- artigo Metadados: catalogando dados
ção do acervo. mente pelos autores, há diversas ex- na Internet, citam a utilização desse
periências com este software no Bra- software pela Fundação Getúlio Vargas
Sistema Calco sil. Miashiro (1985) descreveu a utili- na modernização tecnológica da rede
zação desse software na implementa- Bibliodata. Nessa mudança, a migra-
O Sistema Calco foi desenvolvido pela ção do acesso on-line do Sistema de ção da base de dados para uma plata-
Fundação Getúlio Vargas (FGV) a par- Informação Técnico-Científico (Sitce) forma cliente-servidor possibilitou a dis-
tir do Sistema Marc, da Library of Con- da Embrapa. Teixeira e Gomes (1986) ponibilização da base de dados em cd-
gress, para automatizar os processos apresentaram a automação dos servi- rom, a consulta on-line via Internet, a
de catalogação cooperativa, permitin- ços bibliográficos da Rede Ferroviária implantação de um novo sistema de
do o intercâmbio via rede Bibliodata. Federal S.A., enquanto Nunes et al. entrada de dados e a utilização de sis-
Aronovich, Alves e Dias (1985) descre- (1991) trataram da automatização das temas locais de automação compatí-
veram o processo de automação na bibliotecas da Universidade do Rio veis com os padrões internacionais no
Biblioteca Nacional com a adoção do Grande, ressaltando sua importância formato Usmarc.
formato Calco e sua integração ao sis- na aceleração deste processo. Final-
tema Bibliodata/Calco em 1982. De- mente, Soler (1992) descreveu a expe- CONCLUSÃO
court (1987), no artigo O sistema CAL- riência com o Stairs no Centro de In-
CO e a Rede Bibliodata, descreveu formação Tecnológica da Metal Leve S/ Entre os fatores que influíram no cres-
esse sistema, seus objetivos e produ- A (CIT), explicando que sua escolha cente aumento de publicações que tra-
tos oferecidos, frisando que sua gran- se deu por permitir o trabalho com ope- tam de softwares para bibliotecas e
de vantagem é a cooperação, permi- radores lógicos (lógica booleana), por centros de documentação no Brasil,
tindo que várias bibliotecas utilizem rodar em mainframe e pela sua potên- destacam-se (1) a popularização do
simultaneamente e contribuam com a cia na recuperação da informação. MicroISIS no país, a partir de 1986, e
entrada de dados no mesmo arquivo sua utilização pela rede Bibliodata
central de dados. Implantado como Sysbibli como formato padronizado de saída, (2)
banco de dados, esse sistema permi- a nova regulamentação do mercado bra-
tia consultas off-line. Lourenço e Cavalieri (1994) apresenta- sileiro de informática, que facilitou a
ram o gerenciador de bibliotecas Sys- importação de softwares comerciais,
SRI (Sistema de Armazenamento e bibli como um software com aplicati- (3) o surgimento de sistemas nacionais
Recuperação de Informações) vos completos para a automação de isolados (in house) e (4) a organiza-
arquivos, bibliotecas e centros de in- ção periódica de eventos nacionais.
O SRI é um banco dados de informa- formação. Esse sistema engloba as
ções textuais criado pela Pantheon In- rotinas para a mecanização dos pro- Brasília destaca-se como o maior cen-
formática, empresa nacional sediada cessos técnicos, atendimento ao usuá- tro de divulgação de trabalhos, ancora-
em Brasília. Schaurer (1992) relatou a rio e rotinas administrativas. Desenvol- da por dois periódicos, Ciência da In-
utilização do SRI no processo de auto- vido no Brasil pela Contempory – Con- formação e Revista de Bibliotecono-
mação no Centro de Documentação da sultoria Empresarial, era comercializa- mia de Brasília. Quanto a procedência
Price Waterhouse, empresa prestado- do em três versões: uma para bibliote- dos autores, São Paulo, Rio de Janei-
ra de serviços na área de auditoria, cas públicas, outra para bibliotecas ro, Santa Catarina e Brasília lideram
consultoria, planejamento, informação universitárias e escolares e uma ter- com um maior número de autores, res-
e controle empresarial. O autor res- ceira para bibliotecas especializadas. pectivamente. A maioria dos autores
saltou que a montagem e gerência de Suas principais funções são o geren- é constituída de bibliotecários, ao
bancos de dados criados com o SRI ciamento de acervo a um custo reduzi- passo que os professores universitári-
pode ser feita por qualquer bibliotecá- do, a racionalização e organização dos os ainda não se debruçaram significa-
rio ou auxiliar de biblioteca, com co- processos técnicos, além da promo- tivamente para estudar os avanços tec-
nhecimento mínimo de informática. ção da disseminação da informação em nológicos da área. Este dado ainda
Contribuem para isto os menus em vários níveis. Anteriormente, Cruz e revela que as publicações, predominan-
português e o recurso da lógica boole- Kelmer (1990) haviam descrito a apli- temente relatos de experiência, são
ana, que permite uma pesquisa bas- cação do Sisper – Sistema de Contro- mais descritivas, retratando mais a prá-
tante rápida. le de Automático de Periódicos (um tica do que a reflexão teórica. A predo-
dos cinco módulos do Sysbibli) – no minância de co-autoria nos trabalhos
Stairs (Storage and Information Senac. – 46 das 75 publicações – mostra uma
Retrieval System) tendência de formação de grupos de
VTLS (Virginia Tech Library System) estudo entre profissionais da área, su-
Segundo Graeff e Lima (1985), esse gerindo ainda o envolvimento, integra-
software da IBM consiste de um con- O VTLS é um gerenciador de bibliote- ção e consolidação de equipes de tra-
junto de programas que permite ao cas que oferece todas as funções de balho com perfis diversificados.
usuário, através de um terminal, dialo- catalogação e atende a outras neces-
gar diretamente com o computador. sidades de automação das atividades A tendência inicial de se utilizar siste-
Além de sua utilização no Prodasen diárias de unidades de informação. mas automatizados isolados (in house),
(Centro de Processamento de Dados Souza, Catarino, Santos (1997), no

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Softwares para automação de bibliotecas e centros de documentação na literatura brasileira até 1998

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lia Amaral Mendes, DIAS, Suely. Proces- 15. FERRAZ, Terezune Arantes, SOUZA, Ire-
softwares que correspondem mais às sos de automação na Biblioteca Nacio- ne Josefa, ZAMPERETTI, Marina. A ge-
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as to its authorship, type of documentation,
means of publication, geographic DOCUMENTAÇÃO E CIÊNCIA DA INFOR-
distribution throughout the years. It also MAÇÃO, 1992, São Paulo. Anais... São Professora assistente da Escola de
includes a succint description of the main Paulo: APB, 1992. p. 185-283. Biblioteconomia da UFMG. Mestre em Library
software mencioned in the literature. and Information Science pela Clark Atlanta
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