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RESUMO
1. Introdução
A carne suína consolidou-se como a mais importante fonte de proteína animal do
mundo após 1978, sendo que os 10 maiores produtores mundiais são China, que detém
43,95% do mercado, Estados Unidos (9,95%), Alemanha (4,98%), Espanha (3,54%),
Brasil (3,26%), Vietnã (2,55%), França (2,28%), Polônia (2,15%), Canadá (1,89%) e
Rússia (1,87%) (Embrapa, 2013). Devido à pequena participação no abastecimento
internacional em decorrência de certo protecionismo de mercado feito por diversos
países e blocos econômico, bem como o consumo per capita interno ser tímido (12,3 Kg)
perante a média mundial (16,5 Kg em 2007), a suinocultura tem se desenvolvido
modestamente no Brasil (Embrapa, 2013). No entanto, essa atividade agropecuária tem
papel econômico importante para a economia do país e relevante destaque frente ao seu
potencial poluidor degradador do meio ambiente (COPAM, 2004).
Dessa forma, a preservação ambiental, preocupação básica de qualquer sistema
de produção, deve-se ter atenção especial no manejo dos dejetos e rejeitos de animais
(Fávero et al., 2003). Prioritariamente os dejetos devem ser usados como adubo
orgânico, respeitando sempre as limitações impostas pelo solo, água e planta. Quando
isso não for possível há necessidade de tratar os dejetos adequadamente, de maneira
que não ofereçam riscos de poluição quando retornarem à natureza. Uma das
tecnologias mais difundidas para tratamento de dejetos suínos é a utilização de
biodigestores para geração de biogás e biofertilizantes.
O gás resultante da digestão anaeróbia dos dejetos (biogás) pode ser utilizado na
substituição de combustíveis como lenha, GLP e energia elétrica, bem como aplicado
para aquecimento de aviários, banheiros e instalações para suínos (Fávero et al., 2003).
Além do mais o biofertilizante estabilizado no biodigestor pode ser aplicado sem maiores
riscos aos ambientes oferecendo fonte de nutrientes às culturas e condicionamento dos
solos.
Com base no diagnóstico dos problemas ambientais ocorrentes na Fazenda
Sobradinho, Campus Uberlândia do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do
Triângulo Mineiro, decorrentes das diferentes atividades implantadas, dentre eles os
dejetos produzidos pela suinocultura foi levantada a necessidade da elaboração de um
projeto visando a melhoria da utilização dos dejetos produzidos.
De acordo com que foi relatado, nota-se que uma das alternativas mais adequadas
seria a implantação de um biodigestor, assim convertendo os dejetos que seriam grandes
poluentes em uma fonte para geração de energia sustentável.
Com a efetivação desse projeto, reduziria os impactos ambientais produzidos por
essa atividade com grande potencial poluidor, levando também em consideração que o
biodigestor converteria o gás metano em energia elétrica que reduziria os gastos da
Instituição para esse fim e ainda geraria o biofertilizante que pode ser usado para
fertilização da horta ou plantações.
Dessa forma, este trabalho terá como objetivo o desenvolvimento de um protótipo
de biodigestor a ser operado em escala experimental para servir de modelo para
realização de cálculos de volume de biogás produzido/dia e possibilidades de conversão
em energia elétrica e ou utilização para substituição do GLP a ser implantado na
Fazenda Sobradinho do IFTM.
2. Material e Métodos
Operação do biodigestor
3. Resultados esperados
Os resultados esperados em curto prazo, ou seja, durante o período do projeto,
consistem em:
1. Desenvolvimento do protótipo do biodigestor (Figura 02);
2. Produção de biogás suficiente para ser queimado e demonstrado o seu poder
calorífero por meio do acendimento em bico de bunsen;
3. Geração do biofertilizante;
Os principais resultados devem ser esperados a médios e longos prazos, onde o
protótipo do biodigestor estará funcionando por um tempo maior permitindo a estimativa
da quantidade de biogás gerado, sendo assim capaz de calcular exatamente a produção
de biogás a ser convertido em energia elétrica e ou substituição do GLP e, assim, estimar
a economia para o Campus Uberlândia se aplicada essa tecnologia de tratamento de
dejetos.
Foi gasto, em média, R$109,35 reais para a construção do protótipo do biodigestor,
e com esse valor serão calculados os custos para implantação do sistema de biodigestor
em escala plena de acordo com a produção de dejetos na suinocultura da Fazenda
Sobradinho.
Figura 02: Protótipo do biodigestor confeccionado para ser utilizado na geração de biogás.
De acordo com os dados obtidos no primeiro semestre no ano de 2015, na
suinocultura da Fazenda Sobradinho, a produção de dejetos é de aproximadamente
6,158 m³ por dia. Sabe-se que para a produção de 1m³ de biogás, são necessários 12 kg
de dejetos suínos (Kiffer, 2013; APS, 2015); logo, serão produzidos em média de 513,16
m³ de biogás por dia, e consequentemente, poderia ser gerado 733,827 kWh de
eletricidade (levando em conta, que 1m³ de biogás produz 1,43 kWh) (Kiffer, 2013; APS,
2015). Considerando os dados acima, o Campus Uberlândia – IFTM poderia economizar
cerca de R$ 293,53 à R$ 440,29 por dia (levando em conta que 1m³ kWH custa em
média R$0,40 à R$ 0,60).
Conclusão
4. Agradecimentos
6. Referências