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(Todo trecho acima é parte integrante do Livro EXU Kimbanda Malei, autor MULOJI
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Seu Belo, Satanás, Exu, Diabo, Capeta, o Cão, Demônio, são algumas formas de
chamamento de seu Lúcifer o rei das Trevas, do mal, porém sua falange é
organizada com muito rigor e dureza. Sua Alteza Lúcifer, também apresenta-se
numa Trindade, comandando o reino dos Exus, sendo: Lúcifer, Béelzebuth;
Aschtaroth. Lúcifer comandante supremo, dá-se o direito de apresentar-se da
maneira que desejar. Trajando capa preta com forro vermelho, possui dois chifres
(cornos), é um autêntico cavalheiro, adora bebidas finas e bons charutos,
apresentando-se sempre acompanhado de Pombo-Gira, possuindo dois auxiliares,
Marabô (Put Satanakia) e Mangueira (Agalieraps).Béelzebuth, apresenta-se com
formas monstruosas de bode ou bezerro, possuindo dois auxiliares, tranca-Ruas
(Tarshimache) e Tiriri (Fleruti).Aschtaroth, Exu das sete Encruzilhadas,
apresenta-se na forma de um homem normal muito bem vestido, dominando os
caminhos que se cruzam, possuindo dois auxiliares, Veludo (Sagathana) e Exu dos
Rios (Nesbiros).
Exú Mangueira - (Agalieraps) - Muito confundido com Marabô, salvo pelo fato de
quando está sendo incorporado expele o cheiro forte de enxofre, também de gênio
muito dificil, é necessário recorrer a Entidades Superiores para sua retirada.
Exus na Quimbanda II
Exú Tiriri - (Fleruty) - de grande força para despachar trabalhos nas
encruzilhadas, matas, rios, apresentando-se como um homem preto com
deformação facial.
Exú dos Rios - (Nesbiros) - companheiro de Veludo, domina as margens dos rios e é
confundido com um Caboclo de Penas, porém, usa vestimentas de penas negras e
apresentando também, chifre. Comanda a Linha Mixta da Quimbanda.
Exu Omulú - Meu Pai, Atotô, Meu Pai! No culto nagô é chamado de Abaluaiê ou
Abaluaê. Senhor Supremo dos Cemitérios (Calunga menor), incumbido de zelar
pelos mortos ali enterrados. Apresentando-se nos terreiros coberto por um lençol
ou toalha branca, tendo que ser levantado por médium de muita firmeza.
Comandando uma das mais poderosas Linhas da Quimbanda, a Linha das Almas.
Senhor de um grande poder, comparado apenas ao Maioral, "Seo Lúcifer".
Quando solicitado, trabalha para minimizar o sofrimento dos filhos, recebendo
obrigações, presentes e solicitações no cruzeiro do cemitério. possuindo dois
grandes colaboradores, Exu Caveira e Exu da Meia-Noite.
Exu Caveira - (Sergulath) - auxiliar direto de Exú Omulú, seu braço direito, é o
guardião das porteiras dos cemitérios, onde devemos salvar seu Caveira.
Transmite muito medo e respeito, nas seções e nas entregas. Apresenta-se com seu
rosto na forma de uma caveira, não tendo hora certa para se apresentar, sendo por
volta da meia-noite, o costumeiro. Lidera e tem sob seu comando sete Exus, a
saber: Tata Caveira, Brasa, Pemba, Maré, Carangola, Arranca-Toco e Pagão. Além
desses, comanda também Exú do Cheiro (Cheiroso) - (Aglasis) - que tem sob sua
guarda outros quarenta e nove Exus.
A Quimbanda não é simplesmente mais uma das linhas existentes dentro dos cultos
afro-brasileiros; suas influências não são somente Bantu, Nagô e Yorubá, também
abrangem em larga escala vários aspectos da Religião Indígena, Católica, o
Espiritismo moderno, a alquimia, o estudo da natureza fundamental da realidade e
Correntes Orientais.
É bom deixar claro também que o Exu da Quimbanda não é o mesmo Exu do
Candomblé aonde Ele é um Orixá menor da cultura Yorubá, o Exu da Quimbanda
é geralmente um Egum sendo que na maioria dos casos é a Alma de alguém que
pertenceu ao culto, conscientemente ou não, e agora trabalha como mensageiro dos
Orixás, como Exu; mais ou menos o mesmo que ocorre em outras Linhas e Bandas
dedicadas a algum Orixá, por exemplo como na Linha de Ogum trabalham
Espíritos de Índios e Negros que em vida foram guerreiros, usaram espada e de
alguma forma pertenceram ao culto, como sabemos que Seu Ogum Sete Espadas e
Ogum Sete Ponteiras do Mar não são o mesmo que o Orixá maior Ogum.
Ainda na questão do sincretismo é muito importante frisar que os autores que até
hoje discorreram sobre o assunto usaram um organograma básico para apresentar
o que muitos pensam ser a verdadeira organização hierárquica da Quimbanda
mas é somente a cópia de um livro antigo de evocação e cultos diabólicos da
cultura ocidental que fala sobre os demônios, suas hierarquias e poderes, o
“Grimorium Verum”. Considerando que este livro já existia muito antes do
descobrimento do Brasil e que a Quimbanda como conhecemos é uma religião
brasileira afirmo que é errado basear-se neste organograma como base para
estudarmos este assunto porém não devemos esquecê-lo pois os Exus, como nós,
tiveram já várias encarnações, alguns inclusive viveram nos primórdios da nossa
civilização como por exemplo Exu Tata Caveira que foi um Sacerdote no Egito
antigo ou inda mais longe Exu Caveira que a 30.000 anos atrás era um nômade
bruxo e curandeiro, outrora estes Espíritos já trabalharam no plano astral nesta
mesma Linha e alguns até ajudaram a escrever o “Grimorium”.
A Umbanda não vive sem a Quimbanda, como a árvore não vive sem a copa ou
sem a raiz, então com base em estudos e prática na Quimbanda podemos afirmar
que o culto como o conhecemos é o mesmo praticado na maior parte dos Terreiros
de Umbanda do Brasil que para obterem equilíbrio em seus trabalhos cultuam as
Sete Linhas da Umbanda e as Sete Linhas da Quimbanda, desta forma podemos
discorrer aqui sobre o assunto de uma forma mais ampla e que leve a implementar
os atuais conhecimentos sobre os Exus. Quimbanda não é sinônimo de satanismo e
de jeito nenhum pode ser ligada a obscuridade é apenas um termo usado no
Espiritismo é uma forma de estar na vanguarda do Espiritismo e da magia
trabalhando a espiritualidade como um todo, uma ferramenta destinada a
evolução espiritual através do poder e dos conselhos destes nossos guias protetores,
os Exus, que tanto nos auxiliam nas horas de aflição. Embora não devamos julgar
sabemos sim que lamentavelmente existem pessoas inescrupulosas e de má índole
que usam a magia da Quimbanda para a prática do mal mas isto é culpa exclusiva
do homem e não das entidades, não podemos culpar o veneno por matar e sim
aquele que o utiliza como arma, não podemos culpar o Exu por fazer o que lhe é
pedido mas sim quem se aproveitou deste contato espiritual para pedir que
praticasse o mal. Nunca podemos esquecer da imutável Lei do Karma, tudo o que
você fizer volta pra você.
A formação da Quimbanda teve uma forte influência dos escravos e índios que
sincretizaram Exu com o Diabo por este ser “inimigo dos brancos” e por não
aceitarem os Santos Católicos, identificando-se assim mais uma vez com o Diabo.
Com o advento da Umbanda começou o trabalho de Quimbanda em Terreiros de
Umbanda o que deu sustentação firme aos trabalhos com os, “Compadres”, Exus e
assim formatou-se o atual culto da Quimbanda. Na verdade pode-se dizer que a
Quimbanda como a conhecemos atualmente nasceu juntamente com a Umbanda
em 15 de novembro de 1908 pois uma Linha completa o outra formando esta força
que nos da vida e este reino cheio de luz.
Encontramos aqueles que crêem que os Exus são entidades (espíritos) que só fazem
o bem, e outros que crêem que os Exus podem também ser neutros ou maus.
Observa-se que, muitas vezes, os médiuns dos terreiros de Umbanda - e mesmo
de Candomblé - não têm uma idéia muito clara da natureza da(s) entidade(s),
quase sempre, por falta de estudo da religião. Na verdade, essa Entidade não deve
ser confundida com o (obsessores), apesar de transitar na mesma Linha das Almas,
sendo o seu dia, a segunda-feira, ficando sob o seu controle e comandando
os espíritos atrasadíssimos na evolução e que são orientados pelos Exus para que
consigam evoluir através de trabalhos espirituais feitos para o bem.
Sua função mítica é a de mensageiro, o que leva os pedidos e oferendas dos homens
aos Orixás, já que o único contato direto entre essas diferentes categorias só
acontece no momento da incorporação, quando o corpo do ser humano é colegado
ao seu Exu por meio dos chacras. É ele quem traduz as linguagens humanas para
os seres superiores. Por isso, é imprescindível a sua presença para a realização de
qualquer trabalho, porque é o único que efetivamente assegura em uma dimensão
o que está acontecendo na outra, abrindo os caminhos para os Orixás se
aproximarem dos locais onde estão sendo cultuados. Possuem a função também de
proteger o terreiro e seus médiuns.
A Umbanda considera os Exus não como deuses, mas como uma entidade em
evolução que busca, através da caridade, a evolução. Em síntese, o grande agente
mágico do equilíbrio universal. Também é o guardião dos trabalhos de magia, onde
opera com forças do astral. E também são considerados como "policiais",
"sentinelas", "seguranças" que agem pela Lei, no submundo do "crime"
organizado e principalmente policiando o Médium no seu dia-a-dia. As "equipes"
de Exus sempre estão nestas zonas infernais, mas, não vivem nela.
Os trabalhos malignos (os tão famosos "pactos com o diabo" ), como matar por
exemplo, não são acordos feitos com os Exus, mas com os Kiumbas que agem na
surdina e não estão sob a orientação de algum Exu, fazendo-se passar por um
deles, atuando em terreiros que não praticam os fundamentos básicos
da Umbanda que são: existência de um Deus único, crença de entidades espirituais
em evolução, crença em Orixás e Santos chefiando falanges que formam a
hierarquia espiritual, crença em guias mensageiros, na existência da alma, na
prática damediunidade sob forma de desenvolvimento espiritual do médium, e o
uso de ervas e frutos. Jamais maldades, e caridade acima de tudo.
O verdadeiro Exu não faz mal a ninguém. Alguns Exus foram pessoas
como políticos, médicos, advogados, trabalhadores, vadios, prostitutas, pessoas
comuns, padres etc, que cometeram alguma falha e escolheram - ou foram
escolhidos para - vir nessa forma a fim de redimir seus erros passados. Outros são
espíritos evoluídos que escolheram ajudar e continuar sua evolução atendendo e
orientando as pessoas, e combatendo o mal. Em seus trabalhos de magia, Exu corta
demandas, desfaz trabalhos malignos, feitiços e magia negra, feitos por espíritos
obscuros, sem luz (Kiumbas). Ajudam a limpar, retirando os espíritos obsessores e
os encaminhando para luz ou para que possam cumprir suas penas em outros
lugares do astral inferior.
A Doutrina Espírita os trata como espíritos imperfeitos, almas dos homens que,
por terem cometido crimes perante a Lei Divina, são submetidos a difíceis provas,
cujo único objetivo é o de que possam compreender a extensão do mal que
praticaram em outras vidas.
Para evitar essa confusão, não damos[quem?] aos chamados “Exus Pagãos” a
denominação de “Exu”, classificando-os apenas como Kiumbas. E reservamos
para os ditos “Exus Batizados” a denominação de “Exu”.
Catimbó
O ritual do Catimbó, ainda hoje pouco estudado, mas muito difundido. Emprega a
magia das fumaças dos cachimbos virados, dos toques dos antigos atabaques,
chocalhos e maracás. A presença desses mestres e mestras é constante já há muito
tempo, mais de forma errada e por se apresentarem junto com os Exús, passaram
a ter ser culto difundido de forma errada.
Trabalham em uma faixa de energia vibratória muito parecida com a dos Exús, ou
seja o preto começando a clarear para o vermelho. Daí a necessidade da
incorporação nas giras de Exú.
Segundo os mestres do Catimbó, é da Jurema que foi feito a cruz para crucificação
de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Trabalham com fogo, fumaça, pontos de fogo, caldeirões com feitiços, punhais e
ossos.
Hoje o culto do Catimbó, começa a tomar força novamente e algumas casas já dão
suas giras separadamente das giras de Exú.
Suas bebidas vão desde a cachaça, passando pelas cervejas e chegando até os
misturados das terras do norte, tipo Aluá.
Não são assentados e tem por obrigação a sua casa na entrada dos barracões. São
cultuados junto com as almas das segundas-feiras, recebem suas oferendas em
portas de bar e em subidas de morro.
Tem predileção pelo peixe frito e pelos petiscos em geral. Suas guias são de preto,
vermelho e branco. Vestem-se com roupas claras e alguns com roupas típicas das
regiões onde viveram.