Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Recomende-nos no Google
Seguir @quimbandeiro 78 seguidores
A R C HI V E
Archive
T R A N S L A T E
Selecione o idioma
Powered by Tradutor
A MI G O S D O B L O G
E X U B A N D E I R O
T h e c u l t s o f m y s t e r y a n d t h e u n i v e r s e r e l i
g i o u s i n B r a zi l
RSS for Posts Subscribe by e-mail Follow on Twitter Connect on Facebook
Iniciação e desenvolvimento
O rito que marca a entrada do filho na Kimbanda é aparentemente
simples. Há terreiros em que o adepto deve ser
preparado, recebe banhos e isola-se da vida mundana durante alguns dias.
Isto inclui abster-se de sexo e bebidas
alcoolicas.
Este procedimento visa desenvolver responsabilidade. Alguns aspectos
individuais podem ser colocados à prova, como o
nível de interesse, a postura e lealdade diante dos irmãos de terreiro. Algo que o
fará renascer para uma nova vi da.
Mas o processo perdura durante muito tempo e a cada ano os preceitos
devem ser renovados, iniciando um novo ciclo. Não
há um mês específico para este reinício; depende da data em que a
pessoa foi iniciada. Algumas vezes se organiza os
festins numa noite específica conforme o terreiro, ou por necessidade
mesmo. De qualquer modo o encerramento sempre
acompanha uma festa para celebrar o ano que passou, as conquistas e o
desenvolvimento alcançado.
Os graus são atingidos com a construção da coroa e do assentamento, e também das
experiências vividas, o que irá refletir
no amadurecimento como indivíduo. Com o tempo, por mérito, a entidade de
trabalho [ou de frente] recebe a capa, o
primeiro símbolo de conquista; obtendo maior autonomia dentro do culto. Não há uma
regra que indique em qual momento a
entidade poderá usar capa. Normalmente é resultante de uma grande resposta ou
demonstração de firmeza nos trabalhos.
Após receber a capa, o adepto poderá acessar os locais sagrados da Kimbanda, os
reinos e moradas; realizar trabalhos. Mas
não poderá imolar nenhum animal. A imolação só poderá ser feita após um ritual em
que receberá os Obés [facas sagradas]
de sacrifício. Este processo pode levar sete anos ou mais para estar
devidamente pronto. Ainda assim, sempre haverá
novos ciclos para serem trilhados.
***
Alguns terreiros costumam presentear as entidades da Kimbanda com um par
de sapatos; tornando este acessório um
símbolo de evolução na terra. Quero deixar claro que o uso de sapatos pelas
entidades nunca foi fundamento. Esse costume
é bem recente, e começou por causa do inverno gaúcho, muito rigoroso.
Sendo assim nas grandes reuniões [festas] as
entidades passaram a usar sapatos para proteger seus aparelhos.
Entre as famílias mais tradicionais ainda se cultiva os pés no chão,
pois o chão é sagrado para a Kimbanda. E aqueles que
conhecem, ao visitar uma casa tradicional, logo observam os pés do chefe
do terreiro. Se ele estiver descalço, todos tiram
os calçados em respeito ao solo que estão pisando.
Gl ossári o
1. Bantos - Grupos étnicos do centro-sul da África, tais como os de Congo, Angola e
Uganda.
2. Ki mbangi smo - Referente às práticas de feitiçaria dos ki-mbandas.
3. Mani kongo - Rei do Congo.
4. Makumba - originalmente a madeira utilizada para fabricar um tipo de
tambor primitivo, batizado com o mesmo nome.
Mais tarde esta palavra seria usada pra designar os cultos que faziam uso destes
tambores em seu ritual.
5. Mbanda - do kimbundo, significa curandeirismo, bruxaria, feitiçaria.
Alguns autores traduzem como "a arte da cura", ou
"conhecimento das ervas".
6. Macumba Urbana - fenômeno sócio-religioso e popular do final do séc. IXX.
Tags
Religião afro brasileira
Origem da Kimbanda
Ritual de Kimbanda
Visualizar
Li nks para esta postagem
Criar um link
Início
EXUBANDEIRO