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5 vícios de linguagem que podem matar sua redação

por Concurseiro Preparado | Língua Portuguesa, Redação | 1 Comentário

Olá, concurseiro!

Quando utilizamos a modalidade oral, especialmente em contextos informais, demonstramos uma grande
quantidade de vícios de linguagem, uma vez que, nestes casos, não há tempo para planejar muito a fala e,
muitas vezes, acabamos dizendo até o que não queremos. Isso não pode acontecer no texto quando ele
deve ser escrito no registro formal, como ocorre no concurso público, pois o texto deve ser não só
planejado, mas também revisado. Logo, não há desculpas para a presença dos vícios de linguagem.
Para chamar a sua atenção para este problema, listamos a seguir 5 vícios de linguagem que podem matar
sua redação.

1- Pleonasmo

É o uso repetitivo de uma ideia ou a redundância de um termo em um texto. Por exemplo: sair para fora
e subir para cima, pois as ideias de “ir para fora” e “ir para cima” já estão contidas nos verbos sair e
subir, respectivamente, sendo, portanto, desnecessário dizer “para fora” e “para cima”. Talvez a
redundância de termos seja menos frequente na redação, mas o que você deve estar atento é à repetição de
ideias, pois isso torna o texto circular e cansativo.

2-Vulgarismo

O vulgarismo nada mais é do que a transposição de modos de se falar e escrever típicos de variantes
populares da língua para a escrita culta. Há diversos vulgarismos, entre eles, destacamos: a monotongação
dos ditongos: robar, em vez de roubar; e a intercalação de vogal para desfazer um grupo consonantal:
adiministração, em vez de administração; pissiquiatra, em vez de psiquiatra.

3-Solecismo

O solecismo diz respeito aos erros gramaticais que ferem especialmente aspectos sintáticos, como as
normas de concordância e de regência ou a colocação pronominal. Exemplos: A gente sabemos, um país
preocupada, obedecer regras (em vez de obedecer às/a regras), acesso a internet (em vez de acesso à
internet), eu vi ele ontem (em vez de eu o vi ontem).

4- Preciosismo
É muito comum que os candidatos utilizem termos mais rebuscados, típicos de textos literários mais
cultos e até mesmo alguns termos que já estão desuso, pensando que, com isso, terão uma boa nota em
modalidade. Este é um grande equívoco, pois, o uso exagerado desses termos pode tornar o texto
confuso, além disso, se você escrever termos pouco utilizados, pode ser que o corretor não conheça o
significado deles e acabe não entendendo o seu texto. É importante que a linguagem do texto seja a mais
clara possível, sem, contudo, ser simplista.

5-Obscuridade

Outro vício de linguagem que pode causar problemas de incompreensão do texto é a obscuridade. Ela
ocorre quando uma frase é construída de um modo que se torna confusa, dificultando a sua compreensão
por parte do leitor. Entre as formas de tornar um texto obscuro, estão: a sínquise (inversão da ordem
natural das palavras, por exemplo: conhecimento sobre carro precário, em vez de conhecimento precário
sobre carro), o uso de parênteses extensos, o acúmulo de orações intercaladas, a extensão exagerada da
frase (isso inclui o uso de sujeitos muito grandes), construções intrincadas e má-pontuação. Esse tipo de
vício prejudica muito a fluidez da leitura, pois causa quebra entre as ideias ou dificuldade em conectá-las
de modo coerente e, por isso, deve ser evitado.

Todos esses vícios demonstram pouco conhecimento da norma culta e também dificuldades em construir
um texto coeso e coerente. Veja que, cometendo esses erros, você pode perder pontos em três aspectos da
nota, o que pode prejudicá-lo muito. Então, esteja atento aos vícios de linguagem que você tem cometido,
procurando evitá-los, quando for escrever, e corrigi-los, quando for revisar seu texto.

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