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Guia de Boas Práticas

cms engenharia
1 Introdução

2 Instalação

2.1 Instalação Mecânica

2.2 Instalação Elétrica

3 Manutenção

3.1 Manutenção Preventiva

3.2 Instruções de Limpeza

4 Diagnóstico de Falhas

4.1 Natureza das Falhas

4.2

4.3 Falha de Hardware


PERIGO!

Somente pessoas com qualificação adequada e familiaridade com o


inversor de frequência CFW e equipamentos associados devem planejar ou
implementar a instalação, partida, operação e manutenção do equipamento.

Estas pessoas devem seguir todas as instruções de segurança


contidas no manual do equipamento e/ou definidas por normas locais.

Não seguir as instruções de segurança pode resultar em risco de morte e/ou


danos no equipamento.
Introdução
1 Introdução

Este guia ensina como executar as instalações mecânica e elétrica, fazer a manutenção preventiva e diag-
nosticar problemas relacionados às configurações e às falhas mais graves que ocorrem em inversores de
frequência.

Para saber mais detalhes sobre o inversor de frequência, consulte o manual do usuário e o manual de pro-
gramação.

Para obter os manuais em formato eletrônico e informações sobre outras funções, acessórios e condições
de funcionamento, consulte o site WEG - www.weg.net.
Instalação
2 Instalação

Este capítulo tem como objetivo apresentar os componentes e informações gerais necessárias para a instalação de um
inversor de frequência.

2.1 Instalação Mecânica

Evite condições ambientais adversas, como exposição direta a raios solares, chuva, umidade excessiva, maresia, gases/
líquidos explosivos e/ou corrosivos, vibração excessiva, poeira, partículas metálicas e/ou óleo suspenso no ar.

Orientações Gerais de Montagem:

• Consulte o peso do inversor no manual fabricante;


• Instale o inversor na posição vertical, em uma superfície plana;
• Deixe os espaços livres mínimos indicados pelo fabricante para permitir a circulação de ar para refrigeração.
Montagem em Painel
Preveja a exaustão adequada, de modo que a temperatura interna do painel fique dentro da faixa permitida para as con-
dições de operação do inversor. Veja o exemplo abaixo do CFW 11:

C
A
B

A B C D
Modelo
mm (in) mm (in) mm (in) mm (in)
Mec A 25 (0.98) 25 (0.98)
Mec B 40 (1.57) 45 (1.77)
10 (0.39) 30 (1.18)
Mec C
110 (4.33) 130 (5.12)
Mec D
0142 T2 100 (3.94) 130 (5.12) 40 (1.57)
0180 T2
150 (5,91) 250 (9.84) 80 (3.15)
0211 T2
Mec E 0105 T4 100 (3.94) 130 (5.12) 40 (1.57)
0142 T4 20 (0.78)
0180 T4
0211 T4 150 (5.91) 250 (9.84) 80 (3.15)
Mec F
Mec G
2.2 Instalação Elétrica

PERIGO! PERIGO!
Antes de iniciar a instalação, certifique-se de As informações a seguir têm a intenção de servir como guia para se obter uma
que a rede de alimentação está desconectada. instalação correta. Siga também as normas de instalação elétrica aplicáveis.

Chave Seccionadora

PE W V U
PE R S T U V W PE Preveja um dispositivo para seccionamento da alimen-
tação do inversor. Este dispositivo deve seccionar a
PE
Blindagem
rede de alimentação para o inversor quando necessá-
rio (por exemplo: durante trabalhos de manutenção).
R
S
T
Rede Seccionadora Fusíveis

Diagrama da conexão de potência para inversores de fre quência

Rede de Alimentação

Os inversores são projetados para operar em redes de alimentação simétricas. A tensão entre fase e terra deve ser constan-
te. Se por algum motivo esta tensão variar, por exemplo, pela influência de algum outro equipamento ligado à rede, será
necessário colocar um transformador de isolação. A rede que alimenta o inversor deve ter o neutro solidamente aterrado.
Fusíveis de Alimentação
Os inversores geralmente não possuem proteção contra curto-circuito na entrada, sendo assim, é de responsabilidade
do usuário colocar fusíveis para proteção. A indicação dos fusíveis adequados, são normalmente especificados no ma-
nual do equipamento. A colocação de fusíveis inadequados não protege de maneira correta os equipamentos e pessoas
que interagem com eles.

Impedância ou Reatância de Entrada (Indutores)

É fundamental usar reatância de entrada sempre que o inversor de frequência não possuir reatância de link CC incorpora-
do. Verifique os manuais dos equipamentos para conhecer adequadamente a configuração da potência deles. O inversor
CFW09, não possui reatância de entrada ou incorporada ao link CC como padrão de fábrica. Estas reatâncias devem ser
adquiridas separadamente e adicionadas a eles. Reatância de Entrada/ Indutores são fundamentais para minimizar falhas
no inversor, provocadas por sobretensões transitórias na rede de alimentação. São importantes também para reduzir
harmônicas, melhorar o fator de potência e aumentar a impedância da rede vista pelo inversor.

Cabos Elétricos

Os sinais elétricos transmitidos pelos cabos podem emitir radiação eletromagnética e absorver radiação (se comportam
como antenas) provocando falsos sinais. Esses falsos sinais prejudicarão o funcionamento do equipamento e também de
outros equipamentos nas proximidades do inversor de frequência. Por isso, existem cabos especiais com blindagem, que mi-
nimizam este tipo de interferências. Deve-se atentar também para a especificação dos cabos de potência e sinal do inversor.
Manutenção
3 Manutenção
Este capítulo tem como objetivo apresentar as informações necessárias para a manutenção e limepeza apropriadas pra
seu equipamento.

3.1 Manutenção Preventiva

PERIGO! ATENÇÃO!
Sempre desconecte a alimentação geral antes de tocar em qual- Os cartões eletrônicos possuem componentes sensíveis à des-
quer componente elétrico associado ao inversor. Altas tensões po- carga eletrostática. Não toque diretamente nos componentes
dem estar presentes mesmo após a desconexão da alimentação. ou conectores. Caso necessário, toque antes na carcaça me-
Aguarde pelo menos 10 minutos para a descarga completa do tálica aterrada ou utilize pulseira de aterramento adequada.
link CC (capacitores da potência), para evitar choque elétrico. Sempre conecte a carcaça do equipamento ao terra de proteção (PE).
Sempre conecte a carcaça do equipamento ao terra de proteção (PE).

Não execute nenhum ensaio de tensão aplicada no inversor!


Caso seja necessário, consulte a CMS Engenharia.

Quando instalados em ambiente e condições de funcionamento apropriados, os inversores requerem pequenos cuida-
dos de manutenção. Abaixo, listamos os principais procedimentos e intervalos para manutenção de rotina. Existem ainda
as inspeções sugeridas no produto, que devem ser executadas a cada 6 meses, após colocado em funcionamento.
Manutenção preventiva
Manutenção Intervalo Instruções
Troca dos ventiladores Após 50.000 horas de operação Procedimento de troca apresentado na manual.

Troca da bateria da HMI A cada 10 anos Efetuar Trocar conforme instrução do manual
Capacitores Se o inversor estiver A cada ano, contado a partir da data de Alimentar inversor com tensão entre 200 e 240 Vca
eletrolíticos estocado (sem uso): monofásica ou trifásica, 50 ou 60 Hz, por 1 hora no
"Reforming" do inversor mínimo. Após, desenergizar e esperar no mínimo 24
horas antes de utilizar o inversor (reenergizar)
Inversor em uso: A cada 10 anos Contatar a CMS Engenharia
troca

Inspeções periódicas a cada 6 meses


Componente Anormalidade Ação Corretiva
Terminais, conectores Parafusos frouxos Aperto
Conectores frouxos
Ventiladores/sistema de Sujeira nos ventiladores Limpeza
ventilação Ruído acústico anormal Substituir ventilador.
Ventilador parado Proceder na sequência inversa para montagem de um novo
ventilador
Vibração anormal

Limpeza ou substituição
Cartões de circuito Acúmulo de poeira, óleo, umidade, etc Limpeza
impresso Odor Substituição
Módulo de potência/ Acúmulo de poeira, óleo, umidade etc Limpeza
conexões de potência Parafusos de conexão frouxos Aperto
Capacitores do Descoloração/ odor / vazamento eletrólito Substituição
barramento CC Válvula de segurança expandida ou rompida
(Circuito Intermediário)
Dilatação da carcaça
Resistores de potência Descoloração Substituição
Odor
Dissipador Acúmulo de poeira Limpeza
Sujeira
3.2 Instruções de Limpeza

Quando for necessário limpar o inversor, siga as instruções abaixo:

Sistema de ventilação:
a) Seccione a alimentação do inversor e aguarde 10 minutos;
b) Remova o pó depositado nas entradas de ventilação, utilizando uma escova plástica ou uma flanela;
c) Remova o pó acumulado sobre as aletas do dissipador e pás do ventilador, utilizando ar comprimido.

Cartões eletrônicos:
a) Utilize sempre pulseira antiestática devidamente aterrada;
b) Seccione a alimentação do inversor e aguarde 10 minutos;
c) Remova o pó acumulado sobre os cartões, utilizando uma escova antiestática ou pistola de ar comprimido ionizado;
d) Se necessário, retire os cartões de dentro do inversor.
Diagnóstico de Falhas
4 Diagnóstico de Falhas

Este capítulo explica como diagnosticar de forma eficiente as falhas apresentadas por inversores de frequência e quais
medidas tomar para corrigi-las. Quando o inversor é energizado, ele monitora seus circuitos de controle e potência para
prevenir danos ao usuário, às instalações elétricas e evitar danos graves ao próprio inversor.

Quando uma falha é identificada (FXXX), ocorrem as seguintes situações:

• Bloqueio dos pulsos do PWM (a fim de evitar falhas graves nos circuitos de potência e controle).
• Indicação no display do código e descrição da “FALHA”.
• LED “STATUS” passa para vermelho piscante.
• Desligamento do rele que estiver programado para “SEM FALHA”.
• Gravação de alguns dados na memória EEPROM do circuito de controle.

4.1 Resolução de Falhas

Sempre que ocorre uma falha é importante avaliar sua origem e quais são as medidas corretivas junto ao manual ou assis-
tente técnico. É comum que falhas sejam resolvidas com ajustes nas configurações do equipamento ou com adequação
de fatores externos, como por exemplo, cabos frouxos nos bornes de comando, tensão de alimentação abaixo do valor
nominal, etc. Ainda é possível que o erro esteja além de erros de configuração/parametrização, como por exemplo, cur-
to-circuito na saída, quando o equipamento apresenta falha de subtensão durante o regime de carga permanente, etc.
Esses são exemplos de falhas de hardware.
Assim, temos duas naturezas distintas: Erros de Configuração e/ou Externo e Falhas de Hardware (situação onde ocor-
reu avaria/queimas de componentes eletroeletrônicos de controle ou potência.

4.2 Corrigir Erro de Configuração e/ou Erro Externo

Para exemplificar, tomaremos como exemplo a falha de subtensão do link CC (Falha F021), no inversor de frequência
CFW 11. Essa falha atuará sempre que o circuito que monitora a tensão do link CC detectar um valor abaixo do esperado.
Ela pode ocorrer durante a energização do equipamento, quando aplicados níveis baixos de tensão AC no circuito reti-
ficador e consequentemente no link CC (Capacitores de Potência). Ela pode acontecer ainda, quando o motor requisita
potência do link CC e a energia presente não é suficiente para suprir a demando do motor. Esse cenário geralmente está
relacionado à oscilações na rede elétrica que alimenta o inversor de frequência. Nesse caso, a solução será alimentar o
equipamento com tensões equilibradas conforme citado no capítulo sobre instalação elétrica. Simples não?

Falhas, alarmes e causas mais prováveis


Falha/Alarme Descrição Causas Mais Prováveis
F021 Falha de subtensão no circuito intermediário. Tensão de alimentação muito baixa, ocasionando tensão
Subtensão Barramento CC no barramento CC menor que o valor mínimo (ler o valor
no parâmetro P0004):
Ud < 223 V - tensão de alimentação trifásica 200 / 240 V
Ud < 170 V - tensão de alimentação monofásica
200 / 240 V (modelos CFW11XXXXS2 ou CFW11XXXXB2)
(P0296 = 0).
Ud < 385 V - tensão de alimentação 380 V (P0296 = 1).
Ud < 405 V - tensão de alimentação 400 / 415 V
(P0296 = 2).
Ud < 446 V - tensão de alimentação 440 / 460 V
(P0296 = 3).
Ud < 487 V - tensão de alimentação 480 V (P0296 = 4).
Falta de fase na entrada.
Falha no circuito de pré-carga.
Parâmetro P0296 selecionado para usar acima da tensão
nominal da rede.
4.3 - Falhas de Hardware

Hardware avariado pode ser confundido com falhas de configuração, entretanto existem alguns passos para excluir a
possibilidade de falha de configuração. Abaixo apresentamos uma tabela que descreve algumas falhas possíveis para
CFW11, relacionadas a curto-circuito na saída/sobre corrente na saída.

Falha/Alarme Descrição Causas Mais Prováveis


F070 Sobrecorrente ou curto-circuito na saída, barra Curto-circuito entre duas fases do motor.
Sobrecorrente/ mento CC ou resistor de frenagem. Curto-circuito dos cabos de ligação do resistor de
Curto-circuito Obs.: frenagem reostática.
Existente somente nos modelos das mecânicas Módulos de IGBT em curto.
A, B e C.
F071 Falha de sobrecorrente na saída. Inércia de carga muito alta ou rampa de aceleração
Sobrecorrente na Saída muito rápida.
Ajuste de P0135, P0169 e P0170 muito alto.

F072 Falha de sobrecarga no motor. Ajuste de P0156, P0157 e P0158 muito baixo para o
Sobrecarga no Motor Obs.: motor.
Pode ser desabilitada ajustando P0348 = 0 ou 3. Carga no eixo do motor muito alta.

F074 Falha de sobrecorrente para o terra. Curto para o terra em uma ou mais fases de saída.
Falta à Terra Obs.: Capacitância dos cabos do motor elevada ocasionando
Pode ser desabilitada ajustando P0343 = 0. picos de corrente na saída.

Tomaremos com exemplo, uma das falhas mais recorrentes em inversores de frequência, que é a queima de IGBT (com-
ponentes eletrônicos de potência responsáveis por acionar diretamente o motor elétrico) e que, no caso do CFW 11,
refere-se a falha F070. Antes de executar o procedimento abaixo, siga todos passos descritos no manual do fabricante
para corrigir a falha.
Para a identificação da origem da falha, podem ser executados os passos abaixo:

a) Desconecte o motor e acione o Inversor de Frequência em V/F Escalar.


b) Caso não apresente a falha F070, o problema encontra-se nos cabos do motor, na conexão do motor ou pode haver
carga acessiva no eixo do motor. Eventualmente, verifique falhas relacionadas ao motor e falhas mecânicas.

Caso a Falha F070 ainda seja apresentada ao acionar o inversor com motor desconectado, siga os passos abai-
xo:

a) Seccione a alimentação do equipamento e aguarde no mínimo 10 minutos para que o


circuito intermediário de potência (Link CC) seja descarregado completamente.

b) Use pulseira devidamente aterrada ao tocar parte eletrônicas do equipamento.

c) Com um multímetro digital na escala de semicondutor realize teste nos IBGT’s.


Planilha1

Pont
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+) Pont
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a(-) QuedadeTens
ão
U
(
-)UD V
TESTE
W
I
GBT 0,
200V–0,
700V
U
V (
+)UD
W

Em geral, deve haver queda de tensão de 0,200V até 0,700V. Caso o curto-circuito ou circuito aberto sejam encontrados
em qualquer das fases U, V ou W, é provável que o IGBT esteja danificado, fazendo-se necessário reparo nos circuitos de
potência e/ou controle.
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