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CHRISTOFOLETTI, RODRIGO
Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF - Departamento de História
Rua Olímpio Reis, 335 - 402 – Santa Helena – Juiz de Fora – MG – CEP: 36015170
r.christofoletti@uol.com.br
RESUMO
A despeito de percebamos a ampliação das discussões sobre o patrimônio cultural em diversas
áreas, a ponto de alguns analistas sugerirem que vivemos em uma “inflação de patrimônios”, em
alguns espaços acadêmicos, como o da História e sua aproximação com as Relações
Internacionais esse discurso de alargamento das políticas de preservação, da chamada heritage
diplolacy (diplomacia pelo patrimônio) e da gestão manutenção e utilização dos bens culturais
como soft power, permanece pouco enraizado, o que reflete na sensível desproporcionalidade
entre os estudos do chamado hard power, em detrimento de temas cujo approach é de ‘poder
brando’. Diante deste cenário, pesquisas que objetivem multifacetar as abordagens sobre esta
temática ajudarão a encurtar as fronteiras existentes entre a história dos Bens Culturais e as
Relações Internacionais. O objetivo central deste texto é detalhar como o conceito de “poder
brando” engloba e problematiza a multiplicidade de tópicos da agenda internacional
contemporânea, focalizando um de seus elementos menos discutidos: o universo dos patrimônios
culturais internacionais e a relação existente entre os atores e a ações preservacionistas no
mundo globalizado. Esta discussão enseja um diálogo crítico entre campos interdisciplinares que
margeiam as fronteiras do patrimônio e busca contribuir com ampla gama de perspectivas
acadêmicas e estudos de caso (nacionais e internacionais), vinculados recentemente ao rol de
preocupações e dinâmicas geopolíticas que se colocam no cenário contemporâneo.
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