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Classificação dos rios: classes e condições para lançamento de efluentes

Publicado em 20-03-2015 15:05

O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, diante da Resolução nº


357, de 17 de março de 2005, alterada parcialmente pela
Resolução 410/2009 e 430/2011, estabeleceu critérios sobre a classificação
dos corpos de água superficiais e diretrizes ambientais para seu
enquadramento, bem como as condições e padrões de lançamento de
efluentes. A classificação reune uma série de definições com base na aptidão
natural dos cursos d’água, observando a sua qualidade, capacidade, entre
outras características específicas.

Este sistema serve como referência para as empresas que pretendem ou já


investiram em ETEs dedicadas a se adequarem aos requisitos de cada classe
devido a obrigação de encaminhar os efluentes tratados para um corpo d’água.

O sistema de classificação dos rios


As águas doces, salobras e salinas do território nacional brasileiro são
classificadas, segundo a qualidade requerida para os seus usos
preponderantes, em treze classes de qualidade, porém destacaremos nesse
artigo as classes dos cursos d’água doce, os quais tem impacto direto com as
atividades urbanas e industriais.

O esquema básico de agrupamento compreende os seguintes níveis ou


categorias sistemáticas segundo o CONAMA:
I. Classe especial
a) destinada ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção;
b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e
c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de
proteção integral.

II. Classe 1
Águas que podem ser destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e
mergulho, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000;
d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se
desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de
película; e
e) à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.

III. Classe 2
Águas que podem ser destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e
mergulho;
d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de
esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e
e) à aquicultura e à atividade de pesca.

IV. Classe 3
Águas que podem ser destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou
avançado;
b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;
c) à pesca amadora;
d) à recreação de contato secundário; e
e) à dessedentação de animais.

V. Classe 4
Águas que podem ser destinadas:
a) à navegação; e
b) à harmonia paisagística.

A qualidade das águas dos rios é afetada por vários fatores, tais como o uso de
produtos industriais e a produção agrícola. Esses fatores podem comprometer
o corpo d'água dependendo do tratamento aplicado e sua capacidade de
purificação.

Por que conhecer a classificação é importante para você?


Saber qual a classificação do corpo d’água localizado próximo a sua empresa é
de fundamental importância, pois o processo de tratamento de efluentes vai
variar de acordo com os parâmetros exigidos para cada classificação do corpo
d’água. O descumprimento dos critérios estabelecidos pelas classes
nodescarte inadequado dos efluentes tratados pode gerar multas pesadas,
perdas de contratos e danos irreversíveis à imagem da empresa, como já
presenciamos em empresas que nos procuraram.

O objetivo do conhecimento dessa classificação é fornecer a possibilidade de


um controle e monitoramento constante. No momento em que o infrator é
obrigado a reparar o dano causado, este terá que modificar ou cessar as
atividades prejudiciais a operação da ETE. É importante salientar que as
despesas decorrentes da adequação geralmente são menores do que a
quantia cobrada como resultado das sanções impostas pelos órgãos de
fiscalização por exceder os limites estabelecidos pela legislação aplicável.

Quanto menor o número da classe na qual o corpo d’água se encontra, mais


rígida é a fiscalização e, por consequência, a penalidade pelo descumprimento
das leis. Grande parte da contaminação pode acontecer pelo não tratamento
adequado das estações de tratamento de esgoto (ETE). Sistemas adequados
ou a contratação de empresas especializadas no tratamento são os mais
adequados ao meio ambiente.

A não observância da classificação dos rios no tratamento de efluentes pode


gerar multas pesadas para as empresas envolvidas de acordo com a legislação
vigente, além de acarretar danos permanentes para a imagem da companhia e
especialmente para o meio ambiente.

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