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Prefeitura Municipal de São José do Jacuípe

1 Segunda-feira • 17 de Julho de 2017 • Ano II • Nº 630


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Prefeitura Municipal de
São José do Jacuípe publica:

• Lei Nº 376, de 28 de junho de 2016 - Aprova o Plano Municipal de


Educação - PME do Município de São José do Jacuípe, em
consonância com a Lei nº 13.005/2014 que trata do Plano Nacional de
Educação - PNE e dá outras providências.

Gestor - Erismar Almeida Souza / Secretário - Governo / Editor - Ass. Comunicação


São José do Jacuípe - BA

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Segunda-feira
17 de Julho de 2017
2 - Ano II - Nº 630
São José do Jacuípe

Leis


 

   
      
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3 - Ano II - Nº 630


 

   
      
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4 - Ano II - Nº 630
São José do Jacuípe


 

   
      
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São José do Jacuípe 17 de Julho de 2017
5 - Ano II - Nº 630

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO JACUÍPE


SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


2016-2026

São José do Jacuípe-BA


Abril /2016

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6 - Ano II - Nº 630
São José do Jacuípe

PREFEITA
MARIA VERÚSIA COSTA MATOS

VICE - PREFEITO
AISLAN DE CAMPOS LIAL

SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA


MAGNO LOMES ARAÚJO

GRUPO COLABORATIVO
ALEXSANDRA QUEIROZ DE SOUSA– Representante do Conselho do
FUNDEB
ANA KATÚCIA SANTOS SOUSA RIOS – Representante do Legislativo
GEÓRGIA GOMES VILARONGA – Representante da Educação Privada
JACKSON CARNEIRO CEDRAZ – Representante de Estudantes e Pais
JAMIELSON GOMES RIOS – Representante da Educação Superior
JOELZA CARNEIRO DA SILVA – Representante de Diretor de Escola de Rede
Pública
JORLANDA SILVA FERREIRA – Representante de Professor da Educação
Básica
JOSÉ REINALDO FERNADES DE OLIVEIRA – Representante do Ensino
Médio
LÚCIA RODRIGUES DA COSTA CARNEIRO – Representante do Conselho
Escolar
MAGNO LOMES ARAÚJO – Secretário Municipal de Educação
MÉRCIA ARAUJO RIOS – Representante de Professor da Educação Básica

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São José do Jacuípe 17 de Julho de 2017
7 - Ano II - Nº 630

COMISSÕES REPRESENTATIVAS PARA ELABORAÇÃO DO PLANO


MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

COMISSÃO REPRESENTATIVA DA EDUCAÇÃO INFANTIL


HIEDA FERREIRA LOPES
MÉRCIA ARAÚJO RIOS
NORMALEIDE GOMES FIGUEIREDO VILARONGA

COMISSÃO REPRESENTATIVA DO ENSINO FUNDAMENTAL


ÁGUIDA OLIVEIRA LOPES
EDNA OLIVEIRA LOPES
MÉRCIA ALMEIDA SILVA ARAUJO
MIRALVA NOVAES DA SILVA MACIEL

COMISSÃO REPRESENTATIVA DO ENSINO MÉDIO


DARLENE MACIEL DA SILVA
JAMIELSON GOMES RIOS

COMISSÃO REPRESENTATIVA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL


JAMIELSON GOMES RIOS
JOELMA GOMES VILARONGA CIRQUEIRA
CRISTIANE RODRIGUES COSTA
ROSENILDA MASCARENHAS DA CRUZ
SILVANETE FERREIRA LOPES DE OLIVEIRA

COMISSÃO REPRESENTATIVA DA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA


JOELZA CARNEIRO DA SILVA
ELIANE SOUZA SANTOS
VILMA DO NASCIMENTO MACIEL
CHEILA CRISTIANE MATOS PACHECO
NORMA XAVIER DE SOUSA SANTOS

COMISSÃO REPRESENTATIVA DA EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL


ARIONETE MACIEL DA SILVA CARVALHO

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8 - Ano II - Nº 630
São José do Jacuípe

CLÉCIA EDUARDO VILARONGA

COMISSÃO REPRESENTATIVA DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BÁSICA


JOSÉ ADAILTON DE OLIVEIRA PINHO
ARIONETE MACIEL DA SILVA CARVALHO
GEOMÁRIO GOMES VILARRONGA
VANIA SOUSA DA CRUZ

COMISSÃO REPRESENTATIVA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS


(EJA)
GEÓRGIA GOMES VILARONGA
LUIZA TELMA RODRIGUES NOVAES VILARONGA

COMISSÃO REPRESENTATIVA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL


MÉDIO
GEOMÁRRIO GOMES VILARONGA
GRASIELA SANTOS DA SILVA

COMISSÃO REPRESENTATIVA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR


JAMIELSON GOMES RIOS
SILVANETE FERREIRA LOPES DE OLIVEIRA

COMISSÃO REPRESENTATIVA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO


GRASIELA SANTOS DA SILVA
JUVÊNCIO ALMEEIDA SILVA

COMISSÃO REPRESENTATIVA DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO


PÚBLICO
MAGNO LOMES ARAÚJO
LÚCIA RODRIGUES DA COSTA CARNEIRO

COMISSÃO REPRESENTATIVA RECURSOS FINACEIROS PARA


EDUCAÇÃO
DARLENE MACIEL DA SILVA

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São José do Jacuípe 17 de Julho de 2017
9 - Ano II - Nº 630

JAQUELINE ARAUJO FIRME


EDILEUSA ABREU SILVA
MAGNO LOMES ARAÚJO
ZACARIAS RODRIGUES COSTA

COMISSÃO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PME


DARLENE MACIEL DA SILVA
ELIANE SOUZA SANTOS
GEORGIA GOMES VILARONGA
GRASIELA SANTOS DA SILVA
HIEDA FERREIRA LOPES
JAMIELSON GOMES RIOS
JUVENCIO ALMEIDA SILVA
MAGNO LOMES DE ARAUJO
MÉRCIA ARAUJO RIOS
NORMALEIDE GOMES FIGUEREDO VILARONGA
SILVANETE FERRREIRA LOPES DE OLIVEIRA

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17 de Julho de 2017
10 - Ano II - Nº 630
São José do Jacuípe

Mensagem

“A democratização e autonomia do Poder Local será nossa

luta mais honesta. Porém, os profissionais da educação, os

gestores municipais e a sociedade civil organizada, precisam

se empoderar dos conhecimentos necessários à gestão

política e pedagógica em suas esferas. O PME representa

uma bandeira dessa luta!”

(PROAM/PME)

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São José do Jacuípe 17 de Julho de 2017
11 - Ano II - Nº 630

AGRADECIMENTOS

Desejamos expressar nossos profundos agradecimentos,


primeiro a Deus, segundo, a todos os participantes,
envolvidos e entrelaçados na construção deste plano.

Temos certeza de que todos – responsáveis por pequenas ou


múltiplas ações e que acreditaram neste processo – são
cidadãos que constroem uma cidade com orgulho e
singularidade do bem maior – o ser.

A meritocracia passa a ser o valor do envolvimento de cada


integrante deste documento.

A estes que ensinaram e aprenderam

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17 de Julho de 2017
12 - Ano II - Nº 630
São José do Jacuípe

LISTA DE IMAGENS E FIGURAS

Imagem 1 – Praça da Igreja Matriz.................................................................. 18


Imagem 2 – Monumento na entrada da cidade ‘São José’, padroeiro local
.......................................................................................................................... 20
Figura 01 - Mapa com localização geográfica do município ............................ 21
Imagem 3 – Barragem de São José do Jacuípe.............................................. 22
Imagem 4 – Olarias.......................................................................................... 26
Imagem 5 – Santa Cruz................................................................................... 28
Imagem 6 – Visita a Santa Cruz....................................................................... 29
Imagem 7 – Apresentação de grupos locais de capoeira................................. 30

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13 - Ano II - Nº 630

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - População do Município .................................................................. 23

Tabela 2 - Dados sobre IDH do município ....................................................... 23

Tabela 3 - IDH Municipal e seus componentes ............................................... 25

Tabela 4 - População por grupo de idade ........................................................ 25

Tabela 5 - Estabelecimentos de saúde por tipo e localização ......................... 25

Tabela 6 - Evolução da matrícula da Educação Infantil por dependência


administrativa e localização - período 2011 a 2014 ......................................... 33

Tabela 7 - Taxa de escolarização da Ed. Infantil por localização – 2013 ....... 33

Tabela 8 - Evolução das matrículas do Ensino Fundamental por dependência


administrativa e localização (2011/2014) ......................................................... 36

Tabela 9 - Nível Educacional da População de 6 a 14 anos - 1991, 2000 e 2010


.......................................................................................................................... 36

Tabela 10 - Taxas de Rendimento - Rede Municipal de Educação ............... 37

Tabela 11 - Taxas de Rendimento do Ensino Médio - Rede Estadual............. 41

Tabela 12 - Matrícula Inicial do Ensino Médio por dependência administrativa e


localização ........................................................................................................ 42

Tabela 13 - Desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2009)


........................................................................................................................... 42

Tabela 14 - Matrículas da Educação Especial em 2014 .................................. 49

Tabela 15 - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Ensino


Fundamental 2005/2013 ................................................................................... 60

Tabela 16 - Matrícula Inicial na Educação de Jovens e Adultos por


dependência administrativa e localização (2012/2014) .................................... 65

Tabela 17 - Nível Educacional da População jovem, 1991, 2000 e 2010 ....... 66

Tabela 18 - Nível Educacional da População Adulta com mais de 25 anos -


1991, 2000 e 2010 ............................................................................................ 66

Tabela 19 - Funções docentes por Etapas e Modalidades – Rede Municipal de


Ensino ............................................................................................................... 78

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14 - Ano II - Nº 630
São José do Jacuípe

Tabela 20 - Número de professores e coordenadores da rede Municipal,


Estadual e Particular, por nível de formação em 2013 ..................................... 79

Tabela 21 - Profissionais em educação, por nível de escolaridade na Rede


municipal - 2015 ............................................................................................... 80

Tabela 22 - Profissionais em educação, por situação funcional na Rede


Municipal em 2015 ........................................................................................... 81

Tabela 23 - Outras receitas com o setor educacional do município de São José


do Jacuípe, administradas pela prefeitura (2010/2013) ................................... 84

Tabela 24 - Recursos aplicados em educação pelo governo municipal de São


José do Jacuípe por nível ou modalidade de ensino (2010/2013) ................... 85

Tabela 25 - Despesas com educação do município de São José do Jacuípe por


categoria e elemento de despesa 2010/2013) ................................................ 86

Tabela 26 - Receita e aplicação dos recursos recebidos do Fundeb no


Município de São José do Jacuípe em (2010/2013) ........................................ 87

Tabela 27 - Outras receitas com o setor educacional administradas pela


prefeitura (2011/2014) ...................................................................................... 87

Tabela 28 - Recursos aplicados em educação pelo governo, por nível ou


modalidade de ensino (2011/2014) .................................................................. 88

Tabela 29 - Recursos da Educação no PPA (2010/2013) ............................... 88

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15 - Ano II - Nº 630

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ADAB – Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia

AEE – Atendimento Educacional Especializado

APLS - Arranjos Produtivos, Culturais e Sociais, Locais e Regionais

CACS-FUNDEB – Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundo


de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica

CAE – Conselho de Alimentação Escolar

CETEP - Centro Territorial do Piemonte do Paraguaçu II

CME – Conselho Municipal de Educação

EBDA – Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola

EJA - Educação de Jovens e Adultos

EMEF – Escolas Municipais de Ensino Fundamental

EMITEC - Ensino Médio com Intermediação Tecnológica

EPI – Ensino Profissional Integrado

ETFA - Escola Técnica Família Agrícola I

FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz

FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

IFBaiano - Instituto Federal Baiano

LDB – Lei de Diretrizes e Bases

LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias

LOA – Lei Orçamentária Anual

NALFA – Núcleo de Alfabetização e Letramento

NRE – Núcleo Regional de Educação

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16 - Ano II - Nº 630
São José do Jacuípe

PAR - Plano de Ações Articuladas

PPA – Plano Plurianual

PMAQ – Programa da Melhoria do Acesso e Qualidade da Assistência

PME – Plano Municipal de Educação

PNE – Plano Nacional de Educação

PPP – Projeto Político Pedagógico

PODES – Pastoral dos Portadores de Direitos Especiais

QSE – Quota do Salário Educação

TOPA - Todos pela Alfabetização

SME – Secretaria Municipal de Educação

SRM – Sala de Recursos Multifuncionais

UAB – Universidade Aberta do Brasil

UFBA - Universidade Federal da Bahia

UFPB - Universidade Federal da Paraíba

UNEB - Universidade do Estado da Bahia

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17 - Ano II - Nº 630

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................. 14

2 ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO E DA DUCAÇÃO......... 18

2.1 ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO...................................... 18

2.1.1 Caracterização do Município........................................................ 18

2.1.1.1 Aspectos Históricos......................................................................... 18

2.1.1.2 Aspectos Geográficos...................................................................... 21

2.1.1.3 Aspectos Demográficos................................................................... 22

2.1.1.4 Aspectos Socioeconômicos............................................................. 26

2.1.1.5 Aspectos Culturais........................................................................... 27

2.2 ANÁLISE SITUACIONAL DA EDUCAÇÃO...................................... 30

2.2.1 Níveis da Educação: Educação Básica e Superior..................... 30

2.2.2 Etapas da Educação Básica ......................................................... 31

2.2.2.1 Educação Infantil.............................................................................. 31

2.2.2.2 Ensino Fundamental........................................................................ 34

2.2.2.3 Ensino Médio.................................................................................... 39

2.2.3 Ensino Superior.............................................................................. 43

2.3 MODALIDADES E DESAFIOS EDUCACIONAIS............................ 44

2.3.1 Educação Especial......................................................................... 44

2.3.2 Política da Alfabetização............................................................... 50

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18 - Ano II - Nº 630
São José do Jacuípe

2.3.3 Educação em Tempo Integral....................................................... 53

2.3.4 Qualidade da Educação Básica.................................................... 57

2.3.5 Educação de Jovens e Adultos (EJA).......................................... 64

2.3.6 Educação Profissional de Nível Médio......................................... 66

2.3.7 Educação do Campo ..................................................................... 67

2.3.8 Educação Quilombola ................................................................... 69

2.3.9 Transversalidade ........................................................................... 70

2.3.9.1 Educação Étnico-racial .................................................................... 70

2.3.9.2 Educação, Relações de Gênero e Diversidade Sexual ................. 71

2.3.9.3 Educação Ambiental ....................................................................... 72

2.4 VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO............... 73

2.4.1 Um breve histórico ........................................................................ 74

2.5 GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO PÚBLICO......................... 81

RECURSOS FINANCEIROS PARA A EDUCAÇÃO NO


2.6 83
MUNICÍPIO.......................................................................................

3 DIRETRIZES, METAS E ESTRATÉGIAS DO PME........................ 90

3.1 DIRETRIZES ESTABELECIDAS NO PNE ...................................... 92

3.2 METAS E ESTRATÉGIAS DO PME ............................................... 93

4 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PME ........................... 116

REFERÊNCIAS

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19 - Ano II - Nº 630

14

1 INTRODUÇÃO

O presente documento refere-se ao Plano Municipal de Educação – PME – do


município de São José do Jacuípe. Ele foi elaborado no período de junho de 2015 a
abril de 2016, com a finalidade de atender à necessidade de um planejamento
público e compartilhado para os próximos dez anos.

O grande desafio do Plano Municipal de Educação é, em consonância com o


Plano Nacional de Educação e o Plano Estadual de Educação, proporcionar
mudanças na educação do Município de modo a garantir uma escola universal em
seu compromisso com a democratização de oportunidades socioeducativas, plural
na promoção do respeito à diversidade e ética em sua responsabilidade de formação
de valores para um educação cidadã, solidária e socialmente inclusiva.

O processo de elaboração coletiva do Plano Municipal de Educação teve


como pressuposto a concepção de que não se muda o quadro educacional de uma
cidade apenas com leis e decretos, já que a luta em defesa de uma educação
pública, laica, gratuita, democrática e de qualidade, deve se dar com a participação
efetiva da maioria dos segmentos que concebem a educação como um campo
estratégico de desenvolvimento humano e social. Foram dados, então, os primeiros
passos para fundamentar o processo de tomada de decisões: diagnóstico da
realidade, estabelecimento de diretrizes, prioridades, objetivos e metas que
assegurem à população de São José do Jacuípe, uma educação de qualidade, nos
diferentes níveis e modalidades de ensino, assim como a valorização dos
profissionais de educação e a política e gestão da educação com a utilização efetiva
dos recursos disponíveis.

Em 2014, foi aprovado o Plano Nacional de Educação - PNE para dez anos,
elaborado a partir da Constituição de 1988 e da nova LDB. Na Lei 13.005/2014 que
o aprovou, fica estabelecida a obrigatoriedade dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios elaborarem os Planos Decenais, com base no Plano Nacional, conforme
o que diz o Art. 8º. que “A partir da vigência desta Lei, os estados, o Distrito Federal
e os municípios deverão, com base no Plano Nacional de Educação, elaborar planos
decenais correspondentes”.

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Além disso, o Plano Municipal de Educação foi elaborado baseado nos


preceitos das Leis que regem a Educação no nosso país: Constituição Federal
Brasileira, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96, Lei
10.639/03, que institui a obrigatoriedade do Ensino da História e da Cultura Afro-
Brasileira e Africana; Lei 11.274 de fevereiro de 2006, que institui o ensino
fundamental de nove anos de duração com a inclusão das crianças de seis anos de
idade; Lei 11. 494/2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação – FUNDEB; Parecer CNE/CEB 36/2001, que constituem um conjunto de
princípios e de procedimentos que visam adequar o projeto institucional das escolas
do campo; Lei 9795/99, que dispõe sobre a educação ambiental; Parâmetros
Curriculares Nacionais; Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil; entre outras
Leis importantes para o processo educacional.

Além das bases legais, o PME baseia-se também nos princípios morais de
liberdade e igualdade para todos os envolvidos no processo educacional,
independente de raça, cor, etnia, opção religiosa ou orientação sexual. Dessa forma,
o documento torna-se um instrumento de melhoria da qualidade do ensino através
da promoção do ser humano e do cidadão.

O referido documento divide-se em três partes: “Caracterização do Município;


Caracterização da Educação Municipal, e Diretrizes, Metas e Estratégias do PME”
para os próximos dez anos.

Na primeira parte são levantados dados do município com relação aos


aspectos históricos, geográficos, demográficos, socioeconômicos, culturais e de
Infraestrutura material. Fatores analisados mediante dados de institutos de pesquisa
conceituados ou levantamentos realizados pela equipe com a própria população de
modo que apresentam a identidade do município.

A segunda parte trata-se do diagnóstico de cada item trabalhado seguido de


diretrizes, metas e estratégias para cada um. Os itens analisados no Plano são:

¾ Níveis de Ensino:
x Educação Infantil;
x Ensino Fundamental;
x Ensino Médio;

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x Ensino Superior.
¾ Modalidades de Ensino:
¾ Educação Especial;
x Política de Alfabetização;
x Educação de Tempo Integral;
x Qualidade da Educação Básica;
x Educação de Jovens e Adultos (EJA);
x Educação Profissional em nível Médio
x Educação do Campo;
x Educação Quilombola;
¾ Transversalidade:
x Educação Étnico-racial;
x Educação, Relações de Gênero e Diversidade Sexual;
x Educação Ambiental.
¾ Valorização dos Profissionais da Educação.
¾ Gestão Democrática da Educação
¾ Recursos Financeiros para a Educação do Município.

A terceira parte do PME compreende as Metas e Estratégias que fortalecem a


proposta de Educação do município.

Com este documento, elaborado coletivamente em reuniões, Audiência


Pública e aprovado em Assembleia Geral com a comunidade, especialmente por
aqueles que atuam mais diretamente na área de educação, o município de São José
do Jacuípe - Bahia, cumpre o requisito legal e torna público o planejamento
educacional para o município nos próximos 10 anos, cabendo ao Executivo e
Legislativo as providências para a sua homologação em Lei.

O Plano Municipal de Educação do município, ao estabelecer objetivos,


diretrizes, metas e estratégias para os próximos dez anos, inaugura um novo tempo
para a Educação e cumpre uma determinação legal de organizar e direcionar num
planejamento a realidade da Educação.

Desta forma, enfatizamos que o seu objetivo maior está pautado na vontade
de propiciar aos cidadãos uma educação de qualidade, que lhes permita não apenas

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atuar na sua comunidade como cidadãos críticos e ativos, como também, criar
espaços de interlocução efetiva com a sociedade. Almeja-se para o município, uma
educação pública pautada nos valores da solidariedade e da participação, o que só
se torna possível através de uma gestão democrática.

A todos que contribuíram na elaboração deste documento importante para o


crescimento do município, os agradecimentos à Prefeitura Municipal de São José do
Jacuípe, da Secretaria Municipal de Educação, as Comissões executiva e
representativa, a Coordenação, Professores, funcionários, profissionais da
educação, sociedade civil e organizada, ficando aqui a convocação para que
possamos, de agora em diante, assumir o papel de autores e participantes ativos de
sua execução, acompanhando passo a passo a sua implementação, colaborando,
avaliando, acompanhando a concretização das metas estabelecidas e zelando para
que o poder público cumpra efetivamente o seu papel na educação de qualidade
dentro deste município.

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2 ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO E DA EDUCAÇÃO

2.1 ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO

2.1.1 Caracterização do Município

Imagem 1: Praça da Igreja Matriz

Fonte: Arquivo Municipal

2.1.1.1 Aspectos Históricos

São José do Jacuípe tem o inicio de sua história em 1871 quando o Senhor
Honorato de Oliveira Barros, primeiro proprietário de terras a construir uma casa e
dá-lhe o nome de “Fazenda São José”. Honorato tinha uma família numerosa que
em volta da fazenda começou a construir suas casas, povoando e proporcionando
assim o crescimento do lugar. Em 1894, com o falecimento do Sr. Honorato
(considerado o pai de São José) o lugarejo precisava de um representante.

Por ser um dos seus moradores mais antigos o Sr. Joviniano Vilas Boas
conhecido como Capitão Senhorzinho, assumiu o lugar do senhor Honorato e muito
contribuiu para o crescimento de São José, iniciando com a construção de uma

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São José do Jacuípe

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igreja e um cruzeiro. Daí em diante, São José do Jacuípe começou a ter o seu
próprio comércio, incluindo uma feira livre que acontecia debaixo de uma árvore
chamada tamarindeiro. Em 1949 foi construído o Primeiro prédio escolar
denominado Grupo Escolar Apiano Félix Vilaronga conforme relato de antigos
moradores. Depois de muito sofrer com a seca de 1900 o povo de São José do
Jacuípe vivenciou em 1911 uma grande enchente, que pôs fim as tragédias que a
seca estava causando.

Já em 1932 a seca retornava a região, porém, não houve danos mais graves
pela existência do “Brou” tipo de farinha feita com o tronco do ouricurizeiro que
servia de alimento para a população.

Em 1952 São José do Jacuípe passou a ser Distrito policial de Jacobina


tornando em 1955 a ser uma Vila. Em 1959 fatos importantes começaram a
acontecer: a luz a motor que funcionou durante 20 anos foi substituída em 1979 pela
energia Elétrica trazendo grande desenvolvimento para São José do Jacuípe.

Segundo Guimarães (2007):

O dia 9 de maio de 1985, tornou-se um dia marcante, pois despertou-


se como o dia que a população lutou para não ficar sob a
administração de Capim Grosso. Entretanto, foi em treze de junho de
1989 que São José do Jacuípe foi emancipado. Tal elevação não se
deu de maneira burocrático-administrativa, muito pelo contrário, a
emancipação foi um evento que teve o povo como protagonista.
Mulheres e homens foram às ruas, fizeram piquetes em locais que
davam acesso às urnas do plebiscito e assim procuraram convencer
os eleitores a não votar impedindo que a consulta plebiscitária
envolvendo São José do Jacuípe e Capim Grosso acontecesse como
previa a Justiça Eleitoral.
Vestidos de branco, com faixas, cartazes e bandeiras em punho, a
população se organizou na Avenida Rodoviária, hoje Avenida José
Vilaronga Rios, fizeram uma barreira e cantaram o Hino Nacional.
Muitos carros, vindo de Capim Grosso trazendo os eleitores eram
abordados pelos manifestantes que procuravam convencer os
eleitores de não votar.
No sistema de alto-falante da Igreja Católica saiam palavras de “viva
o município, abaixo o povoado”.

No dia 13 de junho de 1989 foi sancionada a Lei Estadual 5.024 de 13 de


junho de 1989, que conferia a até então Vila São José o título de cidade.

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Os primeiros candidatos a disputarem a prefeitura de São José do Jacuípe


foram: Adalberto Barberino Vilas Boas e Laurentino Romão da Silva. No dia 03 de
outubro de 1989, realizou-se a primeira eleição que deu ao Sr. Adalberto Barberino
Vilas Boas a posse de primeiro prefeito municipal de São José do Jacuípe de 1990 a
1992.

Após este período, a formação administrativa ficou organizada da seguinte


maneira:

¾ 2ª gestão (1993 a 1996): Sr. Laurentino Romão da Silva;

¾ 3ª gestão (1997 a 2000): Sr. Daniel Alves de Sousa;

¾ 4ª gestão (2001 a 2004): Sr. Laurentino Romão da Silva;

¾ 5ª gestão (2005 a 2008): Sr. Daniel Alves de Sousa;

¾ 6ª gestão (2009 a 2012): Sr. Antônio Roquildes Vilas Boas Almeida;

¾ Gestão atual (2013 a 2016): Srª Maria Verúsia Costa Matos

A área de abrangência de São José do Jacuípe é de 402,43Km² e estende-se


a 01 distrito denominado Itatiaia do Alto Bonito e povoados denominados Vaca
Brava, Pau de Colher, Santa Maria, Várzea Dantas, Lameiro, Sobradinho, Embratel
e Quilômetro 118.

Imagem 2: Monumento na entrada da cidade “São José”, padroeiro local.

Fonte: Arquivo Municipal.

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O monumento acima foi construído no ano de 2006, na gestão do prefeito


Daniel Alves, a pedido da primeira Dama e marca a entrada da cidade como um
símbolo de fé. No nome já fica clara a devoção ao Santo “São José”, que se tornou o
Padroeiro da cidade.

2.1.1.2 Aspectos geográficos

Figura 1: Mapa com localização geográfica do município.

Fonte: Disponível http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=292937

O município de São José do Jacuípe está situado na região do semiárido do


Estado da Bahia em uma área castigada pela estiagem, entre os municípios de
Capim Grosso e Mairi. Localiza-se a 227,11 km de Salvador, capital da Bahia.

Abriga em seu território a barragem de São José do Jacuípe, construída no


ano de1985, alimentada pelo Rio Jacuípe e que tem capacidade de alto
armazenamento de água. Sua água abastecia o município de São José do Jacuípe e
ainda serve de reserva para abastecer outros municípios da região do sisal, porém,
atualmente, por causa do longo período de estiagem nos anos de 2013 e 2104, o
abastecimento de água da cidade passou a ser feito pela barragem de Pedras Altas
do município de Capim Grosso.

A barragem tem grande potencial e poderia dar um grande impulso ao


desenvolvimento da agropecuária do município. No entanto, esse importante recurso
hídrico ainda não foi devidamente explorado por falta de chuva regular. O que
poderia fortalecer, este setor de suma importância que é a agricultura familiar.
Atualmente a barragem fornece água para os municípios de: Várzea da Roça, Mairi,
Quixabeira e Várzea do Poço.

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Imagem 3: Barragem de São José do Jacuípe

Fonte: Arquivo Municipal

Com uma área territorial de 402,43 km²(IBGE/ 2015), nas coordenadas


geográficas 11º30'14''S e 40º01'20''W, encravada na microrregião baiana de
Jacobina, São José do Jacuípe faz limite com cinco municípios, a citar: a norte com
Capim Grosso, a sul com Várzea da Roça, a oeste com Quixabeira, leste com
Gavião e a nordeste com Santa Luz. Distante 227,11 km da capital e tem como
principal via de acesso o entroncamento entre as Rodovias BR 407 e 324, na altura
do município de Capim Grosso. A BR 324 corta o município na altura do distrito de
Itatiaia e povoado Quilômetro 118. Mas, a principal via de acesso para a sede do
município se dá através da Rodovia Estadual BA 130, a partir de Capim Grosso,
estando há cerca de 13 Km deste ponto.

O rio que banha o município, segundo Santos (2006):

[...] é o Rio Jacuípe, afluente do Rio Paraguaçu. Nasce no município


de Morro do Chapéu, a 1200 m de altitude, e deságua no Rio
Paraguaçu, no trecho da Barragem de Pedra do Cavalo, entre os
municípios de Cachoeira e São Félix, na microrregião de Feira de
Santana. Ao longo do seu percurso, é utilizado principalmente para o
abastecimento de água para o consumo humano e animal e,
também, para a agricultura (de pequena escala). (SANTOS, 2006, p.
18 a 19)

2.1.1.3 Aspectos demográficos

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De acordo com dados do IBGE (2010), a população do município é de 10.180


habitantes, sendo aproximadamente 5.094 homens e 5.086 mulheres, podendo dizer
que há um equilíbrio de gênero no município. Destes, 6.991 pessoas residem na
zona urbana e 3.189 na zona rural, havendo assim um predomínio da população
urbana sobre a rural de 68,67%.

Nas tabelas a seguir serão apresentados os principais dados demográficos do


município:

Tabela 1 - População do Município


Total da Total da Total da Total da
Nome do Total de Total de
População população população população
Município homens mulheres
2000 urbana rural 2010
São José
do 9.246 4.601 4.645 5.710 3.536 10.180
Jacuípe
Fonte: www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1

A população teve um crescimento de 10,1%, conforme o censo de 2015 com


11.061 habitantes, contudo, não foi encontrada uma fonte precisa que justifique o
motivo deste crescimento. Porém, observando os dados da tabela 1, vemos o que
tem ocorrido em diversos municípios, que é o crescimento da população urbana em
detrimento da rural, certamente pelo grande êxodo rural que ocorre por alguns
fenômenos de migração, dentre eles o principal, que é a SECA nos municípios do
semiárido.

Tabela 2 - Dados sobre IDH do município


Indicadores de Renda e Pobreza (taxas)
Indicador
1991 2000 2010
IDH – municipal 0,243 0,377 0,552
Renda per capita - - -
Proporção de pobres - - -
Índice de Gini - - -
Fonte: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/sao jose do jacuipe_ba

Um dado relevante para análise da qualidade de vida das pessoas é o IDH.


O IDH Municipal varia de 0 a 1 considerando indicadores de longevidade (saúde),

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renda e educação. Quanto mais próximo de 0, pior é o desenvolvimento humano do


município. Quanto mais próximo de 1, mais alto é o desenvolvimento do município.

Olhando a Tabela 2, é possível perceber o avanço e o crescimento do IDH do


município, conforme apresentado a seguir:

¾ Entre os anos de 1991 e 2000, o IDHM passou de 0,243 para 0,377, - uma taxa
de crescimento de 55,14%. O hiato de desenvolvimento humano foi reduzido em
82,30% nesse período.

A dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com
crescimento de 0,137), seguida por Longevidade e Renda.

¾ Entre 2000 e 2010 o IDHM passou de 0,377 para 0,552, o que representa um
crescimento de 46,42%. O que implica dizer, a distância entre o IDHM do
município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 71,91% nesse
período. Mais uma vez, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos
absolutos foi Educação (com crescimento de 0,216), seguida por Longevidade e
por Renda.
¾ De 1991 a 2010, o IDHM do município passou de 0,243, para 0,552, enquanto o
IDHM da Unidade Federativa (UF) passou de 0,493 para 0,727. Isso implica em
uma taxa de crescimento de 127,16% para o município e 47% para a UF; e em
uma taxa de redução do hiato de desenvolvimento humano de 59,18% para o
município e 53,85% para a UF. Novamente, a dimensão cujo índice mais cresceu
em termos absolutos foi a Educação (com crescimento de 0,353), seguida por
Longevidade e por Renda, mantendo-se na mesma linha da UF, que por sua vez,
manteve um com crescimento de 0,358, também seguida por Longevidade e por
Renda.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) de São José do Jacuípe em


0,552, no ano de 2010, situa esse município na faixa de Desenvolvimento
Humano Baixo (IDHM entre 0,500 e 0,599). A dimensão que mais contribui para
o IDHM do município é Longevidade, com índice de 0,726, seguida de Renda,
com índice de 0,555, e de Educação, com índice de 0,417.

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Tabela 3 – IDH e seus componentes

IDHM e componentes 1991 2000 2010


IDHM Educação 0,064 0,201 0,417
% de 18 anos ou mais com ensino
3,25 8,89 23,29
fundamental completo
% de 5 a 6 anos frequentando a escola 21,95 78,62 99,63
% de 11 a 13 anos frequentando os anos finais
5,55 24,51 69,08
do ensino fundamental
% de 15 a 17 anos com ensino fundamental
4,25 16,67 32,29
completo
% de 18 a 20 anos com ensino médio
3,87 1,28 21,66
completo
IDHM Longevidade 0,531 0,590 0,726
Esperança de vida ao nascer (em anos) 56,88 60,37 68,54
IDHM Renda 0,423 0,451 0,555
Renda per capita (em R$) 111,38 132,23 253,57
Fonte: PNUD, Ipea e FJP

Tabela 4 - População por grupo de idade


2000 2010
Faixa Etária
Nº absolutos % Nº absolutos %

0-4 anos 895 9,7 834 8,2


5-9 anos 984 10,7 940 9,2
10-14 anos 1.203 13 1.036 10,2
15-19 anos 1.244 13,5 1.001 9,8
20-29 anos 1.448 15,5 1.671 16,4
30-39 anos 1.110 12 1.392 13,7
40-49 anos 783 8,8 1.128 11,1
50-59 anos 666 7,2 822 8,1
60-69 anos 452 4,9 718 7
70 e mais 461 5 638 6,3
Fonte: IBGE

Tabela 5 - Estabelecimentos de saúde por tipo e localização


Números de estabelecimentos de saúde
Localização
Total Posto UBS Unidade Pronto Hospital

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de mista Socorro Outros


saúde
Urbana 4 2 2 - - 1 -
Rural 1 1 - - - - -
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde (2015).

Com base nos dados coletados, é possível afirmar que o município de São
José do Jacuípe apresenta maior número de postos de atendimento na zona urbana,
devido a maior quantidade de habitante se encontrar residindo na referida área,
sendo disponibilizados para a população diversos tipos de atendimentos médicos,
como: clínico geral, ginecologia, odontologia, nutrição, tanto na sede quanto no
distrito, em dias alternados. Atendendo uma média de 214 pacientes por semana.

Ao necessitarem de atendimento médico com maiores recursos a Secretaria


Municipal de Saúde disponibiliza transporte para encaminhar os pacientes até as
cidades vizinhas, a exemplo de Jacobina, Capim Grosso, Mairi, Feira de Santana e
Salvador, onde podem encontrar serviços especializados, viabilizando assim, um
atendimento com qualidade para os cidadãos jacuipenses.

2.1.1.4 Aspectos Socioeconômicos

Imagem 4: Olarias

Fonte: Arquivo municipal

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A população do município sobrevive primordialmente da agricultura de


subsistência, da pecuária e da olaria. Sendo assim, a economia do município de São
José do Jacuípe está baseada na agricultura e pecuária com pequena atividade
industrial e comércio, notadamente, na área de serviços. A cultura do sisal é também
muito importante para a economia local devido à dificuldade em desenvolver outras
culturas em razão das características climáticas do semiárido, onde ocorrem
grandes períodos de estiagem, o que inviabiliza outras lavouras menos resistentes e
impossibilita um investimento mais expressivo da pecuária.

Atualmente o município de São José do Jacuípe conta com um comércio mais


desenvolvido, com pousadas, restaurantes, lanchonetes, postos de combustível,
lojas de confecções, calçados, variedades domésticas, oficinas mecânicas,
metalúrgicas, autopeças, entre outros que muito tem contribuído com a economia
local.

2.1.1.5 Aspectos Culturais

O Município de São José do Jacuípe tem seus festejos culturais desde sua
emancipação, até porque são aspectos que tem enriquecido à cidade e são
valorizados pela própria população e pelas cidades circunvizinhas. Dentre tais
festejos podemos citar: a Festa do Padroeiro São José, em 19 de março (na sede do
município) e Festa do Padroeiro São Francisco de Assis (04 de outubro, Distrito de
Itatiaia do Alto Bonito); Aniversário da Cidade (13 de junho); Comemoração da
Semana Santa; São João (na sede); São Pedro, Festa do Vaqueiro e Fogo
Simbólico (Distrito de Itatiaia); Desfile Cívico; Campeonatos Intermunicipais
(Realizados pelo Departamento de Esportes); Comemoração do Dia da Mulher e do
Idoso (Realização da Secretaria de Assistência Social); Projetos Educativos que
valorizam a questão cultural nas escolas; Manifestações Folclóricas (Reisado,
Samba de Roda, Capoeira); Grupos Culturais (Desbravadores Arautos da Fé da
Igreja Adventista do Sétimo Dia, PJMP (sede) e MEJ (Distrito de Itatiaia) – ambos da
Igreja Católica; AACJA – Associação Artística Cultural Jovens em Ação
(Comunidade de Vaca Brava); todos estes colaboram nos eventos da cidade de

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forma geral, tendo como objetivo resgatar e valorizar a cultura local, através de
apresentações, da dança, da música e do teatro.

Como Patrimônio, o município conta hoje com a Biblioteca Municipal


Joventina Barberino Vilas Boas, fundada em 13 de junho de 2010, a qual
disponibiliza aproximadamente 2500 exemplares, sendo requisitada pela
comunidade local e circunvizinha e também recebe visitas diárias pelas escolas.
Além disso temos também a Imagem de São José, construída em 2008, como
representação religiosa da cidade e a Capelinha sobre o monte da denominada
“Santa Cruz”, construída há mais de 80 anos pelo Capitão Senhorzinho, para sua
filha, a senhora Joventina Barberino Vilas Boas (Sinhazinha, como era conhecida),
através de doações da população, a qual é utilizada até os dias atuais,
principalmente pelos fiéis nos cortejos religiosos, na época da Semana Santa.

Em 2009 foi criada a Diretoria de Cultura e, encontram-se em processo de


estruturação o Sistema e Conselho Municipal de Cultura.

Como principais atrativos turísticos destacamos o Rio Jacuípe, que apesar de


seu estado crítico, ainda atrai turistas de cidades circunvizinhas, assim como aulas
de campo proporcionadas por escolas, que levam alunos para visitas pedagógicas.

Outra riqueza turística é a Barragem São José1, fonte de lazer, tanto para a
população local, como para os visitantes. Tais aspectos são imprescindíveis,
principalmente para a construção da identidade cultural da população Jacuipense.

Imagem 5: Santa cruz

Fonte: Arquivo Municipal

1
Ver imagem 3.

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Como na maioria dos municípios brasileiros, tradicionalmente, as pessoas


fazem peregrinação durante a Semana Santa realizando orações e procissões que
caracterizam a fé católica. Com o crescimento de São José a população preocupou-
se em construir um belo altar que se tornou símbolo desta manifestação, uma cruz,
na intenção de permitir ao povo manifestar sua fé. A capelinha apresentada na
imagem acima, conforme dito anteriormente, surgiu a partir de uma ação do Capitão
Sinhozinho, morador da fazenda, onde fora construída. Ele sempre cuidou desse
belo patrimônio religioso. É um patrimônio histórico cultural, para o povo jacuipense,
é orgulho e paixão. É na Semana Santa, num belo ritual que a população desce e
sobe em procissão. O Capitão Senhorzinho cuidou como um legado familiar e
espiritual para sua filha Sinhazinha que quis seguir os passos do pai. Após anos de
zelo, essa função foi dada à sobrinha de Sinhazinha Dona Lígia, que cuida da
Capelinha com muita dedicação até os dias de hoje.

Imagem 6: Visita a Santa Cruz

Fonte: Arquivo Municipal

Em dias de penitência a população se dirige ao monte da Santa Cruz para


rezar e professar a fé católica. A imagem acima mostra o povo em peregrinação,
conforme ocorre anualmente.

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Imagem 7: Apresentação de grupos locais de capoeira

Fonte: Arquivo Municipal.

A capoeira é uma herança cultural em vários municípios baianos. Em são


José do Jacuípe existem apresentações que demonstram o envolvimento da
comunidade em geral com os grupos de capoeira. Anualmente este grupo se
apresenta nos eventos culturais do município, atraindo os olhares de crianças,
jovens e adultos para esta cultura tão importante para o povo brasileiro.

2.2 ANÁLISE SITUACIONAL DA EDUCAÇÃO

2.2.1 Níveis da Educação: Educação Básica e Superior

“Se a educação sozinha não transforma a


sociedade, sem ela tampouco a sociedade
muda.” Paulo Freire

Baseado neste pensamento de Freire, a preocupação maior consiste em


como elaborar e fazer valer uma política educacional no município, que permita
melhorar a qualidade da educação, o acesso e a permanência de todos, levando-se
em conta aspectos socioeconômicos, culturais, geográficos e históricos. Isso,

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São José do Jacuípe

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analisando outras propostas bem-sucedidas, que possam servir de exemplos para o


município na luta por uma melhor qualidade da educação oferecida à sua população.

Vale ressaltar que a evolução da educação requer também a participação


intensiva da sociedade, lutando por melhores condições de vida e oportunidades,
principalmente em busca da redução da taxa de analfabetismo, que atualmente em
nosso município é de 7,69 % segundo o IBGE/2010.

Entender a educação como uma necessidade básica da população e procurar


resolver as dificuldades e os problemas enfrentados pelo município, requer uma
política educacional consistente e abrangente em todas as esferas, fortalecendo o
compromisso de todos por uma educação de qualidade. Assim, tenhamos como
documento norteador o Plano de Metas Todos Pela Educação, com as vinte e oito
diretrizes que fortalecem e qualificam o processo educacional no nosso município.

2.2.2 Etapas da Educação Básica

Na esfera do município a Lei Orgânica do município, promulgada no dia 28 de


março de 1990, contempla, em seu texto, um capítulo que trata especificamente da
educação, prevendo a implantação do seu próprio sistema de ensino e
estabelecendo diretrizes gerais para a sua organização, tendo em vista a
competência suplementar do município em matéria de legislação, a manutenção de
padrão de qualidade dos serviços prestados na área de educação e a gestão
democrática, consubstanciada na garantia de participação da sociedade na
concepção, execução, controle e avaliação dos processos educacionais, seja por
intermédio do Conselho Municipal de Educação e dos Conselhos Escolares cuja
criação é imposta pela norma legal. Estabelece ainda, como prioridade de atuação
do município, o ensino infantil e a educação fundamental, destinando, no mínimo,
vinte e cinco por cento das receitas resultantes de impostos para manutenção e
desenvolvimento desses níveis de ensino.

2.2.2.1 Educação Infantil

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Definida como primeira etapa da Educação Básica, pela Lei de Diretrizes e


Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96) e de competência dos Municípios, a
Educação Infantil deve ser oferecida em Creches, ou entidades equivalentes, para
crianças de 0 a 3 anos e em pré-escolas para crianças de 4 e 5 anos.
Dessa forma, o trabalho pedagógico com a criança de 0 a 5 anos adquiriu
reconhecimento e ganhou uma dimensão mais ampla no sistema educacional, qual
seja: atender às especificidades do desenvolvimento das crianças e contribuir para a
construção e o exercício de sua cidadania.
Com a implantação do FUNDEB a partir de 2007, a Educação Infantil passa a
integrar, sem distinção do Ensino Fundamental, a Política de Financiamento da
Educação, o que pode ser considerado como ganhos e avanços neste aspecto. Por
outro lado, a sociedade está mais consciente da importância das experiências na
primeira infância, o que motiva demandas por uma educação institucional para
crianças de 0 a 6 anos.
Portanto, as práticas educativas de qualidade que possam promover e
ampliar as condições necessárias para o exercício da cidadania são incumbências
de toda a sociedade, que tenha responsabilidade e a função de contribuir com as
políticas e programas de educação infantil, socializando informações, discussões e
pesquisas subsidiando o trabalho educativo de técnicos, professores e demais
profissionais da educação infantil, pois é sabido que as crianças têm direito antes de
tudo, de viver experiências prazerosas nas instituições que atendem este público.
A rede de educação do município conta hoje com 2 (duas) unidades escolares
particulares e 4 (quatro) unidades escolares municipais especificas para atender a
demanda de alunos de educação infantil, alunos de 0 a 3 anos em creche e de 4 a 5
anos de idade na pré escola, além de funcionar também educação infantil nas
escolas regulares da zona rural.

As creches atenderam por muito tempo alunos de 0 a 6 anos, mudando


apenas a partir do ano de 2007 quando passaram a atender somente as crianças de
0 a 5 anos de idade. Com a mudança na Legislação Educacional, crianças de 6
anos, começaram a ser atendidas pelas unidades escolares de ensino fundamental
com a implementação do Ensino Fundamental de 9 anos.

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Tabela 6 - Evolução da matrícula da Educação Infantil por dependência administrativa e localização -


período 2011 a 2014

Municipal Estadual Particular


Anos Total
Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural
2011 394 74 - - 66 - 534
2012 376 68 - - 60 - 504
2013 437 68 - - 47 - 552
2014 407 69 - - 48 - 524
Fonte: http://sim.sei.ba.gov.br/sim/tabelas

Conforme tabela 6, há um crescimento da matricula na Educação Infantil na


zona urbana, considerando que os estabelecimentos que ofertam esta modalidade
de ensino, ofertam melhores condições e maior numero de vagas no centro urbano.
A evolução da matricula retrata uma realidade que se acentua nos últimos anos que
é a redução de natalidade, tendo assim, uma média de estudantes entre os anos de
2011 e 2014 sem evolução em termos de número de matrícula.

Tabela 7 - Taxa de escolarização da Educação Infantil por localização (2013)


População de 0 a 5 Matrícula Escolarização
Localização
anos (A) (B) %
URBANO 437 348 79,6%
RURAL 466 202 64,2%
Fontes: IBGE, para os dados de população; MEC/INEP, para os dados de matrícula

A tabela acima reflete a necessidade de ampliação desta modalidade de


ensino, considerando que o índice de escolaridade para esta faixa etária urbana é
de 79,6% e, com maior necessidade de evolução na área rural que apresenta um
índice de 64,2%. Assim, o município avançará com adequação da estrutura física e
ampliação de matricula para atender a demanda existente.

O município precisa construir mais unidades de educação infantil para poder


atender a demanda de crianças de forma adequada, conforme as normas definidas
pelo MEC/FNDE. Necessitam também adaptar e adequar às infraestruturas já
existentes, repor e conservar mobiliários, bibliotecas, parques, adequar os banheiros
para atender a educação infantil e a realidade das nossas crianças.

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2.2.2.2 Ensino Fundamental

É preciso juntar objetividade e sonho para que se possa ver


cada aluno com um olhar novo, percebendo-o como alguém
que está hoje conosco, mas pertence ao futuro. (Raízes e asa,
fasc. 4, 1994)

O ensino fundamental representa uma etapa de extrema importância no


percurso da educação básica brasileira. Esta etapa de ensino apresentou
significativas mudanças nas últimas décadas, que refletiram significativamente, não
só nas questões administrativas como pedagógicas do espaço escolar.

De acordo com a Constituição Brasileira e a Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Nacional (9394/96), o ensino fundamental é obrigatório e gratuito. O art.
208 da constituição preconiza a garantia de sua oferta, inclusive para todos os que a
ele não tiveram acesso na idade própria. Considerando tal fator como básico na
formação do cidadão, pois de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, em seu art. 32, o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo
constituem meios para o desenvolvimento da capacidade de aprender e de se
relacionar no meio social e político. É prioridade oferecê-lo a toda população
brasileira.

[...] o ensino fundamental é parte integrante, deve assegurar a todos


“a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e
fornece-lhes meios para progredir no trabalho e nos estudos
posteriores”, fato que confere ao ensino fundamental, ao mesmo
tempo, um caráter de terminalidade e de continuidade. (BRASIL,
2001, p.15)

A Lei 11.274 de fevereiro de 2006 institui o ensino fundamental de nove anos


de duração com a inclusão das crianças de seis anos de idade, substituindo o que
preconizava o Artigo 32 da LDB. A perspectiva é que com a aprovação desta lei
ocorra a inclusão de um número maior de crianças no sistema educacional
brasileiro, especialmente das classes mais populares.

No documento do MEC "Orientações para inclusão das crianças de seis


anos", encontramos a seguinte afirmação:

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[...] podemos ver o ensino fundamental de nove anos como mais uma
estratégia de democratização e acesso à escola. A Lei nº. 11.274, de
6 de fevereiro de 2006, assegura o direito das crianças de seis anos
à educação formal, obrigando as famílias a matriculá-las e o Estado
a oferecer o atendimento. (BRASIL, 2007, p. 27)

E ainda acrescenta

[...] a ampliação do ensino fundamental para nove anos, que significa


bem mais que a garantia de mais um ano de escolaridade
obrigatória, é uma oportunidade histórica de a criança de seis anos
pertencente às classes populares ser introduzida a conhecimentos
que foram fruto de um processo sócio histórico de construção
coletiva. (BRASIL, 2007, p. 61-62)

Esses novos dispositivos legais trazem benefícios consideráveis


especialmente as populações de baixa renda no que diz respeito ao acesso ao
ensino, haja vista que, na maioria das vezes, as crianças nessa faixa etária, não
conseguem vagas na educação infantil, ou mesmo não há oferta desse nível de
ensino.

O Ministério da educação e a legislação educacional brasileira determinam


que o ensino fundamental seja oferecido pelos municípios com prioridade, reza à lei
orgânica do nosso município, capítulo VIII da educação, Art.190 que: “a educação no
município é direito de todos e dever do poder público e da família e tem como
objetivo o pleno desenvolvimento da pessoa, inclusive para o exercício da cidadania,
tornando-a capaz de refletir criticamente sobre a realidade e qualificando-a para o
trabalho”. É dever do município promover o atendimento prioritário ao ensino
fundamental com a participação da sociedade e a cooperação técnica da união e do
Estado da Bahia, parágrafo único da legislação Municipal.

O município atendia uma demanda somente para o ensino fundamental de


oito anos, até que no ano de 2009, inicia-se o ensino fundamental de nove anos. A
partir desta data programou-se o 1º ano do ensino fundamental de nove anos
regulamentados pela lei 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, como também nos
princípios, fundamentos e diretrizes da Lei orgânica do município.

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Tabela 8 - Evolução das matrículas do Ensino Fundamental por dependência administrativa e


localização (2011/2014)
Municipal Estadual Particular
Anos Total
Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural
2011 1767 202 355 - 53 - 2377
2012 1638 196 289 - 50 - 2173
2013 1583 197 316 - 39 - 2135
2014 1504 195 313 - 49 - 2061
Fonte: Secretaria Municipal de Educação

A tabela acima reflete um quadro geral sobre matricula das redes municipal e
estadual com oferta do Ensino Fundamental onde no período entre os anos de 2011
a 2014, houve uma diminuição destes estudantes conforme dados coletados na
Secretaria Municipal de Educação, não havendo nenhum registro que justifique tal
redução. Cabe ao município a partir da aprovação do PME, buscar meios que
incentivem o aumento de matricula, ofertando horários e turmas que atraiam
estudantes que ainda se encontram fora da escola.

Conforme se observa na tabela, o município não tem fugido a regra da


redução de matricula que está ocorrendo a cada ano. Pode-se observar que entre
2011 e 2014 houve uma queda significativa no número de matrículas, principalmente
na zona urbana. A rede estadual também tem sofrido uma redução acentuada, bem
como, a rede privada.

Tabela 9 - Nível Educacional da População de 6 a 14 anos - 1991, 2000 e 2010

Faixa Taxa de analfabetismo % de alunos na escola


etária
(anos) 1991 2000 2010
1991 2000 2010
06 a 14
anos - - - 54,76 89,51 98,55
11 a 14
anos 45,25 12,63 7,69 - - -
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil. http://www.atlasbrasil.org.br/2013

A Tabela acima, apesar de não ter todos os dados por, apresenta uma queda
significativa na taxa de analfabetismo entre crianças de 11 a 14 anos de idade o que
demonstra que o índice de escolarização melhorou, saindo, já que a taxa de
analfabetismo caiu de 45,25% em 1991 para 7,69 % em 2010.

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É crescente também o número de alunos na escola. Percebe-se que em 1991


o número de crianças de 6 a 14 anos matriculadas era de 54,76 %, significando que
45,24% estavam fora da escola. Em 2000 este número passou para 89,51%,
matriculadas e, em 2010 o percentual de matricula chegou a 98,55%, ou seja,
praticamente todas as crianças em idade escolar estavam estudando.

O município tem enfrentado também o problema da evasão escolar, uma vez


que muitos adolescentes abandonaram a escola para trabalhar com seus pais, ou
desistem por dificuldades de aprendizagem, isto reflete na taxa de escolarização do
município de forma negativa. Outro fator agravante é a desistência por fator da
idade. Ao ser reprovado sequenciadamente numa mesma série/ano surge a
distorção idade/série e a inadequação à turma e à metodologia de ensino.

A taxa de distorção idade/série é uma realidade em crescimento acentuado,


um fato que aconteceu desde a 1ª série do ensino fundamental e permanece até a
8ª série, com especial atenção para os anos finais do Ensino Fundamental. Alguns
destes alunos aumentam esta estatística por conta das retenções e evasões, o
agravante na zona rural é o fato de começarem a estudar já com idade avançada.
Uma alternativa tem sido matricular os estudantes na modalidade de Ensino – EJA
com a intenção trazer melhor adaptação e adequação do estudante aos conteúdos e
metodologia que regularizará o seu fluxo escolar, permitindo o avanço em seus
estudos, obtendo assim, o sucesso escolar.

Tabela 10 - Taxas de Rendimento - Rede Municipal de Educação


Taxa de
SÉRIE /
Ano Taxa de Aprovação Reprovação Taxa de Abandono
ANO
Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural
1ª Série / 2012 97,0 96,9 0,0 0,0 3,0 3,1
2º ano do 2013 99,2 94,3 0,0 0,0 0,8 5,7
EF 2014 97,1 100,0 0,0 0,0 2,9 0,0
2ª Série / 2012 94,9 97,5 0,0 0,0 5,1 2,5
3º ano do 2013 95,8 97,1 0,8 0,0 3,4 2,9
EF 2014 86,4 97,4 12,0 0,0 1,6 2,6
3ª Série / 2012 82,9 94,9 9,8 3,4 7,3 1,7
4º ano do 2013 83,4 78,0 12,6 22,0 4,0 0,0
EF 2014 74,5 76,9 17,7 23,1 7,8 0,0
4ª Série / 2012 95,3 96,3 1,0 0,0 3,7 3,7
5º ano do 2013 83,8 86,3 12,3 11,8 3,9 1,9

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EF 2014 75,4 97,3 18,8 2,7 5,8 0,0


5ª Série / 2012 59,6 - 27,2 - 13,2 -
6º ano do 2013 47,3 - 38,8 - 13,9 -
EF 2014 49,2 - 36,9 - 13,9 -
6ª Série / 2012 59,0 - 27,1 - 13,9 -
7º ano do 2013 68,8 - 15,2 - 16,0 -
EF 2014 55,0 - 27,3 - 17,7 -
7ª Série / 2012 74,3 - 13,3 - 15,4 -
8º ano do 2013 82,6 - 7,2 - 10,2 -
EF 2014 72,0 - 19,7 - 8,3 -
8ª Série / 2012 79,1 - 4,5 - 16,4 -
9º ano do 2013 64,8 - 17,6 - 17,6 -
EF 2014 77,7 - 12,2 - 10,1 -
Fonte: http://blog.qedu.org.br / e http://academia.qedu.org.br

Os dados ora apresentados sobre as taxas de rendimento escolar, mostram


um problema que deve ser combatido, que é os índices de reprovação com maior
ênfase nas séries finais do Ensino Fundamental. Este é um indicador que ao ser
discutido e repensado, resolverá um dos problemas de qualidade do ensino,
considerando que o índice de aprovação que se apresenta na rede deveria ser
refletido no resultado do IDEB de forma positiva, o que na verdade nos coloca numa
constante preocupação quando não temos uma nota que condiga com os índices
apresentados na tabela. A Secretaria Municipal de Educação tem trabalhado com o
objetivo de reduzir os índices de reprovação juntamente com coordenação e
professores, procurando estar mais próxima e tendo conhecimento das dificuldades
enfrentadas por cada escola, bem como, tem refletido sobre como nossos alunos
estão sendo aprovados quando não se reflete isso na qualidade de ensino que tanto
almejamos.

Outro dado preocupante é o alto índice de abandono escolar, creditando a


isto alguns fatores como: sair em busca de um emprego em outra cidade ou até
outro Estado para ajudar a família. Também existe o fator das dificuldades
encontradas na aprendizagem e a família acaba não tendo como dar suporte à
medida que o filho avança para a série seguinte.

A SME tem buscado desenvolver um trabalho em conjunto com as escolas


como o desenvolvimento de projetos e aulas de reforço que foram aplicadas em
algumas escolas do município através do Programa Mais Educação. Cabe ainda a

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SME vencer o maior obstáculo que é a resistência por parte de alguns professores,
que algumas vezes não aceitam trabalhar com projetos e com a elaboração de um
registro diário do seu trabalho pedagógico (portfólios) e com a efetiva participação
dos pais no tocante ao acompanhamento regular do desenvolvimento da
aprendizagem do seu filho e do trabalho que a escola vem desenvolvendo.

2.2.2.3 Ensino Médio

A educação brasileira vivencia um período impar, na medida em que ao longo


de seu desenvolvimento e implantação como direito de todos e dever do Estado, ela
nunca atingiu o patamar de investimentos financeiros e humanos como vem sendo
efetivado atualmente. A implementação do Fundo de Desenvolvimento da Educação
Básica – FUNDEB caracteriza esse período de discussão a respeito de que tipo de
educação deve ser ofertado à classe trabalhadora. Logo, o grande desafio é colocar
o veículo educacional, em um contexto que seja mais significativo a formação
integral do indivíduo, ou seja, que além do mercado de trabalho possa inseri-lo
também no exercício pleno da cidadania.

É inegável afirmar que o Brasil sempre enfrentou crises quanto ao tipo de


educação oferecida ao povo. Diante dessas dificuldades, o Ensino Médio era
compreendido como etapa superior, culminando em uma perspectiva de valorização
social para com os poucos indivíduos que conseguiam alcançá-lo. Nesse sentido, os
educandos que concluíam o antigo segundo grau, tinham a sua disposição cursos
profissionalizantes propostos com o objetivo de atingir os anseios econômicos.

Segundo a LDB, no artigo 35º, o ensino médio, etapa final da educação


básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades: oferecer uma
educação de qualidade aos alunos, possibilitando a apropriação de conhecimentos
científicos, para que, ao finalizá-lo, o aluno se reconheça como integrante da
sociedade.

O Ensino Médio no município de São José do Jacuípe é ofertado pela Rede


Estadual de Ensino, que dispõe de vagas suficientes para os alunos concluintes do
Ensino Fundamental, possibilitando que os mesmos continuem os seus estudos, não
havendo carência de vagas. Nesse sentido o município trabalha de forma articulada

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a fim de garantir que alunos de 15 a 17 anos insiram-se no Ensino Médio na idade e


série apropriadas, porém a distorção idade/série ainda é uma realidade em nossa
educação.

Existem vários fatores agravantes para a evasão escolar no Ensino Médio,


sobretudo para os alunos da zona rural, dentre eles podemos destacar a
necessidade de trabalhar para colaborar com o orçamento familiar, o êxodo rural, a
distorção idade/série e a falta de perspectiva futura, já que no município não existe
nenhuma empresa/empregador que desenvolva política de incentivo ao processo de
ensino aprendizagem para o aluno trabalhador, em especial do turno noturno.

Para minimizar a evasão e a repetência, a escola faz um levantamento


bimestral com base nos demonstrativos apontados pelo Projeto de Monitoramento,
Acompanhamento, Avaliação e Intervenção Pedagógica na Rede Estadual de
Ensino do Estado da Bahia – (Paip), sobre as causas da evasão e através desses
dados realiza ações pedagógicas como: oficinas, aulas coletivas, projetos
interdisciplinares, amostra de arte e cultura.

A escola de Ensino Médio dispõe de recursos tecnológicos como: salas com


TV, o uso de vídeos, slides, apresentações de pesquisas, possibilitando uma prática
pedagógica inovadora para os professores.

O Exame Nacional do Ensino Médio – (Enem) tem possibilitado o acesso de


muitos alunos no Ensino Superior, visto que, dentre várias escolas da Direc-16
agora Núcleo Regional de Ensino (NRE 15), São José do Jacuípe vem se
destacando em termos de aprovação de 2010 pra cá com alunos que tem sido
aprovados em Faculdades públicas e privadas.

Além dos programas, Festival Anual da Canção Estudantil – (Face), Tempos


de Artes Literárias – (TAL), Produção de Vídeos Estudantis (Prove), Artes Visuais
Estudantis (AVE) e Jogos Estudantis da Rede Pública (JERP), que já estão sendo
executados, foram aderidos para os próximos anos, os seguintes programas: Em
Ação, Ensino Médio Inovador - EMTec. Porém o Programa Nacional de
diversificação do curricular do Ensino Médio, ainda não foi implantado no Município.

Um ponto a ser destacado é que falta um calendário unificado no nosso


município para que as escolas andem em conformidade, principalmente em relação
ao transporte escolar para o ensino médio. Vale salientar que a nossa merenda

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escolar tem melhorado consideravelmente nos últimos anos com acompanhamento


mais de perto por parte de nutricionista, e que a merenda escolar do anexo tem sido
mantido pela secretaria do município de São José do Jacuípe.

Em relação ao atendimento as singularidades dos tempos e espaços


formativos dos jovens pertencentes ao Ensino Médio, existem projetos culturais e
artísticos que visam a integração dos alunos deste nível de ensino com ações da
Secretaria de Cultura e Esporte. Entretanto a Secretaria de Educação ainda não
conseguiu estabelecer uma parceria com a área de Assistência Social e Saúde, com
o objetivo de inserir na escola, a população de 15 a 17 anos que se encontra fora
dela.

Tabela 11 - Taxas de Rendimento do Ensino Médio - Rede Estadual

Taxa Aprovação Taxa Reprovação Taxa Abandono


Fase / Nível
Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total
2008 77,80 - 77,80 5,90 - 5,90 16,30 - 16,30
1º ano
2009 82,50 - 82,50 3,20 - 3,20 14,30 - 14,30
do EM
2010 84,00 - 84,00 2,40 - 2,40 13,60 - 13,60
2008 78,00 - 78,00 1,60 - 1,60 20,40 - 20,40
2º ano
2009 82,40 - 82,40 0,00 - 0,00 17,60 - 17,60
do EM
2010 81,90 - 81,90 1,60 - 1,60 16,50 - 16,50
2008 81,90 - 81,90 0,00 - 0,00 18,10 - 18,10
3º ano
2009 92,90 - 92,90 1,00 - 1,00 6,10 - 6,10
do EM
2010 88,50 - 88,50 1,00 - 1,00 10,50 - 10,50
Fonte: Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/ide/2008,2009,2010/gerarTabela.

A tabela acima apresenta as taxas de rendimento do Ensino Médio


demonstrando que um dos índices que requer atenção ainda é o índice de
abandono, fator que se deve ainda a situações na área de emprego em outras
cidades, mas também as dificuldades de aprendizagem que esta população
apresenta por conta de diversos anos da vida fora da escola.

As estatísticas e os indicadores mostram que, dos estudantes que iniciam o


ensino fundamental muitos não continuam os estudos abandonando a escola e,
outros repetem até duas vezes a mesma série, o que nos faz pensar numa política
que promova o sucesso e a regularização de fluxo dos mesmos. Atualmente com a
política de educação desenvolvida pelo PEE – Plano Estadual de Educação, já se

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desenvolve um novo plano no ensino médio. Oferta-se além do ensino médio


regular, o ensino médio profissionalizante regular, o Proeja e o profissionalizante
subsequente.

Tabela 12 - Matrícula Inicial do Ensino Médio por dependência administrativa e localização


2011/2013

Municipal Estadual Privada


Anos Total
Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural
2011 - - 355 - - - 355
2012 - - 289 - - - 289
2013 - - 316 - - - 316
Fonte: Disponível em: http://sim.sei.ba.gov.br/sim/tabelas.

A tabela acima demonstra o quadro de matricula do ensino médio e nos


remete a uma realidade muito preocupante. Ao verificarmos a queda acentuada na
matricula entre os anos de 2012 e 2013, confirmamos o que a muito vem se
percebendo, os estudantes com terminalidade no ensino fundamental não estão
concluindo esta modalidade de ensino no tempo certo.

Tabela 13 - Desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2009)


Média Total (Redação e Prova
Nível Ano Média da prova objetiva
Objetiva)

Rede Federal 2009


- -
Rede
2009
Estadual 437,09 500,58
Rede
2009
Municipal - -
Fonte: Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/ide/2009/gerarTabela

A avaliação do Ensino médio é realizada a nível nacional pelo MEC através


do ENEM. Os indicadores na tabela acima demonstram uma média baixa na
avaliação dos estudantes desta modalidade. O ENEM além de ser um dado que
avalia a qualidade do ensino no município, também é classificatória para ingressar
no Ensino Superior.

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2.2.3 Ensino Superior

Com o processo de globalização, a sociedade atual está cada vez mais


exigente quanto à qualificação dos profissionais que devem atuar no mercado de
trabalho. Tais exigências tem desencadeado uma busca cada vez mais crescente
pela formação superior, inclusive nos menores municípios do país. Por outro lado,
tem surgido programas de apoio e incentivo ao ingresso de jovens, principalmente
de classe baixa e média, em instituições de ensino superior, contudo, é preciso que
haja parcerias constantes, no intuito de fortalecer essas políticas, rompendo as
barreiras e obstáculos que possam existir e proporcionando a todos a possibilidade
de conquistar os seus sonhos e tenhamos assim, uma sociedade cada vez mais
igualitária.

Nesse sentido, o município de São José do Jacuípe tem firmado alguns


compromissos com os seus munícipes de forma geral. Aos professores efetivos da
rede, é oferecida a possibilidade de formação via Parfor, apesar de a maioria dos
profissionais terem optado por instituições particulares, dadas as questões
geográficas, de locomoção, estada, etc. Por isso, a Prefeitura Municipal, no ano de
2009, firmou um compromisso com esses profissionais, por meio da Lei Municipal nº
201 de 26 de maio de 2009, que oferece a todos os professores em efetivo exercício
da docência uma bolsa de até 50% do valor de curso de licenciatura, mediante
comprovação da matrícula. Há ainda outra forma de auxílio que abrange a todos os
moradores da cidade que é a oferta de transporte para aqueles que decidirem
estudar em instituições localizadas na cidade vizinha (Capim Grosso) que fica a 15
Km de São José.

Por meio destas iniciativas a Prefeitura Municipal de São José do Jacuípe já


conta com aproximadamente 80% dos professores da rede com formação em nível
superior e tem auxiliado os jovens a alcançarem sua formação superior. As primeiras
turmas a se formarem em São José tiveram a oportunidade de fazê-lo sem a
necessidade de deslocamento, dada a demanda que foi de 1 (uma) turma de letras,
1 (uma) de matemática, 2 (duas) de pedagogia e uma de administração de
empresas, totalizando 5 (cinco) turmas que concluíram em 2012, uma média de 100
(cem) professores formados, distribuídos nas áreas citadas, na modalidade
semipresencial, em instituição particular. Os que não se formaram neste período,

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tem se matriculado aos poucos, de tal forma que, estima-se que todos os
professores da rede poderão concluir o nível superior até o ano de 2017. Poucos
foram os que se formaram antes deste período. Estes não tiveram qualquer tipo de
auxílio do município.

Afora as ações citadas, não existe qualquer tipo de programa ou outra ação
do governo municipal que viabilizem aos jovens de baixa renda a permanência no
Ensino Superior, a não ser, divulgar, por meio da Secretaria Municipal de Educação,
caso haja oferta de algum tipo de curso por Instituição Pública localizada na região.

O fato de maior parte dos professores já possuírem formação em nível


superior não sana a necessidade de profissionais formados em algumas áreas
específicas, uma vez que as instituições próximas não oferecem uma diversidade
muito grande de cursos. Isso se dá, devido a procura que não é grande ao ponto de
manter o curso, o que inviabiliza o seu oferecimento, já que as referidas instituições
são privadas e, mesmo a universidade pública mais próxima (UNEB) não oferece
tais opções. Por isso, o município hoje conta com uma quantidade excessiva de
profissionais formados em Letras e Matemática. No caso de pedagogia, não há
sobra pois é a área que possui maior carência, já que maior parte das escolas da
rede são de Ensino Fundamental I.

2.3 MODALIDADES E DESAFIOS EDUCACIONAIS

2.3.1 Educação Especial

A Constituição Federal determina que deve ser garantido a todos os


educandos o direito de acesso e permanência aos níveis mais elevados do ensino,
da pesquisa e da criação artística, de acordo com a capacidade de cada um (art.
208, V).

A Educação Especial, conforme define a LDB 9.394/96, é uma modalidade de


educação escolar que perpassa numa ação transversal por todos os níveis –
educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação superior, bem
como as demais modalidades – educação de jovens e adultos e educação

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profissional. Neste sentido, a Educação Especial na perspectiva da educação


inclusiva garante o cumprimento do direito constitucional de que todos os alunos
devem frequentar as classes comuns do Ensino Regular. Os pressupostos teóricos e
a prática pedagógica e social da educação inclusiva visam atender o
desenvolvimento global dos alunos.

A oferta da educação especial está pautada nos princípios de igualdade da


pessoa humana e é um importante elemento para a garantia dos direitos
educacionais das pessoas com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento
e altas habilidades/superdotação. Para tanto, os sistemas de ensino devem garantir,
em consonância com a lei, que esta seja oferecida prioritariamente na rede regular
de ensino.

Com relação a isso, ainda não há muito o que dizer sobre a educação
especial no município de São José do Jacuípe, senão que o referido município ainda
tem um longo caminho a trilhar no sentido de oferecer o que é realmente de direito
dos alunos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação.

Apesar de sabermos que não se pode exigir laudo médico para comprovação
de qualquer tipo de deficiência, conforme orientações do Ministério da Educação,
não se pode negar a necessidade da atuação de profissionais como
psicopedagogos, dentre outros profissionais, os quais podem realizar uma avaliação
quanto a dificuldades concernentes à aprendizagem dos estudantes. Contudo, no
referido município não existem tais profissionais atuando para este fim, o que faz
com que os professores e demais profissionais da educação trabalhem apenas com
probabilidades. Claro que algumas deficiências são totalmente aparentes, facilitando
o seu reconhecimento, mas existem outras que precisam de um olhar mais
minucioso, o que nos leva a crer que alguns casos podem estar passando
despercebidos. Além disso, precisa-se de alguém que oriente os professores a
desenvolverem atividades adaptadas, conforme necessidade específica de cada
estudante.

Quanto ao oferecimento da educação especial nas diferentes etapas e


modalidades de ensino, não se pode afirmar que aconteça de forma sistemática, já
que não existem políticas públicas consistentes para este fim, de modo que a
simples matrícula de alunos com deficiência não implica em uma real educação

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inclusiva, conforme versa a Constituição, a LDB e demais documentos que orientam


sobre esta questão.

Para começar, não existe no município qualquer documento que contemple


esta oferta, a exemplo dos PPP’s das Unidades Escolares que não contemplam a
clientela em questão. Além disso, não existem quaisquer alterações no currículo, ou
mesmo planos de atendimento; no máximo, pode-se apontar algumas mudanças no
que se refere aos espaços físicos, mas que ainda são poucas e/ou insuficientes.

Atualmente, o município conta com 2 (duas) salas cadastradas no sistema de


captação das informações educacionais “educacenso” e tem recebido anualmente –
desde que começou a informar matrícula de estudantes com deficiência no censo
escolar – recursos como: lupas (manuais e eletrônicas), computadores, impressoras,
jogos pedagógicos, dominó tátil, caixa tátil, mobiliário, entre vários outros recursos
para estas salas, sem falar que, na gestão anterior (2009-2013), o município
recebeu recursos financeiros para reestruturar uma sala que funcionaria como sala
de recursos multifuncionais, a qual, a princípio se manteve sendo utilizada
indevidamente como sala de aula regular, uma vez que o AEE só veio a ter início no
ano de 2015.

Atualmente, principalmente de educação infantil, é comum contarmos com a


presença de um auxiliar de classe, que apoia o professor, desde que, confirmada a
presença mínima de três estudantes com deficiência, transtorno global do
desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação, ou de um cuidador para
estudantes que precisam deste tipo de serviço. Vale lembrar que, no caso da
educação infantil, tal fato, nem sempre está relacionado à presença de aluno com
deficiência na sala e sim, à quantidade de alunos presentes nas referidas turmas.

A matrícula não é negada a qualquer tipo de aluno, contudo, é sabido que


isso nãoé suficiente para garantir a qualidade do ensino ofertado, dessa forma,
ainda há que se pensar estratégias mais eficazes, principalmente por parte da SME
ou das escolas, com vista a garantia dessa qualidade, principalmente o que se
refere aos estudantes com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades/superdotação que se encontram nos espaços escolares, mas que
não são desenvolvidas atividades de adaptações para o devido acolhimento destes.
Mesmo porque, entre os profissionais da rede não há muitos profissionais com
formação que lhes dê segurança para realizar esse tipo de trabalho e os poucos que

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há, nem sempre são designados para as funções nas quais estão aptos. Podemos
dizer que há necessidade de contratação de profissionais de apoio e,
principalmente, investimento na formação dos profissionais da rede, para que
adquiram o conhecimento necessário à execução de ações educacionais que
garantam os direitos dos estudantes com deficiências, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, a uma educação de qualidade.
Além do suporte material como aquisição de materiais de tecnologia assistiva,
construção de materiais de baixa tecnologia, adequação dos espaços físicos, entre
outros.

Existe uma parceria entre as diversas secretarias do município (educação,


saúde, assistência social, etc), que auxilia na viabilidade do atendimento aos
estudantes com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação, mas que ainda é muito frágil, necessitando de ações mais
efetivas.

Para chegarem até as Unidades Escolares, alguns estudantes enfrentam


dificuldades, tendo em vista que o município dispõe de poucos transportes
adaptados, sem falar que não há uma política de formação para os motoristas
destes transportes que, na sua maioria fazem parte de um grupo que presta serviço
terceirizado e a única exigência para estar neste serviço é possuir CNH na categoria
exigida por lei.

Ao chegar às escolas, não há qualquer ação efetiva para acolhimento da


diversidade que a ela pertence, já que o espaço é pensado e estruturado com um
padrão que não atende a essa diversidade. Mesmo assim, a equipe escolar, na sua
maioria, procura atuar visando a efetiva formação para a cidadania, necessária para
interagir no mundo globalizado em que vivemos. Por outro lado, é preciso fazer
mais, a começar pelo reconhecimento da diversidade existente no espaço, isso
implica a mapeamento dos alunos com deficiências, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, pois não existe no município tal
levantamento, sem o qual é praticamente impossível pensar em ações concretas,
para um público cuja existência é desconhecida.

Outro ponto digno de destaque é a importância da participação da família nas


discussões em torno das questões que dizem respeito à educação especial. Quanto
a isso, antes de cada ano letivo ocorrem reuniões com as famílias para discutir

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sobre as ações que ocorrerão durante o ano. Além disso, ocorrem outros momentos
de diálogos de modo a buscar sempre o melhor para o desenvolvimento pleno do
estudante. Por outro lado, escola está sempre aberta para receber os pais, inclusive
os convida a participarem da educação dos seus filhos. Contudo essa discussão
ocorre mais num âmbito geral que pensado por esta vertente, mesmo porque a
escola se sente insegura nesse sentido.

Vale ressaltar que, nem todos os pais de filhos com deficiências, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, se sentem à vontade
para falar abertamente sobre esta questão, o que requer mais uma vez da escola
estratégias, pois não se pode negar a realidade, isso só dificulta o trabalho, tornando
mais difícil o alcance do êxito. Ainda sobre isso, a escola precisa estar consciente do
seu papel e não esperar pelas iniciativas dos pais, mas ela é quem deve convidá-los
para o diálogo.

Talvez essa timidez da escola seja fruto da falta de conhecimento sobre a


temática, tendo em vista que o número de professores que possui qualquer tipo de
formação nessa área é ainda muito restrito e, aqueles que o tem, na sua maioria foi
por iniciativa própria, pois não há muitas ações no município no sentido de fornecer
ou mesmo incentivar a participação dos professores em cursos de formação em
Educação Especial. Por isso a temática ainda gera muita inquietação entre os
profissionais do município.

Apesar disso, nos últimos anos, o município tem se empenhado em


disponibilizar, mesmo que timidamente, alguns profissionais para atuarem como
auxiliares, nas salas frequentadas por alunos com deficiências, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Contudo há ainda algumas
situações que necessitam, mas não são atendidas, como é o caso de alunos surdos
ou com deficiência auditiva que não contam ainda com o auxílio de intérprete.

Para tanto, como já foi dito anteriormente, é preciso que se pense em um


currículo, em métodos, em técnicas, recursos educativos e uma organização do
trabalho pedagógico das escolas que contemple as especificidades dos alunos com
deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação, pois até o momento não houve avanço nesse sentido na
Rede Municipal de Ensino. Isso implica na necessidade de um acompanhamento do
desenvolvimento destes alunos, dado o fato de que, muitos são inseridos no

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processo, mas não possuem um acompanhamento adequado, que verifique se o


ensino recebido está tendo a qualidade esperada para esse público. Além do mais,
parte desse alunado evade do ensino, o que pressupõe o não atendimento dos seus
anseios. E, diante disso, como dizer que esta instituição está sendo eficiente no
combate ao preconceito, discriminação e violência em seu espaço? Será que a
situação em si não se configura em ato preconceituoso? Se o estudante possui uma
deficiência que está sendo vista apenas nos discursos, mas ignorada através das
ações, não está sendo desrespeitado? São questões a serem refletidas no intuito de
juntar forças e buscar soluções.

Uma das maiores provas de que o alunado com deficiências, transtornos


globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação está sendo, ao menos
em parte, ignorado, é o não oferecimento de formação inicial e continuada, para os
professores, principalmente os que atuam nas salas de AEE. Consequentemente,
esta proposta deve estar casada com a proposta da escola regular para que o
atendimento seja completo (atendimento escolar e atendimento educacional
especializado).

Por fim, é preciso ainda que haja incentivo à pesquisa com vista ao
desenvolvimento de metodologias, produção de materiais didáticos e recursos de
tecnologia assistiva, com o propósito de promover a promoção do ensino e da
aprendizagem de qualidade, de modo a cumprir o papel da educação especial e
inclusiva, possibilitando a todos os estudantes o desenvolvimento para terem uma
vida autônoma.

Tabela 14 - Matrículas da Educação Especial em 2014


Etapas da Educação Básica
Séries Séries
Ed. Ens. Total
Iniciais Finais
Infantil Médio
do E. F. do E. F.
Deficiência visual 1 1 2
Deficiência mental 1 12 2 15
Deficiência física 3 1 4
Deficiência auditiva 2 3 5
Deficiências múltiplas 2 2

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Altas habilidades/superdotação
Transtornos globais do
desenvolvimento
TOTAL 1 20 6 1 28
Fonte: Secretaria Municipal de Educação, 2014

Diante das questões acima expostas, a tabela demonstra quão tímida, ainda é
a matrícula na rede municipal de ensino. Esta realidade se reflete por conta de
diversos fatores que ainda precisam ser superados para que possamos atender com
equidade nossas crianças em sua totalidade.

2.3.2 Política de Alfabetização

Só existirá uma democracia no Brasil no dia em


que se montar aqui a máquina que prepara as
democracias. Essa máquina é a da escola pública
(Anísio Teixeira)

A Política de Educação instituída no Estado da Bahia segue com regularidade


a orientada pelo Ministério da Educação, por meio da Secretaria da Educação
Básica - SEB/MEC. Destaca-se que através da Portaria nº 867, de 4 de julho de
2012, o MEC institui o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic)
que objetiva, conjuntamente com as secretarias estaduais, distrital e municipais de
educação, reafirmar e ampliar o compromisso previsto no Decreto nº 6.094, de 24
de abril de 2007, de alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade,
ao final do 3º ano do ensino fundamental, aferindo os resultados por exame
periódico específico.

Ressalta-se que, antes da Criação do Pnaic - em 28 de abril de 2011 - a


Secretaria da Educação do Estado da Bahia estabelece, por meio do Decreto nº
12792/11, o Programa Estadual Todos pela Escola, a ser implementado no âmbito
do Ensino Fundamental do Sistema Estadual de Ensino, mediante cooperação entre
o Estado e os Municípios baianos.

No supracitado decreto, ficou estabelecido, em seu Art. 2º, através da Diretriz


I que as ações pedagógicas, em prol do processo de alfabetização, devem ser

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desenvolvidas de forma plena para que todas as crianças baianas (até os 8 – oito –
anos de idade) tivessem domínio de competências leitoras e escritoras na área de
Língua Portuguesa e Matemática.

Desta forma, vale destacar do Art. 30 das Diretrizes Curriculares Nacionais do


Ensino Fundamental de Nove Anos, os parágrafos:

§ 1º Mesmo quando o sistema de ensino ou a escola, no uso de sua


autonomia, fizerem opção pelo regime seriado, será necessário
considerar os três anos iniciais do Ensino Fundamental como um
bloco pedagógico ou um ciclo sequencial não passível de
interrupção, voltado para ampliar a todos os alunos as oportunidades
de sistematização e aprofundamento das aprendizagens básicas,
imprescindíveis para o prosseguimento dos estudos.
§ 2º Considerando as características de desenvolvimento dos alunos,
cabe aos professores adotar formas de trabalho que proporcionem
maior mobilidade das crianças nas salas de aula e as levem a
explorar mais intensamente as diversas linguagens artísticas, a
começar pela literatura, a utilizar materiais que ofereçam
oportunidades de raciocinar, manuseando-os e explorando as suas
características e propriedades (BRASIL, 2010).

A alfabetização e o letramento exercem papel estruturante na formação do


indivíduo. Por isso, o olhar para os anos iniciais da educação – período em que se
deve orientar a criança para o domínio da tecnologia das letras e leva-la às práticas
sociais da leitura e escrita –, deve ser cuidadoso e responsável, principalmente por
parte dos municípios e estados a partir da proposição e execução de políticas
educacionais.

Considerando o diagnóstico como peça fundamental para a construção do


Plano Municipal de Educação, que se encontra o nível de alfabetização na rede de
ensino em São José do Jacuípe, de acordo com dados da Secretaria de Educação,
CNPJ 16.4436.320/001-60 possui 15 escolas que ministram o ensino da
Alfabetização na Idade Certa do Ensino Fundamental I, sendo todas da rede
municipal. O Ensino Fundamental de nove anos começou a ser implantado na rede
municipal de ensino em 2009, de acordo à Portaria nº 079 de 30 de março de 2011.
A implantação se deu de forma gradativa, sendo concluída, no fundamental I, só em
2012, sendo que o prazo final estipulado pela Lei Federal 11.274/2006 era até 2010.

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O fundamental II ainda encontra-se em processo de implementação, haja vista que o


processo ocorre ano a ano, até chegar ao 9º ano.

Assim, até o ano de 2012 até hoje a rede de ensino convive com os dois
sistemas de ensino, ou seja, com o Ensino Fundamental de oito anos em fase de
extinção e com o Ensino Fundamental de nove anos em fase de implementação.
Dessa forma, os indicadores referentes a essas escolas supracitadas de ensino
dizem respeito ao Ensino Fundamental de oito e de nove anos.

Sabe-se que no município de São José do Jacuípe não tem a atuação de


população indígena, quilombola e populações itinerantes. Porém, tem um número
significativo de crianças do campo em processo de alfabetização. Todas as escolas
do campo do município hoje possuem rede elétrica, porém há uma carência em
relação aos aparelhos tecnológicos como: TVs, data shows, aparelho de DVDs e
computadores.

Em relação ao material didático há uma melhoria na qualidade dos livros


didáticos recebidos pelo PNLD (Plano Nacional do Livro Didático), jogos didáticos
literários e acervo do PNBE (Programa Nacional Biblioteca na Escola), ocorrendo
assim a implantação do ciclo de alfabetização.

A Constituição Federal (1988), art. 205, afirma que “A educação é direito de


todos”. Faz-se necessário compreender que a educação está baseada na aceitação
das diferenças e na valorização do indivíduo, levando em consideração os fatores
físicos e psíquicos. Nessa perspectiva é que se fala em Inclusão, em que todos
tenham os mesmos direitos e deveres, construindo um universo que favoreça o
crescimento e valorize as diferenças e o potencial de todos no processo de
alfabetização.

Sabendo de todo esse processo, o município de São José do Jacuípe ainda


não atende todas as demandas exigidas por lei para alfabetização dessas crianças,
pois faz-se necessário que haja uma concepção de currículo, algumas
transformações na estrutura da escola, organização de tempo para o
desenvolvimento pedagógico, no que diz respeito ao ensino e aprendizagem.

Sabe-se que o currículo é peça fundamental, que visa melhorias que


garantem os direitos de aprendizagens das crianças, tendo como perspectiva novas

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estratégias metodológicas, práticas lúdicas para que aconteça o desenvolvimento


das crianças inseridas no Ciclo de Alfabetização.

A atual realidade das escolas do município encontra-se em uma


reorganização de Currículo na perspectiva de garantir os direitos de aprendizagem
das crianças.

A avaliação é uma atividade diagnóstica que deve ser entendida como um


retorno reflexivo e contínuo, considerada como um instrumento auxiliar na prática
pedagógica cotidiana, sobre o processo de aprendizagem. Partindo desse contexto
o processo das avaliações externas que são realizadas para verificar o
desenvolvimento das aprendizagens e do sistema de ensino: Nas escolas
municipais são aplicadas a Provinha Brasil e a Avaliação Nacional da Alfabetização
(ANA).

As escolas do município ainda não têm um instrumento de avaliação e


monitoramento próprio, para verificação da aprendizagem do Ciclo de Alfabetização,
utilizando apenas os resultados das avaliações externas supracitadas, para
mediação das intervenções necessárias para o processo de alfabetização das
crianças.

É sabido da necessidade de implantação de ações pedagógicas em prol da


integração do Ciclo de Alfabetização, porém as escolas municipais não oferecem
nenhuma ação que visem melhorias para as crianças inseridas no Ciclo de
Alfabetização.

Atualmente o município oferece apenas uma política de formação continuada


para os professores inseridos no Ciclo de Alfabetização na Idade Certa, o PNAIC
(Plano Nacional de Alfabetização na Idade Certa) que tem como objetivo alfabetizar
todas as crianças até os oito anos de idade.

2.3.3 Educação de Tempo Integral

A Educação Integral exige mais do que compromissos:


impõe também e principalmente projeto pedagógico,
formação de seus agentes, infraestrutura e meios para sua
implantação.

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As bases de uma concepção de educação escolar que alcançasse áreas mais


amplas da cultura, da socialização primária, da preparação para o trabalho e para a
cidadania estavam presentes desde os primórdios do percurso de Anísio Teixeira,
como pensador e político. Essa concepção foi sendo desenvolvida e aperfeiçoada
por toda a sua obra e envolveu diversos elementos, entre eles: sua permanente
defesa do aumento da jornada escolar discente nos diferentes níveis de ensino.

A Educação Integral tem sido um ideal presente na legislação educacional


brasileira e nas formulações de nossos mais brilhantes educadores. Iniciativas
diversas, em diferentes momentos da vida pública do país, levaram esse ideal para
perto das escolas, implantando propostas e modelos de grande riqueza, ainda
pontuais e esporádicos. O Ministério da Educação, por meio das Secretarias de
Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) e de Educação Básica
(SEB), em parceria com o FNDE, retomou esse ideal para, a partir do aprendizado
com experiências bem-sucedidas, levá-lo como prática às redes de ensino dos
estados e municípios do país.

As experiências recentes indicam o papel central que a escola deve ter no


projeto de Educação Integral, mas também apontam a necessidade de articular
outras políticas públicas que contribuam para a diversidade de vivências que tornam
a Educação Integral uma experiência inovadora e sustentável ao longo do tempo.
Com essas premissas, foi instituído o Programa Mais Educação no âmbito do Plano
de Desenvolvimento da Educação (PDE).

O Programa Mais Educação empenhou-se na construção de parcerias


intersetoriais e intergovernamentais. Por um lado, no Fórum Mais Educação,
constituído no Governo Federal, diferentes Ministérios têm aportado seus programas
e ações em torno de um princípio simples: lugar de crianças, adolescentes e jovens
é na escola. Portanto, programas e ações de governo voltados para esse público
devem prever, necessariamente, um diálogo com as redes de educação. Por outro
lado, o compromisso dos estados e municípios em aprimorar a qualidade da
educação pública motivou uma ampla adesão dessas redes à proposta em
construção.

O Programa Mais Educação já é uma realidade que, como tudo que se faz em
educação, será progressivamente aprimorada com a participação de educadores,
educandos, artistas, atletas, equipes de saúde e da área ambiental, cientistas,

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gestores das áreas sociais, enfim, com todos aqueles que, pessoal e
profissionalmente, dedicam-se à tarefa de garantir os direitos de nossas crianças,
adolescentes e jovens.

A Educação Integral exige mais do que compromissos, impõe também e


principalmente projeto pedagógico, formação de seus agentes, infraestrutura e
meios para sua implantação. Ela será o resultado dessas condições de partida e
daquilo que for criado e construído em cada escola, em cada rede de ensino, com a
participação dos educadores, dos educandos e das comunidades que podem e
devem contribuir para ampliar os tempos e os espaços de formação de nossas
crianças, adolescentes e jovens na perspectiva de que o acesso à educação pública
seja complementado pelos processos de permanência e aprendizagem.

Desde as décadas de 1920 – 1930, o Brasil passa por momentos de


importantes mudanças em várias esferas: sociais, econômica, política, cultural e
educacional. Na esfera educacional, surgem ideias inovadoras para a época,
através de intelectuais como Anísio Teixeira, Afrânio Peixoto, entre outros que,
trabalham em projetos políticos educacionais, a partir de contextos até então
desconhecidos e ousados.

Tais conceitos vão se firmando e marcando uma permanência de ideia de


educação integral, encontradas no pensamento e ações de Anísio Teixeira em
diferentes momentos de sua atuação política e administrativa. No Manifesto dos
Pioneiros da Educação Nova, na criação do Centro Educacional Carneiro Ribeiro –
Escola Parque – e em sua atuação na aprovação da primeira Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional em 1961.

Essa concepção foi se desenvolvendo e se aperfeiçoando por toda a sua


obra, envolvendo diversos elementos, entre eles a permanente defesa do aumento
da jornada escolar discente nos diferentes níveis de ensino.

No Brasil do século XXI, surgiram inúmeros programas educacionais de


governos estaduais e municipais que incorporam o conceito de educação integral.
Em 2007, por meio da portaria interministerial nº 17, envolvendo os Ministérios da
Educação, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e do Esporte, foi lançado
o programa Mais Educação, cujo objetivo é orientar recursos para “ fomentar a
educação integral de crianças, adolescente e jovens, por meio de atividades sócio

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educativas no contra turno escolar” (BRASIL 2007). Assim, com o ressurgimento,


das políticas educacionais ao reforço de uma educação integral, é indispensável
revisar a obra do educador Anísio Teixeira, pois a forma como o mesmo
compreendeu a educação integral e a escola em tempo integral, é fonte
imprescindível para uma abordagem do tema, solidificando o sentido de
democratização da realidade educacional brasileira.

[...] referi-me ao movimento de emancipação educativa e não o fiz


sem intenção. Não me parece que estejamos aqui para discutir como
disciplinar a educação nacional, mas como promovê-la, como
desencadear as forças necessárias para levar o efeito um
movimento, a mobilização geral de esforços e recursos para resolver
o problema do direito dos direitos do brasileiro. O de se educar para
ser cidadão. (TEIXEIRA, 1999, p. 205)

Nesse campo de visão, os sistemas municipais de educação darão uma


contribuição substancial para que o aumento da permanência dos educandos nas
escolas reflitam significativamente, no que tange a educação do sujeito não somente
nas disciplinas curriculares, mas também inseri-lo socialmente, tornando-o cidadão
capaz de desenvolver habilidades intelectuais, capaz de opinar e decidir sobre os
problemas e decisões sociais.

Para consolidar a política pública de jornada ampliada, a escola adquire um


novo vigor nas atividades tradicionalmente consideradas extracurriculares,
incorporando-as ao currículo das escolas, requerendo aos municípios que
assegurem tais ações interdisciplinares que contemplem as múltiplas dimensões da
formação humana: o lazer, o esporte, as diversas linguagens artísticas, a
profissionalização, em diálogo com os conteúdos já trabalhados nos currículos
escolares existentes.

Sendo assim, são inúmeras as tentativas de busca nos pela concretização de


projetos que tragam a marca e a concepção da educação integral em todo o
contexto educacional. No entanto, cabe, por conseguinte, aos sistemas de ensino a
ampliação da jornada escolar diária, assim como, um compromisso dos profissionais
da educação e a sociedade de modo geral, através de projeto específico. O
Município levará em consideração, inicialmente, a implantação em escolas com
estudantes em idade escolar entre 06 (seis) a 10 (10) anos, pertencentes ao Ensino

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Fundamental I, uma vez que atende apenas aos educandos inseridos no programa
Mais Educação. Vale salientar que já é assegurada a educação aos alunos
especiais e com transtornos com idade de 06 (seis) a 17 (dezessete) anos, além do
atendimento aos alunos de 01 (um) a 03 (três) anos em creche/escola.

Em nosso município a educação de tempo integral acontece através do


programa Mais Educação em 8 (oito) escolas que foram contempladas a partir do
PDE Interativo que organiza um diagnóstico e um plano de ação das escolas.

Atualmente, o principal fator que dificulta a educação de tempo integral está


na infraestrutura das escolas que são inadequadas e não possui espaço suficiente
para atender aos estudantes, bem como o financiamento para adequação da
infraestrutura das mesmas.

Outro aspecto relevante é a formação dos professores para atuarem em


áreas do conhecimento que não dominam e não possuem formação adequada para
as mesmas. A educação de tempo integral exige esforços da SME na reestruturação
dos Projetos Pedagógicos das escolas e na Proposta Curricular da Educação
Básica. A participação dos educadores, educandos e das comunidades contribuirá
para ampliar os tempos e os espaços de formação de nossas crianças, adolescentes
e jovens na perspectiva de que o acesso à educação pública seja complementado
pelos processos de permanência e aprendizagem.

2.3.4 Qualidade da Educação Básica

O direito à educação de qualidade é um


elemento fundamental para a ampliação e para a
garantia dos demais direitos humanos e sociais,
e condição para a própria democracia, e a
escola pública universal materializa esse direito.

O segundo objetivo traçado pela ONU (Organização das Nações Unidas) para
o Desenvolvimento do Milênio, foi a Educação Básica de Qualidade Para Todos.
Com isso foram desenvolvidas em todo o mundo, diversas iniciativas que
contemplam de forma eficiente e eficaz a causa prioritária que é a garantia de que

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até 2015 todas as crianças, de ambos os sexos, tenham recebido educação de


qualidade e concluído o ensino básico.

Quando falamos de Educação, é importante salientar que o processo pelo


qual um indivíduo percorre até uma alfabetização, vai muito além da habilidade de
ler e escrever. A ação alfabetizadora deve ser desenvolvida contemplando uma
formação cidadã, cultural e crítica. A cidadania aqui tratada refere-se à participação
democrática, a e a possibilidade de reflexão sobre suas escolhas e oportunidades.

Uma Educação Básica de Qualidade para Todos os cidadãos brasileiros


possibilita uma consciência coletiva de seus direitos e deveres perante a sociedade
e, por consequência um desenvolvimento sustentável de um país em
desenvolvimento.

No segundo Congresso Todos pela Educação: Agenda de Todos Prioridade


Nacional, estavam presentes representantes do governo, sociedade civil, e
empresas onde discutiram sobre os investimentos e ações necessários para o uma
educação de qualidade para todos. Foi tema de debate no evento, a parceria entre
os três setores da sociedade.

“A importância do trabalho do terceiro setor em parceria com os setores


público e privado é fundamental para o desenvolvimento de uma Educação pública
de qualidade para todos. Isso porque o terceiro setor, formado por entidades e
organizações da sociedade civil, permite mais experimentações e inovações em
projetos e políticas públicas.”

Assim, falar de qualidade da Educação Básica é falar de investimento nos


recursos materiais e principalmente nos recursos humanos. O nosso município,
como a maioria dos municípios, necessita de maior aporte de recursos financeiros e,
principalmente de um planejamento adequado na aplicação destes, para que
concretamente haja um investimento de forma sistemática na política de Educação
que ora será aprovada para os próximos dez anos. A tendência de matrícula no
município é crescente e as reformas necessárias para que tenhamos qualidade no
atendimento requer um investimento a curto, médio e longo prazo.

A proposta a ser desenvolvida será de relevante importância com programas


que incentive e contribua para a propagação de uma Educação de qualidade para os
cidadãos. Assim, é um dever de todos que com iniciativas simples, partindo

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voluntariamente da vontade de cada cidadão fazer a diferença na vida de muitos que


precisam de incentivo e apoio na busca por uma educação de qualidade.

Vejamos abaixo algumas atitudes que poderão ser adotadas:

1. Organizar atividades de estímulo à leitura em uma biblioteca, para jovens


do bairro ou da escola pública local.

2. Realizar, em uma escola pública, ações esportivas, culturais ou


pedagógicas, visando aproximar a comunidade da escola. Disciplina, respeito e
cooperação podem ser reforçados nesse momento.

3. Articular a construção de rampas de acesso para pessoas com deficiências


e/ou mobilidade reduzida na escola pública, seguindo as orientações do código de
obras do município e as normas da ABNT, tendo auxílio de pedreiros e engenheiros
ou arquitetos.

4. Organizar uma campanha sobre a necessidade de combater o Trabalho


Infantil e sobre a importância da permanência dos filhos na escola.

5. Fazer visitas de casa em casa na comunidade para identificar as pessoas


analfabetas e orientá-las sobre os programas de alfabetização de jovens e adultos.

6. Organizar gincanas (esportiva/cultural) para arrecadação de livros e de


materiais didáticos para doação a escolas, instituições ou bibliotecas públicas.

7. Promover, nas escolas públicas palestras sobre a importância do Conselho


Escolar, envolvendo a comunidade do entorno.

8. Fazer pesquisas na comunidade e identificar as crianças que estão fora da


escola as famílias sobre a importância do ensino e denunciando o fato ao Conselho
Tutelar da cidade.

9. Incentivar a formação dos Grêmios estudantis fortalecendo a participação


dos estudantes na política educacional.

A Lei nº 13.005/2014 introduz metas bem claras. Ademais, os municípios, na


elaboração dos Planos de Ações Articuladas (PAR), nos últimos anos, têm assumido
compromissos dessa natureza para a melhoria da Educação Infantil do Ensino
Fundamental.

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Desta forma, os dados devem estar em sintonia com as metas de


desempenho que os municípios pretendem alcançar, bem como as médias
nacionais e estaduais para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(IDEB). Assim, após preencher a tabela abaixo, que traz os resultados obtidos pelo
município no IDEB e mostra o quanto precisamos avançar para cumprirmos a nossa
meta, é imprescindível realizar uma análise comparativa.

Tabela 15 - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Ensino Fundamental


2005/2013
Anos Iniciais do Ensino
Anos Finais do Ensino Fundamental
Fundamental
Âmbito de Ensino IDEB Observado Metas IDEB Observado Metas
2005 2007 2009 2011 2013 2021 2005 2007 2009 2011 2013 2021
Brasil Total 3,8 4,2 4,6 5,0 5,2 6,0 3,5 3,8 4,0 4,1 4,2 5,5

Rede Estadual 2,6 2,6 3,2 3,8 4,0 4,9 2,6 2,7 2,8 2,9 3,1 4,7

Rede Estadual do
- - - - - - - - - - -
seu Município

Rede Municipal do 3,9 -


2,6 2,7 3,0 4,0 4,8 2,7 2,4 2,4 2,2 4,8
seu Município
Fonte: Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/ide/2008/gerarTabela. php>.

A partir destas informações, pode-se constatar um crescimento nos anos


iniciais e queda nos anos finais, o que é consequência das taxas de aprovação,
abandono e repetência. Não existe no município propostas com vista a elevar os
índices da qualidade educacional, pois há uma fragmentação no trabalho
pedagógico desenvolvido na Educação Básica que não tem buscado atender às
características próprias de espaços, identidade e do contexto local e não possui uma
sistemática de acompanhamento do Ideb nas escolas.

O município de São José do Jacuípe dispõe no momento de 22 escolas


sendo 4 Educação Infantil, 4 do Ensino Fundamental I, 2 do Ensino Fundamental II,
9 com Fundamental I e Educação Infantil as chamadas (mulisseriadas), 1 Privada
que atende do Infantil até o 50 ano e 1 do Ensino Médio com Anexo no distrito de
Itatiaia do Alto Bonito.

Assim, cada instituição possui ou está em fase de Revisão do Projeto Político-


Pedagógico, e o que pode verificar é que em algumas escolas até existem o projeto

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pedagógico meramente por um cumprimento burocrático mas os professores e


demais segmentos da comunidade escolar desconhecem deste tão importante
documento, e, em alguns casos a própria comunidade não participou de forma direta
da elaboração deste instrumento, além disso, estão sendo implantados os conselhos
escolares, mas são necessárias outras ações, principalmente pedagógicas, para
elevar a qualidade da educação do município.

As unidades escolares de Ensino Fundamental I realizam mensalmente os


encontros pedagógicos, com acompanhamento dos coordenadores. Lembrando que
o município dispõe apenas de 2 (duas) coordenadoras efetivas. Uma destas atua na
sede do município e a outra no distrito de Itatiaia. De modo que, para suprir a
carência neste sentido, o município atribuiu a alguns professores do quadro efetivo a
função de coordenador pedagógico. Ressalta-se que o município ainda não atende o
Ensino Fundamental em tempo integral. Os materiais didáticos são provenientes de
programas federais como PDDE e demais programas que recebem recursos do
FNDE.

As diretrizes norteadoras do Ensino Fundamental baseiam-se na Constituição


Federal, na LDB, nas Diretrizes Curriculares Nacionais, no Plano Nacional de
Educação e nas Deliberações da secretaria da Educação enquanto que não
dispomos ainda do Conselho Municipal de Educação atuante, pois a Lei de criação
do Conselho foi aprovada, mas ainda não se deu continuidade ao processo de
eleição dos seus membros.

Entretanto, com essas determinações, o Ensino Fundamental deverá atingir a


sua universalização, sob a responsabilidade do Poder Público, considerando a
indissociabilidade entre acesso, permanência e qualidade da educação escolar. O
direito ao Ensino Fundamental não se refere apenas à matrícula, mas ao ensino de
qualidade, até a conclusão.

Na perspectiva de inclusão e para universalizar o acesso e permanência das


crianças de seis a quatorze anos à escola do Ensino Fundamental público de nove
anos de São José do Jacuípe, a Secretaria Municipal de Educação atua em
conformidade com as diretrizes da Educação Básica, estabelecidas pela
Constituição Federal, pela Lei n° 9.394/96, pelas Resoluções e Pareceres dos
Conselhos Nacional, Estadual e Municipal de Educação, pela Constituição do

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Estado da Bahia, pelo PNE Lei nº 13.005/14 (2014-2024) e pela Lei Orgânica do
Município de São José do Jacuípe, promulgada em 28 de março de 1990.

Dentre os aspectos que concorrem para uma educação básica de qualidade,


será parte integrante do PME de São José do Jacuípe, o Decreto Presidencial nº
6094/2007, que trata no Capítulo I do Plano de Metas Compromisso Todos pela
Educação, com as vinte oito diretrizes abaixo citadas:

I - estabelecer como foco a aprendizagem, apontando resultados concretos a atingir;

II - alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade, aferindo os


resultados por exame periódico específico;

III - acompanhar cada aluno da rede individualmente, mediante registro da sua


frequência e do seu desempenho em avaliações, que devem ser realizadas
periodicamente;

IV - combater a repetência, dadas as especificidades de cada rede, pela adoção de


práticas como aulas de reforço no contraturno, estudos de recuperação e
progressão parcial;

V - combater a evasão pelo acompanhamento individual das razões da não


frequência do educando e sua superação;

VI - matricular o aluno na escola mais próxima da sua residência;

VII - ampliar as possibilidades de permanência do educando sob responsabilidade


da escola para além da jornada regular;

VIII - valorizar a formação ética, artística e a educação física;

IX - garantir o acesso e permanência das pessoas com necessidades educacionais


especiais nas classes comuns do ensino regular, fortalecendo a inclusão
educacional nas escolas públicas;

X - promover a educação infantil;

XI - manter programa de alfabetização de jovens e adultos;

XII - instituir programa próprio ou em regime de colaboração para formação inicial e


continuada de profissionais da educação;

XIII - implantar plano de carreira, cargos e salários para os profissionais da


educação, privilegiando o mérito, a formação e a avaliação do desempenho;

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XIV - valorizar o mérito do trabalhador da educação, representado pelo desempenho


eficiente no trabalho, dedicação, assiduidade, pontualidade, responsabilidade,
realização de projetos e trabalhos especializados, cursos de atualização e
desenvolvimento profissional;

XV - dar consequência ao período probatório, tornando o professor efetivo/estável


após avaliação, de preferência externa ao sistema educacional local;

XVI - envolver todos os professores na discussão e elaboração do projeto político


pedagógico, respeitadas as especificidades de cada escola;

XVII - incorporar ao núcleo gestor da escola, coordenadores pedagógicos que


acompanhem as dificuldades enfrentadas pelo professor;

XVIII - fixar regras claras, considerados mérito e desempenho, para nomeação e


exoneração de diretor de escola;

XIX - divulgar na escola e na comunidade os dados relativos à área da educação,


com ênfase no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB, referido no
art. 3o;

XX - acompanhar e avaliar, com participação da comunidade e do Conselho de


Educação, as políticas públicas na área de educação e garantir condições,
sobretudo institucionais, de continuidade das ações efetivas, preservando a memória
daquelas realizadas;

XXI - zelar pela transparência da gestão pública na área da educação, garantindo o


funcionamento efetivo, autônomo e articulado dos conselhos de controle social;

XXII - promover a gestão participativa na rede de ensino;

XXIII - elaborar plano de educação e instalar Conselho de Educação, quando


inexistentes;

XXIV - integrar os programas da área da educação com os de outras áreas como


saúde, esporte, assistência social, cultura, dentre outras, com vista ao fortalecimento
da identidade do educando com sua escola;

XXV - fomentar e apoiar os conselhos escolares, envolvendo as famílias dos


educandos, com as atribuições, dentre outras, de zelar pela manutenção da escola e
pelo monitoramento das ações e consecução das metas do compromisso;

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XXVI - transformar a escola num espaço comunitário e manter ou recuperar aqueles


espaços e equipamentos públicos da cidade que possam ser utilizados pela
comunidade escolar;

XXVII - firmar parcerias externas à comunidade escolar, visando a melhoria da


infraestrutura da escola ou a promoção de projetos socioculturais e ações
educativas;

XXVIII - organizar um comitê local do Compromisso, com representantes das


associações de empresários, trabalhadores, sociedade civil, Ministério Público,
Conselho Tutelar e dirigentes do sistema educacional público, encarregado da
mobilização da sociedade e do acompanhamento das metas de evolução do IDEB.

(BRASIL, 2007)

2.3.5 Educação de Jovens e Adultos – EJA

No Brasil estamos gestando a nossa cidadania. Avançamos com a


redemocratização e a Constituição de 1988, mas ainda temos uma visão
reducionista. Ao longo de sua história o Brasil tem enfrentado o problema da
exclusão social que gerou grande impacto nos sistemas educacionais do País.
Efetivar o direito à educação dos jovens e adultos ultrapassa a ampliação da oferta
de vagas nos sistemas públicos de ensino.

A trajetória da EJA na Bahia sempre esteve atrelada a campanhas nacionais


ou simplesmente à política de favorecimento dos interesses de uma educação que
não viu como prioridade o ensino dos jovens e adultos, pois estes sempre ficaram à
margem de uma aprendizagem significativa voltada para o ressarcimento dos anos
de escola que lhes foram tirados na idade regular ou ainda, de uma educação que
lhe possibilitasse a inserção no mercado de trabalho.

A Educação de jovens e adultos na Bahia perpassou por várias fases, desde


o antigo Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização) como programa específico
para o combate ao analfabetismo e campanhas emergenciais e compensatórias tais
como, AJA Bahia, Alfabetização Solidária e Recomeço.

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Nota-se, que nos últimos anos algumas ações voltadas para a inclusão dos
jovens e adultos vêm sendo implantadas com o intuito de contemplá-los no que diz
respeito à elevação da escolaridade e aos modos de sobrevivência como é o caso
do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional à Educação Básica
na modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA – conforme as
diretrizes estabelecidas no Decreto nº 5840, de 13 de Julho de 2006.

O município de São José do Jacuípe, assim como tantos municípios, apesar


de alguns avanços, encontra sérias dificuldades na Educação de Jovens e Adultos
(EJA), tendo que enfrentar atualmente vários problemas como a evasão escolar que
ocorre por diversos fatores como: falta de recursos audiovisuais, cansaço dos alunos
devido ao trabalho diurno, dificuldades com a visão, entre outras dificuldades que
alguns alunos mais velhos enfrentam, como também dificuldades de adaptação
entre pessoas mais velhas e mais jovens na mesma sala de aula. Quanto ao lado
docente, as dificuldades são a falta de aperfeiçoamento e de materiais didáticos
adequados para o curso.

Percebe-se que o município enfrenta estes problemas há muito tempo, prova


disso é o alto índice de evasão e repetência, uma vez que até o momento não existe
uma política de educação voltada especificamente para esta modalidade de ensino.
É necessária uma busca urgente para solucionar estes problemas e buscar
melhores resultados de aprendizagem, tendo como resposta uma qualidade melhor
da educação oferecida pelo município e pelo Estado que também atende a esta
oferta de ensino e enfrenta os mesmos problemas que o município.

Tabela 16 - Matrícula Inicial na Educação de Jovens e Adultos por dependência administrativa e


localização (2012/2014)
Municipal Estadual Total
Anos
Urbana Rural Urbana Rural
2012 171 - - - 171
2013 233 5 - - 238
2014 199 - - - 199
Fonte: Anuário Estatístico da Educação da Bahia. Disponível em: http://sim.sei.ba.gov.br/sim/tabelas.

Considerando os dados da tabela que trata da matrícula de EJA no município


vemos um número baixo, se considerarmos o índice de analfabetismo do município
que em 2010 se encontrava em 11,8%. Esta oferta é feita pela rede municipal de

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ensino, mas ainda muito a que se fazer no processo de mobilização e incentivo da


população para retornarem a escola e concluir sua escolaridade, podendo ampliar
sua participação no mercado de trabalho.

Tabela 17 - Nível Educacional da População jovem - 1991, 2000 e 2010


Faixa Taxa de analfabetismo % de alunos na escola
etária
(anos) 1991 2000 2010 1991 2000 2010
15 a 17
33,90 10,77 4,9 33,20 71,21 80,17
anos
18 a 24
30,27 16,40 6,09 8,11 34,92 19,95
anos
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil
Como podemos observar na tabela acima, o município sofreu uma redução de
29% entre os anos de 1991 e 2010 na taxa de analfabetismo. A SME tem procurado
estimular a permanência desses jovens e adultos oferecendo condições de
transporte e apoio pedagógico, com o intuito de reduzir a evasão, mas nota-se que
precisa investir em um curso de formação continuada para os profissionais que
estão atuando na EJA, recursos didáticos adequados para o docente e o discente, e
não haver rotatividade de profissionais.

Tabela 18 - Nível Educacional da População Adulta com mais de 25 anos - 1991, 2000 e 2010.
Taxa de analfabetismo 1991 2000 2010
25 a 29 anos 37,89 25,40 13,27
25 anos ou mais 62,54 47,34 36,36
Percentual de Atendimento
% de 25 a 29 anos na escola 3,37 8,26 11,44
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil. http://www.atlasbrasil.org.br/2013

Na tabela acima, a taxa de analfabetismo vem diminuindo significativamente


entre os anos de 1991 e 2010. Os índices mostram que na população adulta com
idade de 25 anos acima a taxa de analfabetismo é alta chegando a 36,36% de
acordo com os registros no Atlas de Desenvolvimento humano.

2.3.6 Educação Profissional de Nível Médio

De acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº 10.172/2001

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a oferta da educação profissional é responsabilidade igualmente


compartilhada entre o setor educacional, o Ministério do Trabalho,
secretarias do trabalho, serviços sociais do comércio, da agricultura e
da indústria, e os sistemas nacionais de aprendizagem (Brasil, 2001).

A oferta do Ensino Médio Profissionalizante é de exclusiva responsabilidade


do Estado. No município esta oferta não é disponibilizada, sendo necessário o
deslocamento de estudantes para os municípios vizinhos (Capim Grosso e
Jacobina), que oferecem esta modalidade de ensino nos Centros de Educação
Profissional do Estado da Bahia.

2.3.7 Educação do Campo

A educação do campo é uma realidade em nosso município, pois


reconhecemos o modo próprio de vida social e o de utilização do espaço do campo
como fundamentais para garantir as comunidades rurais à preservação da sua
diversidade, e também respeitando a constituição de sua identidade de população
rural e de sua inserção cidadã na definição dos rumos da sociedade brasileira, e
tendo em vista o disposto na Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - LDB, na Lei
que aprova o Plano Nacional de Educação, que institui as Diretrizes Operacionais
para a Educação Básica nas Escolas do Campo, que constituem um conjunto de
princípios e de procedimentos que visam adequar o projeto institucional das escolas
do campo.

A identidade da escola do campo é definida pela sua vinculação às questões


inerentes à sua realidade, ancorando-se na temporalidade e saberes próprios dos
estudantes, na memória coletiva que sinaliza futuros, na rede de ciência e tecnologia
disponível na sociedade e nos movimentos sociais em defesa de projetos que
associem as soluções exigidas por essas questões à qualidade social da vida
coletiva no país, considerando a magnitude da importância da educação escolar
para o exercício da cidadania plena e para o desenvolvimento de um país cujo
paradigma tenha como referências a justiça social, a solidariedade e o diálogo entre
todos, independente, de sua inserção em áreas urbanas ou rurais, deverá garantir a
universalização do acesso da população do campo direcionados para o mundo do

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trabalho, bem como para o desenvolvimento social, economicamente justo e


ecologicamente sustentável.

A escola como “valor” vincula-se a outros valores que, numa escala


hierárquica pré – estabelecida pela convivência e pela práxis de um
grupo, orientam os comportamentos e suas interpretações
socioculturais de seus membros. Sua esfera de atuação dependerá
no caso, do grau de importância ou significação dentro dessa escala,
embora qualquer classificação possa transformar as ações sociais
em algo estático, cristalizando posições, objetivos e interpretações
mais amplas. (LEITE, 2002, p.83)

A Rede Municipal de Ensino conta hoje com um total de 10 unidades


escolares na zona rural. Estas escolas atendem a uma clientela especificamente
para educação do campo em classes multisseriadas. Estas unidades escolares
cobrem toda a área rural do município tornando desnecessário o deslocamento dos
alunos através do transporte escolar.

As unidades escolares do interior do município foram construídas com o


objetivo de atender a demanda local, mas o material de apoio técnico pedagógico
fornecido pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura, utilizado pelas unidades
rurais não é diferenciado dos oferecidos para as unidades da zona urbana tanto em
quantidade quanto em qualidade.

O planejamento pedagógico é realizado na própria unidade escolar sob a


coordenação de profissionais específicos para trabalharem com essas unidades,
que definem em parceria com a coordenação de planejamento pedagógico da
Secretaria Municipal de Educação toda a estrutura pedagógica municipal a ser
desenvolvida nas unidades e são direcionadas conjuntamente pela equipe da
coordenação pedagógica.

É importante ressaltar que todas as unidades escolares são devidamente


orientadas a fazer os ajustes ao planejamento com o intuito de adequar à realidade
local aos conteúdos curriculares a serem trabalhados, bem como os métodos e
técnicas de aprendizagem para que o aluno tenha a metodologia mais apropriada
possível.

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Esta preocupação vem sendo demonstrada na elaboração de projetos


escolares que possam, à medida que complementam o currículo básico, abrir
possibilidades de aprendizagem atendendo às especificidades de cada região.

Todos os profissionais de educação, treinamento constante, iniciados na


jornada pedagógica e complementados ao longo do ano letivo. Também o trabalho
de coordenação pedagógica reforça o processo de formação à medida que nos
encontros pedagógicos mensais estuda-se e discute-se sobre os mais variados
temas educacionais como: currículo, avaliação, recuperação paralela, aprovação,
reprovação, dentre outros onde se busca construir uma escola que represente a
realidade vivenciada pelos os alunos da zona rural sem perder de vista a percepção
de um mundo globalizado. Por este motivo os currículos visam atender as
especificidades de cada região valorizando os costumes, a cultura e os valores de
cada comunidade local.

Uma das maiores preocupações da Secretaria Municipal de Educação é


apresentar caminhos para buscar soluções para problemas permanentes que afetam
a zona rural, como a evasão, defasagem idade-série, os índices de reprovação e
aprovação.

2.3.8 Educação Quilombola

“Os sujeitos que hoje vão à escola constituem uma população altamente
diversificada, o que gera a necessidade de prestar atenção às diferentes maneiras
de interpretar o mundo, o conhecimento e as relações sociais”. (Menezes, 2006)

No município não há comunidades quilombolas, mas, apesar disto, sabemos


que a realidade não é diferente das demais cidades dos Estados brasileiros, onde os
profissionais não têm formação relacionada ao ensino da História da Cultura da
África. Alguns professores conhecem, mas não trabalham com a Lei 10.639/2003,
mesmo porque o currículo escolar não inclui a educação Afro-Brasileira onde deveria
ser inserida a discussão de maneira crítica.

Sobre processo de escravização no Brasil e sobre as contribuições do povo


africano no processo de construção da nação brasileira. As diferentes etnias, línguas

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e religiões de matrizes africanas não são reconhecidas e trabalhadas nas unidades


escolares, quanto aos livros didáticos e os das salas de leitura e bibliotecas das
unidades escolares não realizam um trabalho de discussões sobre o material
didático, o reconhecimento de personalidades negras e sobre o preconceito racial.

Nas escolas o trabalho é unificado, segue o mesmo currículo e não ressaltam


a condição das comunidades quilombolas, desenvolvendo um trabalho voltado para
a história daquele povo, daquele local, como rege a legislação brasileira, Lei
10.639/2003.

2.3.9 Transversalidade

2.3.9.1 Educação Étnico-racial

Sabe-se que a implementação da Lei nº 10.639/03 é algo muito recente


dentro do contexto educacional. Fazê-la se perpetuar desde a Educação infantil até
a o terceiro ano da Educação Básica não é algo que se dará de forma instantânea,
visto que atos preconceituosos e discriminatórios ainda fazem parte dos discursos e
da prática de muitos brasileiros, embora estes não se autodenominem como um país
racista ou preconceituoso. Torna-se urgente e necessário promover uma educação
antirracista que priorize não apenas a história do continente africano, como também
a luta da população negra brasileira que tem vivido às margens da sociedade e tem
buscado incansavelmente o seu espaço dentro desta.

A palavra da década é inclusão, e a educação ainda é um dos meios, senão o


único que pode mudar esta realidade, viabilizando meios de incluir verdadeiramente
os meninos e meninas negros/as na Educação Básica.

Quanto à política de formação e valorização dos/as profissionais de educação


nesta área, o município ofertará um curso de formação continuada com carga
horária de no mínimo 80 horas que deverá acontecer nas ACs – Atividade
Complementar nos planejamentos, entretanto os respectivos professores que
ministram as aulas de cultura afro, contemplada dentro do currículo das escolas

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municipais deverão aderir à proposta, viabilizando assim a oferta e a implantação


da formação continuada.

Desta forma, a Secretaria desenvolve ações durante a jornada pedagógica


que acontecem no início de cada ano letivo. Ações emque se utiliza de profissionais
formados na área para ministrarem palestras e oficinas voltadas à sensibilização e
conscientização dos docentes que lecionam essa disciplina.

Acredita-se que se instrumentalizados os profissionais em educação, que são


os veículos de disseminação do saber, estes darão largos passos em sentido de
combater não somente as questões de preconceitos, racismos, mas também outras
relacionadas ao assédio moral, sexual e demais atos de que venha a desrespeitar a
dignidade humana.

Com a implantação da disciplina Cultura Afro no currículo da rede municipal


de ensino tem se tentado cumprir o que orienta a Lei nº 10.639/03, estabelecendo a
obrigatoriedade do ensino desta. Em nossas escolas essas aulas são ministradas
em muitos casos pelos mesmos professores que ministram a disciplina de História
no Ensino Fundamental especificamente nas Séries Finais, quanto aos outros níveis
de ensino há apenas atividades em datas específicas, ou ainda o estudo de História
e Cultura Afro se dá através do estudo dos temas transversais.

2.3.9.2 Educação, Relações de Gênero e Diversidade Sexual

Embora a temática a cerca das questões transversais esteja em evidência


desde o lançamento pelo MEC em 1996 dos Parâmetros Curriculares Nacionais –
PCN, especificamente o que traz em seu contexto os temas Pluralidade Cultural e
Orientação Sexual nota-se que os municípios têm encontrado dificuldades para
incluir de forma efetiva essa temática nos seus currículos, por se tratar talvez de um
tema que requer certa cautela para ser introduzida no contexto educacional, por
muitas vezes tem sido deixada para segundo plano. Observa-se que há uma
urgência em começar a capacitar os profissionais em educação para atender a essa
clientela que está se tornando cada vez maior e mais evidente dentro das salas de
aula, porém o município ainda não viabilizou formação para os docentes nesta área,

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nem tampouco organizou o seu currículo para atender as necessidades dessa


diversidade.

No entanto, tem se dado espaço para que seja expresso qualquer meio de
manifestação em relação à orientação sexual dos adolescentes. Tem se buscado
parcerias com a Secretaria Municipal de Saúde para ministrar palestras sobre a
prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, alcoolismo, drogas e outras
temáticas. Esporadicamente, os professores têm tratado de assuntos como a
violência doméstica, contra as mulheres e a violência contra crianças nas suas
aulas, e em casos específicos de suspeitas de maus tratos, exploração sexual ou
ainda abandono, tem se buscado apoio junto ao Conselho Tutelar do município. No
que se refere à orientação sexual em sala de aula, se percebe que a escola ainda
tem dado pouca liberdade para que estes alunos expressem seus anseios, no
entanto, não há medidas que levem a uma orientação sobre esta escolha, e suas
respectivas consequências.

A forma que o município utiliza para assegura aos gays, lésbicas, bissexuais,
travestis e transexuais o acesso à escola e a sua permanência é reprimir qualquer
atitude preconceituosa utilizando-se do diálogo e quando necessário punindo os
alunos que demonstram esse comportamento através de suspensão. Não há como
impedir que os discentes se comportassem de forma não discriminatória, isso é algo
intrínseco ou ainda, oriundo do meio em que as crianças e adolescentes estão
inseridos, o que não pode acontecer é a reafirmação ou fortalecimento por parte das
escolas no que tange a essas práticas, pois ainda não existe uma proposta
pedagógica que abordem as questões de gênero e diversidade sexual, são
abordados nas escolas de forma superficial através de palestras,

2.3.9.3 Educação Ambiental

Segundo os PCNs (1991), “A construção de um mundo socialmente justo e


ecologicamente equilibrado”, requer “responsabilidade individual e coletiva em níveis
local, nacional e planetário”. E é isso o que se espera da Educação Ambiental no
Brasil, que foi assumida como obrigação nacional pela Constituição promulgada em
1988.

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Embora a Educação Ambiental tenha se tornado lei desde abril de 1999,


através da Lei nº 9.795/99, que em seu artigo 2º afirme que este é um componente
essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma
articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter
formal e não-formal, percebe que as escolas da rede pública em geral têm
enfrentado dificuldades para que esta ganhe espaço dentro do currículo de nossas
escolas.

Essa temática tem espaço na formação dos nossos professores no início de


cada ano letivo, através das oficinas pedagógicas, nas quais a maioria dos
participantes destas são os professores que lecionam determinada disciplina.
Quanto a formação inicial e continuada nesta área o município ainda não tem
disponibilizado cursos.

Algumas ações tem partido das escolas com objetivo de conscientizar os


alunos no que se referem à preservação do meio ambiente, algumas vezes a SME
em parceria com as Igrejas, e a Secretaria de Meio Ambiente tem promovido
palestras e cursos para a comunidade a cerca desta temática.

Uma prática recentemente adotada nas escolas do nosso município se refere


à compra direta da merenda com a agricultura familiar, conforme oriente a legislação
do PNAE, esse é um fato que além de ter contribuído para a melhoria da mesma,
alavancou a renda de muitas famílias residentes no próprio município.

Entretanto não se sabe ao certo se essa é uma ação oriunda da


implementação da Educação Ambiental. Quanto às ações educativas, estas foram
mencionadas em parágrafos anteriores no que se refere à parceria das Igrejas
católica e evangélicas, com ações de limpeza das margens do rio, palestras e
cursos sobre o meio ambiente. Porém, são ações isoladas que não obedecem a um
cronograma nem faz parte do calendário letivo, acontecem esporadicamente e o
impacto é quase que imperceptível dentro dos nossos estabelecimentos de ensino.

2.4 VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

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Quanto à temática “valorização dos profissionais da educação” fomenta uma


discussão em torno da formação e valorização desses profissionais, o que significa
buscar instrumentos e recursos que impliquem na qualificação do profissional da
educação e uma melhor formação dos educandos. Porque dessa forma são
apontadas todas as questões ou situações que envolvam a melhoria do ensino e da
aprendizagem no contexto educacional como município, mesmo porque devem ser
repensadas algumas situações como: condição salarial; infraestrutura básica;
formação profissional; responsabilidade com o processo de ensino e aprendizagem;
conhecer os diversos saberes que compõem hoje a ciência pedagógica; a
participação no processo de tomada de decisões no âmbito do trabalho escolar;
enfim, todas as possíveis e cabíveis situações que melhorem progressivamente a
rede de ensino, na prática escolar docente e discente, que não envolvam somente
os professores, mas todos que direta ou indiretamente fazem parte do processo
educativo nas escolas públicas deste município.

2.4.1 Um breve histórico

Muito se fala sobre a valorização dos profissionais de Educação — que é um


dos pilares da qualidade de ensino socialmente referencia- da, ao lado do
financiamento e da gestão democrática. Falar de valorização implica aprimorar a
formação inicial, a formação continuada, a definição de um piso salarial e, também,
da carreira do professor.

Uma carreira bem estruturada tem uma virtude principal: permite que o
profissional de Educação projete o seu futuro, tenha perspectiva de trabalho e de
vida. Contudo, há ainda muito a avançar na construção de uma carreira, a começar
pelo fato de que temos no Brasil uma estrutura educacional que permite 5.565
sistemas municipais de ensino, 26 sistemas estadual, mais um do DF e mais um
federal. Cada um deles tem autonomia para gerenciar seu pessoal.

A carreira pressupõe que o ingresso se dê por concurso, que o trabalho seja


valorizado e que seja levado em conta o que o professor produz o que ele cria.
Precisamos lembrar que as escolas públicas se caracterizam por uma grande
diversidade de contextos e as chamadas boas práticas educativas não vêm prontas,

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precisam ser criadas pelos professores. Isso também deve ser reconhecido para que
o professor se sinta valorizado dando aula.

Há outro ponto essencial a ser enfrentado quando a questão é a carreira.


Hoje, na maior parte dos planos existentes, para que os professores avancem na
carreira, cheguem a postos mais altos e ganhem mais, eles necessariamente têm de
sair da sala de aula, tornando-se supervisores, coordenadores ou diretores. Muitas
vezes, um ótimo professor alfabetizador deixa a sala de aula para ser um diretor
mediano. Seria muito melhor que tivesse continuado como docente. Por isso, um
plano de carreira precisa ser aberto, permitindo que todos possam alcançar as
referências superiores, mesmo que queiram ficar a vida inteira na sala de aula.
Nesse modelo, quem se interessar em mudar, sair da sala, poderá mudar — mas
também quem quiser continuar sendo professor poderá assim mesmo progredir.
Temos de derrubar muitos tabus para que a sociedade compreenda que todos têm
papéis importantíssimos na escola, ainda que desempenhem funções diferentes.

Isso vale também para as promoções. O professor tem de ser incentivado a


progredir, a criar maneiras de trabalhar que permitam aos alunos melhor
aprendizagem, tanto no que se refere ao domínio dos conteúdos curriculares como
nos aspectos formativos mais amplos da cidadania. Nesse contexto, a titulação
deve, sim, ser valorizada. Na medida em que o professor for buscando
aperfeiçoamento, isso precisa ser valorizado.

Outro ponto importante a ser considerado na proposição de um bom plano de


carreira é a visão sobre todos os profissionais da Educação. Na escola, não é
apenas o professor que educa. Cada profissional que atua na escola, a merendeira,
o porteiro, possui um papel educativo, e seu papel não pode ser equiparado ao de
profissionais que exercem funções semelhantes, em outros contextos, como nas
empresas. Imagine-se, por exemplo, um segurança que apanhe um garoto pulando
o muro da instituição. Na empresa, será tratado como um infrator; na escola, o olhar
é o da medida socioeducativa, do diálogo sobre regras, da Educação. É preciso
lembrar, inclusive, que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação já traz
embasamento legal para que haja uma carreira única na Educação na qual todos os
profissionais possam evoluir na medida de sua qualificação.

O plano de carreira deve ainda levar em conta outro aspecto funda mental
para a qualidade de ensino e para a perspectiva profissional do educador: a jornada.

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O professor divide seu tempo em jornadas. É isso que define o piso salarial, por
exemplo. Contudo, uma vez que existe a perspectiva de ampliação do tempo escolar
para um número crescente de redes, é preciso ressaltar o quanto é importante que
se possa fixar o docente na escola, criando vínculos com o aluno e com a
comunidade.

Na realidade de hoje, há uma grande rotatividade de professores e muita


instabilidade gerada por isso. Se conseguirmos fixar o professor na escola, em uma
jornada única, isso permitiria grandes avanços, sobre todos os pontos de vista,
inclusive do ponto da gestão democrática. Com muita frequência, o professor
participa da construção de um projeto político pedagógico em um ano e no outro
está longe, em outra escola.

A educação precisa ser entendida como um dever do Estado Democrático


que proporcione a todos o acesso à educação pública, gratuita, laica, integradora e
de qualidade; uma educação que garanta o princípio da liberdade de ensinar e de
aprender, como um direito essencial; que se contraponha ao individualismo, que
pressupõe a reafirmação das diferenças culturais, étnicas e de gênero; uma
educação que forme indivíduos críticos, plenamente desenvolvidos e aptos a exercer
a plena cidadania.

É nesse contexto que o Município de São José do Jacuípe não pode abdicar
do seu papel de dar ênfase à qualidade da educação tendo como princípio
fundamental a valorização de todos os profissionais que atuam diretamente na área
da educação: os professores, coordenadores pedagógicos que exercem atividades
de ensino e de aprendizagem e os que atuam em atividades - meio necessárias ao
funcionamento administrativo nas unidades técnicas da Secretaria Municipal de
Educação e nas unidades escolares, sejam elas públicas ou privadas. O Plano
Municipal de Educação que tem a competência de formular políticas para a
organização e o fortalecimento do sistema de ensino, deve também delinear as
metas e os caminhos, definir os objetivos e as diretrizes para a concretização
desses anseios.

Remetemo-nos ao que preconiza o Plano Nacional de Educação, quando


destaca que a valorização dos trabalhadores em educação, mais especifica para os
que atuam na docência, só poderá ser obtida através da formação inicial e
continuada, das condições apropriadas de trabalho, de jornada compatível, de

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remuneração condigna, da carreira baseada na titulação e na evolução funcional.


Estas são questões indissociáveis e indispensáveis para a melhoria da qualidade da
educação.

A Constituição Federal, no seu art. 212, define que a União deve destinar
18% (dezoito por cento) e o Distrito Federal, os Estados e Municípios são obrigados
a investir, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) da receita líquida resultantes de
impostos para a manutenção e desenvolvimento do ensino.

O art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) destina


não menos de 60% (sessenta por cento) desses recursos para manutenção e
desenvolvimento do ensino fundamental com o objetivo de assegurar a
universalização de seu atendimento e a remuneração condigna do magistério
(Emenda 14/96).

Em relação aos profissionais de educação em atividade caracterizada de


magistério na efetiva docência, conforme prevê a LDB, o Município de São José do
Jacuípe tem se caracterizado pela luta da valorização no que diz respeito a Lei
Municipal nº 128/2011 que estabelece o Plano de Carreira e Remuneração dos
Profissionais de Educação. O Sindicato dos Professores Municipais de São José do
Jacuípe – APLB Sindicato foi criado no ano 2005, quando um número de
professores participantes da reunião decidiram e assinaram a ata da fundação.
Entidade que representa a categoria dos trabalhadores em educação, hoje
organizada, luta pela valorização e profissionalização dos trabalhadores,
profissionais de educação e por uma Qualidade de Educação.

Os profissionais da educação, através do Sindicato, vêm solicitando aos


Gestores Municipais desde 2009 a criação do Estatuto dos Profissionais de
Educação Municipal, documento este que vem nortear as ações que dizem respeito
à situação funcional desses servidores.

O Plano de Carreira foi sancionado, em 23 de abril de 2010, o qual foi


amplamente divulgado e discutido pela categoria, e sancionou pelo Gestor do ano
supracitado. Assim, o Plano de Carreira precisa ser revisado e deve abranger não
só os profissionais integrantes da carreira do magistério, mas também, os demais
profissionais – secretário escolar, agente administrativo, merendeira, porteiro,
auxiliar de ensino - que interagem com os alunos e, por conseguinte, no processo

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educativo, uma vez que a escola deve ser pensada para além dos estudantes e dos
profissionais do magistério.

Faz-se necessário promover a formação desse segmento, e o Governo


Federal, através do Ministério da Educação – (MEC) por meio da Secretaria de
Educação Básica – (SEB), instituiu em 2005, um programa piloto em cinco estados
chamado Profuncionário, onde oferece cursos para esses trabalhadores que
exercem funções administrativas nas Escolas Públicas de Educação Básica. Em
2006, deu-se a expansão do Programa para mais 12 estados, incluindo-se aí o
Estado da Bahia, mas o Município de São José do Jacuípe, apesar de constar no
Programa de Ação Articulada (PAR) desde 2007, ainda não começou a fazer parte
do Programa e ação de treinamento, de formação de pessoal técnico e
administrativo e de apoio.

Tabela 19 - Funções docentes por Etapas e Modalidades – Rede Municipal


Funções Docentes Com Normal
Licenciatura

Graduação

Magistério

E. Médio
E. Médio
Com

Com

Com

Etapas e Modalidades Sem Total

Regular - Creche 07 07 08 15
Regular - Pré-Escola 07 07 09 16
Regular - Anos Iniciais do Ensino
Fundamental 40 40 17 57
Regular - Anos Finais do Ensino
Fundamental 67 67 02 69
Educação de Jovens e Adultos - Anos
02 02 02 04
Iniciais do Ensino Fundamental/
Presencial
Educação de Jovens e Adultos - Anos
Iniciais do Ensino Fundamental/
Semipresencial
Educação de Jovens e Adultos - Anos 07 07 07
Finais do Ensino Fundamental/
Presencial
Fonte: Secretaria Municipal de Educação de São José do Jacuípe, 2014

Conforme os dados da tabela acima, no ano de 2013, o Município de São


José do Jacuípe tinha, no referido ano, 168 docentes, dos quais, 130 possuíam
formação em nível superior (licenciatura e/ou bacharelado) e 38 com formação de

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nível Médio Normal (Magistério), sendo que a maioria 38 já está cursando sua
licenciatura.

Em 1994, foi realizado o primeiro concurso público na área de Educação. A


Prefeitura Municipal de São José do Jacuípe realizou outros dois (02) concursos
públicos para provimento de vagas do Magistério público e também para os outros
profissionais da educação nos anos de 2002 e 2007. Em 2015, havia 111
professores efetivos de 20 horas e cerca de 3 professores com suas carga horárias
dobradas no município de São José do Jacuípe.

Desde o ano de 2009, a prefeitura tem ajudado, oferecendo bolsas parciais


para formação inicial de nível superior aos professores que pertencem à rede e que
tinham apenas formação em nível médio na modalidade do Magistério.

Os professores e coordenadores atualizam-se com frequência, por meio de


cursos, encontros e outros eventos quando promovidos pela Secretaria Municipal da
Educação ou por outras instituições, entretanto existe uma rotatividade de
professores, que ainda ensinam a mais que sua carga horária do concurso, ou seja,
com desdobramento de carga horária.

No momento existem alguns programas de formação para os professores


como: Pacto com os Municípios pela Educação, Programa Nacional de
Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) e Formação pela Escola.

Tabela 20 - Número de professores e coordenadores da rede Municipal, Estadual e Particular, por


nível de formação em 2013
Educação Ensino Ensino Médio
Infantil Fundamental

Profissionais do
Particular

Particular

Particular
Municipal

Municipal

Municipal
Estadual

Estadual

Estadual

Magistério Total

Professores - 31 02 - 137 04 21 - - 195

Coordenadores - 02 - - 06 - 01 - - 09

Fonte: Secretaria Municipal de Educação de São José do Jacuípe (2015)

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Conforme os dados da tabela acima observa-se que no município há 195


professores e 09 coordenadores, sendo que na Rede Municipal, 31 professores
estão na Educação Infantil e 137 no Ensino Fundamental; na Rede Estadual são 21
professores atuantes no Ensino Médio e na Rede Particular 02 na educação infantil
e 04 no ensino fundamental. Os coordenadores estão assim distribuídos: 06 no
Ensino Fundamental e 02 na Educação Infantil da Rede Municipal, 01 para a
educação Infantil e Ensino Fundamental na Rede Particular, e na rede estadual 01
(Ensino Médio).
É importante salientar que, dos 06 coordenadores atuantes na Rede
Municipal de Ensino, apenas 02 fazem parte do quadro efetivo, os demais estão
ocupando o referido cargo temporariamente, para suprir a necessidade, até a
realização de concurso público para provimento das vagas existentes. Até o
momento não foi aplicado nenhum processo de avaliação de desempenho dos
profissionais da Educação.
Há uma pequena participação dos professores nos conselhos das escolas, e
em outros conselhos da área da educação. Vale destacar a necessidade de realizar
um Projeto Político Pedagógico por unidade de ensino, pois o que se tem é um
instrumento unificado para todas as unidades, podendo assim, não contemplar as
especificidades existentes.

Tabela 21 - Profissionais em educação, por nível de escolaridade na Rede municipal em 2015


Nível de Escolaridade
Cargos Nº Ensino Ensino
Ensino Médio
Fundamental Fundamental Outros
Completo
Incompleto Completo
Merendeira 41 27 02 11 01
Vigilante - - - - -
Servente 43 24 09 08 02
Secretário Escolar 09 - - 08 01
Porteiro 09 07 01 01 -
Fonte: Escolas Municipais de São José do Jacuípe (2015).

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Tabela 22 - Profissionais em educação, por situação funcional na Rede Municipal em 2015


Nº Situação FuncionalTempo de
Cargos Servidor Concursa Contrato exercício
Total Terceirizado Outro no cargo
Público do CLT Temporário
Merendeira 36 36 - - 10 - 20 anos
Vigilante - - - - - -
Serviços
40 40 - - 10 - 20 anos
Gerais
Secretário
11 - - 11 - - 3 anos
Escolar
Porteiro 4 - - - 4 - 2 anos
Outros 17 17 - - 19 - 20 anos
Fonte: Secretaria Municipal de Educação

O campo “Tempo de exercício no cargo” refere-se apenas aos funcionários


do quadro efetivo, pois não é possível informar o tempo em que os terceirizados
encontram-se nas funções exercidas, haja vista a rotatividade destes nos cargos que
ocupam.

Em algumas escolas existe um número suficiente de funcionários para as


várias funções, entretanto, parte destes é proveniente de terceirização e os que são
efetivos em sua maioria, apesar de serem lotados na Secretária de Educação,
exercem suas funções em outras secretarias.

As relações entre funcionários, direção da escola e alunado é amigável não


havendo grandes transtornos, conseguem ter um dialogo para solucionar problemas
que causam transtorno.

2.5 GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO PÚBLICO

Na perspectiva de orientar as ações educativas e a qualidade da gestão


democrática, o PME é eixo norteador para o sucesso da Educação Municipal, de
forma que visa oferecer assessoramento técnico no procedimento de elaboração da
proposta curricular, dos projetos pedagógicos e da política de educação municipal.

O apoio dos técnicos da Secretária de Educação Municipal representa ir além


de um esforço em superar as dificuldades existentes no planejamento de um

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documento que visa desenvolver corresponsabilidades na implementação do


mesmo.

A Secretária Municipal de Educação e Cultura ao assumir a responsabilidade


de elaborar o primeiro plano de Educação da cidade de São José do Jacuípe para
decênio de 2016-2026 define como proposta uma gestão participativa e democrática
num processo pedagógico de aprendizagem e decisões políticas, transformando o
território municipal numa imensa sala de aula de cidadania pautada pelas marcas e
pelas exigências do projeto de desenvolvimento do governo municipal de todos os
cidadãos

A Educação do município de São José do Jacuípe – Bahia está vinculada ao


Sistema Estadual de Ensino, representado pelo Núcleo Regional de Educação NRE-
15, situado no município de Jacobina.

Segundo a Lei Orgânica do município a educação é um direito de todos e


dever do Poder Público e da família, tendo como objetivo principal o pleno
desenvolvimento da pessoa, inclusive o exercício da cidadania.

Parágrafo único- é dever de o município promover, prioritariamente, o


atendimento à educação infantil e ao ensino fundamental, e, subsidiariamente,
expandir o ensino médio, com a participação da sociedade e a cooperação técnica
da União e do Estado da Bahia.

O município entende a escola como espaço da diversidade, da pluralidade, da


inclusão, da ampla formação educacional e cultural, de participação crítica e
coletiva. A ela devem ser proporcionadas as condições necessárias para que se
desenvolva um trabalho educativo com qualidade, proporcionando ao educando
oportunidade para construção e apropriação de todos os conhecimentos hoje
disponíveis no âmbito educacional.

Para acompanhar as ações e fiscalizar a aplicação de recursos o município


conta com mecanismos de participação da comunidade como: o Conselho Municipal
de Educação (CME) que foi criado em 2015 sob a Lei nº 317 de 24 de novembro de
2015 e será nomeado para um mandato de três anos. Os Conselhos de Alimentação
Escolar (CAE), Conselho de Controle e Acompanhamento Social do FUNDEB e
Conselhos Escolares estão funcionando ativamente. Observa-se que é preciso que

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haja uma formação para conselheiros, onde tomem conhecimento do seu papel e
possam entender a importância de sua forma de atuação.

Para garantir a implantação e implementação de políticas públicas


educacionais, bem como outros observados na Lei Orgânica do município e na LDB,
foi constituído o CME Conselho Municipal de Educação, sob a Lei nº 317 de 24 de
novembro de 2015.

2.6 RECURSOS FINANCEIROS PARA A EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO

O orçamento do Município de São José do Jacuípe é organizado para


financiar as despesas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, incluindo as
modalidades de Educação Especial, Educação do Campo e Educação de Jovens e
Adultos, das escolas públicas de sua dependência administrativa. O Governo do
Estado da Bahia responsabiliza-se pelo orçamento do Ensino Médio e as
respectivas modalidades de ensino das redes de sua dependência administrativa.

A receita provém de diversas fontes, sendo as principais: o Fundo de


Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação- Fundeb, o Salário Educação, o Caminho da Escola, Programa Nacional
de Apoio ao Transporte Escolar –Pnate, Programa de Transporte Escolar- PTE o
Programa Nacional de Alimentação Escolar – Pnae, Programa de Desenvolvimento
Educacional- PDE e o Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE dentre outros
recursos.

Enquanto responsabilidade política da sociedade em universalizar o acesso e


a permanência à educação básica, é dever do poder público oferecer as condições
necessárias para que a educação tenha qualidade e que seus profissionais sejam
valorizados. Esse investimento, mesmo elevado, garante retorno social. Por isso,
eleger a educação como prioridade no município de São José do Jacuípe é
resultado de um pacto entre a sociedade e o poder público; entre a cidadania
inclusiva e cidadania da participação. Assim sendo, o financiamento da Educação
devem se dar de forma legal, transparente, impessoal, ética, universal e pública.

No tocante aos recursos, as três esferas do poder têm responsabilidades e


compromissos constitucionais em universalizar o acesso à educação, uma vez que

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se configura como direito público subjetivo, competindo ao Município criar os


mecanismos legais que garantam a participação da sociedade na proposição, na
fiscalização e na execução das políticas educacionais.

Desta feita, as aplicações dos recursos educacionais exclusivamente na


educação, em conformidade com os objetivos e as finalidades do Plano Municipal de
Educação, implicarão na melhoria da qualidade da educação pública básica de São
José do Jacuípe. Por outro lado, faz-se necessário ampliar os recursos públicos
destinados ao financiamento da educação, particularmente, à educação infantil,
educação especial, do campo e educação de Jovens e Adultos.

No que se refere ao financiamento e gestão dos recursos financeiros, o PNE


Lei nº 13.005/14, estabelece que: O investimento público em educação a que se
referem o inciso VI do art. 214 da Constituição Federal e a meta 20 do Anexo desta
Lei engloba os recursos aplicados na forma do art. 212 da Constituição Federal e do
art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, bem como os recursos
aplicados nos programas de expansão da educação profissional e superior, inclusive
na forma de incentivo e isenção fiscal, as bolsas de estudos concedidas no Brasil e
no exterior, os subsídios concedidos em programas de financiamento estudantil e o
financiamento de creches, pré-escolas e de educação especial na forma do art. 213
da Constituição Federal. A relação entre educação e seu financiamento depende,
efetivamente, da concepção de gestão que se tem como fundamento para o
tratamento da questão. Na realidade, ao se caracterizar como um dos eixos
condutores na implementação de projetos, a forma como se concebe a gestão dos
recursos financeiros é que estabelecerá, por exemplo, se a gestão desses recursos
terá transparência ou não. A LDB nº 9.394/96 – facilita amplamente essa tarefa, ao
estabelecer, no parágrafo 5º do artigo 69, o repasse automático dos recursos
vinculados ao órgão gestor e, ao regulamentar, no artigo 70, quais as despesas
admitidas com gastos com a manutenção e desenvolvimento do ensino.

Tabela 23 - Outras receitas com o setor educacional do município de São José do Jacuípe,
administradas pela prefeitura (2010/2013)

Alimentação Transporte Outras


Ano Convênios Total
escolar Escolar receitas

2010 180.000,00 67.437,30 196.020,00 - 443.457,30

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2011 151.470,00 58.313,43 221.372,56 - 431.155,99


2012 180.574,00 49.055,62 453.774,56 - 683.404,18
2013 167.892,59 56.737,14 - - 224.629,73
Fonte: Setor Contábil da Prefeitura Municipal de São Jose do Jacuípe, 2015.

Constata-se na tabela acima, que em 2012, houve um aumento significativo


do total dos recursos com outras receitas do setor educacional do município de São
José do Jacuípe, entretanto, verifica-se que nas oriundas para o transporte escolar
em 2011 ocorreu o menor valor em relação ao ano de 2010, houve um novo
aumento em 2012 e nova queda em 2013. As alocações dos recursos aplicados
para todas as etapas da Educação Básica no Município terão pesos diferenciados
para a definição do montante de recursos conforme as necessidades e os
compromissos do sistema, expressos pelo número de matrículas do Ensino
Fundamental. Vale salientar que no ano de 2013, segundo o setor contábil da
prefeitura de São José do Jacuípe, não houve convênios, o que resultou num
diferencial considerável quando observamos o valor total dos anos anteriores.

Tabela 24 - Recursos aplicados em educação pelo governo municipal de São José do Jacuípe por
nível ou modalidade de ensino (2010/2013)
Ensino Ensino
Ano Ed. Infantil EJA Outros Total
Fundamental Médio
2010 - - - - - -
2011 - - - - - -
2012 - - - - - -
2013 193.044,32 4.508.002,36 6.082,38 19.624,59 - 4.720.671,27
Fonte: Setor Contábil da Prefeitura Municipal de São José do Jacuípe, 2015.

Observa-se na tabela acima, que nos anos de 2010 a 2012 não foi possível
encontrar os dados dos recursos aplicados durante os referidos anos, não podemos,
portanto, relatar que ocorreu crescimento ou decrescimento dos recursos aplicados
em educação em todas as etapas da Educação Básica entre os referidos anos e o
ano de 2013.

Os gastos com educação no Município representam a importância de se ter


garantido legalmente para a educação, fontes de recursos, para financiar a

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universalização do ensino e a melhoria de sua qualidade, nas suas diferentes etapas


e modalidades. Com base nesse pressuposto, a tabela 24 apresenta o
demonstrativo das Despesas com educação por categoria e elemento de despesa.
Ressaltamos, ainda que no que se refere as despesas do Ensino Médio, informo que
ali estão inclusas as despesas com todos os níveis da educação do município.
Saliento ainda, que o valor exibido no campo, Ensino Médio, refere-se apenas ao
transporte, o qual está incluso no campo Transporte Escolar da tabela 20.

Tabela 25 - Despesas com educação do município de São José do Jacuípe por categoria e elemento
de despesa 2010/2013)
Despesas de capital

Equipamentos
Pessoal

Instalações
Material de
Consumo
Ano

Subtotal

Subtotal
Obra e

Total
2010
2011
2012
4.421.245 326.467, 4.747.713, 148.382,1 880.860,0 1.029.242 5.776.955,
2013
,20 89 09 4 0 ,14 23
Fonte: Setor Contábil da Prefeitura Municipal de São José do Jacuípe, 2015.

Infelizmente, não foi possível obter os dados relativos aos anos de 2010, 2011
e 2012. Foi nos fornecido apenas os valores referentes ao ano de 2013. De forma
que não há como estabelecer parâmetros entre este e os anteriores. Porém, faz-se
necessário informar que estão inclusos os gastos com pessoal terceirizado, num
montante equivalente a R$ 60.480,00, além de gastos com a empresa de
consultoria, C. Trindade num montante de R$ 21.000,00 e o destinado ao Advogado
Jaime. Os recursos da educação através do Fundeb, determina que parte da receita
do Fundo (60%) deve ser aplicada na remuneração dos profissionais do magistério,
assim como, o restante da receita (40%) deve reverter-se em remuneração dos
demais profissionais da educação e para a manutenção do ensino.

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Tabela 26 - Receita e aplicação dos recursos recebidos do Fundeb no Município de São José do
Jacuípe em (2010/2013)
Aplicação
Ano Total recebido Salário dos Capacitação
Gastos com MDE
professores dos leigos
2010 4.203.141,20
2011 4.888.729,21
2012 5.582.132,19
2013 6.517.915,03 3.305.680,43 12.301,50 669.807,06
Fonte: Setor Contábil da Prefeitura Municipal de São José do Jacuípe, 2015.

Ao examinar a receita dos recursos recebidos do Fundeb, percebe-se que


não foi possível obter os valores equivalentes ao salário dos professores entre os
anos de 2010 e 2012, dados que não nos foram fornecidos, bem como não
obtivemos os gastos com o MDE e com a capacitação dos leigos, porém, em relação
a esse último, apesar de não sabermos o montante aplicado, sabemos, certamente,
que houve gastos, porque ainda hoje ocorre a capacitação de leigos. Desse modo, a
valorização dos profissionais da educação vem ocorrendo devido ao compromisso
da gestão municipal. No exercício de 2010 em relação ao exercício de 2013, ocorreu
um crescimento considerável da receita do FUNDEB. O acompanhamento
sistemático e transparente da aplicação dos recursos no ensino fundamental
constitui fatores imprescindíveis para se garantir a qualidade que se pretende no
trabalho da educação.

Tabela 27 - Outras receitas com o setor educacional administradas pela prefeitura (2011/2014)
Alimentação Transporte Outras
Ano Convênios Total
escolar Escolar receitas
2011 151.470,00 58.313,43 196.020,00 435.560,89 841.364,32
2012 180.564,00 49.055,62 - 688.632,67 918.252,29
2013 167.544,00 52.890,16 - 260.294,67 408.728,83
2014 304.668,00 52.757,94 - 581.108,45 938.534,39
Fonte: Secretaria Municipal da Educação / Secretaria da Administração/ Prefeitura Municipal, 2014 /
SITE: FNDE / LIBERAÇÕES DE RECURSOS.

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Tabela 28 - Recursos aplicados em educação pelo governo, por nível ou modalidade de ensino
(2011/2014)
Ensino
Ano Ed. Infantil Ensino Médio EJA Outros Total
Fundamental
2011 163.709,64 170.222,49 6.479,28 5.670,00 495.552,80 841.634,21
2012 226.101,42 158.860,39 4.098,96 3.942,00 492.483,48 885.486,25
2013 59.519,07 145.517,76 6.082,38 9.234,00 260.294,67 480.647,88
2014 251.813,62 273.119,76 5.289,03 12.906,00 395.405,80 938.543,21
Fonte: Secretaria Municipal da Educação, Secretaria da Administração, Prefeitura Municipal, 2014. SITE: FNDE /
LIBERAÇÕES DE RECURSOS

O planejamento e o orçamento são meios para fixar os rumos de uma


realidade, alocando recursos escassos e estabelecendo prioridades para prazos
determinados. A Constituição Federal de 1988 institucionalizou três instrumentos de
planejamento que devem ser coerentes entre si: O Plano Plurianual (PPA) - deve ter
quatro anos de duração e dar transparência e continuidade às administrações; A Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estabelece as metas e prioridades de um
determinado ano ou exercício financeiro, com base no Plano Plurianual; A Lei
Orçamentária Anual (LOA) define, em função dos meios disponíveis, da LDO e do
PPA, o que vai ser executado num ano, prevendo receitas e despesas. Visto que, a
sociedade civil deve participar desde a elaboração do PPA, o acompanhamento, a
execução até a avaliação dos resultados.

Tabela 29 - Recursos da Educação no PPA (2010/2013)


ANOS Programa\projetos\atividades Total
Previsto em R$
educacionais Utilizado
2010 5.243.100,00 Promover e Elevar a Educação do Município. 5.243.100,00
Promover o acesso e Permanência dos
2011 5.387.846,50 5.387.846,50
Alunos na Escola.
Promover, com qualidade, o Ensino Infantil e
2012 5.639.856,55 5.639.856,55
Fundamental.
Cultura, Educação e Nutrição como fonte de
2013 6.000.635,20 6.000.635,20
vida
Fonte: Câmara de Vereadores de São José do Jacuípe, 2015.

Observa-se na tabela 29, que existe um equilíbrio nos recursos previstos da


educação no PPA 2010/2013, pois no ano de 2013, assim como nos anteriores, os
recursos previstos e os recursos utilizados coincidiram, ou seja, não houve
diferença, o que significa que o planejado foi executado.

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Após este diagnóstico acredita-se que o gestor do município conhece a Lei nº


12.527 de 18 de novembro de 2011, e a executa em conformidade com os princípios
básicos da administração pública, colocando em prática os procedimentos previstos
na mesma, objetivando assegurar o direito fundamental de acesso à informação.

Contudo, não há participação da sociedade civil, no que concerne ao


processo de elaboração do PPA Municipal. Em relação às demais questões não se
pode afirmar que a Secretaria Municipal de Educação conhece os procedimentos e
as responsabilidades de despesas, aquisição de materiais de transferências
vinculados à Educação, ou mesmo, o que preconiza a legislação para o
enfrentamento de problemas cruciais relacionados à Educação, tais como: acesso,
permanência e aprendizagem com sucesso ou se conhece o orçamento público em
que são previstas a arrecadação das receitas e o planejamento de sua alocação.

Não podemos, também, afirmar que a Secretaria de Educação ou a Gestão


municipal esteja tratando sobre a implantação e implementação do Custo Aluno-
Qualidade inicial (CAQui).

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3 DIRETRIZES, METAS E ESTRATÉGIAS DO PME

O Plano Municipal de Educação tem como ponto de partida um diagnóstico de


possibilidades e limitações, construído com base na realidade municipal. Partiu-se
do princípio de Gestão Democrática da Educação o seu Financiamento,
considerando os planos Nacional e Estadual.

Neste processo de construção foram analisados aspectos significativos dos


níveis e modalidades da educação municipal, sendo apresentadas diretrizes e metas
para a Educação Básica, aí incluída a Educação Infantil, o Ensino Fundamental, a
Educação de Jovens e Adultos, com vistas, sobretudo, à Erradicação do
Analfabetismo, e o Ensino Médio e Educação Profissional, e para a Educação
Superior. Finalmente, fooram analisados os problemas relativos à formação de
profissionais da educação, tanto para o magistério como para as áreas técnica e
administrativa, nos diversos níveis e modalidades de ensino, apresentando-se um
conjunto de diretrizes e metas específicas.

Tendo como horizonte a democracia e a inclusão social, as propostas aqui


apresentadas busca-se, em síntese, fazer cumprir a Constituição Federal e, assim,
dar curso às transformações necessárias para melhorar a qualidade de vida da
maioria da população, a conquista da justiça e da igualdade social.

A educação escolar é um instrumento fundamental para o desenvolvimento


econômico, social, cultural e político de um país, de seu povo, e para a garantia dos
direitos básicos de cidadania e da liberdade pessoal. Nesse sentido, este Plano
concebe a escolarização como um patrimônio da sociedade; sua administração,
planejamento e execução devem-se dar da forma mais ampla e democrática
possível, abrindo espaço para todas as concepções, culturas, etnias, princípios e
orientações, respeitado o conteúdo expresso na Constituição Federal de 1988.

A educação é aqui entendida como um instrumento de formação ampla, de


luta pelos direitos da cidadania e da emancipação social, preparando as pessoas e a
sociedade para a responsabilidade de construir, coletivamente, um projeto de
inclusão e de qualidade social para o município, o estado e consequentemente, para
o país. A qualidade social implica providenciar educação escolar com padrões de
excelência e adequação aos interesses da maioria da população. Tal objetivo exige

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um grande esforço da sociedade e de cada um para ser atingido, considerando as


dificuldades impostas pela atual conjuntura.

A educação de qualidade social tem como consequência a inclusão social,


através da qual todos os brasileiros se tornem aptos ao questionamento, à
problematização, à tomada de decisões, buscando as ações coletivas possíveis e
necessárias ao encaminhamento dos problemas de cada um e da comunidade onde
vivem e trabalham. Incluir significa possibilitar o acesso e a permanência, com
sucesso, nas escolas, significa gerir democraticamente a educação, incorporando a
sociedade na definição das prioridades das políticas sociais, em especial, a
educacional.

A educação, nessa perspectiva, vai dirigir-se ao ser humano integral,


englobando todas as dimensões de sua relação com o mundo. Assim, a escola
deixa de ser o único espaço de obtenção de informação, pois ela está presente em
todos os meios de comunicação. Daí ser um dos principais objetivos do processo
educativo elaborar os instrumentos de descoberta, escolha e integração das
informações disponíveis.

Nessa dimensão a escola se redefine como o espaço democrático de


elaboração de valores, de tolerância e respeito às diferenças, de produção e
disseminação de conhecimento e de convivência humana e social, cultural e política,
levando sempre em consideração a realidade das relações sociais e de trabalho.

O mundo e a sociedade, que constituem o meio no qual se dá a formação


para a cidadania, devem ser forjados através da solidariedade que busca
incessantemente a inclusão, contemplando também os diversos setores sociais
historicamente excluídos: crianças pobres, jovens e adultos trabalhadores e
desempregados, pessoas com deficiência e grupos tidos como minoritários - negros,
índios, homossexuais. Segundo essa lógica de inclusão, a Educação Especial e a
Educação de Jovens e Adultos são concebidas com os mesmos objetivos da
educação geral, integradas a todos os níveis e modalidades educacionais. Nessa
perspectiva, o currículo é resultante da construção coletiva e fundamentado na
análise crítica da realidade social, com mecanismos de constante atualização
através da incorporação dos avanços da ciência e da tecnologia aos programas e
práticas escolares.

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A escola, garantida e financiada pelos entes federados, é construída por


alunos, pais, professores, técnico-administrativos e funcionários, como o espaço
público de troca e elaboração de experiências, tendo em vista a articulação das
ações possíveis e necessárias à solução dos problemas de cada comunidade e do
desenvolvimento de todos.

A gestão democrática da educação vai possibilitar a democratização do


acesso e a permanência das crianças e jovens nas escolas, a valorização do
profissional da educação e a educação de qualidade para todos, através da
organização da sociedade e do aprofundamento da cidadania.

A escola pública pertence ao público, que decide sobre o projeto pedagógico


com o qual todos se comprometem, desempenhando seu papel com competência e
responsabilidade.

É nesta perspectiva que o PME de São José do Jacuípe em consonância com


o PNE – Lei 13.005/ 2014 lista neste documento as dez diretrizes estruturantes que
fundamenta o PNE e que fundamenta o PME traçando suas metas e estratégias que
implementarão a qualidade da Educação e o fortalecimento da Gestão Municipal.

3.1 DIRETRIZES ESTABELECIDAS NO PNE

I – erradicação do analfabetismo;

II – universalização do atendimento escolar;

III – superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da


cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;

IV – melhoria da qualidade do ensino;

V – formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e
éticos em que se fundamenta a sociedade;

VI – promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;

VII – promoção humanística, científica, cultura e tecnológica do País;

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VIII – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação


como proporção do Produto Interno Bruto – PIB, que assegure atendimento às
necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;

IX - valorização dos (as) profissionais da educação; e

X - promoção dos princípios de respeito aos direitos humanos, à diversidade e à


sustentabilidade socioambiental.

3.2 METAS E ESTRATÉGIAS DO PME

Meta 1. Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças


de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em
creches, de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de
até 3 (três) anos até o final da vigência deste PME.

Estratégias:

1.1 Garantir na matrícula e na organização das respectivas classes escolares o


número de crianças de acordo a seguinte relação crianças/educador: a) de 0 a 2
anos – 06 a 08 crianças/01 educador e um auxiliar; b) de 3 anos – 15 crianças/01
educador e um auxiliar; c) de 4 a 6 anos – 20 crianças/01educador e um auxiliar;

1.2 Ofertar progressivamente a educação infantil em horário integral em toda rede


pública municipal;

1.3 Adequar e/ou construir prédios de instituições de educação infantil, mantidas


pelo poder público municipal, de acordo com os padrões mínimos de infraestrutura
estabelecidos;

1.4 Assegurar a implantação de conselhos escolares e outras formas de participação


da comunidade escolar nas instituições de educação infantil, a fim de tornar sua
gestão participativa e democrática, bem como para o acompanhamento e controle
dos recursos financeiros recebidos e executados pelas instituições;

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1.5 Assegurar a participação das famílias de baixa renda, das crianças matriculadas
na educação infantil, nos programas sociais vinculados ao poder público municipal.

1.6 Assegurar o atendimento educacional especializado garantindo e ofertando


matricula na zona urbana e rural, atendendo assim as pessoas com deficiência de
maneira adequada.

1.7 Assegurar que todos os profissionais que atuam em creches e pré-escola


tenham formação adequada garantindo as condições de trabalho no cotidiano das
instituições de Ed. Infantil;

1.8 Garantir através de concurso público a permanência da equipe pedagógica para


que as crianças tenham vinculo estabelecidos com os profissionais, evitando
rotatividade dos mesmos;

1.9 Ofertar em creches e pré-escolas profissionais com capacitação em Educação


Física evidenciando diferentes situações de interação entre as crianças;

1.10 Adequar e criar diferentes ambientes disponibilizando objetos, brinquedos e


materiais que respeitem as especificidades da faixa etária;

1.11 Fortalecer as atividades de recreio dirigido com apoio dos auxiliares de classe e
equipe gestora.

1.12 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento de todas as escolas privadas


do município, no cadastramento dos alunos no Censo Escolar Anual.

1.13 Fomentar o acompanhamento e controle por parte da Secretaria de Educação


sobre as Unidades de Ensino da rede privada no que se refere a seu registro e
cadastro dos educandos no Censo Escolar, anualmente.

1.14 Construir novas instalações de Educação Infantil no campo e/ou readequar as


já existentes de acordo com suas especificidades.

1.15 Promover a busca ativa de crianças em idade correspondente a Educação


Infantil, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção a
infância, preservando o direito de opção da família em relação às crianças de até 3
anos.

1.16 Realizar concurso público para Agente Operacional de Creche, que sejam
habilitados na área de Magistério e/ou Pedagogia até fevereiro de 2020.

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1.17 Garantir em até dois anos a definição da quantidade de crianças por adultos,
entendendo-se que no caso de bebê de 0 a 2 anos a cada educador deve
corresponder no máximo de 6 a 8 crianças, bem como as de 3 anos, devem limitar-
se a 15 por professor e as de 4 a 6 anos de 20 crianças, conforme os Parâmetros
Curriculares Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil.

1.18 Fomentar o acesso à educação infantil e a oferta do atendimento educacional


especializado no ensino regular de forma complementar e suplementar aos (as)
alunos (as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação, assegurando a educação bilíngue para crianças
surdas e a transversalidade da educação especial nesta etapa da educação básica.

1.19 Reformular a Proposta Curricular da Educação Infantil do município até o final


de 2017.

1.20 Promover formação continuada dos(as) profissionais da educação infantil,


garantindo, progressivamente, ao atendimento por profissionais, nomeados ou
contratados, com formação superior.

1.21 Buscar parceria em regime de colaboração com a Universidade do Estado da


Bahia, a fim de criar um programa para universitários de atuação no âmbito da
Educação Inclusiva das áreas de Pedagogia e Psicologia, para estagiários bolsistas.

1.22 Adequar as escolas de acordo com os padrões de acessibilidade para os


educandos com necessidades educativas especiais.

1.23 Promover o atendimento especializado para as crianças com necessidades


educativas especiais por profissionais formados em Psicologia e Psicopedagoga.

1.24 Garantir a permanência dos educandos por meio do transporte escolar para os
que necessitarem.

1.25. Adquirir recursos pedagógicos adequados para a faixa etária de 0 a 6 anos


bem como brinquedos, mobiliários, livros literários e o que mais necessitar.

1.26 Implantar até o 2º (segundo) ano de vigência deste PME, avaliação da


educação infantil, a ser realizada a cada 2 (dois) anos, com base em parâmetros
nacionais de qualidade, a fim de aferir a infraestrutura física, os recursos
pedagógicos (material escolar em geral, brinquedos, brinquedoteca, biblioteca e
informática), o quadro de pessoal (administrativo, docente, serviços educacionais e

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vigilância) as condições da gestão, a proposta pedagógica e a atuação do


Coordenador, a situação de acessibilidade, entre outros.

1.27 Manter e ampliar, em regime de colaboração e respeitadas as normas de


acessibilidade, programa nacional de construção e reestruturação de escolas, bem
como de aquisição de equipamentos, visando à expansão e a melhoria da rede
física das escolas públicas de educação infantil.

Meta 2. Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população


de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por
cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de
vigência deste PME.

Estratégias:

2.1 Garantir o cumprimento das portarias de matrícula com relação ao limite de


alunos em sala de aula, compatível por metro quadrado (1,40 m²/aluno).

2.2 Garantir padrões adequados de infraestrutura dos prédios escolares com


espaços diferenciados dotados de ventilação, iluminação, insolação, com condições
sanitárias adequadas e acessibilidade.

2.3 Garantir que a autorização para construção de escolas, somente ocorra de


acordo com as exigências de padrões mínimos infraestruturas nele definidos.

2.4 Reduzir em 80% a evasão e a repetência no Ensino Fundamental implantando


política de acompanhamento do desempenho escolar;

2.5 Promover e fortalecer ações, visando a integração entre escola, família e


comunidade;

2.6 Garantir o atendimento educacional especializado e transporte escolar nos três


turnos de funcionamento das escolas, atendendo assim com equidade os
estudantes da rede municipal;

2.7 Atender satisfatoriamente as unidades escolares do ensino fundamental com


merenda escolar de qualidade com acompanhamento de nutricionista;

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2.8 Implementar as salas de AEE no município para melhor atendimento aos


estudantes com deficiência;

2.9 Reformar escolas adequando os espaços físicos para atender a inclusão social.

2.10 Desenvolver campanha de matrícula em parceria com o Programa Bolsa


Família esclarecendo sobre as condicionalidades, incentivando os pais a manterem
seus filhos no município de origem.

2.11 Criar mecanismo, em turno oposto, para o acompanhamento dos alunos que
apresentam déficit de aprendizagem em relação as competências e habilidades
desejadas na serie em curso.

2.12 Oferecer profissionais especializados para o acompanhamento e


monitoramento aos alunos que necessitam do auxilio para que possam ter um
melhor rendimento de aprendizagem bem como proporcionar a inclusão e a
permanência.

2.13 Desenvolver parcerias entre Educação, Órgãos Públicos, Saúde, Ação Social
para que possam resgatar crianças e adolescentes que estejam fora da escola.

2.14 Promover uma educação que contemple teoria e prática de valorização da


cultura local fazendo com que o aluno fortaleça a sua identidade, reconhecendo-se
como promotor da cidadania sua e do local no qual convive. Aqui de modo particular
agricultura, a pecuária, extrativismo do sisal, produção de tijolos e o artesanato.

2.15 Adequar o calendário escolar a realidade local, sua identidade cultural e


condições climáticas da região.

2.16 Promover parcerias permanentes com entidades e grupos, instituições culturais


existente no município para desenvolver atividades regulares como o alunado
fazendo com que esta propagem e valorizem a cultura local.

2.17 A cada 02 (dois) anos a Secretaria juntamente com a Câmara de Vereadores e


comissões estabelecidas farão uma avaliação das estratégias estabelecidas no PNE
para verificação do que já foi alcançado ou não para a reorganização das mesmas
com manutenção das estratégias por acréscimos.

2.18 Ofertar com recursos próprios ou parcerias em turnos opostos atividades


extracurriculares: esporte, música, dança, artesanato e outras para estimular a
educação mais globalizada que envolva os jovens e os mantenham fora das ruas.

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Também cursos específicos para aqueles que tenham a pretensão de prestar


concursos públicos ou vestibulares.

Meta 3. Incentivar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a


17 anos e elevando até o final do período de vigência deste PME, a taxa líquida de
matrículas no Ensino Médio para 90%.

Estratégias:

3.1 Propor a ampliação e manutenção da expansão do Ensino Médio através da


Secretaria Estadual de Educação – NRE – 15, com infraestrutura adequada aos
padrões mínimos nacionais, através da aplicação dos investimentos já definidos em
Lei Estadual e Federal;

3.2 Criar programas e parceria entre o município e o estado para reduzir as


disparidades entre estudantes com defasagem de aprendizagem, oriundos do
Ensino Fundamental;

3.3 Solicitar revisão e organização didático-pedagógica e administrativa do ensino


noturno, de forma a adequá-lo às necessidades dos estudantes que trabalhem, sem
prejuízo da qualidade do ensino.

3.4 Propor a ampliação de oferta diurna e noturna de vagas para o Ensino Médio,
suficiente para garantir o atendimento dos estudantes que trabalham;

3.5 Solicitar a formação de turmas com no máximo 40 estudantes, no Ensino Médio,


respeitando dimensão da sala, conforme determinações legais;

3.6 Incentivar uma política de avaliação do Ensino Médio que leve em conta dados
estatísticos e indicadores qualitativos;

3.7 Implementar e consolidar o projeto político-pedagógico das unidades de ensino,


identificado com a concepção de escola democrática inclusiva, assegurando a
autonomia das escolas na sua elaboração, assim como a gerência de recursos
mínimos para a manutenção do cotidiano escolar;

3.8 solicitar mecanismos para assegurar que as escolas possam ter uma
organização do ensino a partir das Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio já

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elaboradas e aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação, na vigência deste


Plano;

3.9 Apoiar e incentivar as organizações estudantis, Grêmios estudantis, como


espaço de participação e exercício da cidadania;

3.10 Conjugar esforços junto ao governo do Estado da Bahia, investimentos


estruturais e financeiros com o objetivo de ampliar a aprovação dos estudantes e
diminuir o tempo médio para conclusão do Ensino Médio.

3.11 Estabelecer um diálogo permanente com o Estado da Bahia, para a garantia


das vagas para todos os alunos concluintes do Ensino Fundamental no Ensino
Médio, nas modalidades ofertadas pelo NRE 15, conforme as demandas
identificadas, a partir de diagnóstico, garantindo a progressiva universalização do
acesso.

3.12 Realizar de acordo com a política estadual adotada pela NRE 15, diagnóstico
de demanda para EJA em nível Médio, buscando ampliar a escolaridade da
população jacuipense e, especialmente, dos/as estudantes concluintes da EJA do
Ensino Fundamental, afim de acelerar a regularização do fluxo escolar dos alunos
com maior nível de distorção idade x série

3.13 Promover a busca ativa da população jacuipense de 15 (quinze) a 17


(dezessete) anos fora da escola, em articulação com os serviços municipais de
assistência social, saúde e proteção à adolescência e à juventude.

3.14 Fomentar em regime de colaboração com o estado, programas de educação e


de cultura para a população urbana e do campo de jovens, na faixa etária de 15
(quinze) a 17 (dezessete) anos, e de adultos, com qualificação social e profissional
para aqueles que estejam fora da escola e com defasagem no fluxo escolar.

Meta 4. Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com


deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional
especializado obrigatoriamente na rede regular de ensino, com a garantia de
sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas
ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

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Estratégias:

4.1 Oportunizar à comunidade, mediante campanhas informativas e estudos nos


espaços educativos, o conhecimento acerca da legislação que respalda a educação
de qualidade para todos;

4.2 Garantir a reestruturação dos espaços públicos, visando ao atendimento à


acessibilidade das pessoas com deficiência, em todas as esferas sociais;

4.3 Garantir, no Projeto Político Pedagógico das escolas, a inclusão de ações


voltadas ao atendimento à diversidade;

4.4 Assegurar a inserção e permanência de pessoas com deficiência no sistema


educacional, superdotados, transtornos globais atendendo a demanda;

4.5 Garantir nas escolas que têm alunos surdos a presença do profissional Intérprete
e do professor itinerante para os alunos com deficiência visual;

4.6 Implantar Centros Pedagógicos Especializados e Multidisciplinares, com


fonoaudiólogo, psicólogo, pedagogo, psicopedagogo, neurologista, fisioterapeuta,
profissionais de educação física, assistentes sociais e especialistas nas áreas de
especificidades, para o atendimento e promoção do melhor desenvolvimento dos
alunos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação, matriculados na rede regular de ensino;

4.7 Ampliar, em regime de colaboração através do PAR – Plano de Ações


Articuladas, Salas de Recursos Multifuncionais com especialistas nas áreas da
Deficiência Visual, Deficiência Intelectual, Surdez, além de equipamentos que
atendam às especificidades citadas;

4.8 Garantir formação mínima e continuada para todos os profissionais da rede


regular e de atendimento educacional especializado.

4.9 Implantar e assegurar o funcionamento das Salas de Recursos Multifuncionais


nas EMEFs ampliando o número de SRM existentes conforme demanda.

4.10 Consolidar 40h semanais para todas as Salas de Recursos Multifuncionais,


priorizando profissionais com formações específicas para a atuação, até 2018.

4.11 Oferecer e garantir aos professores que atuam na SRM a formação continuada
em serviço.

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4.12 Instituir uma coordenação de Educação Especial para articular, ampliar e


garantir o atendimento educacional especializado em salas de recursos
multifuncionais, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados nas
formas complementar e suplementar, a todos (as) alunos (as) com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
matriculados na rede pública de educação básica, conforme necessidade
identificada por meio de avaliação da família e do aluno.

4.13 Proporcionar aos professores que atuam na SRM a formação continuada para
atendimento de alunos com altas habilidades ou superdotação e deficiência visual
e/ou auditiva.

4.14 Garantir a redução do número de alunos nas turmas em que estão matriculados
alunos com deficiência, em todos os níveis e modalidades de Ensino, até 2018.

4.15 Manter e ampliar programas municipais e federais que promovam a


acessibilidade nas instituições públicas, para garantir o acesso e a permanência dos
(as) alunos (as) com deficiência por meio de todas as dimensões de acessibilidade,
até 2018.

4.16 Assegurar a oferta de educação bilíngue em Língua Brasileira de Sinais,


conforme a necessidade identificada por meio de uma avaliação e consentimento da
família, assim como garantir profissional com formação em libras nas escolas e nos
Centros de AEE.

4.17 Fomentar pesquisas através de convênios e parcerias com instituições de


ensino superior, voltadas para o desenvolvimento de metodologias, materiais
didáticos, equipamentos e recursos de tecnologia assistida, com vistas à promoção
do ensino e da aprendizagem, bem como das condições de acessibilidade dos (as)
estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação.

4.18 Promover autonomia e funcionalidade das Pessoas com Deficiência através de


Programas de inclusão ao Mundo do trabalho, através de parcerias com instituições
públicas e privadas.

4.19 Definir, sob responsabilidade da Secretaria Municipal da Educação, até o


segundo ano de vigência deste PME, indicadores de qualidade, política de avaliação
e supervisão de funcionamento de instituições públicas e privadas que prestam

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atendimento a alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e


altas habilidades ou superdotação.

Meta 5. Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do


ensino fundamental como prevê as vinte oito diretrizes do Plano de Metas da
Educação Nacional com vigência até o ano de 2022.

Estratégias:

5.1 Promover e fortalecer ações, visando à integração entre escola, família e


comunidade;

5.2 Estruturar os processos pedagógicos de alfabetização nos anos iniciais do


Ensino Fundamental articulados com estratégias desenvolvidas na pré-escola, com
qualificação e valorização dos professores alfabetizadores e apoio pedagógico
específico, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as crianças;

5.3 Garantir a aplicação de instrumentos de avaliação nacional periódicos e


específicos para aferir a alfabetização das crianças, aplicados a cada ano, bem
como fomentar o Sistema de Avaliação Interno, implementando medidas
pedagógicas para alfabetizar todos os alunos;

5.4 Fomentar o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de práticas


pedagógicas inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do
fluxo escolar e a aprendizagem dos alunos, consideradas as diversas abordagens
metodológicas e sua efetividade;

5.5 Garantir apoio da SME e a formação de comissão de apoio à coordenação


pedagógica na política e programa de alfabetização que fortaleça a prática de ensino
aprendizagem;

5.6 Implantar o NALFA – Núcleo Municipal de Alfabetização e Letramento através da


SME, com vistas ao acompanhamento administrativo pedagógico dos Gestores e
professores que atuam nos 1º, 2º e 3º ano, com intervenção a partir do levantamento
dos dados de aproveitamento dos estudantes;

5.7 Garantir a quantidade de material suficiente.

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5.8 Colocar as salas em funcionamento.

5.9 Manter as ações desenvolvidas pelo PACTO/PNAIC.

5.10 Alinhar estratégias para desenvolvimento e aprimoramento das avaliações.

5.11 Garantir (merenda escolar) com acompanhamento de nutricionista e cardápio


adequado a idade escolar.

Meta 6. Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por
cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por
cento) dos(as) alunos(as) da educação básica até o final da vigência deste plano.

Estratégias:

6.1 Ofertar progressivamente a educação infantil em horário integral em toda rede


pública municipal;

6.2 Ampliar progressivamente a jornada escolar visando expandir a escola de tempo


integral, que abranja um período de, pelo menos, 7 horas diárias, com previsão de
infraestrutura adequada, professores e funcionários em número suficiente;

6.3 Prover nas escolas de tempo integral, para todas as crianças e jovens
matriculadas, um mínimo de 03 refeições, em parceria com os programas dos
diversos entes federados, adequada e definida por nutricionista;

6.4 Monitorar as tarefas escolares para o desenvolvimento da prática de esportes,


atividades artísticas e culturais, associados às ações socioeducativas em parceria
com a Secretaria de Saúde.

6.5 Promover encontros com educadores e sociedade civil organizada para


discussão da proposta de implantação da Educação Integral do município.

6.6 Promover mudanças na estrutura física das Unidades de Ensino municipal,


visando sua adequação a proposta da Educação Integral.

6.7 Promover formação docente voltada ao trabalho para a Educação Integral.

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Meta 7. Fomentar a qualidade da educação básica, com melhoria do fluxo escolar e


da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o IDEB: 6,0
nos anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental
e avaliação institucional do município.

Estratégias:

7.1 Induzir processo contínuo de autoavaliação das escolas, por meio da


constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem
fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria
contínua da qualidade educacional;

7.2 Estabelecer e implantar diretrizes pedagógicas para a educação básica com


base nos direitos de aprendizagem e desenvolvimento dos (as) alunos (as) para
cada ano de escolaridade;

7.3 Assegurar que os alunos do Ensino Fundamental tenham alcançado nível


suficiente de aprendizado em relação aos direitos de aprendizagem e
desenvolvimento estipulados no currículo e os descritores da avaliação nacional;

7.4 Estabelecer políticas de estímulo às escolas que melhorarem o desempenho no


IDEB, de modo a valorizar o mérito do corpo docente, da direção e da comunidade
escolar;

7.5 Desenvolver no projeto político pedagógico estratégias para estudar os


descritores da avaliação nacional, incluindo aspectos dos mesmos, no currículo
escolar;

7.6 Realizar estudo dos descritores da avaliação nacional nos planejamentos


pedagógicos com todos os professores do ensino fundamental.

7.7 Criar o sistema de avaliação do processo ensino e aprendizagem da Educação


no município para a alfabetização, séries finais do Ensino fundamental I e séries
finais do Ensino Fundamental II para melhor avaliação da qualidade de ensino.

7.8 Instituir, no calendário do ano letivo, período de avaliação institucional próprio


nas unidades escolares e nos órgãos do Sistema Municipal de Ensino;

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17 de Julho de 2017
110 - Ano II - Nº 630
São José do Jacuípe

105

7.9 Formalizar e executar planos de ações articulados dando cumprimento as metas


de qualidade para a educação básica pública voltadas as melhorias da gestão
educacional, a formação de professores e profissionais de serviços e apoio escolar,
a ampliação e desenvolvimento de recursos pedagógicos e a melhoria e expansão
da infraestrutura física da Rede Municipal de Ensino.

Meta 8. Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e


nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano
de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor
escolaridade no município e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar
a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Estratégias:

8.1 Discutir amplamente com profissionais da educação a Política Operacional da


Educação do Campo visando o fortalecimento, acompanhamento, melhoria da
infraestrutura das escolas, logística de apoio aos profissionais, o currículo (PPP) e a
qualidade do ensino aprendizagem.

8.2 Formar comissões representativas nas escolas para discutir, avaliar e monitorar
as metas e estratégias do PME;

8.3 Repensar a estrutura curricular, tempos e espaços pedagógicos, articulando


vertical e horizontalmente os conteúdos escolares de forma integrada entre as
disciplinas e as práticas educativas.

8.4 Adequar a estrutura curricular das escolas do Campo na rede municipal de


ensino;

8.5 Reestruturação dos Projetos Políticos Pedagógicos das escolas considerando as


metas e diretrizes desta lei;

8.6 Mapear e realizar levantamento de dados estatísticos, relacionado ao número de


analfabetos do município incentivando-os a matrícula em programas de
Alfabetização de Jovens e Adultos;

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111 - Ano II - Nº 630

106

8.7 Desenvolver ações e projetos que conscientizem e incentivem o compromisso e


participação das famílias quanto à formação educacional e social dos estudantes.

8.8 Motivar os educandos quanto à descoberta de suas potencialidades valorizando


a avaliação qualitativa integrando-os em projetos pedagógicos inovadores na escola
como: Feira Pedagógica, Feira de Ciência, Feira Cultura entre outros.

8.9 Sensibilizar jovens e adultos, público da EJA da sede e dos povoados por meio
de divulgação das matrículas, antes e no período próprio, via reuniões, in loco, redes
sociais e serviços de som móvel, ensejando sua matrícula e permanência na escola.

8.10 Matricular 90% de jovens e adultos na faixa etária de 15 a 60 anos mediante


mutirão no período de matrícula.

8.11 Promover ações que elevem a autoestima da população EJA das comunidades
mais pobres.

8.12 Trabalhar teórico-praticamente objetivando o nivelamento da escolaridade entre


negros e não negros.

Meta 9. Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais


para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência deste PME, erradicar o analfabetismo
absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Estratégias:

9.1 Implementar classes regulares de alfabetização para jovens e adultos que ainda
não tenham frequentado a escola preparando-os para o Estágio I da EJA;

9.2 Articular com a rede estadual a implementação de turmas do EJA – Ensino


Médio na educação do campo;

9.3 Articular políticas de EJA às políticas sociais voltadas para o mundo do trabalho,
saúde e geração de emprego e renda em parceria com a Secretaria de Assistência
Social com cursos de qualificação profissional;

9.4 Desenvolver programas para correção de fluxo, acompanhamento pedagógico


individualizado, recuperação e progressão, bem como priorizar estudantes com

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112 - Ano II - Nº 630
São José do Jacuípe

107

rendimento escolar defasado, considerando as especificidades dos segmentos


populacionais considerados;

9.5 Promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência social, o


acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola para a garantia de
frequência e apoio à aprendizagem, de maneira a estimular a ampliação do
atendimento desses estudantes na rede pública regular de ensino;

9.6 Promover busca ativa de jovens fora da escola pertencentes aos segmentos
populacionais considerados, em parceria com as áreas de assistência social, saúde
e proteção à juventude.

9.7 Realizar atividades que integrem escola, família e comunidade.

9.8 Valorizar e incentivar o educando oferecendo uma merenda escolar de


qualidade, e uniforme unificado para a rede municipal e Kit escolar.

9.9 Elaborar programa municipal de acompanhamento pedagógico e monitoramento


das atividades de reforço escolar. Sendo este o sistema – AMA (ACOMPANHA /
MONITORA / APROVA) e implantar nas escolas e em todos os níveis e modalidades
de ensino respeitando suas particularidades.

9.10 Implantar o processo de recuperação paralela instituída nas escolas seguindo


os princípios da LDB – Lei de Diretrizes e Bases e o Regimento Interno das escolas
com critérios definidos;

9.11 Oferecer atividades alternativas para as escolas do município como: música,


dança, teatro, entre outros, no contraturno.

9.12. Promover discussões e ações voltadas tanto a erradicação do analfabetismo


absoluto quanto à redução do analfabetismo funcional.

Meta 10. Oferecer, no mínimo, 85% (oitenta e cinco por cento) das matrículas de
educação de jovens e adultos no ensino fundamental e conjugar esforços com o
estado para a oferta no ensino médio, na forma integrada à educação profissional
durante a vigência do PME.

Estratégias:

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113 - Ano II - Nº 630

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10.1 Mapeamento e levantamento de dados estatísticos, relacionado ao número de


analfabetos do município e da defasagem idade/série.

10.2 Utilizar estratégias de permanência dos estudantes nas classes de


alfabetização de jovens e adultos, visando à redução do índice de analfabetismo no
município.

10.3 Garantir a oferta de matricula nas escolas para programas de alfabetização de


jovens e adultos.

10.4 Desenvolver projetos e ações em parceria com a assistência social e secretaria


de saúde para diminuir a evasão escolar na EJA.

10.5 Adequação de transporte escolar e flexibilização de horário para alunos do


EJA, resgatando a divida educacional para com essa população.

10.6 Firmar parceria juntamente com a sociedade civil e Secretaria Estadual de


Educação, empenhada no desenvolvimento da aprendizagem de alunos do ensino
médio, a aquisição do ingresso ao primeiro emprego, através de estágios e
programas.

10.7 Debater com o público alvo da EJA dos ensinos fundamental e médio ações
que viabilizem a implantação e implementação da educação profissional integrada
aos ensinos supracitados contemplando os ensinos do referido público alvo.

Meta 11. Incentivar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio,


assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da
expansão no segmento público.

Estratégias:

11.1 Incentivar a educação profissionalizante como educação continuada, ampliando


as oportunidades de ingresso no mundo do trabalho;

11.2 Intensificar o processo de integração da educação básica ao ensino


profissionalizante bem como contribuir para o bom desenvolvimento dos cursos nas
modalidades sequenciais e concomitantes;

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17 de Julho de 2017
114 - Ano II - Nº 630
São José do Jacuípe

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11.3 Incentivar a democratização do acesso aos cursos profissionalizantes de


caráter eminentemente técnico, ou similar;

11.4 Apoiar a excelência de cursos profissionalizantes em parceria com a rede


estadual, e sua adequação à realidade regional;

11.5 Apoiar ações de integração do ensino profissionalizante junto aos setores


produtivos, visando seu aperfeiçoamento;

11.6 Manter e ampliar convênios com programas estaduais e federais de


financiamento para a educação, garantindo melhorias na qualidade e oferta do
ensino.

Meta 12. Incentivar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50%
(cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população
de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e
expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no
segmento público.

Estratégias:

12.1 Incentivar, junto ao poder público, mecanismos que estimulem o setor produtivo
a gerar vagas de emprego e absorver jovens com formação superior no município;

12.2 Incentivar a criação de curso superior no setor de bens e serviços, valorizando


as atividades econômicas do município;

12.3 Buscar dos entes federados o incentivo das universidades na intensificação de


Projetos de Pesquisa e Extensão para atender às demandas sociais.

12.4 Firmar convênios com as Universidades para fortalecer o oferecimento de


cursos de acordo com as necessidades da administração pública municipal, visando
a qualificar seu quadro de funcionários para melhor servir à sociedade do município;

12.5 Mapear o número de profissionais da educação (professores) que não possuam


nível superior no município incentivando a oferta de matricula no ensino superior
para os professores do município;

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São José do Jacuípe 17 de Julho de 2017
115 - Ano II - Nº 630

110

Meta 13. Incentivar a qualidade da educação superior e ampliando a proporção de


mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de
educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo,
35% (trinta e cinco por cento) doutores.

Estratégias:

13.1 Apoiar as universidades na ampliação de vagas para cursos de mestrado e


doutorado;

13.2 Incentivar a abertura de novos cursos STRICTO SENSU, mestrado e


doutorado.

Meta 14. Incentivar o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de


modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e
cinco mil) doutores a nível Nacional.

Estratégias:

14.1 Incentivar a especialização dos profissionais de docência buscando parcerias


com universidades públicas que ofertem pós-graduação stricto sensu;

14.2 Incentivar os docentes especialistas a formação em mestrado e doutorado.

14.3 Fomentar em parceria com o MEC a reorganização pedagógica dos cursos de


graduação com vista à inclusão de temas sociais e de gestão pública.

Meta 15. Garantir, em regime de colaboração entre a União, Estado e Município, no


prazo de 1 (um) ano de vigência deste PME, política municipal de formação dos
profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e
as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior,
obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

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17 de Julho de 2017
116 - Ano II - Nº 630
São José do Jacuípe

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Estratégias:

15.1 Garantir através de incentivo que professores da Educação Básica da rede


municipal (em todas as modalidades) possuam a formação especifica de nível
superior, de licenciatura plena em instituições qualificadas;

15.2 Propor às instituições públicas de nível superior, a oferta de cursos de


especialização voltados para a formação de professores da rede municipal para as
diferentes áreas de ensino e, em particular, para a educação especial, a gestão
escolar e coordenação, a formação de jovens e adultos e a educação infantil;

15.3 Ampliar e divulgar a oferta de periódicos gratuitamente, nas escolas da rede


municipal de ensino, destinados à formação pedagógica;

15.4 Criar, em parcerias com instituições financeiras, programas de financiamento


para aquisição de computadores para professores da rede municipal e de softwares
educacionais;

15.5 Criar o Centro de Formação em Serviço dos profissionais da educação da Rede


Pública Municipal de Ensino .

Meta 16. Incentivar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos
professores da rede municipal da educação básica, até o último ano de vigência
deste PME, e garantir a todos(as) os(as) profissionais da educação básica formação
continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e
contextualizações da Educação municipal.

Estratégias:

16.1 Buscar especialização para os professores da rede municipal da educação


Infantil e Ensino fundamental I em parceria com o MEC;

16.2 Implantar a formação continuada dos professores da rede municipal de acordo


com sua área de atuação;

16.3 Implantar formação continuada na área de alfabetização para os profissionais


da Educação Infantil, Ensino Fundamental e EJA da rede municipal de ensino;

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São José do Jacuípe 17 de Julho de 2017
117 - Ano II - Nº 630

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Meta 17. Valorizar os(as) profissionais do magistério da rede pública municipal de


educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos(as) demais
profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência
deste PME.

Estratégias:

17.1 Promover formação continuada dos profissionais do magistério da rede


municipal de ensino e graduação específica na área de atuação dos mesmos;

17.2 Definir no plano de carreira do magistério política de incentivo a formação dos


profissionais da rede municipal de ensino;

17.3 Cumprir o estatuto do magistério dos professores da rede municipal de ensino.

17.4 Garantir a formação continuada dos coordenadores pedagógicos e professores


das escolas de educação básica da rede municipal de ensino visando o
fortalecimento das práticas pedagógicas;

17.5 Criar o Fórum permanente de Educação para acompanhamento dos processos


de debates em relação à valorização dos profissionais do magistério.

17.6 Valorizar os profissionais, certificando-os nos cursos e formações de acordo


com os níveis de atuação;

Meta 18. Assegurar a reformulação, no prazo de 1 (um) ano, do plano de Carreira


para os(as) profissionais da educação básica da rede municipal de ensino tomando
como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos
termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Estratégias:

18.1 Garantir que os professores da Educação Básica (em todas as modalidades)


possuam a formação especifica de nível superior, de licenciatura plena em
instituições qualificadas;

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118 - Ano II - Nº 630
São José do Jacuípe

113

18.2 Antever, nos planos de cargos e carreira dos profissionais da educação do


município, incentivos para qualificação profissional, inclusive em nível de graduação
e pós-graduação;

18.3 Garantir que o repasse da complementação da união seja um mecanismo para


que o município efetue o pagamento do piso nacional para os profissionais do
magistério.

18.4 Estruturar as redes públicas de educação básica, de modo que pelo menos
90% (noventa por cento) dos respectivos profissionais do magistério ocupantes de
cargos de provimento efetivo estejam em exercício nas redes escolares a que se
encontram vinculados.

18.5 Consolidar, através de criação de Núcleo de Gestão de Carreira, o


acompanhamento ao profissional em estágio probatório, a fim de fundamentar a
decisão para a sua efetivação.

18.6 Prever, no plano de carreira dos (as) profissionais da educação do Município,


licenças remuneradas para qualificação profissional, inclusive em nível de pós-
graduação stricto-senso, a todas as categorias profissionais desde que vinculados a
educação básica do município.

18.7 Promover adequação do Plano de Carreira Municipal dos Profissionais da


Educação à política salarial do governo federal.

18.8 Prever no Plano de Carreira política salarial de estimulo a qualidade e mérito


profissional, garantindo bonificações aos profissionais em destaque.

Meta 19. Assegurar condições para a efetivação da gestão democrática da


educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta
pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas municipais, prevendo
recursos e apoio técnico da União para tanto.

Estratégias:

19.1 Oferecer formação continuada para professores em regime de colaboração


com os governos estadual e federal;

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São José do Jacuípe 17 de Julho de 2017
119 - Ano II - Nº 630

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19.2 Fortalecer as veemências reunidas nos espaços educativos como forma de


garantir a gestão democrática, a participação popular e o controle social criando o
Fórum Municipal de Educação que acompanhará as metas e estratégias do PME;

19.3 Dar as condições físicas e materiais para que o Conselho Municipal de


Educação (CME) possa desempenhar suas funções de maneira autônoma;

19.4 Instituir condições efetivas de participação da comunidade escolar e local na


elaboração dos projetos político-pedagógicos, currículos escolares, planos de gestão
escolar e regimentos escolares, estabelecendo cronograma e materiais destinados a
essas atividades;

19.5 Gerenciar o quadro de docentes da rede municipal, garantindo o atendimento a


90% das escolas a partir de concurso público, assegurando o cumprimento da carga
horária, do calendário escolar e as especificidades de cada modalidade de ensino;

19.6 Garantir a gestão democrática da educação na rede pública municipal;

19.7 Definir regras considerando mérito e desempenho, para eleição, reeleição,


nomeação e exoneração dos membros da direção escolar;

19.8 Fomentar e apoiar os conselhos escolares, envolvendo as famílias dos


educandos, com as atribuições, dentre outras, de zelar pela manutenção da escola e
pelo monitoramento das ações e consecução das metas dos compromissos
estabelecidos.

19.9 Fortalecer as instâncias colegiadas (CME, CAE e CACS FUNDEB) para


proceder à fiscalização da qualidade da merenda escolar e do desenvolvimento da
Educação Básica Municipal.

19.10 Mobilizar Ministério Público, entidades da sociedade civil organizada,


representantes da educação, entre outros setores sociais, para fiscalização e
acompanhamento da implementação das metas e estratégias do PME;

19.11 Viabilizar a construção, implementação, consolidação e avaliação do Projeto


Político Pedagógico em cada instituição de ensino, de acordo com a concepção de
escola democrática, inclusiva e participativa;

19.12 Implantar o Sistema Municipal de Ensino.

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120 - Ano II - Nº 630
São José do Jacuípe

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Meta 20. Acompanhar e fiscalizar o investimento público em educação pública de


forma a atingir os índices definidos por Lei e, no mínimo, o patamar de 7% (sete por
cento) do Produto Interno Bruto (PIB) do País no 5º (quinto) ano de vigência desta
Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

Estratégias:

20.1 Assegurar a realização de Audiências Públicas para discussão do PPA, LOA e


LDO, com ampla divulgação nos meios de comunicação social;

20.2 Garantir investimentos que possibilitem informatizar as unidades escolares;

20.3 Zelar pela transparência da gestão pública na área da educação, garantindo o


funcionamento efetivo, autônomo e articulado dos conselhos de controle social;

20.4 Apoiar e incentivar o comitê local do Plano de Ações Articuladas que atue em
parceria com o CME, com vistas a fortalecer a implementação das políticas públicas
da educação estabelecidas através dos objetivos e metas deste Plano, com
representantes das associações de empresários, trabalhadores, sociedade civil,
Ministério Público, Conselho Tutelar e dos dirigentes do sistema educacional
público, encarregado da mobilização da sociedade;

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São José do Jacuípe 17 de Julho de 2017
121 - Ano II - Nº 630

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4 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PME

É de fundamental importância compreender o plano Municipal como um plano


de estado e não de governo, a proposta elaborada para os membros que atuam no
processo de construção deste documento é qual a condição educacional que se
espera da população jacuipense tenha alcançado em 2025. Pensar em educação de
forma objetiva é, sobretudo, ter certeza do que se deseja atingir.

O município está hoje em alerta quanto ao IDEB Índice de Desenvolvimento


da Educação Básica, ocupamos uma posição baixa na micro região na qual estamos
inseridos. Deparamo-nos com alguns problemas existentes, na educação do
município, que apresenta o quanto se tem a fazer para atingir um nível educacional
que seja condigno á nossa população.

Os reais problemas do nosso município que persistem, a saber, a repetência


e a evasão escolar que se encontra muito elevada, considerando a matricula geral
da população em idade escolar. A melhoria da qualidade de ensino e do
desempenho acadêmico dos alunos, a redução do índice de evasão escolar, a
redução da distorção idade/série são problemas detectados e que precisam ser
resolvidos a partir da vigência desta Lei.

Seguindo o Plano Nacional de Educação - PNE de 2014 que estabelece como


objetivos o aumento global do nível de escolaridade da população, a melhoria da
qualidade de ensino em todos os níveis e modalidades, a redução das
desigualdades sociais e regionais no tocante ao acesso e á permanência, bem
como, no sucesso da educação pública e a democratização da gestão do ensino
público, nos estabelecimentos oficiais, obedecendo aos princípios da participação
das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes,
traduzindo plenamente quais as perspectivas do nosso município para a próxima
década.

Os principais desafios que pretendemos superar durante a vigência do PME é


priorizar o direito constitucional, bem como os objetivos e metas sinalizados no PNE
e consequentemente as diretrizes, metas e estratégias contidas neste Plano
Municipal de Educação.

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Alcançar estes objetivos é promover melhorias educacionais, mas


principalmente dar um salto na qualidade de vida que a população precisa e espera,
levando dignidade e esperança a todos.

Quanto ao diagnóstico, composição e objetivos:

1- Será constituído o Fórum Municipal de Educação e nomeado pelo poder


executivo através de portaria especifica, que terá a responsabilidade de
consolidar os dados relativos à educação no município, produzindo um
documento analítico que evidencie as metas alcançadas com os resultados
produzidos, como também as metas não realizadas e a situação atual do
referido aspecto.

2- O Fórum de Acompanhamento e avaliação reunir-se-á uma vez por ano para


fazer a produção do parecer referente ao acompanhamento do Plano
Municipal de Educação.

3- O Fórum Municipal de Acompanhamento e Avaliação será composto pelos


seguintes membros:

4- a) 02 representantes da Secretaria Municipal de Educação;

b) 02 representantes da Câmara Municipal de Vereadores;

c) 03 membros titulares do Conselho Municipal de Educação;

d) 01 representante do Conselho de Alimentação escolar;

e) 01representante do Conselho de Controle e Acompanhamento Social do


FUNDEB;

f) 01 representante da rede Estadual de Educação;

g) 01 representante da rede Particular de Educação;

h) 02 representantes do sindicato dos servidores públicos municipais.

O Fórum Acompanhamento e avaliação após a produção do diagnóstico


anual do Plano Municipal de Educação fará a apresentação dos resultados
consolidados em uma audiência pública no mês de novembro de cada ano, com a
participação de toda a sociedade civil, instituições governamentais e não
governamentais e todos os profissionais de Educação do município.

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